Dezembro
2018
Informe EconĂ´mico
Consult
Informe Econômico
Consultoria Financeira A Consult - Consultoria Financeira foi criada em 2015, como uma unidade empresarial para desenvolver atividades de consultoria financeira pessoal e empresarial assim como: planejamento, orçamento e controle financeiro; investigação, estudo e análise na área da economia, probabilidade, estatística e suas aplicações, em domínios de intervenção multidisciplinar em áreas como a finanças, contabilidade e economia e estatística. A Consult - Consultoria Financeira tem como missão produzir e compartilhar conhecimentos na área de finanças pessoais e empresariais, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento.
Produtos
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EXPEDIENTE
INFORME ECONÔMICO Publicação da Consult - Consultoria Financeira
EDITOR - Economista José Henrique da Silva Júnior
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M ensagem dos editores Estamos publicando a edição de dezembro do Informe Econômico da Consult - Consultoria Financeira. Esta publicação destina-se a divulgar, repercutir, transcrever opiniões, discussões, estudos, previsões e debate sobre questões econômicas. Portanto, não correspondendo a opinião do editor. Com periodicidade mensal, esse Informativo, contempla, entre outros, análise atualizada da conjuntura econômica internacional e nacional, considerando os principais indicadores econômicos, de mercado; cotações, estatísticas e projeções. Ele é organizado pelas seguintes seções: conjuntura econômica, atividade econômica; emprego; juros; câmbio; crédito; inflação; investimento; indústria, entre outros. Na seção relativa ao Sistema de Preços são apresentadas informações relativas ao consumo. São apresentados dados e informações econômicas de caráter nacional e municipal, nesse caso tendo como área de abrangência o município de Belo Horizonte. São os preços e índices de preços ao consumidor, do custo de vida, da inflação oficial medida pelo IPCA/IBGE e da inflação medida pela Consult. Os valores da inflação medida pela Consult, mensuraram o real poder de compra da população, em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, moradia, educação, vestuário, transporte, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês de referência. Os dados disponibilizados são de uso público.
Apresentação A redução das incertezas relacionadas ao processo eleitoral após o resultado da eleição impactou positivamente. Segundo o IPEA, o resultado do PIB (cresceu 0,8% no terceiro trimestre deste ano) reforça o cenário de recuperação gradual da atividade econômica. Embora alguns setores tenham demonstrado alguma perda de fôlego ao longo dos últimos meses, como é o caso da produção industrial, o bom desempenho da demanda interna reflete a melhora ocorrida nos indicadores de confiança, apresentando indícios de que o ritmo de crescimento da economia poderá acelerar nos próximos trimestres. Na comparação interanual, o setor serviços foi o destaque positivo pelo sétimo trimestre consecutivo, adicionando 0,8 p.p. ao crescimento do PIB. Quanto a conjuntura para 2019, segundo a Itaú/BBA: A projeção de crescimento do PIB em 2018 segue em 1,3%. Elevou-se as projeções de crescimento do PIB para 2019 de 2,0% para 2,5%, incorporando condições financeiras (preços de ativos) mais expansionistas. A manutenção desse cenário mais favorável depende da aprovação das reformas. Em 2018, espera-se déficit primário de 1,8% do PIB. Reduziu-se a projeção de déficit primário para 2019 de 1,5% para 1,3% do PIB, mas esse resultado pode ser melhor em razão de possíveis receitas extraordinárias. No entanto, a sustentabilidade da dívida requer avanço de reformas que cortem gastos obrigatórios, como a da Previdência. Revisou-se a nossa projeção de taxa de câmbio para 3,75 reais por dólar no fim de 2018 (ante 3,90), refletindo a percepção de mercado de menor incerteza sobre a implementação de reformas. Para 2019, projetou-se depreciação do real para 3,90 reais por dólar em virtude da redução do diferencial de juros (interno vs. externo). Reduziu-se as projeções de inflação para 4,2% para este ano e o próximo, refletindo os efeitos da queda recente no preço da gasolina e da menor inércia inflacionária para 2019. Política monetária: o Comitê de Política Monetária (Copom) vê riscos menos assimétricos para a inflação e mantém projeções em torno da meta para os próximos anos, no cenário de referência. Assim sendo, revisou-se o cenário para manutenção da taxa Selic em 6,5% ao longo do próximo ano.
Focus - Relatório de mercado - Banco Central Mercado reduz previsão do IPCA e do crescimento em 2018 Os analistas das instituições financeiras baixaram a estimativa de inflação para 2018 e também reduziram a previsão de crescimento da economia para este ano. As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado segunda-feira (03/12) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,39% para 1,32% na semana passada Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro reduziu a previsão de 3,94% para 3,89% para este ano. Foi a sexta queda seguida deste indicador. A expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2019, os economistas das instituições financeiras diminuíram sua expectativa de inflação de 4,12% para 4,11%, na quarta queda seguida do indicador. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Taxa de juros - O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro permaneceu em 7,75% ao ano. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem. Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,78 para R$ 3,80 por dólar. Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 ficou estável em US$ 58 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu em US$ 52,2 bilhões. Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, continuou em US$ 70 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou inalterada em US$ 76 bilhões.
Previsões Econômicas Conjuntura econômica Segundo previsão do Departamento econômico do Bradesco, estão dadas as condições para uma retomada mais forte da economia brasileira no ano que vem. As surpresas positivas com o desempenho econômico nos últimos meses, somadas à melhora das condições financeiras (decorrente da queda do risco país, da apreciação do câmbio, da alta da bolsa e da redução dos juros de longo prazo), permitem que empresas e famílias comecem 2019 em situação mais favorável. Além disso, há capacidade ociosa, a inflação e os juros estão em níveis baixos e indivíduos e corporações passaram por importante desalavancagem nos últimos anos. A recuperação da confiança, iniciada recentemente, e a expectativa de que a agenda de ajuste fiscal e de maior crescimento seja endereçada (e mostre avanços já nos próximos meses) sustentam a nossa projeção de expansão de 2,8% do PIB no próximo ano. No entanto, essa expansão esperada não deve acontecer na mesma intensidade e velocidade em todas regiões do país. Algumas regiões ainda passam por ajustes importantes do mercado de trabalho, como o Nordeste, o que limita o consumo das famílias. O desempenho ainda contido do setor de construção, dado que algumas cidades se deparam com estoques mais elevados, acaba restringindo a expansão mais disseminada nessas localizações. Da mesma forma, as condições das contas públicas estaduais também têm sido determinantes não só para entender os resultados correntes, mas também para traçar cenários à frente. Como observado nos últimos anos, o bom desempenho do setor agrícola tem favorecido especialmente o CentroOeste. De forma geral, espera-se aceleração do ritmo de crescimento em todas regiões no próximo ano. Em 2019, as economias do Centro-Oeste e do Norte, impulsionadas pelo agronegócio e pela indústria, respectivamente, avançarão acima da média nacional. O Sudeste e o Sul, por sua vez, ainda que com desempenhos distintos entre os estados, crescerão 2,8% e 2,9%, alinhados com o esperado para a média nacional. Finalmente, o PIB da região Nordeste deverá mostrar desempenho inferior ao do país, com alta projetada de 2,5%, sustentada pelos segmentos do comércio e de serviços, mas com retomada mais lenta da construção civil.
Atividade econômica
O PIB brasileiro, segundo o Departamento econômico do Bradesco, cresceu 0,8% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao segundo trimestre, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo IBGE. Trata-se de uma aceleração ante a elevação de 0,2% registrada na leitura anterior. O resultado – que constitui a sétima alta consecutiva – ficou acima do esperado por nós (0,5%), mas em linha com a expectativa do mercado. Na comparação interanual, o PIB avançou 1,3%, ligeiramente acima da nossa projeção (1,2%) e abaixo do esperado pelo mercado (1,6%), com destaque para a agropecuária, sob a ótica da oferta, e os investimentos e importações, sob a ótica da demanda. Dessa forma, a métrica acumulada em quatro trimestres continua apontando para uma tendência de recuperação gradual da economia brasileira. De fato, sob essa medida, o PIB registrou variação acumulada de 1,4% até setembro, ante os -4,5% observados no segundo trimestre de 2016, no auge da recessão. Entre julho e setembro deste ano, pela ótica da oferta, o maior avanço na margem ocorreu na agropecuária (0,7%), enquanto o setor de serviços e a indústria cresceram 0,5% e 0,4%, nessa ordem. Pela ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo avançou 6,6% em relação ao trimestre anterior. Essa forte variação, que é a maior desde o quarto trimestre de 2009, porém, deve ser lida com cautela, pois foi influenciada por importações de plataformas de petróleo realizadas ao longo do trimestre, o que constitui um fator atípico. Avalia-se que a tendência de aceleração continuará em curso ao longo de 2019, ainda que em ritmo moderado e com diferenças setoriais. Após o resultado reportado e levando em consideração os indicadores coincidentes do quarto trimestre já divulgados, mantivemos a nossa projeção de alta do PIB em 1,1% em 2018.
Inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,21% em novembro, invertendo a direção tomada um mês antes, de alta de 0,45%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa para novembro desde o Plano Real, em 1994. O resultado ficou ainda abaixo do piso das expectativas do mercado. Em novembro de 2017, o IPCA avançou 0,28%. Em 12 meses, o indicador subiu 4,05%, abaixo dos 4,56% nos 12 meses imediatamente anteriores. Faltando um mês para o fechamento do ano, o IPCA acumula alta de 3,59% em 2018. O alívio nos preços de combustíveis e energia elétrica foi a maior contribuição para o recuo dos preços em novembro. O índice caminha para ficar abaixo do centro da meta de inflação do governo, de 4,5% neste ano -- a meta tem uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O recuo do IPCA em novembro foi mais intenso do que o esperado pelas 37 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de queda de 0,10% em média, com intervalo das projeções de baixa de 0,17% a declínio de 0,04%. No acumulado de 12 meses, a estimativa média era de alta de 4,16%.
Emprego
Segundo o IPEA, na sua Carta Conjuntura, no último trimestre, o mercado de trabalho manteve uma trajetória de lenta recuperação, refletindo o baixo dinamismo da economia brasileira. Nota-se ainda que, embora apresente um recuo da taxa de desemprego e uma aceleração de rendimentos reais, o cenário de emprego no país vem se deteriorando em alguns aspectos. De forma geral, a queda da desocupação não ocorreu por conta da expansão da população ocupada (PO), e sim devido à retração da força de trabalho. Pelo corte etário, percebe-se que o maior recuo do desemprego aconteceu no conjunto dos trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos, cuja taxa caiu de 27,3% (segundo trimestre de 2017) para 26,6% (segundo trimestre de 2018) – de acordo com os microdados extraídos da PNAD Contínua do IBGE. Entretanto, nesse mesmo período, o contingente de jovens ocupados recuou 0,8%, enquanto a população economicamente ativa (PEA) caiu 1,6%. Na abertura por escolaridade, os dados do segundo trimestre de 2018 mostram que, na comparação interanual, as maiores retrações do desemprego ocorreram nos grupos de trabalhadores com o ensino fundamental incompleto e completo, justamente os que apresentaram recuo da ocupação (-3,0% e 2,9%, respectivamente), ainda que em ritmo inferior ao observado na PEA (-3,6% e -4,4%).
Juros
Juros
Pesquisa de juros – Anefac Mesmo o Banco Central ter mantida inalterada a taxa básica de juros (Selic) em sua última reunião do COPOM as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em novembro/2018, sendo esta a nona redução consecutiva. Aqui as taxas de juros vinham em um longo período de redução quando em fevereiro/2018 voltaram a ser elevadas interrompendo este longo ciclo de reduções. Estas reduções podem ser atribuídas a melhora do cenário econômico com crescimento da economia o que reduz o risco da inadimplência.
Juros do Comércio - Houve uma redução de 0,39%, passando a taxa de 5,16% ao mês (82,90% ao ano) em outubro/2018, para 5,14% ao mês (82,48% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a menor desde fevereiro/2015 (5,10% ao mês – 81,65% ao ano).
Pessoa Física - das seis linhas de crédito pesquisadas, 01 (uma) teve sua taxa de juros elevada no mês (cheque especial) tendo as demais 05 (cinco) sido reduzidas (juros do comércio, cartão de crédito, CDCBancos-financiamento de automóveis, empréstimo pessoal bancos e empréstimo pessoal financeiras).
Cheque Especial - Houve uma elevação de 0,68%, passando a taxa de 11,76% ao mês (279,70% ao ano) em outubro/2018, para 11,84% ao mês (282,97% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a maior desde agosto/2016 (11,86% ao mês – 283,79% ao ano).
Pessoa Jurídica - das três linhas de crédito pesquisadas, 01 (um) teve sua taxa de juros elevada no mês (conta garantida) tendo as demais 02 (duas) sido reduzidas (capital de giro e desconto de duplicatas).
Cartão de crédito - Houve uma redução de 0,43%, passando a taxa de 11,70% ao mês (277,26% ao ano) em outubro/2018, para 11,65% ao mês (275,24% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a menor desde janeiro/2015 (11,22% ao mês – 258,26% ao ano).
CDC – Bancos Financiamento de automóveis - Houve uma redução de 1,12%, passando a taxa de 1,79% ao mês (23,73% ao ano) em outubro/2018, para 1,77% ao mês (23,43% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a menor desde fevereiro/2014 (1,75% ao mês – 23,14% ao ano). Empréstimo Pessoal Bancos - Houve uma redução de 0,52%, passando a taxa de juros de 3,86% ao mês (57,54% ao ano) em outubro/2018, para 3,84% ao mês (57,17% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a menor desde janeiro/2015 (3,75% ao mês – 55,55% ao ano). Empréstimo Pessoal Financeiras - Houve uma redução de 0,72%, passando a taxa de juros de 6,90% ao mês (122,71% ao ano) em outubro/2018, para 6,85% ao mês (121,46% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a menor da série histórica.
PERSPECTIVAS - Tendo em vista a melhora do cenário econômico com menor risco de crédito e o fato das atuais taxas de juros das operações de crédito estarem elevadas a tendência é que as taxas de juros continuem sendo reduzidas nos próximos meses. Entretanto, frente ás incertezas econômicas que vem pressionando a cotação do dólar bem como fatores externos notadamente o quadro econômico em algumas economias emergentes, elevação dos juros americanos, a guerra comercial EUA x China, existe igualmente o risco das taxas de juros voltarem a ser elevadas nos próximos meses.
Taxa Média Pessoa Física - Houve uma redução de 0,15%, passando a taxa de juros de 6,86% ao mês (121,71% ao ano) em outubro/2018, para 6,85% ao mês (121,46% ao ano) em novembro/2018. A taxa deste mês é a menor desde abril/2015 (6,77% ao mês – 119,48% ao ano). Crediário de Loja - Dos 12 segmentos pesquisados, todos reduziram suas taxas de juros no mês.
Câmbio
Previsões Internacionais
Segundo a Itaú BBA, Real volta a ficar abaixo de 4,00 Em semana de forte apreciação, taxa de câmbio encerrou cotada a 3,84 No final da semana, a divulgação de dados de trabalho dos EUA mais fracos que o esperado favoreceu ativos de emergentes.
Segundo o Departamento econômico do Bradesco, os últimos meses foram marcados pelo aumento da instabilidade no comércio internacional e em outras questões geopolíticas. Discussões sobre aumentos de barreiras tarifárias e não tarifárias, imposição de cotas de importações e exportações e aumento de restrições financeiras para o comércio entre alguns países são alguns dos focos recentes de tensão. Boa parte dos temas emerge de renegociações dos termos comerciais dos Estados Unidos com diversos países, tais como: China, Rússia, México, Canadá, Turquia, Irã, Coréia do Norte, Japão, Coréia do Sul, entre outros.
A moeda brasileira acumulou forte apreciação, voltando a ser negociada abaixo dos 4,00 reais por dólar. Com desempenho melhor que o de moedas pares, o real terminou a sexta-feira cotado a 3,84. Banco Central não atuou no mercado cambial na última semana. Na semana passada, a autoridade monetária não ofertou contratos adicionais de swap nem realizou leilões de linha, realizando apenas a rolagem dos contratos vincendos em novembro. O estoque de swaps cambiais encontra-se hoje em US$ 69 bi. Fluxo cambial negativo em setembro. O fluxo cambial foi negativo em US$ 6,1 bilhões no mês, pressionado por saídas do financeiro. Ao todo, foram registradas saídas US$ 6,7 bilhões do financeiro e entradas de US$ 596 milhões do comercial. Sem novas emissões no exterior na última semana. Não foram registradas emissões de títulos de empresas brasileiras no exterior na semana passada. Em 2018, as captações no exterior já somam US$ 16,6 bilhões (Gráfico 9 e tabela). Fluxo estrangeiro negativo em outubro. O fluxo estrangeiro para o mercado acionário está negativo em US$ 1,1 bilhão no mês, com entradas de US$ 204 milhões do mercado à vista e saídas de US$ 1,3 bilhão do mercado futuro. (Gráfico 10). Investidores estrangeiros aumentam posição em dólar futuro Investidores não-residentes aumentaram em US$ 10,8 bilhões suas posições em dólar futuro. Posições de investidores estrangeiros, bancos e investidores institucionais em derivativos (dólar futuro, cupom cambial e swaps) somam US$ 38,1 bi, US$ 12,5 bi e US$ 16,2 bi, respectivamente. Para o Bradesco, a taxa de câmbio deverá chegar a R$/US$ 3,60 no final do ano. Levantou-se os principais impactos desse patamar mais depreciado da moeda brasileira sobre os principais setores econômicos. O setor mais beneficiado pela depreciação cambial parece ser a agricultura.
Esse acúmulo de medidas e as incertezas sobre o que virá adiante já produzem um padrão de maior volatilidade no comércio entre os países e arrefecimento da expansão do volume de bens transacionados mundialmente. O crescimento em termos anualizados do comércio global, em valores, passou de 18,4% no segundo semestre de 2017 para apenas 1,8% no acumulado de 2018. Nos últimos meses, essa desaceleração tem se intensificado, de forma coincidente com o anúncio de altas de tarifas entre Estados Unidos e China e, por consequência, do aumento das incertezas sobre os impactos finais dessa escalada entre as duas maiores economias mundiais. Foi em setembro, por exemplo, que entraram em vigor as altas de 10% de tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas e, em retaliação, a elevação entre 3% e 10% das tarifas sobre US$ 60 bilhões de bens norte-americanos importados pela China.
Fonte: Bradesco
O cenário para a inflação dos próximos meses continua benigno, apesar da aceleração nos meses anteriores, indicando que não há focos de pressão que ponham em risco o cumprimento da meta, tanto para 2018 quanto para 2019. Na análise desagregada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), verifica-se que a alta de 4,56% nos últimos doze meses, até outubro, está associada a pressões pontuais e não a um processo disseminado de alta de preços na economia. Por certo, as maiores contribuições ao IPCA vêm dos preços administrados, que acumulam alta de 9,9% no período, refletindo os reajustes dos preços dos combustíveis – em virtude da desvalorização cambial e da alta da cotação do petróleo – e da energia elétrica, impactada pelo baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e pelos reajustes elevados das distribuidoras. Em contrapartida, os preços livres permanecem surpreendendo positivamente por meio da continuidade da desaceleração da inflação de serviços e pelo crescimento abaixo do esperado dos preços dos alimentos. Para os próximos meses, a expectativa é de desaceleração da inflação acumulada em doze meses, possibilitada pelo recuo dos preços dos combustíveis e pela desaceleração dos preços da energia (a adoção da bandeira amarela em novembro aliada à possibilidade de estabelecimento da bandeira verde em dezembro) e dos alimentos, propiciando a manutenção da taxa de juros no patamar atual. A redução das incertezas relacionadas ao processo eleitoral após o resultado do primeiro turno e a melhora da inflação, impactou positivamente a indústria de fundos de investimentos. A indústria encerrou o mês com aporte líquido de R$ 6,4 bilhões e já acumula captação líquida de R$ 76,6 bilhões no ano até outubro, ainda abaixo do resultado do mesmo período do ano passado, que havia registrado um volume captado de R$ 251,3 bilhões. O crescimento do mercado de capitais pode estimular o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, gerando 1,7 milhão de empregos adicionais até 2022. O volume equivale a quase quatro vezes o número de vagas com carteira assinada criadas entre janeiro e julho de 2018. Os dados integram estudo que fizemos em parceria com a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão para estimular o debate sobre o papel do mercado na retomada da rota de desenvolvimento sustentável do país. Foram mensurados os benefícios econômicos e sociais que poderiam ser gerados com a adoção de medidas de incentivo e fortalecimento do mercado de capitais. Para atingir estes benefícios, reunimos algumas medidas, que chamamos de agenda para o desenvolvimento do mercado, composta por iniciativas de caráter micro e macroeconômicas. As propostas apontam a necessidade de ajustes regulatórios e legais, além de medidas para simplificação e harmonização de regras.
Mercado fez novos ajustes baixistas em suas projeções de inflação e juros De acordo com o Relatório Focus, divulgado 10/12 pelo Banco Central, o mercado reduziu suas projeções de IPCA deste e do próximo ano, mantendo a tendência observada nas semanas anteriores. Para 2018, a mediana das projeções passou de uma alta de 3,89% para outra de 3,71%, enquanto que para o próximo ano a mediana foi ajustada de 4,11% para 4,07%. A mediana das projeções da taxa de câmbio para o final de 2018 foi revisada de R$/US$ 3,75 para R$/US$ 3,78, e para 2019 a mediana seguiu em R$/US$ 3,80. Em relação ao crescimento do PIB, a mediana das projeções passou de um alta de 1,32% para 1,30% neste ano, mas seguiu indicando crescimento de 2,53% no próximo. Por fim, em relação à taxa Selic, a mediana das projeções para o final de 2018 seguiu indicando estabilidade, e para o final de 2019 foi revisada de 7,75% para 7,50%.
Destaques do dia
Segundo informe do Departamento econômico do Bradesco: o Mercado fez novos ajustes baixistas em suas projeções de inflação e juros o Decisão do Copom e dados de atividade de outubro serão destaques na semana, enquanto inflação nos EUA e atividade na China estarão no foco internacional o Em outubro, produção industrial avançou em seis das quinze regiões pesquisadas pelo IBGEIPCA o Surpresa baixista com IPCA de novembro corrobora revisão de projeção inflação do ano o Opep anunciou corte de produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia a partir de janeiro o Forte desaceleração das importações explica surpresa altista com o superávit comercial chinês em novembro o Apesar de continua apertado, mercado de trabalho norte-americano apresentou perda de dinamismo em novembro
SISTEMA DE ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS
O Sistema de Índices de Preços ao Consumidor da Consult divulga a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor do IBGE IPCA e o índice de preço ao consumidor IPC da Consult, que tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios, estabelecidos no município de Belo Horizonte. Todas estatísticas baseiam-se em dados obtidos na pesquisa de preços de bens de consumo, realizada, mensalmente, pela nossa equipe de pesquisa de preços e, mensuraram o real poder de compra (custo de vida) da população de Belo Horizonte, em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês. Entende-se por custo de vida o total das despesas efetuadas para se manter certo padrão de vida, sendo o total dessas despesas referido à cesta mais barata dentre aquelas que refletem o mesmo padrão de vida. O padrão de vida de uma pessoa varia de acordo com o seu salário: quanto maior, melhor deverá ser o seu padrão de vida. Assim, é possível caracterizar o padrão de vida de uma pessoa pela quantidade de bens e serviços que ela consome, ou seja, pela sua cesta de compras. A cesta de compras de uma pessoa é formada pelo conjunto de mercadorias e respectivas quantidades que ela consome durante um certo período de tempo. Logo, uma cesta de compras reflete um padrão de vida. O Índice de Custo de Vida de uma pessoa mede a variação percentual que o seu salário deve sofrer de modo a permitir que ela mantenha o mesmo padrão de vida. O Índice de Preços ao Consumidor pode ser visto como uma aproximação do verdadeiro Índice de Custo de Vida, daí ser compreensível que seja popularmente chamado desta forma.
INFLAÇÃO OFICIAL – IPCA/IBGE O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,21% em novembro, invertendo a direção tomada um mês antes, de alta de 0,45%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa para novembro desde o Plano Real, em 1994. O resultado ficou ainda abaixo do piso das expectativas do mercado. Em novembro de 2017, o IPCA avançou 0,28%. Em 12 meses, o indicador subiu 4,05%, abaixo dos 4,56% nos 12 meses imediatamente anteriores. Faltando um mês para o fechamento do ano, o IPCA acumula alta de 3,59% em 2018. O alívio nos preços de combustíveis e energia elétrica foi a maior contribuição para o recuo dos preços em novembro. O índice caminha para ficar abaixo do centro da meta de inflação do governo, de 4,5% neste ano -- a meta tem uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O recuo do IPCA em novembro foi mais intenso do que o esperado pelas 37 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de queda de 0,10% em média, com intervalo das projeções de baixa de 0,17% a declínio de 0,04%. No acumulado de 12 meses, a estimativa média era de alta de 4,16%.
SISTEMA DE INDICADORES ECONÔMICOS E DE MERCADO
INDICADORES ECONÔMICOS E DE MERCADO
INDICADORES BOVESPA 86.022,30
BITICOIN 3.325,61
DOLAR 3,92
DOLAR 4,08
INDICADORES ECONÔMICOS
EURO 4,43
OURO 1.244,60
PETRÓLEO 60,31
Dez/2018
DESCRIÇÃO
VARIAÇÃO (%)
IPCA - Variação no mês (IBGE)
-0,21%
IPCA - Variação no ano (IBGE)
3,59%
IPCA - Variação em 12 meses (IBGE)
4,05%
IGP-M - Variação no mês (FGV)
-0,49%
IGP-M - Variação no ano (FGV)
8,71%
IGP-M - Variação em 12 meses (FGV)
9,68%
IGP-DI - Variação no mês (FGV)
-1,14%
IGP-DI - Variação no ano (FGV)
7,58%
IGP-DI - Variação em 12 Meses (FGV)
8,38%
CDI Over (Cetip)
6,40%
Poupança do Dia: 10/01/2019 (Bacen)
0,37%
Taxa de Juros Longo Prazo Ano (CMN)
6,98%
Desconto de Duplicata pré-fixada, PJ (Bacen)
30,05%
Capital de Giro, sup. 365 dias, flutuante, PF (Bacen)
14,80%
Meta da taxa Selic (Bacen)
6,50%
Taxa Selic Over (Bacen)
6,40%
Taxa Referencial - (Bacen)
0,00%
Taxa de Cheque Especial PF (Bacen)
10,44%
Taxa de Crédito Pessoal, PF (Bacen)
6,14%
Taxa de juros para aquisição de veículos, PF (Bacen)
1,61%
IPCA 0,21%
CDI OVER POUPANÇA POUPANÇA 6,40% 0,50% 0,37%
SELIC 6,50%
INDICADORES ECONÔMICOS E DE MERCADO COTAÇÃO Dez/2018 COMODITIES PETROLEO 60,31 US$ OURO 1244,60 PRATA 14,55 PLATINA 784,90 BITICOIN 3.325,61 INFLAÇÃO IPCA 0,21% IPC-FIPE 0,15% IGP-M 0,49% INPC 0,25% ÍNDICES GLOBAL 40 112,32% POUPANÇA ANTIGA 0,50% POUPANÇA 0,37% TJLP 6,98% TR 0% CDI 6,40% SELIC 6,50% SALÁRIO MÍNIMO 954,00 CÂMBIO DOLAR COMERCIAL 3,92 DOLAR TURISMO 4,08 EURO 4,43 LIBRA ESTERLINA 4,91 PESO ARGENTINO 0,10 IENE 0,04 IUAN 0,54 BOLSA BRASIl 86.022,30
TR 0%
SALÁRIO 954,00
PREVISÕES ECONÔMICAS - ANBIMA
JUROS – ANEFAC
CÂMBIO CÂMBIO
Dez/2018
PAPEL
DESCRIÇÃO
REAL X DÓLAR BALCÃO
Dólar Comercial em Real, Mercado (Valor Econômico)
ÚLTIMO COMPRA VENDA 3,9201
3,9195
3,9201
REAL X DÓLAR TURISMO
Dólar Turismo em Real, Mercado (Valor Econômico)
4,0942
3,9142
4,0942
REAL X EURO
Real em Euro, Oficial (Bacen)
4,4335
4,4328
4,4335
DÓLAR X EURO
Dólar Americano em Euro, Oficial (Bacen)
1,1338
1,1337
1,1338
IENE X DÓLAR
Iene em Dólar Americano, Oficial (Bacen)
113,29
113,26
113,29
IUAN CHINÊS X DÓLAR
Iuan Chinês de Hong Kong em Dólar Americano, Oficial (Bacen)
6,8997
6,8989
6,8997
DÓLAR X LIBRA
Dólar Americano em Libra Esterlina, Oficial (Bacen)
1,2573
1,2568
1,2573
PESO ARGENTINO X DÓLAR
Peso Argentino em Dólar Americano, Oficial (Bacen)
37,64
37,6
37,64
PESO CHILENO X DÓLAR
Peso Chileno em Dólar Americano, Oficial (Bacen)
680,6
679,75
680,6
FRANCO SUÍÇO X DÓLAR
Franco Suíço em Dólar Americano, Oficial (Bacen)
0,9906
0,9902
0,9906
DÓLAR X DÓLAR AUSTRALIANO
Dólar Americano em Dólar Australiano, Oficial (Bacen)
0,7214
0,7212
0,7214
DÓLAR CANADENSE X DÓLAR
Dólar Canadense em Dólar Americano, Oficial (Bacen)
1,3403
1,3397
1,3403
PRINCIPAIS APLICAÇOES FINANCEIRAS
MELHORES INVESTIMENTOS NO MÊS NOVEMBRO Investimento Fundos Cambiais* Fundos de Ações Dividendos* Ouro B3 (250 gramas) Fundos de Ações Small Caps* Fundos de Ações Investimento no Exterior* Fundos Multimercados Investimento no Exterior* Fundos de Ações Livre* Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) Tesouro Prefixado 2021 (LTN) Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2021 (NTN-F) Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) Fundos de Renda Fixa Investimento no Exterior* Fundos de Ações Indexados* Tesouro Prefixado 2019 (LTN) Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) Tesouro Selic 2021 (LFT) Fundos Renda Fixa Indexados* Poupança** Fundos Renda Fixa Simples* Tesouro Selic 2023 (LFT) Fundos Multimercados Livre* Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) Fonte: Revista Exame
Novembro % 5 3,34 3,23 3,08 2,23 1,86 1,57 1,48 1,23 1,19 1,07 0,74 0,72 0,51 0,48 0,45 0,39 0,37 0,35 0,35 0,27 -0,18
Ano % 20 13,05 11,38 5,76 10,58 11,25 12,36 13,26 10,21 9,43 13,22 5,71 14,51 6,15 11,22 5,78 7,86 4,24 4,89 5,63 9,01 6,16
INSS
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