Setembro 2018
Informe EconĂ´mico
Consult Consultoria Financeira
Informe Econômico
Consult Consultoria Financeira
A Consult - Consultoria Financeira foi criado em 2015, como uma unidade empresarial para desenvolver atividades de consultoria financeira pessoal e empresarial assim como: planejamento, orçamento e controle financeiro; investigação, estudo e análise na área da economia, probabilidade, estatística e suas aplicações, em domínios de intervenção multidisciplinar em áreas como a finanças, contabilidade e economia e estatística. A Consult Consultoria Financeira tem como missão produzir e compartilhar conhecimentos na área de finanças pessoais e empresariais, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento.
Produtos
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EXPEDIENTE
Informe Econômico Uma publicação Financeira
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Editor – José Henrique da Silva Júnior
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M ensagem dos editores Estamos publicando mais uma edição do Informe econômico da Consult - Consultoria Financeira. Esta publicação destina-se divulgar a repercussão das questões econômicas na mídia em geral ou opiniões, comentários relevantes de terceiros sobre temas pertinentes, não revelando a opinião do editor. Com periodicidade mensal, esse Informativo contempla, entre outros, análises atualizadas de temas como a conjuntura econômica internacional e nacional, considerando os principais indicadores econômicos, de mercado e cotações, estatísticas e projeções. Ele é organizado pelas seguintes seções: conjuntura, atividade econômica; emprego; juros; câmbio; crédito; inflação; investimento; indústria e indústria da construção civil, entre outros. Na seção relativa ao Sistema de preços ao consumidor são apresentados dados e informações econômicas de caráter nacional e municipal tendo como área de abrangência, o município de Belo Horizonte. São os preços e índices de preços ao consumidor - custo de vida, entre eles a Cesta Básica Nacional e a Cesta Básica da Consult, a inflação oficial medida pelo IPCA/IBGE e a inflação medida pela Consult. Os valores da inflação e o Custo da Cesta Básica, medidos pela Consult, mensuraram o real poder de compra da população, em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, moradia, educação, vestuário, transporte, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês de referência. Os dados disponibilizados são de uso público.
Apresentação O Informe Econômico da Consult Consultoria Financeira, é uma publicação qu destina-se divulgar a repercussão das questões econômicas na mídia em geral ou opiniões, comentários relevantes de terceiros sobre temas pertinentes, não revelando a opinião do editor. Segundo especialistas da Itaú BBA, em resumo, as incertezas internacionais e domésticas pressionaram o real no mês de agosto, depois de alguma trégua em julho • O PIB do 2T18 e os indicadores do 3º Trimestre de 2018 confirmam o quadro de desaceleração da atividade. Projetou-se crescimento de 1,3% do PIB em 2018 e de 2,0% em 2019, mas a piora das condições financeiras impõe um viés de baixa. • As projeções de déficit primário seguem inalteradas em 2,1% do PIB este ano e em 1,6% do PIB em 2019. O reequilíbrio fiscal continua dependente de reformas. • Mantem-se a projeção de taxa de câmbio em 3,90 reais por dólar no fim de 2018 e 2019. Existem riscos para essa projeção diante das incertezas doméstica e internacional. • Mantem-se as projeções para inflação no IPCA em 4,1% este ano e em 4,2% em 2019. • Política monetária: num contexto de elevada capacidade ociosa e inflação baixa, o Comitê de Política Monetária deve manter a taxa Selic estável em 6,50% na reunião de setembro. Veja nessa edição, o comportamento dos principais agregados econômicos.
Previsões do Banco Central O Boletim Focus é um relatório de mercado publicado semanalmente com as previsões de cerca de 100 (cem) analistas financeiros sobre diversos indicadores da economia brasileira. Na manhã do dia 17 de Setembro de 2018, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou a trigésima sétima edição de 2018 do Boletim Focus, relatório de mercado publicado semanalmente com as previsões de cerca de 100 (cem) analistas financeiros sobre diversos indicadores da economia brasileira. De acordo com o Boletim Focus, os principais economistas em atuação no país pioraram suas projeções para 2018 sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Valor do Dólar Comercial, a Taxa de Crescimento dos Preços Administrados, o Produto Interno Bruto (PIB), o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a Conta Corrente e a Dívida Líquida do Setor Público. Por outro lado, melhoraram suas projeções sobre a Produção Industrial e o Investimento Direto no País. Além disso, os analistas consultados mantiveram sus projeções anteriores sobre o Resultado Primário, a Meta da Taxa Selic, o Resultado Nominal e a Balança Comercial.
Previsões do Mercado Conjuntura econômica
Atividade econômica
De acordo com a Itaú BBA, dados recentes confirmaram a desaceleração em curso da atividade econômica do Brasil. As projeções de crescimento do PIB estão em 1,3% para 2018 e 2,0% para 2019. Apesar de mantida as projeções para o produto, cabe notar que o aperto das condições financeiras, evidenciado pela elevação dos juros de mercado e queda dos preços das ações, causado tanto pela conjuntura externa desafiadora quanto pela incerteza em relação ao avanço das reformas, impõe um viés de baixa para a projeção de crescimento em 2018. A estimativas para o índice de preços ao consumidor (IPCA) permanecem inalteradas em 4,1% para 2018 e 4,2% para 2019. Da mesma forma, nossas projeções de final de ano para a taxa de câmbio permanecem em BRL 3,90 / USD para 2018 e 2019, mas incertezas domésticas e internacionais representam riscos relevantes para a nossa visão. Com elevada ociosidade e um cenário de baixa inflação, o Comitê de Política Monetária provavelmente manterá a taxa básica de juros estável em 6,50% em sua reunião de setembro.
Segundo o Banco Bradesco, a atividade econômica segue apresentando trajetória de crescimento bastante gradual. Para a Itaú BBA, dados recentes confirmam a desaceleração em curso da atividade econômica. As projeções de crescimento do PIB estão em 1,3% para 2018 e 2,0% para 2019. Apesar de mantida as projeções para o produto, cabe notar que o aperto das condições financeiras, a produção industrial recuou 0,2% na comparação mensal dessazonalizada em julho. Apesar do recuo, o resultado veio muito acima da mediana das expectativas (-1,5%), e segue acima dos patamares préparalisação dos caminhoneiros. Em relação ao mesmo mês de 2017, a produção avançou 4,0%. Os componentes da produção mais associados ao investimento recuaram no mês e estão abaixo dos níveis observados no começo do ano, refletindo o aperto das condições financeiras. Os primeiros indicadores coincidentes (confiança da indústria, utilização da capacidade instalada, dados semanais de comércio exterior e consumo de energia, licenciamento de veículos, entre outros) sinalizam alta dessazonalizada de 0,2% em agosto (avanço de 2,5% na comparação anual). A produção de veículos alcança 291,4 mil unidades em agosto. Segundo a Anfavea, foram produzidos 291,4 mil automóveis em agosto. Ajustado pela sazonalidade, a produção de veículos subiu 11,6% no mês. Apesar do resultado positivo no mês, vale notar que as exportações de veículos seguem em patamares baixos na margem (10,8% abaixo dos níveis observados no primeiro trimestre do ano). Após retração menos acentuada da indústria na passagem de junho para julho, as vendas do varejo e o setor de serviços seguiram o mesmo sentido. As vendas reais do comércio varejista, incluindo veículos e material de construção, recuaram 0,4% no mês, devolvendo parte da expansão observada em junho (2,5%), em função da retomada pós-paralisação dos caminhoneiros. O setor de serviços mostrou recuo de 0,3% ante julho do ano passado e de 2,2% na margem.
Para o Banco Bradesco, em relação à atividade, os indicadores coincidentes e a produção industrial de junho mostraram devolução dos resultados negativos de maio, retornando aos patamares próximos aos observados antes da referida paralisação. Por outro lado, os efeitos indiretos da greve sobre a confiança dos agentes têm se materializado, juntamente com uma piora nos índices de condições financeiras, notadamente câmbio, juros e risco país. Os indicadores de confiança não se recuperaram para os níveis anteriores à greve – refletindo principalmente a piora das expectativas futuras dos empresários –, o que pode comprometer o investimento e o consumo ao longo do segundo semestre. No mesmo sentido, os dados de emprego seguem sem apresentar melhora nos últimos meses.
Inflação
Emprego
Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou - 0,09%, abaixo do resultado de julho (0,33%). Foi a menor taxa para um mês de agosto desde 1998, quando o IPCA registrou -0,51%. O acumulado no ano ficou em 2,85%, acima do 1,62% registrado em igual período de 2017. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 4,19%, abaixo dos 4,48% dos 12 meses imediatamente anteriores.
O Brasil encerrou o mês de julho com a abertura de 47.319 vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, e constam do banco de dados do Caged. Esse foi o melhor resultado para o mês de julho desde 2012, quando foram abertas 142 mil vagas.
De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, para especialistas, os cerca de 13 milhões de desempregados e o alto endividamento das famílias inibem o consumo e são peça-chave para entender os preços. Além disso, transportes e também alimentos e bebidas contribuíram com o resultado, ao registrarem deflação. O segmento de transportes caiu 1,22% de julho para agosto, enquanto o grupo alimentação recuou pelo segundo mês consecutivo (-0,34%). "Nunca crescemos tão pouco nem a inflação foi tão baixa por tanto tempo", diz o economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero. Segundo ele, a recessão começou com um brutal choque de oferta em 2015 e preços de tarifas públicas nas alturas, e a inflação disparou. Em 12 meses, a inflação medida pelo IPCA subiu 4,19%. A maioria dos analistas avalia que fechará o ano abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%. No entanto, um grupo de economistas vem revisando suas projeções para cima, influenciado pelos efeitos do dólar valorizado sobre os preços. O Bradesco, por exemplo, esperava alta de 4,1% para o IPCA e agora prevê 4,4%. Para o banco, os riscos pioraram, com repasse da desvalorização do real para os preços, em especial o da gasolina. Para o Itaú Unibanco, a incerteza quanto à continuidade de reformas como a da Previdência e aos ajustes necessários na economia em 2019 pode continuar gerando pressões adicionais sobre os prêmios de risco e a taxa de câmbio, com efeitos sobre a trajetória futura da inflação. Porém, diante do nível ainda elevado de ociosidade da economia, o Itaú mantém a projeção de alta de 4,1% para o IPCA em 2018.
Com a criação de vagas no mês, o mercado de trabalho volta a registrar saldo positivo após o fechamento de 661 empregos formais no mês de junho. No acumulado dos sete primeiros meses do ano de 2018, o cadastro de emprego registra a abertura de 448.263 vagas com carteira assinada. Em 12 meses até julho, foram criados 286.121 empregos formais. O resultado mensal positivo foi puxado pelo agronegócio, que registrou a abertura de 17.455 empregos com carteira assinada no mês. Em seguida, aparecem os serviços, que geraram saldo líquido de 14.548 postos de trabalho, e a construção civil, que ganhou 10.063 empregos. Entre os demais segmentos da economia, a indústria de transformação gerou 4.993 vagas, os serviços de utilidade pública ganharam 1.335 empregos e o segmento de extração mineral, 702 postos. Por outro lado, a administração pública perdeu 1.528 empregos e o comércio registrou fechamento de 249 postos de trabalho.
Juros
Juros
De acordo com o Bradesco, “como esperado, o Copom manteve a taxa Selic em 6,5%, patamar que acreditamos que será preservado até o final do ano. No comunicado, o BC afirmou que a recuperação da atividade após a greve tem sido mais gradual do que imaginado. Os efeitos da paralisação sobre a inflação, na visão do Comitê, estão se mostrando temporários.
Segundo o Bradesco, as concessões de crédito às famílias apresentaram recuo. Ainda que as condições de financiamento se mostrem mais favoráveis, o indicador de comprometimento de renda do Banco Central começou a reportar estabilidade no processo de desalavancagem das famílias, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho tem se mostrado menos dinâmico do que o esperado, o que pode explicar esse desempenho mais tímido. Entretanto, como a inadimplência segue bastante controlada e as empresas seguem se desalavancando, continuamos esperando expansão do crédito total neste ano, às famílias e às empresas, à medida que a confiança dos consumidores e empresários volte a acelerar.
Segundo a Itaú BBA, na reunião de 18 de setembro, o Copom tomou a decisão amplamente esperada de manter a taxa Selic inalterada em 6,5% a.a., em votação unânime. O comunicado não se compromete com qualquer movimento em outubro, mas abre o caminho para um, caso seja necessário. Isso fica evidente com o conjunto de projeções apresentadas no cenário de referência (taxa de juros constante em 6,5% a.a. e taxa de câmbio de R$ 4,15), em que o comitê espera inflação de 4,4% para 2018 e 4,5% para 2019 (4,2% e 4,1% anteriormente), aumentos que provavelmente resultaram da desvalorização do Real, ante uma meta que se desloca para 4,25% no próximo ano. Segunso a ANACEF, das seis linhas de crédito pesquisadas, todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,04 ponto percentual no mês (1,26 pontos percentuais no ano) correspondente a uma redução de 0,72% no mês (1,01% em doze meses) passando a mesma de 6,99% ao mês (124,97% ao ano) em julho/2018 para 6,94% ao mês (123,71% ao ano) em agosto/2018 sendo esta a menor taxa de juros desde maio/2015. Veja abaixo, taxas de juros praticadas no Brasil, no mês de agosto:
Juros do Comércio Houve uma redução de 0,76%, passando a taxa de 5,24% ao mês (84,57% ao ano) em julho/2018, para 5,20% ao mês (83,73% ao ano) em agosto/2018.
Cartão de crédito Houve uma redução de 0,42%, passando a taxa de 11,83% ao mês (282,56% ao ano) em julho/2018, para 11,78% ao mês (280,51% ao ano) em agosto/2018.
Cheque Especial Houve uma redução de 0,59%, passando a taxa de 11,93% ao mês (286,69% ao ano) em julho/2018, para 11,86% ao mês (283,79% ao ano) em agosto/2018.
CDC – Bancos Financiamento de automóveis Houve uma redução de 1,08%, passando a taxa de 1,85% ao mês (24,60% ao ano) em julho/2018, para 1,83% ao mês (24,31% ao ano) em agosto/2018.
Empréstimo Pessoal Bancos Houve uma redução de 0,51%, passando a taxa de juros de 3,95% ao mês (59,18% ao ano) em julho/2018, para 3,93% ao mês (58,81% ao ano) em agosto/2018.
Empréstimo Pessoal Financeiras Houve uma redução de 1,40%, passando a taxa de juros de 7,12% ao mês (128,27% ao ano) em julho/2018, para 7,02% ao mês (125,72% ao ano) em agosto/2018.
Crediário de Loja Dos 12 segmentos pesquisados, todos reduziram suas taxas de juros no mês.
Câmbio
Previsões Internacionais
Para o Bradesco, a taxa de câmbio deverá chegar a R$/US$ 3,60 no final do ano. Levantou-se os principais impactos desse patamar mais depreciado da moeda brasileira sobre os principais setores econômicos. O setor mais beneficiado pela depreciação cambial parece ser a agricultura. O atual patamar do câmbio, a alta das cotações internacionais de commodities e a safra doméstica favorável proporcionarão elevação da renda agrícola. Ainda que os custos subam, há expectativa de boas margens do setor. Em sentido contrário, alguns setores serão negativamente impactados pelo aumento de custos de produtos e insumos importados ou ainda por terem parcela de dívida em moeda estrangeira. A indústria farmacêutica, por exemplo, terá que absorver, ao menos temporariamente, a pressão de custos proveniente do choque cambial. Papel e celulose, metalurgia e máquinas e equipamentos, apesar de serem exportadores, alocam parte relevante de suas dívidas em moeda estrangeira, o que tende a diluir o efeito líquido da depreciação em suas receitas. Por fim, o câmbio também é relevante para a decisão de investimentos, uma vez que cerca de 30% das máquinas adquiridas são importadas.
Segundo o Banco Bradesco, apesar das incertezas sobre a disputa comercial entre EUA e China permanecerem no radar, os mercados mostram tendência positiva nesta manhã. Mais uma vez, o dólar enfraquece diante das principais moedas dos países desenvolvidos e emergentes. Destaque para a apreciação da libra esterlina, após a divulgação do dado de vendas no varejo, que surpreendeu positivamente as expectativas.
Segundo a Itaú BBA, a Taxa de câmbio atingiu cotação de 4,21 reais por dólar. A moeda brasileira permanece sob pressão no mês de setembro e atingiu a menor cotação contra o dólar da série histórica. Mesmo com algum alívio no final da semana de 09-15 de setembro, a taxa de câmbio terminou o período em 4,17 reais por dólar, com depreciação de 2,8% e desempenho pior que o de moedas pares. Banco Central não atuou no mercado cambial na semana. Na semana anterior, a autoridade monetária não ofertou contratos adicionais de swap nem realizou leilões de linha, realizando apenas a rolagem dos contratos vincendos em outubro.
Os mercados acionários operam predominantemente com ganhos, mantendo a tendência observada nos pregões de ontem. As principais bolsas asiáticas fecharam em alta nesta madrugada. Os índices futuros norte-americanos são cotados no campo positivo. No mesmo sentido, os mercados europeus registram ganhos, favorecidos pelo fortalecimento de suas moedas, ainda que sejam limitados pela piora no sentimento em relação às tratativas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). As cotações dos preços de petróleo seguem em trajetória ascendente. Com o dólar mais fraco e com o quinto recuo semanal dos estoques dos EUA, as condições de oferta e demanda parecem mais desequilibradas no curto prazo para o lado da procura pela commodity. Já as principais commodities metálicas e agrícolas são negociadas sem direção única. No Brasil, com a agenda sem indicadores relevantes, o mercado deve reagir ao cenário internacional, bem como ao comunicado do Copom, que ontem decidiu pela manutenção da taxa básica de juros em 6,50%.
SISTEMA DE ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS CONSULT
O Sistema de Índices de Preços ao Consumidor da Consult divulga a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor do IBGE IPCA e da cesta básica do DIEESE, bem como o índice de preço ao consumidor IPC e da Cesta básica da Consult, que tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios, estabelecidos no município de Belo Horizonte. Todas estatísticas baseiam-se em dados obtidos na pesquisa de preços de bens de consumo, realizada, mensalmente, pela nossa equipe de pesquisa de preços e, mensuraram o real poder de compra (custo de vida) que a comunidade de Belo Horizonte, em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês. Entende-se por custo de vida o total das despesas efetuadas para se manter certo padrão de vida, sendo o total dessas despesas referido à cesta mais barata dentre aquelas que refletem o mesmo padrão de vida. O padrão de vida de uma pessoa varia de acordo com o seu salário: quanto maior, melhor deverá ser o seu padrão de vida. Assim, é possível caracterizar o padrão de vida de uma pessoa pela quantidade de bens e serviços que ela consome, ou seja, pela sua cesta de compras. A cesta de compras de uma pessoa é formada pelo conjunto de mercadorias e respectivas quantidades que ela consome durante um certo período de tempo. Logo, uma cesta de compras reflete um padrão de vida. O Índice de Custo de Vida de uma pessoa mede a variação percentual que o seu salário deve sofrer de modo a permitir que ela mantenha o mesmo padrão de vida. O Índice de Preços ao Consumidor pode ser visto como uma aproximação do verdadeiro Índice de Custo de Vida, daí ser compreensível que seja popularmente chamado desta forma.
SISTEMA DE ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS AO CONSUMIDOR 1. INFLAÇÃO OFICIAL – IPCA/IBGE O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou - 0,09%, abaixo do resultado de julho (0,33%). Foi a menor taxa para um mês de agosto desde 1998, quando o IPCA registrou -0,51%. O acumulado no ano ficou em 2,85%, acima do 1,62% registrado em igual período de 2017. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 4,19%, abaixo dos 4,48% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2017, a taxa atingiu 0,19%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de junho a 27 de julho de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio a 27 de junho de 2018 (base). Veja abaixo diversos índices de inflação:
2. INFLAÇÃO CONSULT - IPC/CONSULT A inflação em Belo Horizonte, no mês de agosto, medida pelo Índice de preços ao consumidor IPC/Consult, registrou um aumento de 0,70 em relação ao mês julho. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 25 a 30 de agosto (referência) com os preços vigentes no período de 25 a 30 de julho (base). O IPC/Consult é calculado pela Consult - Consultoria Financeira. Esse Índice mede a variação de preços (INFLAÇÃO) de um conjunto de bens e serviços de uma cesta básica, que representa as despesas e as necessidades médias de consumo habituais da população de Belo Horizonte. Foram pesquisados hábitos de consumo desses com alimentação, artigos de residência, habitação, transportes e comunicação, vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais, durante o período estabelecido.
3. CESTA BÁSICA NACIONAL A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV), e ao longo dos anos, foi ampliada para 18 capitais Os itens básicos pesquisados foram definidos pelo Decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até os dias atuais. O Decreto determinou que a cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais.
4. CESTA BÁSICA NACIONAL - CONSULT
Consult - Custo da cesta básica nacional VARIAÇÃO (%) ITEM
PRODUTO
UNIDADE QUANTIDADE Preço (R$)
1
Chã de dentro
kg
6,00
25,93
2
Batata Inglesa
kg
6,00
3,98
3
Feijão Carioquinha
kg
4,50
3,59
4
Pão Francês
kg
6,00
15,99
5
Açucar Cristal
kg
3,00
8,75
6
Farinha de Trigo
kg
1,50
2,75
7
Café moído
kg
0,60
9,87
8
Óleo de Soja
Unidade
1,00
9
Arroz
kg
10
Leite Pasteurizado
11
CUSTO (R$)
ACUMULADO
MENSAL
ANO
12 MESES
155,58 23,88 -
1,74 -
16,16 95,94
39,97 -
40,07 -
0,57
4,58
0,57
5,25 4,13 -
26,96 -
30,39 -
15,78
8,03 -
16,41 -
8,03
10,11 -
16,99
3,03
3,29
11,84 3,29
0,30 -
0,90 -
5,73
3,00
15,39
9,23
2,74 -
14,45 -
2,53
Litro
7,50
2,62
2,24 -
6,09
9,62
Manteiga
kg
0,75
16,3
19,65 24,45
1,94
6,61 -
12
Banana Caturra
kg
12,00
4,39
52,68
17,38
47,32
13
Tomate Santa Cruz
kg
9,00
4,48
40,32
12,56
63,50 -
0,22
462,40 -
0,88
7,39
4,46
TOTAL
0,25
3,25
8,13
302,02
59,84
Cesta Básica
IPCA
Salário Mínimo
462,40
0,36
937,00
No mês
0,33
0,36
-
No ano
7,39
2,94
-
4,48
-
Valor (R$) Índice de Base Fixa (Set/16=100)
Variação (%)
12 meses
-
Relação entre o custo da cesta básica e o salário mínimo (%)
9,34 25,79
Índice e variações do custo da cesta básica nacional Consult e do salário mínimo Agosto Variáveis
38,00
0,49
5. CESTA BÁSICA NACIONAL - DIEESE O preço do conjunto de alimentos essenciais caiu em 17 capitais, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As reduções mais expressivas foram registradas em Porto Alegre (-3,50%), João Pessoa (-3,36%) e Salvador (-3,02%) e as variações positivas, em Florianópolis (3,86%), Manaus (1,41%) e Aracaju (0,01%). Veja o quadro abaixo:
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81), seguida pela de Florianópolis (R$ 431,30), Porto Alegre (R$ 419,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05) 1 . Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 311,92) e São Luís (R$ 329,42). Em 12 meses, entre agosto de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em 13 cidades, com destaque para as taxas de São Luís (-6,51%), Goiânia (6,29%) e Salvador (-6,08%). Nas outras sete capitais, os valores médios aumentaram. As maiores altas foram as de Campo Grande (2,70%) e Cuiabá (2,57%). Nos primeiros oito meses de 2018, seis capitais acumularam taxa negativa, com destaque para Porto Alegre (-1,62%), Salvador (-1,49%) e São Luís (-1,41%); outras 14 mostraram aumento, com variações entre 0,49%, em Goiânia, e 3,79%, em Curitiba.
6. COMPARATIVO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA CONSULT, DIEESE, IPEADE/UFMG
7. SALÁRIO MÍNIMO NOMINAL E NECESSÁRIO – DIEESE Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3. 636,04, ou 3,81 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00.
SISTEMA DE INDICADORES ECONÔMICOS E DE MERCADO
8.
INDICADORES VARIAÇÃO - ANBIMA
9. JUROS – ANEFAC
9. PREVISÕES ECONÔMICAS 2018 - BANCO CENTRAL
10. PREVISÕES ECONÔMICAS 2018 - ANBIMA
11. CÂMBIO
12. INDICADORES
12. PRINCIPAIS APLICAÇOES FINANCEIRAS - AGOSTO (%)
13. INSS
14. IMPOSTO DE RENDA