Newsletter julho 2017

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Julho 2017

Informativo econĂ´mico

Newsletter

Centro de economia e estatĂ­stica aplicada CEEA


Newsletter O Centro de Economia e Estatística Aplicada - CEEA foi criado

EXPEDIENTE

em 2015, como uma unidade técnica, para desenvolver atividades de investigação, estudo e análise científica na área da Economia, Probabilidade, Estatística e suas aplicações, em domínios de

Newsletter

intervenção multidisciplinar em áreas como a Engenharia e outros

Uma publicação do Centro de Economia e

campos científicos.

Estatística Aplicada – CEEA

O Centro de Economia e Estatística e Aplicada – CEEA tem como missão:

Produzir e compartilhar conhecimentos e estatísticas, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento.

Produtos        

Pesquisas de mercado; Índices de satisfação; Consultoria técnica; Índices de preço; Sondagens e dados estatísticos; Mercado imobiliário; Modelos econométricos Outros

Conselho

Externo

de

Aconselhamento

Colaborador – Ana Paula Venturini

Alunos bolsistas - Amanda Leroy, Ana Andrade, Ana Sílvia, Bruna Morais, Iane Reis, Laís Maciel, Maria Eduarda

Contatos Faculdade de engenharia e arquitetura – FEA/FUMEC

Conselho Externo de Aconselhamento

O

Editor – José Henrique da Silva Júnior

é

constituído

por

Rua Cobre, 200 Bairro Cruzeiro CEP: 30.310-190 Belo Horizonte / MG Brasil

individualidades de reconhecido mérito, nas áreas de Probabilidade, Estatística e suas aplicações. Compete ao Conselho Externo de Aconselhamento disponibilizar-se à

www.centrodeeconomiaeestatistica.com

orientação da investigação a ser levada a cabo pelo Centro de Economia e Estatística Aplicada - CEEA. Membros do Conselho Consultivo

Professora Ms. Ana Paula Venturini Professor Ms. Alexandre Lima Assunção Professor Dr. Eduardo Chahud Professor Dr. João Mário Andrade Pinto Professor Dr. José Henrique da Silva Júnior Professor Ms. Luiz Helbert Pacheco de Lima Professor Dr. Luiz Antônio Melgaço N. Branco

centrodeeconomiaeestatistica@fumec.br


M ensagem dos editores Estamos publicando mais uma edição da Newsletter do Centro de Economia e Estatística Aplicada – CEEA. Com periodicidade mensal, essa Newsletter contempla, entre outros, análises atualizadas de temas como a conjuntura econômica internacional e nacional, considerando os principais indicadores econômicos, de mercado e cotações, estatísticas, projeções. Ela é organizada pelas seguintes seções: conjuntura, atividade econômica; emprego; juros; câmbio; crédito; inflação; investimento; indústria e indústria da construção civil, entre outros. Na seção relativa ao Sistema de preços ao consumidor são apresentados dados e informações econômicas de caráter nacional e municipal tendo como área de abrangência, o município de Belo Horizonte. São os preços, índices de preços e custos da Construção Civil e os preços e índices de preços ao consumidor - custo de vida, entre eles: a Cesta Básica Nacional, a Cesta Básica do CEEA, a inflação oficial medida pelo IPCA/IBGE e a inflação medida pelo IPC/FUMEC. Os valores da inflação e o Custo da Cesta Básica, medidos pelo IPC/FUMEC e Cesta Básica do CEEA, são produzidos pelo Centro e, mensuraram o real poder de compra da comunidade da FEA (famílias de professores, alunos e funcionários), em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, moradia, educação, vestuário, transporte, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês de referência. Os dados disponibilizados são de uso público. É permitida sua reprodução e utilização em tabelas, gráficos, mapas e textos, desde que o CEEA seja citado, inclusive nas referências bibliográficas. O CEEA é resultante do Projeto de pesquisa de preços, financiado com recursos do edital do ProPIC 2015/16, para a produção do índice de inflação designado IPC/FUMEC. Esse Índice indica a evolução do custo de vida ou padrão de vida dos alunos, funcionários e professores da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FEA) - Universidade FUMEC.

Apresentação Com o significativo aumento da incerteza política, segundo a Itaú/BBA, a reforma da Previdência deve ter sua tramitação atrasada no Congresso Nacional. A dúvida sobre a aprovação das reformas aumenta a incerteza sobre a perspectiva de estabilização da dívida pública. O atraso afeta a confiança dos agentes e pressiona os preços dos ativos domésticos. Consequentemente, enfraquece as perspectivas de retomada do crescimento econômico e dificulta a queda dos juros (que decorreriam da perspectiva de maior equilíbrio fiscal), pressionando ainda mais o crescimento da dívida pública. Sem as reformas, há uma maior chance do governo não conseguir cumprir a emenda constitucional do teto de gastos ao longo do tempo e da trajetória da dívida pública continuar em trajetória crescente. Sem reformas, o ajuste das contas públicas no longo prazo se daria por meio de uma aceleração da inflação ou via medidas alternativas com impactos negativos para a economia. Em resumo, os principais analistas de mercado, entre eles a Itaú/BBA, esperam que: • Incerteza política permanece elevada, adiando a tramitação das reformas, em meio a um ambiente internacional favorável. • A despeito da piora dos fundamentos domésticos, mantem-se a projeção de taxa de câmbio em 3,50 reais por dólar em 2017, e em 3,60 reais por dólar em 2018. • Projeta-se crescimento de 0,3% em 2017, e de 2,7% em 2018, consistente com uma recuperação gradual em meio à tramitação mais lenta das reformas. • Reduziu-se as projeções de inflação de 3,7% para 3,3% neste ano, e de 4,1% para 4,0% em 2018. • O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu a meta de inflação para 4,25% em 2019 e 4% em 2020. • A inflação mais baixa abre espaço para um ciclo mais longo de queda dos juros. Mantem-se a projeção de taxa Selic para 8,00% em 2017 mas reduzimos para 7,50% em 2018.


Conjuntura econômica Segundo o IPEA, em sua Carta Conjuntura, a inflação, a economia internacional e as contas externas seguem em trajetórias benignas que ajudam a melhorar o ambiente macroeconômico brasileiro. O fator que claramente inibe uma retomada cíclica mais vigorosa é o problema fiscal. É evidente que a situação crítica das contas públicas não tem como ser resolvida com medidas tradicionais de ajuste de curto prazo, mas é necessário que se vislumbre a factibilidade do ajuste de longo prazo proposto pelo governo. Por isso, a mudança recente do quadro político afeta diretamente o nível de incerteza em relação às projeções macroeconômicas. Na Carta de Conjuntura anterior, trabalhamos com projeções condicionais a um cenário de aprovação mais rápida das reformas estruturais, em especial da reforma da previdência. A agilidade na realização das reformas vislumbrada na edição anterior desta publicação tornou-se, porém, menos provável. Isso implica mudanças importantes em nossas projeções, que, agora, estão condicionadas a um cenário com incerteza mais elevada e, por conseguinte, com maior risco país e com o câmbio em trajetória oposta. Esse aumento da incerteza tem impactos negativos sobre a retomada da economia, com destaque para o comportamento esperado dos investimentos. Como é comum ocorrer em períodos de retomadas cíclicas, esperava-se que os investimentos fossem um dos principais drivers para o crescimento da demanda. Porém, esse componente do PIB é muito sensível ao nível de confiança sobre o desempenho futuro da economia. Como estamos trabalhando com um quadro de incerteza mais elevada, nossas projeções passaram a apontar para variações mais modestas para o investimento – que ainda ficariam no terreno negativo neste ano e apresentariam um crescimento mais moderado no ano que vem.

Atividade econômica A atividade econômica registrou queda em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,51%, comparado a abril, de acordo com dados divulgados hoje (14). Na comparação entre maio deste ano e o mesmo mês de 2016, houve crescimento de 1,40%, de acordo com os dados sem ajustes já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em maio, a retração ficou em 2,23% e no ano, em 0,05%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB) , calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia brasileira apresenta trajetória errática, voltando a perder tração em maio segundo a métrica do Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br) marcou uma inesperada retração de 0,51% em maio, após alta de 0,15% um mês antes, dado revisado de expansão de 0,28%. Em março, o IBC-Br caiu 0,46%, após expansão de 1,35% em fevereiro. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas feitas pelas 24 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que variavam entre decréscimo de 0,1% e avanço de 0,6%. A média dos prognósticos sugeria expansão de 0,3% para o indicador. Nos 12 meses encerrados em maio, houve baixa de 2,23% na série sem ajuste e de 2,22% no dado ajustado. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB).


Inflação Segundo o IBGE, O IPCA registrou variação de -0,23% em junho, resultado um pouco abaixo do previsto segundo a Itaú/BBA e das expectativas de mercado. Com isso, o indicador acumulou alta de 1,18% no primeiro semestre, com a taxa em 12 meses recuando para 3,00%, ante 3,60% no mês anterior. A principal contribuição de baixa no mês veio da energia elétrica (0,20 p.p.), refletindo o acionamento da bandeira tarifária verde no início de junho, após dois meses de bandeira vermelha. Para julho, a projeção preliminar para o IPCA aponta variação de 0,18%, o que resultará em novo recuo na taxa em 12 meses, para 2,7%. A principal contribuição de alta no mês virá da energia elétrica, em razão dos efeitos do acionamento da bandeira amarela e de reajustes em algumas concessionárias.

Segundo analistas do IPEA (Carta IPEA), o processo de desinflação da economia brasileira, iniciado no terceiro trimestre de 2016, vem se intensificando nos últimos meses. Após iniciar 2017 com uma variação acumulada em 12 meses próxima a 6,0%, a taxa de variação dos preços, medida pelo IPCA-15, retroagiu de tal modo que em maio, já alcançou patamar inferior a 4,0%. Este quadro de alívio inflacionário vem sendo possibilitado pela combinação de uma série de fatores que incluem desde o fim dos efeitos da recomposição de preços administrados e do choque de preços dos alimentos, até a manutenção do câmbio em patamar favorável, passando pelo baixo dinamismo da demanda interna, além do aumento da credibilidade do Banco Central, que parece ter ampliado a capacidade de ancoragem das expectativas de inflação.

Emprego Segundo análise da Carta conjuntura IPA, os dados mais recentes de emprego revelam que o mercado de trabalho brasileiro continua em processo de ajuste, combinando certa estabilidade da taxa de desemprego com uma recuperação dos rendimentos reais. Não obstante ao fato de que, na comparação interanual, haja uma clara tendência de desaceleração no ritmo de crescimento da desocupação, a taxa de desemprego no país vem se mantendo em patamar elevado, gerando um contingente cada vez maior de desempregados. A análise mais detalhada dos números do mercado de trabalho, baseada nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), revela que a taxa de permanência no desemprego vem aumentando. Ao longo do primeiro trimestre de 2017, 48% dos trabalhadores que estavam desocupados não conseguiram nenhuma colocação no mercado de trabalho, resultando num incremento de 0,4 p.p. em relação ao observado no mesmo período de 2016 (44%) e numa elevação ainda maior quando comparada ao período pré-crise (35%). A recessão brasileira iniciada em junho/2014[1] produziu uma queda expressiva no nível de emprego. A taxa de desemprego nacional dobrou, subindo de 6,6% em meados de 2014 para 13,2% atualmente. Esta intensa deterioração do nível de emprego na recessão recente leva naturalmente ao seguinte questionamento: Será possível haver uma recuperação da atividade econômica sem que antes haja uma recuperação do emprego? A resposta para esta pergunta demanda uma análise da produtividade do trabalho. Se a economia crescer com base em ganhos de produtividade, é possível que observe-se uma recuperação expressiva da atividade econômica, antes de uma recuperação expressiva do nível de emprego. Em outras palavras, se cada trabalhador já empregado na economia aumentar seu nível de produção, o PIB cresce sem necessidade de aumento no pessoal ocupado.


Juros

Câmbio

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em junho/2017, sendo esta a sétima redução consecutiva e oitava redução em 02 anos. Este resultado pode ser atribuído à expectativa de novas reduções da taxa básica de juros (Selic) frente à redução da inflação. Das seis linhas de crédito pesquisadas, duas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (cartão de crédito rotativo e cheque especial) e quatro tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês (juros do comércio, CDCbancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

Segundo Itaú/BBA, apesar da queda recente do preço de commodities, o ambiente externo segue favorável para as moedas emergentes. O apetite para ativos de risco tem sido preponderante e tem dado sustentação a diferentes moedas, entre elas, o real. Internamente, as incertezas políticas sobre o encaminhamento da reforma da Previdência adicionaram volatilidade, mas não foram suficientes para provocar uma forte depreciação da moeda. A taxa de câmbio seguiu flutuando entre 3,10 e 3,20 reais por dólar ao longo do último mês.

Segundo analistas da Itaú/BBA, o ambiente econômico seguirá desinflacionário e espera-se que o BC continue reduzindo a Selic. A partir de outubro/2016 o Banco Central começou a flexibilizar sua política monetária com a redução da taxa básica de juros (Selic). Tendo em vista a melhora das expectativas quanto á redução da inflação bem como na melhora fiscal deveremos ter novas reduções da taxa básica de juros o que reduz o custo de captação dos bancos possibilitando novas reduções das taxas de juros nas operações de crédito. Entretanto tendo em vista o cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência por conta da recessão econômica em curso bem como o desemprego elevado isto aumenta igualmente o risco de novas elevações das taxas de juros aos consumidores sejam pessoa física ou jurídica.

Revisou-se a projeção de taxa de câmbio para 3,25 reais por dólar ao fim de 2017 (ante 3,35) e para 3,35 reais por dólar ao fim de 2018 (ante 3,45). O real não sofreu forte depreciação em meio à correção dos preços de commodities, indicando um movimento típico de apetite por ativos de maior risco. O cenário internacional deve permanecer benigno nos próximos meses, justificando a nossa revisão. Ainda assim, segue-se projetando uma taxa de câmbio ligeiramente mais depreciada do que os patamares atuais, em razão da redução do diferencial de juros (seja por queda da taxa de juros no Brasil e/ou aumento dos juros nos EUA) ao longo do ano


Atividade industrial De acordo com o IPEA, o indicador de consumo aparente (CA) da indústria – definido como produção industrial doméstica, acrescida das importações e diminuída das exportações[1] – registrou alta de 0,1% na comparação entre maio e abril, na série com ajuste sazonal (ver tabela). Na comparação com maio de 2016, a alta de 2,2% reverteu parte da queda verificada no período anterior. Com isso, pelo décimo período consecutivo, a variação acumulada em 12 meses desacelerou seu ritmo de queda, passando de 4,2% para -3,1%. Quando comparado à produção doméstica, medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), cuja taxa ficou em -2,4%, este resultado voltou a indicar um escoamento líquido para o setor externo. Esta diferença, no entanto, segue diminuindo. Nessa mesma base de comparação, enquanto as exportações acumularam alta de 0,7% nos 12 meses terminados em maio de 2017, o volume importado de bens industriais aumentou 0,8%, primeira variação positiva após 33 meses. Considerando-se o consumo aparente por grandes categorias econômicas, com exceção do setor bens intermediários, todos os demais registraram aumento na comparação entre os meses de maio e abril, na série dessazonalizada. Os destaques positivos ficaram por conta das categorias bens de capital e bens de consumo duráveis, que avançaram 2,9% e 8,9% na margem, respectivamente. Na comparação contra o mesmo período do ano anterior, novamente a categoria intermediários registrou fraco desempenho, com retração de 1% sobre maio de 2016. Com relação às classes de produção, após duas altas seguidas na comparação com ajuste sazonal, a extrativa mineral recuou em maio, com retração de 2,2%. Já a indústria de transformação mostrou modesta recuperação, com alta de 0,2% na margem. Entre as atividades, verificou-se crescimento em 11 de um total de 22, o que levou o índice de difusão para 50%. Entre as atividades com maior peso, contribuíram positivamente a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com forte alta de 12% na margem, e a fabricação de produtos alimentícios, que registrou expansão de 7%.

A Construção civil O cenário da indústria da construção permanece difícil. As Sondagens da Construção realizadas pelos Sinduscons, em particular de São Paulo, junto a empresas do setor mostrou que a expectativa dos empresários em relação ao desempenho da indústria no trimestre formado pelos meses de março, abril e maio apresentou queda de 8,6% (ficando em 34,61 pontos) em relação ao trimestre anterior. Em 2016, os empresários esperavam melhora da demanda do setor. Como isso não ocorreu, essa expectativa mudou de direção na pesquisa atual. Apurada trimestralmente pelo sindicato, desde agosto de 1999, a sondagem segue uma escala que vai de “0” a “100”, tendo o valor “50” como centro. Ou seja, abaixo de “50” pode ser interpretado como um desempenho não favorável. A exceção fica apenas por conta do item dificuldades financeiras, cujos valores abaixo de “50” significam dificuldades menores. A percepção em relação ao desempenho corrente, por outro lado, teve alta comparada à última sondagem, marcando 25,10 pontos. Apesar da diferença de 1,4%, o indicador permanece baixo, sem muitas alterações. “Certamente o agravamento da crise política dificultará ainda mais a aprovação das reformas que sinalizam o equilíbrio de longo prazo nas contas públicas. Isso deverá manter as expectativas deprimidas por mais tempo na indústria da construção”, acrescenta. A relevante mudança na avaliação da política econômica foi o ponto marcante da sondagem, apresentando queda de 11,5% em relação ao trimestre anterior, registrando 43,12 pontos. A percepção em relação aos custos do setor aumentou em 2,9%, alcançando 56,18 pontos. O índice vinha refletindo uma desaceleração da inflação, mas mudou de direção nesse trimestre, apresentando uma leve piora nas expectativas. Já a avaliação em relação às dificuldades financeiras caminha para um cenário melhor, apesar de ainda manter um nível elevado (57,86 pontos). Mesmo com a queda de 9,7%, pode-se afirmar que o crédito continua caro e difícil também para as empresas.


SISTEMA DE ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS CEEA


O Sistema de Índices de Preços ao Consumidor do CEEA, divulga a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor e da Cesta Básica Nacional e do CEEA, que tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). Todas estatísticas se baseiam em dados obtidos na pesquisa de preços de bens de consumo, realizada, mensalmente, pela nossa equipe de pesquisa de preços e, mensuraram o real poder de compra (custo de vida) que a comunidade da FEA (famílias de professores, alunos e funcionários) apresenta, em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês. Entende-se por custo de vida o total das despesas efetuadas para se manter certo padrão de vida, sendo o total dessas despesas referido à cesta mais barata dentre aquelas que refletem o mesmo padrão de vida. o padrão de vida de uma pessoa varia de acordo com o seu salário: quanto maior, melhor deverá ser o seu padrão de vida. Assim, é possível caracterizar o padrão de vida de uma pessoa pela quantidade de bens e serviços que ela consome, ou seja, pela sua cesta de compras. A cesta de compras de uma pessoa é formada pelo conjunto de mercadorias e respectivas quantidades que ela consome durante um certo período de tempo. Logo, uma cesta de compras reflete um padrão de vida. O Índice de Custo de Vida de uma pessoa mede a variação percentual que o seu salário deve sofrer de modo a permitir que ela mantenha o mesmo padrão de vida. O Índice de Preços ao Consumidor pode ser visto como uma aproximação do verdadeiro Índice de Custo de Vida, daí ser compreensível que seja popularmente chamado desta forma.


ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS DO CONSUMIDOR IBGE - INFLAÇÃO OFICIAL – IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de junho desceu para -0,23%, enquanto havia apresentado variação de 0,31% em maio. O IPCA nunca foi tão baixo desde agosto de 1998, quando a taxa atingiu -0,51%. Com isto o primeiro semestre do ano fechou em 1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados em igual período do ano passado. Considerando os primeiros semestres do ano, constitui-se no mais baixo resultado desde 1994, quando a moeda corrente no País passou a ser o Real. Em relação aos últimos doze meses, o índice foi para 3,00%, abaixo dos 3,60% relativos aos doze meses imediatamente anteriores já que junho de 2016, com 0,35%, ficou para trás. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 01 de junho a 28 de junho (referência) com os preços vigentes no período de 29 de abril a 31 de maio de 2017 (base). Neste mês, os três grupos de produtos e serviços que mais consomem a renda do brasileiro e que, juntos, concentram cerca de 60% das despesas, foram os que apresentaram as quedas mais intensas, conforme mostra a tabela a seguir.


CEEA - INFLAÇÃO (IPC/FUMEC) O Índice de preços ao consumidor IPC-FUMEC, calculado pelo do CEEA, do mês de Junho retraiu -1,55%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 25 a 30 de Junho de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 25 a 30 de Maio (base). O Índice de Preços ao Consumidor IPC/FUMEC é calculado pelo CEEA.

Índice de preço ao consumidor - IPC/Fumec Grupo Índice geral Alimentos e bebidas

Variação % -1,550% 2,62%

Habitação

-0,07%

Artigos de residência

-3,18%

Vestuário

1,84%

Transportes

0,49%

Saúde e cuidados pessoais

0,13%

Despesas pessoais

0,55%

Educação Comunicação

-0,53% 0,00%

O IPC/Fumec mede a variação de preços (INFLAÇÃO) de um conjunto de bens e serviços de uma cesta básica, que representa as despesas e as necessidades médias de consumo habituais, dos alunos, professores e funcionários da FEA, no Campus FUMEC, localizado na Rua Cobre. Foram pesquisados hábitos de consumo desses com alimentação, artigos de residência, habitação, transportes e comunicação, vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais, durante o período estabelecido.


CESTA BÁSICA NACIONAL Diversos países têm buscado formas para solucionar o problema do consumo mínimo das populações. No Brasil, o primeiro passo tomado nesse sentido foi o estabelecimento de uma cesta básica regulamentada pelo Decreto-lei 399 de 1938, para execução da Lei n° 185 de 1936 (BRASIL, 1994), que instituiu as comissões de salários mínimos. A Cesta Básica Nacional está definida no Decreto Lei 399, tanto em relação aos produtos a serem pesquisados, quanto suas respectivas quantidades. Posteriormente, o salário mínimo foi regulamentado pelo decreto-lei 2162 de 1940, cujo conceito e princípios foram mantidos na Constituição Federal de 1988, Art. 7°, inc. IV. A cesta básica de alimentos é definida como o conjunto de bens que entram no consumo básico de uma família de trabalhador, variando conforme o nível de desenvolvimento social do país. A princípio, a “Ração Essencial” determinada pelo decreto-lei 399/38, é constituída dos itens e quantidades que contém a cesta básica, para atender as necessidades mensais de consumo de um trabalhador (tabela ao lado). A pesquisa da Cesta Básica Nacional realizada pelo CEEA, toma como base os preços praticados na cidade de Belo Horizonte e acompanha mensalmente a evolução dos preços dos treze produtos de alimentação, assim como o gasto mensal que um trabalhador teria para comprá-los, com o salário mínimo. Veja abaixo, resultado da pesquisa para o mês de Junho:

Custo da cesta básica nacionall calculada pelo CEEA - Junho VARIAÇÃO (%) ITEM

PRODUTO

1

Chã de dentro

kg

6,00

26,39

158,34

-

2

Batata Inglesa

kg

6,00

3,99

23,94

-

3

Feijão Carioquinha

kg

4,50

5,98

26,91

-

4

Pão Francês

kg

6,00

15,9

95,40

-

5

Açucar Cristal

kg

3,00

11,98

7,19

-

-

4,69

6

Farinha de Trigo

kg

1,50

2,99

4,49

-

-

9,12

7

Café moído

kg

0,60

10,98

13,18

-

-

7,65

8

Óleo de Soja

Unidade

1,00

3,28

3,28

-

-

1,20

9

Arroz

kg

3,00

14,98

8,99

-

-

16,73

10

Leite Pasteurizado

Litro

7,50

2,68

20,10

-

-

3,94

11

Manteiga

kg

0,75

15,99

23,99

-

4,58

12

Banana Caturra

kg

12,00

3,74

44,88

-

25,50

13

Tomate Santa Cruz

kg

9,00

3,98

35,82

-

45,26

466,49

-

-

UNIDADE QUANTIDADE Preço (R$)

TOTAL

CUSTO (R$)

ACUMULADO

MENSAL

ANO -

12 MESES

1,53 303,03

-

0,17 3,99

COMPARAÇÃO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA DIEESE, IPEADE/UFMG E CEEA

Cesta básica nacional por Entidade pesquisadora - Maio DIEESE IPEAD CEEA

397,33 404,68 466,49


INDICADORES ECONÔMICOS E DE MERCADO PREVISOES BANCO CENTRAL


Câmbio 17/07

Indicadores 17/07

Commodities 17/07



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