Newsletter setembro 2017

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Setembro 2017

Informativo econĂ´mico

Newsletter

Centro de economia e estatĂ­stica aplicada CEEA


Newsletter informativo econômico

O Centro de Economia e Estatística Aplicada - CEEA foi criado

EXPEDIENTE

em 2015, como uma unidade técnica, para desenvolver atividades de investigação, estudo e análise científica na área da Economia, Probabilidade, Estatística e suas aplicações, em domínios de

Newsletter

intervenção multidisciplinar em áreas como a Engenharia e outros

Uma

campos científicos.

Estatística Aplicada – CEEA

O Centro de Economia e Estatística e Aplicada – CEEA tem como missão:

Produzir e compartilhar conhecimentos e estatísticas, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento.

Produtos        

publicação

do

Centro

de

Economia

Editor – José Henrique da Silva Júnior

Colaborador – Ana Paula Venturini

Aluna bolsista – Ana Silvia Landi; Pesquisas de mercado; Índices de satisfação; Consultoria técnica; Índices de preço; Sondagens e dados estatísticos; Mercado imobiliário; Modelos econométricos Outros

Alunos voluntários Bianca Resende Viégas Silvério; Dângelo Rimes Pimentel; Laura Oliveira Passos; Pedro V. Máximo Pereira; Raquel Gonçalves Pfeffer; Rodrigo Mascarenhas Angelo.

Conselho Externo de Aconselhamento

Contatos O

Conselho

Externo

de

Aconselhamento

é

constituído

por

individualidades de reconhecido mérito, nas áreas de Probabilidade, Estatística e suas aplicações. Compete ao Conselho Externo de Aconselhamento disponibilizar-se à orientação da investigação a ser levada a cabo pelo Centro de Economia e Estatística Aplicada - CEEA. Membros do Conselho Consultivo

Faculdade de engenharia e arquitetura – FEA/FUMEC Rua Cobre, 200 Bairro Cruzeiro CEP: 30.310-190 Belo Horizonte / MG Brasil

www.centrodeeconomiaeestatistica.com

Professora Ms. Ana Paula Venturini Professor Ms. Alexandre Lima Assunção Professor Dr. Eduardo Chahud Professor Dr. João Mário Andrade Pinto Professor Dr. José Henrique da Silva Júnior Professor Ms. Luiz Helbert Pacheco de Lima Professor Dr. Luiz Antônio Melgaço N. Branco

centrodeeconomiaeestatistica@fumec.br

e


M ensagem dos editores Estamos publicando mais uma edição da Newsletter do Centro de Economia e Estatística Aplicada – CEEA. Com periodicidade mensal, essa Newsletter contempla, entre outros, análises atualizadas de temas como a conjuntura econômica internacional e nacional, considerando os principais indicadores econômicos, de mercado e cotações, estatísticas, projeções. Ela é organizada pelas seguintes seções: conjuntura, atividade econômica; emprego; juros; câmbio; crédito; inflação; investimento; indústria e indústria da construção civil, entre outros. Na seção relativa ao Sistema de preços ao consumidor são apresentados dados e informações econômicas de caráter nacional e municipal tendo como área de abrangência, o município de Belo Horizonte. São os preços, índices de preços e custos da Construção Civil e os preços e índices de preços ao consumidor - custo de vida, entre eles: a Cesta Básica Nacional, a Cesta Básica do CEEA, a inflação oficial medida pelo IPCA/IBGE e a inflação medida pelo IPC/FUMEC. Os valores da inflação e o Custo da Cesta Básica, medidos pelo IPC/FUMEC e Cesta Básica do CEEA, são produzidos pelo Centro e, mensuraram o real poder de compra da comunidade da FEA (famílias de professores, alunos e funcionários), em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, moradia, educação, vestuário, transporte, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês de referência. Os dados disponibilizados são de uso público. É permitida sua reprodução e utilização em tabelas, gráficos, mapas e textos, desde que o CEEA seja citado, inclusive nas referências bibliográficas. O CEEA é resultante do Projeto de pesquisa de preços, financiado com recursos do edital do ProPIC 2016/17, para a produção do índice de inflação designado IPC/FUMEC. Esse Índice indica a evolução do custo de vida ou padrão de vida dos alunos, funcionários e professores da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FEA) - Universidade FUMEC.

Apresentação Segundo a última Carta de Conjuntura do IPEA, embora as questões de natureza fiscal ainda permaneçam como condicionantes da trajetória de médio e longo prazo, o bom desempenho observado nos índices mensais de atividade ao longo de 2017 corrobora o diagnóstico de recuperação gradual da economia. De acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais o crescimento foi bastante disseminado em julho, chegando a 64% dos segmentos na série com ajuste sazonal. Este bom desempenho tem se refletido positivamente no comportamento da indústria, que, segundo o Indicador Ipea de Produção Industrial, deve apresentar nova expansão na margem em agosto, com alta de 0,2% na margem – que seria a quinta alta consecutiva. Na comparação interanual, a previsão também é de crescimento, com expansão prevista de 5,3% sobre agosto de 2016. A evolução da produção industrial, que vinha sendo estimulada especialmente pelo crescimento das exportações, passou a refletir também uma melhora na demanda doméstica nos últimos meses. Após registrar alta de 2,1% no trimestre móvel terminado em julho, quando comparado com o trimestre terminado em abril, o Indicador Ipea de Comércio prevê novo avanço das vendas no varejo em agosto, que teriam crescido 2,6% na margem. O aumento dos níveis de ocupação no mercado de trabalho nos últimos meses, acompanhado da recuperação do poder de compra dos salários – como explicado detalhadamente na seção de Mercado de Trabalho desta Carta de Conjuntura –, a redução das taxas de juros e a liberação de recursos do FGTS explicam boa parte dessa retomada da demanda. Segundo a Itaú/BBA, projeta-se um aumento do crescimento do PIB em 2017 de 0,3% para 0,8%. Mantendo-se em 2,7% para 2018. Reduz-se a projeção do desemprego médio de 13,3% para 12,4% em 2018. Manteve-se inalterada a projeção de taxa de câmbio para 3,35 reais por dólar em 2017 e 3,50 reais por dólar em 2018. Reduziu-se a projeção para a inflação deste ano de 3,4% para 3,2% e manteve-se em 4,0% para 2018. Espera-se que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) repita o ritmo de redução de 1,00 ponto percentual (p.p.) da taxa Selic na reunião de setembro, reduzindo a taxa para 7,25%.


Conjuntura econômica De acordo com a Carta de Conjuntura IPEA, em seu último número, embora as questões de natureza fiscal ainda permaneçam como condicionantes da trajetória de médio e longo prazo, o bom desempenho observado nos índices mensais de atividade ao longo de 2017 corrobora o diagnóstico de recuperação gradual da economia. De acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, o crescimento foi bastante disseminado em julho, chegando a 64% dos segmentos na série com ajuste sazonal. Este bom desempenho tem se refletido positivamente no comportamento da indústria, que, segundo o Indicador Ipea de Produção Industrial, deve apresentar nova expansão na margem em agosto, com alta de 0,2% na margem – que seria a quinta alta consecutiva. Na comparação interanual, a previsão também é de crescimento, com expansão prevista de 5,3% sobre agosto de 2016. Segue afirmando a Publicação, que a evolução da produção industrial, que vinha sendo estimulada especialmente pelo crescimento das exportações, passou a refletir também uma melhora na demanda doméstica nos últimos meses. Após registrar alta de 2,1% no trimestre móvel terminado em julho, quando comparado com o trimestre terminado em abril, o Indicador Ipea de Comércio prevê novo avanço das vendas no varejo em agosto, que teriam crescido 2,6% na margem. O aumento dos níveis de ocupação no mercado de trabalho nos últimos meses, acompanhado da recuperação do poder de compra dos salários – como explicado detalhadamente na seção de Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura –, a redução das taxas de juros e a liberação de recursos do FGTS explicam boa parte dessa retomada da demanda. Por outro lado, segundo a Itaú/BBA, o desempenho recente da economia brasileira, é reflexo da desinflação, da queda dos juros, da melhora do ritmo de contratações e dos saques do FGTS e das vendas no varejo. Olhando à frente, projeta-se que as vendas no varejo sigam em tendência de recuperação nos próximos meses, embora em ritmo menor devido a menos contribuições da desinflação e do saque das contas inativas do FGTS. Projetamos alta de 0,2% das vendas do varejo (conceito ampliado) em agosto.

Atividade econômica

Os analistas do BC divulgaram no Boletim Focus de segunda-feira (25/09), que a expectativa de alta do PIB brasileiro em 2017 foi ajustada de 0,60%, para 0,68%. Há um mês atrás, a perspectiva estava em 0,34%. Para 2018, a previsão dos analistas é bem mais otimista, uma vez que apostam em uma taxa de crescimento da economia do país de 2,30%. Essa variação é 0,10% maior que aquela estimada nas últimas semanas (2,20%). O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. De acordo com a Itaú/BBA, embora a taxa de crescimento da economia tenha desacelerado na margem, o resultado do segundo trimestre apresentou características positivas em termos de perspectivas para a evolução da economia. Enquanto nos primeiros três meses do ano a alta do PIB foi toda explicada pelo desempenho da agropecuária, cuja produção se transformou em acúmulo de estoques e exportações, o crescimento verificado no segundo trimestre voltou a contar também com a contribuição da demanda doméstica. Refletindo uma melhora gradual do rendimento do trabalho e do endividamento das famílias e o estímulo direto dado pelo resgate de recursos do FGTS, o consumo das famílias voltou a crescer após longo período, estimulando especialmente a produção do setor serviços, que também registrou melhora. Além disso, num cenário em que a indústria de transformação segue apresentando trajetória modesta de recuperação, vale destacar a produção de máquinas e equipamentos, cujo bom desempenho, no entanto, ainda não foi suficiente para evitar nova queda dos investimentos. Como resultado, a absorção doméstica, composta pelo consumo total (famílias e governo) e pela FBC (Formação Bruta de Capital Fixo acrescida da variação de estoques), registrou desempenho abaixo do PIB, recuando 0,1% na comparação entre o segundo trimestre de 2017 e o período imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal.


Inflação

De acordo com a Carta de Conjuntura IPEA, ao longo dos últimos meses, o processo de desinflação da economia brasileira continuou a surpreender positivamente, repercutindo uma desaceleração em todos os segmentos de preços da economia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de agosto ficou em 0,19%, enquanto havia apresentado variação de 0,24% em julho. Relativamente aos meses de agosto esta foi a menor variação desde 2010 com 0,04%. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 5,42% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de agosto desde a implantação do Plano Real. Considerando os últimos doze meses o índice desacelerou para 2,46%, resultado inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%). Em agosto de 2016, o índice havia registrado variação de 0,44%. Por um lado, o aumento da oferta de alimentos e o baixo dinamismo da demanda doméstica vêm possibilitando uma queda contínua dos preços de bens e serviços livres. Por outro, o bom comportamento do câmbio, aliado à lenta recuperação da atividade econômica e à consolidação da credibilidade da autoridade monetária ajuda a construir este quadro de alívio inflacionário. A melhora do ambiente de inflação brasileiro é corroborada pela trajetória declinante apresentada pelos indicadores de núcleo e de difusão do IPCA, cujas variações vêm se mantendo em patamar abaixo das suas médias históricas.

Emprego

De acordo com a Carta de Conjuntura do IPEA, de um modo geral, a melhora recente da ocupação (trabalho) é decorrente tanto de um aumento no número de pessoas que conseguiram uma vaga no mercado de trabalho quanto de uma queda do número de ocupados que perderam os seus empregos. Embora esse crescimento da ocupação tenha ocorrido no mercado informal, os dados recentes mostram que o setor formal da economia também sinaliza um movimento de recuperação, seja reduzindo o ritmo de demissões, seja expandindo os seus rendimentos a taxas superiores às dos demais. No segundo trimestre de 2017, de todos os trabalhadores que transitaram da ocupação para a desocupação, 32% estavam empregados no mercado formal, percentual este que é 10 p.p. menor que o observado há dois anos. Adicionalmente, a alta de 3,6% dos salários pagos pelo setor privado com carteira assinada é maior que a dos informais, que teve queda de 2,9%, e a dos trabalhadores por conta própria, que recuou 1,2%. Ainda de acordo com a análise dos microdados da PNADC, os movimentos recentes do mercado de trabalho brasileiro ratificam a constatação de que a crise econômica enfrentada pelo país vem atingindo com maior intensidade os mais jovens, que têm, simultaneamente, mais dificuldade de conseguir emprego e mais chance de ser mandado embora.


Juros Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade -ANEFAC, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em agosto de 2017, sendo esta a nona redução consecutiva e décima redução em dois anos. Este resultado pode ser atribuído aos fatores abaixo: Redução da Taxa Básica de Juros (Selic) promovida pelo Banco Central em sua última reunião; Expectativa de novas reduções da Taxa Básica de Juros (Selic) frente à redução da inflação. Das seis linhas de crédito pesquisadas, 04 (quatro) reduziram suas taxas de juros no mês (juros do comércio, cheque especial, cdc-bancosfinanciamento de veículos e empréstimo pessoal financeiras e 02 (duas) elevaram suas taxas de juros no mês (cartão de crédito e empréstimo pessoalbancos). A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,04 ponto percentual no mês (1,07 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 0,53% no mês (0,76% em doze meses) passando a mesma de 7,58% ao mês (140,31% ao ano) em julho2017 para 7,54% ao mês (139,24% ao ano) em agosto/2017 sendo esta a menor taxa de juros desde novembro/2015.

Câmbio

Os analistas do mercado financeiro não mudaram suas estimativas para inflação, juros e câmbio, de acordo com o último boletim Focus do Banco Central (BC). Havia uma expectativa em torno das novas projeções após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, que reforçou a ideia de que o BC poderia acelerar a queda do juro básico, dependendo de variáveis como a expectativa de inflação. O Boletim Focus divulgado segunda-feira (25/09), pelo Banco Central (BC), mostrou que a expectativa para a cotação da moeda norte-americana no final de 2017 foi reduzida para R$ 3,16. Há um mês, a cotação estava em R$ 3,23. O câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,18 para R$ 3,17, ante R$ 3,19 no mês anterior. Em 2017, após cento e setenta e quatro pregões, o dólar acumula uma queda de 2,33% ante o real. São setenta e sete pregões de alta contra setenta e sete de baixa, até o momento. No ano passado, a dívida dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 3,2492 para compra e a R$ 3,2497 para venda. No caso de 2018, a projeção para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,30. Quatro semanas antes, estava em R$ 3,39. Já a projeção para o câmbio médio no próximo ano passou de R$ 3,26 para R$ 3,25, ante R$ 3,33 de quatro semanas atrás.

De acordo com a Itaú-BBA, quanto a taxa SELIC, dadas as projeções e a orientação do Copom, manteve-se a visão de que o Copom cortará a taxa Selic em 0,75 p.p. em outubro. Isso mostra que a sinalização de moderação do ritmo de flexibilização em outubro permanece. Ou seja, o comitê como um todo contempla uma conclusão gradual do ciclo de flexibilização, sugerindo uma trajetória que levaria gradualmente a taxa básica de juros para o patamar de 7,0%. Observa-se que a decisão será dependente dos dados, portanto da avaliação das autoridades sobre o cenário prospectivo, mas a barreira para se desviar desta decisão (em qualquer direção) na próxima reunião parece alta.

Os dados do setor externo da economia brasileira apresentaram uma relativa estabilidade nos meses recentes. A taxa de câmbio e o risco país, medido pelo CDS, já reverteram a alta apresentada em maio. O superavit da balança comercial, no acumulado do ano até julho, atingiu US$ 42,5 bilhões, 50,6% acima do registrado em igual período do ano passado. No entanto, quando se observa a evolução recente, pelo critério de médias diárias dessazonalizadas, é possível verificar que o saldo ficou praticamente igual ao do mês anterior e 23% abaixo do pico atingido em abril último.


Atividade industrial

A Construção civil

e comércio

Segundo o Relatório Focus do Banco Central, em sua última edição, um dos principais componentes para o cálculo do PIB, a Produção Industrial, teve uma queda de 0,05%, em relação à semana anterior, na qual a Produção Industrial se encontrava em 1,10% para o final de 2017. Para 2018, a previsão dos analistas consultados pelo BC sobre a Produção Industrial caiu 0,05% em relação à semana anterior, (2,45%) e a expectativa é que a Produção Industrial feche o ano de 2018 em 2,40%. Por outro lado, segundo a Carta Conjuntura do IPEA, a evolução da produção industrial, que vinha sendo estimulada especialmente pelo crescimento das exportações, passou a refletir também uma melhora na demanda doméstica nos últimos meses.

Quanto a atividade do comércipo, após registrar alta de 2,1% no trimestre móvel terminado em julho, quando comparado com o trimestre terminado em abril, o Indicador Ipea de Comércio prevê novo avanço das vendas no varejo em agosto, que teriam crescido 2,6% na margem. O aumento dos níveis de ocupação no mercado de trabalho nos últimos meses, acompanhado da recuperação do poder de compra dos salários, a redução das taxas de juros e a liberação de recursos do FGTS explicam boa parte dessa retomada da demanda.

Os vários indicadores de desempenho da indústria da construção mostram que, após a grande queda dos últimos três anos, tem havido estabilização e até alguma recuperação, embora em patamares ainda muito baixos. Este foi dos aspectos destacados pela coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, em 19 de setembro. A desaceleração da queda refletiu-se nas duas últimas Sondagens da Construção, realizadas em agosto pela FGV, uma em conjunto com o SindusConSP: a percepção dos empresários e executivos sobre o desempenho das construtoras, depois de vários trimestres estabilizada em patamar negativo, ficou menos pessimista – “houve uma despiora”, comentou Ana Maria. Segundo a economista, os segmentos que têm colaborado para este novo cenário são aqueles ligados a programas de governo: Minha Casa, Minha Vida e PAC. No segmento imobiliário, tem havido uma ligeira recuperação na capital paulista, com maior participação de unidades de 1 e 2 dormitórios. A captação da Poupança voltou a ser positiva. “Mas ainda são movimentos sem força para crescer em função dos juros ainda elevados do crédito imobiliário, da queda da renda e da persistência de incertezas”, observou. Em relação à infraestrutura, Ana Maria reafirmou o consenso geral de este ser o setor que pode efetivamente alavancar o crescimento sustentado da economia. Entretanto, acrescentou, permanece a questão de como financiar sua expansão, diante da grave situação fiscal, da redução dos desembolsos do BNDES e da falta de definições regulatórias e de financiamento para a atração do capital externo.


SISTEMA DE ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS CEEA


O Sistema de Índices de Preços ao Consumidor do CEEA, divulga a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor e da Cesta Básica Nacional e do CEEA, que tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). Todas estatísticas se baseiam em dados obtidos na pesquisa de preços de bens de consumo, realizada, mensalmente, pela nossa equipe de pesquisa de preços e, mensuraram o real poder de compra (custo de vida) que a comunidade da FEA (famílias de professores, alunos e funcionários) apresenta, em determinado período de tempo, no atendimento de suas necessidades de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica, entre outros, durante um mês. Entende-se por custo de vida o total das despesas efetuadas para se manter certo padrão de vida, sendo o total dessas despesas referido à cesta mais barata dentre aquelas que refletem o mesmo padrão de vida. O padrão de vida de uma pessoa varia de acordo com o seu salário: quanto maior, melhor deverá ser o seu padrão de vida. Assim, é possível caracterizar o padrão de vida de uma pessoa pela quantidade de bens e serviços que ela consome, ou seja, pela sua cesta de compras. A cesta de compras de uma pessoa é formada pelo conjunto de mercadorias e respectivas quantidades que ela consome durante um certo período de tempo. Logo, uma cesta de compras reflete um padrão de vida. O Índice de Custo de Vida de uma pessoa mede a variação percentual que o seu salário deve sofrer de modo a permitir que ela mantenha o mesmo padrão de vida. O Índice de Preços ao Consumidor pode ser visto como uma aproximação do verdadeiro Índice de Custo de Vida, daí ser compreensível que seja popularmente chamado desta forma.


ÍNDICES, PREÇOS E CUSTOS DO CONSUMIDOR

IBGE - INFLAÇÃO OFICIAL – IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de agosto ficou em 0,19%, enquanto havia apresentado variação de 0,24% em julho. Relativamente aos meses de agosto esta foi a menor variação desde 2010 com 0,04%. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 5,42% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de agosto desde a implantação do Plano Real. Considerando os últimos doze meses o índice desacelerou para 2,46%, resultado inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%). Em agosto de 2016, o índice havia registrado variação de 0,44%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 01 de agosto a 29 de agosto (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 31 de julho de 2017 (base).


CEEA - INFLAÇÃO (IPC/FUMEC)

Esse Índice mede a variação de preços (INFLAÇÃO) de um conjunto de bens e serviços de uma cesta básica, que representa as despesas e as necessidades médias de consumo habituais, dos alunos, professores e funcionários da FEA, no Campus FUMEC, localizado na Rua Cobre. Foram pesquisados hábitos de consumo desses com alimentação, artigos de residência, habitação, transportes e comunicação, vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais, durante o período estabelecido. O Índice de preços ao consumidor IPC-FUMEC, calculado pelo do CEEA, do mês de agosto retraiu -3,84%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 25 a 30 de agosto de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 25 a 30 de Julho (base). O Índice de Preços ao Consumidor IPC/FUMEC é calculado pelo CEEA.

Índice de preço ao consumidor - IPC/Fumec Grupo Variação % Índice geral Alimentos e bebidas Habitação Artigos de residência Vestuário Transportes Saúde e cuidados pessoais Despesas pessoais Educação Comunicação

-3,846% 0,04% -0,01% -8,35% 35,79% -8,76% 0,64% 0,00% 0,01% 0,00%

CESTA BÁSICA NACIONAL Diversos países têm buscado formas para solucionar o problema do consumo mínimo das populações. No Brasil, o primeiro passo tomado nesse sentido foi o estabelecimento de uma cesta básica regulamentada pelo Decreto-lei 399 de 1938, para execução da Lei n° 185 de 1936 (BRASIL, 1994), que instituiu as comissões de salários mínimos. A Cesta Básica Nacional está definida no Decreto Lei 399, tanto em relação aos produtos a serem pesquisados, quanto suas respectivas quantidades. Posteriormente, o salário mínimo foi regulamentado pelo decreto-lei 2162 de 1940, cujo conceito e princípios foram mantidos na Constituição Federal de 1988, Art. 7°, inc. IV. A cesta básica de alimentos é definida como o conjunto de bens que entram no consumo básico de uma família de trabalhador, variando conforme o nível de desenvolvimento social do país. A princípio, a “Ração Essencial” determinada pelo decreto-lei 399/38, é constituída dos itens e


quantidades que contém a cesta básica, para atender as necessidades mensais de consumo de um trabalhador (tabela ao lado). A pesquisa da Cesta Básica Nacional realizada pelo CEEA, toma como base os preços praticados na cidade de Belo Horizonte e acompanha mensalmente a evolução dos preços dos treze produtos de alimentação, assim como o gasto mensal que um trabalhador teria para comprá-los, com o salário mínimo. Veja abaixo, resultado da pesquisa para o mês de agosto: Custo da cesta básica nacionall calculada pelo CEEA - Agosto VARIAÇÃO (%) ITEM

PRODUTO

UNIDADE QUANTIDADE Preço (R$)

Chã de dentro

kg

6,00

23,98

2

Batata Inglesa

kg

6,00

3

Feijão Carioquinha

kg

4,50

4

Pão Francês

kg

5

Açucar Cristal

6 7

CUSTO (R$)

MENSAL 12,45 -

2,49

143,88 14,94 -

5,79

26,06

16,27 -

6,00

15,9

95,40

kg

3,00

10,39

Farinha de Trigo

kg

1,50

Café moído

kg

0,60

8

Óleo de Soja

Unidade

9

Arroz

kg

10

Leite Pasteurizado

Litro

11

Manteiga

kg

12

Banana Caturra

13

Tomate Santa Cruz

1

24,32 -

ACUMULADO ANO 151,52 3,34 3,99

13,27 -

2,99

6,23 4,49

25,10 -

9,12

9,58

11,50 -

4,10 -

19,43

1,00

3,49

3,49

3,00

15,79

9,47

5,41 -

12,23

7,50

2,39

14,34

17,98

17,93 26,97

14,34 -

0,75

5,89

17,59

kg

12,00

3,49

41,88 -

12,53

17,11

kg

9,00

4,49

40,41 -

10,02

63,87

442,64 -

6,97

2,80

TOTAL

17,51

12 MESES

10,52

17,34

5,12

Índice e variações do custo da cesta básica calculado nacional pelo CEEA e do salário mínimo - Agosto Cesta Básica

Variáveis Valor (R$)

IPCA

442,64

Salário Mínimo 937,00

Índice de Base Fixa (Set/16=100) No mês Variação (%)

No ano 12 meses

-

6,97

0,19

-

2,80

1,62

-

2,46

-

Relação entre o custo da cesta básica e o salário mínimo (%)

0,47

COMPARAÇÃO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA DIEESE, IPEADE/UFMG E CEEA

Cesta básica nacional por Entidade pesquisadora - Agosto DIEESE IPEAD CEEA

365,05 378,8 442,64


CUSTO DA CESTA BÁSICA DO CEEA A Cesta Básica CEEA é definida como um conjunto de bens e serviços de uma cesta básica, que representa as despesas e as necessidades médias de consumo habituais, dos alunos, professores e funcionários da FEA, no Campus FUMEC, localizado na Rua Cobre. Foram pesquisados hábitos de consumo desses com alimentação, artigos de residência, habitação, transportes e comunicação, vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais, durante o período estabelecido. A pesquisa da Cesta Básica CEEA toma como base os preços praticados na cidade de Belo Horizonte e acompanha mensalmente a evolução dos preços dos 44 (quarenta e quatro) produtos de alimentação, assim como o gasto mensal que uma família de aluno, professor ou funcionário da FEA teria para comprá-los, com o salário mínimo.

Índice e variações do custo da cesta básica CEEA e do salário mínimo - Agosto Variáveis Valor (R$)

Cesta Básica

IPCA

633,48

Salário Mínimo 937,00

Índice de Base Fixa (Set/16=100) Variação (%)

No mês

-

0,19

-

No ano

1,62

-

12 meses

2,46

-

Relação entre o custo da cesta básica e o salário mínimo (%)

0,68


BELO HORIZONTE - Custo da cesta básica do CEEA - Agosto VARIAÇÃO (%) ITEM

PRODUTO

UNIDADE

Qt

Preço

CUSTO

Produto de sacolão 1

Alho

kg

0,2

19,9

3,98

2

Banana

kg

12

3,49

41,88

3

Batata

kg

6

2,49

14,94

4

Cebola

kg

1

3,48

3,48

5

Cenoura

kg

1

2,49

2,49

6

Chuchu

Kg

1

2,78

2,78

7

Couve

Unidade

1

1,24

1,24

8

Laranja

kg

1

2,48

2,48

9

Mandioca

kg

1

3

3

10

Ovos

Dúzia

1

7,39

7,39

11

Repolho

Unidade

1

1,61

1,61

12

Tomate

kg

9

4,49

40,41

13

Vagem

Kg

0,3

10,99

Total

3,297 128,977

Produto de elaboração primaria 14

Arroz (tipo 1)

5Kg

3

15,79

9,474

15

Carne (alcatra)

kg

6

27,8

166,8

16

Frango (resfriado)

kg

1

5,8

5,8

17

Feijão

kg

4,5

5,79

26,055

Leite

1L

7,5

2,39

18

Total

17,925 226,054

Produto industrializado 19

Açucar

5 kg

3

10,39

20

Biscoito maisena/maria

Pcte/200gr

1

2,17

6,234 2,17

21

Café

500 g

0,6

9,58

11,496

22

Extrato tomate

340 g

1

2,39

2,39

23

Farinha mandioca

kg

1

6,28

6,28

24

Farinha de trigo

kg

1,5

2,99

4,485 1,39

25

Fubá

kg

0,5

2,78

26

Macarrão talharim

500 g

1

3,69

3,69

27

Manteiga

500g

0,75

17,98

26,97

28

Oleo soja

900ml

1

3,49

3,49

29

Pão frances

kg

6

15,9

95,4

30

Queijo mussarela

Kg

1

24,9

24,9

31

Sal refinado

kg

1

1,99

1,99

32

Salsicha (comum)

Kg

1

8,29

16,58

33

Vinagre

750ml

1

3,79

Total

3,79 211,255

Material de limpeza 34

Agua sanitária

1L

1

3,18

3,18

35

Amaciante

2L

1

7,49

7,49

36

Detergente

500 ml

1

1,63

1,63

37

Multiuso

500ml

1

3,69

3,69

38

Sabão azul (barra 200g)

Pcte c/6 und

1

8,04

8,04

39

Sabão em pó

Kg

1

9,13

Total

9,13 33,16

Artigos de limpeza 40

Absorvente (sem abas)

Pcte/8un

1

4,48

4,48

41

Creme dental (com fluor)

1

3,28

3,28

42

Desodorante

90 g spray 90/100ml

1

9,99

9,99

43

Papel higiênico (folha duplas)

Pcte c/04

1

14,69

14,69

44

Sabonete (branco, tablete)

90 g

1

1,59

1,59

Total

34,03

CESTA BÁSICA

633,48

MENSAL

ACUMULADO ANO

12 MESES


INDICADORES ECONÔMICOS E DE MERCADO Previsões Banco Central - 2017

Indicadores


DESEMPENHO DAS PRINCIPAIS APLICAÇOES FINANCEIRAS EM JLHO 2017


Câmbio 26/09

Indicadores 26/09


Principais Bolsas Mundiais 26/09

Commodities 26/09


Indices e reajustes


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