Rap322 web

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NA PRÁTICA

CRM A compreensão do relacionamento com o cliente

ESTILO

Idiomas Falta de fluência em outras línguas dificulta salto na carreira

Abril/2013 Ano 36 - nº 322

ETERNO APRENDIZ Por que a educação continuada é a melhor estratégia para uma carreira bem-sucedida

ESPECIAL

Governador Geraldo Alckmin enfatiza no CRA-SP a importância dos administradores para a sociedade



Editorial

A excelência como meta do administrador e lucram. Serviços públicos funcionam. Cidades, estados e países se desenvolvem. Sociedades se tornam mais saudáveis. É uma missão que, à primeira vista, parece pretensiosa, mas que não é tão complexa assim de ser colocada em prática. Só precisamos das ferramentas certas, que nos tornem capazes de enfrentar desafios que ainda não podem ser previstos nem sonhados. Utopia, dirão alguns. Talvez. Mas são aqueles que perseguem o melhor e o excelente, para si e para os outros, que fazem a economia, os costumes e a sociedade evoluírem. Só precisamos acreditar na força da nossa profissão e na importância do nosso papel no mundo.

“Precisamos das ferramentas certas que nos tornem capazes de enfrentar desafios”

MARCELO MARQUES

Complexo é um dos adjetivos que melhor definem o mundo contemporâneo. A velocidade da informação, as inovações tecnológicas e as novas formas de interação social, que dispensam o contato presencial, tornam o mundo difícil de ser decifrado e o futuro, ainda mais enigmático. Vivemos em um ambiente de incerteza, permeado por diferentes crises, de ordem política, econômica, social e ambiental, em que as ferramentas até então experimentadas e testadas já não servem mais para solucionar boa parte dos problemas e desafios. Nesse ambiente, qual é o papel do administrador? Qual o seu lugar no mundo, esteja ele em uma empresa pública, em uma instituição privada ou em uma entidade do terceiro setor, em uma empresa grande, média ou pequena? Ainda: qual o seu legado para as futuras gerações de administradores, que, como as nossas, terão o dever de organizar o mundo? Penso que perseguir a excelência da administração deve ser a meta do administrador profissional, esteja ele onde estiver. É o norte a orientá-lo em meio aos modismos de gestão e às armadilhas dos ambientes de incerteza. É a sua missão no presente e no futuro. Quando o administrador luta pela excelência das operações, dos processos, dos relacionamentos interpessoais, das estratégias, das ferramentas e dos incentivos que conduzem à inovação – só para citar algumas das suas múltiplas funções –, ele desencadeia uma rede de benefícios, que se origina na empresa ou órgão público e se estende por toda a sociedade. Empregos são gerados e assegurados. Consumidores ficam mais satisfeitos. Empresas crescem

Adm. Walter Sígollo Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo - CRA-SP

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Presidente Administrador Walter Sigollo

cra_sp

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Diretoria Adm. José Alfredo Machado de Assis Vice-presidente Administrativo Adm. Milton Luiz Milioni Vice-presidente de Relações Externas

RIBEIRÃO PRETO PRESIDENTE PRUDENTE

BAURU CAMPINAS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Adm. Alberto Emmanuel de Carvalho Whitaker Vice-presidente de Planejamento

SOROCABA

Adm. Hamilton Luiz Corrêa Vice-presidente para Assuntos Acadêmicos Adm. Teresinha Covas Lisboa 1ª Secretária

GRANDE SÃO PAULO SANTOS

Seccionais CRA-SP

Adm. Roberto Carvalho Cardoso 2ª Secretário

Seccional de Bauru Delegado: Adm. William Lisboa Simas Coordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo Sperança Av. Nações Unidas, quadra 17-17, sala 109, Vila Santo Antônio 17013-905 - Bauru - SP Tel.: (14) 3223-1857 seccional.bauru@crasp.gov.br

Adm. Antonio Geraldo Wolff 1º Tesoureiro Adm. Álvaro Augusto Araújo Mello 2º Tesoureiro Conselheiros Arlindo Vicente Junior, Carlos Antonio Monteiro, Edgar Kanemoto, Luiz Carlos Marques Ricardo, Luiz Carlos Vendramini, Marco Antônio Sampaio de Jesus, Nelson Reinaldo Pratti, Rogério Góes, e Silvio Pires de Paula (representante do CRA-SP no CFA)

Seccional de Campinas Coord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí 13025-151 – Campinas – SP Tel.: (19) 3307-8555 seccional.campinas@crasp.gov.br

Conselho Editorial para RAP 2011/2012 Coordenador: José Alfredo Machado de Assis. Integrantes: Hamilton Luiz Corrêa, Luiz Carlos Marques Ricardo, Luiz Carlos Vendramini, Milton Luiz Milioni, Roberto Carvalho Cardoso, Teresinha Covas Lisboa e Maria Cecilia Stroka

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Redação Editora-chefe Maria Cecilia Stroka (Mtb 18.357) Editora Loraine Calza Repórteres Marcos Yamamoto Katia Carmo Publicidade Publicidade Nominal Representações Diagramação e arte Propagare Comercial Ltda. Impressão Plural Editora e Gráfica Ltda. Tiragem 45.000 exemplares A RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP. Rua Estados Unidos, 889 Jd. América – 01427-001 – SP Tel.: (11) 3087-3200 atendimento@crasp.gov.br www.crasp.gov.br

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Sumário

Os benefícios da Gestão do Relacionamento com o Cliente

3 Editorial 6 Na Prática

em Na Prática

Costumer Relationship Management A evolução do contato com o consumidor

MARCELO KURA

O governador Geraldo Alckmin falou da importância dos bons administradores tanto na gestão pública quanto na gestão privada em Especial FOTOS: GETTY IMAGES

A estratégia do eterno aprendiz em Capa

10 Conhecimento

E-commerce O crescimento do comércio eletrônico no Brasil

14 Especial

Homenagem ao governador Geraldo Alckmin

18 Capa

Eterno aprendiz Educação continuada: a melhor estratégia para a carreira

24 Estilo

Do you speak? A relação direta entre o aprendizado de outros idiomas e a ascensão profissional

28 Notícias

Pesquisas e informações para os administradores

34 Opinião

Adm. Murilo Lemos de Lemos


Na Prática

GETTY IMAGES

por Marcos Yamamoto

CRM: a evolução do contato com o consumidor A Gestão de Relacionamento com o Cliente oferece informações valiosas para as empresas se manterem sempre vivas em um mercado cada vez mais complexo e competitivo

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O

naturalista inglês Charles Darwin (18091882) constatou, em seus estudos sobre os seres vivos, que os indivíduos mais adaptados ao meio onde estão possuem maiores chances de sobreviver e deixar descendentes com as mesmas características. Na administração de vendas acontece o mesmo: aquele que não apresentar as condições necessárias para se manter em pé diante da feroz concorrência pelo consumidor está fadado à extinção. Para evitar o fim trágico e ganhar dianteira sobre os demais, muitas empresas têm utilizado as ferramentas de Gestão de Re-

lacionamento com o Cliente (ou CRM, do inglês Costumer Relationship Management). O objetivo é apurar a compreensão dos clientes, entender seus focos e objetivos, e criar formas de colaboração com os interesses do consumidor em uma convivência simbiótica de ganha-ganha. Atividade ligada à Administração Mercadológica/Marketing, o CRM consiste no processo de gerenciar informações sobre os clientes e seus “pontos de contato” com o propósito de maximizar a fidelização. “O conceito de CRM é antigo e traz muitas facilidades. Ele se tornou mais complexo com a utilização de estratégias de marketing de relacionamento em três principais frentes: o operacional na força de vendas, com o registro de informações sobre os clientes,

ajudando na geração de leads e novas prospecções; o call center e redes sociais, na identificação do cliente e de suas tendências de compra; e as campanhas proativas, baseadas no cruzamento de informações de histórico e o cálculo de algoritmos”, lista Roberto Madruga, professor do MBA da Fundação Getulio Vargas e autor do livro Guia de Implementação de Relacionamento e CRM (Editora Atlas). O CRM também pode detectar o que precisa ser melhorado e alçá-lo ao nível de excelência, como vantagem competitiva. “Uma das promessas do CRM é permitir uma comunicação multicanal, além de coletar e armazenar tais informações em um banco de dados. A utilização dessas informações do mercado, de reclamações, ideias ou sugestões leva a novos processos e usos ou mesmo a novos produtos e serviços”, comenta Enio Klein, 7


DIVULGAÇÃO

Madruga: o CRM funciona em toda a rede de relacionamentos

professor de Vendas e Marketing da Business School São Paulo e gerente geral da SalesWays no Brasil. Ingrediente chave para a evolução de uma empresa, a inovação apenas acontece com eficácia se estiver junto com planejamento. Nesse sentido, uma ferramenta de CRM é capaz de trazer informações valiosas, como nível de satisfação sobre os produtos e serviços oferecidos, a qualidade do atendimento, do ponto de venda, entre outras.

Adaptação ao meio

Quando uma empresa passa por um processo criterioso de implantação de CRM, é comum a identificação de problemas estruturais nos modos de operação e liderança. “Já constatei organizações em que metade dos vendedores não gostava de lidar com clientes. Mas, antes de colocar a culpa neles, os selecionadores de pessoas deveriam se basear mais em critérios como disposição para vendas e relacionamento e menos na aparência”, aponta Madruga. “A conquista da confiança e a boa reputação ocorrem com a consis-

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tência das respostas ao cliente, com integração das informações e com a relevância da comunicação e suas ofertas com base no conhecimento adquirido ao longo do tempo”, destaca o sócio da consultoria Peppers & Rogers Group no Brasil, Fernando Pierry. “O CRM funciona em toda a rede de relacionamentos. Em um shopping, por exemplo, devemos trabalhar com todos os envolvidos: consumidores, colaboradores, governo, lojistas, donos das lojas, vendedores”, descreve Madruga. Um exemplo é o da cooperativa de consumo Coop, cujo desafio foi se destacar dentro de um campo com muitos concorrentes e baixa diferenciação: o dos supermercados varejistas. Por meio das ferramentas de CRM, verificou-se que os cooperados recebiam a mesma forma de abordagem e tratamento, independentemente do seu valor para a empresa. As fases do projeto se transformaram em uma nova filosofia de trabalho, incorporada ao “DNA corporativo”, o que resultou em um incremento no faturamento de 2012 de R$ 42,3 milhões, significativos 2,4% do total no período. “A gestão de cooperados é, portanto, a grande estratégia, o ‘guarda-chuva’ que agrega e amarra as diversas iniciativas e projetos da Coop, e que representa o seu diferencial competitivo”, descreve o presidente da cooperativa, Antônio José Monte. Antes as estratégias de vendas eram basicamente voltadas para o fechamento da negociação, porém, nos tempos atuais, com a predominância de clientes mais criteriosos e exigentes, dificilmente eles são manipulados para o que não esperam. “Um antigo dito popular diz

que um consumidor feliz fala bem de algo para duas pessoas e o infeliz, para dez. Hoje, esses números se multiplicaram pelo de seguidores das pessoas nas redes sociais e o impacto viral”, ressalta Gilberto Villaça, fundador da consultoria organizacional Cloud2b.

O futuro digital

Atualmente, as interações de CRM Social, via redes e mídias sociais, como Facebook, Twitter e FourSquare, são as bola da vez no processo evolutivo do relacionamento das empresas com os consumidores. “A mídia social tornou-se um ponto de mudança na interação entre cliente e empresa, e é preciso integrar essa relação às centrais de atendimentos”, analisa Joaquim Silveira, diretor de vendas da HP Enterprise Services. Para ele, tal solução “conduz o relacionamento com o cliente para um novo patamar, com ferramentas analíticas que facilitam o

Para Klein, as informações do CRM podem levar até ao desenvolvimento de novos produtos ou serviços DIVULGAÇÃO

Na Prática


Os três desafios da gestão de clientes

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ESTRATÉGIA Deve ser claramente e ativamente definida e defendida pelo topo da empresa – o presidente, de preferência. INFORMAÇÃO Organizada através dos diversos sistemas que contêm informações que geram conhecimento. ADOÇÃO O ponto onde acontece a mudança cultural. Funciona quando os funcionários recebem da empresa mensagens claras sobre a estratégia e os processos, por meio de sistemas de apoio necessários e contínuo treinamento. A finalidade é dar ao colaborador o poder de resolver as questões dos clientes dentro de limites cada vez maiores, construindo uma confiança mútua entre empresa-colaborador-cliente.

Fonte: Peppers & Rogers Group Brasil

envolvimento com o consumidor via redes sociais, transformando esse relacionamento em resultados positivos tanto para o internauta quanto para a organização”. Já segundo o CEO da CRM123, José Jarbas, apesar do alto potencial, essa modalidade de técnica ainda engatinha no espaço

virtual brasileiro. “O comércio virtual no Brasil ainda necessita de ferramentas de CRM social e marketing que consigam oferecer a mesma qualidade propiciada por empresas fora do país”, comenta. Nas redes sociais, não levar em consideração os anseios dos

fãs e seguidores pode sair muito caro. De acordo com pesquisas das empresas internacionais de marketing social Social Bakers e Sysomos, 95% dos posts diretos às empresas via Facebook e 71% pelo Twitter não são respondidos. Como resultado, segundo os estudos, 88% deles têm a tendência de deixar de comprar essas marcas depois de terem seus apelos ignorados. “Como corrigir? Escutar os consumidores, atender as suas solicitações se elas forem justas e comunicar apropriadamente a ação tomada, preferencialmente pelo mesmo canal em que a reclamação aconteceu”, relaciona Villaça. Porém, as tecnologias de CRM, nas redes sociais ou não, são mecanismos de auxílio e devem receber a importância que elas realmente carregam: a de dar transparência na relação entre as partes, seja ao enxergar futuros negócios, seja como saber com quem está lidando. “As redes sociais detonaram paredes e barreiras que podiam proteger segredos e políticas comerciais desleais com os consumidores. Além disso, o organograma tem cada vez menos força, porque as hierarquias podem ser superadas por um clique do mouse”, diz Pierry. A responsabilidade de atrair e manter o contato sadio com o público será sempre humana.

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Conhecimento por Mayara Barboza

GETTY IMAGES

E-commerce cada vez mais 2.0 e em rede

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Diante de uma crescente tendência de compras online, o fenômeno do comércio eletrônico se apresenta em uma linha ascendente que traz benefícios tanto para os consumidores como para as empresas que adotam a modalidade. No entanto, é preciso evitar algumas falhas de gestão que podem atrapalhar a imagem do negócio

T

ipo de transação comercial feita especialmente por meio de equipamento eletrônico, como o computador, por exemplo, o e-commerce , ou comércio eletrônico, proporciona benefícios palpáveis tanto ao consumidor como para as empresas. Por isso mesmo, tem apresentado uma tendência de crescimento em diferentes países, incluindo o Brasil. Vantagens como mais opções de escolha e informações sobre produtos e serviços, preços mais baixos e o fator conveniência são as que mais atraem os clientes. Já para as organizações, os principais benefícios são os custos menores, a possibilidade de manter uma loja funcionando 24 horas por dia e de estabelecer um melhor relacionamento com o consumidor. “Os produtos na internet são mais baratos, porque o custo da venda é mais barato. Em uma loja física, é necessário pagar o espaço e os funcionários, entre outros gastos. Na internet, alguns desses gastos existem, mas são bem menores”, aponta Luiz Pavão, fundador da Infracommerce, empresa especializada em serviços para e-commerce. Na realidade, o comércio eletrônico não se limita às compras

pela internet como muitos imaginam. Existem várias modalidades: Business to Business (B2B), que consiste na relação dos negócios entre empresas; Business to Consumer (B2C), que é a interação entre empresa e consumidor; e-Gov, que são transações entre empresas (B2A) ou pessoas físicas (C2A) com a administração pública; m-Commerce, que é relativamente novo no mercado por tornar possível a compra de produtos diversos via dispositivos móveis; e o s-Commerce, que chega ao mercado para mostrar o potencial de compra que uma rede social tem. “Atualmente, as redes sociais são canais mais que consolidados, que servem como plataforma de veiculação de anúncios, geração de conteúdo e ainda uma central de atendimento ao consumidor conectado”, destaca Ricardo Correia, fundador da Webop, empresa de marketing digital e planejamento. “Outra tendência do mercado de e-commerce são os marketplaces, os famosos shoppings virtuais, e o e-commerce por assinatura, modalidade em que o cliente consegue pagar por um serviço e receber mensalmente determinado produto em sua residência”, assinala o

ORIGENS De acordo com o professor de Inovação e Estratégia Eduardo M. Fagundes, autor do livro Como Ingressar nos Negócios Digitais, alguns autores acreditam que o e-commerce tem a sua origem no final do século 19, quando Richard Sears, fundador da rede americana Sears, começou seu negócio vendendo relógios através de telegramas para seus colegas na época em que era agente de estação de trem. Apesar de inovadora, a iniciativa gerava uma margem quase insignificante de lucro, e Sears só ficou milionário posteriormente através de vendas desse produto via catálogo. Fagundes destaca que o e-commerce como conhecemos hoje se iniciou no final da década de 1960, mas foi só a partir de 1993 que as novas tecnologias, em constante evolução, permitiram às empresas executarem funções de negócios eletrônicos (ebusiness) com maior eficiência, rapidez e menores custos do que jamais foi possível.

administrador Igor Senra, CEO da Moip, empresa de intermediação de pagamentos digitais. Segundo dados da e-bit, empresa que atua como consultora de compras online, o e-commerce deve ter um crescimento nominal de 25% no país, chegando a um faturamento de R$ 28 bilhões neste ano. “O Brasil continuará apresentando altas taxas de crescimento no comércio 11


DIVULGAÇÃO

Conhecimento

eletrônico pelos próximos anos. Atualmente, menos da metade da população brasileira possui acesso à internet em casa ou no trabalho, mesmo assim metade dessa parcela efetuou uma compra online ao menos uma vez. Nos últimos dois anos, por volta de 10 milhões de pessoas efetuaram compra online pela primeira vez, o que tende a continuar acontecendo nos próximos anos”, informa Pedro Eugênio Toledo Piza, fundador do Busca Descontos, portal com foco exclusivo em promoções e cupons de descontos.

Os preferidos

Há alguns anos, as categorias mais vendidas por meio do comércio eletrônico eram eletrodomésticos, eletrônicos e informática, ou seja, produtos de maior valor agregado. “Atualmente, porém, a preferência dos e-consumidores vem mudando para outras categorias de menor valor, como moda e acessórios de casa e decoração, que apresentam produtos mais baratos”, avalia Pedro Guasti, vice-presidente de Intelligence Market do Buscapé, site de comparação de preços, produtos e serviços, e diretor geral da e-bit. No entanto, explica Guasti, eletrodomésticos, eletrônicos e informática continuam entre as dez categorias preferidas, porque, no e-commerce, o consumidor encontra mais facilidade para comprar esse tipo de produto por não precisar sair de casa até a loja, ter todas as informações do produto e ainda as opiniões de outras pessoas a respeito dele. Muito embora as vantagens

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Outra tendência do mercado de e-commerce são os marketplaces e o e-commerce por assinatura, explica Senra

da modalidade e o crescimento do setor sejam expressivos, algumas falhas de gestão podem atrapalhar a imagem do negócio e manchar a reputação da empresa. “A ideia de ter um ponto de venda em cada computador é fantástica para as companhias. Todos os dias, mostra a prática, novas ferramentas surgem e, quando são boas, as organizações as absorvem. O que teria que melhorar é a gestão da cadeia dos processos que vai possibilitar não só a venda, mas todas as ações relacionadas. Hoje é muito comum encontrarmos algumas dificuldades, como atraso na entrega dos produtos, problemas de fatura, produtos que chegam danificados, entre outros que podem prejudicar a imagem da empresa e, pior, do

sistema. Quando alguém tem algum problema, a imagem do e-commerce também é prejudicada”, analisa Henrique Gambaro Vieira, docente da Universidade Norte do Paraná (Unopar). Para o professor, o e-commerce e a logística são dois segmentos que se desenvolvem juntos. Um alimenta o outro. “Com o aumento das trocas por meios digitais, o setor de logística teve que se desenvolver muito rapidamente. Houve um aumento extremamente significativo de empresas que têm por objetivo prestar serviços logísticos para a área. Não falo somente de companhias de entrega, mas de organizações que possuem todos seus esforços voltados para o armazenamento, controle e administração dos processos rela-


Defesa do consumidor

DIVULGAçÃO

Os direitos do consumidor são outra questão importante que deve orientar o comércio ele-

trônico. “Dentro do Código de Defesa do Consumidor, temos um artigo exclusivo para compras fora do estabelecimento, o 49, que fala sobre como a empresa e o consumidor devem se comportar. Na época em que o artigo entrou em vigor (anos 1990) ainda não havia internet, mas o que está escrito lá também serve para compras online”, esclarece Dori Boucault, advogado especialista em direito do consumidor. Uma diferença importante em relação às compras em lojas físicas e online é o chamado prazo do arrependimento. Esse prazo, contado até sete dias após o recebimento do produto, dá ao

consumidor a possibilidade de devolvê-lo caso ele não o queira mais. “Se algum tipo de problema persistir, a pessoa deve procurar o Procon. Caso a empresa que prestou o serviço online também tiver uma filial física, o consumidor deve ir até ela, pois a empresa é obrigada a responder pela atitude da compra eletrônica”, orienta Boucault.

PRIMEIRO E-COMMERCE

GETTY IMAGES

cionados à área de logística. Não há mais lugar para amadores”, alerta Vieira. A opinião é compartilhada por Guasti: “As oportunidades no e-commerce estão em todas as partes, como tecnologia, marketing digital, logística, atendimento aos clientes e varejo. Na verdade, o que falta são profissionais preparados para lidar com as particularidades do setor”. A boa notícia é que já existem cursos específicos para sanar essa deficiência.

A demanda de muitas empresas

fez com que o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas)

desen-

volvesse, juntamente com o Mercado Livre, o projeto Primeiro E-Commerce,

plataforma

que

permite a criação gratuita de

uma loja virtual para empresários "Nos últimos dois anos, por volta de 10 milhões de pessoas efetuaram compras online pela primeira vez", lembra Toledo Piza

iniciantes no comércio eletrôni-

co. O projeto tem a finalidade de apoiar os pequenos negócios,

fazendo com que eles tenham

a capacidade de colocar seus produtos ou bens de serviço à disposição do comprador digital.

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Especial

FOTOS: MRCELO KURA

por Maria Cecilia Stroka

Administrador: profissional do desenvolvimento Durante café da manhã realizado na sede do Conselho, o governador Geraldo Alckmin falou da importância dos bons profissionais tanto na administração privada quanto na pública

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Os presidentes e o governador. Da esquerda para a direita: Ricardo Pelegrini (IBM/GMU), José Roberto Penteado (ESPM), Walter Sigollo, Geraldo Alckmin, Fernando Alves (PwC) e Waldey Sanches (Navistar)

O

governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteve no CRA-SP no último dia 17 de abril para apresentar os principais desafios, políticas, critérios de gestão e ações do governo a um grupo de presidentes de empresas e de universidades, empresários, entidades de diversos setores, diretores, além de conselheiros do CRA-SP (veja quadro na pág. 16). Na ocasião, Alckmin ressaltou a importância de se ter bons profissionais tanto na administração privada quanto na administração pública e falou da grande alegria e honra de estar na casa do administrador e ter a oportunidade de apresentar as ações do governo que visam ao desenvolvimento do estado, afirmando que o administrador é o profissional do desenvolvimento e “grande parte dos desafios do estado são de gestão.” "Se não tiver a pessoa certa no lugar certo, nem com dinheiro ela faz direito. É essencial valorizar os recursos humanos e ter bons administradores”, lembrando o ex-governador Mario Covas, que dizia que administração, seja pública ou privada, em primeiro

lugar é gente, em segundo, gente, e em terceiro, gente. Durante a conversa com os convidados, Alckmin apresentou dados e informações sobre o desenvolvimento de São Paulo, ressaltando o enorme desafio de administrar um estado que soma 42 milhões de habitantes, uma população maior que a da Argentina e que apresenta o melhor rating entre todos os estados brasileiros. São números que impressionam e exigem ações coordenadas do

governo para um desenvolvimento homogêneo: o estado tem um PIB (Produto Interno Bruto) que é quase o dobro do PIB da Argentina; é a segunda economia da América do Sul e a 18ª do mundo; e tem renda per capta de 19 mil dólares/ano – acima da maioria dos países latino-americanos –, além de ser o primeiro produtor mundial de açúcar, álcool e suco de laranja, e o maior exportador de carne bovina do mundo. Foco permanente de discussões, Alckmin falou ainda da importância do metrô para a população de toda a metrópole e dos investimentos recordes em sua ampliação, da CPTM e corredores de ônibus. “São Paulo terá sete linhas simultâneas em obras, com a ampliação da capacidade de atendimento do metrô”, destacou. Já o modal aeroportuário é o que mais cresce, segundo disse. Hoje, o governo do estado tem 30 aeroportos. “Estamos abrindo o processo de PPP ou de concessão para a administração privada de todos esses aeroportos”, assi-

Entre os convidados, prestigiaram o evento (da esquerda para a direita) Carlos Tilkian (Estrela), Niversindo Cherubin (São Camilo), Almiro dos Reis Neto (ABRH-SP) e Luiz Fernando Garcia (ESPM)

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Especial

grande parte de prédios novos e outra parte de retrofit, e a inauguração de quatro novos hospitais, todos por meio de PPPs, em São José dos Campos, Sorocaba e dois em São Paulo. Marca da gestão do atual governo, a regionalização da saúde tem sido valorizada, disse.

Investimento e expansão

nalou em sua conversa com os convidados. “As finanças do estado estão saneadas, nenhum imposto teve aumento”, disse Alckmin, ressaltando que o governo tem trabalhado para reduzir gastos e aprimorar sua eficiência na gestão. Ao contrário, conforme apresentou, só houve redução

de carga tributária, recuperando a capacidade de investimento. “Lançamos uma carteira de R$ 50 bilhões de PPPs (Parcerias Público-Privadas)”, destacou. O governador apresentou a primeira PPP do país de habitação de interesse social, que irá disponibilizar 20 mil moradias só na área central de São Paulo, com

Com o objetivo de trazer o setor privado para desenvolver, em conjunto com o governo estadual, políticas públicas de estímulo à competitividade do estado foi lançado, recentemente, o Comitê Paulista de Competitividade. Ele irá atuar com cinco câmaras: Recursos Humanos; Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento; Infraestrutura e Logística; Competitividade; e Desburocratização. Em relação ao transporte, teve destaque o Rodoanel Leste, que deverá estar pronto até março do próximo ano, e o trecho Norte,

Entre os presidentes de empresas participaram do café da manhã Ricardo Pelegrini, vice-presidente de Indústrias e Iniciativas Estratégicas na organização de mercados emergentes da IBM, denominada GMU (Growth Markets Unit); Fernando Alves, presidente da PwC; Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela; Waldey Sanches, presidente da Navistar; Fábio Luchetti, presidente da Porto Seguro; Felipe Buckup, presidente do Western Union; Niversindo Cherubin, presidente da Cruzada Bandeirante São Camilo; e Cezar Tegon, presidente da E-Lancers. Também prestigiaram o evento José Roberto Penteado, presidente da

Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM); Luiz Fernando Garcia, diretor geral da Graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM); Luiz Calado, diretor do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (IBEF) representando José Claudio Securato, presidente do IBEF; Heloísa Bedicks, superintendente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); Almiro dos Reis Neto, presidente da Seccional São Paulo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP); Elaine Saad, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional); Vitor Paulo Camargo Gonçalves, pre-

sidente do Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS); Armando Dal Colletto, presidente da BSP – Business School São Paulo; José Pereira Guabiraba, diretor comercial do Grupo Estado; Márcia Gomes, gerente comercial do Grupo Estado; Sérgio Lex, diretor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas do Mackenzie; Claudia Forte, coordenadora Interinstitucional e Internacional do Mackenzie; Francisco Alves, diretor do Instituto de Ciências Sociais; Eliane Aere, diretora de Frotas da Edenred; e Cibele Sugahara, diretora do curso de Administração da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-SP).

Convidados de empresas, entidades e instituições de ensino superior estiveram presentes para o evento com Geraldo Alckmin

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O governador recebeu a homenagem pelas ações do governo das mãos do presidente do CRA-SP, Walter Sigollo

que está em obras, bem como a duplicação de quase todas as rodovias do estado. Alckmin ressaltou a importância do planejamento urbano reforçando que não adianta oferecer mais transporte, sem planejamento. Vale salientar o quanto isso é importante para uma cidade como São Paulo, pois só a Subprefeitura da Sé tem 3% dos habitantes e 18% dos empregos da cidade. “Não podemos esquecer de que temos a população de um Uruguai viajando todos os dias para o trabalho e vice-versa, ou seja, as vagas de trabalho estão no centro expandido e as pessoas morando longe”, lembrou. Com um novo modelo de excelência, o governo tem trabalhado para o aprimoramento dos ensinos superior, técnico e de graduação tecnológica e ao estímulo à inovação no estado de São Paulo. Alckmin ressaltou os cursos de capacitação rápida: 150 opções, nas áreas

de construção civil, indústria e serviços, que não exigem escolaridade e oferecem uma bolsa para quem está desempregado e não recebe seguro-desemprego. O estado ainda mantém 208 es-

colas técnicas, que contam com 226 mil alunos, e as Fatecs de cursos tecnológicos. “Hoje de um lado temos a falta de emprego e de outro a falta de mão de obra qualificada para preencher determinadas vagas.” Segundo o governador, São Paulo investe mais em pesquisa e desenvolvimento que países como Espanha, Itália, Rússia, África do Sul, Argentina, México e Chile. “Investimos mais de R$ 1 bilhão nessa área por meio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).” Os parques tecnológicos são um exemplo disso: localizados em São José dos Campos (voltados para a indústria aeronáutica e aeroespacial), São Carlos (TI), Campinas (TI), Piracicaba (bioenergia), Sorocaba (mecânica), Ribeirão Preto (equipamentos hospitalares), unem universidades, institutos de pesquisa, incubadoras e iniciativa privada.

Sérgio Lex (Mackenzie), terceiro à esq., com os conselheiros da casa (da esq. para dir.) Arlindo Vicente Júnior, Alberto Whitaker, Hamilton Corrêa, Luiz Marques Ricardo, Antonio Wolff, Marco Antônio de Jesus, Álvaro Mello, Milton Milioni e o governador (ao centro)

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Capa

18

GETTY IMAGEs

por Loraine Calza


A estratégia do eterno aprendiz Após a graduação, a educação continuada é fundamental para o desenvolvimento profissional. O mais importante, nessa trajetória, é saber escolher o curso certo, que esteja em sintonia com os grandes temas da atualidade e seja compatível com o momento de vida e as necessidades da carreira

S

e existe uma certeza na atualidade é a de que os cursos de graduação já não são mais suficientes para garantir uma carreira bem-sucedida. Ao contrário: significam apenas o primeiro passo de um processo de educação continuada, que deverá ser complementado com cursos de especialização e extensão, pós-graduação, MBA e pós-MBA, de acordo com a evolução e as necessidades da carreira. Outra certeza: essa é uma tarefa que cabe exclusivamente ao indivíduo, não à empresa onde ele trabalha. Esta pode, sim, fornecer os meios para que as pessoas se desenvolvam, mas não é a responsável pela evolução delas. “Profissionais bem-sucedidos no mercado de trabalho continuam a manifestar o ímpeto de aprender, demonstrando, ao mesmo tempo, preocupação responsável e inconformismo legítimo. Manter o coração de estudante

batendo durante toda a vida passou a ser fundamental para a sobrevivência e o desenvolvimento profissional”, ensina o consultor organizacional e palestrante Eugenio Mussak no seu livro Metacompetência – Uma nova visão do trabalho e da realização pessoal. “Na Era do Conhecimento, a principal moeda é justamente o conhecimento”, lembra a professora Sylvia Vergara, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (RJ). “É preciso, porém, diferenciar informação, que hoje temos em excesso graças às facilidades da era tecnológica, de conhecimento, que é algo refletido e pensado.” No caso dos administradores, a prioridade deve ser traçar uma trajetória de qualificação que acompanhe o desenvolvimento da carreira. Isso não significa, porém, que o recém-graduado em Administração deva partir imediatamente para uma pós-graduação ou um MBA. A 19


Capa

recomendação dos especialistas é a de que, depois de formado, ele espere um tempo antes de se matricular nesses cursos para se dedicar à carreira e adquirir maior experiência profissional a fim de aproveitá-los de forma mais adequada. “Dois anos é um bom tempo de amadurecimento profissional para retornar aos estudos numa pós-graduação. Nesse período, ele tem mais condições de optar por áreas específicas, como Recursos Humanos, Marketing ou Logística, por exemplo. Para um MBA, eu esperaria de quatro a cinco anos, dependendo da velocidade da carreira, pois este já é mais recomendado para quem ocupa um cargo de gerência”, sugere o professor Mauricio Queiroz, diretor geral da Faculdade FIA de Administração e Negócios da Fundação Instituto de Administração. Segundo ele, 40% dos alunos que frequentam os MBAs da FIA ocupam níveis gerenciais; já nos cursos de especialização, 40% são analistas. “Um MBA é mais válido para quem tem certo grau de experiência”, concorda Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios. Além do tempo certo, é preciso, porém, saber escolher a escola e o curso adequados, principalmente porque os MBAs não são regulamentados pelo Ministério da Educação – MEC. “Antes de se matricular em qualquer curso, o profissional deve visitar a instituição, conversar com o coordenador, avaliar o conteúdo e tentar levantar a percepção do mercado a respeito dele. Outra dica é ouvir profissionais de RH sobre quais cursos eles consideram mais relevantes em um processo de recrutamento e seleção”, completa Trevisan.

Fora do país?

Mais uma questão a ser avaliada é a possibilidade de fazer pós-graduação ou MBA no exterior. À exceção do Coppead, instituto de pós-graduação e pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ocupou a 66ª posição, nenhum outro curso brasileiro

20

apareceu no ranking dos 100 melhores MBAs do mundo, publicado anualmente pelo jornal britânico Financial Times (veja quadro na pág. 22). Isso não significa, porém, que não existam bons cursos no Brasil com experiência internacional. "Há uma diferença entre o profissional que quer seguir uma carreira de expatriado e aquele que deseja obter uma experiência globalizada. É possível conseguir a vivência global fazendo um curso de MBA em Administração no Brasil, com módulos de intercâmbio fora do país e com professores de outras nacionalidades", diz Renato Guimarães Ferreira, coordenador do curso CEAG, de pós-graduação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), no site da instituição de ensino. Como os cursos no exterior exigem a dedicação em período integral, isso obriga o profissional a ficar um tempo longe do mercado e a fazer uma reserva financeira compatível com o período de afastamento. Esse pode ser um ponto negativo, mas existe o lado positivo do maior domínio de outro idioma, além da experiência adquirida pela vivência em uma cultura diferente – fatores cada vez mais valorizados

Na hora de escolher um curso de MBA ou pós-graduação: VISITE A INSTITUIÇÃO DE ENSINO; CONVERSE COM O COORDENADOR ; AVALIE O CONTEÚDO PROPOSTO; OUÇA A OPINIÃO DE PROFISSIONAIS QUE JÁ CONCLUÍRAM O CURSO; TENTE LEVANTAR A PERCEPÇÃO DO MERCADO A RESPEITO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO; E PROCURE OUVIR UM PROFISSIONAL DE RH SOBRE O IMPACTO DO CURSO NO CURRÍCULO.


nos processos de recrutamento e seleção das empresas. Uma opção interessante que se apresenta para alguns profissionais são os cursos in company, feitos sob medida e de acordo com as necessidades das empresas em relação a conteúdo, carga horária e formato. “Como é parecida com um projeto de consultoria, a oferta desse tipo de curso cresce de acordo com a economia. Quando ela vai bem, mais empresas investem em projetos dessa natureza, quando vai mal, a oferta diminui”, explica Trevisan. O profissional também não precisa fazer uma atualização de fôlego a toda hora. “É possível se atualizar ao ler as melhores revistas, fazendo cursos de extensão, frequentando grupos de estudos. O importante é entender que a gente não se forma nunca. Faço uma analogia com um piloto de avião. Se ele não se atualizar, não vai conseguir voar. Com o administrador é o mesmo processo”, avalia o diretor acadêmico da BSP – Business School São Paulo, Armando Dal Coletto.

ganharam maior espaço temas como responsabilidade social e ambiental, ética e governança corporativa, que pouco tempo atrás não faziam parte das aulas tradicionais e hoje estão entre as disciplinas mais valorizadas. “Cada fase da história tem a predominância de um tema”, explica Dal Coletto. “No mundo atual, em que é preciso enfrentar tantas crises, a capacidade de reagir a um fenômeno é uma qualidade cada vez mais apreciada. O administrador deve, então, estar preparado para atuar em ambientes de incerteza e ter a capacidade de enfrentar problemas dos quais nunca ouviu falar. Por isso, as escolas têm dado ênfase para a gestão da complexidade, oferecendo ferramentas que habilitem os profissionais a fazerem coisas que nem imaginavam.” A tecnologia também tem mudado o formato das aulas. A mobilidade adquirida

"O importante é entender que a gente não se forma nunca" alerta Dal Coletto

Se um dos critérios de escolha de um curso é a análise do conteúdo, é sempre importante saber como eles são atualizados de acordo com as tendências e demandas do mercado. “No caso da BSP, reestruturamos nossos cursos de três em três anos, além de lançarmos novas opções nesse período. O processo de atualização é feito a partir da avaliação dos alunos e dos comentários deles para os professores, bem como levando em consideração as reações do momento, que geram uma série de ideias para lançamentos e reestruturações. Antigamente, as empresas e escolas mostravam as mudanças para a sociedade. Hoje, em um ambiente democrático e com mais liberdade de expressão, é a sociedade que propõe as mudanças, e nós devemos estar atentos a elas.” Essa percepção das tendências leva à incorporação de novos assuntos à grade curricular dos cursos. Nos últimos anos,

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Atualização do conteúdo

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dições de se atualizar até de graça. Eu mesmo tenho feito cursos gratuitos em universidades internacionais pela internet, o que permite também o exercício de outros idiomas.”

Distanciamento

Trevisan: "Um MBA é válido para quem tem um certo grau de experiência"

pelos equipamentos, como smartphones e tablets, cria novos ambientes para o consumo do conhecimento. “Um modelo mais híbrido, que combina aulas presenciais e ensino a distância, é uma das tendências de ensino”, destaca Queiroz. “Com essas novas tecnologias, um executivo tem con-

Uma crítica constante às universidades é ainda o distanciamento da realidade das empresas ou do mundo prático como preferem alguns. “Essa separação entre empresas e universidades é histórica no Brasil. A área privada considera a academia lenta, demorada e com discussões em excesso; a academia ainda vê as corporações como exploradoras do indivíduo”, analisa a professora Sylvia. Para ela, porém, é preciso mudar esse panorama: “A universidade deve se dedicar ao ensino e à pesquisa, mas é seu papel também estender ambos para a sociedade. Por isso, ela precisa estar preparada para trabalhar com as empresas”.

OS MELHORES MBAs DO MUNDO Todos os anos, o jornal britânico Financial Times publica o ranking dos melhores MBAs do mundo. A lista é baseada em pesquisas com escolas de negócios e ex-alunos formados há três anos. São analisadas a progressão da carreira, exposição internacional, diversidade da equipe e dos estudantes e a qualidade dos professores e pesquisadores. Outro item avaliado é o incremento salarial em dólares sobre a remuneração do executivo antes do curso. No ranking deste ano, os dez primeiros lugares foram ocupados por: INSTITUIÇÃO

PAÍS

SALÁRIO/ANO (US$)

1

HARVARD BUSINESS SCHOOL

EUA

187.223

2

STANFORD GRADUATE SCHOOL OF BUSINESS

EUA

194.645

3

UNIVERSITY OF PENNSYLVANIA: WHARTON

EUA

180.772

4

LONDON BUSINESS SCHOOL

EUA

160.988

5

COLUMBIA BUSINESS SCHOOL

6

INSEAD

7

IESE BUSINESS SCHOOL

8

HONG KONG UST BUSINESS SCHOOL

9 10

RANKING

22

EUA

174.347

FRANÇA /CINGAPURA

153.992

ESPANHA

146.049

CHINA

132.685

MIT: SLOAN

EUA

160.414

UNIVERSITY OF CHICAGO: BOOTH

EUA

162.363


Por meio de uma parceria estabelecida com a Trevisan Escola de Negócios, o CRA-SP vai proporcionar aos administradores registrados e adimplentes no Conselho uma bolsa integral para o MBA Executivo – Gestão Empresarial através do Concurso Cultural, que ainda não tem data para o lançamento oficial. Também por meio da parceria serão oferecidos descontos de 15% para os cursos de pós-graduação, MBA, Educação Executiva e nos eventos da Trevisan. “É muito importante para uma faculdade voltada para os negócios se relacionar com órgãos de classe, o que só nos ajuda a fortalecer a nossa presença no mercado”, analisa Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios.

Para Queiroz, a Administração é a que mais sofre com esse descolamento entre a academia e o setor privado e a herança cultural de que o ambiente empresarial contamina as universidades. “A Administração não é uma área de pesquisa básica, criada em laboratório. Não tem como evoluir se não interagir com as corporações e a sociedade. Por outro lado, também não temos muitas empresas abrindo as portas para a academia. É preciso mudar esse cenário." Na Índia, por exemplo, as escolas de Tecnologia da Informação têm um forte vínculo com as empresa. Os alunos aprendem a metodologia da companhia e já saem prontos para trabalhar nela. Não é o caso aqui do Brasil. Mas por que não inovar e criar um modelo híbrido em que as empresas possam bancar um acréscimo de carga horária? Seria uma opção para aproximar as empresas e universidades com ganhos para todos, principalmente para os administradores.

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Estilo

GETTY IMAGES

por Marcos Yamamoto

Do you speak? Apesar da proximidade dos grandes eventos esportivos tornar premente a necessidade do domĂ­nio de outras lĂ­nguas para receber bem os turistas de todo o mundo, os brasileiros ainda sofrem com a falta de afinidade com idiomas importantes, como o inglĂŞs e o espanhol 24


balização Econômica, em 2011, a capital paulista recebeu 8,4 bilhões de dólares do mercado estrangeiro. Esse cenário poderia ser melhor não fosse a falta de preparo dos gestores em – pasmem – conversar com seus interlocutores especialmente nos dois idiomas mais importantes para a comunicação dentro do continente: o inglês e o espanhol. Segundo estudos feitos pelo grupo de recrutamento PageGroup, menos da metade dos executivos no Brasil, 37%, possui fluência em inglês e apenas 9% em espanhol. A média paulista é um pouco melhor, 49% e 12%, respectivamente, mas, ainda assim, insuficiente para propiciar um salto de qualidade nos negócios com Estados Unidos, Europa e os membros do Mercosul. “O principal impacto para o profissional está no plano de carreira. Se ele não tem fluência na língua da matriz, suas chances de assumir um posto de liderança regional, nacional e, principalmente, de expatriação são limitadas”, esclarece o gerente da Michael Page, Zuca Palladino. “Quando aplicamos ao mercado, a carência resulta na limitação de oportunidades de emprego, já que nove em cada dez projetos estabelecem o inglês como parte do critério eliminatório”, completa. Apesar de a fluência em outras línguas aparecer como diferencial no currículo, muitos profissionais não a priorizam em suas carreiras. “Ainda hoje, mesmo com toda a globalização, são poucos os profissionais que realmente dominam outro idioma. As melhores empresas

estão expandindo seus negócios internacionalmente e há muitas multinacionais vindo para o Brasil, assim sendo, elas precisam de funcionários que tenham capacidade de interagir com pessoas de outros países”, comenta Élvio Peralta, diretor da Fundação Fisk, detentora das marcas de ensino de idiomas Fisk e PBF.

Franchising

Um indicador da importância dessa modalidade de ensino dentro da sociedade é a grande quantidade de franquias de escolas de idiomas, voltadas para o aprimoramento pessoal e profissional. Segundo a Associação Brasileira de Franchising, o segmento de Educação e

Palladino: principal impacto do domínio do idioma está no plano plano de carreira

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C

om a proximidade da realização da Copa do Mundo e da Olimpíada no Brasil, respectivamente em 2014 e 2016, torna-se premente a necessidade de capacitar as pessoas que irão lidar diretamente com os turistas em diversos setores da sociedade. “Várias entidades multissetoriais têm capacitado seus profissionais para receber os turistas, como, por exemplo, a associação de restaurantes, que promove cursos para garçons e recepcionistas. O governo também oferece programas de cursos de idiomas para aqueles ligados ao atendimento ao público”, explica o administrador Toni Sando, presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau, entidade que busca fomentar os negócios em São Paulo por meio dos turismos de lazer e de negócios. Além dos eventos esportivos, o Brasil é um polo mundial já estabelecido de atração de negócios. O relatório International Business Report 2012, da Grant Thornton, destaca o país como o terceiro destino mais procurado por empresários norte-americanos, espanhóis e argentinos com pretensões de ampliar seus investimentos em países emergentes de rápido crescimento. Nesse contexto, o estado de São Paulo carrega uma grande responsabilidade nos rumos da economia nacional. De acordo com levantamento feito no ano passado pela consultoria KPMG, a cidade de São Paulo é a metrópole na América Latina que mais recebe investimentos externos. Segundo a Sociedade Brasileira de Estudos das Empresas Transnacionais e da Glo-

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Segundo Peralta, poucos realmente dominam outro idioma

Apenas 37% dos executivos brasileiros possuem fluência em inglês Treinamento, onde estão inseridas as franquias de ensino de idiomas, atingiu a marca de R$ 6,5 bilhões em faturamento em 2012, valor 10,3% maior em relação ao ano anterior. No mesmo período, a quantidade de redes no Brasil ligadas à área passou de 234 para 270. E, no ranking das 25 maiores bandeiras operando no país, quatro (Wizard, Fisk, CCAA e CNA) são de escolas de idiomas. Um caminho feito por profissionais interessados em aprimorar seus conhecimentos em outras línguas é a vivência em 26

outros países. “Os intercambistas trazem na bagagem de volta ao Brasil o aprendizado ou aperfeiçoamento de um idioma, o conhecimento de novas culturas e a ampliação do networking . A prática de um idioma no exterior proporciona um ambiente rico para adquirir a fluência. A experiência internacional constitui um importante diferencial no currículo, além de desenvolvimento pessoal do participante”, reflete Suzana Martins, gerente de marketing do STB, rede de educação internacional com programas de cursos de idiomas, extensão universitária e recrutamento. Engana-se, porém, quem acha que proficiência é um requisito apenas em grandes empresas nacionais e multinacionais. Em tempos de mundo conectado e de constante interação, é mais comum pequenas e médias empresas assinarem contratos com parceiros internacionais. Porém, na visão de Peralta, as PMEs sofrem mais com os efeitos da falta de pessoal preparado. “Os empreendedores acabam sendo afetados pela grande falta de profissionais com fluência escrita e oral em outros idiomas e aqueles mais qualificados acabam optando por corporações maiores por causa da melhor remuneração e das perspectivas de crescimento profissional”, lamenta. Diante da importância do tema, os profissionais gabaritados tendem a ganhar mais autonomia e credibilidade perante seus pares de quaisquer nacionalidades. “O brasileiro pode ser mais bem visto se conseguir ser ele mesmo em outra língua. Exemplo: você

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Estilo

Mais eventos internacionais Segundo relatório anual da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês), publicado em maio de 2012, o Rio de Janeiro foi a cidade brasileira que mais sediou eventos internacionais em 2011. Os 69 congressos e convenções realizados na capital fluminense colocaram o destino também em segundo lugar no ranking das Américas. Com a realização de 60 eventos, São Paulo ficou em segundo lugar entre as cidades brasileiras e em terceiro no ranking das Américas. O número de municípios do país que receberam congressos e convenções internacionais, de acordo com a ICCA, subiu de 48 para 57 em 2011. Salvador alcançou o terceiro lugar, com 17 eventos. Florianópolis e Brasília apareceram empatados, na quarta posição, com 13 eventos. Porto Alegre (12), Recife (10), Curitiba (9), Foz do Iguaçu e Ouro Preto, com oito convenções cada, completaram a lista dos dez primeiros.


¡Si, cómo no! Muitos profissionais brasileiros ainda precisam aprimorar os conhecimentos em inglês e espanhol, os dois idiomas mais requisitados pelas empresas locais. Menos da metade da média nacional atende aos requisitos (37% em inglês e 9% em espanhol). Confira como está o cenário em áreas ligadas à Administração: Inglês

Espanhol

Marketing

54%

13%

Logística

46%

14%

Tecnologia da Informação

45%

9%

Varejo

38%

11,5%

Recursos Humanos

27%

8%

Fonte: PageGroup

não tem impressão que os gringos são menos inteligentes quando tentam falar português e não conseguem? Agora imagine uma empresa nacional onde ninguém fala inglês que contrata um americano com português intermediário para trabalhar, não concorda que ele vai durar pouco tempo?”, questiona Palladino. Mas, segundo Sando, “falar idiomas deveria ser um processo contínuo na formação. Existe uma mobilização muito grande por conta da Copa e Olimpíadas, mas que serve como um pretexto para facilitar a vida de quem vai nos visitar”. No final, prevalece a plena inter-relação entre pessoas, empresas e sociedades.

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ARQUIVO CRA-SP

Notícias

Medidas para evitar futuros atos fraudulentos

Mazzola: o ser humano ainda é o principal ativo da fraude

Empenho no combate às fraudes De forma geral, todo artifício empregado com o fim de enganar uma pessoa e causar-lhe prejuízo é denominado fraude. Tal ato traduz a intenção de procurar uma vantagem indevida, patrimonial ou não. Dentro de uma organização, muitas podem ser as formas de fraude, que englobam desde atitudes simples, como notas frias para reembolsos de pequenas despesas, a roubo de dados e desvio de dinheiro. “A ameaça da fraude interna é um risco que está aumentando e que pode resultar em prejuízo financeiro tangível para as empresas. Quanto mais tempo a organização demorar a perceber isso, mais caro vai sair para ela”, afirma Christine Meyers, diretora de Soluções para Gerenciamento 28

de Fraudes Corporativas da Attachmate Corporation. Feita com 700 profissionais de grandes multinacionais, a segunda pesquisa anual O Risco das Fraudes Internas, realizada em conjunto pela Attachmate e o Ponemon Institute, revelou que, em média, as empresas enfrentam uma tentativa desse tipo por semana. Apesar disso, 44% das organizações entrevistadas dizem não ver a prevenção de fraude interna como prioridade. Como desenvolvem processos e sistemas cada vez mais seguros, muitas organizações não enxergam os riscos. Porém, tais medidas não impedem que os problemas aconteçam. “Geralmente as fraudes são negadas pelas organizações: elas usam ferramen-

Melhoria dos controles internos

93%

Elaboração de um manual de comportamento profissional

57%

Treinamento dos funcionários

50%

Investigações especiais pela auditoria externa ou terceiros

34%

Sensibilização da gerência

31%

Aumento de recursos do Departamento de Revisão / Auditoria Interna

24%

Rodízio de funcionários

12%

Outros

3%

Nota: múltiplas respostas recebidas

Fonte: Pesquisa A Fraude no Brasil, da KPMG Forensic


que a insuficiência de controles internos foi a área crítica de preocupação para 64% dos entrevistados, entre as circunstâncias facilitadoras de atos fraudulentos. Em contrapartida, foram justamente estes controles internos que mais permitiram a descoberta deles (25%). Além da auditoria interna, que responde por grande parte das descobertas, uma vez que está presente no dia a dia da empresa e consegue enxergar com mais clareza as atividades, o canal de denúncias também é um importante, e essencial, meio para o combate. Mazzola, que recentemente ministrou no CRA-SP a palestra Visão e Atuação do Administrador Moderno no Combate a Fraudes Corporativas, ressaltou a impor-

tância desse canal: “Não existe uma receita para todas as empresas no combate às fraudes. Porém, alguns cuidados devem ser tomados, entre eles, ter claro o código de ética empresarial, com direitos e deveres, rever processos, revisar controles e criar ou aprimorar um canal de denúncias. Tal canal, contudo, deve ser criado de forma séria, com profissionais competentes e engajados que tenham, claramente, a definição a quem devem se reportar em caso de suspeita”. O palestrante ainda destacou o papel do administrador nesse processo: “O administrador é o responsável por controlar e identificar as fraudes. Ele deve conduzir as tarefas com clareza, prestar informações e contas das atividades”, finalizou.

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tas importantes no combate, mas o principal ativo (da fraude) ainda é o ser humano. Muitos gestores refutam a possibilidade de que alguém da sua equipe possa ter cometido a fraude, e a principal frase após a descoberta é ‘eu não sabia’”, afirma o administrador Caio Marcelo Suplicy Mazzola, auditor e especialista no combate às fraudes. Segundo Mazzola, o tripé que sustenta e ocasiona a fraude é formado pela necessidade (sucesso, dinheiro, desafio), a justificativa (equiparação salarial, vingança) e a oportunidade (brechas e, principalmente, a certeza da impunidade). A quarta edição da pesquisa A Fraude no Brasil, realizada pela KPMG Forensic e feita com mais de 1.000 corporações, apontou

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Apesar de ser um tema onipresente nos debates públicos sobre o futuro do planeta, é sempre necessário reforçar a preocupação com o meio ambiente e transmitir a conscientização sobre questões como tratamento do lixo e consumo consciente de pessoas e empresas. Diante da necessidade em manter aquecido o diálogo crítico sobre o assunto, o CRA-SP oferece como benefício gratuito aos profissionais registrados em todo o Estado de São Paulo o curso Educação Ambiental e Sustentabilidade. As quatro aulas da Série Profissional apresentarão a importância de um direcionamento sustentável na educação, dicas práticas para evitar o consumo desenfreado e o papel das empresas nesse contexto. O tema será ministrado pela 30

Mais vagas para média gerência

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assessora técnica da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Leny Toniolo. Essa e outras atividades grátis aos registrados fazem parte de uma parceria institucional do CRA-SP com a Dtcom, empresa de capacitação corporativa a distância, destinada aos administradores em todo o Estado de São Paulo. Entre os temas da programação de cursos, ainda se destacam Escrita para Negócios com Ênfase para a Nova Ortografia e O Código de Defesa do Consumidor e a Relação de Consumo. A programação completa, junto com as sinopses dos cursos, pode ser acessada no hotsite www.cursos.crasp.gov.br. Quem mora na região da Grande São Paulo deve se inscrever pelo e-mail eventos.participe@crasp. gov.br. Administradores de outras cidades devem procurar a seccional mais próxima. GETTY IMAGES

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Consciência ambiental: uma necessidade

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Notícias

A Right Management, consultoria especializada em gestão de talentos e carreira, do ManpowerGroup, divulgou os resultados de sua pesquisa anual sobre o número de vagas para executivos em 2012 e revelou que cargos de média gerência tiveram as maiores oportunidades no mercado, com 43%. Em seguida, vieram as vagas para alta gerência, 20%, e coordenação, com 14%. Segundo a pesquisa, o setor industrial foi o que mais ofertou oportunidades (48%) e, por segmento, os que ofereceram mais vagas foram: construção civil (15,7%), automotivo/autopeças (10,6%), bens de consumo (8,2%) e farmacêutico (6,6%).

Social

Águas Claras do Rio Pinheiros Trata-se de uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, de pessoas e empresas interessadas na recuperação ambiental do Rio Pinheiros e seus afluentes. Tem como objetivo agir, apoiar iniciativas e mobilizar o poder público, as empresas e os moradores da cidade de São Paulo para a recuperação do Rio Pinheiros e sua bacia hidrográfica, promovendo a sustentabilidade socioambiental, a melhoria da qualidade de vida, o exercício da cidadania e a convivência saudável com o rio. É possível contribuir através da preservação, da divulgação do projeto e, no caso das empresas, tornando-se apoiador e parceiro. Saiba mais em: www.aguasclarasdoriopinheiros.org.br Telefone: (11) 3031-2632


ARQUIVO CRA-SP

Oportunidade para entender o papel do administrador na sociedade Até que ponto os estudantes de Administração conhecem a responsabilidade de sua escolha? Será que compreendem a necessidade do registro profissional e o que isso significa para a sociedade? Eles sabem a importância de uma administração eficiente, seja para uma empresa pública ou uma empresa privada? Quando o administrador – assim como qualquer outra profissão – entende seu papel na sociedade, enxergar a contribuição e a diferença que pode fazer é uma consequência. O CRA-SP tem desenvolvido diferentes ações que mobilizam o estudante e criam espaço para debates e discussões sobre a profissão. Nesse sentido, realizou em abril o 1º Encontro com Estudantes de Administração Representantes de Classe. Cerca de 100 estudantes de graduação em Administração e de cursos tecnológicos ligados à área participaram do encontro, que aconteceu na sede do Conselho. Foi uma oportunidade para representantes de faculdades de toda a Grande São Paulo conhecerem as finalidades e principais ações do Sistema CFA/CRAs dentro da sociedade, os campos de atuação dos profissionais de Administração e o que caracteriza como exercício ilegal da profissão. Além disso, puderam discutir sobre a qualidade de ensino das Instituições de Ensino Superior e trocar ideias e sugestões sobre a valorização do exercício profissional. O administrador Hamilton Luiz Corrêa, vice-presidente para Assuntos Acadêmicos do CRA-SP (foto), e a equipe de Relacionamento Acadêmico do Conselho conduziram o encontro.

Incentivo à pesquisa e inovação em gestão pública Duas premiações do CFA – Conselho Federal de Administração que incentivam a pesquisa e inovação na área de gestão pública estão com as inscrições abertas. Até 31 de maio, os administradores podem se inscrever na edição 2013 do Prêmio Guerreiro Ramos de Gestão Pública em duas categorias: Gestor Público e Pesquisador Guerreiro Ramos. A primeira é aberta a todo brasileiro cujos trabalhos obedeçam aos princípios da Administração Pública (art. 37 da Constituição Federal), observando critérios de inovação, benefícios efetivos para a sociedade e aplicabilidade. A modalidade Pesquisador Guerreiro Ramos é voltada para pesquisadores de qualquer nacionalidade que tenham oferecido contribuição significativa ao desenvolvimento dos estudos iniciados pelo professor Alberto Guerreiro Ramos, cuja obra tem grande relevância política e acadêmica. Já as inscrições para o Prêmio Belmiro Siqueira de Administração ficam abertas até 16 de agosto. O prêmio contempla três categorias. Voltada para estudantes de Administração, a modalidade Artigo Acadêmico tem como tema a Inovação na Gestão Pública. Já na categoria Livro, criada para administradores, serão aceitas as publicações que abordem tema próprio da ciência da Administração. Há ainda a modalidade Empresa Cidadã, que tem como objetivo destacar organizações privadas ou de economia mista que desenvolvam ações empresariais de responsabilidade social e de cidadania bem-sucedidas. A premiação em dinheiro varia de R$ 5 mil para o primeiro colocado na categoria Artigo Acadêmico a R$ 7.500 para a modalidade Livro. As regras para participar das premiações estão no site do CFA: www.cfa.org.br 31


Notícias

Pouco preparo para o envelhecimento Embora tenham uma visão positiva sobre o valor da experiência, das habilidades de resolução de problemas e da postura dos profissionais mais velhos no trabalho, as empresas não demonstram um movimento estratégico no sentido de aproveitar melhor as potencialidades daqueles com mais de 45 anos para atender as suas necessidades de talentos. Essa é a principal conclusão da pesquisa Envelhecimento da Força de Trabalho no Brasil, que analisou como as empresas estão se preparando para conviver com equipes que, em 2040, serão compostas principalmente por profissionais acima de 45 anos. Realizada pela PwC em parceria com a FGV-Eaesp, a pesquisa ouviu 108 empresas no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Veja, a seguir, seus principais resultados:

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS QUE AS EMPRESAS PERCEBEM EM TER PROFISSIONAIS MAIS VELHOS EM SUAS EQUIPES DE TRABALHO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL COM RELAÇÃO AOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS AO LONGO DA CARREIRA

94%

COMPROMETIMENTO E SENSO DE RESPONSABILIDADE DEMONSTRADOS PELOS MAIS VELHOS

DIVERSIDADE DE IDEIAS E PONTOS DE VISTA DENTRO DAS EQUIPES

73%

73%

CAPACIDADE DE DISSEMINAR OS COMPORTAMENTOS ESPERADOS PELA ORGANIZAÇÃO, DOS MAIS VELHOS PARA OS MAIS JOVENS

CAPACIDADE DE DISSEMINAR A CULTURA DA ORGANIZAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS MAIS NOVOS

51%

49%

PRINCIPAIS DIFICULDADES QUE AS EMPRESAS PERCEBEM EM TER PROFISSIONAIS MAIS VELHOS EM SUAS EQUIPES DE TRABALHO FALTA DE FLEXIBILIDADE DIFICULDADE EM E ADAPTAÇÃO ÀS LIDAR COM AS NOVAS MUDANÇAS OCORRIDAS TECNOLOGIAS NA EMPRESA

96%

DIFICULDADE EM SE MANTER ATUALIZADO EM RELAÇÃO ÀS NOVAS EXIGÊNCIAS DO MERCADO

80%

69%

DIFICULDADE DE RECONHECIMENTO DA LIDERANÇA QUANDO OS MAIS VELHOS SÃO LIDERADOS PELOS MAIS NOVOS

ACOMODAÇÃO POR CONTA DA APOSENTADORIA

63%

56% SELEÇÃO

APENAS

37

DAS EMPRESAS ACREDITAM QUE APROVEITAR MELHOR O POTENCIAL DA FORÇA DE TRABALHO

% MAIS VELHA É UMA DAS ALTERNATIVAS PARA O APAGÃO DE TALENTOS.

A CONCLUSÃO FICA MAIS EVIDENTE QUANDO SÃO ANALISADAS AS PRÁTICAS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO. ENTRE AS EMPRESAS PARTICIPANTES DA PESQUISA:

73

NÃO ADOTAM UMA POSTURA PROATIVA NA CONTRA-

DE PROFISSIONAIS MAIS VELHOS, APOSENTA% TAÇÃO DOS OU PRÓXIMOS DE SE APOSENTAR

NÃO DESENVOLVEM CAMPANHAS ESPECÍFICAS PARA A SELEÇÃO DE CANDIDATOS MAIS VELHOS

32

88

%

58

PARA A MAIORIA DAS EMPRESAS, A

AINDA É UM FATOR RELEVANTE % IDADE PARA A SELEÇÃO DE CANDIDATOS.

METADE DOS ENTREVISTADOS PREFERE CONTRATAR UM PROFISSIONAL MAIS JOVEM

41

50%

DÃO PREFERÊNCIA A UM PROFISSIONAL MAIS

QUANDO ESSE COMPETE A UMA VAGA EM % JOVEM IGUALDADE DE CONDIÇÕES COM UM MAIS VELHO

PREFEREM CONTRATAR OS MAIS JOVENS QUANDO ESTÃO CONTRATANDO PROFISSIONAIS DESEMPREGADOS

50%


APESAR DE A EXPERIÊNCIA E OS CONHECIMENTOS TÉCNICOS ADQUIRIDOS SEREM ALGUNS DOS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS INDICADOS PELAS EMPRESAS NA HORA DE CONTAR COM PROFISSIONAIS MAIS VELHOS, APENAS

45

%

DELAS OS ENVOLVEM EM ATIVIDADES DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DOS MAIS JOVENS

78%

NÃO PROMOVEM ATIVIDADES DE GESTÃO DO CONHECIMENTO DIRECIONADAS PARA OS MAIS VELHOS

50%

DAS ORGANIZAÇÕES NÃO CONTAM COM PROGRAMAS DE MENTORING

SEGUNDO PESQUISAS, OS PROFISSIONAIS MAIS VELHOS DESEJAM PERMANECER ATIVOS, MAS BUSCAM UM EQUILÍBRIO MAIOR ENTRE A VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL. ESPERAM TRABALHAR EM CONDIÇÕES QUE LHES DEEM AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE. POR ISSO, VALORIZAM HORÁRIOS FLEXÍVEIS, JORNADAS DE TRABALHO REDUZIDAS E HOME OFFICE. TAIS PRÁTICAS PRECISAM SER AMADURECIDAS NAS EMPRESAS PARA ATENDEREM ÀS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DESSES PROFISSIONAIS. NA PESQUISA FOI CONSTATADO QUE:

70%

DAS EMPRESAS NÃO OFERECEM A POSSIBILIDADE DE OS PROFISSIONAIS MAIS VELHOS REALIZAREM TRABALHO EM MEIO PERÍODO

44 %

DOS GESTORES ACREDITAM QUE A PRÁTICA DE HORÁRIOS FLEXÍVEIS É INADEQUADA

57%

PREFEREM QUE AS ATIVIDADES DE TRABALHO SEJAM DESENVOLVIDAS NO ESCRITÓRIO E NÃO EM HOME OFFICE

OUTRA CONSTATAÇÃO DA PESQUISA É QUE HÁ POUCO INVESTIMENTO EM PRÁTICAS DE QUALIDADE DE VIDA:

86%

NÃO OFERECEM UM PLANO DE SAÚDE ESPECIAL PARA OS MAIS VELHOS

79%

NÃO INVESTEM EM ESTUDOS OU RELATÓRIOS SOBRE A SAÚDE DA FORÇA DE TRABALHO MAIS VELHA, O QUE AS AJUDARIA E PREVENIR DOENÇAS E OUTROS PROBLEMAS

69% NÃO INCENTIVAM A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

33


Opinião

Eficiência pública

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“Existem enormes diferenças entre organizações públicas e privadas” busca proteger o servidor público de perseguições partidário-ideológicas. Por outro lado, tende a levar à acomodação dos funcionários. Junte-se a isso o processo seletivo por concurso público, que tenta blindar os cargos públicos contra o fisiologismo e clientelismo na sua ocupação. Por imposição do princípio const itucional da impessoalidade, os concursos acabam priorizando critérios mais objetivos de seleção, valorizando mais o conhecimento teórico dos candidatos que suas habilidades práticas, gerando discrepâncias entre o perfil do candidato e a vaga pleiteada e, consequentemente, contribuindo para a desmotivação. As poucas vagas nos governos sem estabilidade e concursos (os cargos de confiança ou de livre provimento) muitas vezes são ocupadas utilizando-se critérios de amizade, parentesco, alinhamento político e/ou troca fisiológica de favores entre grupos de poder. Essas posições são justamente os cargos de comando no topo das organizações: funções de direção e assessoramento estratégico sendo ocupadas sem critérios técnicos. Resultados: desalinhamento estratégico, impossibilidade de

implementação de planos estratégicos de longo prazo (pois, como explicado, no universo público as chefias são altamente rotativas conforme a mudança de mandato político e os níveis tático e operacional são estáveis), conflitos frequentes entre chefes e subordinados. Para alterar este quadro, grande parte das ferramentas que a Administração de Empresas oferece não são adequadas. Observa-se nas últimas décadas aumento significativo no país do número de cursos de bacharelado em Administração Pública e afins, que buscam – à luz da ciência da Administração – inovar em metodologias e modelos de análise e ação, trazendo soluções fundamentais, originais e específicas para a melhoria da gestão pública.

DIVULGAÇÃO

Muito se fala sobre a necessidade de reforma e aumento da eficiência da administração pública. Os órgãos públicos são constantes vítimas de modismos e gurus mirabolantes, com fórmulas mágicas e soluções prontas importadas dos manuais de best practices da administração empresarial. Essas panaceias de prateleira podem até funcionar no curto prazo, mas não resolvem efetivamente o problema no médio e longo prazos. Parte-se do falso pressuposto de que o ambiente organizacional público é igual ao privado, respondendo da mesma forma a uma dada solução. Existem enormes diferenças no Brasil entre as organizações públicas e privadas na sua essência: clima e cultura organizacionais e marco legal. No que diz respeito à gestão de pessoas, por exemplo – notoriamente destacada por vários mestres da Administração como um dos principais sistemas a ser aprimorado na busca por aumento da eficiência organizacional –, fatores como estabilidade no emprego e concurso público como mecanismo para recrutamento e seleção da grande maioria das vagas já são justificativas mais que suficientes para a necessidade de se analisarem as organizações públicas sob lentes diferentes das que usamos para tentar compreender, diagnosticar e gerir as empresas privadas. A estabilidade no emprego

Adm. Murilo Lemos de Lemos CRA-SP n.º 75.297 Bacharel e mestre em Administração Pública pela Eaesp-FGV

Colaborações para esta seção podem ser enviadas para o e-mail redacao@crasp.gov.br Os textos devem conter no máximo 3.000 caracteres (com espaços), nome completo do autor, foto em alta resolução e o registro no CRA-SP. → Este artigo reflete, exclusivamente, a opinião de seu autor. O CRA-SP não se responsabiliza pelas ideias nele contidas.



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