Hotel Design | Espaços Híbridos Multifuncionais

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H OT EL D ES I G N ESPAÇOS HÍBRIDOS MULTIFUNCIONAIS

Univ e rs idade A nh e mbi Mor u mbi | Fa culd a d e d e Arqui t et u ra e Urba ni sm o Trab alh o Fina l d e Gra d u a çã o | J o ã o Lu ca s Fa l cã o O r ie ntad o ra | Prof ª Drª Sta m a t i a Ko uli o u m ba S ã o Pa ul o | Nove m bro 2017


Es t e t rab alho estรก v in cul a do a o g r upo d e pesquisa d e pro ce s s os p ro j et u a i s t ra nsd isciplina res d a Uni ve rs id a de A nhembi Mo r u mbi.


“A arquitetura ĂŠ a arte que determin a a id entid a d e de n osso tem po e m elhora a vida das pesso a s. â€? San tiago Calatrava



“Pro jetar um Hotel D esign é, para o arquiteto, pensa r em todo o conjun to, que além da arquitetura, pa r te f undam en tal e de gran de im portân cia envolve d esig n d e in teriores, de produtos, acessórios e d esig n g ráfico.” Lucian a Magalhães



À Deus pela força e com panhia; aos m eus pais po r sempre m e apoiarem ; às minhas irm ãs de alm a: Al a na Zan can ella, Gab riela Lanzoni e Gab riela I g na cio , que m uito con tribuíram para a minha fo r ma çã o e à professora Stam atia Koulioum ba que co m to d o seu conhecim en to propiciou a realização d este tra b alho.



R ES U M O

AB S TR AC T

O pre se nte Trabalho Fin al de Graduação con s is te e m a prese ntar o projeto de um Hotel D es ign através de e s paço s híbridos e multifu ncionais n a cidade de São Paul o, no b a ir ro do Itaim Bibi. A cidade de São Paulo, s e es tabel eceu n os úl timos a no s co m o u m dos principais des tin os turís ticos do país , as s im o pro j eto de u m hote l continu a pertin en te, e ao oferecer os s e r v i ço s e instalaçõe s de u m Hotel Des ign , que é compos to po r e s paços híbridos e multifu ncion ais , propiciará uma n ova m ov im e n tação no me rcado hotel eiro da região.

This fina l d o cum e nt of g ra d ua t i o n co ns i s t s of pres en tin g t h e d e s i g n of a d e s i g n h o t e l t h ro ug h hyb rid an d mul tifunc t i o na l s p a ce s in t h e ci t y of S ã o Pa ul o , in t h e n eighborh o o d of Ca m p o B e l o . Th e ci t y of S ã o Pa ul o h a s e s ta bli s h e d i t s e l f in re ce nt years as on e of t h e m a in to uri s t d e s t ina t i o ns in t h e co unt ry, s o th e des ig n of a h o t e l co nt inue s to b e re l eva nt a nd offe ring th e s ervice s a nd fa cili t i e s of a D e s i g n H o t e l , co m p o s e d of hy brids a nd m ul t i f unc t i o na l s p a ce s , w ill a ll ow a new movemen t in t h e h o t e l m a rket of t h e re g i o n.

Pa l a v ra s-chave : H ote l De sign; Es paços Híbridos ; Es paços M ul t i f u n cionais; São Paulo.

Key words : H o t e l D e s i g n; H yb rid S p a ce s ; M ul t i f unc t i o na l Spaces ; Sao Pa ul o .



S U MÁR IO 1. INT R OD U Ç Ã O 2. J U S T IF IC ATIVA DO TEMA E ESCOLHA DA ÁREA 3. H IS T ÓR IC O DA HOTELARIA 4. T IP OLOG IAS DE HOTÉIS 5. H OT É IS D E S IGN 6. H IS T ÓR IC O DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 7. L E VA N TA MENTOS URBANÍSTICOS 8. E S T U D OS D E CASO 9. V IS ITAS T É CNICAS 10. R E F E R Ê NC IAS PROJETUAIS 11. P R OG R A MA DE NECESSIDADES E QUADRO DE ÁREAS 12. P R OJ E TO: DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO 13. C ON C L U S ÃO 13. B IB L IOG R AFIA

1 5 13 21 31 41 49 71 81 95 99 103 165 168


LI S T A D E I MA GENS IMAGEM 1: FACHADA DO HOTEL UNIQUE.

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IMAGEM 23: VISTA AÉREA DO BAIRRO ITAIM BIBI.

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IMAGEM 2: MAPA ILUSTRATIVO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.

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IMAGEM 24: SHOPPING JK IGUATEMI

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IMAGEM 3: MAPA ILUSTRATIVO COM OS HOTÉIS NO ENTORNO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.

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IMAGEM 25: EDIFÍCIOS COMERCIAIS

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IMAGEM 3: HOTEL COPACABANA PALACE, EM 1923.

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IMAGEM 26: PARQUE DO POVO

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IMAGEM 4: EDIFÍCIO MARTINELLI, EM 1929.

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IMAGEM 27: TERRENO DE INTERVENÇÃO

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IMAGEM 5: HOTEL JAR AGUÁ, EM 1960.

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IMAGEM 28: CONTRASTE DE GABARITO

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IMAGEM 6: ÁTRIO DO HOTEL MAKSOUD PLAZA, EM SÃO PAULO.

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IMAGEM 29: EDIFÍCIO COM 10 PAVIMENTOS

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IMAGEM 7: FACHADA HOTEL HILTON, EM SÃO PAULO.

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IMAGEM 30: EDIFÍCIOS COM 30 PAVIMENTOS

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IMAGEM 7: FACHADA HOTEL HILTON MORUMBI, SÃO PAULO.

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IMAGEM 31: EDIFÍCIOS COM 20 PAVIMENTOS

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IMAGEM 8: HOTEL HOLIDAY INN EXPRESS, EM CAMBRIDGE, REINO UNIDO.

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IMAGEM 32: PASSARELA AVENIDA JK

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IMAGEM 9: COMPLEXO TURÍSTICO MULTIRESORT, NA JAMAÍCA.

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IMAGEM 33: AV JK ACESSO MARGINAL

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IMAGEM 10: FACHADA HOTEL FASANO, EM SÃO PAULO.

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IMAGEM 34: CALÇADA ELEVADA

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IMAGEM 11: EXEMPLOS DE MOBILIÁRIOS DESENVOLVIDOS PELA BAUHAUS.

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IMAGEM 35:TUNEL PRESIDENTE JANIO QUADROS

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IMAGEM 12: HOTEL IMPERIAL, TÓQUIO, JAPÃO, 1922, PROJETO DE FRANK LLOYD WRIGHT.

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IMAGEM 36: FRAGMENTO DO MAPA DE ZONEAMENTO – LEI 16.402/16, DA CIDADE DE SÃO PAULO. 68

IMAGEM 13: QUARTO 606 DO ROYAL HOTEL SAS, COM MOBILIÁ RIO ORIGINAL INTACTO.

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IMAGEM 37: FACHADA HOTEL SILKEN PUERTA AMÉRICA

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IMAGEM 14: LOBBY DO HOTEL ROYALTON, EM NOVA YORK.

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IMAGEM 38: HALL DE KATHRYN FINDLEY.

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IMAGEM 15: FACHADA DO HOTEL SAINT MARTINS LANE, EM LONDRES.

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IMAGEM 39: QUARTO DE ZAHA HADID.

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IMAGEM 17: ROOFTOP DO HOTEL DESIGN YOO2, NO RIO DE JANEIRO.

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IMAGEM 40: CORREDOR DE PLASMA STUDIO.

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IMAGEM 16: FACHADA DO HOTEL FASANO, NO RIO DE JANEIRO.

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IMAGEM 41: FACHADA HOTEL AMERICANO.

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IMAGEM 18: QUARTO HOTEL UNIQUE, EM SÃO PAULO.

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IMAGEM 42: SETORIZAÇÃO PLANTA NÍVEL 1.

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IMAGEM 19: TERRAÇO HOTEL EMILIANO, EM SÃO PAULO.

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IMAGEM 43: SETORIZAÇÃO PLANTA NÍVEIS 3-9.

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IMAGEM 20: LOCALIZAÇÃO DO DISTRITO DO ITAIM BIBI NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.

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IMAGEM 44: FACHADA THE CLICK CLACK HOTEL.

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IMAGEM 21: SEDE CHACARA ITAIM, 1913.

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IMAGEM 45: VISTA FRONTAL THE CLICK CLACK HOTEL.

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IMAGEM 22: PARQUE DO POVO E AO FUNDO O COMPLEXO EMPRESARIAL JK.

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IMAGEM 46: FACHADA HOTEL WZ JARDINS.

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LI S TA D E TAB ELAS IMAGEM 47: LOBBY HOTEL WZ JARDINS.

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IMAGEM 48: SALAS MODULARES HOTEL WZ JARDINS.

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IMAGEM 49: CORTE ESQUEMÁTICO SETORIZADO HOTEL WZ JARDINS.

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IMAGEM 50: FACHADA INTERATIVA HOTEL WZ JARDINS.

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IMAGEM 51: I MPLANTAÇÃO HOTEL UNIQUE.

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IMAGEM 52: FACHADA HOTEL UNIQUE.

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IMAGEM 53: LOBBY HOTEL UNIQUE.

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IMAGEM 54: CROQUI COBERTURA HOTEL UNIQUE.

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IMAGEM 55: TERRAÇO HOTEL UNIQUE.

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IMAGEM 56: CONJUNTO HABITACIONAL, FRANÇA.

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IMAGEM 57: TROIA DESIGN HOTEL, PORTUGAL

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IMAGEM 58: MEMBRANAS PARA FACHADAS MICROCLÍMATICAS SOLTIS

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IMAGEM 59: KARRLILJAN RESIDENTIAL BUILDING

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IMAGEM 60: I MPLANTAÇÃO MEMORIAL AMÉRICA LATINA, SÃO PAULO

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IMAGEM 61: MUSEU DE ARTE DO RIO DE JANEIRO, RJ.

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IMAGEM 62: I MPLANTAÇÃO PRAÇA VICTOR CIVITA, SÃO PAULO

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IMAGEM 63: PAVIMENTO TIPO HOTEL UNIQUE, SÃO PAULO

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IMAGEM 64: PRIMEIRO ESTUDO DE VOLUMETRIA.

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IMAGEM 65: SEGUNDO ESTUDO DE VOLUMETRIA.

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IMAGEM 66: TERCEIRO ESTUDO DE VOLUMETRIA.

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TAB ELA TAB ELA TAB ELA TAB ELA TAB ELA TAB ELA TAB ELA TAB ELA

1: 2: 3: 4: 5: 6: 7: 8:

MEIOS DE HOSPE DA GE M E SUAS CATE GORI AS. ÁR EAS BÁSI CAS DE UM HOT E L. S ÍNTE SE HOT É I S CE NTRA I S. S ÍNTE SE HOT É I S NÃ O CE NTRA I S. S ÍNTE SE HOTÉ I S E CONÔMI COS. S ÍNTE SE RE SORT S PAR Â ME T ROS DE OCUPA ÇÃ O DA Á RE A DE I NT E RV E NÇÃ O. C A E TO DA Á RE A DE I NT E RV E NÇÃ O.

8 23 24 25 26 27 68 68

LI S TA D E G R ÁFI C O S G R ÁFIC O 1: MOTI VOS PRE DOMI NA NTE S DAS V I SI TAS À CI DA DE DE SÃ O PA ULO. 7 G R ÁFIC O 2 : ATIV I DA DE S RE A L I ZA DAS PE LOS TURI STAS QUE SE HOSPE DA M EM S ÃO PAU LO. 7 G R ÁFIC O 3 : S ÍNTE SE HOTÉ I S DE SI GN 39



1. INTRODUÇÃO


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1. INT R ODUÇÃ O O pre se nte Trabalho Final de Graduação trata s obre o d e s i gn na hote laria e a hos pedagem de curto e médio prazo . O objetivo de sse trab alh o é agregar informações s u fi ci e nte s para ju stificar o te ma es colhido e dar diretrizes e refe rê ncias para a ex e cu ção d e um projeto arquitetônico de u m H o t el De sign, na zona sul d a cidade de São Paul o. A partir do capitulo dois s erá abordada a jus tificativa d o t e m a e a e scolha da áre a, utilizan do es tatís ticas e dados q u e co mprove m a su a re levância. O capitulo trê s conta a his tória da h otel aria em três ní v e i s : mu ndial, no Brasil, e na Cidade de São Paul o. O ca pi t ul o qu atro mostra os tipos d e h otéis e s uas cl as s ificações . O capitulo cinco trata sobre Hotel Des ign , trazen do u m panorama do de sign e como foi in troduz ido n a h otel aria, at ra v é s de ex e mplos. O capitulo se is traz o his tórico da região de int e r v e nção, o bairro do Itaim Bibi, em São Paul o. No qual ab o rd a aconte cime ntos qu e o carac terizam e que iden tificam s u a influ ê ncia na cidade . O capitulo sete diz res peito aos l evan tamen tos u r b aní s t icos do e ntorno do te rren o de in terven ção, al ém de s e u s d i agnósticos e diretrize s que s erão aplicadas em fas e pro j et u al. O capítulo oito trata os es tudos de cas os , o capítul o

n ove, as vis i ta s té cni ca s , e o ca p í t ul o d ez, a s refe rê nci a s projetuais , co m a ná li s e s q ue s e rvirã o d e ins p ira çõ e s p a ra o projeto a s er d e s e nvo l vid o . O cap í t ul o o nze a b o rd a o p ro g ra m a d e ne ce s s id a d e s e o quadro d e á re a s . O ca p í t ul o d oze a p re s e nta o s e s t ud o s d o e nto rno imediato e d o p ró p ri o t e rre no , p a ra q ue a s s im p o s s a - s e ch egar n as p rim e ira s int e nçõ e s d e p ro jeto . A m eto d o l o g i a ut iliza d a p a ra a ex e cuçã o d e s s e trabalh o foi a p e s q ui s a bi bli o g rá fi ca s o b re o t e m a , ex p re s s a n o capítul o q ua to rze .

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2. JUSTIFICATIVA DO TEMA E ESCOLHA DA ÁREA


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2. JUSTI FICATI VA DO TEMA E ES C O L H A D A ÁR E A O pre se nte Trab alh o Fin al de Graduação para obte nção do grau de bach arel do curs o de Arquitetu ra e Urb anis mo da Univers idade Anhe mbi Moru mbi, cons is te n a criação de um H ote l De sign1 situ ado n a região s udoes te da cidade de São Paulo. A Cidade de São Paul o, a maior do país , é rica e m su a dive rsid ade e é con s iderada a l ocomotiva finance ira do Bras il , ch aman do a a te nção de tu ristas do país in teiro e também do m u ndo, principalme nte n a área de n egócios .

G R Á F I C O 1 : M O T I VO S P R E D O MINA N T E S D AS V IS ITAS À C ID A D E D E S Ã O PA U LO .

Fo n t e : El a b o ra d o p o r FALC Ã O o b se r v a tó r i o d o t u r i sm o . co m . b r (2 013 ) .

(2 017 ) ,

co m

ba s e

em

G R Á F IC O 2: AT IV IDADES REALIZADAS PELOS TURISTAS QUE S E H OS P E D A M E M SÃO PAULO.

Fonte: Ela bora do p or FALCÃO obs erva tório do tu ris mo.com.br ( 2013).

( 2017),

com

base

1 H o té i s De s i gn s ão h o té i s de luxo q ue ofe re ce m s e r v i ço s exclus i v o s ao s s e us hó s p e de s , alé m de p o s s uir um a arq ui t et ura úni ca ( OLIVEIRA, 2012) .

em

D e acord o co m o s i t e vi s i t e s a o p a ul o . com (2016) , a cid a d e re ce b e u 15 ,08 milh õ e s de vis itan tes e m 2 014 , co m um g a nh o e s t im a d o de 11,3 bilh ões d e re a i s . Em 2 015 , a o cup a çã o h otel eira n a cid a d e a t ing i u 61 ,42 % , s e nd o 410 o n úmero total d e h o té i s ex i s t e nt e s no M uni cí p i o , s egun do o SPTu ri s ( 2 016 ) . São Paul o é um g ra nd e ce nt ro d e e co no mi a criativa e gera d o ra d e t e nd ê nci a s , s e nd o a cidade que ma i s re ce b e m us i ca i s e e s p etá cul o s in tern acion ais , a l é m d e p o s s uir q ua t ro m us e us 7


Mu s e u d a Lí n g u a Po r t u g u esa , Pina co t e ca d o Es ta do de Sã o Paul o , M u s eu do Fu t e b o l , Mu s e u d e A r t e Mo de r n a de São Pa ul o (ÉPO CA , 2 015 ) .

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TA B E L A 1 : M E I O S D E H O S P E D A G E M E S U AS C AT E G OR IAS .

Hotel Boutique é o con ce i to d e u m h ot e l de luxo p e rs o na liza do com u ma ênfa s e m ai o r n os e l emen to s de a rt e , in di v idu a lida de e inte ra t i vid a d e , a l ém de u ma completa inf ra -e s t r u t u ra de laze r e s e rviços ( RBTUR, 2 012 ) .

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Fo n t e : Ela b o ra d o p o r FALCÃO (2 017 ) co m da do s da As s o cia çã o B ra sile ira d a In dú st r i a H o t eleira (2 011 ) .

e ntre os dez me lhores do país 2 e, de acordo com u ma pe squisa da Nation al G eographic (2015) , São Paulo e stá e m 4 º lugar n o rankin g de melh or vida notu rna do mun do. A cidade é a Capital Latino-Ame ricana boa mes a, com s eu pion eiro me rcado gou rmet, que movimen ta uma ampl a cade ia e nvolve ndo vários s etores . De ssa forma, o objeto de es tudo des te trabalho, se rá de stin ado ao público de n egócios e laze r, qu e vê m à São Paul o para uma es tadia de cu rto a mé dio prazo, afim de realizar s uas atividade s corporativas , al ém de aproveitar os atrativos de laze r a en tretenimen to que a cidade ofe re ce . Atu alme nte , a As s ociação Bras il eira da 8

In dús tria Hot e l e ira ( AB IH ) cl a s s i fi ca o s h o té i s n as categori a s ex p o s ta s na TAB ELA 1 . Es s a cl as s ificação nã o co nt e m p l a a ca t e g o ri a H o t e l D es ign , porém e m S ã o Pa ul o , há vá ri o s h o té i s que s e en qua d ra m ne s s a e s fe ra , ta i s co m o : H o t e l Unique, Hotel Fa s a no , H o t e l Emili a no , Pullm a n Vil a O límpia , e nt re o ut ro s . Na co m unid a d e in tern acion a l d e H o té i s D e s i g n, o B ra s il p o s s ui apen as s eis h o té i s a s s o ci a d o s , s e nd o s o m e nt e um em São Pa ul o : o H o t e l Uni q ue ( d e s i g nh o t e l s . com, 2017) . Um Ho t e l D e s i g n é co ra c t e riza d o p o r

IMA G E M 1: FA C HADA DO HOTEL UNIQUE.

Fo nte: th efa s hionhall .com.br ( 2016)


I M A G E M 2 : M A PA I L U S T R AT I VO D A Á R E A D E IN T E R V E NÇ Ã O.

Fo n t e : Ela b o ra d o p o r FALCÃ O (2 017 ) , co m ba s e em Go o g le M a ps (2 017 ) .

inovaçõe s na u tilizaçã o dos materiais , n uma arquitetu ra arrojada, n um des ign de in teriores qu e proporcionam se ns ações n os vis itan tes , al ém de u m se rviço ú nico e diferen ciado para cada hóspe de . H ote l De sign te m um con ceito s emelh an te ao de H ote l Bou tique 3 , en tretan to, s egun do

MELACHOS (2 014 ) , e nq ua nto o H o t e l D e s i g n s e cria com de s e nh o s e t e cno l o g i a s inova d o ra s , o Hotel Boutiq ue s e co nce b e co m ex t re m o luxo e tradicion alis m o , m ui ta s veze s a d e rind o a edifícios res taura d o s p a ra o bt e r ta l efe i to . Es s a s s ão cl as s ificaçõ e s co m e rci a i s , q ue nã o p o s s ue m certificação, tod a vi a , s e e nq ua d ra m na ca t e g o ri a 9


A O pe ra çã o Ur b a n a Con s o rcia d a Fa r i a Lima t e m por o bjet i vo s re org a niza r os fluxo s d e t ráfeg o a o imp l a n ta r o p ro l o ng amen to da a v e nida Fari a Lim a , a l ém de co n st r uir ter mina l m ult imoda l j u n to a esta çõ e s d a CPTM e Met rô . (PLANO DIR ETO R, 2 014 ) .

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I M A G E M 3 : M A PA I L U S T R AT IVO C OM OS H OT É IS NO E NTOR NO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.

Fo n t e : Ela b o ra d o p o r FALC Ã O (2 017 ) , com ba s e em Bo ok ing ( 2 017 ).

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5 es trel as . Hotéis D e s i g n s e co m p o rta m co m o lug a re s híbridos pel a va ri e d a d e d e ins ta l a çõ e s e s erviços que p o d e m ofe re ce r. A s s im , a p ro p o s ta de um Hotel D e s i g n é um p ro d uto q ue a g re g a rá val or ao merca d o h o t e l e iro e t urí s t i co , p o d e nd o gerar um aum e nto d e re ce i ta p a ra a cid a d e . D es s a forma , co ncili a r o p ro g ra m a co m p l exo , mul tifun cion a l e s ofi s t i ca d o d e um H o t e l D e s i g n, unin do arquit et ura e o d e s i g n p a ra p ro p o rci o na r às pes s oas um a nova ex p e ri ê nci a co m co nfo rto e qualidade, é um g ra nd e d e s a fi o à s e r e nf re nta d o . A área e s co lhid a p a ra im p l a nta r o p ro jeto do Hotel Des i g n ( I M AGEM 2 ) , e s tá l o ca liza d a na avenida Pres id e nt e J us ce lino Kubi t s ch e k, a l t ura d o n úmero 1990 , no b a irro d o I ta im B i bi . O t e rre no fica apen as s e i s q uil ô m et ro s e m e i o d e d i s tâ nci a do Aeroporto d e Co ng o nh a s e e s tá s i t ua d o e m meio a O pera çã o Urb a na Co ns o rci a d a Fa ri a Lim a 4 (ANEXO I ) . Es tá l o ca liza d o a ind a , p ró x im o a duas es tações d a CPTM . Atualm e nt e , e s tã o ca ta l o g a d o s aproximadam e nt e 3 0 h o té i s p ró x im o s a o b a irro do I taim Bibi ( I M AGEM 3 ) , d e a co rd o co m o s i t e Bo okin g (2017 ) , co m p re e nd e nd o a s cl a s s i fi ca çõ e s fl at, n egócio s , h o s t e l s e luxo , s e m ne nh um q ue s e en quadre n a ca t e g o ri a H o t e l D e s i g n.


O bairro do Itaim Bibi, es tá perto de vários pontos de inte res s e da cidade, al ém de retratar o e stilo cosmopolian o de São Paul o, configu rando o lu gar ideal para impl an tar u m H ote l De sign. O projeto do Hotel Des ign implantado no te rre no es colhido, in cen tivará o us o do transporte coletivo, melh oran do a mobilidade u rbana na re gião. O Parque Municipal Mário Pime nta Camargo, ou Parque do Povo, exis ten te, contribuirá para o conforto acús tico e térmico do local, e stabe le ce ndo uma correl ação ain da maior com o me io ambien te.

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3. HISTÓRICO DA HOTELARIA


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3. HISTÓ RI CO DA HO TELA R I A 3 . 1 . H O T E L A R I A N O MU ND O A ofe rta hote leira s empre teve uma ligação com o comé rcio. D es de a an tiguidade, as rotas come rciais na Ás ia, Europa e África ge raram nú cle os u rb an os com cen tros de hospe dage ns (ANDR ADE; BRITO ; J O RGE, 2013) . N o sé culo VI a. C. a oferta de h os pedagem era e m forma de albe rgu e s, por con ta do in tercâmbio come rcial e ntre as cidades europeias da região me dite rrâne a. N a é poca do Império Roman o, ex istia o hoste llu m, u m pal acete para h os pedar re is e nobre s (DUARTE , 2005) . Na Idade Mé dia, oferecer h os pedagem era u ma obrigação moral e es piritual , as h os pedagen s e ram ofe re cidas nos m os teiros e abadias . Com a che gada das monarquias , o Es tado forn ecia hospe dage m nos palácios da n obreza, os viajante s comu ns hospedavam-s e em al bergues e e stalage ns pre cárias (ANDRADE; BRITO ; JOR GE , 2 013 ). N o início da revolução mercan til , hou ve u m cre scime nto n a oferta das es tal agen s (DUARTE , 2 0 0 5 ). N a Revolução In dus trial , com a ex pansão do capitalismo, a h os pedagem torn ouse u ma atividade e stritamen te econ ômica e come rcial (ANDR ADE ; BRITO ; J O RGE, 2013) . Na

In gl aterra, a pa rt ir d e 175 0, a s e s ta l a g e ns fo ra m s ubs tituídas pelo s Innke e p e rs 5 , q ue d i ve rs i fi ca ra m e val orizaram se us s e rvi ço s , ofe re ce nd o um a l to padrão de limp eza e a lim e nta çã o , d e s s a fo rm a s e popul arizan do p e l o re s ta nt e d a Euro p a ( DUARTE, 2005) . Segun do DUARTE ( 2 005 ) , no s Es ta d o s Unidos , a h ot e l a ri a p o s s uí a um a p e l o m a i s popul ar, in cen t i va nd o a s p e s s o a s à vi a ja re m e us ufruir dos s er vi ço s d o s h o té i s . D e s s a fo rm a , o s h otéis começara m a s e rvir d e p o nto s d e e nco nt ro s s ociais , e os h oté i s d e luxo fo ra m s e p o p ul a riza nd o . En tretan to, os h o té i s p a d ro niza d o s , co nfo rm e conh ecemos h oje , co m e ça ra m a s urg ir s o m e nt e n o início do s écul o XI X. A p ó s a S e g und a Gue rra Mun dial , com a ex p a ns ã o d a e co no mi a m und i a l , o turis mo s e to rno u um a a t i vid a d e e co nô mi ca s ignificativa (ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) . As s im, o co nt í nuo d e s e nvo l vim e nto e gl obalização d a e co no mi a m und i a l , e o fluxo progres s ivo de vi a g e ns re g i o na i s e int e rna ci o na i s , fez com o que o s eto r d e l a ze r e t uri s m o s e to rna s s e o gran de prom o to r d a s re d e s h o t e l e ira s . Out ro fator res pon s áv e l p e l o cre s cim e nto d o t uri s m o e da rede h otel e ira co m o é co nh e cid a h o je , fo i a as cen s ão da cl a s s e m é d i a co m o b a s e d e um a s ociedade de co ns um o d e m a s s a , no s é cul o XX.

Innke e p e r é um e s tabe le cim e nto co m e rci al q ue ofe re ce h o s p e dage m , alim e ntação , etc., p ara o p úbli co , e s p e ci alm e nt e p ara v i aj ant e s ; Pe q ue no hotel ( w w w.di ct i o nar y .co m 2017) .

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3 . 2 . H O T E L A R I A NO B R AS IL Du rante o pe ríodo col onial , as cas as dos e nge nhos e faze nda s s erviam de h os pedagem, alé m dos ranchos e pous adas que pres tavam se rviços, como alimen tação. As cas as de família qu e possuíam vário s quartos , s erviam para o hospe dar os viajantes . O s jes uítas , abrigavam

viajan tes imp o rta nt e s no s co nve nto s . Um ex e m p l o , é o Mos teiro d e S ã o B e nto , o nd e no s é cul o XVIII foi con s t ruí d o um e d i f í ci o exclus i vo p a ra h os pedaria (ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) . No s é cul o XI X, co m a m ud a nça d a co rt e portugues a p a ra o B ra s il e a a b e rt ura d e p o rto s , ocorreu um aum e nto na d e m a nd a p o r a l o ja m e nto , ocas ion an do o s urg im e nto d e h o s p e d a ri a s , q ue

I M A G E M 3 : H O T E L C O PA C A B A N A PA L A C E, E M 1923.

Fo n t e : Ela b o ra d o p o r FALCÃO (2 017 ) , com ba s e em Go og le Ma ps (2 017 ) .

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u savam o te rmo “ hote l ” para agregar val or ao imóve l (ANDR ADE ; BR ITO ; J O RGE, 2013) . N o final do sé cul o XI X, a es cas s ez de hoté is no R io de Jane iro que pers is tiu duran te o sé culo XX, fez com qu e o govern o in cen tivas s e, atravé s de ise nção d e impos tos , os gran des hoté is a se instalare m n a cidade. As s im que o H ote l Ave nida, atual Copacaban a Pal ace (IMAGEM 3 ), foi inau gurado n o Bras il em 1908. (ANDR ADE ; BR ITO; JORGE, 2013) . Em São Paul o, ne ste me smo pe ríodo h ouve a in auguração da linha fe rroviária Sorocaban a 6 , s ubs tituin do as casas de hospe daria exis ten tes , pel os primeiros hoté is na cidade (DUARTE, 2005) . Nos anos de 1960 foi criada a Empres a Brasile ira de Tu rismo (Embratur) , jun tamen te com o Fu ndo Ge ral de Tu rism o, que jun tos in cen tivaram a implantação de hotéis , prin cipalmen te n o se gme nto de hoté is de luxo. O s urto h otel eiro e ngajou mu danças nas l eis de zon eamen to das grande s capitais, flex ibilizan do o us o do s ol o a favor das constru çõe s d e h otéis . En tão, as redes hote le iras inte rnaciona is ch egaram ao país com novos padrõe s de se rviços e preços . (ANDRADE; BR ITO; JOR GE , 2 013 ).

3. 3. H OT E LARIA EM SÃO PAULO Em 1900 h o uve a ch e g a d a d o s imi g ra nt e s europeus para s ub s t i t uir a m ã o d e o b ra e s cra va n a cidade, a s s im o t ra b a lh o a s s a l a ri a d o des s es imigran t e s s e rvi u d e b a s e p a ra o s eto r in dus trial , e m a i s a d i a nt e p a ra o co m é rci o s e s erviços , aumen ta nd o a p o p ul a çã o d a cid a d e e m mais de 170 mil h a bi ta nt e s e m d ez a no s , o q ue impul s ion ou o s urg im e nto d o s h o té i s na re g i ã o cen tral da cida d e , ta i s co m o Gra nd e H o t e l , e m 1878, adotan do a a rq ui t et ura ne o rre na s ce nt i s ta e o Gran de H o t e l Pa uli s ta , e m 1887 , co m a arquitetura n e o clá s s i ca ( ANDR ADE; B R ITO; J O RGE, 2013) . Com a ex p a ns ã o d a cid a d e e d e s e u ce nt ro , e o aumen to d o núm e ro d e h a bi ta nt e s , s urg e m em meados da d é ca d a d e 192 0, lux uo s o s h o té i s , com n ovo perfil co ns t rut i vo e a rq ui t etô ni co , p a ra h os pedar os ba rõ e s d e ca fé e o s a s ce nd e nt e s in dus triais . São e s s e s : o H o t e l Es p l a na d a , d e 1923 que forma va junto co m o Te a t ro M uni cip a l um belís s imo conjunto a rq ui t etô ni co , e p o r m ui to tempo foi o s ím b o l o d o a p o g e u d a e ra d e o uro do café. E o Ed i f í ci o M a rt ine lli ( I M AGEM 4 ) , d e 1929, que é cons id e ra d o o s í m b o l o a rq ui t etô ni co do momen to d e t ra ns i çã o d a cid a d e , e q ue

6 A Linh a fe r rov i ár i a S o ro cabana fo i um a co m p anhi a fe r rov i ár i a bras ile ira, q ue li ga Jundi aí , no int e r i o r do Es tado à S anto s , no li to ral ( w i k ip e di a, 2017) .

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I M A G E M 4 : E D I F Í C I O M A R TIN E L L I, E M 1929.

Fo n t e : w w w. p in t e re st . co m ( 2017 ) .

abrigou o lu x u oso Hotel São Ben to (ANDRADE; BR ITO; JOR GE , 2 013) . N a dé cada de 1950, São Paul o já era a maior metrópole do Bras il , e com o Pl an o de Ave nidas do prefe ito Pres tes Maia, o s is tema viário da cidade foi ampliado, aumen tan do os limite s da cidade . A verticalização foi in duz ida n a re gião ce ntral, acompanh ada da con s trução do 18

Hotel Excel s io r e m 1941 , p ro jeto d e R ino Levi e d o Hotel J araguá ( I M AGEM 5 ) e m 1954 , a s s umind o o pos to de me lh o r h o t e l d a cid a d e , a l é m d o H o t e l Norman die, um d o s h o té i s m a i s e m bl e m á t i co s d a cidade e cons id e ra d o o p rim e iro H o t e l D e s i g n con s truído n o p a í s ( ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2013) . A part ir d o s a no s d e 19 6 0, co m e ço u o proces s o de d e s va l o riza çã o d o ce nt ro d a cid a d e , com o eixo co m e rci a l , co rp o ra t i vo , fina nce iro e empres arial d e S ã o Pa ul o , mi g ra nd o - s e p a ra a avenida Pauli s ta . A s s im , o s h o té i s a co m p a nh a ra m es s a migraçã o ( ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) . Em 1970, co m a ret ra çã o d o m e rca d o imobiliário, o s s e rvi ço s d e fl a t s e rvi ce s e a p a rt h otéis ch ega ra m e m S ã o Pa ul o . A s ina ug ura çõ e s dos h otéis M a ks o ud Pl a za e Sh e ra to n M ofa rre j, n o início de 198 0, fo ra m re s p o ns á ve i s p o r l eva r boa parte d a s h o s p e d a g e ns d a re g i ã o ce nt ra l para a regi ã o d a a ve nid a Pa uli s ta ( DUARTE, 2005) . A déca d a d e 198 0, ch e g a m a s re d e s h otel eiras e m S ã o Pa ul o , ta i s co m o M e li á , Accor, Ren a i s s a nce , Int e r- Co nt ine nta l , H ya t t , e en tre outras . A a b e rt ura d o m e rca d o b ra s il e iro motivaram a h o t e l a ri a a co ns t ruir h o té i s d e to d a s as categoria s . ( DUARTE, 2 005 ) .


I M A G E M 5 : H O T E L J A R A G U Á , E M 1960.

3. 4. T E ND Ê NCIAS ATUAIS D es de o fina l d o s a no s 9 0 a té h o je , o fluxo de turis ta s int e rna ci o na i s ve m cre s ce nd o gradativamen te , ch e g a nd o a 6 milh õ e s e m 2 015 (EMBRATUR, 2016 ) , a s s im , m ovim e nta nd o o s eto r h otel eiro. As gra nd e s re d e s h o t e l e ira s ch e g a ra m ao país adminis t ra nd o e g e re nci a nd o o s h o té i s , oferecen do uma g ra nd e ofe rta d e h o s p e d a g e ns , com divers as ins ta l a çõ e s e s e rvi ço s ( ANDR ADE; BRITO ; J O RGE, 2 013 ) . O m e rca d o h o t e l e iro n o Bras il atualm e nt e é m ui to d i ve rs i fi ca d o , há variedade de h o té i s d e luxo e e co nô mi co s . Os gran des even to s na ci o na i s e int e rna ci o na i s , igualmen te com o fo rt e a p e l o t urí s t i co , co m as pais agen s p a ra d i s í a ca s ex i s t e nt e s no Pa í s , movimen tam o m e rca d o h o t e l e iro e a um e nta m a deman da de tur i s ta s p a ra o s h o té i s ( M AGALH Ã ES , 2005) .

Fo n t e : Esta d ã o ( 2 012 ).

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4.TIPOLOGIAS DE HOTÉIS


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4. TI PO LO GI A DE HO TÉI S Conforme ANDRADE, BRITO e J O RGE (2 013 ), o me rcado e m res pos ta à divers idade das de mandas, assim como à competição com ou tros e stabe le cimen tos con corren tes n a captação dos hóspe des , fez s urgir ao l on go do te mpo algu ns tipos de h otel , com carac terís ticas próprias, e m razão d a s ua l ocalização e do se gme nto de me rcado ao qual es tão vol tados . Os hoté is são classificados e definidos por s eu padrão e caracte rísticas das s uas in s tal ações , su a localização e su a des tin ação ao público (MINISTÉR IO DO TUR ISMO , 2013) . Em 2011 o Ministé rio do Tu rismo criou o Sis tema Bras il eiro de Classificação de Meios de Hos pedagem (ver ANEXO II), qu e classifica os es tabel ecimen tos de hospe dage m no Brasil. Adotando-se outros critérios , de svinculados de órgãos oficiais , pode-s e che gar a novas classificações , que permitem uma me lhor compre e nsão. Porém, um mes mo h otel pode se r classificado em mais de uma categoria e pode re u nir caracterís ticas comun s a mais de u m tipo de hote l. O s etor h otel eiro atual é muito dinâmico. A cada dia s urge n ovos tipos e su btipos de hoté is qu e s e jun tam aos exis ten tes .

As caracterís t i ca s p rincip a i s q ue d i fe re m a s tipol ogias de h o té i s e nt re s i s ã o : a l o ca liza çã o , o tamanh o e a d i ve rs id a d e d e ins ta l a çõ e s , a s caracterís ticas d o l o b by d o s a p a rta m e nto s e as áreas de esta ci o na m e nto ( ANDR ADE; B R ITO; J O RGE, 2013) . De acord o co m ANDR ADE, B R ITO e J OR GE (2013) , o progra m a d e ne ce s s id a d e s d e um h o t e l deve con ter as s e g uint e s á re a s b á s i ca s .

TA B E L A 2: Á R E AS BÁSICAS DE UM HOTEL.

Fo nte: ela bo ra da por FALCÃO ( 2017) com d ad os d e ANDRADE ; BRITO; J ORGE (2 013).

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4 . 1 . H O T É I S C E N T R A IS São hoté is urban os próximos aos e quipame ntos de comércios , l azer e s erviços , localizados e m áre as cen trais das cidades , al ém dos su bce ntros ou cen tros expan didos , tais como os bairros Jardins e I taim Bibi, em São Paul o. Pode m se r grande s ou pequen os e apres en tar maior ou me nor divers idade de in s tal ações (MELACH OS, 2 014 ).

impl an tado. Ex e m p l o s d e h o té i s ce nt ra i s e m S ã o Paul o s ão: M a ks o ud Pl a za ( I M AGEM 6 ) e L’ H o t e l Porto Bay (ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) . A TABELA 3, re s um e e m s í nt e s e a s p rincip a i s á re a s de um Hotel Ce nt ra l e s ua s ca ra c t e rí s t i ca s .

TA B E L A 3: S ÍN T ESE HOTÉIS CENTRAIS.

I M A G E M 6 : ÁT R I O D O H O T EL MA KS OU D P L A Z A , E M S Ã O PA U LO.

Fo nte: ela bo ra da p or FALCÃO ( 2017) com d ad os d e ANDRADE ; BRITO; J ORGE (2013).

Fo n t e : w w w. a cco r ho t e ls. co m (2 017 ) .

Su as dime nsões e demais carac terís ticas , são e stabe le cidas pel o mercado e pel a de manda de se rviços e público da região on de é 24


4 . 2 . H O T É I S N Ã O C E N T R A IS São hoté is qu e ficam afas tados dos cen tros das cidade s por falta de terren os com dimen s ões ne ce ssárias, proble mas de con ges tion amen tos e o alto pre ço dos te rren os n as regiões cen trais . E x e mplos de hote l não cen tral em São Paul o são: O Transamé rica, Sh eraton WTC São Paul o e o H ilton São Paulo Morumbi (I MAGEM 7) , n o e ixo da marginal Pinheiros (ANDRADE; BRITO ; JOR GE , 2 013 ).

oferecer uma di ve rs id a d e m a i o r d e ins ta l a çõ e s e s erviços , tal vez nã o d i s p o ní ve i s na re g i ã o o nd e s ão impl an tados ( M ELACH OS , 2 014 ) . A TAB ELA 4, res ume em s í nt e s e a s p rincip a i s á re a s d e um Hotel Não Cent ra l e s ua s ca ra c t e rí s t i ca s .

TA B E L A 4: S ÍN T E S E HOTÉIS NÃO CENTRAIS.

I M A G E M 7 : FA C H A D A H O T E L HILTON, E M S Ã O PA U LO. I M A G E M 7 : FA C H A D A H O T E L H ILTON MOR U MB I, S Ã O PA U LO.

Fo nte: ela bo ra da por FALCÃO ( 2017) com d ad os d e ANDRADE ; BRITO; J ORGE (2 013).

Fo n t e : w w w. b o o kin g . co m ( 2 017 ) .

Ape sar de e starem afas tados do cen tro da cidade , deve m e star apoiados de gran de infrae stru tu ra u rbana q ue os con ec te às zon as de inte re sse na cidade . Ess e tipo de h otel cos tuma

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4 . 3 . H O T É I S E C O NÔMIC OS H oté is e conômicos s ão aquel es que n ão pre cisam ofe re ce r uma variedade de s erviços e instalaçõe s. Possuem n úmero reduz idos de apartame ntos, pois s e des tin am a um público de cu rta e stadia e que precis am do mínimo de infrae stru tu ra com qualidade duran te s ua pe rmanê ncia (MELACHOS, 2014) .

h otel eiras , ta i s co m o a H o lid a y Inn ( I M AGEM 8) com a Holid a y Inn Ex p re s s , Acco r co m o I bi s , en tre outros ( ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) . A TABELA 5, re s um e e m s í nt e s e a s p rincip a i s á re a s de um Hotel Eco nô mi co e s ua s ca ra c t e rí s t i ca s .

TA B E L A 5: S ÍN T ESE HOTÉIS ECONÔMICOS.

I M A G E M 8 : H O T E L H O L I D AY INN E X P R E S S , E M C A MB R ID G E, REINO UNIDO. Fo nte: ela bo ra da p or FALCÃO ( 2017) com d ad os d e ANDRADE ; BRITO; J ORGE (2013).

Fo n t e : w w w. ex p re sslin co ln . co.u k (2 017 ) .

São localizad os es trategicamen te em pontos com u ma b oa infraes trutura urban a, próx imos a e ntroncamen tos de vias e rodovias . São ge re nciados e m su a maioria por gran des redes 26


4.4. RESORTS São hoté is de l azer com maior ênfas e na re cre ação e e sportes , com bas tan tes e spaços abe rtos, insta l ados em gran des áreas , ge ralme nte e nvolto à na tureza e praias com boas condiçõe s climáticas. Pos s ui uma infraes trutura au tossu ficie nte de se rviços e in s tal ações , já que muitas veze s ficam dista n tes de regiões urban as (MELACH OS, 2 014 ). Algun s exempl os des s e tipo de hote l são os grandes compl exos h otel eiros do tipo multire sort de Can cun , n o México, e o

compl exo turís tico m ul t ire s o rt d e S a uí p e ( I M AGEM 9) , n a Bahia (ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) . A TABELA 6, res um e e m s í nt e s e a s p rincip a i s á re a s de um Res ort e s ua s ca ra c t e rí s t i ca s .

TA B E L A 6: S ÍN T E S E RESORTS

Fo nte: ela bo ra da por FALCÃO ( 2017) com d ad os d e ANDRADE ; BRITO; J ORGE (2 013).

I M A G E M 9 : C O M P L E X O T U R Í S T IC O MU LT IR E S OR T, NA J A MA ÍC A .

Fo n t e : w w w. se cret sre so r t s. co m (2 017 ) .

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4 . 5 . O U T R AS T I P OLOG IAS Alé m de ssas categorias de h otéis , exis tem ou tras qu e são derivadas des tas citadas , qu e alé m de su a localização, oferecem n ovos conce itos e m se u s serviços e in s tal ações .

4 . 5 . 1 . H O T É I S D E A E R OP OR TO São hoté is n ão cen trais próximos aos ae roportos afastad os dos gran des cen tros . Aprove itam-se para oferecer s erviços que s uprem a falta da re gião e m que s ão impl an tados . Seus hóspe de s são ge ralm en te turis tas de n egócios , qu e aprove itam a infraes trutura do h otel para su as re u niõe s e conferen cias , al ém de hós pedes de cu rta pe rmanê ncia . Cos tumam s er geren ciados por re de s inte rnacion ais de h otéis e n ormalmen te são de alto e mé dio padrão, (ANDRADE; BRITO ; JOR GE , 2 013 ).

4 . 5 . 2 . A PA R T H O T É IS São hoté is que têm como público al vo hóspe de s qu e pre cis am de um l on go período de e stadia, mas não o s uficien te para es tabel ecer domicilio. Assim se u s apartamen tos tem uma área ú til u m pou co maior, comparados aos oferecidos por ou tros tipos de h otéis , e pos s uem s erviços exclu sivos. (ANDR ADE; BRITO ; J O RGE, 2013) . 28

4. 5. 3. HOTÉIS DE CONVENÇÕES São h o té i s vo l ta d o s p a ra a re a liza çã o d e even tos e con g re s s o s d e g ra nd e s p ro p o rçõ e s , co m áreas es peci fi ca s e ca p a cid a d e p a ra a co m o d a r milh ares de p e s s o a s s im ul ta ne a m e nt e , s e nd o cen trais e n ã o ce nt ra i s . S ã o m a i s co m uns no exterior, mas no B ra s il t e m o s o B o urb o n At i b a i a Conven tion & S p a Re s o rt , e m At i b a i a , no int e ri o r de São Paul o ( ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) .

4. 5. 4. HOTÉIS FAZENDA Semelha nt e a o s Re s o rt s , s ã o h o té i s d e l a ze r em es cal a me no r, co m o núm e ro d e a p a rta m e nto s reduz ido, al ém d o s s e rvi ço s e ins ta l a çõ e s m a i s modes tos . Aind a a s s im , s ã o h o té i s d e d e s ca ns o que oferecem a t i vid a d e s re cre a t i va s e e s p o rt i va s aos s eus hós p e d e s , a l é m d o co nta to d ireto co m a n atureza (ANDR ADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) .

4. 5. 5. POUSADAS São ho té i s d e d e s ca ns o m e no re s , co m poucos aparta m e nto s e á re a s d e co nví vi o . Co nta m com al guma s a t i vid a d e s e s e rvi ço s q ue d ã o uma s en s açã o d e e s ta r e m ca s a a o s hó s p e d e s , aproveitan do- s e d o clim a e d a p a i s a g e m l o ca l (ANDRADE; B R ITO; J OR GE, 2 013 ) .


4 . 5 . 6 . H O T É I S B O U T I QU E

IMA G E M 10: FA C H ADA HOTEL FASANO, EM SÃO PAULO.

H ote l Bou tiqu e é um tipo es pecial de h otel qu e foge dos padrõe s de dimen s ões , in s tal ações e se rviços dos hoté is conven cion ais . São des tin ados a u m pú blico particular que bus ca um tratamen to dife re nciado e exclu s ivo (ANDRADE; BRITO ; JOR GE , 2 013 ). Se u con ceito s e mes cl a bas tan te com o de H ote l De sign , pois ambos pos s uem um re bu scame nto arquitetônico diferen ciado e único, poré m o H ote l Bou tiqu e utiliza o tradicion alis mo e o lu xo e m su as instal ações s ofis ticadas , com o u so de móve is e spe ciais e obras de artes , muitas veze s exclu sivos, alé m de s erviços requin tados . O H ote l Bou tiqu e ainda cos tuma s er in s tal ado como retrofit e m antigos edifícios de val ores históricos. Enqu anto o Hotel Des ign s e utiliza da arquitetu ra conte mporâ n ea em s uas edificações , no de se nho de se u s móveis e de s uas obras de arte s, pode ndo també m pos s uir um n úmero maior de instalaçõe s e se rviços (MELACHOS, 2014) . Essas classificações n ão impedem um h otel de possuir os dois conceitos e s er cl as s ificado como u m H ote l Bou tique D es ign . Em São Paul o, te mos o tradicional H otel Fas an o (I MAGEM 10) como ex e mplo de H otel Boutique, en tre outros (ANDR ADE ; BR ITO; JORGE, 2013) . Fo nte: www.tripa dvisor .ca ( 2017).

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5.HOTÉIS DESIGN


5. HO TÉI S DESIGN O aprimorame n to dos s erviços e in s tal ações dos hoté is para ofe recer conforto e comodidade aos hóspe de s se mpre foram prioridades , ain da mais qu ando o hotel deixou de s er um lugar some nte de e stadia temporária, mas também de convívio social. As s im, para aprimorar a ex pe riê ncia dos hóspedes duran te s ua es tadia, aliado com a concorrên cia das gran des redes hote le iras, o de signer fran cês Philippe Starck, e m 1983 , u nido com o empres ário american o I an Schage r, introduzira m o con ceito de des ign n a hote laria, criando u ma n ova categoria de h otéis : H ote l De sign (MAGALHÃES, 2005) .

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5. 1. PA NORAMA HISTÓRIXO DO DESIGN A rel açã o d o d e s i g n co m o h o m e m g a nh o u aten ção apó s a Revo luçã o Ind us t ri a l , o nd e fo i adquirida a t e cno l o g i a p a ra a p ro d uçã o e m s érie. J un to co m o s urg im e nto d e novo s m a t e ri a i s como o ferro , a ço e co ncreto , fo i p o s s í ve l cri a r e aumen tar a ofe rta d e p ro d uto s d e d e s i g n. Co m a influên cia d o s a rt i s ta s , cri o u- s e t e nd ê nci a s d e mercado, ap rox im a nd o o d e s i g n d a s p e s s o a s , que cada vez m a i s ex i g i a m s ofi s t i ca çã o . A s s im n o s écul o XIX s urg ira m a s g ra nd e s ex p o s i çõ e s , como a Grand e Ex p o s i çã o d e 1951 , e m Lo nd re s , on de os a rt i s ta s g a nh a ra m m a i s li b e rd a d e criativa. Pos te ri o rm e nt e , o s m ovim e nto s a rt í s t i co s ganh aram força e p re s t í g i o a o re d o r d o m und o , tais como o A rt s a nd Cra ft s , A rt No uve a u, s e g uid o s pel a con cep çã o d e d e s i g n d a Es co l a d e A rt e s Bauh aus (I MAGEM 11 ) , q ue co nt ri b ui u co m um a n ova ideia de d e s i g n e s e p ro p a g o u p e l o m und o todo. Após a S e g und a Gue rra M und i a l , a l g uns país es con s eg uira m s e re e s t rut ura r ra p id a m e nt e , auxilian do n o d e s e nvo l vim e nto d e s e us d e s i g ns caracterís tico s , influe nci a d o s p o r s ua s cul t ura s e torn an do-se refe rê nci a s m und i a i s , ta i s co m o o des ign italiano , ja p o nê s , a m e ri ca no e o f ra ncê s (MAGALHÃES , 2 005 ) .


I M A G E M 1 1 : E X E M P LO S D E M OB IL IÁ R IOS D E S E N VOLV ID OS P E L A B A U H A U S .

Fo n t e : w w w. d a p o r ta p ra fo ra . co m (2 013 )

No Brasil, da m es ma forma, a as cen s ão do de sign se de u início após a Segun da G uerra Mu ndial, políticas inte rnas e extern as propiciaram e sse de se nvolvime nto. O des ign , des envol vido até e ntão, e ra obsoleto (MAGALHÃES, 2005) . Assim, su rgiram de si gn ers e arquitetos de re levância, tais como Jos é Zanin e, Lin a Bo Bardi, Se rgio Rodrigu e s, e n tre outros , el evan do o de sign brasile iro a níveis in tern acion ais .

“O grande desafio dos designers era propor soluções à altura dos grandes desafios sociais e culturais da época. O período que vai de 1950 a 1960, muitos designers atuaram também como empresários abrindo lojas. Nos anos 1970 o design foi para grandes intervenções da paisagem urbana, como metrôs e Avenida Paulista.” (MAGALHÃES, 2005, p. 67 e 69).

Pos teriorm e nt e s urg i u g ra nd e s a rq ui t eto s como O s car N i e m eye r, Luci o Co s ta , Vill a nova Artigas que co nt inua ra m co m e s s e l e g a d o . (MAGALHÃES, 2 005 ) . 33


S can d ina v i a n A ir lin e s Syst e m (u m a fu s ã o e n t re a s companhia s a é rea s n a ci on a i s d a Din am a rca , N or u eg a e Suécia ) , e seu obj et i v o e ra serv ir co m o u m p or ta l de estil o int e rn a ci o n a l p a ra a Esca nd in ávia . ( Rev i sta I con eye , 2011 ) .

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5 . E VO L U Ç Ã O D O D E S IG N N A H OT E L A R IA O de sign na h otel aria já tinh a s ido introduzido por Frank Ll oyd Right ao projetar o H ote l Impe rial, em Tóquio, n o J apão, e m 1922 . O conce ito de Hotel D es ign es tá bastante atribuído à in corporação do des ign de inte riore s, ju nto com uma arquitetura arrojada na conce pção do Hotel , torn an do-o ú nico. Atribui-se conforto e exclus ividade aos hóspe de s qu e procuram uma n ova s en s ação e m su a e stadia. Ass im, n o projeto do Hotel Impe rial (IMAGEM 12) , Frank Ll oyd Wright

I M A G E M 1 2 : H O T E L I M P ER IA L , T ÓQU IO, J A P Ã O, 1922, P R O J E TO D E F R A N K L LO Y D WR IG H T.

us ou n ovas té cni ca s co ns t rut i va s e m a t e ri a i s an tes n ão u t iliza d o s na a rq ui t et ura ja p o ne s a , para fazer u m h o t e l co m um m o bili á ri o e d e s i g n de in teriores úni co s , p ro jeta d o s p o r e l e p ró p ri o , in cluin do as p e ça s d e ta p e ça ri a ( M AGALH Ã ES , 2005) . No fim d a d é ca d a d e 195 0, fo i co ns t ruí d o um dos prim e iro s H o t e i s D e s i g n, o Roya l H o t e l SAS, atualment e Ra d i s s o n B lu Roya l H o t e l , e m Copenh agen , Dina m a rca . Fo i o p rim e iro h o t e l con s truído p e l a SAS 7 co m o p ro jeto id e a liza d o por Arn e J a co b s e ne m , q ue fez um a refe rê nci a às tradições a rt e s a na i s d ina m a rq ue s a s e m s e u des ign (ARGEM AN, 2 011 ) . “Ele projetou tudo, desde os móveis até os painéis de alumínio para as paredes de cortina de vidro, acrescentando seus toques aos tapetes, cortinas, alças de portas, copos de vinho, talheres, cinzeiros e sistema de sinalização do hotel ao longo do caminho.” (ARGEMAN, revista Iconeye, versão eletrônica, tradução livre, 2011).

O mobili á ri o exclus i vo é a ind a h o je referên cia p a ra o d e s i g n, co m o a s ca d e ira s Swan e Egg ( I M AGEM 13 ) . O e d i f í ci o p o s s ui referên cias m o d e rni s ta s d a é p o ca , co m o s ua s fach adas livre s co m p a no s d e vid ro , a l é m d e um Fo n t e : w w w. cu r b e d . co m ( 2 011 )

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I M A G E M 1 3 : Q U A R TO 6 0 6 D O R OYA L H OT E L S AS , C OM M O B I L I Á R I O O R I G I N A L I N TA C TO.

Fo n t e : I co n eye ( 2 011 ).

projeto racionalizado. Torn ou-s e, n o en tan to, uma refe rê ncia global para as cadeias h otel eiras que vinham su rgindo na dé cada de 1960 (ARGEMAN, 2 011 ). O conce ito de Hotel Des ign s ó foi re alme nte definido e m 1983, n o Hotel Morgan s , e m Nova York . Trata-s e de uma reforma n o inte rior do pre cário h otel , on de a arquiteta André e Pu tman, patrocin ada pel o empres ário I an Schage r, reformulou o l ayout do h otel com 112 apartame ntos, inspirad a n a gran de metrópol e qu e é N ova York . O intuito de us ar a Art D ecô conte mporâne a e ra atrair clien tes diferen ciados

que en ten diam d a s t e nd ê nci a s m o d e rna s d o des ign (MAGALH Ã ES , 2 005 ) . Em 1988 , S ch a g e r co nvid o u o d e s i g n fran cês Philippe Sta rck p a ra o p ro jeto d e s e u novo h otel com o mes m o co nce i to d e H o t e l D e s i g n e m Nova York, o H o t e l Roya l to n ( I M AGEM 14 ) co m 168 apartamen to s . Sta rck us o u a t e a t ra lid a d e , ilus ão e a fanta s i a p a ra co nce b e r o s e s p a ço s n um es til o pós - m o d e rno , to rna nd o o h o t e l um es paço cul tural, o nd e a s p e s s o a s vi s i ta va m e a té compravam os m ó ve i s d o d e s i g n. Sch ager e Sta rck co nt inua ra m a p a rce ri a n a con cepção d o H o t e l Pa ra m o unt , e m 19 9 0,

IMA G E M 14: LOB B Y DO HOTEL ROYALTON, EM NOVA YORK.

Fonte: www.rom a na nd w illi ams.com ( 2017).

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igu alme nte e m N ova York, em que Starck conce be u u m hote l econ ômico e de moda, de stinado ao pú blico mais n ovo e in tern acion al . Após u ma dé cada de s uces s os n os Es tados Unidos, e m 19 9 , foi in augurado o Hotel Sain t Martins Lane (IMAGEM 15) com s ua fach ada icônica (MAGALH ÃES, 2005) .

I M A G E M 1 5 : FA C H A D A D O H OT E L S A INT MA R T INS L A N E, E M LOND R E S .

Fo n t e : w w w. m a g e ll a nlu x u r y h otels .com (2 017 ) .

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“O Saint Martins Lane destacase pela iluminação teatral, tanto de dia como de noite, onde as cores são o destaque. A intenção do designer foi fazer com o que os hóspedes se sentissem parte de um cenário atmosférico. Os dormitórios projetados por Starck não refletem a euforia exterior de seu projeto, são na sua maioria brancos.” (MAGALHÃES, 2009, p.77).


Ou tro H ote l Des ign de des taque em Londre s foi o Sanders on Hotel , em 2000. Para e sse hote l Starck con tou com a ajuda do jardine iro paisagista Phillip Hich s , que trabalh ou com o paisagismo do pátio in tern o do h otel . O dife re ncial do Sande rs on Hotel foi o programa de saú de inte gral, que in cluía vários s erviços de be leza e e sté tica s emelh an tes aos SPAs . O hote l re ce be u de staque também por caus a de se u s te cidos florais e s uas col eções in s piradas nos de se nhos de William Morris 8 (MAGALHÃES, 2 0 0 5 ). Na Amé rica Latin a, Starck trabalh ou na conce pção do Fae n a Hotel & Univers e, n a Arge ntina, apropirando-s e de um an tigo h otel de tijolinhos, de 19 04 , para revitalizá-l o em um H ote l De sign. No Brasil, Starck trabalh ou n o Hotel

I M A G E M 1 7 : R O O F TO P D O H OT E L D E S IG N YOO2, NO R IO D E JANEIRO.

Fo n t e : w w w. yo o2 . co m ( 2 017 ).

IMA G E M 16: FA C H A DA DO HOTEL FASANO, NO RIO DE JANEIRO.

Willi am Morris fo i um de s i gne r têxt il, p o eta, ro m anci s ta, t raduto r e at i v i s ta s o ci ali s ta inglê s . As s o ci ado co m o m ov im e nto ar t í s t i co br i tâni co Ar t s & craft s , fo i um do s p r incip ai s co nt r i buido re s p ara o rev i v ali s m o das ar t e s têxt e i s e m é to do s t radi ci o nai s de p ro dução ( Wi k ip é di a, 2017) .

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Fo nte: www.fives ta ralli ance.com ( 2017).

Fas an o Rio de Ja ne iro ( I M AGEM 16 ) , na p ra i a d e Ipan ema, n o Rio d e J a ne iro ( M AGALH Ã ES , 2 005 ) . O projeto revere nci a o e s p í ri to d a a rq ui t et ura e do des ign bra s il e iro d o s a no s 195 0 e 19 6 0, h omen ageia a g l o ri o s a é p o ca d a B o s s a Nova , e utiliza-s e de est rut ura m etá li ca ( FASANO, 2 017 ) . Starck in a ug uro u, e m 2 016 , o H o t e l D e s i g n Yo o2 (I MAGEM 17 ) , na p ra i a d e B o ta fo g o , R i o de J an eiro. O p ro jeto co nta co m um co nce i to in ovador de h os p e d a g e m e d e s i g n q ue s e int e g ra à vida e a pais a g e m urb a na d o R i o d e J a ne iro . O Hotel pos s ui um a re ce p çã o na d a co nve nci o na l e 37


com are s de sala de es tar. Não pos s ui bal cão de ate ndime nto, ofe re cen do aten dimen to informal . (COUTO, 2 016 ). Em São Paul o, há o Hotel Unique, classificado como Hotel D es ign . Projeto do arquiteto brasile iro, Rui O htake, em 2002, que se de sviou da tradiçã o do modernis mo da Es col a Paulista, para re gist rar s ua marca n a cidade, atravé s de novos m ateriais como, o cobre, a made ira, alé m do, con creto armado. (O HTAKE, 2 016 ). O projeto se des taca pel a s ua forma ex te rior, e també m pel o es paço in tern o, que acompanha o de se nh o extern o. O s corredores dos apartame ntos são curvos , bus can do a luz natu ral das jane las circul ares , que permitem u ma composição din âmica n a fach ada reves tida por placas de cobre em três ton s de verde. O projeto de inte riore s, é de J oão Armen tan o, o qu al pe rmitiu qu e o pis o dos apartamen tos das ex tre midade s (IMAGEM 18) , s ubis s e em curva até o forro, acompanhando o des enh o da fach ada (VITR U VIUS, 2 00 6 ). Ou tro H ote l D es ign de des taque em São Paulo, é o H ote l Emilia n o (I MAGEM 19) , projeto do arquiteto Arthu r Casas , em 2001. É con s iderado o prime iro H ote l Boutique de São Paul o, n o conce ito qu e e nglob a in s tal ações diferen ciadas 38

IMA G E M 18: QU ARTO HOTEL UNIQUE, EM SÃO PAULO.

Fo nte: www.h oteluni que.com.br ( 2017)

IMA G E M 19: T E RRAÇO HOTEL EMILIANO, EM SÃO PAULO.

Fo nte: www.a ndrew har p er .com ( 2017).


e ve nda de móve is e objetos de des ign . O projeto possui u ma instalação do artis ta Siron Fran co 9 na re ce pção, u m jardim de orquídeas s us pen s as e as cade iras do lobby são as s in adas pel os irmãos Campana. (ANUAL DESIGN, 2017) . Em função da competição do mercado em atrair a atenção dos clientes, a arquitetura hoteleira vem assumindo novas formas. [...] O novo design de hotéis pro põe uma nova experiência para o hóspede. O impacto da mescla de áreas públicas com necessidades privadas tornou-se um desafio. A mistura de estilos, formas divertidas e extravagantes acabaram por exercer um fascínio sobre o hóspede. (MAGALHÃES, 2005, p.90).

MAGALH ÃES (2 005) diz que os in teriores de sse s hoté is se compa ram a pal cos de teatros ou ce nas de filme s, pois o objetivo do teatro ou filme é e ntrete r e cativar o tel es pec tador, tal como os hote le iros a s eus hós pedes . Tratar a qu e stão da arquitetu ra como criação teatral é u ma das chave s de u m Hotel Des ign . Contu do, concluí -s e que, o Hotel Des ign é classificado como hote l de luxo, com categorias de 4 a 5 e stre las, e pos s ui caracterís ticas de um H ote l Ce ntral, pois deve es tar n os cen tros e áreas de inte re sse da cidade on de é impl an tado. São hoté is com u m nú me ro men or de apartamen tos ,

para pres erva r a s e ns a çã o d e exclus i vid a d e que el es ofere ce m , s e us s e rvi ço s e ins ta l a çõ e s s ão dis pos tos p a ra co m p l e m e nta r a ex p e ri ê nci a de es tadia do hó s p e d e . A s s im , o GR Á FICO 3 , res ume em s ín t e s e o p ro g ra m a d e ne ce s s id a d e s de um Hotel D e s i g n.

Siro n Franco é um ar t i s ta p lás t i co bras ile iro cuj a o bra é re co nh e cida no B ras il e no ext e r i o r ( W IK IPEDIA, 2015) .

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G R Á F IC O 3: S ÍNT E SE HOTÉIS DESIGN

Fo nte: Ela bo ra do por FALCÃO ( 2017), com base em ANDRADE , BRITO e J ORGE (2 013) e MAGALHÃES ( 2005).

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6. HISTÓRICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO


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6. HISTÓ RI CO DA Á REA DE I NT ER VENÇ ÃO A áre a de interven ção es tá l ocalizada no Itaim Bibi, tradicion al bairro da Zon a Oe ste do Mu nicípio de São Paul o, perten cen te à su bprefe itu ra de Pinh eiros . Con ta com aprox imadame nte 8 0 mil h abitan tes , conforme dados da Prefe itu ra de São Paul o (2010) , s com de nsidade de mográfica de aproximadamen te 81 habitante s por he ctare. Pos s ui a ren da média de 6 mil re ais por pe ssoa e é o 6º bairro com o me lhor IDH do mu nicípio, com ín dice de 0.953.

IMA G E M 20: LOC A LIZAÇÃO DO DISTRITO DO ITAIM BIBI NO MU N IC ÍP IO D E S Ã O PAULO.

6 . 1 . PA N O R Â M A H I S TÓR IC O Até o Sé culo XIX, as terras , on de h oje é o bairro do Itaim Bibi, era uma exten s a vázea qu e se rvia de passagem obrigatória en tre o Ce ntro e Pinhe iros até San to Amaro, con s iderada inu ndáve l e insalu bre (LO PES; TO LEDO , 1988) . “Era urn sítio sem utilização econômica, terras baixas inundadas periodicamente pelo rio e córregos abundantes na região (córrego da Traição, Uberabinha, do Sapateiro e Verde). “ (LOPES; TOLEDO, 1988, p. 17).

Em 189 6 , o ge n eral J os é Vieira Couto de Magalhãe s adquiriu uma exten s ão de 120 alqu e ire s, qu e não tinha m muito val or, pois eram Fo nte: www.wik ipedia.org ( 2017)

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inu ndáve is; su a fu nçã o era meramen te recreativa, para caça e pe sca, e abrigava árvores frutíferas . Em 1898 , o local e ra conh ecido como Chácara do Itahy, qu e e m Tu pi s ignifica “pedra pequen a”. O nome Bibi ve io do apelido do filh o do médico Le opoldo Cou to M agalh ães , que adquiriu as te rras e m 19 07 , assim, cres ceu es e torn ou o “Seu Bibi” . A se de da chácara propriamen te dita, é hoje conhe cida como Cas a Ban deiris ta, tombada pe lo Patrimônio H istórico (Prefeitura de São Paulo, 2 017 ). De acordo com Prefeitura de São paulo (2 017 ) o filho de Bibi, foi res pon s ável pe lo lote ame nto da chácara. As terras foram ve ndidas e reve ndidas en tre a década de 1920 e a dé cada de 195 0 e , com a ocupação da várzea próx ima ao R io Pinheiros , propiciou atividade a barqu e iros, olarias e portos de areia. Após os anos 195 0, com a canalização e retificação do rio Pinhe iros, o bairro pas s ou a enfren tar um gran de cre scime nto, cau san do o des aparecimen to de chácaras e sítios. Oficialmente, o subdistrito do Itaim nasceu em 1934, ao ser aprovada a Lei nº 6.731 de 4 de outubro de 1934, deixando de pertencer a Pinheiros. Em 1935 foi transferido para o Jardim Paulista. (Prefeitura da Cidade de São Paulo, 2017)

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Até os a no s 1970, e ra um b a irro d a s empregadas , d o s m o to ri s ta s , ve rd ure iro s e pequen os co m e rci a nt e s e m g e ra l . O núcl e o inicial do ba irro s e m o d i fi co u p ro g re s s i va m e nt e . O comércio a m p li o u- s e e d e i xo u d e s e rvir s omen te os b a irro s vizinh o s , p a s s a nd o a a t e nd e r também outra s á re a s , fa ze nd o co m q ue o b a irro perdes s e s ua ca ra c t e rí s t i ca p o p ul a r, to rna nd o s e uma regiã o a b a s ta d a e d e s e nvo l vid a . O s an e a m e nto e ca na liza çã o d o Có rre g o do Sapateiro , na d é ca d a d e 1970, d e u o ri g e m a Avenida Pre s id e nt e J us ce lino Kubi t s ch e k, e val orizou o b a irro . Es g o ta d a s a s á re a s d i s p o ní ve i s em outros b a irro s , a s im o bili á ri a s vo l ta ra m -

IMA G E M 21: S E DE CHACARA ITAIM, 1 9 1 3 .

Fo nte: www.jo rnalzonasul .com.br ( 2016)


I M A G E M 2 2 : PA R Q U E D O P O VO E A O F U ND O O C OMP L E X O E MP R E S A R IA L J K.

Fo n t e : w w w w. m u n d o d ev i a j a n t e.blog s pot.com .br (2 015 )

se e ntão para o Itaim, fun damen talmen te pel a au sê ncia de re striçõe s impos tas pel o l oteamen to. Após isso, hou ve a in augração da avenida Brigade iro Faria Lima, n a deácada de 1960, ju ntame nte com o prim eiro da cidade de São Paulo, Shopping Ce nter I guatemi. As s im, com a alta e spe culação imobiliária n a região, o

bairro foi s e ve rt i ca liza nd o , e a co m p a nh a nd o o des envol vimen to d e b a irro s vizinh o s , ta i s co m o J ardin s , Vil a O lí m p i a , B ro o klin, e nt re o ut ro s , s e torn an do num d o s m a i s no b re s b a irro s d o Município de Sã o Pa ul o ( i ta im . co m ,2 017 ) . A partir d o s a no s 2 000, o B a irro co nt inuo u receben do muito ince nt i vo d o p o d e r p úbli co e 45


privado para a su a evolução e val orização. Em 2 0 0 8 , foi inau gu rado o Parque Municipal Mário Pime nta Camargo, ou Parque do Povo, que trou x e qu alidade de vida a região e agregou a mobilidade u rbana, com a pos terior execução de ciclovias e ciclofa ixas em s eu en torn o (VEJA, 2 016 ). Atu alme nte o bairro do I taim Bibi pos s ui u ma população de cl as s e média al ta e detém o u so do solo muito divers ificado, compre en den do re sidê ncias de al to padrão, equipamen tos u rbanos e institu cionais , uma gran de variedade de comé rcios e e mpres as . al ém de pos s uir cerca de 4 4 hoté is (Bo ok in g, 2017) , O bairro ain da é alvo de grande s tran s formações e in teres s es do Estado e Mu nicípio, fazen do parte da O peração Urbana Consorciada Faria Lima (ANEXO I ) , (PLANO DIR ETOR , 2 014) . Se gu ndo a Lei de Zon eamen to, revis ada no Plano Diretor de 2014, o bairro do I tam Bibi conta com u ma zon a res iden cial de média de nsidade , zonas mis tas de al ta den s idade, uma zona de ce ntralidad es al ém de con templ ar uma zona de e ixo de e struturação da tran s formação u rbana. O Itaim Bibi es tá cercado por bairros como Bro ok lin, Cam po Bel o, Moema e J ardin s . 46

6. 2. T E NDÊNCIAS ATUAIS As vias que e s t rut ura m o b a irro s ã o a s a ve nid a s Nações Unida s , ca ra c t e riza d a co m o vi a ex p re s s a ; Brigadeiro Fa ri a Lim a , Cid a d e J a rd im , Nove de J ulh o, Sã o Ga b ri e l e Pre s id e nt e J us ce lino Kubits ch ek co m ca rá t e r d e vi a s a rt e ri a i s . Al é m das ruas Tab a p uã , Cl o d o miro A m a zo na s e J o ã o Cach oeira, e nt re o ut ra s q ue s ã o vi a s co l eto ra s , den tre outra s vi a s l o ca i s . O b a irro é p ró x im o ao Termin al Pinh e iro s , a e s ta çã o Fa ri a Lim a do metrô e a s e s ta çõ e s Pinh e iro s , H e b ra i ca Rebouças , Cid a d e J a rd im e Vil a Olí m p i a d a CPTM (ESTAD Ã O, 2 014 ) . Na at ua lid a d e , o b a irro I ta im B i bi , p o i s pos s ui um gra nd e ce nt ro co m e rci a l , q ue co nce nt ra as s edes de g ra nd e e m p re s a s , ta i s co m o Go o g l e , Louis Vuitton , Fa ce b o o k, S a nta nd e r, e nt re o ut ra s . Al ém dis s o, a b ri g a um d o s s h o p p ing m a i s lux uo s o s da cidade, o Sh o p p ing J K I g ua t e mi , ina ug ura d o em 2012. Em co nt ra p a rt id a , p o s s ui ta m b é m , um a gran de área d e co m é rci o p o p ul a r, l o ca liza d a na rua J oão Ca ch o e ira ( VEJA , 2 016 ) . O bairro Itaim bibi, é um centro gastronômico da cidade, p o i s co nté m um e no rm e m e rca d o d e alimen tos itali a no s ul t ra s s e l e ci o na d o s , mi s t ura d o a pequen os re s ta ura nt e s , o Ea ta l y, a l é m d e vá ri o s


I M A G E M 2 3 : V I S TA A É R E A D O B A IR R O ITA IM B IB I.

privada, al ém d i s s o , o co m p l exo s i s t e m a vi á ri o n a região, prejud i ca a circul a çã o d e p e d e s t re s . O utro pon to n e g a t i vo , é a g e nt ri fi ca çã o10 , q ue s egrega as pes s o a s d o s e s p a ço s p úbli co s , a l é m de uma s egreg a çã o s o ci a l , ca us a d a p e l a a l ta val orização do b a irro .

Ch am a-s e ge nt r i fi cação ( do inglê s ge nt r i fi cat i o n) o fe nô m e no q ue afeta um a re gi ão o u bair ro p e la alt e ração das dinâmi cas da co m p o s i ção do lo cal, tal co m o nov o s p o nto s co m e rci ai s o u co ns t r ução de nov o s e di fí ci o s , v alo r izando a re gi ão e afetando a p o p ulação de bai xa re nda lo cal ( Wi k ip é di a, 2017) .

10

Fo n t e : w w w. w i kim e d i a . co m ( 2 016 )

re stau rante s de alta gas tron omia es palh adas pe la re gião (VEJA, 2 016) . Ainda, e ncontra-s e n o bairro, o Mus eu da Casa Brasile ira, inau gurado n a década de 1940, o Esporte Clu be Pinhe iros , exis ten te des de 1899, e é o maior Clu be Polies portivo da América Latina. O bairro be m como, dis põe de uma vida notu rna bastante ativa, com vários bares e cas as notu rnas distribuídas p el a região. (VEJA, 2016) . Todavia, o movimen to urban o e ce ntralidade cau sada pel o bairro, caus a uma mobilidade u rbana muito carregada, apes ar dos ince ntivos propostos pel o Município e iniciativa 47



7. LEVANTAMENTOS URBANÍSTICOS


7.1.

U S O E OC U PA Ç ÃO DO SO LO 50


7.1.1. MAPA DE USO E OC U PAÇ ÃO D O S OLO

51


52


Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

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7 . 1 . 2 . D I A G N Ó S T I C OS D O U S O E OC U PA Ç Ã O D O S OLO. De acordo com ás an ális es e pes quis a de campo, re alizadas na região do terren o em estudo, ex pre ssas no Mapa de USO E O CUPAÇ ÃO e n o levantame nto fotográfico da área em ques tão, foi possíve l obse rvar que: • E x istê ncia de área res iden cial , com imóve is de mé dio e al to padrão; • Pre se nça de áreas verdes públicas , como Parqu e do Povo • E x istê ncia de uma maior quan tidade de e dificaçõe s de us o comercial comercial n o e ixo das ave nidas J us celin o Kubis tch ek e J affet Che did Jafet; • E x istê ncia de baixa quan tidade de e dificaçõe s de u so mis to n a região es tudada; • Au sê ncia de in dús trias n a região; • Pre dominância de áreas comerciais • Te rre no de in terven ção pos s ui aprox imadame nte 1 mil metros quadrados , inabitado atu alme nte; • Te rre no ao la do do propos to, atualmen te é u m e stacioname nto; • Te rre no de in terven ção, s egun do a Lei de Zone ame nto, previs ta n o Pl an o Diretor da Cidade de São Paul o (2014) , perten ce à uma

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Zon a Mis ta d e Int e re s s e S o ci a l ( ZM IS ) , cujo Coeficien te mí nim o d e A p rove i ta m e nto é d e 0,3 e máximo de 2 ,0.


7 . 1 . 3 . D I R E T R I Z E S D O U S O E OC U PA Ç Ã O D O S OLO. De acordo com os dados apres en tados n o Diagnóstico de U so e Ocupação, s erão propos tas as se guinte s diretrize s p rojetuais : • U tilização do es tacion amen to do terren o ao lado para ate nde r projeto a s er des envol vido; • Preve r áre as verdes públicas , tais como praças, nos te rre nos e m que foram diagn os ticados como vazios, para q ue de tal forma, s ejam inte grados ao paisagis mo à s er propos to n o te rre no e scolhido; • Preve r inte gração do Parque do Povo à praça a se r de se nvolvida; • Preve r au me nto do Coeficien te de Aprove itame nto máx imo para 2,5, para adequarse ao programa de ne ces s idades es tabel ecidos ..

55


7.2.

GABARITO DAS EDIFICAÇÕES 56


7.2.1. MAPA DO GA BAR ITO D AS ED IFIC AÇ ÕES

57


58


Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

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7 . 2 . 2 . D I A G N Ó S T I C OS D O G A B A R ITO D AS E D IF IC A Ç ÕE S . De acordo com ás an ális es e pes quis a de campo, re alizada s n a região do terren o em e stu do, ex pre ssas no Mapa de GABARITO DAS EDIFICAÇÕES e no levan tamen to fotográfico da áre a e m qu e stão, foi pos s ível obs ervar que: • Ao lado s ul da avenida Pres iden te Ju sce lino Ku bistche k, há um gabarito mis to, pre dominante me nte vertical , com edificações de 1 a 5 pavime ntos e sua maioria com edificações com acima de 10 pavimen tos ; • Ao lado norte da avenida Pres iden te Ju sce lino Ku bistchek, há um gabarito pre dominante me nte h orizon tal , com edificação de 1 a 2 pavime ntos, e poucas edificação de 3 a 5 pavime ntos; • O Plano Diretor da Cidade de São Paul o (2 014 ) prevê para o terren o es colhido uma taxa de ocu pação de 0 , 7, em que a edificação n ão possa ultrapassar 28 metros de al tura;

60


7 . 2 . 3 . D I R E T R I Z E S D O G A B A R ITO D AS E D IF IC A Ç ÕE S . De acordo com os dados apres en tados n o Diagnóstico do Gabarito das Edificações , s erão propostas as se guinte s diretrizes projetuais : • N o te rre no de in terven ção, e n as qu adras ao se u e ntorno, prever a fl exibilização de Le i atu al para a con s trução de edificações de até 5 0 metros de altu ra, conforme já acon tece ao lado sul da ave nida Pres iden te J us celin o Ku bistche k ;

61


7.3.

S I S T E M A V I Á R IO 62


7.3.1. MAPA D O S IS TEMA VIÁR IO

63


64


Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

Fonte: FALCテグ (2017)

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7 . 3 . 2 . D I A G N Ó S T I C OS D O S IS T E MA V IÁ R IO. De acordo com ás an ális es e pes quis a de campo, re alizada s n a região do terren o em e stu do, ex pre ssas no Mapa de SISTEMA VI ÁRIO e no levantame nto fotográfico da área em qu e stão, foi possíve l obs ervar que: • A ave nida Pres iden te J us celin o Kubis tch ek, qu e liga a re gião à margin al do Rio Pinh eiros , e às principais vias que s e con ec tam ao cen tro; • A ave nida Ch edid J afet é uma via coletora, qu e corta o bairro do I taim Bibi; • O te rre no e s tá próximo às prin cipais vias do bairro, tais como a avenida Brigadeiro Faria Lima, ave nida Cidade J ardim, en tre outras ; • O te rre no e s tá próximo às prin cipais vias qu e cone ctam a re gião à zon a cen tral da cidade, tais como a ave nida Nove de J ulh o, e a avenida Marginal Pinhe iros, es ta úl tima caracterizada com via ex pre ssa; • As ru as do bairro s ão bas tan te arborizadas e su as cal çadas es tão em bom e stado; • H á u ma rede de mobilidade urban a complexa, no e ntorno da área de in terven ção; • H á ao me nos 3 pon tos de táxi n o en torn o para ate nde r a re giã o;

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• Há p o nto s d e ô ni b us b e m p ró x im o s a o terren o de in t e rve nçã o ; • Existê nci a d o t úne l Pre s id e nto J a ni o Q uadros que li g a a re g i ã o a o b a irro M o rum bi ; • Trech o d a a ve nid a Pre s id e nt e J us ce lino Kubis tch ek s e m fluxo d e ve í cul o s , e d e s vi o acon tecen do p e l a rua Profe s s o r Ge ra ld o Ata li b a ; • In ten s o fluxo d e ve í cul o s no e nto rno d o terren o; • Cal ça d a e l eva d a ex i s t e nt e d o o ut ro l a d o da avenida Pre s id e nt e J us ce lino Kubi s tch e k; • Pas sa re l a d e p e d e s t re s p ró x im o a o terren o. • Exis tê nci a d e ci cl ovi a s na re g i ã o a o en torn o do t e rre no , na rua H e nri q ue Ch a mm a , avenida Ch ed id J a fet e Pa rq ue d o Povo .


7 . 3 . 3 . D I R E T R I Z E S D O S IS T E MA V IÁ R IO. De acordo com os dados apres en tados n o Diagnóstico do Siste ma Viário, s erão propos tas as se guinte s diretrize s p rojetuais : • Ampliação das cicl ovias exis ten tes , criando u ma alça na avenida Pres iden te J us celin o Ku bistche k , qu e pode rá s er es ten dida até o Parqu e Ibirapu e ra e adian te. • Adicionar u m pon to de táxi em fren te ao te rre no de inte rven ção, n a rua Henrique Chamma; • Apropriação do trech o s em fluxo de ve ículos da ave nida Pres iden te J us celin o Ku bistche k para criação de parque el evado; • Projeto de arborização ao l on go da ave nida Pre side nte Ju scelin o Kubis tch ek.

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A áre a e scolhida (I MAGEM 36) , para implantar o projeto do Hotel D es ign , pos s ui aprox imadame nte 10 mil metros quadrados , e es tá localizada, se gu ndo o PLANO DIRETO R (2014) , nu ma Zona Mista de In teres s e Social (ZMIS) .

conforme a Zo na ci ta d a .

TA B E L A 7: PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO DA ÁREA DE INT E R V E NÇ Ã O.

I M A G E M 3 6 : F R A G M E N TO D O MA PA D E Z ONE A ME NTO – L E I 1 6 . 4 0 2 / 1 6 , D A C I D A D E D E S Ã O PA U LO. Fo nte: Ela bora do p or FALCÃO ( 2017), com base em Quad ro Pa râ m etros de o cup ação d a Lei 6.402/16.

A TABELA 8 , m o s t ra o Co efi ci e nt e d e Aproveitamento e Ta xa d e Ocup a çã o , a p li ca d o s n o terren o de int e rve nçã o co nfo rm e a á re a to ta l .

TA B E L A 8: C A E TO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.

Fo nte: Ela bora do p or FALCÃO ( 2017), com base em Quad ro Pa râ m etros de o cup ação d a Lei 6.402/16.

Fo n t e : El a b o ra d o p o r FALC Ã O (2 017 ) , co m ba s e em Ma pa de Zo n e a m e n to - Le i 6 . 4 02 / 16 .

A TABELA 7 , mos tra o Coeficien te de Aprove itame nto, Taxa de O cupação e demais dados pe rtine nte s, s obre o terren o definido,

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A ativ id a d e h o t e l e ira é p e rmi t id a num a ZMIS, de acord o co m a Le i 16 . 4 02 / 16 , d o PLANO DIRETO R (2014 ) .


69


70


8. ESTUDOS DE CASO


72


8. ESTUDO S DE CASO 8 . 1 . H O T E L S I L K E N P UE R TA A MÉ R IC A •

Arquitetura: Zaha Haddid, Norman Foster,

Jean Nouveu e outros. •

Localização: Madri, Espanha.

Área: 34.000m²

Ano: 2005

8.1.1. INTRODUÇÃO O projeto do H otel SIlken Puerta América (IMAGEM 37 ), e m Ma dri, reuniu dezen ove dos me lhore s e stú dios de a rquitetura e des ign ers do mu ndo de treze nacionalidades diferen tes (uol . com. br, 2 0 0 5 ). Participam do projeto n omes de nível mu ndial como Javie r M aris cal e Fern an do Sal as , N orman Foste r, Je an Nouvel , Teres a Sapey , J oh n Pawson, Marc N ewson, Ch ris tian Liaigre, Zah a H adid, David Chippe rfield, Victorio & Luchin o, Ron Arad, Kathryn Findlay, Rih ard Gluckman , Arata Isozak i e Plasma Stu dio. O pais ajis mo por con ta de H arriet Bou rne e Jon ath an Bell . Arn old Ch an , de Isometrix Lighting and D es ign , s e en carregou de toda a ilu minação do h otel . Também s e e ncontra a participação de O s car Niemeyer em u ma e scultu ra de se nhada es pecialmen te para o hote l. Com 14 andares , cada uma das pl an tas

propõe um con ce i to d i fe re nt e d e q ua rto s . To d o s jogam com dife re nt e s m a t e ri a i s , co re s e fo rm a s para criar es p a ço s q ue re úne m o m e lh o r d o des enh o e da a rq ui t et ura d e va ng ua rd a , o nd e a criatividade e a li b e rd a d e no d e s e nvo l vim e nto d e cada um dos esp a ço s m a rca m a o b ra ( wo rd p re s s . com, 2012) . O projeto p a rt e d a ca d e i a h o t e l e ira Silke n de criar um ho t e l úni co q ue re úna d i fe re nt e s modos de ver a a rq ui t et ura , o d e s e nh o e a a rt e . As s im, o Puerta A m é ri ca é um h o t e l 5 e s t re l a s , e m que a qualidad e d o s e rvi ço , a t e nçã o a o cli e nt e , s el eta gas tron omi a e s tã o p re s e nt e s , s e to rna nd o o único edifício no m und o q ue t e m 4 p ré mi o s Pritz ker11 (word p re s s . co m , 2 012 ) .

11 O Pré mi o Pr i t z ke r de arq ui t et ura é o re co nh e cim e nto m ai s im p o r tant e no cam p o da arq ui t et ura , dado anualm e nt e p e la fundação am e r i cana H yat t ( Wi k ip e di a, 2017) .

IMA G E M 37: FA C H ADA HOTEL SILKEN PUERTA AMÉRICA

Fo nte: Archda ily, 2 014.

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8.1.2. DESIGN

IMA G E M 39: QU ARTO DE ZAHA HADID.

No hall fu tu r is ta do an dar de Kath ry n Findley (IMAGEM 38) , as paredes de aço es tão che ias bu racos qu e s e torn am col oridos com a passage m do vis itan te, imitan do a cor de su a rou pa e acompanh an do os movimen tos do hóspe de . Tu do é bran co em outro ambien te, ao qu al se che ga através de portas imacul adas , que le mbram as de u ma nave es pacial . O britânico Ron Arad criou qu artos ovais com camas redon das , qu e se pe rcorre m ao l on go de um módul o cen tral cu rvo, passando do quarto para o banh eiro s em sair do me smo e spaço (uol .com.br, 2005) .

I M A G E M 3 8 : H A L L D E K ATH R YN F IN D L E Y. Fo nte: Archda ily, 2014.

Fo n t e : A rchd a ily , 2 014 .

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A iraq ui a na Za h a H a d id , e m s e u a nd a r, fun diu móveis e ca m a s e m um a s ó p e ça d e fo rm a s on dul adas , p reta o u b ra nca , d e p e nd e nd o d o quarto (I MAGEM 39 ) , fo rm a nd o um e s p a ço q ue s e des taca pe l a fluid ez e jo g o d e linh a s s inuo s a s . O arquiteto ja p o nê s A ra ta I s oza ki b us co u a s erenidade refina d a d o e s p a ço int e rno ja p o nê s : cortin as , pare d e s e ca m a s ã o p reto s , b e m co m o a “pol tron a M a ril yn” , q ue re cri a o m ovim e nto on dul an te da a t riz ( uo l . co m . b r, 2 005 ) .


N o pavime nto criado pel a Pl as ma Studio, as pare de s do corre dor (I MAGEM 40) foram pu xadas ao longo de s eus eixos , en quan to as portas de e ntrada p roduz iram res is tên cia. A se ção do corre dor é modul ada em l argura e altu ra para alte rnar rit micamen te en tre o men or e o maior tamanho po s s ível . Al ém dis s o, o pis o move -se para cima e para baixo como uma s érie de rampas, induzindo s utilmen te o ritmo das condiçõe s normativas por trás da s uperfície como u ma ex pe riê ncia fis iológica. Al ém dis s o, u ma malha te sse lada d e cos turas de luz LED foi introduzida para produz ir um gradien te de cor. De ssa forma cada se ção do corredor tem cor ú nica matiz e caráte r (d ivis are.com, 2008) .

I M A G E M 4 0 : C O R R E D O R D E P L AS MA S T U D IO.

8. 1. 3. C ONCLUSÃO A partir d a a ná li s e d o p ro jeto , H o t e l Silke n Puerto América , p ret e nd e - s e p a ra a p ro p o s ta des te trabalh o, a d o ta r o m e s m o p a rt id o d e des ign e in ovaçã o , p a ra cri a r e s p a ço s hí b rid o s e fluídos difere nt e s p a ra ca d a p a vim e nto , a s s im oferecen do uma nova ex p e ri ê nci a a o s hó s p e d e s a cada n ova es ta d i a . O p ro jeto , p o ré m , p o s s ui al gun s pon tos q ue p o d e ri a m s e r m e lh o re s , p a ra a el aboração d o d e s i g n ut iliza d o no refe re nt e h otel , muitas veze s s e a bd i ca d a f unci o na lid a d e da arquitetura e o p e ra çã o h o t e l e ira , g e ra nd o as s im, al gun s co nfli to s . D e s s a fo rm a t ra b a lh a r n um des ign que s e una a f unci o na lid a d e é a propos ta para o p ro jeto a s e r d e s e nvo l vid o .

Fo n t e : A rchd a ily , 2 014 .

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8 . 2 . H O T E L A M E R IC A NO •

Arquitetura: TEN Arquitectos.

Localização: Nova York, Estados Unidos.

Área: 3.345m²

Ano: 2008

IMA G E M 41: FA CHADA HOTEL AMERICANO.

8 . 2 . 1 . I N T R O D U Ç ÃO A rede mexicana de hotéis Habita inaugurou, e m sete mbro de 2 011 , o Hotel American o, em Nova York , localizado no bairro de Ch el s ea, famos o pe las gale rias de arte. (SAO ROMAO , 2011) . Com 5 6 qu artos, a s prin cipais caracterís ticas do e difício são a fach ada de malh a metálica, qu e se rve para bloquear o s om da rua, e s eu e levador ex te rior pa n orâmico, n uma colun a de vidro de sde o re sta uran te n o nível de aces s o até a cobe rtu ra que pos s ui uma pis cin a, um bar e u m jardim que equilibra o con creto com as su pe rfície s da ág ua, vegetação e vis tas da cidade (DESIGNH OTELS, 2017) .

8 . 2 . 2 . S E TO R I Z A Ç Ã O E C OMPA R T IME N TA Ç Ã O O projeto, do Hotel American o, pos s ui uma setorização bastante comum, quan do s e trata de sse tipo de hote l. O s níveis 1 e da cobertura são ocu pados pe las áreas s ociais do h otel , tais 76

Fo nte: Archda ily, 2014.


como o lobby, re stau ran tes e bares , al ém de possuíre m ambie nte s pouco compartimen tados , contribuindo com o flu xo maior de pes s oas , que circulam ne sse s e spaços . En quan to, os demais pavime ntos são de dicados aos apartamen tos e às áre as de se rviços , que exigem uma compartime ntação maior, afim de aten der os ambie nte s ne ce ssários para o fun cion amen to do hote l, assim como a privacidade dos hós pedes . A IMAGEM 42 e a I MAGEM 43, ex e mplificam a setorização en con trada n o projeto do H ote l Ame ricano, a partir do nível 1, e dos níve is 3 a 9 , re spe ctiva men te.

8.2.3. CONCLUSÃO A partir da anális e do projeto, Hotel Ame ricano, prete nde -se para a propos ta des te trabalho, adotar a me s ma dis tribuição de us os , e mpre gados nos níve is 1 e da cobertura, das áre as pú blicas e sociais , ao projeto do Hotel De sign. Poré m, evitando mes cl ar os ambien tes privados dos pú blicos, para man ter uma melh or setorização do hote l, al go que n ão foi bem ex plorado no projeto d o Hotel American o, des s a forma me lhorando, igu a lmen te, o fluxograma, ao distribuir me lhor as ins tal ações n o h otel a s er proposto.

IMA G E M 42: S E TORIZAÇÃO PLANTA NÍVEL 1 .

Fo nte: Ela ba ra do por FALCÃO ( 2017), com base em Archd ail y (2 014 ) .

IMA G E M 43: S E TORIZAÇÃO PLANTA NÍVEIS 3 -9 .

Fo nte: Ela ba ra do por FALCÃO ( 2017), com base em Archd ail y (2 014 ) .

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8 . 3 . T H E C L I C K C LA C K H OT E L •

Arquitetura: Plan B Arquitectos.

Localização: Bogotá, Colômbia.

Área: 4.500m²

Ano: 2012.

IMA G E M 44: FA CHADA THE CLICK CLACK HOTEL.

8 . 3 . 1 . I N T R O D U Ç ÃO O Click Clack Hotel é configurado por um e difício assimé trico, em meio ao cen tro comercial de Bogotá. A volu m etria geral , al tura, l argura, re cu os e distribuiçã o do programa con s tituem algu ns dos aspe ctos fís icos , que a prefeitura re gula de mane ira e strita n es ta zon a de Bogotá. (Archdaily, 2 014 ). A edificação é compre en dida como o e mpilhame nto de pequen os dormitórios articulados por u ma circul ação cen tral . O h otel , com su as ge ne rosas aberturas e poten te us o das cobe rtu ras, faz reverên cia à pais agem de Bogotá, e m qu e a cidade de tijol os , s e es palh a por u ma planície ao p é de mon tanh as . Em metade dos qu artos, a vista é deixada livre com o us o de painé is de vidro pis o-teto; n a outra metade, as chapas metálicas perfuradas permitem e ntreve r fragme ntos da cidade. A s obrepos ição é inte re ssante : mapa e território s ão capturados e m u ma só visada (AU, 2014) . Fo nte: Archda ily, 2014.

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8 . 3 . 2 . FA C H A D A E VO L U ME T R IA O Click Clack Hotel apres en ta quatro fachadas abe rtas devid o aos recuos l aterais , as fachadas maiore s retrocedem para permitir uma pe le du pla de metal e vidro. A fach ada prin cipal se articula com a vida urban a e pos s ui 1,5 m e m balanço, como as normas permitem. En quan to balanços de 1 , 5 m av an çam s obre a fren te do hote l, ampliando qu artos e crian do es paços de e star comu ns, a ve daçã o das fach adas retrocede

I M A G E M 4 5 : V I S TA F R O N TA L T H E C L IC K C L A C K H OT E L .

para dar luga r a um a s e g und a p e l e m etá li ca que repres en ta a t ra m a urb a na d a cid a d e . A pel e metálica fo i d e s e nh a d a e m co njunto com o des ign e r g rá fi co J ua n D a vid Di ez, q ue propôs repres enta r a t ra m a urb a na d e B o g o tá . As peças s ão co m p o s ta s p o r ch a p a s m etá li ca s dobradas n as b o rd a s , e a co p l a d a s a t rilh o s metálicos vertica i s , co m a ca b a m e nto fe i to co m tin ta à bas e de p o li ureta no , na co r a zul - e s curo . Cada quadrant e p o s s ui um d e s e nh o d i fe re nt e , forman do um que b ra - ca b e ça ( AU , 2 014 ) .

8. 3. 3. C ONCLUSÃO A partir d a a ná li s e d o p ro jeto , Cli ck Cl ack Hotel , pret e nd e - s e p a ra a p ro p o s ta d e s t e trabalh o, adota r o m e s m o p a rt id o d e i s o l a m e nto acús tico, para evi ta r o s ruí d o s d a rua , já q ue o terren o de int e rve nçã o p ro p o s to , e nco nt ra s e em meio a u m a á re a urb a na m ovim e nta d a e com muitas in terfe rê nci a s ex t e rna s . A vo lum et ri a , pres en te n a fa ch a d a d o h o t e l , p o s s ui um con tras te de m ovim e nto , e d e ch e i o s e va zi o s , com a mes cl a d e p a no s d e vid ro li s o s , junto co m a malh a metálica . Es s e co ns t ra t e é int e re s s a nt e n o pon to de vis ta a rq ui t etô ni co e e s té t i co , a s s im s erá utilizado n o p ro jeto a s e r e l a b o ra d o .

Fo n t e : A rchd a ily , 2 014 .

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9. VISITAS TÉCNICAS


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9. V I SI TAS TÉCN ICAS 9 . 1 . H O T E L W Z J A R D INS 9.1.1. INTRODUÇÃO O WZ H ote l J ardin s é um h otel de proprie dade do Gru po W Zarz ur, que as s umiu a administração e m 2 013. Localiza-s e n a avenida Re bou ças, e ntre a ru a O s car Freire e al ameda Lore na. O e difício con s truído n a década de 1970 , abrigava o Loren a Hotel , e pas s ou por u m completo retrofit e s trutural , para receber as instalaçõe s do hote l. O h otel pos s ui 26 an dares , e m qu e são distribuídas as áreas públicas e sociais, hospe dage m, a dminis trativa e técnicas . O pú blico qu e frequen ta o h otel é o tu rista e mpre sarial, o turis ta de even tos e o tu rista de laze r. O diferen cial do h otel es tá n a su a localização pe rante a Cidade de São Paul o, alé m de su a fachada in terativa e in ovadora, e o se rviço pre stado aos hós pedes . O período baixo de vacância do hotel , é duran te as fes tas de fim de ano e o Carn aval . Porém, n os úl timos anos e sse ce nário ve m mudan do, n o Carn aval de 2 017 , por ex e mplo, o h otel teve uma gran de de manda de hóspe de s.

9. 1. 2. P R OGRAMA DE NECESSIDADES O l obby d o h o t e l ( I M AGEM 47 ) t e m acabamen to em m á rm o re b ra nco , g ra ni to D e l Mare em verde, m ó ve i s a s s ina d o s p o r d e s i g ne rs ren omados e t eto co m fo rm a s g e o m é t ri ca s . É configurado po r um l o ung e co m m o bili á ri o d e des ign con tem p o râ ne o s , um b a r co m á re a d e mes as n a área ex t e rna , um ca fé co m o q ui o s q ue , um res tauran te a m p l o , um s a l ã o g o urm et e a recepção. Ain d a , s o b re a s á re a s p úbli ca s e s ociais , o h ote l d i s p õ e d e um fi t ne s s ce nt e r e , n a cobertura, um s a l ã o d e fe s ta s e eve nto s co m vis ta pan orâmica p a ra a cid a d e . O WZ H o t e l J a rd ins co nta co m 32 0 apartamen tos , d i s t ri b uí d o s e nt re o 2 º e o 25 º an dares , n as ca t e g o ri a s Ex e cut i vo e Luxo . Os 200 apartamen to s t ip o Ex e cut i vo , p o s s ue m 18m ² e s ão s omen te ind i vid ua i s . Os 12 0 a p a rta m e nto s tipo Luxo pos s uem 38 m ² , p o d e m s e r co nfi g ura d o s como dupl os , tr ip l o s o u ind i vid ua i s . A d e co ra çã o de ambos os q ua rto s nã o s e d i fe re , o q ue diferen cia os d o i s q ua rto s , a l é m d a s d im e ns õ e s , é o s erviço d e q ua rto d i fe re nci a d o , q ue é oferecido à cat e g o ri a Luxo . A área de eventos possui 585 m² distribuídos em 8 s al as equip a d a s e m o d ul a d a s ( I M AGEM 4 8 ) , 83


I M A G E M 4 6 : FA C H A D A H OT E L WZ J A R D INS .

Fo n t e : A n d ré Klo t z , 2 015 .

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I M A G E M 4 7 : LO B B Y H O T E L W Z J A R D IN S .

Fo n t e : w w w. v i t r in et u r i sm o . co m . br (2 016 )

com capacidade para , aproximadamen te, 280 pe ssoas e u m au ditório de 78m², com capacidade para, aprox imadame nte, 70 pes s oas . Pos s ui um foye r, e m qu e , aconte ce o coffebreak, e ain da áre as de apoio de de pós itos e man uten ção, al ém, de u ma cozinha de ba n quetes , que tem ligação direta com a cozinha prin cipal . A deman da de eve ntos no hote l é al ta, prin cipalmen te, n os se gme ntos co orporativo e médico. A áre a administrativa do Hotel WZ, é composta pe lo De partamen to Pes s oal , com 3 pe ssoas; De partam en to Fin an ceiro, com 5 fu ncionários; De parta men to de Informática, com 2 pe ssoas; De partamen to Comercial , com

13 executivos e 1 g e re nt e ; D e p a rta m e nto d e Res ervas , com 6 f unci o ná ri o s e D e p a rta m e nto de Man uten ção , co m 9 f unci o ná ri o s . Al é m d i s s o , al gun s s erviços a d mini s t ra t i vo s s ã o t e rce iriza d o s , tais como jurídico , co nta bilid a d e , t e l efo ni a , a p o i o a informática e o b ra s . Em rel açã o a s á re a s té cni ca s , o H o t e l WZ pos s ui uma cozinh a p rincip a l , q ue é d i vid id a e m 4 áreas : área d a l a va g e m , á re a d a d o ce ri a , área do quen te e a á re a d a s a l a d a . A cozinh a aten de o res taura nt e p rincip a l e o ro o m s e rvi ce . Al ém do mais , o h o t e l a ind a co nta co m a cozinh a do refeitório e um a cozinh a ind e p e nd e nt e d o res tauran te n o t e rra ço . O h otel p o s s ui um a l a va nd e ri a int e rna ,

IMA G E M 48: S A L AS MODULARES HOTEL WZ JARDINS.

Fo nte: www.g uia do tur i smobrasil .com ( 2017)

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qu e ate nde as rou pa s dos hós pedes e peças de pe qu e nas, ainda, há um s erviço de l avan deria te rce irizada, qu e é res pon s ável pel a l avagem de pe ças grande s. A l avan deria in tern a, pos s ui u m de pósito de armazen agem, que é dis tribuído para as rou parias dos an dares . Áre a de carg a e des carga l ocaliza-s e se parada do e stacion amen to, fun cion a n o h orário come rcial, re spe itando o almoxarifado, a partir das 7h às 16 h, as mercadorias s ão en tregues com horário age ndado. O lixo é recolhido todas as manhãs, e su a con tagem é realizada através dos sacos, també m, há uma col eta s el etiva do lixo re cicláve l. A áre a e m que s e l ocaliza o gerador é grande , o me smo é alimen tado por combus tível , qu e abaste ce o e d ifico in teiro por mais de 24 horas. O re se rvatório de água é um poço arte siano, qu e ate nde 95% do h otel , com 150 metros de profu ndidade e a qualidade da água é te stada de 3 e m 3 mes es . O h otel n ão pos s ui u m siste ma de re ap roveitamen to de água, por conta da e stru tu ra a n tiga do edifico. O hote l não dis põe de um ambul atório ou e nfe rmaria, qu alq uer aciden te que acon teça, a vítima é e ncaminhada para o h os pital mais próx imo, poré m a equipe de bombeiros e 86

brigadis tas s ã o a uto riza d o s a p re s ta re m o s s erviços de p rim e iro s s o co rro s . Ain da e m o b ra s , o s f unci o ná ri o s e nco nt ra m dificuldades na circul a çã o d o h o t e l , p o ré m , a previs ão é d e q ue a té o fina l d e 2 017 , o h o t e l es teja com sua s o b ra s fina liza d a s . A I M AGEM 49 mos tra a s eto riza çã o d o h o t e l , d a s á re a s d e h os pedagem , p úbli ca s e s o ci a i s , a d mini s t ra t i va s e técnicas , at ra vé s d e um co rt e e s q ue m á t i co .

IMA G E M 49: C O RTE ESQUEMÁTICO SETORIZADO HOTEL W Z J A R D IN S .

Fo nte: FALC Ã O (2017)


9 . 1 . 3 . FA C H A D A I N T ER AT IVA E M L E D

IMA G E M 50: FA C H ADA INTERATIVA HOTEL WZ JARDINS.

Um dos dife re nciais do Hotel WZ é s ua fachada inte rativa, qu e foi premiada n a iF D es ign Award 2 017 , a pre mia ção mais importan te do de sign inte rnacional. A empres a con tratada, foi o e stú dio de arquitetura G uto Requen a, qu e transformou a fachada do empre en dimen to e m u ma obra de arte in terativa totalmen te su ste ntáve l. O arquiteto utilizou, em todo o prédio, vidros laminados e refl etivos , que reduzem o calor, e chapas metálicas col oridas que garan tem maior conforto acú stico. A ilumin ação toda em LED diminui se nsive lme nte o con s umo de en ergia. A fachada do edifício oferece dois tipos de inte ração. O primeiro s e dá com o próprio ambie nte ao re agir ao es tímul o de s on s e da qu alidade do ar e m tempo real . J á o s egun do ocorre com as pe ssoas que circul am pel a região por me io de aplicativo s em s eus s martph on es . A partir de le qu alqu e r pes s oa pode fazer des enh os ou falar com a fachada. Es s es des enh os ou s on s são transformados e m padrões gráficos impres s os na fachada, dando a el a cores em movimen to.

Fo nte: www.g uia do tur i smobrasil .com ( 2017)

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9.1.4. CONCLUSÃO O WZ H ote l torn ou-s e referên cia n a Cidade de São Paulo, atravé s de s ua fach ada, os s erviços ofe re cidos, a setorização e o fluxo, aten de o pú blico para qu e o h otel é des tin ado de forma satisfatória, poré m, a carên cia de áreas s ociais e de laze r, para os hós pedes fazem fal ta, tais como piscinas, sau n as , en tre outras atividades re cre ativas. Ape sar de s uas in s tal ações terem u m de sign e le gante e con temporân eo, as áreas té cnicas e administrativas n ão pos s uem es s e me smo trato. Alé m de es tarem l ocalizadas n o su bsolo do hote l, e ss as áreas es tão em con dições pre cárias e de sfavorecidas , em rel ação ao re stante do hote l. Ess e cen ário es tá previs to para mu dar com a finaliza ção da reforma do h otel , em qu e e ssas áre as fora m deixadas por úl timo. Todavia, pode-s e ver que as áreas de hospe dage m, públicas e s ociais s ão mais importante s para o empre en dimen to do que as áre as té cnicas e adminis trativas , con tudo, es s as ú ltimas, são as re spon s áveis pel o fun cion amen to do hote l como u m todo, e prezar por boas instalaçõe s de se rviço, deveria s er prioridade do e mpre e ndime nto, igualmen te como as demais .

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9.2. HOTEL UNIQUE 9.2.1. INTRODUÇÃO O H ote l Uniqu e , projetado pel o arquiteto Ru y Ohtake , é cons iderado um dos mais importante s hoté is des ign de São Paul o. Es tá localizado na ave nida Brigadeiro Luís An tônio, e m me io à arborizada zon a res iden cial , do bairro dos Jardins, e pos s ui 25 metros de al tura. Su a forma é u m arco invertido que parece es tar su spe nso no ar. Todo o projeto foi feito a partir de sse formato qu e le mb ra um barco e é reves tido por placas de cobre com aberturas circul ares . A face infe rior possui acabamen to em madeira maçarandu ba, e nas pon tas , é s us ten tado por e mpe nas de concreto. O h otel é compos to de 6 pavime ntos e possui 9 6 apartamen tos . Como u m hote l de luxo, pos s ui um público re quintado, qu e bu sca s erviços e in s tal ações dife re nciados e m su a es tadia. Por receber muitos eve ntos, o hote l passou a s er um ícon e n a Cidade de São Paulo, s eja pel a arquitetura ou comodidade s pre stadas.

9. 2. 2. IMP LANTAÇÃO A impl anta çã o d o H o t e l Uni q ue é b e m configurada, os a ce s s o s p a ra a s á re a s d e eve nto s , ao l obby , à cob e rt ura e d e s e rvi ço s s ã o b e m dis tribuídas , s ep a ra d a s e id e nt i fi ca d a s . O re cuo gen eros o em re l a çã o a rua , p ro p o rci o na um a pers pec tiva, ba s ta nt e int e re s s a nt e , a o ní ve l d o pedes tre. O h o t e l p o s s ui , a ind a , um a a m p l a á re a de circul ação d e ca rro s , q ue p e rmi t e m a no b ra s s em ris cos aos hó s p e d e s e a o p úbli co ex t e rno . A s ua frent e e s tá um p o nto d e ô ni b us , q ue pos s ibilita uma im p o rta nt e m ovim e nta çã o urb a na em rel ação a im p o nê nci a d e s ua vo lum et ri a .

IMA G E M 51: IMP L A NTAÇÃO HOTEL UNIQUE.

Fo nte: Ela bo ra do p or FALCÃO ( 2017), com base em w w w. a rcoweb.co m .br (2 002).

89


I M A G E M 5 2 : FA C H A D A H OT E L U N IQU E.

Fo n t e : t hefa shi o nha ll . co m . b r (2 016 )

90


I M A G E M 5 3 : LO B B Y H O T E L U NIQU E.

Fo n t e : w w w. blo g d o lu xo . co m ( 2 010)

Ape sar de ssa movimen tação, a grandiosidade de sua arquitetura inibe a aprox imação do pú blico para s uas in s tal ações , cau sando u ma se gre gação de quem frequen ta o hote l, para qu e m não o frequen ta. O jardim de pe dras ex iste nte e m f ren te ao h otel , con tribui para e ssa se gre gação

9 . 2 . 3 . Á R E AS P Ú B L I C AS E S OC IA IS As áre as pú blicas e s ociais do Hotel Uniqu e , são mais qu e lugares de con templ ação e u so dos hóspe de s, se torn aram, ao l on go dos anos, points da Cidade de São Paul o, receben do eve ntos importante s e tradicion ais , por con ta de su a arquitetu ra e o público de al to padrão que

o frequen ta. No térreo , co m p é d ire i to d up l o e curvo , l ocalizam-s e n o l o b by ( I M AGEM 53 ) , a re ce p çã o , um bar, área de a p o i o , e um g ra nd e l o ung e , e m q ue foi projetada um a p a re d e d e vid ro t ra ns p a re nt e , in tegran do o l o b by d o h o t e l e a rua d a cid a d e . Na recepção, o b a l cã o fo rm a l é s ub s t i t uí d o p o r uma gran de mes a d e a t e nd im e nto . O re s ta nt e d o l obby é compos to p o r t rê s á re a s d e e s ta r, co m móveis de des i g n t ra d i ci o na l e s ofi s t i ca d o , um pequen o bar, m a s co m um a g ra nd e ca rt e l a d e bebidas , al ém d e um m eza nino , e m q ue a co nt e ce al gun s even tos p e q ue no s . A b e rto a o p úbli co , o l obby n ão é freq ue nta d o s o m e nt e p o r hó s p e d e s do h otel , mas ta m b é m , p o r um p e s s o a l d e eve nto s e empres arial . É a t ra vé s d o l o b by, i g ua lm e nt e , que s e tem ace s s o a s á re a s d e eve nto s e d e h os pedagem.

IMA G E M 54: C R OQUI COBERTURA HOTEL UNIQUE.

Fo nte: Ela bo ra do por FALCÃO ( 2017).

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Na cobe rtu ra do h otel (I MAGEM 54) , e ncontra-se u m salã o de fes tas , em que s ão re alizados eve ntos, um res tauran te, um bar e o te rraço com a piscin a e uma área de es tar. O re stau rante possui a coz inh a de fin alização abe rta aos clie nte s. O terraço do Hotel Unique, é configu rado por uma pis cin a reves tida com pastilhas ve rme lhas e um deck de madeira com algu mas me sas, poss ui o fech amen to em vidro e u ma vista panorâmica para a cidade. Na cobe rtu ra, e ncontra-s e, por fim, um mezanin o, qu e dispõe s os ve stiários e banh eiros .

I M A G E M 5 5 : T E R R A Ç O H O T E L U N IQU E.

Fo n t e : w w w. g ui a d a se m a n a . com .br (2 016 ) .

92

9. 2. 4. CONCLUSÃO O Hot e l Uni q ue p o s s ui um p a p e l m ui to importan te p a ra S ã o Pa ul o , to rna nd o - s e um d o s cartões pos ta i s d a cid a d e . Al é m d e s ua a rq ui t et ura icônica, em q ue o s int e ri o re s s e co m p l e m e nta m com o exterio r. A s á re a s p úbli ca s e s o ci a i s s ã o o referen cial d o h o t e l e o a jud a m a cum p rir e s s e papel de ícone , p o ré m refl et e a im a g e m d e q ue n ão é uma arq ui t et ura p a ra to d o s . O l obby, a p e s a r d e p o s s uir um a ilumina çã o pon tual e int imi s ta , junto co m s ua co nfi g ura çã o bem dis tribuí d a , refl et e um a f ri eza e um to m


intimidador ao ambie n te. A cobertura, obtém u ma importância mais p el o nível s ocial do h otel e pe la arquitetu ra, do que pel a configuração do e spaço e m si. A áre a d e mes as do res tauran te é e stre ita, e a áre a de e star do bar n ão comporta o nú me ro de pe ssoas qu e o frequen tam, caus an do u m e strangulame nto d e pes s oas n o aces s o ao de ck . A piscina dispõe s de uma fun ção es tética de e spe lho d’ águ a, e m vez de convidativa para o me rgulho. Alé m do m ais os es paços n ão s ão ace ssíve is por pe ssoas PNE. Contu do, é poss ível con cluir que, embora a grandiosidade de sua arquitetura, o Hotel Uniqu e é propositalme n te uma arquitetura para todos. O ponto a se r tratado n es s e Trabalh o Final de Gradu ação, é que uma arquitetura impone nte e u m projeto para um público al vo de alto padrão, não se gregue pes s oas , mas tenh a se u u so compartilhado.

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10. REFERÊNCIAS PROJETUAIS


10. REFERÊN CIAS P RO J E T U AI S I M A G E M 5 6 : C O N J U N TO H A B ITA C ION A L , F R A N Ç A .

IMA G E M 58: ME MBRANAS PARA FACHADAS MICROCLÍMATICAS S OLT IS

Fo nte: Archda ily ( 2017).

Fo n t e : H o m et e ka ( 2 014 ).

VOLUMETR IA CURVA E O RG ÂNICA Conju nto H abitacional ,ECDM Architec tes – Paris, França.

- VEDAÇ ÃO E MOVI M ENTO NA FACH ADA Membran as Soltis FT p a ra fa ch a d a s microclimática s | S e rg e Fe rra ri

IMA G E M 59: KA RRLILJAN RESIDENTIAL BUILDING

I M A G E M 5 7 : T R O I A D E S I GN H OT E L , P OR T U G A L

Fo n t e : w w w. ho t e l o p i a . p t ( 2 016 ) .

ILUMINAÇÃO E INTERAÇ ÃO DA FACHADA Troia De sign H ote l, Grupo Amorim Turis mo Carvalhal Grândola, Porgugal . 96

Fo nte: www.s erg i omereces.com ( 2017).

- MATERI ALIDADE E MOV I M ENTO Karrliljan Resid e nt i a l B uild ing , S e rg i o M e re ce s .


I M A G E M 6 0 : I M P L A N TA Ç Ã O ME MOR IA L A MÉ R IC A L AT INA , S Ã O PA U LO

IMA G E M 62: IMP L A NTAÇÃO PRAÇA VICTOR CIVITA, SÃO PAULO

Fo n t e : w w w. wo rd p re ss. co m ( 2 010) .

- DISPOSIÇÃO DA IMPLANTAÇ ÃO Me morial da Ame rica Latin a, O s car Niemeyer. São Paulo, Brasil

I M A G E M 6 1 : M U S E U D E A R T E D O R IO D E J A N E IR O, R J .

Fonte: Archda ily (2 011)

- MATERI ALIDADE I M PLANTAÇ Ã O Praça Vic tor Ci vi ta , Levi s ky A rq ui t eto s e A nna J ulia Dietz s ch , Sã o Pa ul o , B ra s il

IMA G E M 63: PAV IMENTO TIPO HOTEL UNIQUE, SÃO PAULO

Fo n t e : w w w. wo rd p re ss. co m ( 2 010) .

- COBERTUR A Mu se u de Arte do R io de J an eiro, Bern ardes + Jacobse n Arquitetu ra, Rio de J an eiro, Bras il .

Fo nte: www.wo rdpress.com ( 2010).

- DISPOSIÇ ÃO QUARTOS E CIR CULAÇ Ã O INTER N A Hotel Unique, Rui Ohta ke , S ã o Pa ul o , B ra s il 97



11. PROGRAMA DE NECESSIDADES E QUADRO DE ÁREAS


10 0


13. QU ADRO DE Á REAS

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12. PROJETO: DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO


12. PRO JETO : DESEN VOLVI M ENTO E EX EC U Ç ÃO 1 2 . 1 . E S T U D O S D E IMP L A NTA Ç Ã O A partir da an ális e do l ocal , vis itas té cnicas, e stu dos de cas o e referên cias , definiuse u m conce ito inicial que deu origem ao programa de ne ce s s idades , quadro de áreas e flu xograma. Diant e des tas definições , foram re alizados e stu dos d a rel ação en tre os bl ocos e su as fu nçõe s. No prime iro e studo de volumetria (I MAGEM 64 ) foram posicionad os dois bl ocos retan gul ares

I M A G E M 6 4 : P R I M E I R O E S TU D O D E VOL U ME T R IA .

Fo n t e : FALCÃ O ( 2 017 )

104

n as fach adas d a rua Profe s s o r Ge ra ld o Ata li b a , es s es bl ocos f unci o na ri a m co m o e d i f í ci o s s ecun dários d e a p o i o a o s e d i f í ci o s d o h o t e l , que foi pos ici o na d o na e s q uina d a rua H e nri q ue Ch ama com a a ve nid a J us ce lino Kubi s tch e k. Ent re os bl ocos fora m p o s i ci o na d a s d ua s p ra ça s q ue s e in terligari a m e nt re o s e d i f í ci o s e co rta ri a m o terren o, fazend o e s s a int e g ra çã o co m o e nto rno . O s ponto s p o s i t i vo s d e s s e e s t ud o , é a criação das p ra ça s ce nt ra i s q ue int e rli g a m o terren o com o s bl o co s e a d i s p o s i çã o d o s bl o co s dos edifícios s e cund á ri o s q ue s e re l a ci o na m co m o en torn o. O s p o nto s ne g a t i vo s é a d i s p o s i çã o d o edifício do ho t e l , q ue b e m na e s q uina d i fi cul ta ri a o aces s o dos ve í cul o s ta nto no s a ce s s o s s o ci a i s , quan to n os a ce s s o s d e s e rvi ço , p o r co nta d o fluxo que n ã o a co nt e ce na a ve nid a J us ce lino Kubis tch ek. No segundo estudo de volumetria (IMAGEM 65) , os bl oco s a ux ili a re s fo ra m p o s i ci o na d o s en tre a avenid a J us ce lino Kubi s tch e k e a rua profes s or G e ra ld o Ata li b a e b e m na e s q uina des s as ruas , fo i p o s i ci o na d o o bl o co d o H o t e l . Na es quin a d a s rua s Profe s s o r Ge ra ld o Ata li b a e Henrique Ch a mm a , fo i co l o ca d o um bl o co circul a r, repres en tan d o um p a vilh ã o d e ex p o s i çõ e s . Ent re todos es s es bl o co s fo i co l o ca d o a s p ra ça s d e


I M A G E M 6 5 : S E G U N D O E S T U D O D E VOL U ME T R IA .

an teriores . As s im , ne s s e e s t ud o d e vo lum et ri a há os edifícios n a fa ch a d a d a rua Profe s s o r Ge ra ld o Ataliba com um a co b e rt ura int e g ra nd o o s d o i s bl ocos , o edifíci o d o H o t e l fo i p o s i ci o na d o no cen tro da rua H e nri q ue Ch a mm a , a s s im li b e ra nd o a fach ada da a ve nid a J us ce lino Kubi s tch e k. A s praças in terliga nd o o s e d i f í ci o s e fa ze nd o um a in tegração do Pa rq ue d o Povo co m o t e rre no , pode s er es te nd id o p a ra a a ve nid a J us ce lino Kubis tch ek, já q ue nã o há fluxo d e ca rro s ne s s e trech o em que e s tá l o ca liza d o o t e rre no .

IMA G E M 66: T E R C E IRO ESTUDO DE VOLUMETRIA. Fo n t e : FALCÃ O ( 2 017 )

inte gração de sse comp l exo. Os pontos pos itivos s ão a praça de inte gração dos blocos e o pos icion amen to do bloco para se r o pavilh ão in tegrado com o Parqu e do Povo. Os pon tos n egativos s ão os posicioname ntos dos res tan tes dos edifícios , em qu e implicaria nu m fluxo n a avenida J us celin o Ku bistche k , qu e atu almen te n ão exis te. O te rce iro e stu d o de volumetria, foi uma combinação dos aspe ctos pos itivos do primeiro e do se gu ndo caso, e res ul tado da s olução dos pontos ne gativos apres en tados n as s ituações

Fo nte: FALC Ã O (2 017)

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1 2 . 2 . PA R T I D O A R QU IT E T ÔNIC O O partido a rquitetônico des te projeto, se dá a partir da criação de três bl ocos que se inte rligam atrav és de uma praça cen tral , conforme aconte ce n o projeto do Memorial da Amé rica Latina, do O s car Niemeyer, as s im, formando u m e spaço híbrido e mul tifun cion al , abe rto para a cidad e A praça se rá uma exten s ão do Parque do Povo e convidará as pes s oas a en trarem n o te rre no, e se e ste nderá até a avenida J us celin o Ku bistche k , onde não há fluxo de carros n o trech o e m qu e e stá localizado o terren o. A praça con tará com árvore s, de mé d io porte, que fl ores cem em dife re nte s é pocas d o an o, para s empre h aver árvore s floridas no compl exo, al ém dis s o, h averá ce rcas vivas nas ex t remidades do terren o e n as rampas de ve ículos, e palmeiras imperiais n as du as fachadas do Hotel Des ign , a extern a e a inte rna. N a fachada s ul , s erão utilizadas árvores , de grande porte , que s ervirão de barreiras contra os ve ntos e poluição, tan to s on ora, qu anto física. A praça con tará com percurs os e dife re nte s pisos, conforme acon tece n a Praça Victor Civita, e m São Paul o, e uma es cul tura no cante iro ce ntral. Também con tará com um bicicletário, com ap roximadamen te 60 vagas , 10 6

n a rua Henriq ue Ch a mm a , q ue s e rvirá d e a p o i o também ao Pa rq ue d o Povo . O t e rre no a o no rt e do projeto, co nt inua rá s e nd o um e s ta ci o na m e nto , e s ervirá aos vi s i ta nt e s a o co m p l exo p ro p o s to . O s aces s os d e p e d e s t re s a e s s e co m p l exo s e dará por tod a s o s l a d o s d o t e rre no . O edifício do Hotel Design está posicionado n o cen tro da fa ch a d a d a rua H e nri q ue Ch a mm a , facilitan do o fluxo d e ve í cul o s ta nto no s a ce s s o s s ociais , que s e d á p e l a d ire i ta , q ua nto no s a ce s s o s de s erviços , a e s q ue rd a . O bl o co d o H o t e l es tará s obre um a b a s e d e t rê s p a vim e nto s q ue abrigará tod a a á re a d e l a ze r e re cre a çã o d o s hós pedes , as s im co m o a s ins ta l a çõ e s q ue fa ze m o h otel fun ci o na r. No té rre o h a ve rá o l o b by com áreas d e e s ta r, re l a ci o na d a s a o d e s i g n, com aces s o ta nto p a ra a rua H e nri q ue Ch a mm a , quan to para a p ra ça ce nt ra l , p o s s ui um p é d ire i to dupl o que s e d á a o m eza nino , o nd e h a ve rá um ampl o res taura nt e p a ra a t e nd e r o s hó s p e d e s , no s egun do pavim e nto h a ve rá um a á re a d e l a ze r, com academia , s a una , SPA e s o lá ri o . Acim a d e s t e úl timo pavim e nto s e e rg ue rá a to rre d o H o t e l , que abrigará to d a a á re a d e h o s p e d a g e m , co m 60 apartamento s e s uí t e s , a t ra vé s d e m a i s 7 pavimen tos . No t e rra ço h a ve rá um b a r p a ra o s hós pedes , al é m d e um t e rra ço ve rd e co m h o rta


orgânica qu e se rvirá os res tauran tes do compl exo. Para dar movime nto à fach ada, n os pavimen tos da torre do hote l, foi criado um jogo de ch eios e vazios, atravé s dos recuos e avan ços das varandas dos apartam en tos , conforme acon tece no Troia De sign H ote l, em Portugal . Ain da, n os pavime ntos da áre a de h os pedagem, foi adotado u ma circulação orgâni ca n os corredores , para re ce be r ilu minação na tural , as s im dan do uma forma orgânica para os apartamen tos também, conforme aconte ce no Hotel Unique, em São Paulo, projeto de Rui O htake. As fach adas de ste s e difícios se rão reves tidas com fach adas ve ntiladas, nos tons de madeira e mármore branco. Alé m disso, na fach ada oes te, h averá u ma pare de ve rde qu e s e erguerá por toda a e mpe na ce ga, de corre nte da caixa es trutural de e scadas e e levadore s. Es te edifício s e es truturará atravé s de e stru tu ra d e con creto conven cion al , com vãos de 7 , 5 m x 5 m e com l ajes n ervuradas . Os ou tros e difícios es tão pos icion ados n as fachadas da ru a Profes s or G eraldo Ataliba, o bloco posicionado na fach ada l es te da rua, terá a fu nção de eve ntos, em que n o térreo h averá u m re stau rante abe rto ao público, n o pavimen to su pe rior, u m salão modul ar de even tos , e n o te rraço, u m bar e área de con templ ação. O

edifício n a facha d a no rt e d a rua , t e rá a f unçã o de n egócios , e m q ue no té rre o h a ve rá um a área para exp o s i çõ e s t e m p o rá ri a s d e d e s i g n, tecn ol ogia e sus t e nta bilid a d e , no s ub s o l o , um auditório para p a l e s t ra s e a p re s e nta çõ e s , no pavimen to s upe ri o r, um e s p a ço d e cowo rking e um terraço cont e m p l a t i vo , q ue p o d e rá re ce b e r exten s ões das ex p o s i çõ e s q ue o co rre re m no térreo. Es s es d o i s e d i f í ci o s s e rã o e s t rut ura d o s s obre es trutura d e co ncreto co nve nci o na l , co m vãos de 7,5m x 7 ,5 m e co m l a je s ne rvura d a s . En tre os edifício s h a ve rá um a co b e rt ura m etá li ca de treliças esp a ci a i s , co m o d e s e nh o curvo , conforme acon t e ce no p ro jeto d o M us e u d e A rt e do Rio, de Be rna rd e s e J a co b s e n A rq ui t et ura . O s pil ares s ob influê nci a d a co b e rt ura s e rã o mais robus tos , p a ra s up o rta r o s e s fo rço s d a es trutura metáli ca . A s fa ch a d a s d e s t e s e d i f í ci o s s erão reves tida s co m m e m b ra na s p a ra fa ch a d a s microclimáticas , q ue a l é m d e g a ra nt ir o co nfo rto térmico das ed i fi ca çõ e s e s e rvire m d e b ri s e s , garan tem um m ovim e nto o rg â ni co na s fa ch a d a s , que s e rel acion a m co m a fo rm a d o e d i f í ci o d o Hotel Des ign . A ind a , e nt re e s s e s bl o co s , h a ve rá um pequen o qui o s q ue , q ue a b ri g a rá um ca fé e uma área de me s a s , q ue s e int e rli g a rá à p ra ça .

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IMPLANTAÇÃ O NÍV E L C OB E R T U R A

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IMPLANTAÇÃ O NÍV E L T É R R E O



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ED IFÍC IO H OTEL D ES IG N

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PLANTA TÉR R EO

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PLANTA MEZ ANINO



PLANTA 2 PAVIMENTO

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PLANTA TIPO 0 1

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PLANTA TIPO 0 2

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PLANTA C OB ER TU R A

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PLANTA S U B S OLO

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C OR TE A

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C OR TE B

13 0


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ELEVAÇ ÃO FR ONTAL

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ELEVAÇ ÃO POS TER IOR

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ELEVAÇ ÕES LATER AIS

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ED IFÍC IOS S EC U ND ÁR IOS

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PLANTA TÉR R EO ED IFÍC IO NEG ÓC IOS

14 0


141


PLANTA 1 PAVIMENTO ED IFÍC IO NEG ÓC IOS

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PLANTA C OB ER TU R A ED IFÍC IO NEG ÓC IOS

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PLANTA S U B S OLO ED IFÍC IO NEG ÓC IOS

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PLANTA TÉR R EO ED IFÍC IO EVENTOS

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PLANTA 1 PAVIMENTO ED IFÍC IO EVENTOS

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PLANTA C OB ER TU R A ED IFÍC IO EVENTOS

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PLANTA S U B S OLO ED IFÍC IO EVENTOS

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C OR TES D E E ELEVAÇ ÕES F E G

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C OR TE C VIS TA E

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PER S PEC TIVAS

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D ETALH ES C ONS TR U TIVOS

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13. CONCLUSÃO


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13. CO N CLUSÃ O O projeto apre sen tado con s is te em um H ote l De sign, como u m es paço híbrido para o bairro do Itaim Bibi, em São Paul o; o res ul tado alme jado foi obtido com a criação de uma praça qu e inte rliga três edifícios , um prin cipal , qu e é o H ote l De sign e dois s ecun dários , para dar su porte ao hote l, um de even tos e um de ne gócios, re sponde ndo aos prin cipais in teres s es dos tu ristas qu e visitam a cidade de São Paul o. Todavia, inte grando o terren o de in terven ção ao Parqu e do Povo, se e s ten den do até a avenida Ju sce lino Ku bistche k , em que n ão há fluxo de ve ículos no tre cho onde o terren o es tá l ocalizado. E assim, e ntre gar para a cidade um Hotel De sign qu e não se gre ga as , mas é aberto para programas sociais e ao público em geral , através de u m e spaço híbrido que s e in tegra ao s eu e ntorno.

173



13. BIBLIOGRAFIA


13. BI BLI O GRAFI A 13.1. LIVROS E TESES MAGALHÃES, Luciana Paiva de. Hotel design: novos rumos na arquitetura hoteleira ou estratégia de marketing?: o caso de São Paulo. 2006. 125 f. Dissertação (mestrado) Universidade Presbiteria na Mackenzie, São Paulo, 2006. Número de chamada: DM/MACK 728.5 M188h 2006. MELACHOS, Felipe Corres. Transformações na arquitetura hoteleira em São Paulo: hotéis centrais de padrão superior: 1954 a 2004. 2014. 604 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014. ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE; Wilson Edson. Hotel Planejamento e Projeto. São Paulo: SENAC, 2013. DUARTE, Vladir Vieira. Administração de Sistemas Hoteleiros: Conceitos Básicos. São Paulo: Senac, 1996. BERARDI, Maria Helena Petrillo. História dos Bairros de São Paulo: Santo Amaro. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Cultura, 1981. ROCHA, Glauco Belmiro. O Bairro de Moema. Transformação e Verticalização: Causa & Efeito. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Cultura, 2003. OLIVEIRA, Taiana Batista de Melo. O Customer Relationship Management em Hotéis Design da cidade de São Paulo como ferramenta de competitividade organizacional: uma pesquisa exploratória. Niterói: UFF, 2012. 62p. TOLEDO, Vera Lucia Vilhena de; LOPES, Helena de Queiroz Ferreira. História dos Ba irros de São Paulo: Itaim Bibi. São Paulo: Departamento do Patrimonio Hist6rico. 1988. 176

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ANEXOS


ANE X O I O P E R A Ç Ã O U R B A N A C O N S OR C IA D A FA R IA L IMA , B AS E A D O NO P L A N O D I R E TO R D A C I D A D E D E S ÃO PA U LO, C ON F OR ME R E V IS Ã O N O A N O D E 2014. Ope ração Urb an a Con s orciada Faria Lima Le i Nº 13 . 769 , de 26 de jan eiro de 2004 (Projeto de Lei n º 493/03, do Executivo, aprovado na forma d o Subs titutivo do Legis l ativo) Alte ra a Le i nº 11.732, de 14 de março de 1995, qu e e stabe le ce programa de melh orias para a área de influ ê ncia definid a em fun ção da in terligação da Ave nida Brigade iro Faria Lima com a Avenida Pedros o de Morae s e com a s Avenidas Pres iden te J us celin o Ku bitsche k , H é lio Pell egrin o, dos Ban deiran tes , En gº Luis Carlos Be rrini e Cidade J ardim, adequan do-a à Le i Fe de ral nº 10.257, de 10 de julh o de 2001 (Estatu to da Cidade ) . MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no u so das atribuições que lh e s ão conferidas por le i, faz sabe r qu e a Câmara Municipal , em s es s ão de 19 de deze mbro de 2003, decretou e eu promul go a se guinte le i: CAP ÍTULO I CONCEITUAÇÃO

A rt . 1 º - Fi ca a p rova d a a Op e ra çã o Urb a na Co ns o rci a d a Fa ri a Lim a , co m p re e nd e nd o um co njunto int e g ra d o d e int e rve nçõ e s co o rd e na d a s p e l a Prefe i t ura , p o r int e rm é d i o d a Em p re s a M uni cip a l d e Urb a niza çã o - EMUR B , co m a p a rt i cip a çã o d o s p ro p ri etá ri o s , m o ra d o re s , us uá ri o s e inve s t id o re s e m g e ra l , vi s a nd o a m e lh o ri a e a va l o riza çã o a m bi e nta l d a á re a d e influê nci a d efinid a e m f unçã o d a im p l a nta çã o d o s i s t e m a vi á ri o d e int e rli g a çã o d a Ave nid a B ri g a d e iro Fa ri a Lim a e a Ave nid a Pe d ro s o d e M o ra e s e co m a s Ave nid a s Pre s id e nt e J us ce lino Kubi t s ch e k, H é li o Pe ll e g rino , d o s B a nd e ira nt e s , Eng º Lui s Ca rl o s B e rrini e Cid a d e J a rd im . § 1 º - A á re a o bjeto d a Op e ra çã o Urb a na Fa ri a Lim a é a co nt id a e d e limi ta d a p e l o p e rí m et ro a s s ina l a d o na p l a nta nº FL017B 001 q ue d eve rá int e g ra r o a rq ui vo d a Em p re s a M uni cip a l d e Urb a niza çã o - EMUR B , co ns ta nt e d o A nexo 1 d e s ta l e i , d e s cri to a s e g uir: co m e ça no p o nto s i t ua d o na Ave nid a Cid a d e J a rd im d i s ta nt e 5 0,00 ( cinq üe nta ) m et ro s d e s ua co nfluê nci a co m a Ave nid a B ri g a d e iro Fa ri a Lim a , s e g ue e m linh a p a ra l e l a à Ave nid a B ri g a d e iro Fa ri a Lim a a té a Rua H e nri q ue M o nt e iro , Rua H e nri q ue M o nt e iro , Rua B i a nchi B e rto ld i , Rua A rt ur d e A zeve d o , Rua Cunh a Ga g o , Rua Pa d re Ga rci a


adicional de constru çã o a área de con s trução compu táve l passíve l de s er acres cida à permitida pe la le gislação vige nte e que poderá s er ou torgada nos te rmos d es ta l ei. § 1 º - Para os efeitos da O peração Urbana Faria Lima, con s idera-s e modificação de u so a possibilidade de s e obter, median te contrapartida, a alteração de us os n ão conforme s com a le gis l ação vigen te n a data da promulgação de sta l ei e que pas s am a s er admitidos conforme condições es tabel ecidas n os te rmos de sta Ope ração Urban a. § 2 º - Para os efeitos des ta l ei con s ideramse parâmetros u rbanísticos , a Taxa de O cupação e o Gabarito da e dificação. § 3 º - Fica assegurada aos proprietários de imóve is contidos no perímetro referido em se u artigo 1 º a opção de utilizar os ben efícios conce didos nos te rmos des ta l ei, ou as dis pos ições da le gislação vige nte n a data de en trada do pe dido. Art. 3 º - Com o objetivo de tratar de forma dife re nciada as des igualdades exis ten tes na re gião e privile gian do as fun ções urban as re lacionadas com a dis tribuição es pacial da população, das ativida des econ ômicas e s ociais , da ofe rta de infra-es trutura e de s erviços

urban os , s ão cr i a d o s o s s e g uint e s s eto re s : I - Setor 1 Pinh e iro s : ini ci a - s e no cruza m e nto da Avenida Eusé bi o M a to s o e Ave nid a Re b o uça s com a Av. Briga d e iro Fa ri a Lim a , s e g ue e m linh a paral el a à Ave nid a B ri g a d e iro Fa ri a Lim a a té a Rua Henrique M o nt e iro , Rua H e nri q ue M o nt e iro , Rua Bian chi Be rto ld i , Rua A rt ur d e A zeve d o , Rua Cunh a Ga g o , Rua Pa d re Ga rci a Ve lh o , Avenida Pedros o d e M o ra e s , Ave nid a Profe s s o r Frederico Herm a nn J uni o r, Ave nid a d a s Na çõ e s Unidas , Pon te Eus é bi o M a to s o , Rua Ge ri va t i va , Rua Magalh ães d e Ca s t ro , Rua D e s e m b a rg a d o r Arman do Fairb a nks , Ave nid a Va ld e m a r Fe rre ira , Praça J orge de Lim a , Ave nid a Eus é bi o M a to s o , Rua Ben to Fria s , Rua H e nri q ue d a Cunh a , Po nt e Eus ébio Matos o , Ave nid a Eus é bi o M a to s o a té o pon to inicial ; II - Seto r 2 Fa ri a Lim a : ini ci a - s e no cruzamen to da Ave nid a Eus é bi o M a to s o co m a Avenida Naçõe s Unid a s , s e g ue e m linh a p a ra l e l a à Avenida da s Na çõ e s Unid a s , Rua H ung ri a , Avenida das Na çõ e s Unid a s , Av. Pre s id e nt e J us celin o Kubitsch e k, Av. B ri g a d e iro Fa ri a Lim a , Av. Eus ébio Ma to s o a té o p o nto ini ci a l ; III - Setor 3 H é li o Pe l e g rino : ini ci a - s e no cruzamen to da Ave nid a d o s B a nd e ira nt e s co m a Rua Cabo Verd e , s e g ue p e l a Rua Ca b o Ve rd e ,


Ave nida Santo Amaro, Avenida Graún a, Rua Pintassilgo, Ru a Indiaroba, Avenida J acutin ga, Ru a Tuim, Ave nida Lavan dis ca, Rua Inh ambu, Ave nida Ministro G abriel de Res en de Pas s os , Ru a Canário, Ave nida República do Líban o, Ave nida IV Ce nte n ário, Rua Vas co Crevatin , Ru a Diogo Jácome , Rua Bal th azar da Veiga, Ru a Escobar Ortiz, Rua Afon s o Brás , Rua Barra do Pe ix e , Ru a Gu ara ru, Rua Paul a Ferreira, Rua Valois de Castro, Ru a Marcos Lopes , Rua Mon te Aprazíve l, Ru a Natividade, Avenida San to Amaro, Ru a Te ne nte Ne grão, Rua D r. Ren ato Paes de Barros, Ave nida Pre s iden te J us celin o Kubits ch ek, Ru a Le opoldo Cou to de Magalh ães J unior, Rua Clodomiro Amazonas, Rua J oaquim Fl orian o, Rua Igu ate mi, Ave nida Brigadeiro Faria Lima, Av. Pre side nte Ju sce lino Kubits ch ek, Rua Cl odomiro Amazonas, Ru a Comen dador Miguel Cal fat, Rua Profe ssor Atílio Innocen ti, Rua Fian deiras , Rua N ova Cidade , Ru a Al vorada, Rua Dr. Man oel da Rocha, Ave nida dos Ban deiran tes até o pon to inicial; IV - Setor 4 O limpíadas : inicia-s e n o cruzame nto da Avenida Pres iden te J us celin o Ku bitsche k com a Avenida das Nações Unidas , se gu e e m linha paral el a com a Avenida das N açõe s Unidas, Ave nida dos Ban deiran tes , Rua

Dr. Man oel d a Ro ch a , Rua Al vo ra d a , Rua Nova Cidade, Rua Fi a nd e ira s , Rua Profe s s o r At í li o Inn ocen ti, Rua Co m e nd a d o r M i g ue l Ca l fa t , Rua Cl odomiro A m a zo na s , Ave nid a J us ce lino Kubits ch ek a té o p o nto ini ci a l . CAPÍ TULO II O BJ ETIVOS E DIR ETR IZES Art. 4º - A Op e ra çã o Urb a na Co ns o rci a d a Faria Lima tem p o r o bjet i vo s e s p e cí fi co s : I - cr i a r co nd i çõ e s efet i va s p a ra q ue os inves tidore s e p ro p ri etá ri o s d e im ó ve i s ben eficiados co m a im p l a nta çã o dos melh oramen to s m e nci o na d o s a s e g uir fo rne ça m os recurs os ne ce s s á ri o s à s ua vi a biliza çã o , s e m qual quer ôn us p a ra a m uni cip a lid a d e : a) melh o ra m e nto s a ind a nã o im p l a nta d o s , con s tan tes do p l a no a p rova d o p e l a Le i nº 7 . 104 , de 3 de ja ne iro d e 19 6 8 , d e s d e a Ave nid a Pedros o de M o ra e s a té a co nfluê nci a d a Rua Nova Cidade co m a Ave nid a H é li o Pe ll e g rino ; b) melh o ra m e nto s a ind a nã o im p l a nta d o s , con s tan tes d o p l a no a p rova d o p e l a Le i nº 8 . 126 , de 27 de set e m b ro d e 1974 , e refe re nt e s a in terligação d a Ave nid a Cid a d e J a rd im co m a Avenida dos B a nd e ira nt e s ; c ) melh o ra m e nto s refe re nt e s a p l a no s d e in tegração e int e rli g a çã o d o s i s t e m a vi á ri o ,


situ ados de ntro do perímetro da O peração Urbana e constante s de l eis em vigor; d) obras, e quipamen tos públicos e áreas ve rde s contidos no perímetro da O peração Urbana; II - criar altern ativas para que os proprietários de lote parcial ou totalmen te atingidos por me lhoram en tos aprovados pos s am re ce be r o valor ju sto de in denização, à vis ta e previame nte e , ain da, para que pos s am, efetivame nte , participar da val orização de corre nte da concretização da O peração Urbana; III - me lhorar, na área objeto da O peração Urbana, a qu alidade de vida de s eus atuais e fu tu ros moradore s, in clus ive de h abitação su bnormal, e de u s uários , promoven do a valorização da paisagem urban a e a melh oria da infra-e stru tu ra e da qualidade ambien tal ; IV - ince ntivar o melh or aproveitamen to dos imóve is, e m particul ar dos n ão con s truídos ou su bu tilizados; V - ampliar e art icul ar os es paços de us o pú blico, e m particular os arborizados e des tin ados à circulação e be m-e star dos pedes tres . Art. 5 º - A Ope ra ção Urban a Con s orciada Faria Lima te m como diretrizes urbanís ticas :

I - com p l e m e nta çã o e int e g ra çã o d o s is tema viário ex i s t e nt e na re g i ã o co m o m a cro s is tema de circul a çã o d a Zo na S ul , d e fo rm a a pos s ibilitar a d i s t ri b ui çã o a d e q ua d a d o s fluxos de tráfeg o g e ra d o s p e l a Po nt e B e rna rd o G oldfarb, pel o t úne l s o b o R i o Pinh e iro s , p e l o s corredores de ôni b us e , a ind a , p e l a im p l a nta çã o dos projetos de t ra ns p o rt e d e m a s s a , e l a b o ra d o s pel o Metrô e p e l a Co m p a nhi a Pa uli s ta d e Tre ns Metropolitan os - CPTM , p a ra a t e nd im e nto d o s us uários da reg i ã o ; II - abert ura d e e s p a ço s d e us o p úbli co , compatíveis com a d inâ mi ca d e d e s e nvo l vim e nto da região, dime ns i o na d o s d e fo rm a a p o s s i bili ta r a criação de á re a s d e l a ze r e d e circul a çã o s egura para ped e s t re s e d e vi a s q ue p e rmi ta m a priorização d o t ra ns p o rt e co l et i vo s o b re o in dividual ; III - cria çã o d e co nd i çõ e s a m bi e nta i s diferen ciadas p a ra o s novo s e s p a ço s p úbli co s obtidos , median t e a im p l a nta çã o d e a rb o riza çã o , mobiliário urb a no e co m uni ca çã o vi s ua l adequados ; IV - us o d o s o l o d a s p ro p ri e d a d e s p úbli ca s ou privadas com p a t í ve l co m a co nfo rm a çã o d a s n ovas quadras cri a d a s p e l a im p l a nta çã o d a s melh orias viária s e d e inf ra - e s t rut ura ;


V - criação de con dições para ampliação da ofe rta de habitações mul tifamiliares em áreas de me lhor qu alidad e ambien tal , de forma a possibilitar o ate ndimen to do maior n úmero de inte re ssados; VI - e stímulo a o remembramen to de l otes de u ma me sma qu adra e ao aden s amen to, s em pre juízo da qu alidad e ambien tal , res peitado o coeficie nte de aproveitamen to máximo de 4,0 (qu atro); VII - inte rlig ação de quadras e de e dificaçõe s de ntro de uma mes ma quadra me diante o u so dos es paços aéreo e s ubterrân eo inclu sive dos logradouros públicos ; VIII - ince ntivo a us os diferen ciados n as áre as contidas no perímetro da O peração Urbana, com ocu pação do pavimen to térreo para fins come rciais até o máximo de 70% (s eten ta por ce nto) da áre a do lote; IX - e stímulo a o us o res iden cial em áreas e spe cíficas, com taxa de ocupação máxima de 70 % (sete nta por ce nto) da área do l ote; X - criação de áreas verdes , cicl ovias e adoção de me ca nis mos que pos s ibilitem a absorção e o e scoamen to das águas pluviais ; XI - provisão de Habitação de In teres s e Social, me lhorame n tos e reurbanização em

l ocais definid o s p e l o s ó rg ã o s co m p et e nt e s d a municipalidad e , d e s t ina d a à p o p ul a çã o fa ve l a d a res iden te n a á re a d a Op e ra çã o Urb a na e re g i ã o do s eu en tor no ; XII - a t e nd im e nto d a p o p ul a çã o re s id e nt e em áreas objeto d e d e s a p ro p ri a çã o , int e re s s a d a em con tin uar m o ra nd o na re g i ã o , a t ra vé s d o fin an ciamen to p a ra a q ui s i çã o d e h a bi ta çõ e s mul tifamiliare s já co ns t ruí d a s o u q ue ve nh a m a s e r con s truídas co m re curs o s d a Op e ra çã o Urb a na ; XIII - ampliação das áreas de estacionamento des tin adas a o s us o s co m e rci a i s e d e s e rvi ço s . Parágra fo úni co - A p rovi s ã o d e h a bi ta çã o de in teres s e s o ci a l p o d e rá s e r re a liza d a p o r meio de s olu çõ e s h a bi ta ci o na i s q ue a s s e g ure m o reas s en tam e nto d a p o p ul a çã o fa ve l a d a d e q ue trata o in cis o XI d e s t e a rt i g o , a t ra vé s d e : a) carta d e cré d i to ; b) aliena çã o d e H a bi ta çã o d e Int e re s s e Social ; c) alie na çã o d e H a bi ta çã o d o M e rca d o Popul ar (HMP) ; d) l oca çã o s o ci a l ; e) out ra s s o luçõ e s , m e d i a nt e a p rova çã o do Con s elh o M uni cip a l d e H a bi ta çã o CAPÍ TULO III MEIOS E R ECURSOS


Art. 6 º - Fica o Executivo autorizado a efetu ar, de forma on eros a, a outorga de pote ncial adicional de con s trução, al teração de u sos e parâmetros u rba nís ticos , es tabel ecidos n a le gislação de u so e ocupação do s ol o vigen te n a data da promulgação d es ta l ei, n os l otes con tidos no pe rímetro definido no artigo 1º des ta l ei, n a conformidade dos valores , critérios e con dições ne sta e stabe le cidos, como forma de obten ção dos me ios e re cu rsos de stinados à Empres a Municipal de Urbanização - EMURB, para a realização da Ope ração Urbana Cons orciada Faria Lima. Parágrafo ú nico - O total de poten cial adicional de construção, outorgado para u tilização nos lote s con tidos n o in terior do pe rímetro de scrito do artigo 1º, fica limitado a 2 . 25 0 . 00 0 (dois milhõe s , duzen tos e cin qüen ta mil ) metros qu adrados, deven do s er deduz idos todos os metros qu adrados de outorga de adicion al de constru ção aprovados até a data de aprovação da pre se nte le i, de acordo com a Tabel a 2 do artigo 8 º de sta le i. Art. 7 º - A con trapartida da outorga one rosa do pote ncial adicion al de con s trução, modificação de u so e parâmetros urbanís ticos prevista no artigo 6 º des ta l ei, s omen te s erá re alizada atravé s de Certificados de Poten cial

Adicion al de Co ns t ruçã o - CEPAC , no s t e rm o s definidos n o art i g o 8 º d e s ta l e i . § 1º - Os ce rt i fi ca d o s m e nci o na d o s n es te artigo s erã o e mi t id o s s o b a d e no mina çã o “Certificado de Potencial Adicional de Construção - CEPAC ”, que s e rã o co nve rt id o s , na o ca s i ã o des ejada por s e u d et e nto r, e m q ua nt id a d e de metros qua d ra d o s d e á re a a d i ci o na l d e con s trução com p utá ve l no ca s o d e a um e nto d e poten cial con s t rut i vo , e / o u e m m et ro s q ua d ra d o s de terren o para efe i to s d e b e nef í ci o s re l a t i vo s a us os e pa râ m et ro s urb a ní s t i co s co nfo rm e es tipul ado n esta l e i , e s ta b e l e cid o s e m f unçã o de s ua aplicaçã o e m l o t e e s p e cí fi co , co nt id o no perímetro definid o no a rt i g o 1 º e d e a co rd o co m a Tabel a 1 do a rt i g o 8 º d e s ta l e i . § 2º - O va l o r mí nim o e s ta b e l e cid o p a ra cada Certifica d o d e Po t e nci a l Ad i ci o na l d e Con s trução - CEPAC , é d e R $ 1 . 100,00 ( mil e cem reais ) pode nd o s e r re a jus ta d o p e l a Em p re s a Municipal de Urb a niza çã o - EMUR B , o uvind o - s e a Secretaria M uni cip a l d e Pl a ne ja m e nto Urb a no - SEMPLA e a Câ m a ra Té cni ca d e Le g i s l a çã o Urban a - CTLU. § 3º - O p a g a m e nto d o va l o r d a ve nd a dos Certificad o s d e Po t e nci a l Ad i ci o na l d e Con s trução - CEPAC , p o d e rá s e r re ce bid o p e l a


Empre sa Mu nicipal d e Urbanização - EMURB à vista ou parce ladam en te, s en do n es te cas o, n o mínimo 15 % (quinze por cen to) à vis ta, e o s aldo re stante e m até 10 (dez ) pres tações men s ais , igu ais e conse cu tiva s , devidamen te corrigidas por índice oficial a s er definido pel a Empres a Mu nicipal de Urbanização - EMURB, des de que se ja apre se ntada fian ça ban cária como garan tia corre sponde nte ao val or do s aldo devedor. § 4 º - Os Certificados referidos n es te artigo deve rão se r a lien ados em l eil ão público, na forma qu e ve nha a s er determin ado pel a EMUR B ou , u tilizad os para o pagamen to de projetos, de sapropriações , geren ciamen to e obras previstas no Programa de Inves timen tos da pre se nte Ope ração Urban a. § 5 º - Para expedição de Al vará de Aprovação e E x e cução do Projeto, ou para a aplicação no disp os to n o parágrafo 3º do artigo 23 0 da Le i n º 13.430/02 (Pl an o Diretor Estraté gico), some nte s erão aceitos Certificados de Pote ncial Adicional de Con s trução - CEPAC ’s quitados, ou qu e apres en tem garan tia de pagame nto ace ita pel a Empres a Municipal de Urbanização - EMURB n os termos do parágrafo 3 º de ste artigo. § 6 º - Ante s da expedição do Al vará

de Aprovaçã o , a S e creta ri a d e H a bi ta çã o e D es envol vim e nto Urb a no - S EH AB , co m uni ca rá à EMURB e ao int e re s s a d o a m e m ó ri a d e cá l cul o d a outorga on ero s a e a e q ui va l ê nci a e m q ua nt id a d e de CEPAC ’s ne ce s s á ri o s p a ra o p a g a m e nto d a con trapartida . Art. 8 º - Fi ca a uto riza d o o Ex e cut i vo a emitir até 6 5 0. 000 ( s e i s ce nto s e cinq üe nta mil ) Certifica d o s d e Po t e nci a l Ad i ci o na l d e Con s trução - CEPAC , o b e d e ce nd o s e m p re o limite total d e m et ro s q ua d ra d o s d e co ns t ruçã o es tabel ecido s na Ta b e l a 2 d e s t e a rt i g o , p a ra a outorga o ne ro s a d e p o t e nci a l a d i ci o na l d e con s trução, m o d i fi ca çã o d e us o e p a râ m et ro s urbanís ticos , q ue s e rã o co nve rt id o s d e a co rd o com a Tabel a 1 d e s t e a rt i g o d e e q ui va l ê nci a a s eguir des crita :


AN EX O I I S I S T E M A B R AS I L E I R O D E C L AS S IF IC A Ç Ã O D E ME IOS D E H O S P E D A G E M (S B C L AS S ) . F ONT E: MINIS T É R IO D O T U R IS MO (2 0 1 3 ) E H T T P : / / W W W. C ON D OR H OT E L . C OM. B R / E N T E ND A C L AS S I F I C A C A O - D E- H O T E I S - POR - E S T R E L AS / . Conside ram-se meios de h os pedagem os e mpre e ndime ntos ou es tabel ecimen tos , inde pe nde nte me nte de s ua forma de con s tituição, de stinados a pre star s erviços de al ojamen to te mporário, ofe rtados em unidades de frequên cia individu al e de u so exclus ivo do hós pede, bem como ou tros se rviços neces s ários aos us uários , de nominados de se rviços de h os pedagem, me diante adoção de in s trumen to con tratual , tácito ou ex pre sso, e cobran ça de diária. (Lei 11 . 7 71 / 2 00 8 – Art. 23 ). I - H OTEL : e stabel ecimen to com s erviço de re ce pção, alojame nto temporário, com ou s em alime ntação, ofe rtados em unidades in dividuais e de u so exclu sivo dos hós pedes , median te cobrança de diária; II - RESORT: hotel com infraestrutura de lazer e e ntrete nime nto qu e dis ponh a de s erviços de e sté tica, atividade s físicas , recreação e convívio com a natu reza no próprio empre en dimen to;

III - HOTEL FAZENDA: localizado em ambiente rural , dotado d e ex p l o ra çã o a g ro p e cuá ri a , q ue ofereça en tretenim e nto e vi vê nci a d o ca m p o ; IV - CA M A E CAFÉ: h o s p e d a g e m e m res idên cia co m no m á x im o t rê s unid a d e s h abitacion ais p a ra us o t urí s t i co , co m s e rvi ço s d e café da manh ã e lim p eza , na q ua l o p o s s uid o r d o es tabel ecimen to re s id a ; V - HOTEL HISTÓR ICO: ins ta l a d o e m edificação pres e rva d a e m s ua fo rm a o ri g ina l ou res taurada, o u a ind a q ue t e nh a s id o p a l co de fatos his tó ri co - cul t ura i s d e im p o rtâ nci a reconh ecida; En ten de- s e co m o fa to s hi s tó ri co - cul t ura i s , citados n o in cis o V , a q ue l e s t id o s co m o re l eva nt e s pel a memória p o p ul a r, ind e p e nd e nt e m e nt e d e quan do ocorrera m , p o d e nd o o re co nh e cim e nto s er formal por p a rt e d o Es ta d o b ra s il e iro , o u informal , com b a s e no co nh e cim e nto p o p ul a r o u em es tudos aca d ê mi co s . VI - POUSADA : e m p re e nd im e nto d e caracterís tica h o rizo nta l , co m p o s to d e no m á x im o 30 unidades ha bi ta ci o na i s e 9 0 l e i to s , co m s erviços de rece p çã o , a lim e nta çã o e a l o ja m e nto temporário, pod e nd o s e r e m um p ré d i o úni co com até três p a vim e nto s , o u co nta r co m ch a l é s


Ve lho, Ave nida Pe d ros o de Moraes , Avenida Profe ssor Fre de rico Hermann J unior, Avenida das N açõe s Unidas, Pon te Eus ébio Matos o, Rua Ge rivativa, Ru a Magalh ães de Cas tro, Rua De se mbargador Ar man do Fairbanks , Avenida Valde mar Fe rre ira, Praça J orge de Lima, Avenida Eu sé bio Matoso, Ru a Ben to Frias , Rua Henrique da Cu nha, Ponte Eus ébio Matos o, Avenida das N açõe s Unidas, Rua Hun gria, Avenida das N açõe s Unidas, Ave nida dos Ban deiran tes , Rua do Cabo Ve rde , Avenida San to Amaro, Avenida Graú na, Ru a Pintassil go, Rua In diaroba, Avenida Jacu tinga, Ru a Tuim, Avenida Lavan dis ca, Rua Inhambu , Ave nida Minis tro G abriel de Res en de Passos, Ru a Canár io, Avenida República do Líbano, Ave nida IV Cen ten ário, Rua Vas co Crevatin, Ru a Diogo J ácome, Rua Bal th azar da Ve iga, Ru a Escobar O rtiz , Rua Afon s o Brás , Rua Barra do Pe ix e , Ru a G araru, Rua Coron el Artur Paula Fe rre ira, Ru a Val ois de Cas tro, Rua Marcos Lope s, Ru a Monte Apraz ível , Rua Natividade, Ave nida Santo Amaro, Rua Ten en te Negrão, Rua Dr. Re nato Pae s de Barros , Avenida Pres iden te Ju sce lino Ku bitsche k, Rua Leopoldo Couto de Magalhãe s Ju nior, Rua Cl odomiro Amazon as , Ru a Joaquim Florian o, Rua I guatemi, Avenida Brigade iro Faria Lima, Avenida Cidade J ardim,

até o pon to ini ci a l . § 2º - Pa ra o s efe i to s d a p re s e nt e Op e ra çã o Urban a, fica m excluí d a s d a á re a d e s cri ta no parágrafo ant e ri o r a s zo na s Z8 - AV8 - Es p o rt e Clube Pinh eiro s e Z8 - AV8 - A s s o ci a çã o At l é t i ca “A Hebraica ” e a p a rt e d a zo na d e us o Z1 013, con tida e nt re a fa i xa d e 5 0,00 ( cinq üe nta ) metros lin deira à Ave nid a B ri g a d e iro Fa ri a Lim a e a faixa de 5 0,00 ( cinq üe nta ) m et ro s , lind e ira à Rua Hun gria , e nt re a Rua D r. Al b e rto Ca rd o s o de Mell o Neto e a Ave nid a Re b o uça s . § 3º - Pa ra o s efe i to s d a p re s e nt e Op e ra çã o Urban a, os l o t e s p a rci a lm e nt e co nt id o s na s fa i xa s lin deiras à Rua H ung ri a e a o Co rre d o r Z8 - CR3 da Avenida Fa ri a Lim a s e rã o co ns id e ra d o s co m o in tegran tes d a m e s m a . § 4º - Pa ra o s efe i to s d a p re s e nt e O peração Urb a na Co ns o rci a d a , fi ca excluí d a da área des cri ta no p a rá g ra fo p rim e iro d e s t e artigo, a pa rt e re m a ne s ce nt e d a zo na d e us o Z9-022 n ão co nt id a na fa i xa d e 9 0,00 ( nove nta ) metros de prof und id a d e co nta d o s a p a rt ir d e s e u alinh amen to, lind e ira à Av. Pre s id e nt e J uce lino Kubits ch ek, e s i t ua d a e nt re a s Rua s Cl o d o miro Amazon as e Ra m o s B a t i s ta . Art. 2 º - Pa ra o s efe i to s d a Op e ra çã o Urban a Fari a Lim a , co ns id e ra - s e p o t e nci a l


ou bangalôs; e VII - FLAT/ APART-HOTEL: con s tituído por u nidade s habitaciona is que dis ponh am de dormitório, banhe iro, s al a e coz inh a equipada, e m e difício com adminis tração e comercialização inte gradas, qu e possua s erviço de recepção, limpeza e arru mação. A classificação vai de 1 a 5 es trel as , e mbora, e m algu ns tip os , em virtude das s uas e spe cificidade s, só se jam con templ adas al gumas cate gorias. Os re quisitos são divididos em man datórios (ou se ja, de cu mprime nto obrigatório pel o meio de hospe dage m) e e letivos (ou s eja, de livre es colh a do me io de hospe dagem, ten do como bas e uma lista pré -definida). O meio de h os pedagem para se r classificado na ca tegoria preten dida deve de monstrar o ate ndimen to a 100% dos requis itos mandatórios e a 3 0% dos requis itos el etivos (para cada conju nto de requis itos ) . Os re quisitos es tão divididos em três conju ntos: 1 . Infrae stru tura In s tal ações e Equipame ntos 2. Se rviços 3 . Su ste ntabilidade As pec tos re lacionados com me io ambien te, s ociedade e

s atis fação do hó s p e d e Con s idera nd o q ue ca d a t ip o d e m e i o de h os pedagem refl et e d i fe re nt e s p rá t i ca s d e mercado e expec ta t i va s d i s t inta s d o s t uri s ta s ( um Hotel 5 es trel a s é d i fe re nt e d e um a Po us a d a 5 es trel as , por ex e m p l o ) , o Si s t e m a B ra s il e iro d e Cl as s ificação e s ta b e l e ce u ca t e g o ri a s e s p e cí fi ca s para cada tipo : Tabel a d e ca t e g o ri a s : • Hotel – 1 a 5 e s t re l a s • Hotel Fa ze nd a – 1 a 5 e s t re l a s • Cama & Ca fé – 1 a 4 e s t re l a s • Res ort – 4 e 5 e s t re l a s • Hotel H i s tó ri co – 3 a 5 e s t re l a s • Pous ada – 1 a 5 e s t re l a s • Fl at/Ap a rt - H o t e l – 3 a 5 e s t re l a s . Confira na ta b e l a o s p rincip a i s re q ui s i to s para cada es trel a .


TA B E L A I : S E R V I Ç O S R E F E R E NT E S A C A D A C AT E G OR IA H OT E L E IR A . 1 ESTRELA

2 E S T R E L AS

3 E S T R E L AS

4 E STRELAS

5 ESTRELAS

Recepção 12h ou Recepção 12h ou Recepção 18h ou 24h por Recepção 24h 24h por telefone 24h por telefone telefone quartos

Recepção 24h

65% de quartos 70% de quartos 80% de quartos com 13m² com 9m² com 11m²

90% de 15m²

com

65% de banheiros 70% de banheiros 80% de banheiros com 3m² com 2m² com 2m²

90% de banheiros com Banheiros com 4m² 3m²

Quartos com 17m²

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