Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de
PARANAPIACABA
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
PROJETO: Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba JOANA PAVAN MOREIRA
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado a Universidade Paulista Orientador: Arnaldo Machado
Aprovada em: BANCA EXAMINADORA
________________/____ /____ Orientador Arnaldo Machado ________________/____ /____ Convidado ________________/____ /____ Convidado
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Agradecimentos Agradeço imensamente á meus pais, que em todos os momentos estiveram ao meu lado. Minha querida mãe, pelo seu exemplo de vida, por tanto carinho por mim e por toda ajuda, sem você eu não conseguiria. Agradeço também aos meus professores que ao longo do curso formaram a profissional que serei. Em especial meu orientador Arnaldo Machado que me fez enxergar além do que eu imaginava para este projeto e a professora Sabina Uribarren, por sempre ser tão prestativa e solicita em me ajudar, criando pontes que foram essenciais para concepção deste trabalho. Também agradeço ao arquiteto Sidney Ramos da prefeitura de Santo André, que tão bem me recebeu e orientou. E ao meu colega Felipe, morador da Vila, que tanto me ajudou com seu conhecimento vívido do lugar. E por último, mas não menos essencial, agradeço ao meu namorado, que desde o início do curso esteve ao meu lado me apoiando. E aos meus amigos por toda cumplicidade até aqui.
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“A história deve ser o ponto de partida de todo projeto arquitetônico. Um projeto não pode nascer do nada. Sem o componente histórico, não passa de um objeto isolado. Sem passado, não é possível pensar no futuro. O passado é a memória do homem, com todas suas fantasias e esperanças. E a arquitetura é o receptáculo da história, o território da memória do homem. Os monumentos, os templos, os palácios do passado, tudo isso faz parte da história da arquitetura, testemunhando a evolução humana.” -Mario Botta
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Abstract
Resumo O foco deste trabalho é propor uma nova infraestrutura
The focus of this work is to propose a new urban
urbana na vila tombada de Paranapiacaba. A vila esta
infrastructure in the village of Paranapiacaba. The village
localizada no extremo sul do município de Santo André -
is located at south of Santo André city - ABC Region.
Região do ABC. Guarda um duplo patrimônio cultural
Keeps a cultural and landscape heritage in its area: One
e
poucos
of the last Atlantic Forest remnants in São Paulo and the
remanescestes de Mata Atlântica de São Paulo e o único
only example of a railway village built by the English at
exemplar de vila ferroviária construída pelos ingleses no
the end of the last century. Paranapiacaba emerged
final do século passado. Paranapiacaba surgiu pela
during the construction of the first railway of the State of
ocasião da construção da primeira estrada de ferro do
São Paulo, the São Paulo Railway Company. Designed to
Estado de São Paulo, a inglesa São Paulo Railway
flow coffee production from Jundiaí to the port of Santos.
Company. Projetada para escoar a produção de café
The hardest stretch to overcome for railroad deployment
de Jundiaí ao porto de Santos. O trecho mais difícil a ser
was the sea mountains, so the company set up camp on
vencido para a implantação da ferrovia era o trecho da
the last plateau of the mountain that had the least
serra
montou
rugged topography and thus habitable. From this point
acampamento no último platô da serra que tinha a
the village was developed, initially as a temporary
topografia menos acidentada e assim habitável. Daí em
accommodation for the railroad workers and later as a
diante se desenvolveu a vila, á principio como um
home for those who would maintain the railway. This
alojamento temporário para os trabalhadores da ferrovia
second phase established Martin Smith Village, located in
e depois como moradia fixa dos que iriam fazer a
the lowertown of the village, where all the technology,
manutenção da linha. Essa segunda fase originou a Vila
until that moment unknown in Brazil, was implemented.
Martin Smith, localizada na parte baixa da vila, onde
This work is divided into two stages: A first expository
toda uma tecnologia, até então desconhecida em solo
theory
brasileiro foi implantada.
characterization
paisagístico
do
Mar,
em
sua
para
área:
tanto
a
Um
dos
companhia
where
will of
be the
presented whole
the
general
perimeter
of
Paranapiacaba, and a second stage where we will deal Este trabalho se dividi em duas etapas: Uma primeira
with a specific perimeter of intervention.
teórica
Keywords: Heritage - Railroad - Urbanism - Tourism
expositiva
onde
será
apresentada
a
caracterização geral de todo o perímetro da Vila de Paranapiacaba, e uma segunda etapa onde trataremos de um perímetro especifico objeto de intervenção. Palavras-chave: Patrimônio – Ferrovia – Urbanismo Turismo
Introdução Localização
Justificativa
Casos Análogos
O entendimento do todo
01
02
03
04
05
06
07
Projeto
08
Legislação e Programas Municipais A Divisão por Manchas
Perímetro De intervenção
09
Introdução
7 Vitral da Estação Foto autoral, 2019.
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Introdução O início deste trabalho Conheci Paranapiacaba em 2014, quando ainda nem
aqui temos duas ocasiões interessantíssimas: A inovada
volta das 16:00 horas e de lá peguei o trem Santo André
havia começado o curso de Arquitetura. Fui ao Festival
tecnologia duma estrada de ferro que traspassava a
Prefeito Celso Saladino, onde encontrei meus amigos e
de Inverno, evento anual que reúne apresentações
Serra do Mar, e um território cercado por vegetação
fomos rumo á estação Alto da Serra, de lá pegamos um
musicais em palcos espalhados pela Vila e atividades
nativa. Até aqui já teríamos algo interessante se não
ônibus de linha que vai até a Vila. Muito bem, chegamos
culturais. Lembro-me de ouvir no rádio: ‘’Venha para o
fosse por outros dois eventos: a companhia que construiu
por volta das 18:00 horas, a noite já estava baixando e
Festival de Inverno de Paranapiacaba’’, pensei: ‘’O que
essa estrada foi a São Paulo Railway Company, uma
fomos atrás do tal hotel, que eu havia reservado apenas
é Paranapiacaba? Nome estranho...’’ -Fui pesquisar.
companhia inglesa que vindo para o Brasil implantou a
por telefone e tinha visto uma foto externa do lugar.
O que descobri:
sua tecnologia inglesa em terras tupiniquins. E o fato que
Chegando
Paranapiacaba é uma Vila dentro da metrópole de
ia além do previsto inicialmente: seria necessário uma
inabitável, o quarto estava em viés de ruina, haviam
Santo André, ligada apenas por uma linha de trem e
ocupação permanente o mais próximo possível dessa
muitas beliches por metro quadrado e as pessoas no
uma única estrada viária. Era perto da Cidade, mas ao
nova estação para a manutenção de todo complexo da
ambiente não pareciam ser das mais confiáveis. Não
mesmo tempo distante das relações dela.
linha. Essas três relações: 1º o objetivo maior, a estrada de
havia a menor condição de passarmos uma noite ali.
Paranapiacaba, é uma Vila Tombada como patrimônio
ferro, 2º a companhia ser inglesa, e sua respectiva
Então de mochilas nas costas, já noite, sem ter como
histórico
patrimonial
influência em solo brasileiro 3º a ocupação fixa e a
voltar para Cidade ou para casa pois já não havia mais o
federal, estadual e municipal (IPHAN, CONDEPHAAT e
condição do lugar, rodada pelo Cinturão Verde de São
ônibus que voltava da vila, ficamos meio desesperados.
COMDEPHAAPASA respectivamente). Mencionada á
Paulo. Fazem esse peculiar vilarejo ser o que ele é.
Nesse momento vi uma face da Vila que até então não
pelos
órgãos
de
preservação
compor a lista do patrimônio mundial da Unesco. Passa
lá
ficamos
pasmos,
era
um
ambiente
conhecia: Depois de um certo horário, os turistas vão
atualmente por processo de restauração financiado pelo
Voltando a minha história, fiquei intrigada e encantada
embora,
Programa de Aceleração do Crescimento - Cidades
com esse lugar. Acabou virando tradição: voltei todos os
monótono, a peculiaridade da relação distante da
Históricas, do Governo Federal.
anos para o festival de Inverno. Pensei que seria muito
‘’Cidade formal’’ mostra-se uma problemática enorme
gostoso acordar um dia na Vila, reservar uma daquelas
de falta de mobilidade, não há um ‘’plantão’’ de
Seu contexto e sua arquitetura são únicos. Rodeada pela
pousadas que eram em casinha antigas... tomar café de
informações ou qualquer coisa do tipo, o espaço se
serra do Mar, o planalto que comporta essa peculiar vila
manhã vendo a neblina baixar. Então em 2018 fiz uma
mostra vazio e impessoal.
era o último platô da Serra com terreno menos
reserva, em um dos, se não o único hotel disponível em
Começamos então desesperadamente a pesquisar em
acidentado e assim habitável, ideal para a empreitada
véspera do festival, fui saber que esses hotéis em
nossos
que uma certa companhia ferroviária estava por
casinhas antigas e tudo mais haviam uma certa fila de
hospedagem.
embarcar em meados dos anos 1860: O advento de uma
espera, as pessoas chegavam a reservar até um ano
achamos um lugar!
estrada de ferro que ligasse a produção de café do
antes a hospedagem.
alugavam dois quartos nos dias de festivais, combinamos
interior paulista diretamente ao porto de Santos. Só até
domingo, naquele período estava fazendo um curso no
um
Senac Santo André aos sábados, o curso acabava por
dormimos em paz!
Eu iria assistir o festival em um
o
ambiente
celulares
preço,
Sinal
fica
alguma fraco
extremamente
opção e
vazio
disponível
baterias
e
de
acabando...
Era uma casa de dois irmãos que
passamos
nossos
nomes,
pagamos
e
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Voltei para casa pensando naquele lugar... pensando no
Primeiro imaginei achar um lote vazio para que pudesse
O trabalho então se divide em duas partes: A primeira
enorme potencial que ele tinha e como era pouco
construir essa estrutura nova de ‘’recepção’’, seria um
teórica e expositiva, onde eu tentarei segundo os
explorado... nas dificuldades das pessoas que moram
Centro de apoio ao turista ou algo do tipo, nesse espaço
princípios do Gordon Cullen no Livro ‘’Paisagem Urbana’’
ali... na estrutura precária...
também poderia ter uma parte que funcionasse no dia a
mostrar ao leitor o que é a Vila de Paranapiacaba, os
Eis que esse rapaz do quarto que alugamos me manda
dia para os moradores da vila: Salas de aula, oficinas,
núcleos que ela compõem e a história de cada núcleo.
uma mensagem dizendo se gostamos da hospedagem,
atividades esportivas, algo do tipo. Também sempre tive
A segunda parte é o objetivo em fim da arquitetura: a
agradecendo a escolha e dizendo que a partir dali ele
em mente que antes de construir algo novo a gente
intervenção, a resposta á problemática.
iria fazer certas melhorias na casa para receber melhor e
deve dar uma olhada em volta na Cidade e ver o que já
mais turistas. Nesse momento me veio um estalo: ‘’Eu vou
existe construído e esta desocupado, os tais princípios da
projetar alguma coisa em Paranapiacaba. Essa coisa
‘’função
precisa suprir o meu trauma da hospedagem, precisa
alguma casa ou galpão desocupado, faria um retrofit e
receber melhor os turistas que chegam e precisar trazer
seria o hotel. Perfeito! Tenho os meus traumas todos
alguma atividade para os moradores de lá no dia a dia.’’
resolvidos em um programa arquitetônico. Errado...
-E assim começou, por volta de julho de 2018 esse
Ai entra a tal ‘’negação da tese’’ onde o sujeito se
trabalho.
questiona se o que esta fazendo é o melhor, quais são as
social
da
propriedade...’’
Então
pegaria
criticas e outras questões envolvidas. Pensei que eu devia mostrar para as pessoas o que é a Vila como um todo, teria um trabalho de exposição geral, para depois adentrar ao meu lote de intervenção. Com isso separei a vila por tecidos urbanos de caráter diferentes entre si, que serão apresentados mais adiante, e daí percebi, o que meu orientador já estava me falando, esse lugar requer uma sensibilidade maior, trabalhar em um único lote de 10x40 metros não resolveria a problemática. Estudando então os núcleos, os fluxos, os pontos de interesse cheguei a um perímetro de intervenção, uma Eu, no Festival de Inverno de 2015.
área como um todo á ser trabalhada.
L o c a L i z a ç ã o
Antigo artefato que indicava o sentido do trem. Foto autoral, 2019.
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Localização A vila esta localizada no extremo sul do município de
No mapa seguinte pode-se observar todo o perímetro da
No terceiro mapa pode-se observar as únicas linhas de
Santo André - Região do ABC Paulista.
Cidade de Santo André. Nessa escala conseguimos ver a
acesso que chegam até a Vila: A Linha de trem do
O mapa á baixo indica em branco o Estado de São
malha de densidade: Ela é bastante densa no sentido da
Expresso Turístico Luz e a Estrada de Paranapiacaba.
Paulo, em cinza o município de Sano André e a
Cidade de São Paulo e quase nula na direção á
marcação vermelha é a área que está a Vila de
Paranapiacaba, evidenciando o grande distanciamento
Paranapiacaba.
da Vila com relação á Cidade.
Região Metropolitana de São Paulo
Perímetro Cidade Santo André
Regiões do Estado de São Paulo. Destaque para Santo André
Densidade e Vias
São Paulo
Santo André
Ferrovia Estrada de Paranapiacaba
Aproximação Vila de Paranapiacaba Ferrovia Estrada de Paranapiacaba
Santo André
Santo André
Mapas elaborados na plataforma QGIS com base de dados do IBGE.
O entendimento do todo
12
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
O entendimento do todo Contexto Histórico A vila de Paranapiacaba foi construída por ocasião da
Nos anos de 1642, 1654 e 1661 é feito uma série de
Haviam ingleses que vinham para o Brasil para tratar de
implantação da primeira estrada de ferro de São Paulo,
tratados vantajosos aos ingleses com relação ao Brasil. E
alguns negócios e depois retornavam para o seu pais, e
a inglesa São Paulo Railway Company. Essa estrada foi
em 1703 o tratado de Methuen forma a principal aliança
houveram os que vieram para ficar, estabelecendo
feita para escoar a produção de café de Jundiaí ao
entre Portugal e Inglaterra.
moradia, esses foram os que, por onde passaram,
porto de Santos. O trajeto mais difícil de sua implantação
Vale contextualizar que os anos 1760 são marcados na
influenciaram um modo de vida novo em território
seria passar pela Serra do Mar, etapa que demandaria
Inglaterra pela Revolução Industrial, a invenção das
brasileiro.
muitos trabalhadores. O local escolhido foi no último
máquinas, o nascimento da fábrica e o controle do
Os britânicos, diferente dos portugueses e espanhóis,
platô da Serra do Mar que tinha terreno menos
trabalho.
onde se há casos de troca de cultura, de uniões entre as
acidentado, assim possível de implantação. A Vila então
Em 1808 os Ingleses se aproximam mais das terras
nações, os britânicos não se envolveram muito com o
foi
para o
tupiniquins. Com a transferência da Corte Portuguesa
povo e os hábitos brasileiros, por isso os que vieram para
e
num
para o Brasil, por conta da iminente invasão francesa, os
estabelecer moradia, traziam consigo todo um modo de
segundo em função da duplicação da mesma e
ingleses fazem a escolta em sua Royal Navy, os ingleses
vida inglês. Em pequenos objetos, em vestimentas e na
instalação do pessoal da manutenção e administração
têm sua oportunidade de entrar na maior de todas as
arquitetura. Portanto as colônias britânicas que se
da companhia.
colônias portuguesas. Em troca da escolta, os Ingleses
formaram tiveram tanto o marco da presença inglesa,
A influência inglesa está diretamente ligada a forma
assinaram um contrato com Portugal que abriria as
como é o caso por exemplo de Campos do Jordão e
como a Vila foi construída, as casas, o material, a
portas dos portos brasileiros ás nações amigas, que na
Paranapiacaba.
tecnologia, a administração, tudo partiu
Europa se tratava apenas da Inglaterra. É o fim definitivo
Além de que os que vieram, foram em sua maioria como
As
das relações exclusivas de Portugal com o comércio
técnicos de
relações entre Brasileiros e Ingleses remontam a muitos
Brasileiro. A partir daí o Brasil passa por um novo cenário,
médicos, negociantes, técnicos e mecânicos. Tempo em
anos antes a implantação dessa companhia, antes
Napoleão Bonaparte trouxe consigo a Influência Inglesa
que o brasileiro achava que todo Inglês era engenheiro.
mesmo da abertura do Portos brasileiros para o comércio
para as terras brasileiras. Freyre chamou os anos 1800,
Pequenos em número, uma vez que o trabalhador inglês
exterior, em 1808.
principalmente a primeira parte como sendo o ‘’século
nunca se estabeleceu de fato, porém expressivos do
Ainda no século XII há as primeiras relações entre
Inglês por excelência’’ (FREYRE,2000). Um contexto em
ponto de vista técnico e econômico.
Portugueses e Britânicos, essas relações se fortificam em
que
A respeito da colônia inglesa, Caldeira escreveu:
1661 por um casamento real entre a Inglaterra e Portugal.
portugueses passa a ser demagô, e tudo aquilo trazido e
O Brasil que havia sido colonizado por Portugal em 1530,
influenciado pelos ingleses é objeto de desejo e
entra em acordos no contrato deste casamento, a partir
ostentação.
construída
alojamento
empresa
em
um
temporário
privada
primeiro dos
chamada
momento
trabalhadores
Railway
de uma
Company.
dele os Britânicos poderiam negociar diretamente com os portos no Brasil.
tudo
aquilo
que
era
colonial,
advindo
dos
certa
habilitação, como engenheiros,
‘’A colônia inglesa funcionava como uma sofisticada comunidade autônoma na vida do Rio de Janeiro: seus membros tinham uma presença forte na economia e na política, mas pouca gente na cidade convivia com eles – o que muito os satisfazia. Cultores de sua própria superioridade, os ingleses, desde que chegaram ao Brasil, mantiveram um hábito de seu país de origem: não gostavam de se misturar. Para manter a devida distância dos nativos, dedicaram-se com pertinácia e método, a produzir no Rio de Janeiro uma miniatura tropical de sua ilha.
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miniatura tropical de sua ilha. Em menos de vinte anos, montaram um aparato completo para esquecer que estavam longe da “civilização”. Eles liam seu próprio jornal, o Rio Herald, assistiam culto em inglês na capela anglicana, empregavam governantas inglesas em suas casas. As crianças tinham aulas em escolas próprias, com professores trazidos da Inglaterra; se precisavam estudar mais, recorriam à biblioteca inglesa. Quando ficavam doentes, internavam-se no hospital inglês e recebiam tratamento de um médico inglês – e até os mortos eram convenientemente enterrados no Cemitério dos Ingleses. Era fácil encontrar os gêneros e produtos para o dia-a-dia: os membros da colônia equipavam suas casas indo às lojas dos patrícios, onde compravam tudo que consumiam em seu próprio país (CALDEIRA, 1995, p. 109). ’’
O caminho da Serra do Mar era o mais crítico, nas áreas
as obras terminaram em 1867.
mais inclinas, as pessoas não iam andando e sim engatinhando,
‘’Com
os
pés
e
mãos
no
chão,
agarrando-se as raízes das árvores, em meio a rochas pontiagudas e terríveis precipícios’’ (SAINT-HILAIRE, 1940 em CRUZ, 2000). Era preciso uma estrada de ferro que fizesse essa transposição. O primeiro a pensar em uma Estrada de Ferro que fizesse
Com esse contexto histórico em mente, principalmente
esse trajeto foi em 1838 a Companhia Aguiar, Viúva,
as relações Brasil – Inglaterra pós a abertura dos Portos
Filhos & Cia, tendo à frente o gerente Frederico Foomm.
em 1808 é que chegaremos mais perto da história da
Eles
implantação da Vila Histórica que hoje conhecemos por
conseguiram um contrato com a prefeitura. Porém pela
Paranapiacaba.
falta de recursos não conseguiram ao menos iniciar as
chegaram
a
desenhar
o
primeiro
projeto
e
obras. Depois da morte de Frederico Foomm, sua viúva
Primeira Estrada de Ferro em São Paulo.
munida de seus estudos, o entregou ao seu parente, o
O transporte da produção cafeeira até o Porto de Santos
Marquês de Monte Alegre, que tinha contato com o
era feito principalmente por tração animal, o que
Visconde de Mauá, homem de negócios muito rico. Este
demandava muito tempo e recursos.
aceitou o desafio da empreitada, analisando os custos e
A Estação Alto da Serra, nos primeiros anos de 1900. (Foto Autor Desconhecido).
Somado ao Pátio Ferroviário, foram implantados alguns galpões
e
armazenamento
alojamentos e
que
hospedagem
serviam
para
temporária
dos
trabalhadores. Essas aglomerações deram origem a Parte Baixa de Paranapiacaba.
a dificuldade da empreitada buscou em Londres parceria financeira e técnica, chegou até o engenheiro Daniel M. Fox, este realizou o levantamento completo da estrada e por fim materializou a ligação ferroviária entre o planalto paulista e o litoral. Assim originou-se a The São Paulo Railway Company.
O Pátio Ferroviário e a Parte Baixa Cargueiro transportando café 1881-1886. Marc Ferrez. Fonte: O Café. São Paulo: Hamburg Donnelley, 2000.
Alocaram a Estação da estrada de ferro no último terreno de topografia menos acidentada da Serra e assim possível de implantação. A Estação Alto da Serra,
Assentamento dos trilhos da estação, é possível ver as primeiras ocupações. 1865. (Foto Autor Desconhecido).
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A baixo imagem do Cartão Postal da Estação no início
conta certas questões com relação a salubridade e
do século XX.:
equipamentos urbanos. ’’ (Cruz,2007). Nesse contexto foi planejada a então Vila Martin Smith.
Parte Alta ou Morro
Desenhada na Inglaterra e seu projeto contava com:
Assim como ocorre nas grandes metrópoles, onde o
projeto de água e esgoto, boa iluminação e ventilação,
investimento público, por fatores que caberiam a outras
programas
água
discussões, acabam indo para os Centros e neles se
encanada, residências e equipamentos como: escola,
concentram as maiores infraestruturas e equipamentos,
mercado, quadra de esportes, clube.
em detrimento do investimento em outras áreas, fazendo
anti-incêndios,
esgoto
sanitário
e
-Registro de água com a sigla da São Paulo Railway Company na vila Martin Smith Acervo: Ralph M. Giesbrecht.
esgotamento sanitário. ’’ (Cruz,2007).
Foto autoral, 2019.
com que esses terrenos sejam altamente valorizados e caros, a massa da população acaba por ocupar lotes mais distantes e mais baratos. Que estão longe dos ‘’olhos’’ do município, arranjando e fazendo as estruturas conforme
Vila Martin Smith
as
necessidades
e
possibilidades
da
população. Um paralelo a esse cenário se pode fazer
No ano de 1867 a primeira parte da ferrovia foi entregue.
Este novo núcleo urbano teve, para sua implantação, um
com relação à parte Alta ou Morro de Paranapiacaba,
Porém foi necessária a duplicação da mesma, para
controle rígido e planejado, sendo ele projetado,
nessa área não houve projeto por parte da Railway, nem
tanto seriam necessários muitos trabalhadores. Decidiram
construído e administrado pela SPR, diferentemente do
por ela era controlado. Acabou se tornando o lugar
então fazer uma instalação para os trabalhadores da
que ocorreu no início da implantação da Parte Baixa.
onde se supria as necessidades que a Vila planejada,
manutenção e administração da linha e da companhia.
Para a Vila Martin Smith foi adotado um traçado em
Martin Smith não provia. Nela aposentados e pessoas
Os trabalhadores manuais, técnicos, e o engenheiro
xadrez definido a partir do eixo leste-o este, o que, ‘’de
dispensadas da Companhia iam morar, construindo
chefe da Railway. Os ingleses resolveram projetar uma
acordo com Minami (1994), tinha a função de proteger
casas à sua maneira. Era também o local de comércios
vila para abrigar esses moradores, casas de máquinas,
as fachadas das edificações da ação dos ventos
que não existiam na Vila Martin Smith.
armazéns e afins.
predominantes, identificados, por Ab’Saber (1985), como
A parte Alta ou Morro é hoje composta por casas no
‘’. Tendo em vista, possivelmente, as questões com as
sendo de leste, sudeste e sul, que vêm do mar. ’’
alinhamento da rua, térreas e algumas assobradas. Não
quais passaram as cidades operárias inglesas naquele
(Cruz,2007). ‘’O terreno escolhido para implantação da
tendo um planejamento ou homogeneidade definidos,
período, como as greves por parte dos trabalhadores
Martin Smith foi um pouco a baixo da Parte Alta da Vila,
constituindo uma ocupação mais espontânea.
com relação a vida nesses lugares, e o caos relacionado
por apresentar uma topografia favorável, com um ligeiro
a baixa salubridade, é possível imaginar que quando
declive, condição propícia para garantir uma boa
desenharam essa nova parte da Vila tenham levado em
drenagem das águas pluviais, abastecimento de água e
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Quadro de Datas • 1860. Implantação da Estrada de ferro por parte da companhia inglesa São Paulo Railway Company -SPR. • 1946. Fim da concessão inglesa, a ferrovia e seu patrimônio passa a ser incorporados ao Governo Federal. • 1957. A Rede Ferroviária Federal S.A. passou a administrá-la. • A partir de 1980: a Vila de Paranapiacaba passa por um intenso período de abandono e degradação. • 1987. Após inúmeras solicitações populares, teve seu patrimônio cultural e natural reconhecido e tombado pelo CONDEPHAAT. (Órgão estadual) • 2002. A prefeitura de Santo André compra a Vila e passa á administra-la. No mesmo ano ela é tombada pelo IPHAN. (Órgão federal) • 2003. Tombamento pelo COMDEPHAAPASA (Órgão municipal) • Entre
2003
e
2007
foi
considerada
pela
World
Monuments Fund um dos cem patrimônios mais importantes do mundo em risco. • 2008. Paranapiacaba tornou-se o primeiro patrimônio cultural
paulista
e
também
primeiro
patrimônio
industrial ferroviário brasileiro a compor a lista indicativa do IPHAN ao título de Patrimônio da Humanidade da UNESCO. • 2017. Paranapiacaba passa por grande processo de recuperação
do
seu
patrimônio
histórico
com
iniciativas da gestão municipal e o PAC-Cidades Históricas em parceria com o IPHAN.
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O entendimento do todo Exposição Geral O mapa apresentado a seguir mostra todo o perímetro
O próximo passo foi marcar os eixos principais de
parte baixa da Vila, já próximo à Vila Martin Smith.
da Vila de Paranapiacaba, identificando as tipologias, os
circulação percorridos por turistas. Para isso usei de três
-E o terceiro acesso é vindo de trem da estação da Luz
usos e os fluxos. Essa base me foi fornecida pela
meios:
até a Vila, pelo Expresso Turístico Luz-Paranapiacaba.
prefeitura de Santo André e a partir dela fui marcando os
-A observação em campo com o único objetivo de ver
Esse é um trem
pontos de interesse segundo dados e observações em
onde se concentrava maior número de pessoas, foi em
antecipada do bilhete, que pode ter um fila de até dois
campo.
um domingo ‘’comum’’, não havia nenhum tipo de
meses de espera. Ele funciona somente aos finais de
evento específico acontecendo.
semana, os domingos e alguns sábados alternados,
As tipologias e usos foram separadas por: Imóveis
-Observei os meus mapas turísticos de anos passados e
comporta 80 pessoas por viagem. Há apenas uma
ocupados e não ocupados, representados na cor cinza
marquei onde se concentravam as apresentações.
viagem de ida e volta por dia de fim de semana.
e roxo respectivamente, tipologias usadas como hotel,
-Experiências pessoas: Por onde eu e meus amigos como
Esses percursos estão marcados com linhas azul, laranja e
em laranja, tipologias usadas para comércio alimentício:
turistas mais caminhamos na Vila, os lugares que mais me
rosa. E os acessos em verde e roxo.
Bares, cafés e restaurantes, em amarelo. Tipologias não
lembro, os lugares que eles se lembram, os lugares que
habitacional, no geral se trata de remanescentes de
fotografei...
vagões de trem ou de galpões, em vermelho.
Com isso marquei três fluxos principais, a partir dos únicos
Também foram marcadas as praças, em hachura
três acessos a Vila:
amarela, as construções irregulares, essas se tratam
-O primeiro e de maior fluxo compõe aquele que vem
daquelas feitas posteriormente sem nenhum cuidado e
pela Estrada Avenida Serrana de carro particular e
relação com o ambiente ao entorno. A construção que
deixam o veículo no único estacionamento, que fica na
soube por fontes confiáveis na prefeitura que está
parte alta da Vila e depois caminham passando pelo
prevista para ser demolida, em preto. E o lote em
largo da igreja e atravessam a passarela metálica.
processo de restauro pelo município, em hachura preta.
Mesmo acesso se tem quem chega de transporte
Foram marcados os palcos, esses se tratam de palcos
público: A partir da linha Turquesa de trem, sentido Alto
temporários que são montados nos dias específicos de
da Serra, descendo nessa estação e indo até o ponto
apresentações, para esses eu utilizei os mapas turísticos
final do ônibus 424 com destino a Paranapiacaba, o
dos Festivais de Inverno que tinha guardado de cada
pedestre fará o mesmo trajeto passando pelo largo da
ano e fiz um mapeamento marcando aproximadamente
igreja e atravessando a passarela metálica.
o local dessas estruturas temporárias.
-O segundo e mais utilizado por moradores que possuem
Os pontos turísticos que são aqueles que podem ser
veículo próprio e pelos turistas que vão nos fins de
visitados internamente, estão marcados na cor rosa
semana¹. É pela Estrada De Paranapiacaba, que dá na
temático, que exige a compra
Mapas e Cartilhas turísticas dos Festivais de Inverno desde 2014. Arquivo pessoal. ¹Fins de semana que não tenham nenhum evento acontecendo na Vila, pois em dias de eventos os turistas são instruídos a deixar seus carros no estacionamento que fica fora do perímetro principal da Vila, devido a pouca capacidade de comportar muitos carros na Vila. Salvo os turistas que possuam reserva em hotéis, esses podem entrar de carro.
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
O entendimento do todo Mapa Geral (E.F
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Acesso Secundário
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Tipologia não residencial
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Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
O entendimento do todo Gabarito (E.F .S.J
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SP - 122
A maior parte das casas na Vila são térreas. Na primeira ocupação só foram feitas duas tipologias assobradadas: a casa do engenheiro chefe da ferrovia, que hoje é o Museu Castelinho e o Clube União Lyra Serrano, que conta com térreo + mezanino. Outras tipologias de dois pavimentos só são encontradas na Parte Alta e são de um período mais recente.
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Gabaritos Vila de Paranapiacaba Esc: 1:2500
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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O entendimento do todo Topografia (E.F
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O mapa em sequencia será uma abordagem mais próxima de cada uma dessas quatro manchas.
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SP - 122
Até agora foi apresentado mapas de dados e usos gerais de todo perímetro da Vila de Paranapiacaba. A partir de agora iremos desmembra-lo em partes para estudarmos com mais profundidade cada uma delas. O próximo mapa mostrará os núcleos ou tecidos urbanos identificáveis que compõem a Vila, são quatro: Parte Alta, Pátio Ferroviária, Parte Baixa e Vila Martin Smith. (Não se trata do zoneamento da legislação, esse é mais especifico). Cada um desses núcleos possui um momento de ocupação diferente e características distintas.
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ruína
Perímetro da Vila de Paranapiacaba Esc: 1:2500
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Leitura de cada mancha Com as quatro manchas anteriormente marcadas, utilizei do método de análise do Gordon Cullen, no livro ‘’Paisagem Urbana’’, página 109, onde ele faz uma sequência de imagens ao longo de uma rua principal em Blandfor Forum, encontrando ao longo do passeio diferentes efeitos de espaços delimitados. Desmembrei as quatro manchas do mapa anterior para mostrar ao leitor o que acontece em cada uma delas. A rota delimitada para o levantamento fotográfico tem haver com os caminhos mais percorridos por turistas identificados no primeiro mapa. O caminho é traçado com setas que indicam o que se encontra a cada nova paisagem.
Como pode ser observado nas páginas
seguintes.
25
SITIO RIO
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A divisão por manchas
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Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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O percurso delimitado é o caminho principal percorrido por turístas (e moradores da parte baixa) desde a chegada na Vila pela Parte Alta até a transposição pela passarela metálica. As fotografias mostram cada nova paisagem conforme o percurso é feito.
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Caracterização da malha urbana: Mancha Parte Alta
N
Esc: 1:2000 Pontos turísticos
Entrada da Vila por acesso de ônibus
Largo da Igreja
Rua João Antunes
Casario da Rua João Antunes
Rua Rodriguões Quaresma
Última rua da parte Alta -vista da esquina
Restaurantes / cafés / bares
Tipologia não residencial
Rua Antônio Tomaz
Rua William Speers
25
SITIO
NAPIA
RIO
PARA
BONITO
DE AO 1/32
DA
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ESTRA
A divisão por manchas
CABA
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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OCAMPO
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Entrada da Parte Baixa
Vista da Estação
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O percurso delimitado do Pátio Ferroviário é a partir da chegada á passarela metálica, fazendo a transposição da mesma. A rota traçada é um dos caminhos mais percorridos por túristas quando chegam pela Parte Alta da Vila.
Acesso Secundário
RUA
Leitura de cada mancha Pátio Ferroviário
TR.
PARANAPIACAB
ESTRADA
DE
ALTO DA SERRA
Acesso Primário
O
LARGO DOS PADEIROS
Vista entrada da Passarela metálica
Largo dos Padeiros
Vista ao lado do antigo galpão sentido a Estação
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Caracterização da malha urbana: Mancha Pátio ferroviário Esc: 1:2000 Construção á ser demolida
Vista saída da Passarela metálica
Rua da Estação
Pontos turísticos
Tipologia não residencial
Imóvel não ocupado
Massa de área verde
Vista do morro entre o antigo galpão e a Padaria dos Mendes
26
SITIO RIO
PARA
BONITO
DE AO 1/32
DA
ESTA~ ESTAC
ESTRA
A divisão por manchas
NAPIA CABA
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
ESTA~ ESTA CAO 1/32
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OCAMPO
(R.F.F.S .A.) (E.F.S.J.)
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PARANAPIACABA
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Acesso Secundário
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CANUDOS DE PARANAPIA
AV. ANTONIO
CABA
FRANCISCO
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SAPO
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ruína
MAIA
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ESCRITORIO
R.F.F.S.A.
CLUBE UNIAO LIRA SERRANO
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RUA
MUSEU
INHO
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PRAÇA JOÃO DIAS
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14,5
LARGO DOS PADEIROS
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ANTUNES JOAO
WILLIAM
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ANTON
LARGO DA
FERRAZ
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SP - 122
Acesso Primário
RUA
MANOEL DO
PALHA
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R.F.F.S.A.
FILHO
PRACA MERCADO
RUA
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PRACA JOAO GASPAR
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- 122
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O percurso da Parte Baixa também foi feito a partir do fluxo dos turístas. Aqueles que de maneira linear seguem na Rua Direita.
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Antigo posto de saúde, hoje usado como Informações Turistícas
Percurso ao longo da Rua Direita - AMA -Saída de Trilhas
N
Caracterização da malha urbana: Parte Baixa Esc: 1:2000
Percurso ao longo da Rua Direita Olhando a esquina
Palcos (montados temporariamente em eventos especifícos).
Hotéis
Pontos turísticos
Tipologia não residencial
Imóvel não ocupado
Percurso ao longo da Rua Direita
27
SITIO RIO
PARA
BONITO
DE AO 1/32 OCAMPO
DA
ESTA~ ESTAC
ESTRA
A divisão por manchas
NAPIA CABA
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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14,5
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SP - 122
Acesso Primário
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TR. BENTO JOSÉ R. SILVA
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CLUBE UNIAO LIRA SERRANO
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Casario na Av. Manoel Ferraz
Fachada Clube União Lyra Serrano
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A Vila Martin Smith é certamente onde se encontram mais pontos turistícos na Vila. O percurso apresentado segue três opções de rotas a partir da Av. Manoel Ferraz.
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Leitura de cada mancha Vila Martin Smith
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N
Caracterização da malha urbana: Mancha Vila Martin Smith Esc: 1:2000
Fachada Mercado
Av. Antônio Olyntho
Área em projeto de restauro pelo municipio
Palcos (montados temporariamente em eventos especifícos).
Hotéis
Massa de área verde
Pontos turísticos
Tipologia não residencial
Imóvel não ocupado
Praça
Fundos da Casa Fox
28
ruína
SITIO RIO
PARA
BONITO
DE AO 1/32 OCAMPO
DA
ESTA~ ESTAC
ESTRA
A divisão por manchas
NAPIA CABA
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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Acesso Secundário
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ruína
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ruína
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SP - 122
Acesso Primário
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PRACA JOAO GASPAR FILHO
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CÂMARA GENOFRE
LARGO
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MUSEUIARIO
JOÃO
VEREADO
TR. VER.
FERROV
DIAS
DIREIT
VELHA
ruína
ruína
CAMINHO
- 122
DO SAPO
SP
SERR
- 122
OLYNTHO
DE PAULA
SP
TR.
Leitura de cada mancha Vila Martin Smith
ESTRADA
TR. ALTO DA SERRA
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MAN
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Quadra em projeto de restauro
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Fachada Casa Fox
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ruína
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Caracterização da malha urbana: Mancha Vila Martin Smith Virando a esquina, Rua Rodrigues Alves
Esc: 1:2000 Área em projeto de restauro pelo municipio
Palcos (montados temporariamente em eventos especifícos).
Hotéis
Massa de área verde
Pontos turísticos
Tipologia não residencial
Imóvel não ocupado
Praça
29
ruína
Perímetro de Intervenção
30
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Identificação do perímetro Após análise e entendimento de toda a Vila de
Outro fator interessante é que este perímetro conta com
Paranapiacaba,
não
dois processos de restauro pela prefeitura: Um galpão,
apenas um lote para implantação do projeto, mas sim
que era o antigo alojamento de trabalhadores solteiros
um perímetro á ser trabalhado.
que construíram a Vila Martin Smith.
Levando
em
mostrou-se
consideração
necessário
os
fluxos
eleger
das
maiores
E o restauro de toda uma quadra que em breve iniciará
concentrações turísticas, os acessos e equipamentos de
as obras, contará com um Auditório, um Café, Sala de
destaque foi eleito um perímetro para a implantação de
apresentações em vídeo e espaço infantil.
uma série de propostas e equipamentos que serão justificados mais adiante.
Este projeto propõem a demolição de uma construção irregular que está no perímetro, e a utilização do terreno
Esse perímetro é o centro de dois dos três acessos á Vila:
para implantação de um equipamento urbano, o Centro
A estação do expresso turístico Luz – Paranapiacaba e a
de Apoio ao Turista.
Estrada de Paranapiacaba, por onde é possível que se chegue de veiculo.
O mapa na página seguinte destaca dentro da Vila esse
Em fins de semana comuns, a Vila recebe muitas pessoas
perímetro e os acessos e equipamentos próximos á ele.
que vem das Cidades vizinhas Mauá e Ribeirão Pires para passear uma tarde na Vila. Essas pessoas geralmente
Os seguintes desenhos são ampliações dessa área, vistas
chegam pela Estrada de Paranapiacaba. Já o expresso
e cortes urbanos do perímetro.
turístico é um passeio temático que requer a compra do bilhete antecipadamente, são cerca de 5 viagens por mês,
cada
viagem
comporta
176
passageiros,
totalizando uma média de 880 pessoas que chegam á Vila todos meses vindos apenas pelo Expresso Turístico. Outro ponto de destaque desse perímetro são os pontos turísticos, além da Estação, estão a Casa Fox, museu que pode ser visitado internamente e retrata a casa com todo mobiliário e revestimentos de uma casa de ferroviário do período e a Padaria dos Mendes.
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Perímetro de Intervenção Identificação do perímetro
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ruína
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LARGO DA IGREJA
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SP - 122
Acesso Primário
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Perímetro de Intervenção Esc: 1:2500 Área em projeto de restauro pelo município Construção á ser demolida Massa de área verde
Tipologia não residencial
Acesso Primário
Lote não ocupado
Acesso secundário Perímetro de intervenção
Pontos turísticos
33
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Perímetro de Intervenção Identificação do perímetro Aces so Se c Estra da d undário e Pa rana p
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Acesso Primário Passarela
09
Perimetro área de intervenção Área em processo de restauro
Construção irregular / Demolição
Padaria dos Mendes
Trem expresso turistíco Luz
Lote desocupado
Indicação de foto
Casa Fox
i
Indicação de Isométrica
05 10
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
P.N.T.
CORTE B-B Rua Schnoor -Lado esquerdo
Banheiros da estação Foto: 03
Construção ir r egular . Padaria Foto: 04
Estação expresso t ur istí co L uz ao f u nd o F o t o : 0 6
G a l p ã o em r est aur o Fotos: 06 e 10
P a d a r i a dos Mendes Foto: 09
P.N.T.
CORTE C-C Rua Schnoor -Lado direito
R u i n a -Em restauro Foto: 07
Casa Fox Foto: 05
Dependência banheiro Casa Fox
Igreja
Legislação
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Legislação
urbanizadas, noções de relação com o entorno, gabaritos, cheios e vazios, entre outros.
ES TA ~CA1/ O32
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Acesso Secundário
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O plano de zoneamento é separado pelas áreas: Seção I - Do Setor do Rebique Seção II – Do Setor da Parte Alta Seção III – Do Setor da Parte Baixa
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A seguir apresento o mapa de zoneamento, onde se observa que o perímetro de estudo desse projeto faz parte do Setor da Ferrovia e da área APC (Área Predominante Comercial).
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E a Divisão de Áreas de Uso do Solo no setor da parte baixa: APC: predominante Comercial APR: Área predominante Residencial AAN: Áreas de atividades Noturnas ASD: Áreas de serviços diferenciados ATP: Área de transposição ao Parque Nascentes de Paranapiacaba.
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Paranapiacaba faz parte do município de Santo André, porém o Plano Diretor de Santo André não se aplica a zona de Paranapiacaba. Paranapiacaba possui uma subprefeitura e uma coordenação especifica, ‘’Para administrar as especificidades da região de Paranapiacaba, a Prefeitura de Santo André criou em 2001 a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, viabilizando a implantação de um modelo de gestão municipal descentralizada, articulando as políticas de desenvolvimento urbano, econômico e social, com preservação do patrimônio cultural, conservação ambiental, turismo sustentável e participação cidadã. ’’ (Figueiredo, 2010). Foi publicada em 2007 a Lei Ordinária Nº 9.018. Intitulada Zona Especial de Interesse do Patrimônio de Paranapiacaba –ZEIPP. Que é o Plano Diretor específico de Paranapiacaba. Nela apontam diretrizes quanto ao Uso e Ocupação do solo, áreas de interesse á serem
N
Zoneamento de Paranapiacaba
OCAM
PO
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Á seguir resumo da ZEIPP com destaque para os setores que compõem a área de intervenção. Do Setor da Ferrovia Art. 16. O Setor da Ferrovia é a área da linha férrea e sua faixa de domínio, que tem como função prioritária a atividade de transporte ferroviário, não constituindo, (LEI Nº 9.018, 2007)
portanto, área propícia à urbanização. Art. 17. São diretrizes específicas a serem adotadas no Setor da Ferrovia: I -compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação da paisagem cultural existente neste setor; II -realizar a restauração e conservação dos bens móveis, imóveis e áreas livres; III -permitir, controlar e orientar a visitação turística ao
(LEI Nº 9.018, 2007)
(LEI Nº 9.018, 2007)
patrimônio cultural sob seu domínio;
São diretrizes gerais para o desenvolvimento local
De acordo com o Artigo 75, são permitidas as seguintes
Da Área Predominantemente Comercial
sustentável da Zona Especial
categorias de intervenção:
Art. 39. Na Área Predominantemente Comercial são
Patrimônio de Paranapiacaba:
I -manutenção;
permitidos os seguintes usos:
II -promover o desenvolvimento econômico compatível
II -reparação;
I -residencial e misto;
com ambiente e com o suporte de infraestrutura urbana
III -adaptação;
II -não-residencial permitido pela legislação ambiental
da Vila de Paranapiacaba;
IV -atualização tecnológica;
vigente até o estoque máximo de 60% dos lotes
III
disponíveis nesta área;
Paranapiacaba;
VI -requalificação urbana;
IV -promover, consolidar e qualificar a atividade turística
VII -nova construção.
A lado as tabelas de Gabarito, Permeabilidade e Ruído.
com sustentabilidade;
E o Art. 76 diz que: ‘’Para cada categoria de
Com grifo (meu) nos setores de intervenção desse
VIII -incrementar e qualificar o uso de hotelaria;
intervenção será emitida uma autorização específica’’. –
projeto:
XI
-melhorar
-buscar
a
infraestrutura
alternativas
de
de Interesse do
urbana
da
habitabilidade
compatível para os imóveis públicos;
Vila
e
de
uso
V -restauração;
Não especificando aqui taxas de ocupação.
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Programas Municipais Com base na tese da Vanessa Gayego Bello Figueiredo,
(principal evento do ano, responsável por cerca de 50%
PARANAPIACABA:
PRESERVAÇÃO
da visitação anual), Agosto – Festa do Padroeiro Bom
SUSTENTÁVEL DA PAISAGEM CULTURAL. Apresento como
Jesus de Paranapiacaba (evento mais antigo da Vila),
que a partir da compra da Vila pela prefeitura de Santo
em Setembro – Feira do Livro em Paranapiacaba,
André em 2002 o município se empenhou na criação de
Outubro – Roda da Primavera de Paranapiacaba e em
leis especificas, diretrizes, programas de restauro e
Novembro
formação de moradores. E os resultados que essas ações
Paranapiacaba.
trouxeram.
O
Este trabalho busca estar de mãos dadas com os
Paranapiacaba, criado em 2003, é principal produto eco
tramites com que a Vila vem passando e ajudar a
turístico, oferecendo trilhas, arvorismo e interpretação
desenvolver essas atividades.
ambiental na Mata Atlântica.
-Para administrar as especificidades da região de
Projetos municipais
Paranapiacaba, a Prefeitura de Santo André criou em
PQST – “Programa de Qualificação dos Serviços Turísticos” e a “Certificação 5º. Patamar”, oferece aos empreendedores e moradores um conjunto de cursos abordando os temas de educação ambiental, educação patrimonial e educação para o turismo e empreendedorismo. Estes cursos formaram, até 2008, 50 monitores ambientais e 30 monitores culturais. Também foram promovidos cursos profissionalizantes. Foram ministrados cursos de economia solidária, carpintaria, marcenaria, restauro em madeira, artesanato em cerâmica, xilogravura, gastronomia e formação para trabalho em construção civil, como eletricista, pedreiro e encanador. Até o final de 2008 estavam formados e trabalhando: -Cooperativa de Restauro em Madeira Três associações de serviços turísticos: -AMA (Associação de Monitores Ambientais de Paranapiacaba) -ECOVERDE -ECOPASSEIOS.
UM
CASO
DE
2001 a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense. Após a compra da Vila em 2002 foi iniciado o ‘’programa de desenvolvimento econômico e social baseado no turismo. O projeto de turismo proposto teve como objetivo a promoção do turismo de base comunitária, onde a comunidade local estivesse inserida na rotina da visitação pública, na convivência com o turista, nas atividades e produtos turísticos. Nesta primeira fase foram criados também dois dos principais produtos turísticos de Paranapiacaba: o Calendário Cultural e o Parque Nascentes. ’’ (Figueiredo, 2010). Em 2019 o calendário cultural conta com os seguintes eventos: Em março o Carnaval, em abril o Festival do Cambuci, maio a Convenção de Bruxas e Magos, em junho a Festa Junina, em Julho o Festival de Inverno
Parque
–
Encontro Natural
de
Municipal
Motociclistas Nascentes
de de
Estavam ainda em formação a cooperativa de gastronomia e a associação dos artesãos de Paranapiacaba. Outros cursos buscavam a formação continuada e aperfeiçoamento para monitores de turismo, tais como o de “Aprendizado Sequencial e Vivência na Natureza” e o de “Historia e Memória Oral”, para a formação dos “Agentes da Memória”. A administração investiu especificamente na formação e inclusão de jovens por meio de dois programas: -PJ: Programa de Jovens da Reserva da Biosfera
Desenvolvido em parceria com o Instituto Florestal e a Unesco, o Programa de Jovens da Reserva da Biosfera buscava, além da formação integral de adolescentes entre 14 e 21 anos, a capacitação para o ecomercado, nas áreas de monitoria ambiental, ecoturismo, manejo florestal, agroindústria artesanal e arte e reciclagem. Em 2006 foi implantado em Paranapiacaba o viveiro e horta experimental pelos jovens, com financiamento do Banco Mundial. Em 2008 outros 50 alunos estavam terminando o curso de formação. PDTUR – Elaborado a partir da revisão da ZEIPP de 2007, o Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável PDTUR, reavalia os atrativos e produtos turísticos, bem como os segmentos turísticos a serem priorizados. Paranapiacaba passa então a focar suas ações e projetos em quatro segmentos turísticos: • Turismo cultural, • Ecoturismo, • Turismo pedagógico • Turismo de qualidade de vida. Em 2007, o turismo cultural foi incrementado com o Circuito Museológico. Baseado na concepção de “Museu a Céu Aberto”, o circuito articula espaços expositivos diversos e a própria paisagem cultural local na abordagem dos temas patrimônio histórico, natural, sociocultural, arquitetônico-urbanístico, ferroviário e o humano. Este projeto museológico foi premiado em maio de 2007, no “Concurso de Modernização de Museus”, promovido pelo IPHAN’’ Para promover a inclusão de moradores que não tinham condição socioeconômica de abrir empreendimentos sozinhos foi criado em 2002 o “Entreposto de Arte e Artesanato” e o “Espaço Gastronômico”. Primeiramente o espaço cedido como sede dos projetos foi o Antigo Mercado. Em 2006 receberam, através de um convênio, dois imóveis para o desenvolvimento de suas atividades. Em 2008 estava sendo realizado um trabalho para que estes grupos se formalizassem como associação ou cooperativa A Partir de 2006 a Subprefeitura promoveu um curso específico para formação em educação patrimonial, cujo módulo básico era oferecido a todos os moradores e os demais módulos (intermediário e avançado) tinham por objetivo formar monitores culturais. O desemprego diminuiu de 61% em 1999 para 30% em 2005. O número de empreendimentos cresceu de apenas 9 em 2001 para 90 em 2008 (nas áreas de hotelaria, alimentação e serviços turísticos), e 90% deles são de moradores de Paranapiacaba. A movimentação financeira anual média declarada pelos empreendedores subiu de R$ 32 mil/ano em 2002 para R$ 1 milhão/ano em 2007. Houve também aumento nos níveis de escolaridade. (FIGUEIREDO, 2010).
Casos Anรกlogos
40
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Casos Análogos
1. Centro de Visitantes Parque do Rola Moça Ficha Técnica Uso: Recepção de visitantes ao parque, exposições, mini auditório, alimentação e cinema a céu aberto. Autor: Humberto Hermeto Arquitetura e TETRO Arquitetura. Localização: Parque Estadual Serra do Rola Moça, Serra do Curral, Belo Horizonte - Minas Gerais, Brasil. Área Construída: 680m². Área de Ocupação: 680m² Número de pavimentos: 1 Área do terreno: 5.300m². TO:
12,8%
CA:
0,128
Ano do projeto: 2015 Ano de construção: 2017
Foto externa. / Gustavo Xavier
Materiais predominantes: Aço e Vidro. Sistema construtivo: Estrutura metálica. Programa: salão de exposições, sala multiuso (mini auditório), lanchonete, sanitários e cinema a céu aberto.
escarga
arga / d
Acesso
Edificio
Estacion
amento
ib Vaga ôn
c Acesso
Rola Moça
Acesso
visitantes ao parque Estadual da Serra do Rola-Moça, localizado em Belo Horizonte. O parque abriga alguns dos mananciais que abastecem a capital, além de ser o habitat natural de espécies de animais ameaçados de extinção. A escolha por eleger esse estudo de caso se da principalmente ao programa arquitetônico ser próximo ao que se imagina para o Centro de Apoio ao Turísta de Paranapiacaba. A sequência: Pavilhão de recepção com exposições temporárias, recepção com informações turíistíca, Incluindo também equipamentos de comércio: café e restaurante. Somados, esses ambientes conferem um uso plural do espaço. A lanchonete tem aberturas para dentro e para fora da edificação, permitindo o funcionamento mesmo quando o museu principal estiver fechado. A disposição do pavilhão como que pousa levemente sobre o terreno, interferindo minimamente na topografia, sua estrutura elevada permite que se preserve a vegetação local.
carro
us
Portaria
é um centro de
Rotatória
amento Estacion ônibus
Implantação
Foto externa
Fonte: Archdaily
Gustavo Xavier
Planta com setorização
ADMINISTRATIVO 50M²
SALA MULTIUSO 76M²
Fonte: Archdaily Grifo e legenda da autora
PASSEIOS E CIRCULAÇÃO 442M² (*SENDO 281M² NÃO COMPUTÁVEL)
COMÉRCIO: LANCHONETE / LOJA 34M²
ÁREA DE EXPOSIÇÃO 285M²
BANHEIROS 52M²
CORTE A-A
CORTE B-B
CORTE E-E CORTE D-D CORTE C-C
Cortes
Fonte: Archdaily
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Casos Análogos
2. Praça Central de Guaratuba/PR Ficha Técnica Uso: Praça Pública Arquitetos: Bloco B arquitetura, Desterro Arquitetos, Giz de Terra
Perspectiva Fonte: Archdaily
Paisagismo Localização: Praça Coronel Alexandre Mafra 330 - centro, Guaratuba - PR, 83280-000, Brasil
O segundo estudo de caso analisado, é o projeto vencedor em Arquiteto Responsável: Arthur Eduardo Becker Lins primeiro lugar do Concurso Público Autores: Arthur Eduardo Becker Lins, Camilla Sbeghen Ghisleni, Felipe Cemin Nacional de Anteprojeto para o Finger, Gabriela Fernandes Fávero, Julia de Faveri, Laura Rotter Schimdt e Vitor Agenciamento e Paisagismo da Sadowski Praça Central de Guaratuba -PR. Área: 10000.0 m2 Ano do projeto: 2017
O local do projeto abrange e valoriza edifícios históricos, faz ligação com as áreas verdes e integra o mar com a Cidade, trazendo o resgate da relação do meio urbano - com a praça - e com a Baía de Guaratuba. O projeto vencedor, partiu do uso de uma malha para setorizar os usos, propôs os fluxos e integrações predominantes, valorizando o passeio do pedestre. Foram eleitos tipos de piso, revestimentos, mobiliário urbano e vegetações. ''O desenho proposto para a praça a abre para a cidade, permitindo percursos cotidianos, turísticos e didáticos, bem como fácil acesso a elementos históricos. ''
Implantação Fonte: Archdaily
(Eduardo Souza, 2017). -Agora o escritório irá produzir o Projeto Executivo e projetos Complementares para dar início às obras.
Proposições Fonte: Archdaily
Corte
Perspectiva
Setorização
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Justificativa -Os Usos
44
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Justificativa Os Usos Este projeto prevê a implantação de algumas estruturas
E uma área reservada ao estacionamento de food-
-Cobertura para mesas do café ao lado do Centro de
de apoio, a melhoria da qualidade espacial da rua e a
trucks, seguido de um pavilhão coberto para mesas.
Apoio, com capacidade para 60 lugares.
concepção de uma praça.
Nos dias de festivais principalmente, a Vila recebe uma
A área de intervenção, por ser o encontro dos três
demanda muito maior de visitantes, e esses carros de
-Transposição da linha do trem por meio de uma
acessos até a Vila é de suma importância como
alimentação são bastante utilizados, porém não se tem
passarela
elemento estruturador de toda Vila.
um lugar especifico para eles, e eles acabam por obstruir
Na área hoje são encontradas algumas inconformidades,
a paisagem e a circulação na Vila. O projeto prevê a
-Ligação da Rua Caminho da Estação até a Rua Schnoor
como mostra o mapa na próxima página. Este projeto
disposição deles perpendicular ao campo de visão
por meio de uma passarela e escadaria
busca requalificar essas fragilidades, trazendo uma maior
principal,
compreensão e uso do espaço como um todo.
paisagem.
bem
localizado,
porém
sem
obstruir
a -Captação do escoamento das águas pluviais por meio de dois reservatórios
O Partido
Pontos abrangidos no projeto:
O partido do projeto se deu pela intenção da ligação da
-Fechamento da Rua Schnoor apenas para transito de
-Área
Rua Caminho da Estação até a Rua Schnoor, onde se
pedestre, com bancos, iluminação, totens informativos e
(capacidade para 10 food-trucks) e Pavilhão coberto.
encontram vários pontos de interesse turístico.
vegetação.
Foi
para
o
estacionamento
de
Food-Trucks
implantada então uma rampa e escadaria de ligação, ao redor do antigo Viradouro, mantendo-o como objeto
-Centro de Apoio ao turista. Um espaço de informações
Os
de contemplação no passeio.
e exposições, que tem o seguinte programa:
problemáticas identificáveis na área de intervenção hoje
O Segundo ponto importante foi a concepção de uma
• Área de Exposição- 100m²
e mostram os fluxos que se pretende ter com o projeto.
estrutura de Apoio ao turista, hoje na Vila esse lugar é o
• Depósito- 4m²
antigo posto de saúde, o que causa uma certa confusão
• Banheiro- 2,4m²
ao visitante, pois a fachada diz ‘’Posto de Saúde’’, e
• Café- 10m² (Apenas interno)
uma pequena placa ao lado diz: ‘’Apoio ao turista’’. E é um espaço pequeno e com pouca estrutura.
-Sanitários públicos, com o seguinte programa:
Outros dois pontos importantes do projeto foram, o
• 5 Sanitários masculinos, sendo 1 PNE
fechamento da Rua Schnoor apenas para trânsito de
• 5 Sanitários femininos, sendo 1 PNE
pedestres, o que garantirá um passeio mais confortável e
• Bebedouros
acessivo aos edifícios importantes no decorrer da Rua.
mapas
esquemáticos
ao
lado,
sintetizam
as
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
Justificativa -Inconformidades x Proposição
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ÁREA DE INTERNEÇÃO -FLUXOS PREDOMINANTES
Projeto de Intervenção
47
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
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VIS
E NT ITA
AP
PRAÇA ELEVADA
PASSEIO RUA SCHNOOR
PA
VIL
HÃ
OA
EN LIM
TA
O ÇÃ
SA N PÚ ITÁR IO BL ICO
PLANTA MEZANINO APOIO AO TURÍSTA
GRANDE PRAÇA
N PLANTA CHAVE APOIO AO TURÍSTA
N
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
TR.
ELIZ
EU
MAR
TINE
Z
WICZ
PASSEIO RUA SCHNOOR
IO ÁR O NIT SA BLIC PÚ
AVEN IDA RYMK IE
CX
OIO
AO
VIS
E NT ITA
AP
PRAÇA ELEVADA
PASSEIO RUA SCHNOOR
PA
VIL
HÃ
OA
EN LIM
TA
O ÇÃ
SA N PÚ ITÁR IO BL ICO
PLANTA ESTRUTURA APOIO AO TURÍSTA
GRANDE PRAÇA
N PLANTA CHAVE APOIO AO TURÍSTA
N
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba 01
02
03
04
05
CORTE A-A 01
CORTE B-B
02
01 02
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
CORTE C-C
VISTA 02 -FACHADA LATERAL APOIO AO TURÍSTA (ESQUERDA E DIREITA)
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
VISTA 01 -FACHADA FRONTAL
VISTA 03 -FACHADA POSTERIOR
A
B
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
01
02
03
A
A
04
B
PLANTA TÉRREO SANITÁRIO N
TR.
ELIZ
EU
MAR
TINE
Z
WICZ
PASSEIO RUA SCHNOOR
IO ÁR O NIT SA BLIC PÚ
AVEN IDA RYMK IE
CX
OIO
AO
VIS
E NT ITA
AP
PRAÇA ELEVADA
PASSEIO RUA SCHNOOR
VIL PA
PLANTA COBERTURA SANITÁRIO N
HÃ
OA
EN LIM
TA
O ÇÃ
SA N PÚ ITÁR IO BL ICO
GRANDE PRAÇA
PLANTA CHAVE SANITÁRIO
N
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
CORTE ESQUEMÁTICO A-A
CORTE B-B
Intervenção Urbana no Patrimônio Histórico de Paranapiacaba
FACHADA FRONTAL
FACHADA LATERAL