João Mandrião II
O João era um colega da nossa turma. Tem um problema, é muito mandrião. Sempre que a professora lhe faz uma pergunta ele nunca responde porque diz que a boca só se abre para comer e, para falar, dá muito trabalho. Era sempre o último a chegar à sala de aula e ficava à espera que alguém lhe abrisse a porta. A mãe, preocupada com o filho, falou com os professores para ver se o conseguiam ajudar a deixar de ser mandrião. O João chegava a casa e nunca fazia os trabalhos de casa, sentava-se no sofá, escondia o caderno, comia frango e pipocas e passava o resto da tarde a jogar jogos. O cão trazialhe os comandos da televisão e dos jogos.
Colégio João Paulo II Alunos do 4.º B 2015/2016
Uma das suas amigas, a Isabel, como não gostava deste modo de vida do João, decidiu ajudá-lo. Juntou-se com a turma e decidiram preparar um plano para ele deixar de comer tanto. Falaram com o professor Miguel, para ver se podiam contar com a ajuda dele. Arranjaram uma estratégia para o João começar a fazer exercício físico. Numa passadeira de ginástica, colocaram um pacote de batatas fritas distante para o João não lhe conseguir chegar e correr com motivação. Mesmo assim, não deu resultado. O João encontrou o botão para desligar a passadeira e foi buscar a comida.
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Decidiram, então, fazer camisolas para à aula de educação física. À frente tinham desenhos de cachorros quentes e atrás, hambúrgueres. Quando todos vestiram as camisolas, foi uma admiração total e deram grandes risadas. O João ficou todo contente e começou a correr muito mas, levou tão a sério a brincadeira, que enganava-se e dava umas belas trincas aos colegas. Ficamos todos marcados. Tínhamos de arranjar outra solução.
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Juntamo-nos no recreio para planear outra estratégia. Lembramo-nos de pedir ao senhor Fernando para inventar um comprimido que o fizesse emagrecer e deixar de ser mandrião.
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O João tomou o comprimido e fez efeito. Emagreceu mas, não deixou de ser mandrião.
No final de todas estas tentativas, o João acabou por não gostar das ajudas dos amigos e começou a inventar histórias para faltar à escola. Dizia que lhe doía o corpo todo. A mãe, preocupada, levou-o ao médico mas, doenças não havia. Estava de boa saúde. Desconfiada, a mãe, obrigou-o a voltar à escola. Quando chegou à escola, os amigos perguntaram-lhe se estava bem. O João continuou a fazer fita e respondeu: - Não! Ainda me dói o corpo todo e o médico não me compreende. Os amigos não gostaram da resposta do João, não lhe ligaram nenhuma e forma brincar. O João ficou pensativo. A Isabel foi ter com ele, com muita pena, e perguntou-lhe o que ele sentia. - Sinto falta de batatas fritas, Isabel! – disse o João. - Ó João, tu não mudas! – exclamou a Isabel. Colégio João Paulo II Alunos do 4.º B 2015/2016
- Eu só mudo se me deres um abraço e um beijinho! A Isabel deu-lhe um beijinho na cara e uma abraço muito forte, cheio de carinho. A partir desse dia, o João deixou de ser mandrião.
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Passado alguns anos, casaram, tiveram filhos e, na sua linda casa, colocaram um aquário com um peixe mágico.
Os filhotes tinham muita personalidade e eram trabalhadores porque falavam todos os dias com o peixe.
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