Museu Solomon R. Guggenheim E A Geometria

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Museu Solomon R. Guggenheim E A Geometria JOANA FERREIRA, 12ยบ B1. 2010/11



ÍNDICE

INTRODUÇÃO

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FRANK LLOYD WRIGHT

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MUSEU SOLOMON R. GUGGENHEIM

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BREVE APRECIAÇÃO

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WEBGRAFIA

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Introdução

Este trabalho tem como objectivo estreitar as ligações

da Matemática, nomeadamente, a Geometria no campo da Arquitectura.

Será objecto de estudo o Museu Solomon R. Guggenheim

em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, cujo respectivo arquitecto foi Frank Lloyd Wright, um dos mais conhecidos arquitectos da História.

Esta obra destaca-se por ser um exemplo da importância

da Matemática na Arte sendo, também, uma das obras mais conhecidas do século XX.

Analisar a relação entre a Arquitectura e a Geometria

é fundamental para entendermos a importância de cada uma individualmente. É essencial para a arquitectura a intervenção da Geometria e da Matemática, sendo a segunda a base sob qual toda Arquitectura assenta.

Muitas vezes associamos a relação entre ambas como

algo de extrema complexidade, algo difícil de compreender, visto que se encontram de tal forma unidas que julgámos impossível distingui-las. O objectivo deste trabalho é o de demonstrar a relação simbiótica entre ambas, partindo do ponto de vista mais simples, ou seja, utilizar conhecimentos básicos da Matemática e Geometria para “descodificar” a obra.



Frank Lloyd Wright

Frank Lloyd Wright nasceu em Richland Center,

Wisconsin, a 8 de Junho de 1867, e morreu em Phoenix, Arizona, a 9 de Abril de 1959, aos 91 anos. Viveu os seus anos iniciais num mundo rural, onde diz nascer a sua estreita relação com a Natureza e com tudo o que dela provém.

Mais tarde, parte para Chicago, onde começa a trabalhar

para a firma “Adler and Son” trabalhando directamente sob a ordem de Louis Sullivan durante seis anos, reconhecendo Sullivan como seu mestre e uma das principais influências para o seu trabalho. Sendo através deste que Wright começa a desenvolver o seu próprio estilo.

Após ter-se separado do seu mestre, Wright começa a

trabalhar por si e ganha uma carreira de renome, criando, desta forma, ao longo dos anos, uma longa lista de obras arquitectónicas premiadas e reconhecidas internacionalmente. Reconhecido, especialmente, por ser um “Arquitecto Organicista” é chamado, em 1943, para projectar o Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque.

Esta obra foi uma das mais controversas da sua carreira

tendo havido alguns protestos contra a sua execução, devido ao seu carácter inovador. No entanto, Wright satisfez a sua ideia com o apoio do seu encomendador Solomon R. Guggenheim, até ao dia da morte do magnata.

Após tal acontecimento, a construção do museu correu

como previsto. Seis meses antes desta obra ser aberta ao público Frank Lloyd Wright falece.

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Museu Solomon R. Guggenheim

O Museu Solomon R. Guggenheim é uma galeria de arte

localizada na Quinta Avenida em Nova York que foi projectada entre 1943 e 1956 e concluída em 1959.

Frank Lloyd Wright e Solomon R. Guggenheim foram os

homens responsáveis pelo processo de construção. O nome do museu foi dado em honra de Solomon Guggenheim e é talvez, a obra arquitectónica de Wright mais conhecida publicamente.

Fig. 1 - Museu Solomon R. Guggenheim.

Uma das características mais conhecidas do edificio é,

talvez, a área encimada por uma bela clarabóia que serve de “abertura” ao local, fornecendo-lhe a sua luz natural.(Fig. 2)

Outra característica importante encontra-se na galeria de

arte que se prolonga numa rampa em espiral contínua de seis andares. (Fig. 3)

Outro elemento a notar é a pequena massa secundária

de três andares, a que Frank Lloyd Wright chama “Monitor”, que

Fig. 2 - Vista interior da galeria com especial destaque para a clarabóia.

contém os escritórios do museu. Em 1993, Gwathwey Siegel adiciona uma torre extra, oferecendo mais espaço e fazendo com que o edifício original passe a ser completamente utilizado como galeria de arte.

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Fig. 3 - Corte trasversal da Galeria Principal.

Fig. 4 - Planta do Museu por Frank Lloyd Wright.

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Através da visualização da planta, as formas geométricas

encontradas no Museu Guggenheim são: vários círculos, um quadrado, um triângulo equilátero, formas convexas e vários rectângulos. (Fig. 4)

A Galeria Principal e o “Monitor”, os pisos interiores e os

cantos das calçadas, a entrada, o elevador, a rampa e a clarabóia estão todos sob a forma de um círculo. Além disso, existem três círculos concêntricos localizado na Galeria Principal. Círculos

Fig. 5 - Exemplo de círculos concêntricos,

concêntricos são círculos com perímetros diferentes, mas com o mesmo centro. (Fig. 5)

O maior círculo é um círculo completo, enquanto os dois

menores são parte de um círculo. O raio do círculo menor é de cerca de metade do maior.

O círculo fornece a cobertura da mesma área que outras

formas com o mínimo de perímetro. Isto é importante porque quanto maior for o perímetro, maior será o custo da construção e, como tal, verifica-se que a construção de algo circular é mais económico.

Em seguida, focaliza-se a atenção para uma grande

sala localizada no canto sudeste da Galeria Principal, cuja forma é um quadrado. Um quadrado é um polígono de quatro lados iguais. Outra forma geométrica facilmente identificável é o triângulo equilátero na escadaria da Galeria Principal. Um triângulo equilátero é um polígono de três lados iguais.

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É de notar ainda que as quatro colunas situadas no exterior entre o “Monitor” e a Galeria Principal são de forma convexa. Finalmente, a localização do edifício em si, na grelha da cidade tem a forma de um rectângulo, que é caracterizado por ser um paralelogramo com quatro ângulos rectos. É de notar, que na visualização da planta e como foi possível observar na análise do texto a forma geométrica mais facilmente utilizada e mais fácil de associar é o círculo.

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As formas geométricas vistas no “Monitor”, que se

encontra à esquerda da Galeria Principal são: o cilindro circular, a placa circular, o cilindro convexo e uma placa quadrangular.

Um cilindro circular é composto por “duas bases circulares

de área igual que estão em planos paralelos, e são conectados por uma superfície lateral que cruza as fronteiras das bases”.

O cilindro circular é composto por três partes sendo que

nas duas partes superiores observação uma composição total Fig. 6 e 7 - Aproximação do “Monitor”, na qual se verifica com mais detalhe os seus elementos constituintes.

de janelas de vidro, entrecalando as partes superiores encontrase a placa quadrangular.

Na parte superior do cilindro encontra-se uma placa

circular, que tem um raio maior do que o cilindro em si. Por cima dessa placa circular, encontra-se uma cúpula hexagonal, que tem o mesmo centro que o cilindro circular.

A partir do raio do cilindro circular, um canto de um

cilindro convexo está conectado. O cilindro convexo é o sólido que se encontra a uma altura maior.



As formas geométricas vistas na conexão entre o

“Monitor” e a Galeria Principal são: paralelepípedos rectangulares horizontais, sólidos semicirculares e placas rectangulares e quadradas. A conexão entre ambos os elementos é composta por quatro partes horizontais. (Fig. 8)

O outro sólido semicircular encontra-se na direcção

oeste, no sudoeste do edifício. A ponta do semicírculo deste sólido passa pelo “ziggurat” invertido, cuja saliência se verifica no canto sudeste.

Na segunda parte, cuja altura é a mesma que a parte

média do cilindro circular do “Monitor”, pode ser caracterizada Fig. 8 - Detalhe da conexão entre o “Monitor e a Galeria Principal”.

como uma placa rectangular que liga o “Monitor” à Galeria Principal, sendo que um dos lados desta parte conecta-se com a extremidade do cilindro circular. A sua largura é inferior à do diâmetro do cilindro circular.

Fig. 9 - Demonstração da horizontalidade.

A terceira parte, que passa entre a parte média e superior

do cilindro circular é uma combinação de uma placa quadrada de largura maior e uma placa rectangular com uma largura menor em comparação. O centro é igual ao do cilindro circular do “Monitor”.

Por último, a quarta parte é uma caixa rectangular com

a mesma altura que a parte superior do cilindro circular do “Monitor”. Em semelhança à parte anterior, um lado conecta-se à extremidade do cilindro circular e o outro a um canto do cilindro convexo da Galeria Principal. Em conjunto, todas estas partes ou camadas criam uma sensação de horizontalidade. (Fig. 9)

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As formas geométricas visto na Galeria Principal são: um

cone parcial invertido, uma cúpula esférica, um cilindro triangular equilátero, dois cilindros quadrados, uma placa circular, três placas vertical.

O cone parcial invertido é a forma geométrica mais

reconhecida no Museu. Existem três sulcos circulares feitos na superfície do cone parcial invertido, que têm como objectivo fornecer luz natural para o interior.

A altura do cone diminui de acordo com o sentido do

relógio (da esquerda para a direita) devido à rampa em forma de espiral presente no interior.

O ângulo da rampa é balançado pelo espaçamento das

paredes. Para aumentar a complexidade da construção e do seu planeamento, esta rampa em espiral aumenta de largura tanto na parte superior como na parte inferior, de acordo com dois cones virtuais com centros acima e abaixo da estrutura da obra arquitectónica.

A cúpula esférica tem uma localização central no topo

do cone parcial invertido. O cilindro equilátero e os dois cilindros quadrados têm a mesma altura.

O cilindro triangular conecta-se à beira do cone parcial

triangular invertido, enquanto que os dois cilindros quadrados cortam o “ziggurat”. (Fig. 10) Como base do “ziggurat” invertido encontra-se uma base circular, cuja altura é a mesma que a camada inferior do cilindro circular do Monitor.

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As placas verticais conectam os dois cilindros quadrados

ao cilindro equilátero. Existem duas formas de caixa na Galeria Principal. Uma está localizado no canto mais a sudeste do edifício, que intervém com um lado do “ziggurat” invertido.

Usando o raio de um círculo fora seus dois cantos verticais,

que se projectam para fora do edifício. podemos ver a largura Fig. 10 - Exemplo de um “ziggurat”.

do cone parcial invertido ou como já referido anteriormente, o “ziggurat” invertido. Sendo esta a forma mais complexa de toda a estrutura.

Tal como foi dito, este edifício sofreu reestruturações em

1993 na qual se adicionou um elemento extra na forma de um paralelepípedo de oito andares, sendo este o ponto, a nível de altura, maior de toda a obra arquitectónica.

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A Arquitectura e a Geometria - Joana Ferreira

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Breve Apreciação

Em conclusão, este trabalho visa analisar a relação entre

a Geometria e a Arte. Foi algo que achei produtivo, devido ao facto, de me ter fornecido uma melhor compreensão da utilização, das formas geométricas na Arquitectura.

Ao observar o Museu Solomon R. Guggenheim,

chegámos à conclusão que este é dominado pelo uso de formas circulares, assim como se verifica a utilização em especifico da espiral como elemento principal da obra arquitectónica.

A Galeria Principal e a sua espiral combinam-se formando

uma concha, que representa um elemento naturalista, algo muito presente na arquitectura de Frank Lloyd Wright.

Ao longo da concretização do trabalho tentei simplificar

as formas utilizadas de forma a verificarmos a utilização de Geometria básica, no entanto, é de notar que esta obra está repleta de todo o tipo de Matemática, sendo esta um exemplo perfeito da simbiose entre Arte e Matemática.

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NOTA: Todas as imagens presentes neste trabalho são do Museu Solomon R. Guggenheim em Nova Iorque. Existem algumas que podem deferir do que está a ser descrito no texto, no entanto, estas servem como elementos que permitem um melhor conhecimento do edifício em si.


Webgrafia

-http://www.guggenheim.org/new-york; -http://www.guggenheim.org/new-york/about; -http://en.wikipedia.org/wiki/Solomon_R._Guggenheim_Museum; -http://www.thais.it/guggenheim/default_uk.htm; -http://www.oocities.org/lpittack/arc476.html; -http://www.greatbuildings.com/buildings/Guggenheim_Museum.html; -http://www.greatbuildings.com/architects/Frank_Lloyd_Wright.html; -http://www.thais.it/guggenheim/default_uk.htm; -http://www.franklloydwright.org/fllwf_web_091104/Biography.html; -http://www.franklloydwright.org/fllwf_web_091104/Home.html; -http://www.franklloydwright.org/fllwf_web_091104/Chronology.html; -http://articles.nydailynews.com/2009-10-21/local/17935817_1_frank-lloyd-wright-solomonguggenheim-empire-state-building; -http://www.slate.com/id/2250619/; -http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/geom-elem/geometr.htm. (Todas as informaçþes foram retiradas entre 28/4/11 e 1/5/11)

FIM


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