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DIÁRIOS DIGITAIS Foi a 14 de novembro, logo pela manhã, que foi anunciado um novo Público, “sem limites e com novas regras”. Como o próprio jornal avançava, a implementação de um novo sistema de pagamento dos conteúdos digitais “não foi uma decisão fácil, mas revelou-se inexorável” para garantir a sustentabilidade do jornal. No mesmo dia, ao fim da tarde, o Expresso fazia a sua jogada – uma edição diária digital, liderada por Pedro Santos Guerreiro, até então diretor do Jornal de Negócios, que assumia o papel de “número dois” na hierarquia do jornal fundado por Francisco
Pinto Balsemão. Ricardo Costa, o diretor, descreveu a decisão como “absolutamente necessária ao futuro do jornal e do jorna lismo” defendido e praticado pelo Expresso. A 30 de novembro, o Expresso noticiava o surgimento de uma nova marca de informação generalista. Um novo diário digital, dinamizado pelos empresários António Carrapatoso e Alexandre Relvas, que não avançavam detalhes, mas admitiam estar a estudar um novo projeto na área dos media. Na mesma página, dava-se conta da chegada a Portugal do Huffington Post, pela mão de Rodrigo Moita de Deus, conhecido blogger e diretor-geral da agência de comunicação Nextpower. Parece ter chegado a hora dos diários digitais.
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“O Público sem limites e com novas regras” Depois de “sete meses de estudo, análise e debate interno”, o Público implementou um novo sistema de pagamento dos conteúdos digitais, cujo principal objetivo é dar ao leitor “total liberdade de escolha no site”. O limite de textos gratuitos é de 20 por mês e, atingido este número, o visitante é convidado a fazer uma assinatura. De acordo com a nota divulgada pelo Público a 14 de novembro, até à data “era o jornal que decidia o que estava acessível no publico.pt”. Com o novo modelo, o leitor decide o que quer ler e, pela primeira vez, pode aceder ao arquivo, com todas as edições, desde 1999. Na mesma nota, o Público revelou que a paywall faz parte de “uma estratégia conjunta que envolve a inter nacionalização do jornal e o desenvolvimento de novos projetos”.
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Bárbara Reis, diretora do Público, revela, em declarações à mgate, encarar a concorrência, entretanto anunciada, como ótimas notícias: “Achámos interessante o Expresso ter escolhido o mesmo dia. Somos os primeiros em Portugal e sempre fomos um jornal inovador, que fez muitas coisas pela primeira vez. O Público foi o primeiro jornal a convidar os leitores a pagar por conteúdos digitais, contrariando a realidade portuguesa, que dita que no digital tudo é gratuito e só no papel é que se paga. É uma vantagem não estarmos sozinhos.”
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Para a diretora, o Público é “a marca diária digital mais forte em Por tugal”, como provam os 12 milhões de visitas e os 50 milhões de pageviews mensais. Bárbara Reis acredita que é o carácter distintivo do jornal que o permite posicionar-se online acima do Correio da Manhã, que vende muito mais em papel: “São os conteúdos distintivos que dão a garantia de sobrevivência e de uma vida financeira saudável para um meio digital – um leitor só paga se o conteúdo for relevante, não paga por uma coisa que lê em qualquer lado, gratuitamente”. Para já, não está pensada mais nenhuma movimentação no digital. “Estivemos sete meses a estudar meticulosamente os cenários futuros. São trabalhos que exigem muito debate interno e muita reflexão. Mudámos toda a redação, criámos grupos de trabalho, reunimos diária, semanal e mensalmente. A nossa estratégia está montada e está no mercado”, avançou a diretora. Uma potencial redução da periodicidade da edição em papel não é uma opção para o Público.
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Estará o reforço da aposta dos meios portugueses no digital relacionado com o tão falado declínio do papel? “Hoje em dia, quando se fala em aposta no digital dá sempre a ideia que é uma aposta de agora. E o Público aposta no digital há muitos anos. Neste momento nem falamos na fusão das redações do papel e do online – toda a redação trabalha todos os conteúdos. Parecenos antiquado discutir se vamos apostar no online ou não. Nós estamos no online com toda a força e todo o empenho”, esclareceu Bárbara Reis.
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A grande preocupação são agora os conteúdos, que têm de ser bons, independentemente do formato: “Temos de pensar que temos que tratar bem do papel, porque há todos os dias 30 mil pessoas que preferem comprar o jornal. Mas há 300 mil que preferem ler a versão digital. E temos de tratar bem os dois grupos. É essa a nossa preocupação”. Apesar de parecer paradoxal, Bárbara Reis defende que a internet está a dar aos jornais a força como há muitos anos não tinham: “O Público nunca teve tantos leitores como hoje em dia. É extraordinário.” A diretora acredita que os leitores vão perceber que têm de pagar pelos conteúdos online, porque “de outra forma os jornais não são sustentáveis”.
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Os concorrentes O formato de diário em suporte digital afigura-se como a aposta mais apelativa para os meios de comunicação social, não só pela estrutura de custos mais leve, mas porque o suporte corresponde às novas tendências de consumo de informação. No mesmo dia em que o Público impôs a paywall, o Expresso anunciou o lançamento de uma edição diária digital para assinantes, com lançamento agendado para 2014 – “uma das maiores transformações da história do jornal, quer para a redação, quer para os leitores”, disse o diretor, Ricardo Costa. Pedro Santos Guerreiro integrou a direção do Expresso na qualidade de diretor-executivo. Também em dezembro, o Expresso dava conta de uma nova marca de informação generalista,
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dinamizada pelos empresários António Carrapatoso e Alexandre Relvas, mas ainda em fase de estudo por um conjunto de potenciais investidores portugueses. O lançamento de um diário digital é, de acordo com os empresários, um cenário “entre outros” em cima da mesa. O célebre Huffington Post, criado em 2005 por Arianna Huffington, poderá também estar a chegar a Portugal, trazido por Rodrigo Moita de Deus. Neste momento, decorrem as negociações – que deverão durar até ao final do ano – para o licenciamento. Espera-se, então, que a versão portuguesa do Huffington Post chegue a Portugal no início de 2014, com uma redação própria, uma equipa fixa e enfoque no aprofundamento e desenvolvimento das notícias. Há, em Portugal, contudo, um diário digital pioneiro no posicionamento. O de Luís Delgado, ao qual o conceito empresta o nome e a definição. Para o fundador, as paywalls são “o caminho natural para os meios de comunicação social” e surgem, no caso do Expresso, como um passo lógico em duas vertentes – em primeiro lugar, porque um semanário não consegue responder ao volume de informação que há diariamente e, por outro lado, pelo natural caminho a percorrer até à implementação generalizada de paywalls.
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“Em Portugal e no mundo, um órgão de comunicação digital que viva apenas de receitas publicitárias, mas que pretenda ter uma capacidade informativa muito elevada, ao nível do que se faz no papel, com redações grandes e tecnologia, não é sustentável”, esclarece o fundador do Diário Digital. O Expresso é, de acordo com Luís Delgado, “um jornal semanal que sempre vendeu sem ter necessidade de mostrar a primeira página e que escolheu para diretor Pedro Santos Guerreiro, um dos melhores jornalistas da nova geração”. Ao contrário do Expresso, o Diário Digital sempre se assumiu como um jornal que quer dar a última notícia, no último momento, sem
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grandes desenvolvimentos, porque “não é essa a sua função” – teve sempre, no seu ADN, a ideia de rapidez, informação específica na altura certa: “Funciona como uma agência digital”. Os públicos são, contudo, idênticos. Para Luís Delgado, na internet não há públicos diferentes, nem limitações, porque as pessoas procuram coisas específicas. Percorrem, em média, até dez sites para encontrar “aquela informação”. O público é quase sempre o mesmo porque o país é pequeno e não há escala – a base de leitores não é alargada o suficiente para permitir que sites diferentes sejam visitados por públicos diferentes.
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O El Mundo vespertino A “febre” dos diários digitais não se faz sentir só por cá. A 28 de outubro, o espanhol El Mundo lançou a publicação nativa para tablet “El Mundo de la Tarde”, disponível gratuitamente na Apple Store. A versão vespertina chega depois das 18h e está, desde novembro, disponível também para tablets Android. Além da secção Perspetivas, dedicada aos grandes temas da atualidade, a edição da tarde dispõe das secções de medicina, ciência, inovação, comunicação e tecnologia.