Segundo Vasco Graça Moura, trata-se de um livro que não existe, uma neutralidade, um nada de importância, um vazio, uma teoria de indiferença que por acaso foi chamado de Desassossego. Nele se confrontam as diversas críticas do não existente, da simulação de um diário, de um simples vegetar revelado na escrita, de explorações inócuas e vagas, páginas construídas como por “velhas damas de província” que faziam crochet, numa rotina monótona que alimenta uma caligrafia… O não-livro. Projeto de ilustração do livro 'Do desassossego' de Fernando Pessoa.