Portfólio | Arquitetura

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P O R T F Ó L I O A R Q U I T E T U R A JOÃO FELGUEIRAS

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FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

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2009-2015


INFORMAÇÃO PESSOAL NOME : João Miguel Oliveira Felgueiras DATA NASCIMENTO: 10 de Fevereiro de 1991 NACIONALIDADE: Portuguesa

CONTACTOS TELEFONE: (+351) 919873933 EMAIL: joao.oliveira.felgueiras@gmail.com MORADA: Souto-Pinheiros, 4905-660 Monção

PERCURSO ACADÉMICO 2006-2009 Escola Secundária de Monção 19/20 valores, Média Final de Curso Científico-Humanístico 2009-2013 Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) Mestrado integrado em Arquitectura 2013-2014 Escola Técnica Superior D’arquitectura del Vallés (ETSAV), Barcelona Programa de Mobilidade ERASMUS 2014-2015 Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) Prova Final de Dissertação “LARGO DA ESTAÇÃO: UMA SIMBIOSE DE TEMPORALIDADES - O sistema de espaços coletivos no tecido urbano da vila de Monção” (18/20 valores)

COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS Português - língua materna Inglês - utilizador independente (B2) Espanhol - utilizador avançado (C2)

COMPETÊNCIAS DE SOFTWARE

Autodesk Autocad Archicad Google Sketchup V-Ray Lumion 3D Adobe Photoshop Adobe InDesign Adobe Illustrator E outros

COMPETÊNCIAS PESSOAIS

Responsabilidade, orgamização, empenho e dedicação Versatilidade, criatividade Fácil capacidade de comunicação e integração Capacidade de trabalho em equipa, espírito de liderança


TRABALHOS SELECIONADOS PARA EXPOSIÇÃO: 2009-2010_Exposição Anuária FAUP’10, com o trabalho prático “The Case Study

Houses Program, Raphael Soriano CSH 1950”, orientado pela Professora Helena Albu querque 2010-2011_Exposição Anuária FAUP’11, com o projeto “Proposta de intervenção ar- quitetónica e urbanística na Praça de Lisboa”, orientado pelo Professor Luís Urbano 2011-2012_Exposição Anuária FAUP’12, com o projeto “E-Learning Café”, orientado pela Professora Andrea Vieira 2011-2012_Exposição Anuária FAUP’12, com o trabalho teórico-prático “Materiais de isolamento, rebocos e estuques no edifício da Carcereira”, orientado pelos Professores Nuno Lacerda e Ana Silva 2012-2013_Exposição Anuária FAUP’13, com o trabalho teórico-prático “Composição de uma Identidade. Igreja de Santa Maria dos Anjos, o Largo”, orientado pela Professora Carla Garrido 2012-2013_Exposição Anuária FAUP’13, com o projeto urbano “Morro das Fontai nhas. Da inclusão da cidade anónima”, orientado pelo Professor Rui Braz 2012-2013_Exposição Anuária FAUP’13, com o projeto “Atlier de Arquitetura no Largo da Bica, Foz do Douro, Porto”, orientado pelo Professor José Gigante 2013-2014_Exposição em ETSAV, com o trabalho teórico-prático “El rec comtal al pla de Barcelona/De Montcada i Reixach a Barcelona: el pla de l’aigua”, orientado pelos Professores Carles Llop e Josep Maldonado

ATIVIDADES/WORKSHOPS

Abril de 2012, participação no workshop “C+C+W” no âmbito da unidade curricular de Projeto 3, Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto

1º Semestre de 2012, participação no ciclo internacional de 14 lições “Prática(s) de Arquitetura - Projeto, Investigação, Escrita”, Faculdade de Arquitetura da Universi dade do Porto

Maio de 2012, participação no workshop “Aires Mateus. Car Dating | Conferência e conversas”, Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto

Março de 2013, participação na aula aberta e visita guiada “Conjunto de Habitação - As formas de residência na configuração da cidade”, orientada pelo Prof. Hélder Casal Ribeiro

Setembro de 2013, participação em “Just Arrived Workshop | To make initial contact with Catalan language and culture”, Barcelona

Janeiro de 2014, participação no curso intensivo “Paisatges Culturals”, orientado pelos Profs. Carles Llop e Josep Maldonado

ESTÁGIO OBSERVACIONAL Agosto de 2012, Atelier PROMONTÓRIO Arquitectos, Lisboa INTERESSES PESSOAIS Arquitetura; Ciências Científico-Humanísticas; Música; Escrita; Comércio e Vendas Turismo; Desporto; Cozinha


TRABALHOS SELECIONADOS | 2009-2015


HABITAÇÃO COLETIVA

01 EQUIPAMENTOS

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PROJETO URBANO

06

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01 EDIFÍCIO HABITACIONAL COLETIVO: DESENHO E CONSTRUÇÃO



Memória descritiva Previamente definido o plano para o terreno da Rua da Azenha com a abertura de duas novas vias, uma longitudinal ao largo da sua extensão e uma transversal (para poente), o programa assenta na implantação de volumetrias com um máximo de R/C+1, a poente, e com quatro pisos e um máximo de trinta fogos cada, a nascente. Deste modo, a proposta assinala a unidade do conjunto, relacionando os fogos de acesso direto em harmonia com o Bairro de Habitação Popular, a nascente, com as volumetrias de maior cércea e de distribuição em galeria, a poente. Definida a estratégia urbana do conjunto, o trabalho de projeto incide na materialização de uma das volumetrias (fase de pormenorização), o edifício em “L”, articulado numa galeria marcada pela presença da caixa de escadas (a sul). Combinando fogos de diferentes tipologias (T2 e T3), o volume expressa uma linguagem arquitetónica pautada pela horizontalidade das lajes em betão e pelos painéis em eternit.


Implantação do conjunto


Perfil longitudinal, poente

Perfil longitudinal, nascente




Alçado principal, sul

Planta rés do chão


Alรงado principal, poente

Planta tipo dos pisos superiores


Alรงado norte, pรกtio interior

Planta estacionamento em cave


Corte construtivo. Fachada




02 BAR NO PARQUE DA CIDADE


O conceito Desenvolvendo os conceitos de composição, de métrica e da relação entre o contexto do lugar e o espaço projetado, o exercício que se apresenta propõe a criação de um bar no Parque da Cidade (Porto). Como premissa ao desenho da volumetria, considerou-se um módulo (cubo com 2,6x2,6x2,6 m) que, previamente definido como unidade de medida, permite o desenho do projeto através da adição e subtração de peças, num jogo entre a massa construída e os negativos.

Sinteticamente, o conceito assinala dois espaços principais, a cafetaria, a poente, e os sanitários, a nascente, articulados por um jogo de coberturas (esplanada no piso superior) e de percursos (a rampa que define o alçado defronte ao lago, a sul). A forma e a implantação do conjunto evocam, assim, a condição de espaço permeável, assegurando a transição entre cotas e a continuidade visual entre o verde da vegetação e a serenidade da água.



Planta rés do chão

A A’

Alçado principal, sul


B

B’


Planta piso superior

A A’

Perfil AA’


B’ B Perfil BB’



Isometria | Unidade modular de composição: o cubo

2,6 m






03



Implantação da proposta do E-Learning Café, a sudeste do edifício da Câmara Municipal do Porto

O conceito baseia-se num processo de subtração no qual os espaços interiores são limitados pelo desenho de pátios recortados na massa construída. O desenho do vazio resulta do jogo entre cotas, qualidades lumínicas e relações visuais. As sobreposições dos pátios permitem uma modelação mais diversificada dos espaços, criando filtros de luz para os níveis inferiores. Interpretamos o programa do E-Learning como um espaço que permita o convívio, quer no chill out, como no auditório e na zona de multimédia. Para a qualificação dos espaços procurámos materializar os conceitos de fluidez, socialização e permeabilidade, não só espacial como visual.


ALÇADO SUDOESTE - ENTRADA | ESCALA 1:500

ALÇADO NOROESTE | ESCALA 1:500

PLANTA RÉS DO CHÃO | ESCALA 1:500

8

7

6 5

4

5

3

2

1

1. Entrada; 2. Cafetaria; 3. Foyer; 4. Área de lazer; 5. Sanitários; 6. Zona técnica; 7. Auditório; 8. Arrumos


PERFIL AA’ | ESCALA 1:500

PERFIL CC’ | ESCALA 1:500

PLANTA 1º PISO | ESCALA 1:500

7

6

5 4

4

3 2

1

1. Sala estudo coletivo; 2. Biblioteca; 3. Videoteca; 4. Sanitários; 5. Arrumos e zona técnica; 6. Auditório; 7. Régie


PERFIL BB’ | ESCALA 1:500

PERFIL DD’ | ESCALA 1:500

PLANTA 2º PISO | ESCALA 1:500

5 4

4

3

2

1

1. Chill Out; 2. Sala de estudo individual; 3. Sala multimédia; 4. Sanitários; 5. Arrumos e zona técnica


A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO | O PROGRAMA


O FOYER DE ENTRADA


ESPAÇO CHILL OUT


BIBLIOTECA | SALA DE ESTUDO INDIVIDUAL




04 ATELIER DE ARQUITETURA NO LARGO DA BICA, FOZ DO DOURO



Inserido em contexto urbano, a norte do Largo da Bica na Foz do Douro, o lote assinalado corresponde ao lugar de intervenção. Com vestígios de ruína de uma antiga habitação unifamiliar, o desafio proposto consistiu na conceção de um atelier de arquitetura, respeitando, como condicionantes, as empenas a norte e a poente.

O programa considerado articula dois pisos que se organizam em volta de um pátio interior: o rés do chão, que reúne o espaço de receção, a sala de reuniões, os sanitários e a sala de trabalho coletivo/sala de exposição; e o primeiro piso que, desenvolvido sobre a forma de mezanino, garante o espaço de trabalho individual.

Dada a natureza do edificado envolvente, a proposta avançou para um volume logintudinal com cobertura de duas águas que, ocupando os limites do terreno, define o perfil da Rua Padre Luis Cabral, a nascente, e do largo, a sul, para onde se volta a entrada.

À luz zenital proveniente das clarabóias na cobertura (de chapa zincada), associa-se a caixilharia do pátio e da porta de entrada em ferro maciço, equilibrada, por sua vez, pela estereotomia vertical do betão aparente que estrutura o edifício.




Planta de cobertura

Planta piso superior

Planta rĂŠs do chĂŁo


Alรงado principal, sul

Alรงado nascente



Perfil CC’. A relação do pátio com o espaço interior



Perfil AA’


Perfil BB’


Perfil AA’. Pormenorização



Perfil transversal. Caixilho do pรกtio


Detalhe construtivo. O caixilho do pรกtio


Pormenor da cobertura. Alçado

Perfil AA’

Perfil BB’


Pormenor do perfil AA’. Clarabóia


05 CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO, TRINDADE (PORTO)



Num contexto urbano de grande densidade edificada e em pleno coração da cidade do Porto, assinala-se um quarteirão que, pontuado por um parque de estacionamento provisório, vive em profunda letargia à espera que uma nova imagem lhe seja dada. Na procura de responder ao programa da disciplina de Projeto IV, o Centro de Documentação proposto evidencia uma clara intenção de definir a continuidade da trama urbana, um diálogo harmonioso com a envolvente próxima (considerando a Praça da Trindade e o Hospital da Trindade como referências) e a vontade em recuperar a natureza do lote encerrado.

De modo a colmatar a leitura fragmentada do quarteirão e desligada da urbanidade da cidade, a composição assenta no desenho de duas volumetrias, uma desenvolvida longitudinalmente e uma outra em altura, correspondente ao espaço do arquivo. Ao nível térreo, o interior do volume projeta-se para o logradouro pontuado por árvores, através dos planos de vidro que desenham a entrada e do balanço estrutural que a resguarda. O pé direito duplo define a continuidade entre a sala de exposições e a receção que comunicam com a cafetaria, a loja e o auditório, ao passo que garante a permeabilidade visual com as salas no primeiro piso do equipamento. A presença singular das escadas no foyer anuncia o percurso em mezanino que, comunicando com os espaços de consulta e leitura de documentos, assinala o momento de entrada no arquivo (volumetria desenvolvida em altura).



Planta do estacionamento em cave/ĂĄreas tĂŠcnicas - cota 82.20



Planta rĂŠs do chĂŁo - cota 86.00


Planta 1ยบ piso - cota 88.80




Corte construtivo




Planta do plano de entrada B’

B

A

A’

Perfil AA’

Perfil BB’




Perfil caixilho


Perfil longitudinal, audit贸rio

Perfil transversal, audit贸rio


06 PASAJES: TERRITÓRIO BESÓS,

LA PEQUEÑA ESCALA QUE LO CAMBIA TODO, BARCELONA



El análises del plan de Barcelona permite señalar un trazado nuclear en el tejido urbano: la Calle Pere IV. Con origen en la época medieval, la antígua Carretera de Francia corresponde a un eje consolidado dónde se ubicarón las indústrias y el comércio creando una area potencial de desarrollo, que ahora está en desuso.

El grand pasaje es diseñado aplicando mecanismos de intervención urbana el las diferentes micro-pasajes planejadas, a su vez, de acuerdo con quatro criterios tomados como básicos y elementares en la composición urbana: la mobilidad, la actividad, la sustenabilidad y la conectividad.

Así, la idea del proyecto pasa por plantejar un itinerario que, reconectando los tres municipios (Barcelona, Sant Adrià del Besòs y Badalona), permite el traspaso de qualidades de un lugar al otro, recuperar el valor historico y cultural de la carretera y consolidar el tejido urbano.

Así, al largo de la extensión de Pere IV, se considera el desarrollo de espacios de de biodiversidad y relación con la naturaleza, espacios de actividad deportiva y cultural (cómo el puente temático en Sant Adrià), el transporte intermodal, los puntos wifi y los edificios existentes, recuperando, de esta manera, la continuidad y permeabilidad del tejido urbano de Besòs.



EstratĂŠgia general del proyecto







Plan general de la propuesta



El concepto La intención del proyecto busca la continuidad no solamente urbana, entre ambas las márgenes dela ciudad separadas por el ferrocarril , si no también la continuidad cultural entre la Escuela Túrbula, a sur, y el Museu d’história de la immigració de la Catalunya y la Ciudad Deportiva RCD Espanyol, a norte. Así, se desarrolla el puente que, mezclando el hormigón de su estructura a la madera del suelo, garantiza el pasaje entre los dós márgenes. El puente no se limita al concepto tradicional de pasaje, de un a otro punto. La idea creada señala una estructura peatonal con distintos momentos al largo de su extensión. Así, la idea inicial de los cubos, donde reposa el puente, es convertida en puntos distintos de actividad, cómo la cafetería, el auditorio/ espacio de ocio, el acceso vertical (ascensor y escaleras) y el quiosco, permitindo una ocupación dinámica y interactiva




Sección BB’

Sección CC’


Planta nivel superior - cota 16.00


Planta baja - cota 9.60


Seción AA’


Seción DD’


07

LARGO DA ESTAÇÃO: UMA SIMBIOSE DE TEMPORALIDADES, MO


ONÇÃO


A proposta urbana que se apresenta concretiza um momento de reflexão sobre os diferentes domínios, as formas e os princípios ideológicos que assinalam a imagem da cidade atual, assim como a condição nuclear do espaço público no seu desenho. Nestas circunstâncias, o Largo da Estação, integrado no sistema de espaços coletivos do tecido urbano da vila de Monção, corresponde ao espaço empírico de reflexão. De posição particular na trama da vila, o lugar de transição entre o espaço confinado ao interior da fortaleza, a

norte, e a urbanização contemporânea, a sul, evidencia o perfil de uma atmosfera nuclear à continuidade urbana estabelecida como premissaentre as formas que se organizam em seu redor. Neste sentido, utilizamos o Projeto Urbano como instrumento para materializar uma estratégia urbana em resposta aos “obstáculos” e às oportunidades que o desaparecimento do caminho de ferro (1990) despertou, através de um desenho onde as coisas se encontram e harmonizam.



Evolução do núcleo urbano. Centros polarizadores e eixos de expansão





O primeiro contacto com o território, no âmbito de um estudo prospetivo, permitiu inventariar e compreender as diferentes morfologias do espaço público e, consequentemente, desenvolver uma ideia de projeto estruturada em duas premissas fundamentais: - Colmatar a baixa densidade de espaços de natureza coletiva no tecido urbano, recuperando a identidade dos espaços preexistentes e criando outros como complemento à vivência quotidiana do território; - Eliminar a perceção de rutura na transição do tecido setecentista, confinado aos contornos da muralha, para a urbanização a sul, de composição contemporânea multifacetada (o Largo da Estação). Planta de prospeção do sistema de mobilidade

Estratégia geral do projeto

O objetivo de valorizar o núcleo histórico da vila de Monção, valorizando o legado arquitetónico e cultural e considerando uma transformação diretamente relacionada com o peão, enquanto observador, estabelece como prioridade um horizonte balizado pela criação de percursos e áreas pedonais em detrimento dos espaços dedicados ao movimento fugaz do automóvel. Neste sentido, a estratégia assenta na formulação de novos pressupostos associados ao sistema de mobilidade, integrando novos eixos de acesso ao tecido intramuralhas, reduzir a densidade do tráfego automóvel no seu interior e perspetivando uma maior permeabilidade entre os lugares da trama urbana.


Planta da proposta para o sistema de mobilidade

A estratĂŠgia geral do sistema de mobilidade


Conceito O conceito do Largo debruça-se numa analogia ao percurso da máquina (considerando a locomotiva como principal agente de transformação do lugar), estabelecendo uma espacialidade que se pretende organizada em diferentes momentos, mas complementares num tecido urbano que se perspetiva contínuo. Sinteticamente pretendemos organizar o espaço de acordo com quatro premissas: - a primeira considera o espaço de aproximação ao núcleo da vila através da Av. Nova da Estação, num traçado que marca a receção ao Largo, o “foyer de entrada” (espaço de chegada);

- a segunda, que concentra o património associado à atividade ferroviária, corresponde ao “lugar de estar”, ao momento de paragem do comboio diante da estação, num ambiente dedicado à contemplação e natureza lúdica (espaço de estar); - a terceira evoca a condição de atravessamento, remetendo para a ideia de percurso entre a ponte metálica e o baluarte do Souto (espaço de transição); - o quarto momento, corresponde a uma espacialidade marcada pela pendente natural do terreno, o Largo do Souto.



Planta de coberturas: estratĂŠgia do projeto 1


C Rua do ano

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Av. Nova da Estação

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Av. Dr. Felgueiras

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Rua General Pimenta de Castro

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Indep endên cia

1- Baluarte do Souto

2 - Baluarte Cova do Cão

3 - Baluarte da Terra Nova


LARGO DA ESTAÇÃO: O HALL DE ENTRADA


A leitura do momento que antecipa a chegada ao Largo da Estação surge traduzido na forma de uma praça “abraçada” pelo edifício de habitação coletiva, em forma de “L”, articulado em galeria. A dinâmica da Avenida Nova da Estação, um dos principais eixos do tecido urbano, potenciando um movimento centrípeto para o núcleo central da vila e reforçando a condição pendular das deslocações entre fronteiras, exige uma composição que vincule os percursos convergentes, que estabeleça continuidade entre cotas e que encene o conceito de “grande porta” na perceção da chegada e da transição entre espaços.

À semelhança das portas medievais, rasgadas pontualmente no denso tecido da muralha, o conceito é traduzido pelo grande vão que se rasga na volumetria, balizando o horizonte na sequência espacial que carateriza o Largo. O pórtico, apoiado estrategicamente em dois elementos, o foyer de entrada e o acesso vertical ao estacionamento, respetivamente, anuncia o momento de transição. Num paralelismo à forma da estrutura defensiva que circunscreve o traçado primitivo da vila, podemos interpretar a posição do “novo” pórtico em analogia às portas medievais (na proximidade dos baluartes que, a uma cota superior, controlavam a partida de uns e a chegada de outros).


O “foyer” do Largo, planta de localização

Perfil AA’


B’

Planta do rés do chão, cota 35,90 m

A’

B

A


Perfil BB’





LARGO DA ESTAÇÃO: A CENTRALIDADE DO LUGAR


“Abre-se a porta” e eis que surge o Largo! Um corredor ornamentado pelo equilíbrio das formas, meticulosamente encaixadas nas linhas do pavimento, numa mancha de granito pincelada pelo jogo das formas naturais. Erguem-se volumetrias, nascem formas, anunciam-se percursos, geram-se atmosferas! A estratégia do segundo momento, no alinhamento concetual do projeto, concretiza uma espacialidade ritmada pela maior densidade de elementos e pela sucessão de percursos que anunciam novas tipologias de espaço, numa simbiose entre o meio natural e as formas construídas. O enredo ganha contornos através da

disposição regrada de árvores que, associadas aos pares e de “mãos dadas” com o banco que surge entre as caldeiras, simula uma perspetiva visual de sentido longitudinal, em conformidade com a estereotomia das lajetas do pavimento, que enfatizam a continuidade do espaço. Contudo, a adoção de uma mesma materialidade em toda a extensão do Largo é interpretada em diferentes registos, combinando o sentido longitudinal imposto no padrão da “placa central” com o padrão de forma quadrada (lajetas de 1x1metro) que aproxima ambiências contíguas, numa textura que deambula por entre as composições a poente.


Planta do Largo da Estação, cota 35,90 metros

a elh

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C

D’ Rua 25 de Abril

Perfil CC’


O espaço nuclear do Largo, planta de localização

E C’

D Av. Nova da Estação

E’ Av. Dr. Felgueiras


Perfil DD’


Designação da população local, analogamente à “Praça do Tribunal”, correspondente à atual Praça da República. 114

A construção do edifício das Finanças, integrado na Praça Dr. Oliveira e Silva, data a finais década de 80. Com o posterior desenvolvimento do traçado ferroviário até ao centro da vila, a autarquia promoveu a construção de uma volumetria longitudinal na vertente sul e poente do edifício, como forma de responder às exigências dos moradores, face à ausência de espaços de arrumos e de contornar o ruído visual instalado pelo caminho de ferro. Aliado à fraca densidade vivencial do canal, o espaço de imediato adquiriu a condição de traseiras.

115






LARGO DA ESTAÇÃO: O BALUARTE DA COVA DO CÃO


A estratégia de projeto salvaguarda a fisionomia e a identidade do baluarte, num modelo espacial catalisador de novas oportunidades capazes de perpetuar não só a sinuosidade natural do conjunto como o valor patrimonial associado. Interpretado como ambiente complementar ao Largo da Estação, o baluarte assinala, assim, um ponto nodal na articulação de percursos, imprimindo uma imagem de continuidade entre plataformas desfasadas altimetricamente (34,90 m do Largo para os 40 m do baluarte) e tecendo lugares fragmentados até então.

A sua natureza, de excelente visibilidade sobre o Largo num meio natural integrado no tramo da muralha, perspetivou um lugar propício à contemplação, projetando o horizonte sobre o enredo do tecido urbano da vila na forma de miradouro. Simultaneamente, à intenção inicial de promover um grande espaço ajardinado, despontou a necessidade de criar um equipamento de apoio à atividade lúdica (centro E-learning), como forma de tornar o lugar apelativo à sua apreensão e afirmar a posição de referência do baluarte enquanto elemento de composição urbana.


O Baluarte da Cova do Cão, planta de localização

A condição altimétrica na organização do edificado


Planta do edifício, cota 40

Perfis, longitudinal e transversal, do edifício

10 9 1 7 8

11 2 3

4

6

5

1. Pátio, 2. Hall de entrada, 3. Receção, 4. Foyer, 5. Cafetaria, 6. Copa, 7. Armazém/Frio, 8. Biblioteca/Receção, 9. Biblioteca, 10. Sala Polivalente, 11. Sanitários




LARGO DO SOUTO: O ANFITEATRO NATURAL


Relembrando a principal entrada na fortaleza abaluartada, à época setecentista, o caráter expressionista da ponte do comboio evidencia uma condição de charneira na transição entre espaços contíguos, permitindo uma leitura longitudinal na extensão do Largo da Estação que se projeta em direção ao Largo do Souto. As formas do conjunto, desde o trilho que se estende para nascente, as árvores que se anunciam numa disposição aleatória e o relevo natural que consagra o Baluarte do Souto, assinalam uma espacialidade organizada pelas linhas naturais do seu traçado, num gesto pontualmente mutilado pela instalação do tramo ferroviário.

Tomado como atmosfera complementar ao Largo da Estação, a natureza da sua configuração reclama um desenho simples de formas elementares que vincule o registo iniciado a poente e concretize o sentido de continuidade que trespassa a estratégia conjunta do projeto. A perspetiva afunilada que antecede o tramo da ponte em harmonia com a “aleatoriedade” do tecido verde concretizam um princípio de composição algo distinta do rigor métrico proposto entre os elementos do Largo da Estação, a poente, de modo a prenunciar a transição para um espaço de formas espontâneas que a topografia natural se encarrega de associar (auditório ao ar livre).


G

127. Planta do Largo: estratégia de intervenção

Perfil GG’


O Largo do Souto, planta de localização

G’




PRAÇA DA REPÚBLICA: O DESENHO DO ESPAÇO PÚBLICO


A atual Praça da República apresenta uma imagem fragmentada numa combinação de formas marcada pela diversidade da sua natureza e pela disposição “autónoma” das peças urbanas que a caraterizam. Numa atitude clara de A numa atmosfera aprazível, de formas combinadas harmoniosamente, a estratégia vincula um desenho que, tomando a perspetiva como ferramenta nuclear, procura perpetuar a autenticidade do Tribunal e da estação dos Correios enquanto edifícios de referência, numa alusão à toponímia quotidiana do jardim que lhe está subjacente.

A idealização de um ambiente mais permeável contempla dois grandes espaços que vivem diretamente da relação com os edifícios anteriormente sugeridos e se articulam pelo traçado de um percurso central, num desenho que reclama a continuidade de um espaço interior ao quarteirão, iniciado a tardoz da Casa do Curro, com o largo da Alfândega, onde dialogam o Cine-Teatro e a Esquadra da Polícia. Como tal, o sentido contínuo do espaço pode ser lido de forma bipartida num traçado que o consagra em duas praças, onde imperam diferentes formas dedicadas às volumetrias na proximidade e desembocam artérias de natureza adversa.


Praça da República, planta de localização

Perfil HH’

Perfil II’

Perfil JJ’



As formas do edificado na relação com o interior da praça





PRAÇA DEU-LA-DEU. O TERREIRO


Submetida à nova estratégia de mobilidade, estruturada aquando da análise alargada ao território, a interpretação da Praça Deu-la-Deu desperta uma atmosfera que, perspetivada de forma contínua, permite uma leitura individualizada de momentos complementares. Desta “decomposição”, o projeto articula um conjunto de quatro setores que, dedicados às atividades de comércio e serviços adjacentes, definem uma sequência espacial entre o interior do Terreiro e o perfil muralhado sobranceiro ao rio Minho. A análise da Praça Deu-la-Deu invade toda a atmosfera circundante ao conjunto não se limitando, estritamente, à forma trapezoidal que carateriza a placa central.

A estratégia considerada assimila a singularidade de cada elemento que estrutura o Terreiro, num modelo de espaço que procura integrar percursos desvalorizados pela natureza que os carateriza e pela posição “periférica” que ocupam na malha (como a Rua da Independência lida como uma artéria residual e espaço sobrante do tecido) e recuperar a identidade de espacialidades e de símbolos da vila histórica de Monção. A centralidade histórica é convertida num lugar polissémico, num espaço de convívio e encontros onde se cruzam as memórias da génese de um povo raiano à natureza contemporânea das formas que o organizam.


Perfil KK’

Perfil LL’

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A leitura alargada da Praça Deu-la-Deu

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Rua Dr. Álvares Guerra

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Praça Deu-la-Deu, planta de localização

A projeção do “varandim” no desenho formal da Praça

K’ L


Um tecido, uma textura, uma composição urbana



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