Trabalho de Campo na Chapada dos Guimarães (MT) Disciplina: Análise, Conservação e Manejo de Recursos Naturais da Engenharia Professor Igor Georgios Fotopoulos Universidade Federal de Rondônia
Por Professor João Gilberto de Souza Ribeiro Julho de 2014
T758
Trabalho de campo na Chapada dos Guimarães (MT) / João Gilberto de Souza Ribeiro. -- Ji-Paraná : Universidade Federal de Rondônia, 2014. 26 slides Curso de Engenharia Ambiental. Disciplina: Análise, Conservação e Manejo de Recursos Naturais da Engenharia. Professor Igor Georgios Fotopoulos
1. Engenharia ambiental – Estudo e ensino. 2.Gestão ambiental. 3. Política ambiental. 4.Chapada dos Guimarães (MT) – Descrições e viagens. I. Ribeiro, João Gilberto de Souza II. Universidade Federal de Rondônia
CDU 628:910.2 Bibliotecária: Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11/ 601
Agradeço ao ICMBio Parque Nacional Chapada dos Guimarães, na pessoa do Eduardo Muccillo Bica de Barcellos. Ao camping do Felipão. Ao professor Igor Fotopoulos pela oportunidade e aos alunos participantes do trabalho de campo pela troca de informações.
Área de camping na margem esquerda do córrego Quimera. Caracterizado por Salomão et al, (2012) a zona faz parte da denominada Vales profundos. Segundo os autores supramencionados as principais características encontradas nesta unidade são: Substrato rochoso: arenitos e argilitos pertencentes à Formação Furnas e Formação Ponta Grossa, normalmente cobertos por couraça ferruginosa; Solos: Neossolos Litólicos e Plintossolos Pétricos, e, ao longo dos talvegues, e em suas margens, solos hidromórficos, dominados por organossolos e gleissolos.
“
Embora estes reservatórios apresentem como principal função o amortecimento das ondas de cheias e a redução das inundações urbanas, eles podem também proporcionar a captação de sedimentos e detritos, assim como a recuperação da qualidade das águas dos córregos e rios urbanos. MOTA (2013)
”
Piscina pública desativada, desempenha a função de bacia de detenção de drenagem das águas, córrego Quimera, região central de Chapada dos Guimarães.
“
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães Belezas cênicas em uma variedade de ambientes, além da contemplação de diferentes espécies de flora e fauna do Cerrado são alguns dos atrativos do Parque Nacional Chapada dos Guimarães. A unidade geomorfológica Planalto dos Guimarães compreende três compartimentos individualizados ou subunidades: a Chapada dos Guimarães com cotas que variam de 600 a 800m; o Planalto do Casca, com cotas que vão de 300 a 600m e o Planalto dos Alcantilados, que oscila entre 300 e 650m de altitude e que são drenados pelo alto curso dos rios São Lourenço e Poxoréo.
Na região do Véu de Noiva, já no topo desta formação, o arenito apresenta granulometria fina a média, esbranquiçada a avermelhada. Em direção ao topo, estes arenitos gradam para sedimentos mais finos areno-siltosos e sílticoargilosos. MMA (2009)
Cachoeira Veu da Noiva
”
“
As escarpas desta Formação compõem os belos cenários verificados junto aos mirantes do Morro dos Ventos, de onde se pode ter uma vista panorâmica de grande extensão da Baixada Cuiabana, assim como da cidade de Cuiabá. Nestes locais, pode-se também verificar o contato dos estratos sub-horizontalizados da Formação Furnas com os metassedimentos do Grupo Cuiabá.
As bordas da subunidade Chapada dos Guimarães contornam a superfície pediplanada da Depressão Cuiabana por meio de escarpas e ressaltos sustentados por arenitos da Formação Furnas e argilitos da Formação Ponta Grossa, bordejado por morros com cristas ravinadas, exumados pelo recuo da escarpa, marcando a transição entre a depressão e o planalto MMA (2009)
”
Morro dos Ventos
“
A subunidade Chapada dos Guimarães corresponde à extensa área de relevo aplanado e de colinas e morros de topos planos, alongados e convexos, com cotas que vão desde 600 a 800 m. Este sistema é caracterizado por relevo escarpado, com vertentes muito abruptas mantidas por arenitos das Formações Furnas, Ponta Grossa e Botucatu. A cobertura vegetal é predominantemente representada por cerrado sentido restrito. Em área de relevo movimentado, essa formação ocorre associada a vertentes, com encraves de formações florestais em grotões de drenagem. MMA (2009)
Morro dos Ventos
”
“
Além dos processos erosivos, movimentos de massa associados aos relevos mais enérgicos fazem parte da dinâmica superficial na região. São processos do tipo queda de blocos, evidentes nos relevos escarpados sustentados pelos arenitos das Formações Botucatu, Furnas e do Grupo Bauru. MMA (2009)
”
Morro dos
Atividade de medição de vazão, Rio Claro
Cachoeira do Marimbondo
Bioma Cerrado, nas imediações da caverna Aroe Jari
Ponte de Pedra
“
A caverna Aroe Jari, localizada na Chapada dos Guimarães, ao Norte do Estado de Mato Grosso, é um exemplo bom e raro de caverna formada em rochas sedimentares siliciclásticas. A caverna ocorre nas formações Alto Garças e Vila Maria (Grupo Rio Ivaí), de idade ordovício-siluriana, na bacia do Paraná, em sua borda Noroeste. Outras cavernas além da Aroe Jari, ocorrem nas proximidades (Lagoa Azul e Kiogo Brado). A gênese dessas cavernas é atribuída maior resistência dos diamictitos da Formação Vila Maria à erosão superficial, os quais sustentam o relevo local e caracterizam o teto da caverna; e à erosão por piping dos arenitos e conglomerados das formações Vila Maria inferior e Alto Garças superior, os quais caracterizam as paredes e piso das cavernas. O mecanismo de piping é consequência da alta friabilidade das rochas dessas formações devido a um fraturamento regional (N70ºE), e decompactação dessas unidades mais basais da bacia do Paraná.
Aroe Jari (Morada das Almas)
BORGHI e MOREIRA (2002)
“
Em termos de ocupação humana, a caverna Aroe Jari (também conhecida como Gruta das Almas ou Caverna do Francês) pode ter sido frequentada em diversos momentos por indígenas, desde tempos pré-históricos. Entretanto, o único registro físico dessa ocupação são cemitérios mais recentes dos Índios Bororo e Caiapó, que habitavam a Chapada dos Guimaães quando da colonização da região pelo europeu. BORGHI e MOREIRA (2002)
”
Aroe Jari (Morada das Almas)
Aroe Jari
“
A caverna Aroe Jari encontra-se no domínio fisiográfico da Chapada dos Guimarães e no domínio geológico da bacia sedimentar do Paraná. Importância geomorfológica por tratar-se de cavernas em arenitos, o que raramente se observa no modelado do relevo; importância paleontológica por conter riqueza icnofossilífera; e, por fim, espeleológica por tratar-se de uma caverna em rochas sedimentares siliciclásticas, fato incomum. BORGHI e MOREIRA (2002)
Aroe Jari (Morada das Almas)
”
“
Observam-se claramente o contraste litológico entre os arenitos da Formação Alto Garças, que compõem as paredes da caverna, e os conglomerados e arenitos da Formação Vila Maria que compõem seu teto BORGHI e MOREIRA (2002)
Kiogo Brado
”
“
Em termos paleontológicos, são facilmente identificados icnofósseis de Skolithos nos arenitos da Formação Alto Garças, particularmente nas cavernas da Lagoa Azul e Kiogo Brado BORGHI e MOREIRA (2002)
” Kiogo Brado
Lagoa Azul
Detalhe do peixe na fenda
Lagoa Azul
Referências BORGHI, L. ; MOREIRA, M. I. C. . A região da caverna Aroe Jari, Chapada dos Guimarães, MT - Raro exemplo de caverna em arenito. In: Schobbenhaus, C.; Campos, D.A.; Queiroz, E.T.; Winge, M.; Berbert-Born, M.L.C.. (Org.). Sítios geológicos e paleontológicos do Brasil. Brasília: Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM / Serviço Geológico Nacional -CPRM, 2002, v. , p. 481-490. MINISTÉRIO do MEIO AMBIENTE. Plano de Manejo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Chapada dos Guimarães, 2009. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada-dos-guimaraes.pdf Acesso em 26-07-2014 MOTA, E. Projeto Técnico: reservatórios de detenção. ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland Programa Soluções para Cidades, 2013. Disponível em: http://www.solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2013/09/AF_Reservatorios%20Deten_web.pdf Acesso em: 26-07-2014 SALOMÃO, F. X. T, MADRUGA, E. L., MIGLIORINI, R. B., Carta geotécnica do perímetro urbano da Chapada dos Guimarães: subsídios ao plano diretor. Revista do Instituto de Geociências – USP Geol. USP, Sér. cient., São Paulo, v. 12, n. 1, p. -15, Abril 2012. Disponível em: http://ppegeo.igc.usp.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1519-874X2012000100002&lng=pt&nrm =iso&tlng=pt Acesso em 15-07-2014