1
2
ÍNDICE
1
Apresentação...........................................................................................................3
2
Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade e a Rio+20 (Cúpula dos Povos).........4
3
Objetivos prioritários...............................................................................................4
4
Eixos de discussão....................................................................................................4
5
Perspectivas de atuação..........................................................................................5
6
Quem facilita...........................................................................................................5
7
Como tudo começou...............................................................................................6
8
Encontros livres.......................................................................................................7
9
Relatório do Encontro Livre (anexo 01)................................................................11
10 A onda dos sonhos (anexo 02)..............................................................................13
3
Apresentação BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO Em junho deste ano, o Brasil sediará no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável e a Cúpula dos Povos, a Rio+20. Nestes espaços, espera-se pensar o presente e o futuro de nossas sociedades. Além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, na chamada Rio 92, deseja-se estabelecer as principais diretrizes para orientar um novo padrão de desenvolvimento para os próximos anos. O Grupo de Articulação Nacional, a partir do Comitê Pró-Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade, dos movimentos de surfistas e associações e demais entes ligados ao esporte surf nos estados e municípios, estão criando um esforço em conjunto para encorajar iniciativas de mobilização e participação dos surfistas neste processo. Esta é uma oportunidade para articulação de uma Agenda de trabalho com os seguimentos do surf e o desenvolvimento sustentável, que combine maior organização da comunidade do surf e a promoção da emancipação dos surfistas na busca pela sustentabilidade no esporte em todas as suas dimensões. Há uma extensa programação sendo pensada e discutida e você pode fazer parte de toda essa mobilização. A ideia é que realizemos atividades específicas da Rio+20 nos estados e municípios de acordo com a demanda e necessidades dos lugares, regiões, gênero e idades dos públicos. O nome sugerido e o tema são: Encontros Livres – Que litoral você quer para o seu surf? O formato ficará a critério de cada organismo e entidade participante desse processo. Pode ser um debate, um seminário ou uma roda de conversa. O importante é que seja realizada uma atividade e enviado o relatório para o Grupo de Articulação Nacional – Surfando na Rio+20, por meio do e-mail: surfsustentavel@ecosurfi.org Nossa estratégia é criar um documento final denominado “Surf XXI” – A Carta das 21 responsabilidades dos surfistas para um surf sustentável no século 21, para apresentar no espaço Surfando na Rio+20 – Cúpula dos Povos, com as contribuições enviadas. Tendo em vista os prazos próprios da Rio+20, as contribuições devem ser encaminhadas no prazo limite de 10 (domingo) de junho de 2012.
4
Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade O Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade tem a proposta de ser um ambiente plural, composto por pessoas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Criado para dinamizar novas formas de ação coletiva, local e global, na comunidade do surf, com o objetivo de ser um espaço de troca e convergência de conhecimentos intergeracionais para atuação em rede e o fortalecimento da cidadania planetária e a cultura de paz. Possui o compromisso de possibilitar uma nova reflexão junto aos surfistas, com vistas a orientar o seu modo de olhar para o esporte compreendendo a sua relação com os ambientes naturais em suas dimensões: econômicas, sociais, culturais e ambientais. Propõe o aprofundamento da participação da comunidade em questões socioambientais para construir saberes e socializar ações, que permitam a proteção das zonas costeiras, além do empoderamento dos surfistas para o enfrentamento das mudanças climáticas globais nos espaços de decisão e controle social. Nesse momento o Fórum se articula por meio de um Comitê Nacional que está organizando todo o seu processo para lançá-lo oficialmente durante a Rio+20.
Objetivos prioritários Envolver a comunidade do surf para pensar soluções dos conflitos socioambientais atuais em rede; Criar e valorizar os espaços de troca de conhecimentos e participação em defesa das zonas costeiras; Fomentar iniciativas que busquem a sustentabilidade no surf e o respeito pela sua cultura; Encorajar o debate sobre os problemas socioambientais no litoral brasileiro; Possibilitar a construção de propostas de políticas ambientais; Realizar encontros e eventos sobre a cultura surf e sustentabilidade.
Eixos de discussão 1. Surfe e gestão costeira; 2. Cultura surfe e consumo; 3. Juventude, surf e meio ambiente.
5
Perspectivas de atuação
Social - Vulnerabilidade das comunidades do surf; Ambiental – Surfistas como protagonistas das causas ambientais; Cultural – Questionar a apropriação da cultura surf (estilo de vida) pelo mercado; Políticas Públicas - Onde está a participação dos surfistas?
Quem facilita e organiza esse processo Qualquer pessoa ou instituição pode fazer parte do comitê Pró-Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade. Basta entrar na rede e procurar o grupo do seu estado convidar e/ou identificar membros que estejam interessados em debater e construir propostas para serem apresentadas na RIO+20. O Comitê Pró-Fórum também está dividido em dois Grupos de Trabalho: - Grupo de Articulação Nacional - Composto por pessoas e instituições que fazem parte do comitê nacional e estão empenhadas em garantir o bom andamento da comunicação, animação e os resultados positivos dos processos de criação e articulação do Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade e da carta Surf XXI. Atribuição - Organizar e sistematizar todas as deliberações e encaminhamentos dos grupos locais para serem apresentadas na Rio+20. - Grupo de Articulação Local - Composto por pessoas e instituições que tem como objetivo criar uma agenda para realização da mobilização local (estados, cidades e regiões). Atribuição - Reunir e encorajar a comunidade do surf em Encontros Livres, para pensar, debater e encaminhar as propostas sobre surf e sustentabilidade frente à pergunta: Que litoral você quer para o seu surf?
6
Como tudo começou BREVE RELATO DESSE PROCESSO A rede foi lançada no litoral paulista em 2009 na cidade de Ubatuba, como um movimento denominado “Surf Sustentável”, tendo em sua proposta original gerar a cooperação e troca de conhecimentos em rede, sobre temas referentes à sustentabilidade no universo surf. A idéia se expandiu e ampliou o seu alcance, tornando-se um verdadeiro esforço multilateral para discutir surf, conceitos e iniciativas pró-sustentabilidade no esporte. Após três anos de debates em vários níveis, percorrendo diversos estados no litoral brasileiro, participando de fóruns, congressos, seminários, campeonatos, além de eventos na área da educação ambiental. O movimento inicia 2012 com um novo desafio, transformar-se no Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade. Para isso, as articulações que corroboram a criação do fórum começaram durante o encontro: Surf e Sustentabilidade, realizado no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental em Salvador /BA, em março deste ano. Participaram representantes da comunidade do surf de cinco estados: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Como encaminhamento do encontro ficou decidido pelos presentes: 1 - A formação de um comitê permanente (Grupo de Articulação Nacional), para conduzir o processo de transição do movimento “Surf Sustentável” para o Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade; 2 – Gerar esforços para facilitar a entrada de novos Estados (pessoas e instituições) na composição rede do fórum; 3 - Iniciar a criação de Grupos de Trabalhos Locais para dar base e legitimidade ao processo da concepção do fórum e sugestões de pautas e demandas. 4 - Assegurar a participação da comunidade do surf durante a RIO+20. O Comitê Pró-Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade toma como conceito base de reflexão e pré-textos para sua atuação a Carta de Responsabilidades Humanas – Aliança Para um Mundo Plural e Solidário, Agenda 21, Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentaveis e Responsabilidade Global e Carta da Terra.
7
Encontros Livres Nesse primeiro passo, em nível regional, os Grupos de Trabalho devem convocar a comunidade do surf para discutir suas responsabilidades no cuidado com as zonas costeiras nos Encontros Livres – Que litoral você quer para o seu surf?
Esses momentos devem permitir aos participantes as reflexões necessárias sobre a atual situação socioambiental da sua região e ampliar as vozes da comunidade do surf no trato das resoluções dos problemas identificados. Os encontros também devem ser os espaços para deflagrar os processos e encaminhamentos locais conforme metodologia indicada no site: www.surfsustentavel.org.br – ou de acordo com a habilidade de mediação e facilitação dos proponentes e organizadores do encontro.
Como promover um Encontro Livre – Que litoral você quer para o seu surf? Quanto maior for à articulação entre as pessoas e os grupos que apóiam a criação do Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade, maior a possibilidade de mobilização dos seguimentos envolvidos com o universo surf. Uma das formas de conseguir essa articulação é promover encontros locais em cada estado do litoral brasileiro. Passos para organizar um encontro: 1. Identifique as pessoas ou os grupos que tenham interesses na criação do Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade ou mesmo instituições que trabalhem com surf; 2. Faça um contato inicial e apresente a proposta. Contate também as associações e federações de surf do seu estado;
8
3. Depois da consulta, marque data horário e local do encontro; 4. Elabore a programação do encontro junto com os parceiros; 5. Divulgue o evento pelo site do Fórum (www.surfsustentavel.org.br); 6. Faça uma divulgação ampla do encontro. Mande release para a imprensa. Faça um cartaz e afixe-o em lugares de grande circulação. Envie e-mails; (solicite o cartaz padrão e demais peças de divulgação no Grupo de Articulação Nacional pelo e-mail: surfsustentavel@ecosurfi.org). 7. Prepare a metodologia para construir as propostas (anexo 02) e os materiais para o encontro: cronograma, apresentações, pranchetas, canetas, cartolinas, computador e o que mais achar necessário; (solicite a sugestão de apresentação em PPT junto ao Grupo de Articulação Nacional pelo e-mail: surfsustentavel@ecosurfi.org) 8. Convoque os amigos; 9. Realize o encontro. Dica: registre tudo em foto e vídeo. Poste fotos e vídeos no portal do Fórum (www.surfsustentavel.org.br). Escreva também um relato sobre o que aconteceu (modelo de ficha de resposta no anexo 1); 10. Se outra pessoa ou grupo promover um encontro desse tipo, participe e colabore. Divulgue, registre e compartilhe fotos, vídeos, relatos no portal do Fórum.
Encontros Livres – Que litoral você quer para o seu surf? PERGUNTAS E RESPOSTAS Qual a relação entre os Encontros Livres – Que litoral você quer para o seu surf?, a Rio+20, e a Cúpula dos Povos? Os Encontros Livres podem ajudar a criar um clima de integração entre as pessoas ao sugerir debates de interesse dos surfistas e que podem vir a se transformar em pauta das discussões no Grupo de Trabalho – Água na Cúpula dos Povos. Qual o objetivo dos Encontros Livres - Que litoral você quer para o seu surf? Esse processo tem duas missões importantes, porque contribui para inserir os surfistas nos vários debates sobre desenvolvimento sustentável e subsidiará a declaração da comunidade do surf que será apresentada pelo Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade na Cúpula dos Povos. Como os Encontros Livres - Que litoral você quer para o seu surf? influenciarão a Cúpula dos Povos? Todas as ideias, bandeiras e propostas que surgirem nos Encontros Livres serão sistematizadas e levadas aos espaços de discussão da Cúpula dos Povos. Por isso é muito importante preencher o Relatório de Encontros Livres - Que litoral você quer para o seu surf? e encaminhá-lo para o Grupo de Articulação Nacional.
9
*LEMBRE-SE: Os Encontros Livres servem para organizar, mobilizar e ampliar a participação da comunidade do surf e podem ser, também, espaços de discussão e monitoramente dos desdobramentos dessa discussão.
Quem pode organizar uma Conferência Livre? #Eu, #você e #todomundo!!! Qualquer pessoa ou organização pode organizar um Encontro Livre. Não há limite para isso. #Dica: quanto mais pessoas e organizações envolvidas na organização de um Encontro Livre maior será a força das suas propostas. As pessoas que desejam organizar um Encontro Livre podem estabelecer contato com alguma organização mais próxima, como por exemplo, uma associação de surf, grupos juvenis, culturais, esportivos, etc. Quem sabe isto não pode ser um bom motivo para estas organizações se aproximarem com mais força da temática “surf com sustentabilidade”? Onde eu posso realizar um Encontro Livre? #QualquerLugar! “O Encontro Livre tem de ir onde o surfista está...” Não há um local específico para servir de palco para um Encontro Livre. Vale qualquer espaço no seu bairro, comunidade, aldeia, vila, escola, universidade, etc. Como as organizações podem participar? Organizações que atuam em âmbito nacional podem também organizar Encontros Livres simultâneos em vários locais. Outra possibilidade é a de realizar um Encontro Livre como atividade integrada em outros eventos (nacionais, regionais, estaduais, municipais, etc). Ou seja, tem um festival musical ou cultural já com data marcada na sua cidade, você pode procurar a organização e sugerir a realização de um #EncontroLivre com o tema: Desafios para um surf sustentável no litoral brasileiro. Isso pode aproximar os surfistas do debate sobre sustentabilidade. Quais os prazos para realizar um Encontro Livre? A partir de 05 de abril até o dia 10 de junho. Não esqueça de encaminhar o Relatório pois é ele que vai tornar possível a sistematização de todas as contribuições dos surfistas e levá-las às atividades que desenvolveremos no Rio de Janeiro. Após este prazo outras conferências podem acontecer, mas não será mais possível sistematizar suas propostas devido ao curto espaço de tempo. Então, #corra!!! Há uma sugestão de Programação para realizarmos um Encontro Livre? Há infinitas maneiras de se organizar um Encontro Livre, a partir da criatividade de cada organizador. Disponibilizamos aqui uma sugestão de programação (uma manhã ou uma tarde / cerca de 120min de atividades em cada período): - Apresentação do comitê Pró-Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade;
10
- Subsídio de idéias - Mostra de vídeos sobre a situação dos oceanos, ativismo dos surfistas etc; - Organização dos grupos de trabalho e partilha de percepções; - Apresentação – Tema: Poluição - Os desafios para um surf sustentável; - Surf em ação - Perguntas e encaminhamento das respostas; - Avaliação final; - Relatório.
#Características dos Encontros Livres • Liberdade: embora haja algumas “regras” básicas de funcionamento, elas não diminuem o caráter de liberdade dos Encontros Livres. Liberdade para organizá-las, divulgá-las e para definir seu formato. • Informalidade: mas sem perder sua importância e legitimidade. Seu caráter informal somente reforça seu espírito livre e democrático. • Diversidade: As organizações, movimentos e pessoas da sociedade participam de acordo com suas dinâmicas, tempos e formas de organização. Os Encontros Livres aumentam e diversificam as possibilidades de participação dos Surfistas brasileiros na Rio+20. • Criatividade: Possibilidades de uso de diferentes linguagens e meios para expressar as idéias e propostas debatidas durante o Encontro Livre: spots de rádio, vídeos, fotos, grafitti, música, poesia, etc. No Encontro Livre o limite fica por conta da criatividade dos seus participantes. • Inovação: esta talvez seja um conceito importante para expressar a proposta dos Encontros Livres. Elas, de fato, são inovadoras e foram pensadas como opção metodológica para deixar as discussões sobre a Rio+20 e desenvolvimento sustentável o mais próximo possível dos surfistas, potencializando sua irreverência, atitude, energia, criatividade e a disposição em inovar e mudar. *Já pensou se cada um mandasse suas idéias num relatório diferente? Ficaria impossível organizar todas as propostas. Por isso deverá ser seguido o padrão no anexo.
11
Anexo: 01
Relatório de Encontro Livre – Que litoral você quer para o seu surf? ESTADO (UF):
MUNICÍPIO:
DATA DE REALIZAÇÃO:
Local: (nome do espaço onde aconteceu a Conferência)
Nome da Entidade/Movimento/Grupo que organizou a Conferência:
Número de pessoas participantes:
Número de organizações participantes:
Nome das organizações participantes: (acrescentar quantas linhas forem necessárias):
Dados do responsável pelo preenchimento deste relatório Nome completo: Organização: E-mail: Telefones (com DDD):
Informações Gerais sobre o Encontro Livre Relato do Encontro Livre
12
Breve resumo do debate de contextualização:
Propostas dos surfistas para declaração da comunidade do surf na RIO+20 (coloque as propostas que surgiram no debate)
Breve avaliação da Conferência:
13
Anexo 02 A onda dos sonhos Oficina de futuro - Etapas para a construção coletiva de idéias Árvore dos sonhos - Para realizar algo de valor é preciso ter espaço para sonhar. Durante a Eco-92 foi construída uma imensa árvore na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Nesse local, onde era realizada a conferência da sociedade civil, as pessoas escreviam em folhas de papel seus sonhos de um futuro digno para a humanidade e penduravam na árvore. Para possibilitar um método de construção coletiva de idéias, que seja de fácil compreensão e aplicação junto à comunidade do surf, adaptamos a árvore dos sonhos em uma Onda dos Sonhos. Vamos remar para pegar essa onda... 1 – Passo. A onda dos sonhos - subsídio de idéias (duração 30 min) Faça um encontro e reúna um grupo. Apresente as propostas e idéias que motivam as ações do fórum e o cronograma da atividade que vai acontecer para “montar” a onda. Uma grande onda pode ser desenhada numa lousa ou recortada em cartolina. Tudo depende da criatividade dos facilitadores.
Para ajudar nas conversas traga um ou mais palestrante que domine temas voltados para a conservação ambiental, surf e sustentabilidade e que possa ajudar falando para os participantes. Respeite sempre o tempo estipulado para a realização de cada etapa da oficina.
14
Caso não encontre ninguém que faça uma apresentação escolha um vídeo na internet. Segue sugestões de vídeos: Carta da Terra – CRH – Tratado de EA – História das Coisas – Oceanos GP. Os vídeos também servem de apoio para as palestras. 2 – Passo. Partilha de percepções (duração 45 min) Após o momento do subsídio de idéias divida os participantes em grupos de até 6 pessoas. Cada grupo tem como finalidade conversar sobre o tema e as informações expostas e responder a primeira pergunta da onda dos sonhos: Quê litoral você quer para surfar?
Outra pergunta que podem responder: Como está a situação ambiental do litoral que você mora ou frequenta?
15
Cada grupo escreve os seus sonhos (idéias) para um litoral ambientalmente saudável para o surf num papel em forma de prancha e prega na “parede” da onda. A negociação coletiva dos sonhos vai mostrar quais são os objetivos de cada grupo. Os grupos podem escrever até três respostas para a mesma pergunta.
3 – Passo. Lixo no mar - Desafios para um surf sustentável (duração 30 min) Falar de lixo na água do mar serva para o grupo desabafar e pensar nas dificuldades que terão que enfrentar para chegar aos sonhos. Uma grande mancha, ou manchas pequenas podem ser desenhadas na lousa, no chão ou sobre uma cartolina. Novamente os participantes são divididos em pequenos grupos para facilitar a conversa. (os grupos podem alterar os participantes em cada etapa) O facilitador ou facilitadora da reunião pergunta: Quais são os problemas que dificultam chegarmos aos nossos sonhos?
16
Cada grupo debate escolhe e escreve um problema sobre uma das “manchas” desenhadas. Depois de examinarem todas as dificuldades, os participantes da oficina escolhem quais desejam ver resolvidas primeiro, em segundo e terceiro lugar. 4 – Passo. Terral da sustentabilidade (duração 45 min) Todos os problemas e dificuldades têm uma razão para existir. Por isso, o quarto passo da Onda dos Sonhos consiste em reunir informações para conhecer a história da nossa praia, do nosso litoral e da nossa comunidade. Um caminho é responder as perguntas: Como esses problemas surgiram? Com era a praia que eu surfo antes? As pessoas mais experientes no encontro podem contar como as coisas eram antigamente para os mais novos. Mas é preciso também conhecer a situação atual. Vale à pena conhecer várias opiniões e conhecimentos diferentes.
Novamente são montados os grupos para o encaminhamento final da oficina. Nesse passo vai ser possível visualizar a situação atual e pretendida do quê (problemas e soluções) que esta sendo exposto pelos participantes.
17
Outra pergunta chave que pode ser feita: Que experiências interessantes já aconteceram por aqui? Todas as informações coletadas podem virar uma nuvem para o cenário em que a onda foi desenhada. A nuvem vai facilitar a visualização e a compreensão da situação atual local. 5 – Passo. Surf em ação (duração 30 min) Agora é preciso organizar as idéias e preparar um plano com as respostas/ações. Esta parte da Onda dos Sonhos vai ajudar os grupos a tomarem uma atitude para transformar a situação atual e chegar aos sonhos (ação). Para isso, é preciso responder a novas perguntas: Quais ações devem ser realizadas? O quê será necessário para realizá-las? Quando cada ação será realizada? Quem se responsabilizar por elas?
Após as respostas dessas ultimas perguntas e compreendida a situação que deve ser transformada. Uma ficha contendo as quatro perguntas finais deve ser criada como sistematização e consequência da oficina. Esse resultado deve ser apresentado por um representante de cada grupo para que os demais participantes tomem conhecimento das propostas. 6 - Passo. Plano de ação (duração 30 min) Um plano de ação é como um mapa de orientação. Ele às vezes pode demorar para ser construído, mas se for cuidadoso e completo pode evitar muita dor de cabeça. Vale lembrar que os planos existem para serem executados. Portanto, é importante acompanhar e avaliar a realização de todos os passos, perguntando sempre se os sonhos (propostas) da Onda dos Sonhos estão sendo alcançados. Essas propostas vão apontar os principais problemas identificados, desafios e as ações para a superação de cada problema visualizado pelos grupos.
18
A partir disso, novas propostas para gerar potenciais ações que permitam a conservação costeira e potencializar a sustentabilidade no universo surf por surfistas podem ser criadas e desenvolvidas.
7 - Passo. Avaliação (duração 30 min) Para terminar o encontro e saber o que cada participante achou da atividade, monte um mural na parede com cartolina ou use a própria lousa. Escreva as seguintes perguntas:
Quem bom – Cada participante comenta algum ponto positivo da atividade em uma frase. Que pena – Cada participante comenta algum ponto negativo da atividade em uma frase. Que tal – Cada participante sugere algo melhor para a atividade e/ou agradece se gostou etc. *Oficina de futuro - Metodologia criada pela ONG Instituto Ecoar para a Cidadania e adaptada pela ONG Ecosurfi para servir como ferramenta de construção coletiva para as propostas desse comitê.
19
DROPE ESSA ONDA! Este Manual procurou apresentar de forma simples e objetiva a proposta dos Encontros Livres - Que litoral você quer para o seu surf?, como forma de facilitar seu entendimento e, consequentemente, potencializar a participação de pessoas e organizações. Como vimos, os Encontros Livres se constituem em formas inovadoras de participação popular e dos surfistas, visando ampliar a diversidade de organizações participantes, respeitando suas dinâmicas próprias, tempos e autonomia. Esperamos com este Manual contribuir para que o processo de participação da comunidade do surf na Rio+20 - Cúpula dos Povos, amplie e diversifique o acesso da sociedade civil aos mecanismos de participação popular. E mais que isso, que consigamos estabelecer um documento que retrate a realidade do litoral brasileiro na perspectiva da comunidade do surf. E, então, vamos colocar juntos a mão na massa! Porque deixar para depois o que podemos fazer agora? Como diz a canção: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. *Este manual toma como referência bibliográfica os seguintes documentos: Manual de Conferências Livres de Juventude/CNJ –SNJ – SGPR, Passo a Passo ComVidas/MEC-MMA e Manual de Mobilização – MMS.
Organização metodológica: João Malavolta joaomalavolta@ecosurfi.org Grupo de Articulação Nacional Comitê Pró- Fórum Brasileiro de Surf e Sustentabilidade