Relatório de Estágio - Circus Network

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AGRADECIMENTOS


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AGRADECIMENTOS

Agradecimentos Não sendo a pessoa mais fácil de aturar, ao longo destes , o apoio da minha família foi fundamental! Os meus maiores agradecimentos começam pelos meus pais, um grande obrigado à minha mãe por toda a paciência e para que nada me faltasse, ao meu pai pela motivação, por acreditarem nas minhas capacidades e sempre ajudarem no que podiam e não podiam. Aos meus irmãos Rui e Alexandre por lá no fundo se importarem, aos meus amigos, um especial obrigado, Peixoto, Rodrigo e Baía pelos 3 anos de experiências, partilha de conhecimento, aventuras e motivação. Um grande obrigado à Pádua, que esteve sempre comigo nestes últimos dois anos, com quem mais partilhei experiências e aprofundei o meu conhecimento pela ilustração. À minha orientadora, Fernanda Antunes, por ter tido também muita paciência com o meu percurso académico e pelo essencial apoio na concretização deste relatório. Por último, quero agradecer à Ana Muska e ao André que me proporcionaram um estágio magnífico, um obrigado pela incrível estadia e recepção, pela experiência, partilha de conhecimentos, por terem acreditado nas minhas capacidades e confiado, e também ao pessoal do co-work um grande obrigado!!


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RESUMO


RESUMO

Este relatório contém toda a experiência e aprendizagem que alcancei com o estágio académico e que finaliza a licenciatura de Comunicação e Design Multimédia da Escola Superior de Educação. O estágio decorreu na Circus Network durante 3 meses e no relatório estão presentes todos os trabalhos realizados nesse período. Foram abordados temas como design gráfico, ilustração, street art, fotografia e mesmo vídeo. O contacto com trabalhos reais deu-me uma melhor perspectiva sobre o mercado de trabalho e como funciona, principalmente o mundo da ilustração e street art, onde a Circus Network tem uma grande influência. O presente relatório conta também com projectos próprios de ilustração realizados neste período de tempo, muito por incentivo e motivação proporcionados pela galeria que expandiu o meu conhecimento em múltiplos aspetos.

Resumo

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Agradecimentos Resumo Introdução Fundamentação Teórica Design Gráfico Princípios do Design Gráfico Propriedades Gráficas Técnicas de Ilustração O Esboço ou Rough Suporte Projetos de Estágio Catálogo WLTDO? Catálogo SAM Desdobrável Nossa Senhora da Oliveira Fundamentação Teórica Fotografia do Produto Serigrafia Street Art Técnica de Ilustração Projetos de Estágio Projeto Fotográfico Capa Vinil - Plano b Mural por Nina Fernande Projeto Cozinhas Marques Conclusão Webgrafia Bibliografia


IV VI 001 011 013 015 019 027 029 030 031 033 039 045 051 053 055 057 061 063 065 069 075 083 091 093 095


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INTRODUÇÃO

No presente relatório apresento o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 3 meses no âmbito do estágio académico. Foram meses bastante enriquecedores em que adquiri bastante conhecimento tanto na área de design como em ilustração e street art. Passo a apresentar os projectos com o fundamento e conceito que tive de base e o que considero relevante dos seus processos de desenvolvimento.


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INTRODUÇÃO

Processo de Escolha A minha escolha incidiu apenas em empresas que trabalhassem com ilustração e design e que, ao mesmo tempo, trabalhassem para além do digital. A minha escolha foi também motivada pela vontade que tenho em crescer e desenvolver as minhas capacidades na área da ilustração, perceber o que preciso de ter para um dia poder ser considerado ilustrador/artista de street art, num meio artístico que sempre me cativou e que no porto os estímulos são diários.

Figura 1. Galeria Circus Network

Objectivos No período de estágio pretendi explorar a vertente mais manual do design gráfico, praticar o desenho, assim como tive a oportunidade de ver de perto diferentes técnicas de pintura e ilustração, aliando ao facto maravilhoso de ter contacto com vários artistas com quem gostaria imenso de trabalhar no futuro.

Figura 2. Galeria Circus Nework

Plano de Trabalho O estágio académico teve início em fevereiro de 2017 terminando em maio do mesmo ano. O estágio decorreu na galeria/co-work Circus Network. A integração e inserção na empresa aconteceu de forma muito natural, tendo passado por executar tarefas simples como a responsabilidade de ter um projeto em mãos. Ao longo do período de estágio, fiz valer a minha participação em todas as tarefas e projetos realizados na galeria, tendo o meu trabalho passado por pesquisas para os projetos, fotografia de obras, a sua edição e publicação, trabalho criativo nas áreas do editorial e ilustração, e até o manuseamento de tintas, trinchas, pincéis, entre outros, em diversas actividades que surgiram.

Figura 3. Espaço co-work Circus Nework


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JUSTIFICAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR

Justificação da proposta curricular

No terceiro ano, no último semestre da licenciatura optei por estágio académico. Não houve dificuldade na decisão, pois iria ser a experiência mais enriquecedora que nesta fase da minha vida académica/profissional seria fundamental. Optei por procurar estágio na cidade do Porto, por ser uma cidade que investe muito no design e na street art, por nunca ter tido a oportunidade de a explorar e porque, colegas do ano anterior que estiveram no porto aconselharam vivamente. Fiz um currículo nada convencional onde, à primeira vista, conseguisse transmitir o meu gosto por ilustração e design gráfico. Fiz algo que queria que se identificasse comigo, e que tivesse gosto em partilhar, dai ter sido feito em formato poster. Recebi resposta positivas e negativas.

Figura 4. Curriculum Vitae 2017 João Marques



Figura5 Ana Muska e AndrĂŠ carvalho, Fotografia alterada/ilustrada.


Apresentação Entidade Acolhimento A Circus Network é uma organização cultural sediada no Porto, criada em 2012 pela Ana Muska e André Carvalho.

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Tem como objectivo, promover e divulgar a arte e a cultura nacional com especial destaque nas áreas da ilustração e da arte urbana. Funciona como uma agência de criativos, de diversas áreas no sentido de captar o interesse de empresas e marcas em relação a artistas nacionais, é também um espaço de co-work com capacidade para mais de 20 pessoas e um espaço-galeria que reúne abordagens tão distintas quantas as personalidades que por lá passam.

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Tem um papel ativo dentro da cultura nacional através da criação de eventos, exposições, pinturas de murais, festas, entre outros. Efectuou uma série de intervenções culturais no norte do país com um único propósito - divulgar e promover a arte em ascensão portuguesa. Têm, por isso, vários murais espalhados – incluindo o de D. Quixote e Sancho Pança, o tal que foi o “primeiro mural legal” da cidade do Porto.

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A Circus Network conta com mais de 100 artistas e designers portugueses que se focam sobretudo na street art e na ilustração. Entre eles: Andy Calabozo, Binau, Bráulio Amado, Bruno Albuquerque, Draw, Fedor, Heymikel, Lara Luís, Laro Lagosta, Lord Mantraste, Mesk, Mots, Mr Esgar, Amadeus, Pedro Podre, Oker, Andre da Loba, Chei Krew, Dores de Fome, Joana Estrela, Rafaela Rodrigues, Ricardo Ladeira Carvalho, Contra, Ana Types Type, Clara Não.

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FUND AMEN TAÇÃO TEÓRI CA O Design Gráfico & Ilustração


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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Paul Rand (cit. por Connolly, 2017, para. 3)


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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - DESIGN GRÁFICO

“Comunicar visualmente moldando o formato do conteúdo existente (usualmente), editando ou acrescentando o conteúdo existente (por vezes) e gerando tanto a forma como o conteúdo (ocasionalmente).” “O design é uma linguagem, como tal, pode ser usado para se queixar, se entreter, educar, agitar, ganhar dinheiro, lamentar, denunciar, vender ou promover.” “O design gráfico é para uma troca com significado entre humanos, com o potencial de dizer a milhões algo que valha a pena e que pode mudar o curso da sociedade. Oh desculpem, eu queria dizer que é o processo através do qual empresas e publicitários mostram mensagens que não têm conteúdo, das quais não queremos saber ou pelas quais nos importamos, cara a cara, em qualquer oportunidade possível.”


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - DESIGN GRÁFICO

“Para pôr um calço por baixo da perna de uma mesa de madeira”

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Andy Altman (cit. por Twmlow, 2007)

Augus Hyland (cit. por Twmlow, 2007) Stefan Sameister (cit. por Twmlow, 2007) Jonathan Barnbrook (cit. por Twmlow, 2007)

O Design Gráfico surge como um meio de comunicação. Serve para exprimirmos ideias, para vender, para informar, e outros. Quando a mensagem passa de forma natural quase transparente estamos perante bom Design Gráfico.


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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PRINCÍPIOS DO DESIGN GRÁFICO

Percebendo um pouco do que se trata o design gráfico, são apresentados agora os princípios para uma boa composição gráfica, de forma a comunicar uma mensagem. Os princípios abordados são o equilíbrio, proporção, contraste, proximidade, vazio gráfico, unidade, consistência e repetição, unidade, movimento, hierarquia, escala e alinhamento.

Princípios do Design Gráfico Equilíbrio Organiza e distribui a carga gráfica dos elementos na composição visual. A carga gráfica pode ser afetada por propriedades como a cor, textura, tom, proximidade, dimensão, escala e movimento. Podemos ter 3 tipos de equilíbrio: Simétrico, Assimétrico e Radial. O equilíbrio Simétrico consiste na distribuição uniforme de elementos visuais, de ambos os lados de um eixo central. Um eixo horizontal ou vertical transmite uma composição sem movimento, mais estática, enquanto que um eixo inclinado adiciona movimento e dinamismo à composição. O equilíbrio Assimétrico é obtido quando há uma distribuição desigual, não-uniforme, dos elementos visuais. Uma composição assimétrica é sempre mais dinâmica que uma composição simétrica. O equilíbrio Radial acontece quando os elementos visuais são distribuídos ao redor de um centro de radiação. (Peccini, 2015)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PRINCÍPIOS DO DESIGN GRÁFICO

Vazia gráfico Área vazia em redor do elemento gráfico ou contido. O espaço pode ser bidimencional ou tridimencional, negativo ou positivo. O uso do vazio gráfico causa grande segregação--->MUDAR e direciona a atenção ao assunto principal da composição, apresentando pouca ou nenhuma distração. (Brito, 2014 & Peccini, 2015)

Contraste O contraste ocorre quando dois elementos gráficos são diferentes. Utilizamos o contraste no para dar ênfase ao que é mais importante ou para direcionar o olhar do observador. O contraste utiliza a comparação entre características opostas, utilizando a relação de complementaridade para reforçar a mensagem visual. (Canha, (s.d) & Peccini, 2015)

Proximidade A proximidade cria um elo entre elementos de uma página. Objectos relacionados são agrupados e colocados próximos criando blocos de informação, que adiciona consistência e ordem à composição. (Canha, (s.d) & Peccini, 2015)

Proporção Refere-se ao tamanho relacionado entre os elementos gráficos e a sua escala. A variação no tamanho cria a sensação de escala. Relações de comparação dimensional entre elementos, trazem comparações de grandeza e peso visual. A grande diferença de dimensão cria contraste de escala, gerando hierarquia e ordem. (Brito, 2014 & Peccini, 2015)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PRINCÍPIOS DO DESIGN GRÁFICO

Movimento Forma na composição dos elementos gráficos que instintivamente faz com que o observador tenha uma leve ideia de movimento. (Brito, 2014)

Alinhamento O alinhamento ajuda a organizar itens similares, criar grupos e conexões visuais. Quando os elementos gráficos são alinhados na página, há uma unidade coesa, mais forte. Mesmo quando os elementos estiverem fisicamente separados uns dos outros, se estiverem alinhados, haverá uma linha invisível conectando-os, tanto em relação aos seus olhos quanto a sua mente. A falta de alinhamento cria um visual desleixado e desorganizado, assim como misturar vários alinhamentos diferentes. No entanto, não é errado quebrar o alinhamento de propósito afim de criar tensão ou chamar a atenção para algum elemento específico na página. (Canha, (s.d.) & elementos1, 2008)

Consistência e Repetição O princípio da repetição afirma que algum aspecto do design deve repetir-se no material inteiro. O elemento repetitivo pode ser uma fonte em negrito, um traço, algum sinal de tópico, um elemento do design, algum formato específico, relações espaciais, entre outros. O propósito básico da repetição é unificar e acrescentar interesse visual. A repetição vai além da simples consistência: é um esforço consciente para unificar todos os elementos gráficos. Ajuda a organizar as informações e estabelece uma continuidade sofisticada. (elementos1, 2008)

Unidade Todo e qualquer elemento é um em si mesmo. Porém, elementos semelhantes e próximos tendem a formar agrupamentos visuais criando novas unidades dentro do todo. É como se fosse a criação de uma harmonia na composição onde todas as partes da composição juntas formam um único tema visual. (Brito, 2014)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PRINCÍPIOS DO DESIGN GRÁFICO

Escala A variação da dimensão pode criar a sensação de escala, uma vez que a percepção observa o todo antes de perceber as partes. Assim, são criadas relações de comparação dimensional entre os elementos, trazendo comparações de grandeza e peso visual. (Peccini, 2015)

Hierarquia A hierarquia visual propõe um caminho na visualização do conteúdo, para que o observador final perceba a ordem e relevância de cada elemento gráfico. A ordem hierárquica pode ser feita de inúmeras formas, través do contraste, tamanho, forma, entre outros. (Brito, 2014)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

Propriedades Gráficas Serão abordadas as propriedades gráficas Cor, Tipografia e Caligrafia.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

No Design Gráfico a Cor é fundamental, quando bem usada torna-se um grande atração e proporciona eficácia na comunicação visual. As cores podem transmitir informações através de várias associações como: psicológica, fisiológica e sinestésica. A cor intervém conforme a situação. Uma cor é chocante quando está dissociada e sem relação com as que a rodeiam. O uso da cor num projeto é tão importante como saber criar uma composição gráfica ou escolher a tipografia correta. As cores podem influenciar diretamente na compra de um produto e na divulgação do mesmo, de forma negativa ou positiva. (Fornasaro, 2007)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

Circulo Cromático Representação simplificada das cores percebidas pelo olho humano. É composto por doze cores ou seis cores: as três primárias, as três secundárias e as seis terciárias. É utilizado como guia na criação de ilustrações onde conseguimos identificar as cores complementares, as análogas, as meio-complementares, e outras combinações harmónicas possíveis.

Contraste da Cor Cores Quentes e Frias O psicólogo alemão Wundt estabeleceu a divisão fundamental das cores em cores quente e cores frias. As cores quentes são psicologicamente dinâmicas e estimulantes. Representam vitalidade, alegria, excitação e movimento. As cores frias são calmas, tranquilizantes, suaves e estáticas. (Fornasaro, 2007)

Figura 6. Circulo de Cores Frias, Quentes e Neutras

O contraste é utilizado para intensificar e simplificar a comunicação. Dramatiza o significado através de formulações opostas. O contraste é a ponte entre a definição e compreensão das idéias visuais, no sentido de tornar mais visíveis as idéias, imagens e sensações. (Fornasaro, 2007)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

Cores Complementares São as cores que aparecem em lados opostos no círculo cromático. A mistura de cores complementares dá origem a tons de cinza ou preto, quanto combinadas em igual proporção. Quando duas cores complementares são colocadas próximas uma da outra, apresentam um alto contraste.

Figura 7. Circulo Cromático Cores Complementares

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

Simbologia da Cor

Azul Usado para transmitir Verde harmonia, tranquilidade e serenidade. Sendo uma cor fria, por vezes é associada à monotonia e depressão.

Vermelho Cor quente que transmite energia e simboliza a paixão e o amor. É uma cor forte que é associada ao poder e violência.

Rosa

Branco Representa a paz, a purificação, inoc Também é reconhecida como uma co calma e ajuda a atingir equilíbrio.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

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Está associado à natureza e ao sentimento de esperança, também está relacionado com conceitos como saúde e dinheiro.

Amarelo Transmite a sensação de luz e calor. O amarelo estimula o raciocínio e a criatividade. Também pode ser usada para representar alegria e positivismo.

Cor do romantismo e da delicadeza, sendo associada ao mundo feminino. É usada para se referir ao amor e à inocência.

Roxo O significado da cor roxa está associado à espiritualidade, mistério e misticismo. Esta cor é obtida através da mistura do azul e vermelho e costuma ser usada para transmitir melancolia.

cência e a clareza. or que transmite

Preto A cor preta é obtida quando ocorre a absorção de todas as radiações do espectro solar. Esta cor está relacionada à morte, solidão e isolamento. Além disso, também é considerada uma cor sofisticada e elegante.


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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - PROPRIEDADES GRÁFICAS

Caligrafia VS Tipografia

A Caligrafia está relacionada à tradição dos antigos escribas, que dominavam a técnica da escrita manual ornamentada, ou seja “cali” do grego kallos, que significa beleza + “grafia” do grego graphé, que significa escrita. A Caligrafia, beleza da escrita, é muito utilizada para escrita em materiais solenes, como convites, ou materiais gráficos que necessitem de um toque mais humano e ornamental. Por outro lado, a tipografia remonta ao surgimento da impressora de tipos móveis de Gutemberg. Com a industrialização surgiu a necessidade da mecanização do processo de escrita, assim, popularizando os livros. Isso fez com que ocorresse a transformação da escrita caligráfica em letras padronizadas e intercambiáveis – os tipos. Assim, a Tipografia vem de “tipo” do grego typos, que significa forma + “grafia”. É a escrita com tipos móveis, que nos dias atuais se dá pelo uso de “fontes” - versões digitais dos tipos móveis. (Peccini, 2016)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - TÉCNICAS DE ILUSTRAÇÃO

O livro Illustrating Children’s Books, Salisbury (2004) faz referência aos materiais utilizados pelos ilustradores, como as aguarelas, os acrílicos ou as tintas, os pastéis de óleo, a caneta, o lápis e a tinta da china. Com a diversidade de materiais à nossa disposição, alguns ilustradores exploram a mistura entre estes. A junção de papéis, tecidos, fotografias e outros materiais reciclados dão origem a colagens que por sua vez formam uma imagem. Os computadores vieram ajudar na tarefa de “corta e cola”, porque a tornam num processo mais rápido, no sentido de corrigir os erros que foram deixados aquando do trabalho manual. Estes, deram origem à chamada ilustração digital, a qual é produzida quase ou essencialmente a partir do computador. Muitas vezes recorre-se a um esboço em papel, que posteriormente é passado para o ecrã, através de um scanner ou fotografia e novamente trabalhado em programas como Photoshop e/ou Illustrator. Com estes programas é possível simular texturas, sombras, brilhos, de forma a tornar uma imagem “plana” numa imagem com maior profundidade. (Paulo, 2014, p. 33)

Técnicas de Ilustração


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - TÉCNICAS DE ILUSTRAÇÃO

Cartoon Representação de situações humorísticas descritas numa só sequência. Frequentemente utilizado para a crítica pessoal e social. (Rocha & Marcelo, 1999, p.89)

Caricatura Caricatura são formas utilizadas sobretudo na imprensa escrita com fins, na maior parte dos casos, de critica pessoal ou social. A caricatura usa frequentemente a deformação dos traços característicos das personagens viajadas e, por vezes, a analogia com figuras animais, implicando comparações com traços psicológicos atribuídos a essas figuras. (Rocha & Marcelo, 1999, p.88)

Ilustração publicitária Ilustração relacionada com as atividades de publicidade e marketing podendo encontrar-se em embalagens, catálogos, anúncios, expositores, entre outros. Este tipo de ilustração, para além de ter o objectivo a promoção do produto, pode também ter uma função didáctica, mostrando o seu funcionamento ou utilização. (Rocha & Marcelo, 1999, p.91)

Ilustração editorial Imagens acompanhando textos literários ou jornalísticos, em certos casos contrapondo com o texto e, muitas vezes, procurando, através de momentos notários, sintetizar capitulo ou passagens da obra ou artigos no caso de jornais e revistas. (Rocha & Marcelo, 1999, p.90)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - O ESBOÇO OU ROUGH

Rough é um termo inglês que à letra significa rude, tosco, mal acabado. No contexto das artes gráficas, a expressão pode traduzir-se por esqueço ou esboço. Consiste no apontamento gráfico preliminar que o designer elabora para, de uma forma rápida, sintética e elementar, visualizar as suas ideias relativamente à solução da encomenda que lhe tenha sido feita. (Rocha & Marcelo, 1999, p.200)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - SUPORTE

Catálogo O Catálogo é um impresso que, em relação a empresas de maior dimensão, dado o apresamento constante de novos produtos, ganhou, como o jornal e a revista, periodicidade e daí o ter sido incluido sobre o mesmo titulo. Este tipo de impressos pode ir desde a forma de pequenas brochuras a volumes consideráveis. São normalmente muito ricos em ilustrações e, quando é caso disso, acompanhados de desenhos técnicos, apresentado a sua estrutura, montagem ou funcionamento. Neste caso, as imagens são acompanhadas dos preços e produtos. A fotografia de estúdio, desempenha um papel fundamental para a criação das imagens necessárias. (Rocha & Marcelo, 1999, p.240)

Desdobrável As dobras de um Desdobrável, intitulam-se de lauda. Para despertar a curiosidade, um desdobrável, normalmente, toma formas diferentes das comuns, sendo obtidas através de cortantes e dobragens especiais. (Rocha & Marcelo, 1999, p.249)

Flip Book O Flip-book é formado por uma série de desenhos impressos num pequeno livro, para ser folheado com os dedos dando a impressão de movimento. Assim, é possível criar uma sequência animada sem a ajuda de uma máquina. É possível industrializar esta “técnica” em livros de papel que trazem exclusivamente essas imagens. Qualquer livro pode ser usado para criar um flip-book. Basta desenhar nas páginas e depois passá-las rapidamente com o dedo. (Alves, 2010)

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PROJE TOS D E ESTÁ GIO

Projetos realizados no âmbito do estágio curricular.


PROJETOS DE ESTÁGIO

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Figura 8. Ilustração realizada no decorrer da escrita do relatório


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PROJETOS DE ESTÁGIO - WLTDO?

Briefing Who Let the Dogs Out? uma exposição coletiva que junta 11 artistas portugueses. A exposição consiste na reanimação de um objecto clássico, associado à geração dos nossos avós, o cão de porcelana. São apresentadas 10 obras (divididos em 3 raças diferentes) que são acompanhadas por uma obra de 30x40cm diretamente relacionada com a intervenção criativa no cão de porcelana. Foi solicitado a criação de um catálogo com todos os elementos da exposição, com o objectivo de acompanhar cada cão quando a exposição acabar. Será distribuído por 10 lojas na cidade do porto. Foi fornecido pela identidade de acolhimento fotografias finais dos cães, o tipo de letra utilizado na maior parte dos trabalhos gráficos da Circus Network, a tabela de preços, o logo e um cartaz da inauguração da exposição. A execução do catálogo teve como base a imagem do cartaz já realizado, para todo o resto tive liberdade total para explorar e criar diferentes tipos de composição.

Who Let The Dogs Out?

Metodologia Inicialmente foi realizada uma pesquisa sobre diversos tipos de catálogos. Foram desenvolvidos alguns esboços e estudos de layout. Para relacionar a capa e a contra capa com o nome da exposição, foi colocado um cão de porcelana a atravessar o livro, foram feitos alguns grafismos nestes para incluir o método de ilustração também utilizada na maior parte das intervenções criativas. A paleta de cores e o jogo de formas e fundos simulando paredes respeitam o cartaz executado anteriormente. Elementos como a proximidade, equilíbrio e porpoção nas figuras e suas respetivas obras, como todo o enquadramento gráfico analisado e estudado, foi acompanhado pela tutora sendo feitos alguns testes de impressão até chegar ao resultado final.

Recursos Utilizados Adobe Illustrator, Adobe Photoshop


PROJETOS DE ESTÁGIO - WLTDO?

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Figura 9. Exposição WLTDO?

Figura 10. Resultado Final Catálogo WLTDO?


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PROJETOS DE ESTร GIO - WLTDO?

Figura 11 & 12. Resultado Final Catรกlogo WLTDO?


PROJETOS DE ESTÁGIO - WLTDO?

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PROJETOS DE ESTร GIO - WLTDO?

Figura 13 & 14. Resultado Final Catรกlogo WLTDO?


PROJETOS DE ESTÁGIO - WLTDO?


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PROJETOS DE ESTÁGIO - SAM

Briefing

Figura 15. Resultado Final Catálogo Circus SAM

SAM é uma revista sobre street art e ilustração, pensada e realizada pelo artista Chris Versteeg que conta com 13 edições. A Circus Sam resultou da parceria que a Circus Network fez com esta revista, que originou um exposição com 18 artistas de várias nacionalidades. Cada artista realizou duas obras no formato de 30x40 cm, existindo fotografia, serigrafia e a grande maioria prints realizados digitalmente. Este trabalho consistiu na realização de dois catálogos, um em formato impresso e outro digital. Foi pedido que o catalogo digital fosse de fácil leitura e que funcionasse online. Tive total liberdade criativa para a escolha do tipo de letra, cor e layout. A revista SAM que contém a Circus SAM, os textos sobre os artistas, as imagens por vetores das obras e algumas fotografias da exposição foram fornecidas pela entidade de acolhimento.

Metodologia Este catálogo tem como conceito, a fácil leitura por parte do cliente, de modo, a que consiga visualizar todas as obras de maneira rápida, conseguindo também identificar o artista e todas as caracteristicas do print. Desenvolvi uma pesquisa sobre a revista e alguns esboços aproveitando o escorrer da tinta presente na capa da revista. A ideia de criar um tipo de animação recorrendo ao deslocamento da “tinta” em cada página, transmite movimento tornando o catalogo digital mais apelativo ao cliente. A ideia foi aceite e executada nos dois, sendo menos perceptível no catalogo impresso. Para manter uma coerência gráfica em todo o projeto explorei o contraste presente na capa com as cores preto, amarelo e branco. As obras foram colocadas num mockup parecendo que estas estavam expostas e alinhadas como, que se ainda estivessem numa exposição. Com recurso a transparências e multiplicações tornei cada página um pouco mais consistente ao colocar a obra como background. Foi feito referência à exposição que decorreu na Circus Network com a junção de duas fotografias no meio do catálogo impresso.

Recursos Utilizados Adobe Illustrator, Adobe Photoshop


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PROJETOS DE ESTร GIO - SAM

Circus SAM

Figura 16 & 17. Resultado Final Catรกlogo Circus SAM


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Figura 18. Resultado Final Catรกlogo Circus SAM


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PROJETOS DE ESTÁGIO - SAM


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PROJETOS DE ESTร GIO - SAM

Figura 19 & 20. Resultado Final Catรกlogo Circus SAM


Figura 21. Capa Desdobrรกvel Nossa Senhora da Oliveira


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA

Nossa Senhora da Oliveira

Briefing Uma exposição que decorreu em Guimarães. Tem como tema os Milagres da Nossa Senhora da Oliveira, uma santa que conta com 46 milagres documentados. Foi pedido a 6 ilustradoras que selecionassem um e o ilustrassem. Foi pedido pela entidade de acolhimento que realizasse um catálogo para ser oferecido na compra de alguma das obras e possivelmente a quem fosse à inauguração. Sugeri, em vez de um catálogo A5 com formato típico de revista, fazer um desdobrável frente e verso em A3, o que poderia resultar em algo bastante interessante e no final funcionar como poster. Este trabalho tem como objectivo criar um desdobrável coerente, aliado à ilustração da Nossa Senhora na integra, relacionando assim com tema da exposição. Foram fornecidos todas as ilustrações e textos, e total liberdade para criar o desdobrável - desde que os textos fossem legíveis e as ilustrações tivessem o devido destaque.

Recursos Utilizados Adobe Illustrator, Trabalhos de Artes Plásticas

Metodologia Inicialmente foi realizada uma pesquisa sobre diferentes tipos de desdobrável e um brainstorming relativo à Nossa Senhora. Analisei também dois desdobráveis -portfólios que realizei para as unidades curriculares de Design Gráfico e Ilustração. Depois de alguns esboços e experiências em papel, rapidamente percebi como teriam que ser colocados todos os elementos gráficos, para uma boa leitura por parte do publico alvo e um bom funcionamento do desdobrável. Elementos relativos à Nossa Senhora: -Manto. Foi dado um grande destaque ao manto que a Nossa Senhora utilizava, sendo um elemento característico. -Folhas de oliveira. Para o fundo foi utilizado algo que se fizesse associar ao nome da Nossa Senhora de Oliveira -um padrão com as folhas de oliveira. -Anjo. Um pequeno anjo aos pés da nossa senhora, presente em todas as esculturas/ilustrações. -Braços. Foram colocados vários braços na nossa senhora, como que se esta estivesse a realizar vários milagres ao mesmo tempo, referência a todos os milagres feitos. -Nossa Senhora da Oliveira. Recriar a imagem da Nossa Senhora, mantendo os elementos característicos principais, como o manto, a manta amarela (saber nome), os braços colocados como se estivesse a rezar e uma expressão no rosto.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA

A ilustração realizada, esta interligada com toda a dinâmica e funcionamento do desdobrável, interligando a capa com a contra capa, introdução, as obras da exposição e respetivos textos com os milagres. Foram utilizadas bastantes sombras para criar perspectiva na ilustração , realçando o manto com toda a informação. A parte de trás do desdobrável (aberto) está ocupada por 4 ilustrações e respetivos nomes e textos. Ficou decidido que a maior parte da tipografia presente nos títulos e nomes das artistas, seria desenhado por mim para enfatizar a ideia de ilustração, colocando o desdobrável visualmente mais apelativo e limpo. Foi muito importante os testes de impressão para conseguir perceber, juntamente com ajuda da orientadora, todos os erros presentes. Também foi solicitado, com o mesmo tipo de lettering desenhado, escrever o titulo “Milagres de Nossa Senhora da Oliveira”, os nomes das artistas e respetivo milagre ara acompanhar as obras na exposição.

Figura 22 - 27. Resultado FInal Desdobrável Nossa Senhora da Oliveira


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA

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FUND AMEN TAÇÃO TEÓRI CA Fotografia do Produto, Serigrafia & Street Art


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - FOTOGRAFIA

A fotografia do produto procura sempre mostrar um objecto vendível de forma perceptível e eficaz. Este tipo de fotografia é, portanto, meramente comercial e têm cada vez mais utilização com a existência de lojas online.

A maioria das lojas online têm fotografias pequenas e com má qualidade, o que, para além de não tornarem perceptíveis as características do produto, levam o cliente a não efectuar a compra. No caso de serem boas fotografias do produto, todas as suas características são explícitas, o cliente passa a ter a sensação de ter o produto nas próprias mãos. Para isso, existe a técnica de fotografia “Still Life” - natureza morta, utilizada para publicidade e lojas online. Neste caso, em lojas online, as fotos possuem um papel fundamental porque o cliente não pode tocar no produto e conferir a qualidade do material. O seu principal objectivo é vender e mostrar o produto na integra. Neste tipo de fotografia temos o controle total sobre o objeto, tanto na luz como na sua composição. A coisa mais importante quando se fotografa Still Life é a luz. Não só o tipo de luz, natural ou artificial, mas a direção da mesma, faz uma grande diferença no resultado final da fotografia. A luz lateral é usada para dar uma aparência 3D na foto, luz frontal da um resultado mais direto e luz por trás do objeto cria um efeito mais dramático. A fotografia do produto é essencialmente realizada em estúdio, dado que todas as condições para que este tipo de fotografia aconteça têm que ser controladas; requer equipamentos e técnicas específicas também.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - FOTOGRAFIA

Fotografia do Produto

Como o papel da fotografia Still Life é conseguir demonstrar o produto, questões como valores, filosofia, ideias e tudo o que se desejar transmitir ao comprador, têm que ser pensadas e ponderadas antes da produção das imagens. Um bom briefing é fundamental. É importante que a equipa de marketing e o fotógrafo estejam alinhados quanto aos objetivos da fotografia que será produzida. (Azevedo & Colombari, 2015; fotografialisboa, 2016)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - SERIGRAFIA

Serigrafia

Serigrafia também conhecido como silk-screenn, impressão em tela, é um processo de impressão de texto ou figuras à base de stencil. Originalmente as telas foram realizadas em seda e, por este motivo, o nome de origem grega – seri (seda) e grafia (escrever, desenhar). É uma técnica de impressão muito versátil que permite obter uma grande variedade de resultados. Em serigrafia a matriz é um quadro de madeira ou de metal sobre o qual é esticada uma tela de seda, de um tecido sintético. Esta técnica de impressão diz-se de filtragem uma vez que ela se faz através da matriz. Técnica essa também designada por permeografia. Na impressão, a tinta pressionada por um rodo atravessa o tecido. As zonas em branco são impermeabilizadas. É possível imprimir em variados tipos de materiais e superfícies recorrendo a diversos tipos de tintas ou cores.

De origem japonesa, a serigrafia começou a desenvolver-se na Europa nos anos 20. Andy Warhol popularizou-a, como forma de expressão artística, nos anos 60 e 70. (Rocha & Marcelo, 1999, p. 292)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - SERIGRAFIA

Figura 28. Andy Warhol - Serigrafia e acrílico sobre tela, “Lata de Sopa Campbell”, 1962

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - STREET ART

Street Art

Mural

Nas ultimas décadas a arte urbana tornou-se uma realidade incontrolável no espaço público das grandes metrópoles mundiais. A sua expressão é de tal forma significativa que podemos, neste momento, falar de um dos maiores movimentos artísticos do século XXI, não só ao nível da sua profusão geográfica, mas também pela diversidade de criadores, técnicas, médium, discursos e linguagens que abarca. A Street art, arte urbana, é o movimento artístico actualmente mais difundido por todo o mundo, em todos os continentes (Dogheria, 2015, p.8)

Um mural é uma pintura feita sobre uma parede, diretamente na sua superfície, quer sobre gesso ou argamassa (como um fresco), que sobre um painel. Esta forma de arte pode ser executada no interior ou no exterior e está diretamente ligada à arquitetura. Apesar do muralismo ter sido muito utilizado nas civilizações grega e romana, este esteve no seu auge durante o Renascimento com artistas como Giotto, Michelangelo e Leonardo da Vinci. Pinturas murais como as existentes na Capela Sistina são visitadas por milhares de pessoas todas as semanas. Os murais são, normalmente, de grande escala e para a sua execução é necessário o apoio do governo local ou mesmo de entidades privadas. Para os artistas é a forma ideal de fazer o seu trabalho chegar a um público mais vasto. (Castro, 2014, p.252)

O autor Ricardo Campos (2007), define de forma bastante completa street art. “diferentes elementos que, no fundo, compõem o cenário físico, cultural e simbólico que o acompanha. Refiro-me ao muro, à transgressão, ao anonimato, ao público e às palavras e imagens, factores que geralmente se conjugam para compor uma ambiência cultural singular que confere ao artefacto cultural graffiti um sentido singular” (cit. Castro, 2014, p. 252)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - STREET ART

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Figura 29. Mural “Crack is Wack” 1986 por Keith Haring


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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - STREET ART

Figura 30.. Keith Haring a desenhar numa estação de metro

“Drawing is still basically the same as it has been since prehistoric times. It brings together man and the world. It lives Keith Haring (cit. por Fernandes. 2008, through magic.” para. 3)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - STREET ART

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - TÉCNICA DE ILUSTRÇÃO

Técnica de Ilustração Segundo Male (2007) os ilustradores, tanto estudantes como profissionais, têm o seu próprio “estilo” associado. Podemos dizer que estilo é uma linguagem visual que distingue e identifica algo. O estilo dos ilustradores é diferenciado pelas características comuns em todas as suas ilustrações, por exemplo o tipo de traço, o uso ou não de contorno, os materiais utilizados, entre muitas outras. São estas características que nos vão fazer olhar para uma dessas ilustrações e identificar quem é o seu autor. Alguns ilustradores têm uma técnica que utilizam mais, explorando as suas possibilidades nas várias obras que ilustram. Outros, por outro lado, procuram variá-las, demonstrando a sua versatilidade com o objectivo de não conferir a todos os materiais que produzem o mesmo aspecto visual. As imagens podem representar elementos reais (tal como os vemos), mas também formas diferentes daquilo que são na realidade (ligadas à nossa imaginação). (Paulo, 2014, p. 32)

Doodle Art Este estilo é caracterizado pelo equilíbrio entre elementos abstratos e elementos concretos. A quantidade de uns é balançada com a de outros. A palavra-chave é equilíbrio. Os padrões marcam a Doodle art. Pontos, retas, traços, entre outras formas repetidas em objectos similares criam padrões que fortalecem o desenho. Doodle significa rabisco, um tipo de esboço ou desenho realizado ao acaso, quando uma pessoa está distraída ou ocupada. São desenhos simples que podem ter significado concreto de representação ou simplesmente representar formas abstratas. O contraste é a base de toda a cor e iluminação. É ele que irá dar volume aos desenhos deste estilo. (Querino, 2016)


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - TÉCNICA DE ILUSTRÇÃO

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PROJE TOS D E ESTÁ GIO

Projetos realizados no âmbito do estágio curricular.


PROJETOS DE ESTÁGIO

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Figura 31. Ilustração realizada no decorrer da escrita do relatório


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PROJETOS DE ESTÁGIO - PROJETO FOTOGRÁFICO

Briefing O projeto a que foi dado o nome “Fotografia e Edição de Fotografia” engloba todos os projetos, e foi algo realizado praticamente todas as semanas. Pretende-se com este projeto fotográfico, fotografias coerentes e sóbrias consoante o seu propósito final. Para isso é necessário montar um estúdio, preparar as obras ou objectos e no final recorrer ao photoshop para finalizar o processo. Este processo realiza-se para posteriormente ser possível colocar as obras na loja online. Foram fotografadas todas as obras de 5 exposições: Who Let The Dogs Out?, Circus Sam, Equilíbrio Contra e Draw, Uivo Os Velhos Morrem no Outono e Circo Chei. Também foram fotografados revistas e livros, e realizados três gif’s: Serigrafias exposição Equilíbrio, Cão de Loiça da Ana Seixas e os Caps Circus. Os gif’s foram propostos para serem partilhados nas redes sociais, com o intuito de mostrar as obras de uma maneira mais dinâmica e uma maior propagação das mesmas.

Metodologia Neste processo de trabalho foram sempre utilizadas duas softboxs fornecidas pela entidade de acolhimento. Para evitar sombras e para conseguir retirar o melhor equilíbrio de luz sobre as obras, as softboxs têm que ser colocadas a 45º em relação à obra. Os fundos variavam, podia ser uma simples parede branca com a obra pendurada, como mesas brancas e cartolinas coloridas dependendo do contexto. Foi necessário improvisar um tripé, ao fotografar livros e revistas e algumas obras com vista de cima, colocados sobre uma secretária branca que teria um fundo limpo e branco. Em alguns projetos foi necessário fotografar pormenores das obras.

Recursos Utilizados Camera Raw, Adobe Photoshop, Canon EOS 750D


PROJETOS DE ESTÁGIO - PROJETO FOTOGRÁFICO

Projeto Fotográfico

Figura 32 & 33. Estúdio Fotográfico para Projeto Circo Chei & Caps Circus

Figura 34. Estúdio Fotográfico para Projeto WLDTO? Ana Types Figura 35. Tripé improvisado Fotografias Revistas, Livros e Stickers

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Figura 36. Resultado Final Gif WLDTO? Ana Types

PROJETOS DE ESTÁGIO - PROJETO FOTOGRÁFICO


Figura 37. Resultado Final - Fotografias e Gif’s de vårios projetos


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PROJETOS DE ESTÁGIO - CAPA VINIL

Figura 38, 39 & 40. Processo de Pintura e Serigrafia

Briefing Este trabalho consistiu na elaboração da capa para o vinil. A editora do Plano B “Cubo”, irá lançar uma compilação de músicas eletrónicas. A ideia consiste em ter uma caixa para vinil de cartão, pintar os dois lados de azul com diferentes padrões e no final com recurso a serigrafia, a cor branca, estampar uma imagem composta por traços. O objectivo deste método é permitir que todas as capas finalizadas tenham características visuais diferentes.

Metodologia Para ir de encontro do solicitado realizaram-se experiências que levaram a diferentes tipos de padrões e texturas. Os materiais utilizados foram um pequeno rolo, um tabuleiro com um padrão e tinta azul. Com recurso a quadro, uma mesa e tinta branca, realizaram-se as serigrafias num dos lados da capa de vinil. O resultado final foi muito satisfatório, e todo o processo desde o pintar à parte das serigrafias também. Um trabalho que envolveu bastante criatividade, que no final se torna gratificante sabendo que é algo que vai ser vendido e chegar a um grande numero de pessoas.

Recursos Utilizados Artes Plásticas.


PROJETOS DE ESTĂ GIO - CAPA VINIL

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Capa para Vinil - Plano b

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Figura 41. Resultado Final Capa Vinil


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PROJETOS DE ESTÁGIO - CAPA VINIL

Figura 42 & 43. Resultado Final Capa Vinil


PROJETOS DE ESTÁGIO - CAPA VINIL

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PROJETOS DE ESTÁGIO - CAPA VINIL

Figura 44 Resultado Final Capa Vinil & Vinil


PROJETOS DE ESTÁGIO - CAPA VINIL

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PROJETOS DE ESTร GIO - MURAL NINA FERNANDE

Figura 45. Antigo Mural Circus Network por Oker

Recursos Utilizados Artes Plรกsticas. Figura 46. Background Mural por Nina Fernandes

Figura 47. Nina Fernande a pintar

Figura 48. Mural por Nina Fernande


PROJETOS DE ESTÁGIO - MURAL NINA FERNANDE

Mural por Nina Fernande

Metodologia Inicialmente retirou-se a tinta que estava a descolar da parede, para quando aplicada a nova camada de tinta esta agarrar. A cor utilizada para o background foi o bege. Para facilitar o processo, ganhar tempo e garantir que os elementos principais ficassem perfeitos, projectou-se algumas figuras da ilustração na parede. O resto do mural foi desenhado no momento pela artista Nina.

Briefing Nina Fernande, ilustradora Holandesa foi convidada para pintar o mural exterior e característico da Circus Network. O espaço onde se encontra o mural, é um lugar muito característico da Circus Network. Um “terraço” onde, de conversas surgem ideias e propostas de trabalho, onde existe um escape ao trabalho podendo-se relaxar e apanhar um pouco de sol. Dai ser um projeto de grande importância. O objectivo deste trabalho consistiu em auxiliar a artista no que fosse necessário para a concretização do mural.

Ajudar e acompanhar o processo desde inicio foi algo muito importante e enriquecedor. Em algumas conversas com a Nina durante o projeto, consegui perceber todas as pequenas etapas na pintura de um mural, perceber o porque de certos detalhes na ilustração, o que define o traço, o método que utiliza para ilustrar, que trabalhos realiza etc. tudo conhecimentos fundamentais para um dia conseguir ingressar na área da ilustração como profissional.

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PROJETOS DE ESTÁGIO - MURAL NINA FERNANDE


PROJETOS DE ESTÁGIO - MURAL NINA FERNANDE

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Figura 49. Mural por Nina Fernande


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PROJETOS DE ESTÁGIO - MURAL NINA FERNANDE

“I’m fascinated by simple forms, printing techniques, mass production and weird music. I try to find visual solutions that make me laugh but also show a different point of view on the subject.”


PROJETOS DE ESTĂ GIO - MURAL NINA FERNANDE

Figura 50. Mural por Nina Fernande

Nina Fernande (cit. por Verteeg, 2016, p. 30)

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PROJETOS DE ESTÁGIO - MURAL NINA FERNANDE

Figura 51. Jean-Michel Basquiat. Obra, Flexible. 1984


PROJETOS DE ESTÁGIO - MURAL NINA FERNANDE

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“I’m fascinated by “The more I paint simple forms, the more I like printing techniques, mass production everything.” and weird music. I solutions that make me laugh but also point of view on the subject.” Jean-Michel Basquiat (cit. por Christies. 2013, para. 2)


PROJE TO CO ZINHA S MAR QUES

Projeto realizado no decorrer do estรกgio curricular.


PROJETOS COZINHAS MARQUES

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Figura 52. Ilustração realizada no decorrer da escrita do relatório


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PROJETOS DE ESTÁGIO - COZINHAS MARQUES

Briefing Este projeto teve como base, o re-design da identidade visual para empresa do meu pai Cozinhas Marques. É um negócio de familia e desde novo que estou envolvido, o que aumentou o grau de responsabilidade e que levou a debruçar-me sobre este projeto com uma maior dedicação e carinho. Foi proposta uma nova imagem para toda a identidade visual da empresa. Consistiu na alteração do logótipo e na realização de t-shirts. O website, cartões de visita, vinil para as carrinhas e os restantes elementos de toda a identidade visual serão executados posteriormente. A pintura do mural relacionado com a empresa também será realizado posteriormente.

Metodologia Para a realização da identidade visual, inicialmente, foram realizadas análises e uma pesquisa, para conhecer todo envolvente da empresa. O conceito baseia-se na desconstrução gráfica de elementos que constituem e caracterizam as Cozinhas Marques. Bancada, lava-louça, móvel, armário, porta, gavetas. A cor azul é relativa à história da empresa, criada em 1997, em a identidade visual sempre teve como cor principal o azul. Com a nova imagem trouxe de volta os tons utilizados no primeiro logótipo realizado pelo próprio criador/fundador -o meu pai.

Recursos Utilizados Adobe Illustrator

Figura 53. Logótipo -Identidade visual Cozinhas Marques


PROJETOS DE ESTÁGIO - COZINHAS MARQUES

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Cozinhas Marques

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Figura 54. Símbolo -Identidade visual Cozinhas Marques


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PROJETOS DE ESTĂ GIO - COZINHAS MARQUES

Figura 55 & 56. Mockup T-shirt Cozinhas Marques Figura 57 & 58. T-shirt Cozinhas Marques


PROJETOS DE ESTÁGIO - COZINHAS MARQUES

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Figura 59. Futuro Mural Cozinhas Marques


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CONCLUSÃO

Conclusão Como forma de conclusão do presente relatório e breve resumo da minha experiência enquanto estagiário e estudante da licenciatura em Comunicação e Design Multimédia posso dizer que foi muito gratificante. Valeram a pena os 3 anos de aprendizagem na área do design e multimédia, em que pude conhecer, aprender e explorar tantas vertentes pelas quais podemos envergar. Valeram para experimentar o que "gosto" e "não gosto", valeram para saber de quê e como são feitas, valeram pelos docentes que souberam estimular e pelos colegas com quem partilhei experiências, trabalhos e noitadas atarefadas. Tendo vindo do curso de ciências e tecnologias do secundário posso afirmar que foram os 3 anos em que mais cresci e me cultivei, em que percebi para o que posso realmente vir a ter aptidão e concretizar profissionalmente. Quanto ao estágio, foi a melhor maneira de terminar a licenciatura, foi uma experiência super benéfica e enriquecedora, em que, graças à Circus Network estive 3 meses em profundo contacto com o mundo da ilustração e street art, assim como passei a ter uma visão do mercado de trabalho nestas áreas, perceber a importância da preparação de toda uma exposição/projectos , desde o brainstorming e agendamento à execução.


CONCLUSÃO

O meu contributo para a empresa foi, em grande parte, design editorial, no qual aliei sempre a ilustração, interligando a identidade da circus com os trabalhos pedidos. Cresci bastante como ilustrador e como profissional, conheci novos métodos de trabalho em ilustração como serigrafia, entre outros. De salientar que tive contacto mais próximo com identidades clientes assim como outros profissionais de áreas relativas ao design, ilustração, animação e até vídeo. Foi óptimo ter tido contacto com o co-work e ter crescido a partir disso pois pude partilhar ideias, conhecimentos, aprendizagens e métodos de trabalho através das pessoas com quem convivi nesses 3 meses. Durante esta temporada, à medida que o tempo ía passando, cada vez mais depositavam confiança em mim e nas minhas capacidades, foi bom perceber o valor da minha ajuda e que realmente consegui estar à altura dos projetos e tarefas que me foram solicitadas. Com o seu término, sinto-me agora preparado, com uma maior noção e mais que capaz para criar, organizar e expor trabalhos da minha autoria, assim como pretendo explorar muito mais técnicas e vertentes da ilustração no futuro.

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