Lusitania Contact 10

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EMIGRAÇÃO Onde para o IRS do emigrante? Tire as suas dúvidas

LUSOFONIA

Mais portugueses em risco de pobreza no Luxemburgo

GRANDES TEMAS Lisboa

Cosmopolita e intemporal

St. Moritz

Referência turística mundial

A REVISTA DA COMUNIDADE PORTUGUESA

Ano 3 • N.º 10 • Trimestral • Março / Maio 2015 • Portugal 1,70€ • Suíça 2,50 CHF • Resto Europa 3,00€

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4 EDITORIAL

Os emigrantes portugueses não mereciam… Luís Bandadas Diretor

O referendo foi há um ano mas as piores consequências ainda estarão para vir. O «sim» ao endurecimento da política de imigração suíça, que prevê restrições que abrangem os cidadãos de países da União Europeia, passou na consulta popular em que a participação superou os 50%. Com uma história em que a imigração tem um lugar especial, custa a entender como não se percebe os perigos deste virar costas a quem tanto tem dado ao país; em causa está, desde logo, o acordo de livre circulação de pessoas entre a União Europeia e a própria Suíça, cuja economia está tão dependente deste fluxo de mão de obra. As consequências não serão imediatas mas, não se duvide, existirão no futuro. Os portugueses perderão muitos dos direitos adquiridos com a possível entrada em vigor dos novos acordos com a União Europeia. Por um lado, será curioso verificar como agirá o Conselho Federal à previsível reação dos emigrantes portugueses, ele que foi contra o próprio referendo, imposto pelo Partido do Povo Suíço. Por outro, certamente que assistiremos a um aumento de pedidos de residência permanente e, em casos mais extremos, mesmo a processos de acesso à nacionalidade suíça. Serão estas as duas soluções mais óbvias para os portugueses que há décadas trabalham e dão o seu contributo para que a economia suíça seja o que é hoje. Quem perde com esta restrição tão severa para gente honesta e trabalhadora? Os nossos emigrantes, com certeza, mas, seguramente, muito mais o país, que terá de se reinventar para passar a produzir mão de obra capaz de dinamizar a economia com a mesma rentabilidade e manter a sociedade com a mesma qualidade, pois os portugueses são gente pacífica, perfeitamente integrada socialmente. E isto não é teoria. Está provado na prática. Soberba agora, sem dúvida, mas provavelmente arrependimento mais tarde… se calhar tarde demais.

10 Número

Ano III • Trimestral

Março 2015/Maio 2015

ÍNDICE GRANDES TEMAS

06

Terras Lusitanas Lisboa

20

Terras Helvéticas St. Moritz

30

Entrevista Toy lançou novo CD

OUTROS DESTAQUES

41

PROTESTE Onde para o IRS do emigrante

E AINDA

32

Informações consulares

18

34 40 46

educação

CCISP

os suíços preferem a qualidade

economia

Foi notÍcia em portugal

19

47

Aerlis

em defesa dos empresários da região

Foi notÍcia na suíça

48 54 64

lusofonia

28

saúde

ACEP DE GENÈVE pela dinamização sociocultural dos emigrantes

Ficha técnica

Diretor Luís Bandadas Editor Luís Pestana Colaboradores residentes Adelino Sá Ana Figueiredo Alexandre Abreu Fernando de Pádua Flávio Borda D’Água Isabel Gomes Joaquim Vieira Luciana Graça

Lurdes Gonçalves Miguel Dalla Vecchia Nuno Serra Pedro Alves Porfírio Pinheiro Reto Monico Ricardo Paes Mamede Rui Marques Sallete Rodrigues Sara Vitorino Fernandez Telma Ferreira

Agradecimento especial para esta edição Portugal: Câmara Municipal de Lisboa AERLIS CCISP Espacial Suíça: Yvonne Geiling Markt- Und Produktkommunikation Tourismusorganisation Engadin St. Moritz Corina Huber Bibliothek St. Moritz Patrícia Matias Catarina Correia Grafismo, fotografia e copy desk Gabinete técnico da Lusitânia Contact

horóscopo

Departamento comercial comercial@lusitaniacontact.com Publicidade (Região francesa) Luís Mata Tel.: 0041 (0) 76 510 22 44 (Regiões alemã e italiana) Manuel Correia Tel.: 0041 (0) 79 722 94 70 (Portugal) Luís Pestana Tel.: 00 351 91377190 Correspondência Lusitânia Contact Suíça Cp 117 - 1211 Genève 8 Suisse Tel.: 0041 (0) 22 329 77 86 Fax: 0041 (0) 22 329 77 86 geral@lusitaniacontact.com

Lusitânia Contact Portugal Largo Marquês Pombal, 9 – 1.º 2950-268 Palmela Tel. 00 351 21 233 4041 Telm. 00 351 91377190 info@Lusitaniacontact.com Periodicidade Trimestral Tiragem 12.000 exemplares Depósito legal 35727413 Issn 2297-2641 Leia a Lusitânia Contact em: www.lusitaniacontact.com Nota O conteúdo dos artigos é da exclusiva responsabilidade dos seus autores.


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Terras lusitanas Lisboa

Lisboa

cosmopolita e intemporal


Março

Terras lusitanas Lisboa

É uma das cidades mais antigas da Europa. Construída nas colinas e banhada pelo Tejo, oferece um cenário natural único. Cidade de contrastes, alia o antigo ao novo, é cosmopolita e intemporal: a riqueza do património, a especificidade da arquitetura, a luz ímpar, e, sobretudo, as pessoas que a habitam são marcas indeléveis para quem a conhece.

E

stes fatores de excelência têm feito aumentar o número de visitantes, estimando-se que nos últimos 10 anos mais de 37 milhões de turistas tenham passado pela capital, com um aumento notório em 2013, ano em que a imprensa internacional destacou o país como um destino de eleição. A sua atratividade está também na capacidade de renovar e reinventar a tradição. A par das inúmeras propostas culturais e de lazer, as transformações e melhoramentos do espaço público nos últimos anos aumentaram a qualidade de vida dos habitantes e permitiram a fruição de zonas inacessíveis. A relação com o rio tem vindo a ser recuperada com intervenções no Terreiro do Paço e na Ribeira das Naus ou a construção de ciclovias em espaços ribeirinhos como Belém e o Parque das Nações. Com uma população residente de 547.733 habitantes (Censos de 2011), Lisboa enfrentou em 2014 um outro desafio. A modernização da governação autárquica, através da

2015

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reorganização administrativa que reduziu as freguesias de 53 para 24, reforçou e aumentou as competências das novas juntas de freguesia e instituiu um modelo mais próximo e mais participado pelos munícipes.

Breve história de Lisboa Povoada desde tempos pré-históricos, por ela passaram fenícios, gregos, cartagineses, romanos, germânicos e árabes. Em 1147 foi tomada pelos cristãos liderados por D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal. Recebeu o 1.º foral em 1179 e, no reinado de D. Afonso III, torna-se a capital do reino (1256). No século XIV, perante a ameaça castelhana, alarga os limites com a nova muralha chamada «cerca fernandina», por ter sido mandada erguer por D. Fernando I. No século XV a expansão marítima abre nova etapa na história do país e de Lisboa. Dela partem caravelas para a Índia, onde chegam em 1498; em 1500, após a descoberta do Brasil, partirão para a América.


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Terras lusitanas Lisboa

D. Manuel I desloca o centro de poder do Castelo para o Terreiro do Paço. Entre o final do século XVI e o início do século XVIII são edificados alguns dos mais emblemáticos monumentos da cidade. Proliferam as igrejas e mosteiros, com destaque para os Jerónimos (Belém) e São Vicente de Fora; palácios como os da Ribeira e de Belém; obras públicas como o Aqueduto das Águas Livres.

Em 1755 o grande terramoto de 1 de novembro destruiu o centro da cidade, tendo desaparecido cerca de dois terços dos arruamentos e de três mil casas. A reconstrução, conduzida pelo Marquês de Pombal, 1.º ministro de D. José I, foi entregue aos arquitetos e engenheiros Manuel da Maia, Carlos Mardel e Eugénio dos Santos. A nova cidade adota o modelo iluminista, de traçado geométrico ortogonal,

com hierarquização das vias definidas em função de duas praças: o Rossio, centro comunitário; a Praça do Comércio, centro político-económico. No século XIX, após o triunfo do Liberalismo (1834), surge um espírito de renovação associado a novos ideais estéticos. O espaço público adquire importância crescente e surgem jardins de gosto romântico como os de S. Pedro de Alcântara, Estrela e


Março

Terras lusitanas Lisboa

Príncipe Real. No final do século cresce para norte em função de grandes eixos viários, numa intervenção planificada à qual ficou ligado o nome do engenheiro municipal Ressano Garcia. Nos anos 30 do século XX Lisboa volta a conhecer um movimento expansionista pela mão do engenheiro Duarte Pacheco, ministro das Obras Públicas entre 1932-36 e 1938-43 e presidente do município em

1938. Constroem-se bairros de avenidas largas e fachadas homogeneizadas, desenhados pelos novos urbanistas, é criado o Parque Florestal de Monsanto, a maior mancha verde da cidade. Em 1998, a Expo 98, Exposição Internacional que assinalou os 500 do início dos descobrimentos marítimos, ditou uma vasta intervenção urbanística que alterou radicalmente a paisagem da zona ribeirinha

2015

9

oriental. Ao longo de mais de 300 hectares, numa área degradada e poluída, nascia um parque habitacional com jardins, equipamentos hospitalares, escolares e culturais que é atualmente um dos espaços de lazer mais procurados da cidade.


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Terras lusitanas Lisboa

monumentos A riqueza e diversidade do património histórico e cultural dificultam a seleção de locais a visitar. Além destas sugestões devem ser consultados os sites da Associação de Turismo (www.visitlisboa.com) e do município (www.cm-lisboa.pt).

Castelo de S. Jorge

Mosteiro dos Jerónimos

Torre de Belém

Padrão dos Descobrimentos

Palácio Nacional da Ajuda

Terreiro do Paço e Baixa Pombalina

Foi durante séculos o reduto defensivo da cidade. No Paço Real, no interior das muralhas, habitaram os reis das duas primeiras dinastias. Monumento Nacional desde 1910, oferece das muralhas uma das mais deslumbrantes vistas sobre a cidade e o rio. No interior podemos visitar os vestígios do antigo Paço Real, o sítio arqueológico e a exposição permanente. Fora das muralhas há o passeio pelas ruas antigas até à Igreja de Santa Cruz.

Construído em 1940 para a Exposição do Mundo Português, da autoria do arquiteto Cottinelli Telmo e do escultor Leopoldo de Almeida, devia ter desaparecido no final da exposição. Contudo, em 1960, nos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, foi reconstruído em betão e pedra e passou a símbolo evocativo da Expansão Marítima Portuguesa. Do alto dos seus 56 metros oferece uma vista panorâmica de 360 graus.

É a nossa obra maior do estilo Manuelino, que é Património Mundial da UNESCO desde 1983. D. Manuel I mandou-o edificar para aí instalar o panteão real. A fachada, de 300 metros, destaca-se pela exuberância decorativa e pelo portal sul; no interior pode ser admirada a abóboda da nave central e transepto e o claustro.

Mandado erguer por D. José I no alto da colina da Ajuda após o terramoto de 1755 que destruiu o Paço da Ribeira, foi construído em madeira para melhor resistir a abalos sísmicos. No final do século XVIII, depois de um violento incêndio que o arrasou, foi reconstruído em materiais perenes, nunca tendo chegado a ser concluído. Está convertido num Museu e integra a Biblioteca Nacional da Ajuda, a antiga Biblioteca Real e a Galeria de Pintura do Rei D. Luis I. É cenário de cerimónias protocolares de representação de Estado.

Celebrou 500 anos em 2014, é uma referência da arquitetura militar e foi construída para defesa da barra do Tejo. Faz a transição entre a fortaleza medieval em altura – a torre de menagem – e o baluarte da modernidade quinhentista e seiscentista, no caso projetado para o mar e para a expansão marítima. Foi Monumento Nacional em1907, Património Mundial pela UNESCO em 1983 e neste ano integrou a XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura.

Principal praça da cidade, uma das maiores e mais bonitas da Europa, foi construída no âmbito do Plano de Reconstrução de Lisboa ordenado pelo Marquês de Pombal, após o Terramoto de 1755. Tem ao centro a estátua de D. José I, da autoria de Machado de Castro. Do topo do Arco da Rua Augusta, aberto a visitas, pode ser observado o traçado ortogonal da Baixa Pombalina.


Dezembro

2014

11

Terras lusitanas Lisboa

bairros históricos São um dos mais fortes elementos da identidade de Lisboa. Dispersos na malha urbana do centro histórico, testemunham a evolução e o crescimento da cidade mantendo no seu traçado a homogeneidade e a coerência originais.

Castelo

Alfama

Mouraria

Bairro Alto

Madragoa

Graça

No topo da colina coexistem dois núcleos estreitamente ligados: a fortificação e a área urbana. O bairro construído junto às muralhas, conhecido pelo nome da antiga freguesia, Santa Cruz do Castelo, tem apenas cerca de uma dezena de arruamentos estreitos de traçado medieval.

Construído no século XVI segundo um plano ortogonal, é uma das mais emblemáticas zonas da cidade. A instalação dos jornais no século XIX deu-lhe uma dinâmica notívaga que continuou com o fim destes. Nos anos 80 e 90 do século XX era o mais frequentado local de animação noturna da cidade.

Entre o Castelo e o Tejo, este bairro, de ruas sinuosas, foi na época da ocupação árabe um arrabalde habitado por uma população mista. No alto, perto da fortaleza, concentravam-se os aristocratas e altos funcionários. Na zona ribeirinha, mais popular, viviam, sobretudo, os que tiravam do rio o sustento. O nome está ligado à existência de fontes termais de águas quentes e sulfurosas, conhecidas e exploradas desde os romanos.

O nome é do século XIX mas o bairro remonta ao XVI, sendo então conhecido como Mocambo. O terramoto de 1755 trouxe-lhe a burguesia endinheirada em fuga do centro, mas também as camadas populares, sobretudo pescadores. A comunidade piscatória é reforçada no século XIX com migrantes de Ovar e Aveiro, que lhe conferiram uma identidade muito própria.

A origem remonta à época da conquista da cidade por D. Afonso Henriques, que em 1170 outorgou foral à comunidade muçulmana para viver fora do perímetro da colina do Castelo. Dessa época mantém o traçado urbano labiríntico, com becos, ruelas e pátios. No século XIX era um lugar turbulento e mal-afamado, nele vivendo a célebre fadista Severa.

O nome vem do Convento de Nossa Senhora da Graça, construído pelos frades Agostinhos no século XIII. Nos séculos XVII e XVIII atraiu muitas famílias nobres que aí construíram os seus palácios. A urbanização intensifica-se no século XIX com a industrialização. Surgem então vilas e bairros operários que ainda hoje lhe marcam a fisionomia. Do alto dos miradouros da Senhora da Graça e de S. Gens têm os visitantes algumas das mais belas vistas da cidade.


12

igrejas

Sé de Lisboa

Edificada sobre uma mesquita muçulmana após a reconquista cristã, foi bastante alterada ao longo dos tempos. No início do século XX foi alvo de um restauro que procurou devolver-lhe a traça medieval. No interior destaca-se a Capela de Bartolomeu Joanes, o deambulatório e o claustro, onde são visíveis as escavações que puseram a descoberto as sucessivas ocupações deste espaço.

Terras lusitanas Lisboa

museus Museu Nacional de Arte Antiga

Criado em 1884, alberga a mais relevante coleção pública portuguesa de pintura, escultura, ourivesaria e artes decorativas da Europa, África e Oriente.

Museu do Fado

Permite conhecer a história do Fado desde a origem à atualidade, assim como as biografias dos artistas que lhe deram a voz.

Basílica e Praça da Estrela

É um dos mais importantes monumentos do Barroco tardio, mandado edificar por D. Maria I devido a um voto. No seu interior está o túmulo da rainha, a única da dinastia Bragança que não está no Panteão dos Braganças (além do imperador do Brasil D. Pedro, este em S. Paulo).

Igreja de S. Vicente de Fora

Construída em 1582 por D. Filipe II, ao estilo maneirista, substituiu a construção no século XII. No interior destacam-se: a talha; os mármores trabalhados; as pinturas; a azulejaria; o altar-mor barroco. Nas suas dependências estão o Panteão Real dos Braganças e o Panteão dos Patriarcas de Lisboa.

Igreja e Museu de Santo António

Igreja erguida no local onde, segundo a tradição, terá nascido o Santo. O edifício atual substituiu o mais antigo desaparecido no terramoto de 1755, e foi construído a partir de 1767 segundo o risco do arquiteto Mateus Vicente de Oliveira. Ao lado, o renovado Museu de Santo António dá a conhecer a figura do Santo, realçando a relação com Lisboa.

Museu dos Coches

Inaugurado em 1905 no antigo Picadeiro Real, por iniciativa da Rainha D. Amélia, tem uma coleção única no mundo pela variedade artística das viaturas de aparato dos séculos XVII, XVIII e XIX e pelo número de exemplares. Está em mudança para um novo edifício projetado pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha.

MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

A sua coleção atravessa a história da arte portuguesa desde a 2.ª metade do século XIX até à atualidade.

MUDE – Museu do Design e da Moda e Coleção Francisco Capelo

Inaugurado em 2009, tem a génese na aquisição pelo município da coleção de design de produto e de moda de Francisco Capelo. Integra mobiliário, pequenos objetos representativos dos principais designers e movimentos desde 1937 até ao final do século XX, vestuário, calçado e acessórios de moda do mesmo período.


Março

centros culturais

Terras lusitanas Lisboa

2015

13 Centro Cultural de Belém

Construído de 1988 a 1993, é dedicado à cultura e ao lazer. Para além do Museu Coleção Berardo, com arte moderna e contemporânea nacional e estrangeira, tem restaurantes, salas de espetáculos e galerias de arte.

Fundação Calouste Gulbenkian e CAM

Criada por testamento de Calouste Gulbenkian em 1956, é o principal apoio privado às artes, ciência e educação em Portugal. Tem três núcleos principais: Museu, com as coleções de arte da antiguidade ao século XX; Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão, com peças dos artistas mais representativos do século XX português à atualidade e importantes obras de autores internacionais; Jardim circundante, com lagos, terraços ajardinados, trilhos e um anfiteatro para espetáculos ao ar livre.

outros

Fado

Surgiu nos meios populares da Lisboa oitocentista. Canção urbana que se fazia ouvir nos convívios, tornou-se expressão da alma e do «sentir» português. Na década de 50 Amália foi a grande embaixadora mas a partir dos anos 90 uma nova geração de intérpretes consagrou-o nos circuitos da World Music. Consciente do seu caráter identitário e do enraizamento na tradição cultural do país, a cidade dedicou-lhe um museu localizado em Alfama. Foi declarado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em novembro de 2011.

Feira da Ladra

Realiza-se às terças e sábados e é a maior feira de velharias e artigos usados da cidade.

Arte Urbana

Lisboa está atualmente na rota da street art mundial. A estratégia definida pelo município, através da Galeria de Arte Urbana − que tem procurado a parceria de agentes e artistas − pôs a cidade entre as capitais mais procuradas para o desenvolvimento de projetos de grande envergadura. Neste âmbito tem recebido obras de artistas internacionais como Os Gémeos, BLU, SAM3 ou Lucy MaLauchlan.

Azulejaria

Utilizados em Portugal ao longo de cinco séculos, há azulejos um pouco por toda a cidade: nas paredes, pavimentos, muros, coberturas. A versatilidade decorativa e o baixo custo favoreceram a ampla utilização em interiores e exteriores, gerando um património rico e singular. Tem um museu no Convento da Madre de Deus.

Elevador de Santa Justa

Inaugurado em julho de 1902, é o único elevador vertical público da cidade. Da autoria do arquiteto Raoul Mesnier du Ponsard, tem uma estrutura de ferro fundido enriquecido com trabalhos em filigrana. Contactos: Paços do Concelho Praça do Município 1149-014 Lisboa Tel.: 808 20 32 32 / 213 236 100 Edifício Central (Campo Grande) Tel.: 217 988 000


14

História de Lisboa SENADO DE LISBOA

Laboratório da polícia de proximidade no Antigo Regime

E

ncontrar um tema para tratar numa revista consagrada a Lisboa é um combate titânico para o cérebro. Que temática encontrar? O que dizer em tão pouco espaço quando a história de Lisboa é riquíssima de acontecimentos? Dessa riqueza esboçarei uma breve história, a de uma instituição municipal que atravessou o Antigo Regime (séculos XVI, XVII, e XVIII): o Senado de Lisboa, e Flávio Borda d’Água ligá-la-ei à história da polícia. Historiador flavio@bordadagua.org O Senado da Câmara, ou Senado de Lisboa, tem uma origem bastante desconhecida, mas a fontes históricas policiais permitem estabelecer as suas raízes nas Ordenanças Filipinas, no tempo de Filipe III de Portugal, ou seja, nos anos 20 de seiscentos. Na altura, Portugal e Espanha formam a dita União Ibérica, «o império onde o sol nunca se deita», como gostava de clamar Filipe I de Portugal. O tribunal presente no Senado da Câmara é instaurado para julgar os indivíduos envolvidos em casos civis ou de pequena criminalidade, mas também para aplicar penas como chicotadas e o degredo. Durante todo o Antigo Regime este tribunal tem uma dimensão vocacionada para a gestão do espaço urbano e de sociabilidade da capital. No entanto, durante o reinado de D. Maria I, torna-se mais um tribunal real. O que é certo é que esta instituição municipal inicia a regulação da vida urbana lisboeta a partir de 1609, uma vez que quase todas as instituições municipais e reais são fixadas na capital. Durante o Antigo Regime o Senado de Lisboa, e o seu tribunal, exercem um poder bastante grande no âmbito policial. Entende-se aqui por polícia o órgão que controla e regula as atividades no espaço urbano. É a polícia que está encarregada de verificar o aprovisionamento da cidade em bens alimentares, de controlar os talhos e a venda de carne, de estabelecer os preços e os pesos e medidas nos mercados, para citarmos algumas das tarefas que lhe estavam cometidas. O controlo e a regulação efetuados pelas autoridades municipais levam, muitas vezes, a uma imbricação de poderes entre o poder central e o local, criando, desta forma, algumas tensões entre as autoridades reais e as municipais. Os casos geridos pelo Senado da Câmara mostram a dimensão policial da época, em que tudo é controlodo a partir desta instituição e com uma relativa proximidade da população. Cada «polícia» tem de ter um conhecimento e residir no bairro que está encarregado de vigiar. Esta proximidade, por vezes promiscuidade, facilita, mais do que o controlo ou a regulação policial, um verdadeiro trabalho de prevenção. Os órgãos responsáveis pelos bairros têm de transmitir aos seus «administrados» as novas regras em vigor para que estes não as violem. Daí existir uma verdadeira «armada» de pessoal com cargos policiais: existem, por exemplo, os que se ocupam de averiguar se a carne e o peixe vendido nas bancadas das praças correspondem às normas que estavam estipuladas. Muitas vezes vista como uma organização real, a polícia encontra, afinal, as suas raízes num espaço local e de proximidade gerido por instituições como o Senado de Lisboa.

Presidente

Início do Fim do Notas Mandato Mandato

Brás de Albuquerque 1572 1573 Duarte da Costa 1574 1575? Pedro de Almeida 1585 1590 Pedro Guedes 1591 1595 Gil Eanes da Costa 1595 1602 D. João de Castro 1602 1607 Manuel de Vasconcelos 1608 1612 D. Nuno Álvares de Portugal 1613 1617 João Furtado de Mendonça 1618 1624 D. Jorge de Mascarenhas, Marquês de Montalvão 1624 1634 D. Luís de Sousa, Conde do Prado 1634 1638 D. Pedro de Meneses, Conde de Cantanhede 1639 1643 D. João de Castelo Branco 1644 1647 D. Fernando de Mascarenhas, Conde da Torre 1648 1650 Luís de Melo 1651 1654 Rodrigo Lobo da Silveira, Conde de Sarzedas 1654 1655 D. João de Sousa da Silveira 1655 1661 Nuno de Mendonça 1661 1664 Rui Fernandes de Almada 1664 1668 Garcia de Melo 1668 1671 Nuno da Cunha Ataíde, Conde de Pontével 1683 1688 D. Francisco de Sousa 1688 1702 João da Silva Telo de Meneses, Conde de Aveiras 1702 1707 João de Saldanha de Albuquerque 1708 1710 João da Silva Telo de Meneses, Conde de Aveiras 1711 1714 D. José Rodrigo da Câmara, Conde da Ribeira Grande 1669 1670 Senado Ocidental Francisco da Cunha Rego 1744 1749 Vereador, a servir de presidente D. José Lobo da Silveira Quaresma, Conde-Barão de Alvito 1749 1751 Fernão Teles da Silva, Marquês de Alegrete 1752 1758 Gaspar Ferreira Aranha 1758 1764 Vereador, a servir de presidente Paulo de Carvalho e Mendonça 1764 1770 Henrique José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal 1770 1779 Luís Botelho da Silva e Vale 1779 1785 Vereador, a servir de presidente José da Cunha Grã Ataíde e Melo, Conde de Povolide 1785 1791 António José de Vasconcelos e Sousa da Câmara Caminha Faro e Veiga, Marquês de Castelo Melhor 1792 1801 Henrique José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal 1801 1807 Francisco de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses, Marquês de Olhão 1807 1821


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Escritores

Mário de Carvalho e a sensibilidade pós-moderna

Sara Vitorino Fernandez CLEPUL Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias sara.faria.fernandez@gmail.com

«No rescaldo da atribuição do Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco pela segunda vez, quero recordar o percurso vivencial e a obra de Mário de Carvalho, um dos maiores escritores portugueses da actualidade».

N

ascido em Lisboa a 25 de Setembro de 1944 no seio de uma família de origem alentejana, Mário de Carvalho fez os estudos nos liceus Gil Vicente e Camões. Tal como seu pai, que foi preso pela PIDE, o jovem Mário revelou tendências revolucionárias de esquerda e participou activamente nas greves estudantis dos anos 60 enquanto estudou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Devido às ligações com o Partido Comunista Português, foi preso em 1971 e cumpriu catorze meses de prisão em Caxias e Peniche. Exilou-se na Suécia de 1973 até ao 25 de Abril e, quando regressou, envolveu-se em causas políticas. A partir dos anos 80 integrou a direcção da Associação Portuguesa de Escritores e foi professor convidado na Escola Superior de Teatro e Cinema e na Escola Superior de Comunicação Social. Tem também sido convidado para orientar pós-graduações de escrita dramática e oficinas de escrita de ficção. Mário de Carvalho é um dos mais multifacetados escritores do panorama literário português. Desde o conto ao teatro, do romance ao «cronovelema» (género híbrido

onde cabem todos os géneros), joga com a reflexão sobre as vivências comezinhas do arte de escrever transformando os seus livros homem comum, sobre a disfuncionalidade em momentos de prazer da leitura. Os seus das relações familiares e amorosas e sobre romances têm como temas os mais diversos a intervenção do indivíduo na engrenagem assuntos, desde a história à vida no ambiensocial e política. É nestas obras que Mário de te urbano contemporâneo. A reflexão que faz Carvalho dá largas à sua veia crítica e irónica, sobre estes temas e a maneira como se expriseja em relação à acção das personagens ou me levaram os críticos literários a integrar a à maneira como o próprio texto se constrói sua obra na tendência pós-modernista. e desenvolve. Em constante diálogo com O Pós-Modernismo é uma tendência lio leitor, vai desvendando o texto como um terária que subsiste em Portugal desde os autêntico «manual de instruções». A obra anos 60 do século XX. Caracterizado por uma Quem Disser o Contrário é Porque Tem Rainteracção lúdica entre o autor e o leitor para zão. Letras Sem Tretas. Guia Prático de Esque o texto se torne mais acessível, reflecte crita de Ficção, em modo de crítica literária, sobre o papel do Homem e das comunidapublicada em 2014, apresenta a seguinte des na História, sobre sinopse no site oficial do a vida nos cenários urescritor: Ser escritor. O «MÁRIO DE CARVALHO DÁ LARGAS banos, sobre o papel da texto ficcional. Dilemas, À SUA VEIA CRÍTICA E IRÓNICA, tecnologia no quotidiano enigmas e perplexidades SEJA EM RELAÇÃO À ACÇÃO e sobre a maneira como do ofício. Nada do que paDAS PERSONAGENS OU a Literatura expressa rece é. A valsa dança-se À MANEIRA COMO O PRÓPRIO esses problemas. As aos pares: escrita e leituTEXTO SE CONSTRÓI obras pós-modernistas ra, autor e leitor, personaE DESENVOLVE. EM CONSTANTE são caracterizadas por gem e acção, causalidade DIÁLOGO COM O LEITOR, O AUTOR VAI DESVENDANDO O SEU TEXTO um humor absurdo e dee verosimilhança, contar e COMO UM AUTÊNTICO sencantado, tal como a mostrar, o dentro e o fora, “MANUAL DE INSTRUÇÕES”». rotina diária do homem a superfície e o fundo. O comum. bico-de-obra do primeiro Mário de Carvalho integra-se totalmenlivro. Por onde começar? Com que começar? te dentro destas características. O seu roCom quem começar? A manutenção do inmance histórico de maior sucesso, Um Deus teresse. Riscos, cautelas e relutâncias. Tal Passeando pela Brisa da Tarde, publicado em como Mário de Carvalho o expressa, ser escritor é um caminho cheio de incertezas. 1994, é uma meditação sobre a maneira como Para terminar esta breve aproximação à o Homem é levado a cometer as maiores invida e obra deste autor, devo referir, como justiças devido às pressões de uma sociecuriosidade, que tem um site oficial onde se dade de valores rígidos e cristalizados. Esta obra foca também a diferença entre o que pode encontrar os mais diversos elementos somos no nosso íntimo e o que mostramos para o estudo da sua obra e que «Mário de perante a comunidade onde vivemos. Essa Carvalho – ele próprio» tem um perfil/pádiferença gera um conflito de valores que, gina no Facebook onde faz comentários e no caso da personagem principal da obra, vai responde aos dos leitores. Os comentários acabar em inadaptação e exílio voluntário. estão acessíveis a todos mas, cuidado!... Outras obras, como o romance Era Bom que liguem primeiro o botão do sarcasmo e da ironia. Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto, de 1995, A Sala Magenta, de 2008, ou A Arte Nota: Por vontade da autora, este texto mantém a ortografia anterior à do último Acordo Ortográfico. de Morrer Longe, de 2010, são exemplos da


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Empresas

CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA SUÍÇA EM PORTUGAL

Os suíços preferem produtos de qualidade Gregor Zemp, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Suíça em Portugal

A Câmara de Comércio e Indústria Suíça em Portugal (CCISP) fomenta o desenvolvimento económico entre Portugal e a Suíça através de, entre outros meios, o apoio às exportações e às importações e a cooperação entre empresas dos dois países.

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CCISP intervém, por exemplo, na implantação de uma empresa suíça em Portugal, no reembolso do IVA, na cobrança de dívidas, no recrutamento de quadros. Sendo a Suíça um considerável investidor em Portugal, a CCISP serve de intermediário entre os dois países promovendo as trocas bilaterais. A CCISP foi fundada em 1987 em resultado da expansão das trocas comerciais entre a Suíça e Portugal. Um grupo de represen-

ta ainda informações sobre feiras, encontros tantes das maiores empresas suíças deciou outros acontecimentos de natureza emdiu juntar-se e constituir uma plataforma presarial e sobre oportunidades de negócio; comum para as empresas daquele país em e proporciona análises de mercado e inforPortugal. A CCISP nasceu, portanto, apenas mações sobre os processos de importação e como uma missão unilateral. Em 2010, deviexportação», pormenoriza. do ao crescente número de pedidos da parte A CCISP, nas palavras do seu secretáriode empresas portuguesas, decidiu alterar a -geral, acredita que «o facto de a comunidasua missão inicial, pelo que, hoje em dia, é de portuguesa constituir o 3.º maior grupo uma organização com uma atividade bilade estrangeiros na Suíça irá influenciar, cada teral. vez mais, também O primeiro objeas relações econótivo da CCISP, revela «A CCISP identifica nos dois micas entre os dois à Lusitânia Contact países fornecedores, fabricantes, países». Para além Gregor Zemp, o seu distribuidores e agentes disso, acrescenta secretário-geral, «é empresariais interessados em Gregor Zemp, na Câo de continuar a ser estabelecer “joint-ventures” (…) mara de Comércio uma plataforma di«estamos convictos nâmica de negócios e proporciona-lhes análises de de que Portugal ofeentre os dois países, mercado e informações sobre os rece às empresas que sirva às emprocessos de importação e de suíças muitas oporpresas para fazer o exportação. Apoia as empresas tunidades de nenetworking, e para fornecendo-lhes listas gócio, mas primeiro encontrar parceiros. de contactos por setores é necessário que o O segundo objetivo de atividade». grau de perceção de é o de desenvolver Portugal na Suíça ainda mais os serseja mais forte». Os suíços, realça, «gostam viços que oferece às empresas luso-suíças. de produtos de qualidade e estão dispostos A CCISP identifica nos dois países fornecea pagar um bocado mais por eles, e as indúsdores, fabricantes, distribuidores e agentes trias de Portugal só podem ter futuro (conempresariais interessados em estabelecer tra a concorrência da Ásia) se prosseguirem “joint-ventures” (…) e proporciona-lhes anáo caminho da produção com qualidade. Por lises de mercado e informações sobre os conseguinte, «na nossa opinião, no futuro, processos de importação e de exportação. as relações económicas entre os dois países Apoia as empresas fornecendo-lhes listas irão crescer cada vez mais», conclui. de contactos por setores de atividade. Pres-


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Empresas

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AERLIS - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DA REGIÃO DE LISBOA

Um catalisador para as empresas da região

de utilidade pública, ivos, com o estatuto rat luc s fin m se o içã s empresas». Procura A AERLIS é uma institu ma força ao serviço da «U a: lem o es descom tem e serve e os interess criada em 1992, que economia da região qu na s formasa de pre es em s açõ da l liza defender o pape do, nas quais rea ga rre Ca e tra to Sin s, em Oeira ver o desenvolvimen tas. Com instalações ncipal objetivo promo pri o do com le tem Va e s, a tro de Lisbo ção, seminários e encon nvolve a ação na região micas da região. Dese r, Amadora, Arruda nó ue eco nq es Ale ad a: vid bo ati Lis s de da hos do distrito cel con 16 s no , Odivelas, Oeite fra en Ma Tejo, nomeadam Loures, Lourinhã, a, bo Lis is, sca Ca l, va ja, Cada a. dos Vinhos, Azambu s e Vila Franca de Xir Agraço, Torres Vedra nte Mo s Patronais das de l çõe bra cia So so , As tra s ras, Sin − Organização da CE OP da ia nc de Portuidê res sa Detém a vice-p deração Empre rial o Geral da CIP − Confe elh tratégico ns Es Co o do elh e s ns Co eia : Capitais Europ sta associação de s ão órg es int gu se rte dos Conselho Estratégico gal, fazendo ainda pa Nacional de Energia; ico tég tra Es lho. o elh ns Co ; das Relações de Traba Nacional de Ambiente do Desenvolvimento io tór rva sa se pre Ob ; Em s ção ciaçõe Nacional da Constru LVT − União das Asso as associações: UAER guesa de Emprego rtu Po ção cia so Participa ainda noutr As − EA AP jo; Te do le Va boa e ciação Portuguesa riais da Região de Lis tia Mútua; APQ − Asso ran Ga de de CO e da cie So − E s da Região Oeste; ES Apoiado; LISGARANT Atividades Económica de o l das ntr ura Ce − ult O erc ER Int CA a ; EIPDA − Escol para a Qualidade; e Formação do Oeste o açã uc Ed de de da SEFO − Socie . em seis vetores funda Profissões da Amadora de 84.000 empresas is l; ma na de s sio do fis da pro o de ação; Formaçã Trabalha uma base presas; Internacionaliz em às ços rvi Se o; mentais: Informaçã regional. com maior tos; Desenvolvimento pode ser consultada Organização de even nessa base de dados sta con e qu o açã orm A inf emos .pt e o seu trabalho, obtiv detalhe em www.aerlis ento sobre a AERLIS im rec cla es to ple com Para um mais Ferreira de Carvalho: u presidente, António estas respostas do se Qual a natureza específica do trabalho que desenvolve a AERLIS? António Ferreira de Carvalho - Tendo como associados micro, PME e grandes empresas, tem uma oferta formativa alargada que vai da formação à medida à formação cofinanciada, ambas focadas no reforço das competências, quer dos empresários, quer dos seus colaboradores. Desenvolve formação qualificadora para jovens e adultos ativos tendo em vista a

adequação ao posto de trabalho, às necessidades das empresas e à promoção da empregabilidade. A organização de seminários e sessões de divulgação e esclarecimento tem permitido a prossecução de alguns objetivos essenciais da atividade da associação, proporcionando a divulgação de informação atual e pertinente e incentivando o envolvimento dos empresários no debate das principais questões da região.

António Ferreira de Carvalho Presidente da AERLIS

Qual a importância da AERLIS para as empresas da região? AFC - A associação apoia as empresas no processo de internacionalização e de investimento, desde as candidaturas a incentivos, à promoção de encontros de apresentação do potencial dos mercados internacionais e de casos de sucesso, até à organização de missões empresariais a vários países. Funciona como catalisador para que as empresas da região e os poderes públicos saibam construir uma parceria inteligente, estrategicamente orientada para estimular o empreendedorismo, a inovação e a competitividade e para criar condições para o nascimento de novos negócios. Que retrato faz do atual panorama em que vive o tecido empresarial da região de Lisboa? AFC - A região de Lisboa começa a reunir um núcleo importante de PME inovadoras, que tem contado com o conhecimento e os incentivos disponibilizados pelas universidades, centros de ID&I, parques de ciência e tecnologia, laboratórios públicos e associações empresariais. Mantém um nível médio de qualificação da mão de obra superior à média nacional e tem uma maior concentração da população ativa em atividades de I&D. A região de Lisboa carateriza-se por ser uma das que têm um melhor ambiente criativo, o que se traduz numa maior capacidade para potenciar ações que visem o desenvolvimento de novos projetos pelo tecido empresarial e a criação de novos negócios, com destaque para os setores da alta e média tecnologia com uma vertente internacional.


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Terras helvéticas St. Moritz

ao lado: Os lagos Moritz vistos de helicóptero © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

em baixo, da esquerda para a direita:

A Schitteda, tradição da Engadina. As mulheres vestem o traje tradicional do domingo. © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

Caminho de ferro rético

© ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

St. Moritz no inverno vista da margem oriental do Lago de St. Moritz. Ao fundo o cume Albana (3100 m) e o cume Julier (3380) © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger


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Sankt Moritz Vista panorâmica

© ENGANDIN St. Moritz / Daniel Martinek

Vista sobre o lago gelado e sobre St. Moritz-Dorf © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

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ituada a mais de 1800 metros de altitude, Sankt Moritz − dividida em quatro bairros: Dorf, Bad, Champfèr e Suvretta − é uma localidade turística do Cantão dos Grisões. Em dezembro de 2014 tinha cerca de 7500 residentes, incluindo os que têm o «Permis L» (autorização de residência de curta duração, inferior a um ano). Desses residentes 1000 são portugueses: 330 têm o «Permis C» (autorização de residência permanente), 336 o «Permis B» (autorização de residência anual) e 334 o «Permis L». Por volta de 1850 era apenas uma pequena aldeia com 228 habitantes, tornando-se uma vila de montanha entre 1864 e 1914: em 1910 já tinha 3179 habitantes. Desenvolveu-se primeiro como estação balnear, em 1864 foi construído o segundo estabelecimento termal; depois com os desportos de inverno, introduzidos a partir da década de 1880. Houve uma pequena retoma nos anos 20 − anulada pelas consequências da crise de 1929 −, mas foi sobretudo a partir dos anos 50 do século passado que Sankt Moritz cresceu para se tornar um dos lugares de férias e repouso mais conhecidos do mundo. Tem 5600 camas em 40 hotéis e 7300 em apartamentos. A vila é também a capital da região da Alta Engadina, por cujo vale passa o Inn, um dos afluentes do rio Danúbio.


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Terras helvéticas St. Moritz

Desportos de Inverno

©Dokumentationsbibliothek S. Moritz / Bruno Bischofsberger ©Dokumentationsbibliothek S. Moritz

Sankt Moritz dispõe de ótimas condições para a prática do turismo de inverno, nomeadamente, porque o sol brilha mais de 300 dias no ano, e também porque, devido à elevada altitude, a localidade pode enfrentar invernos com pouca neve, contrariamente às estações turísticas de baixa ou de média altitude.

O funicolar Chantarella sobre S. Moritz] © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

Em Sankt Moritz, decorreram dois jogos olímpicos de inverno, os únicos até agora organizados na Suíça, de que damos testemunho num cartaz (1928) e numa fotografia (1948).

Uma esquiadora de snowboard © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

Uma esquiadora admira a paisagem sobre os lagos gelados de Sils e Silvaplana, a partir de Corvatsch © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

Esqui alpino A estância turística tem cerca de 350 km de pistas para a prática do esqui alpino e de snowboard. As principais são as de Corviglia (34 percursos com163 km), de Corvatsch (25 percursos com 120 km), de Diavolezza-Lagalp (11 percursos com 32 km) e de Zuoz, a mais familiar (com 10 pistas).


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Terras helvéticas St. Moritz

Esqui de fundo

Outros desportos de Inverno

Na região há 220 km de pistas de esqui de fundo, incluindo os 42 km da maratona entre Maioya e Schanf.

Skeleton, Bob, Trenó, Curling e Corrida dos cavalos na neve.

10 de março de 2013, a coluna dos maratonistas logo depois da partida no lago gelado de Sils

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Família em trenós na descida do Muottas Muragl, 42.565m, com o pôr do sol © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

© ENGANDIN St. Moritz / Remy Steinegger

Esquiadores de fundo na localidade de Celerina

© ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

Passeios na neve

© ENGANDIN St. Moritz / Christian Perret

Tem cerca de 150 km de percursos para caminhadas na neve com «raquetes» para admirar a paisagem.

Excursão com as raquetes de neve com o panorama sobre os lagos gelados © ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

Estas corridas realizam-se nos três primeiros domingos de fevereiro desde 1907. © ENGANDIN St. Moritz / Andy Mettler


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Terras helvéticas St. Moritz

Atividades de Verão Durante o verão os turistas têm a possibilidade de admirar as lindas paisagens deslocando-se de comboio, de bicicleta (BTT), a cavalo ou a pé. Existem 580 km de percursos de montanha para os amantes das caminhadas. Pode-se descobrir extraordinários panoramas, passear à beira dos lagos, experimentar um passeio descalço na localidade de Celerina, deixarmo-nos embalar pelos caminhos temáticos sem esquecer o Parque nacional suíço e as voltas em alta montanha com guias especializados.

© ENGANDIN St. Moritz / Markus Greber

© ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

© ENGANDIN St. Moritz / Christof Sonderegger

© ENGANDIN St. Moritz / Andrea Bradutt

Galerias e museus © ENGANDIN St. Moritz / Daniel Martinek

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© ENGANDIN St. Moritz / Daniel Martinek

© ENGANDIN St. Moritz / Robert Boesch

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© ENGANDIN St. Moritz / Daniel Martinek

© ENGANDIN St. Moritz / Daniel Martinek

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A água termal ferrosa de Sankt Moritz é conhecida desde a Idade do Bronze. A primeira análise química foi feita em 1674 e a primeira estância termal (établissement thermal) foi aberta em 1832, mas foi só a partir de 1864 que a localidade se desenvolveu como centro termal. A captação das fontes foi melhorada e uma nova estância termal foi inaugurada em 1976.

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Durante todo o ano pode-se também visitar uma das galerias de arte ou um museu:

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Estação termal

O Berry Museum (fig.1), dedicado ao médico e artista Robert Berry (1864-1942); o Museu da Engadina (fig. 2), uma viagem na História de Sankt Moritz e da Engadina; o Museu Giovanni Segantini (fig. 3), que reúne obras deste artista (1858-1899), que viveu os últimos cinco anos da sua vida nesta região de Engadina; o Museu dos Fósseis e dos Minerais; a Casa de Friedrich Nietzsche (fig. 4), em Sils Maria (constituído por três locais com fotografias, documentos manuscritos e cartas do período em que o filófoso viveu em Sils, 1883-1888, além de uma recolha de todas as suas obras); a Casa de Mili Weber (fig. 5), que tem todas as obras da artista (1891-1978); o Forum Paracelsus, que apresenta a história das fontes termais da localidade.

No passado bebiam-se as águas das fontes de St. Moritz, ricas em ácido carbónico e com gosto agradável, para combater a anemia. Hoje, no HeilbadSt Moritz, a água mineral é utilizada na hidroterapia. O ácido carbónico é absorvido pela pele, provocando a dilatação dos vasos sanguíneos e a diminuição da tensão arterial. Na gíria popular, estes banhos, que curam os problemas circulatórios e a pressão do sangue, nomeadamente depois de um enfarte, chamam-se banhos de champanhe.


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Especial Suíça

Quando se pode pedir a reforma na Suíça? Adelino Sá a_sa@gazetalusofona.ch

A importância do tema justifica uma lista com as perguntas mais frequentes em relação ao pedido da reforma (não tem nada a ver com os fundos da Caixa de Pensões – Caisse de Pensions) Quem tem direito a uma reforma na Suíça? Quem descontou, no mínimo, 12 meses para a AHV/AVS suíça. Mas quem tiver descontado, no mínimo, 24 meses para um sistema de Segurança Social de outro país da UE e mais 12 meses na Suíça também pode ter direito a uma pensão de invalidez se os serviços suíços lhe reconhecerem incapacidade. Aos viúvos e órfãos aplica-se as mesmas condições para a obtenção de uma pensão. Resumindo: para uma pensão, no mínimo um ano de cotizações; para a invalidez, dois anos de cotizações no estrangeiro mais um ano no sistema helvético. Obviamente que os valores da pensão terão relação com os descontos realizados e a idade permitida por lei. Como devem proceder os portugueses que trabalharam na Suíça e vivam em Portugal na altura de pedir a reforma? O pedido tem de ser feito no Centro Distrital da Segurança Social da região de onde residirem, que o enviará para o Centro Nacional de Pensões, em Lisboa. Este fará chegar ao seu congénere suíço o pedido de pagamento da reforma por limite de idade.

Quanto tempo antes de se atingir o limite de idade − para os homens pode ser 63, 64 e 65 anos − deve ser pedida a pensão? A regra base para quem vive na Suíça é fazer o pedido seis meses antes da idade limite. No entanto, o que acontece frequentemente para quem vive em Portugal é que o Centro Nacional de Pensões, em Lisboa, não é célere a enviar os documentos para a Suíça. Segundo os últimos dados há um atraso de seis meses. Assim sendo, faz todo o sentido apresentar os pedidos ainda antes dos seis meses. Se os pedidos forem aprovados pelos serviços com muito tempo de atraso as pessoas têm direito aos retroativos das prestações da pensão? Sim, essas pessoas irão, embora com muito tempo de atraso, receber aquilo a que têm direito. Mas a lei helvética é clara; o pagamento só acontecerá depois de feito o pedido. Assim, quem não o fizer nunca irá receber aquilo a que tem direito. Isto aplica-se apenas à pensão de reforma. Para a pensão de invalidez é preciso fazer o pedido o mais brevemente possível. Com efeito, desde 2010 só se pagam as prestações 6 meses depois da apresentação do pedido. E no caso dos portugueses que decidam continuar a viver na Suíça? Nesse caso, a pessoa tem de fazer o pedido nos serviços helvéticos seis meses antes. Uma pessoa que resida na Suíça tem de o fazer pessoalmente na Caixa de Pensões do cantão ou na Caixa para onde fez os seus descontos, portanto, na AHV/AVS. Essa Caixa, por sua vez, enviará a documentação para a Caisse de Compensation, em Genebra. Caso a pessoa tenha realizado descontos em Portugal passar-se-á o procedimento inverso, será a Caixa suíça que pedirá a Portugal a informação sobre os descontos dessa pessoa. Inicia-se assim o processo interestados, seguindo o pedido ou para a Segurança Social portuguesa ou para o organismo correspondente de outro país da UE.

E como é com as reformas antecipadas? Qualquer pessoa pode, neste momento, fazer o pedido com dois anos de antecedência, ou seja, os homens aos 63 anos de idade e as mulheres aos 62 anos. Cada ano de antecipação tem uma penalização de 6,8% na prestação, ou seja, 13,6% para os dois anos. A penalização de 6,8% ou de 13,6% é para o resto da vida da pessoa? A pessoa irá receber a sua prestação para o resto da vida consoante a escolha que fizer. Há quem pense que a penalização dura apenas o tempo da antecipação, mas não, é para sempre. E caso haja filhos menores ou em formação as respetivas prestações não são pagas durante o período da antecipação. Uma pessoa trabalhou na Suíça durante vinte anos, entretanto regressou a Portugal e ficou incapacitada, parcial ou totalmente, para o resto da vida. Pode pedir a pensão de invalidez à Suíça? Sim. O procedimento é semelhante e o pedido deve ser entregue no Centro da Segurança Social, em Portugal. E é muito importante que seja entregue, pois mesmo que a incapacidade não seja reconhecida em Portugal poderá ser na Suíça. Os processos de avaliação de incapacidade são distintos nos dois países. A pessoa deve insistir com os serviços portugueses para que o processo seja enviado para a Suíça. Existe um formulário europeu próprio para este tipo de situações. No caso de um casal de portugueses ter direito, em conjunto, a uma reforma de 4000 francos, ou seja, dois mil francos cada um, quanto irá receber esse casal? Um casal não pode receber mais do que 150% no conjunto de uma reforma de velhice completa. Quer isto dizer que, no máximo, um casal só pode receber 3,525 CHF no caso de ter direito a uma pensão com o escalão mais alto.


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Associações portuguesas

Associação Cultural de Expressão Portuguesa no cantão de Genève

Dinamizar a vida sociocultural dos emigrantes na Suíça Na continuação do nosso «périplo» pelas associações portuguesas na Suíça, iremos falar da Associação Cultural de Expressão Portuguesa pela voz de David Palma, o presidente da Direção

sócios ativos. Mas o trabalho que desenvolve não depende do número de sócios.

Começando pela história da associação, onde foi criada, quando, com que fim? A ACEP foi criada em 11 de fevereiro de 2011 no Cantão de Genève, com o nome de Associação Cultural de Expressão Portuguesa. Visa promover atividades socioculturais relacionadas com a cultura portuguesa; ligar as sociedades de acolhimento e de origem; colaborar com outras comunidades migrantes em iniciativas interculturais; participar com as autoridades cantonais e municipais na conceção e desenvolvimento de atividades de integração para se conseguir o que chamamos mieux vivre ensemble.

Quais os benefícios para os sócios e as condições exigidas? Ser português, por exemplo, ou de uma dada região?

Quem a fundou? Os fundadores foram Álvaro Oliveira, Carlos Rios, Catarina Pereira, José Milheiro, Leonel Oliveira, Luís Noeme, Pedro Gomes e Rui Portela. Eu fiz-me sócio em 2011, o ano da criação, e fui secretário antes de ser diretor, em janeiro de 2014. A ACEP é, portanto, muito jovem? Sim, é recente, por isso conta com poucos

Quais são as condições para se ser sócio? O nosso site tem as informações, mas os interessados poderão ir pessoalmente à sede. O valor da quota anual depende do estatuto do sócio. Há membros que pagam a totalidade, uns apenas um valor simbólico, outros estão isentos.

Os sócios podem participar mais ativamente na vida sociocultural suíça e também na da comunidade portuguesa e manter uma ligação mais forte com a cultura portuguesa. Pede-se-lhes que colaborem regularmente na organização de encontros culturais, podendo exprimir aí os seus talentos e capacidades. Ser membro da ACEP alarga o círculo de amigos e conhecidos. Para se tornar sócio não há condições de nacionalidade ou origem. São todos bem-vindos se vierem por bem, como diz o povo. Basta haver identificação com os objetivos da associação e disponibilidade para, direta

Olimpíadas da Língua Portuguesa As Olimpíadas da Língua Portuguesa (em maio/junho) visam promover, valorizar e divulgar a língua e cultura portuguesas no estrangeiro. Procuram levar jovens e adultos a ler e escrever em português, despertar a curiosidade linguística e o gosto pela leitura, fomentar o rigor linguístico, valorizar a correção ortográfica; desenvolver a expressão oral. É a atividade mais exigente pelos recursos humanos e meios financeiros que exige. Em cada edição os interessados inscrevem-se na modalidade de ditado ou de

declamação por categoria etária. Na modalidade de ditado, fazem um ditado com grau de dificuldade correspondente à categoria etária. Na modalidade de declamação, escolhem um poema da literatura lusófona para o declamar em palco. Os vencedores têm sido premiados com uma Visita de Estudo a Portugal (em outubro). Os outros recebem um diploma, livros ou gadgets oferecidos por instituições ou empresas. Este concurso e as visitas de estudo são as atividades-chave da associação.


Março

Associações portuguesas

ou indiretamente, colaborar na divulgação e realização das atividades programadas. A qualidade de sócio obtém-se após a inscrição e o pagamento da quota anual. O que o levou a aceitar este árduo desafio? Acima de tudo o interesse pela cultura e língua portuguesas. E poder trazer sangue novo à associação também foi importante. Além disso, tenho contribuído para a divulgação da associação através das redes sociais usando as novas tecnologias de comunicação. E houve um facto decisivo, o professor Álvaro Oliveira ter-me prometido apoio incondicional para desempenhar o cargo de presidente e ter aceitado ser vice-presidente. Como conhece muito bem a função do presidente, apoiou-me muito no primeiro ano do mandato. Vai, portanto, continuar mais uns anos no cargo apesar do esforço exigido? Penso ter ainda bastante a oferecer à associação. Tenho projetos para concretizar em conjunto com os restantes membros da ACEP, para que seja cada vez mais atrativa para os jovens. Com a ajuda de todos a associação irá crescer e desempenhar um

papel cada vez mais importante na vida sociocultural dos lusófonos em Genève e na Suíça. E que objetivos tem ainda para este mandato? A modernização do sistema de comunicação, a divulgação da associação nas redes sociais, o alargamento da base associativa e a aposta nos jovens, respondendo às suas expectativas. Falou das finalidades, que atividades desenvolve a associação? Organiza ou participa em várias atividades, umas de forma regular, outras pontualmente, de que destacamos: concertos com artistas portugueses conhecidos; Fête de la Musique, da responsabilidade do Département de la culture et du sport de la Ville de Genève, que junta num fim de semana centenas de bandas de diversos géneros musicais. Anualmente organiza as Olimpíadas da Língua Portuguesa e bi-anualmente visitas de estudo para jovens. Colabora e participa nas Fêtes de Quartier (Grottes, Lancy...). Lançou a petição pela introdução do português no ensino pós-obrigatório

Fête de la Musique

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genebrino, em parceria com a Associação de pais e encarregados de educação de Genève. Participou na festa de aniversário dos 45 anos do Cycle d’orientation des Grandes Communes, com uma exposição sobre o 25 de Abril; Em 2014 organizou, juntamente com outras associações portuguesas de Genève, os festejos e comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, que integrou o projeto Cantar Portugal, com a participação de autoridades portuguesas e suíças. Foi uma atividade muito importante não só pelo tema mas porque, tanto quanto sabemos, foi a primeira vez que várias associações levaram a cabo um projeto comum. Órgãos diretivos Presidente: David Palma Vice-presidente: Álvaro Oliveira Secretário: Rui Dias Portela Tesoureiro: Luís Noeme Verificadora de contas: Catarina Pereira Endereço e contatos Associação Cultural de Expressão Portuguesa (ACEP) Case postale 283 - CH - 1211 Genève 12 Tel:. 076 360 52 34 / 079 305 56 70 www.acep.ch - email: acepgeneve@hotmail.com

Cantar Portugal

(Village des associations)

A ACEP participou algumas vezes na Fête de la Musique, do Département de la culture et du sport do cantão de Genève, às sextas, sábados e domingos no 3.º fim de semana de junho. Além de propor especialidades da gastronomia portugue-

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sa, aproveita, sempre que possível, para decorar o stand com elementos da nossa cultura, história, turismo, contribuindo para um melhor conhecimento de Portugal. Divulga assim as atividades e projetos junto de um público diversificado.

Em 2014, pela primeira vez em Genève, o projeto Cantar Portugal foi integrado na comemoração do 25 de Abril. Embora da responsabilidade da Clave de Sol, o comité organizativo dos 40 anos de abril onde está também a ACEP, esta participou disponibilizando a logística necessária. Para os promotores, o projeto pretende envolver, ao longo do tempo, as comunidades portuguesas espalhadas pelo

mundo em torno da música tradicional, gravando e lançando DVD musicais. Destina-se a todas as gerações de emigrantes portugueses e luso-descendentes, promovendo o património musical português junto dos que, mesmo tendo já nascido fora de Portugal, podem, através da música, lembrar e recriar as suas raízes culturais.


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Entrevista a...

Palavra de um dos mais carismáticos cantores portugueses da atualidade

«Em qualquer parte do mundo, estando entre portugueses,

estou em casa

»

Toy tem novos motivos para sorrir. Acaba de lançar um novo CD e por estes dias as suas atenções estão concentradas na promoção deste novo trabalho. Depois do lançamento em Portugal, surge o inevitável tour pelo mundo fora. Na entrevista que concedeu à Lusitânia Contact, Toy, ex-emigrante na Alemanha, revelou-nos que cantar no estrangeiro para os portugueses «é uma espécie de revivalismo» e mostrou-se solidário com «todos os que sacrificam a felicidade para melhorar a sua vida».

Texto: Luís Pestana

«Um Amor Especial» é o novo trabalho discográfico de Toy. Para o lançamento público o cantor escolheu o mítico Fórum Luísa Tody, em Setúbal, cidade que o viu nascer. Não foi, por isso, uma escolha aleatória. Até porque foi naquele palco que se estreou com apenas 11 anos. «Um Amor Especial» faz parte da vida deste cantor, sendo, ao mesmo tempo, mais do que uma coisa numa só: é a cidade que o viu nascer e crescer; é a música que escolheu como profissão e em que é reconhecido como uma das vozes mais poderosas e versáteis

do nosso país. Neste CD estão incluídas duas novas faixas musicais. Dois inéditos que Toy compôs e que fazem parte do alinhamento musical desta edição: uma balada romântica que dá o nome a este novo trabalho, e que reflete as características românticas assumidas pelo cantor num tema apaixonante e vibrante; e «Corpo Molhado», a outra canção inédita em que Toy, mais uma vez, brinda o público com uma forte interpretação que marcará, igualmente, um portefólio já repleto de músicas originais que se tornaram êxitos marcantes na discografia nacional.

É inevitável começar esta conversa falando do lançamento do seu novo trabalho, «Um Amor Especial». Este era o trabalho que faltava na sua carreira? Bem, era um dos que faltavam… e ainda há muito para fazer! Em que é que se baseou para estruturar este CD na forma como acabou por ser lançado? A ideia foi voltar à minhas origens para registar este espetáculo ao vivo, enaltecendo a minha terra, as minhas gentes, o palco onde cantei aos 11 anos de idade, etc. Neste álbum existe algum ou alguns temas com potencial para se tornarem referências, à semelhança do que aconteceu no passado? Sim, há o tema «Um Amor Especial». Que planos tem no terreno para a promoção deste seu trabalho? Apresentá-lo ao público através de programas de rádio e televisão e ainda em espetáculos ao vivo e entrevistas (como esta). É hoje em dia um artista completamente realizado ou ainda falta aquele momento especial na sua carreira? Quem pretende chegar a um lugar de destaque profissionalmente nunca pode achar que está tudo feito. Estou realizado em relação ao momento que vivo, mas falta-me ainda realizar mais sonhos.


TOY Março

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Entrevista a...

trabalho para ajudar outros seres a serem Como é que o Toy lida com a fama? Acha felizes. A minha vida é uma entrega total. que é um mal inevitável, os chamados Mesmo quando estou a «brincar», jogando «ossos do ofício»? futebol ou convivendo com amigos, nunca A fama nunca é um mal, a não ser que deixo de ser o Toy… por isso estou sempre seja por motivos criminais… é bom ser-se em atividade. reconhecido pelo público. É uma vitória na A revista Lusitânia Contact tem uma batalha pela nossa afirmação no mundo do espetáculo. profunda ligação com as comunidades Com o atual panorama portuguesas de que se vive em Poremigrantes, concre«Independentemente de quem se seja, não tugal, como vê a sua tamente na Suíça, há razões para desanimar quando há talento e valor. Se há crise e problemas financeiros, carreira no curto e no França Alemanha e só temos de procurar ser normais e médio prazo? Luxemburgo. Qual a adaptarmo-nos à realidade social que nos Independentemente sensação que sente envolve. Um ser precisa de comida para de quem se seja, não quando atua no esalimentar o corpo e cultura para alimentar o espírito. Não há que recear». há razões para desanitrangeiro? mar quando há talento Sinto uma espécie e valor. Se há crise e problemas financeide revivalismo… já vivi na Alemanha e sei o ros, só temos de procurar ser normais e que é estar fora do país. Tenho um carinho adaptarmo-nos à realidade social que nos muito especial por todos os que sacrificam envolve. As pessoas precisam de comida a felicidade para melhorar a sua vida. Em para alimentar o corpo mas também de qualquer parte do mundo, estando entre cultura para alimentar o espírito. Não há portugueses, estou em casa. que recear. A sua aparição junto dos portugueses no Para além da música o que é que o homem, estrangeiro tem sido a ideal ou apenas a o cidadão Toy, gosta de fazer para ocupar os possível? seus tempos livres? Penso que tem sido a possível e a ideal. Não tenho tempos livres… mas tenho Não gosto de forçar, estou sempre quando vontade de usar a minha capacidade de querem que eu esteja.

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PRESENTE E FUTURO…

«Sinto-me realizado atualmente, mas falta-me ainda realizar mais sonhos»

O ARTISTA E A FAMA

«A fama nunca é um mal, a não ser que seja por motivos “criminais” …é bom ser-se reconhecido pelo público» O DIA-A-DIA

«A minha vida é uma entrega total. Mesmo quando estou a “brincar”, jogando futebol ou convivendo com amigos» PRESENÇA NO ESTRANGEIRO

«Penso que tem sido a possível e a ideal. Não gosto de forçar, estou sempre quando querem que eu esteja»


32 S.

Informações consulares

A REFORMA DE BASE ESTATAL SUÍÇA

R.

CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL EM GENEBRA

PENSÃO POR VELHICE DO 1.º PILAR («RENTE AVS») Flexibilização da idade da reforma:

Os beneficiários têm direito a requerer a pensão (com penalização) 1 ou 2 anos antes da idade normal de reforma ou com bonificação (suplemento) se a pedirem depois da idade normal.

Porfírio Pinheiro porfirio.pinheiro@mne.pt

RESIDE NA SUÍÇA OU TRABALHOU NESTE PAÍS PELO MENOS DURANTE 1 ANO?

Nesse caso, quando atingir o limite de idade legal para a reforma suíça terá direito a uma pensão do regime de base estatal do seguro de velhice e sobrevivência suíço («AVS» ou 1.º pilar).

Condições de atribuição da pensão de reforma por velhice «AVS»:

Ter pelo menos um ano completo de descontos para o AVS/AI/PC (Seguro de Velhice e de Sobrevivência («Assurance-Vieillesse et Survivants»; Seguro de Invalidez («Assurance Invalidité»); Prestações Complementares («Prestations Complémentaires»). Ter completado 64 anos (mulheres) ou 65 anos (homens).

Montante e cálculo da pensão:

A pensão é calculada com base: − na carreira contributiva do beneficiário; − na remuneração anual média de referência («RAM»), que resulta do total das remunerações efetivamente auferidas em toda a carreira; − no splitting (os rendimentos que os cônjuges realizaram durante o casamento são partilhados e atribuídos por igual a cada um deles); − nas bonificações por tarefas educativas ou por assistência a familiares que sejam grandes inválidos.

Pensão completa e pensão parcial

A pensão só será completa se o número de anos com registo de descontos para o seguro de velhice («AVS») for de, pelo menos, 44 anos. Se o período contributivo estiver incompleto a pensão será parcial.

ONDE ESTAMOS

Lausanne: Lugano: Luzern:

A Lusitânia Contact está nos principais pontos de venda na Suíça, distribuída por Naville, Nilo e Lusomedia e pode ser consultada nos seguintes locais:

Bern: Carouge: Fribourg: Genève:

Embaixada de Portugal Europain Agência Leitão Consulado-Geral de Portugal Alsa - Eurolines Voyages (Escritório e autocarros da linha Portugal/Suíça/Portugal) Boulangeries BOM GOSTO Brasserie du Lignon Banco BPI Novo Banco

Outras prestações do seguro de velhice («AVS»):

Os pensionistas do «AVS» tem direito também a: − Complementos por filhos a cargo e/ou por assistência de 3.ª pessoa. − Prestações complementares por insuficiência de recursos económicos. No caso de morte do pensionista, os familiares têm direito a pensões de sobrevivência de viuvez e/ou de orfandade.

Quando se onde apresentar o pedido?

O pedido deve ser apresentado em formulário apropriado para o efeito na última Caixa de Compensação «AVS» onde foram efetuados os registos de contribuições ou, residindo fora da Suíça, deve ser endereçado à Caixa Suíça de Compensação através do competente organismo de ligação da Segurança Social do país onde se encontrarem. É conveniente apresentar o pedido 5 a 6 meses antes da idade legal da reforma.

Exportação das pensões

O direito à pensão de reforma existe mesmo se os interessados residirem no estrangeiro, designadamente num Estado-membro da União Europeia (p. ex., em Portugal).

Banco Millennium BCP Banco Montepio Geral Banco Santander Totta Caixa Geral de Depósitos Cepeda Voyages Crédits Conseils - Versoix Épicerie du Lignon Finassur SA Ibercash SA Livraria Camões Novo Banco Banco Millennium BCP Casa Algarve – Aclens Império SA SEP Voyages Serviços Consulares de Portugal CeliMar - Consulting GmbH

Neste caso, o eventual imposto sobre o montante da pensão será pago no país de domicílio.

Pensão de reforma em diversos países da Europa

Quem tiver trabalhado num ou em vários países da União Europeia (UE), do Espaço Económico Europeu (EEE) não pertencente à UE ou na Suíça e ali tenha contribuído durante, pelo menos, um ano, poderá, mediante certas condições, ter direito a pensão de velhice em cada um deles. As idades de reforma podem ser diferentes consoante os países. Pelo facto de receber uma pensão mais cedo do que outra, podendo afetar os montantes a receber, é importante informar-se antecipadamente sobre qual será a situação concreta se decidir antecipar ou adiar a pensão em cada país onde trabalhou.

Pretende mais informações?

Para receber informações mais detalhadas poderá obter uma cópia (mais extensa) desta Nota Informativa, escrevendo para o Consulado-Geral de Portugal em Genebra. Para esclarecimentos complementares poderá também entrar em contacto com a respetiva Caixa de Compensação «AVS».

Neuchâtel Novo Banco Sion: Serviços Consulares de Portugal Novo Banco Novomar - Voyages (Escritório e autocarros da linha Portugal/Suíça/Portugal) Zurich: Consulado-Geral de Portugal Novo Banco Banco Millennium BCP Banco Santander Totta Em toda a Suíça: Orange: na rede das 94 lojas desta operadora. Associações Portuguesas: enviamos um exemplar a todas as que conhecemos. Caso não recebam, peçam para: comercial@lusitaniacontact.com

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Marรงo

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Lurdes Gonçalves Coordenadora do Ensino de Português na Suíça epse@bluewin.ch

Educação e ensino

A nova missão do Ensino Português no Estrangeiro

«O trabalho realizado pelos professores da chamada Escola Portuguesa ajuda os alunos a ”sentirem-se em casa” tanto em Portugal como na Suíça»

D

esde que o Ensino Português no Estrangeiro (EPE) passou para a tutela do Camões, I.P., em fevereiro de 2010, tem sido feita uma aposta no sentido de introduzir critérios de qualidade e reconhecimento das aprendizagens realizadas pelos jovens imigrantes portugueses, dando resposta a dois aspetos pertinentes para o seu sucesso pessoal e educativo. O primeiro aspeto, mais relacionado com o percurso de construção da identidade, desenvolve-se através do processo educativo. Se, no passado, o EPE se destinava a preparar as crianças e jovens para o regresso a Portugal, hoje em dia trata-se, sobretudo, de alargar e consolidar as competências linguísticas orais e escritas das crianças e jovens na sua língua de herança. Trata-se, também, de facilitar a comunicação no seio da família e dos amigos; favorecendo o desenvolvimento harmonioso da personalidade das crianças e jovens, ajudando-os a melhor compreenderem a sua identidade no nosso mundo globalizado, plurilingue, igualmente caracterizado por identidades plurais. Note-se que vários estudos comprovam que a aprendizagem de mais de uma língua desenvolve e estimula a flexibilidade cognitiva, tornando mais fácil a aprendizagem de outras línguas. Deste modo, consolidar as competências linguísticas em português facilita também a aprendizagem da língua do lugar onde vivem,

apoiando, por esta via, o sucesso escolar e, consequentemente, pessoal. O trabalho realizado pelos professores da chamada Escola Portuguesa ajuda os alunos a «sentirem-se em casa» tanto em Portugal como na Suíça, uma vez que, tal como refere o professor Poonoosamy (2014), da Universidade de Monash, na Austrália, a capacidade de cada um se «sentir em casa» está em constante evolução e é muito mais do que apenas a localização geográfica, é também uma en- A coordenadora do EPE, Lurdes Gonçalves, entrega os certificados na Festa de tidade ideológica à qual Natal, no Cycle d’orientation des Colombières, em Genebra. cada aluno está ligado de forma emocional e também académica, manficação e tive a honra de entregar alguns tendo a sua integridade cultural enquanto certificados em encontros organizados peaprendente e ser humano. los docentes e pelas associações de pais. Pretendi, desta forma, sublinhar os dois asReconhecer as competências linguísticas petos acima descritos, valorizando o esforO segundo aspeto relaciona-se com a ço, aplicação e determinação de cada aluno, visibilidade e o reconhecimento das aprenmas também dos pais e encarregados de dizagens efetuadas e das competências educação que apoiam e incentivam os seus desenvolvidas. Neste âmbito, em consonâneducandos a frequentar os Cursos de Língua cia com os níveis de proficiência do Quadro e Cultura Portuguesas, apesar dos horários de Referência para o Ensino Português no tardios, após um dia de aulas na escola suíça Estrangeiro (QuaREPE), destaca-se a introou aos sábados. Estes certificados traduzem dução dos exames para a certificação das também, claramente, a vontade firme em aprendizagens no ano letivo de 2012/13. continuar a aprendizagem da língua e cultuEstas provas são da responsabilidade do ra do nosso país por parte de todos os que Camões, IP, em colaboração com a Direçãodecidiram fazer as suas vidas fora de Por-Geral de Educação (DGE), do Ministério da tugal. Se aprender português é considerado Educação e Ciência de Portugal, e são conimportante pelos pais, alunos e professores, siderados um elemento de valorização e dar visibilidade e certificar as competências qualificação do EPE. O sistema assenta no linguísticas das crianças e jovens na língua modelo conceptual da ALTE (Association of portuguesa é, sem dúvida, o melhor contriLanguage Testers in Europe), da qual o Cabuto que o Estado Português poderá dar aos mões, I.P. é membro associado desde 2012, seus jovens imigrantes. assegurando, por esta via, o seu alinhamenCoordenação do Ensino Português to com padrões de excelência na avaliação Weltpoststrasse 20, CH-3015 Berne de proficiência linguística. Telef. 031 352 73 49 Na Suíça, no ano letivo transato, um total de Fax 031 351 68 54 www.ensinoportugues.ch 1341 alunos realizaram as provas de certi-


Março

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Educação e ensino

Potencialidades da língua de Camões

Patrícia Matias Professora de Língua e Cultura Portuguesas patríciamatiasch@hotmail.com

Na sequência da Jornada de Estudos organizada no dia 18 de janeiro de 2014 pelo Grupo de Interesse das Línguas Primeiras, para discutir o futuro do ensino das línguas e culturas de herança na Suíça, surgiu a ideia de uma edição especial da revista Vpod Bildungspolitik para apresentar os resultados da jornada, que proporcionou aceso debate entre especialistas de diferentes áreas: ensino; investigação; política. No âmbito de preparação da edição, procurámos, igualmente, dar resposta ao repto lançado pelo Doutor Joahnnes Gruber, que pedia que os alunos de diferentes nacionalidades na Suíça se pronunciassem sobre o valor que atribuem à aprendizagem da Língua primeira. Participação dos alunos de Wettingen, Zollikon e Zürich-Lavater A proposta, lançada pelo Grupo de Interesse das Línguas Primeiras, pareceu-me, desde logo, uma boa oportunidade para que os alunos refletissem sobre as vantagens de aprender Português. A riqueza do idioma é inegável: há 9 países no mundo que o têm como língua oficial, outras tantas culturas se expressam na língua de Camões, havendo milhões de falantes, o que dá inúmeras possibilidades de trocas culturais, comerciais e profissionais.

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Participação dos alunos da escola de Riedtli-Zurique

Catarina Correia Professora de Língua e Cultura Portuguesas chrcorreia@gmail.com

Imagens de trabalhos dos alunos sobre a importância de aprender Português

Após ter trabalhado o tema na sala de aula com os alunos do nível B1 de Wettingen, Zollikon e Lavater-Zurique, ficou claro que estes valorizam a aprendizagem da língua materna e têm orgulho na sua nacionalidade. Alguns falaram do Português como uma mais-valia para o seu futuro profissional, nomeadamente em países que o têm como língua oficial; outros consideraram que lhes permite aprender mais facilmente outras línguas latinas; dois referiram que gostavam de prosseguir os estudos de Português para um dia, talvez, ingressarem na universidade em Portugal; todos acharam que a língua de Camões é uma ponte com as suas raízes: as famílias em Portugal, as tradições que se praticam nas suas casas, as férias passadas à beira-mar. A Língua é identidade e cultura, foi isso que este projeto trouxe aos alunos: a possibilidade de refletirem sobre quem são e o que querem para o futuro.

A ideia de participar neste projeto, subordinado ao tema «A importância de aprender a Língua primeira», veio reforçar e dar destaque às potencialidades que a aprendizagem da língua de Camões pode trazer. Após ter sido feito um enquadramento histórico, remontando à época da Expansão ultramarina e dos Descobrimentos, enaltecendo os feitos gloriosos, místicos e de valentia dos portugueses, foi proposto aos alunos dos 5.º ao 9.°anos dos cursos de Português da escola de Riedtli, em Zurique, que escrevessem um texto e fizessem um desenho expressando a sua opinião sobre as vantagens em aprender a Língua Portuguesa. Nas aulas, foi com orgulho que os alunos puderam ficar a saber que a Língua e Cultura Portuguesas tinham chegado a vários territórios do mundo, tendo-se, de imediato, empenhado em realçar o poder da Lusofonia. O entusiasmo sentido na realização dos trabalhos permitiu que a maioria dos alunos destacasse a importância da Língua portuguesa também no âmbito profissional, visto ser a 4.ª mais falada no mundo, tal como no âmbito escolar, facilitando a compreensão e a aprendizagem de outras línguas. É de salientar a forma como os alunos carregaram de afetivi-

Os textos são da aluna Catarina Correia e foram publicados na revista Vpod Bildungspolitik.

dade os textos e desenhos, nos quais, genuinamente, demostraram a importância em falar bem a Língua Primeira, o que facilita o bom entendimento com os seus familiares e consolida os laços afetivos com os que se encontram distantes. Para além disso, referiram ainda as vantagens do domínio do Português quando visitam o país de origem, desde a interpretação de cartazes publicitários até ao uso dos serviços públicos. Muitos alunos, em forma de conclusão, lamentam o facto de muitos de seus amigos e conhecidos não se conseguirem expressar corretamente em Português. Os alunos foram ainda da opinião de que a participação neste projeto foi uma mais-valia para o seu desenvolvimento pessoal, na medida em que sentiram que o seu trabalho foi reconhecido e valorizado. Finalizo agradecendo a todos o esforço e dedicação!


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A palavra ao Padre Miguel

QUARESMA

Tempo de conversão e mudança de vida

P.e Miguel Dalla Vecchia Missionário Scalabriniano miguel.dv@scalabrini.net

O

período quaresmal é o tempo litúrgico de conversão estabelecido pela Igreja para que nos preparemos para a grande festa da Páscoa, a festa da Ressurreição do Senhor. É o tempo para nos arrependermos dos nossos pecados e para mudarmos algo nas nossas vidas, para sermos melhores e vivermos mais próximos de Cristo e dos nossos irmãos. É um tempo privilegiado para intensificarmos o caminho da nossa própria conversão. Caminho que pressupõe uma cooperação com a Graça Divina para que o «homem velho» que existente em nós vá morrendo progressivamente.

A Quaresma dura quarenta dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. A cor litúrgica é o roxo, que significa luto e penitência. É um período de reflexão, de oração, de penitência e de conversão espiritual da preparação para o mistério pascal. Na Quaresma Cristo convida-nos a mudar de vida e a Igreja, por sua vez, convida-nos a viver este tempo como um caminho para Jesus Cristo, escutando a palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Ela convida-nos a viver atitudes cristãs a fim de que nos pareçamos mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado nos afastamos de Deus. Portanto, a Quaresma é o tempo especial do perdão e da reconciliação fraterna. A cada dia, durante a nossa vida, devemos retirar do nosso coração o ódio, o rancor, a inveja, tudo o que se opõe ao nosso amor a Deus e aos nossos irmãos. No período da Quaresma aprendemos a conhecer e a apreciar a cruz de Jesus. Com isso aprendemos também a tomar a nossa cruz com alegria para alcançarmos a glória da ressurreição. A Quaresma exige de cada um de nós ações concretas; e os três pilares do tempo quaresmal são os seguintes: o JEJUM, renunciando a tudo aquilo que não é essencial; a ORAÇÃO, que deverá ser mais cuidadosa; a PARTILHA, em especial com os que menos têm. O ato de nos incorporarmos no mistério pascal de Cristo pressupõe participar no mistério da Sua Morte e Ressurreição. Não

esqueçamos que o batismo nos configura com a morte e Ressurreição do Senhor. A Quaresma procura fazer que a dinâmica batismal seja vivida mais profundamente para que o nosso pecado vá morrendo e sejamos ressuscitados com Cristo para a verdadeira vida, pois o Senhor assegura-nos que se o grão de trigo morrer dará muito fruto. A todos e a cada um de vós desejo um tempo de oração, de jejum, de partilha e de solidariedade. Feliz e Santa Páscoa em Cristo Ressuscitado!

Horários da missão católica de língua portuguesa de Genebra ATENDIMENTO NA SECRETARIA: Terça a sexta: das 15h00 às 18h30 Sábados: das 9h00 às 11h30 MISSAS: Sábados, às 19h00 Domingos às 9h30, às 11h00 e às 18h00 Terça a sexta às 19h00 (na capela) HORÁRIOS DAS MISSAS DURANTE A SEMANA SANTA:

2 de abril (quinta-feira Santa): 20h30 3 de abril (sexta-feira Santa): 15h00 (celebração da Paixão) 20h30 (Via Sacra ao vivo, para jovens) 4 de abril (sábado): 20h30 (vigília Pascal) 5 de abril (dom.): 9h30 / 11h00 / 18h00 Av. de Sainte Clotilde, 14 bis 1205 - GENÈVE Tel. 022 70 80 190


Março

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História e memória

Lei de Separação entre Estado e Igreja Notícias na imprensa suíça

Reto Monico Historiador retomonico@gmail.com

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omo vimos no n.º 8 da Lusitânia Contact, em outubro de 1910, o governo provisório expulsa os jesuítas e confisca os bens do clero regular. Estes decretos anticlericais, promulgados pelas novas autoridades republicanas de Lisboa, serão seguidos por outras medidas de secularização da sociedade.

Da separação ao controlo da Igreja A Lei de Separação, publicada a 20 de abril de 1911 e aplicada a partir de dia 1 de julho desse ano, representa, sem dúvida, o ponto alto da luta do novo regime contra a Igreja. A religião católica deixa de ser a religião do Estado, e a Igreja, tal como a sua hierarquia submetida a Roma, deixam de ser reconhecidas. Embora as relações com a Santa Sé estejam interrompidas praticamente desde a queda dos Braganças, a rotura definitiva dá-se só em julho de 1913: as manifestações religiosas passam a realizar-se apenas nas igrejas − que passam a pertencer ao Estado; as manifestações exteriores (procissões, por exemplo) só se podem realizar com a autorização escrita das autoridades administrativas; as crianças em idade escolar não podem participar em manifestações religiosas

durante as horas de aulas; é proibido utilizar as vestes talares fora dos locais de culto; as Forças Armadas não podem participar em solenidades religiosas; o Estado autoriza a formação de associações para financiar o culto e os padres, mas estas são controladas pelas juntas de freguesia. De facto, não se trata apenas de uma separação, como aconteceu no Brasil: no Portugal republicano o Estado passa a controlar e a administrar a Igreja.

A reação da hierarquia A hierarquia católica reage mal, apesar de algumas tentativas de negociação do ministro Afonso Costa logo depois da revolução. Em fevereiro e março de 1911 é lida nas igrejas uma pastoral coletiva sem autorização do governo republicano. Os bispos do Porto e

Bilhete-postal ilustrado de 1910: Afonso Costa, ministro da Justiça, e a República atiram os jesuítas para o chão. (Arquivo António Ventura)

de Beja são destituídos. Depois dos protestos em relação à Lei de 20 de abril, uma dezena de bispos e arcebispos serão proibidos de residir nas respetivas dioceses. Esta lei afastou da república uma parte dos católicos que podiam ter simpatizado com ela, provocou divisões importantes na família republicana e, finalmente, prejudicou a reputação do jovem regime no estrangeiro. Pode ser considerada uma das causas do reconhecimento tardio da nova república portuguesa pelas grandes potências.

O bispo do Porto, D. António Barroso, é chamado a Lisboa por ser interrogado por Afonso Costa depois de a pastoral, proibida pelo Governo provisório, ter sido lida nas igrejas. Apesar da modificação do percurso, o prelado foi vaiado e insultado pela multidão republicana de Lisboa. (Ilustração Portuguesa, 20 de março de 1911)


Dezembro

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História e memória

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As notícias na imprensa suíça

burgo, em 27 de abril, fala da lei como uma arma utilizada pelo governo republicano para dar «um golpe fatal na Igreja». Em Segundo o historiador Rui Ramos, «em seguida cita Afonso Costa, segunmaio de 1911 não se falava de outra coisa» do o qual, mais duas gerações e em Portugal. Não é os casos nem da imprenos católicos desapareceriam em sa internacional nem da imprensa suíça em Portugal. «Sabemos como a Proparticular. Publicam-se pequenas notícias e vidência corrige a visão turva dos despachos, muitas vezes reproduzidos nas homens», comenta o editorialista, páginas interiores, e poucos comentários. que volta ao assunto quatro dias Este tema, que suscita tantos debates e depois. «A nova lei vai mais longe conflitos em Portugal, ocupa poucas vezes do que a lei francesa [de 1907]», as primeiras páginas dos quotidianos helacusa o jornal. As medidas são véticos da altura. Para este artigo escolhi as mais «draconianas» e as mais apresentar os comentários de três jornais: «arbitrárias» alguma vez tomaNeue Zürcher Zeitung; La Liberté; Gazette de das por um governo contra a IgreLausanne. ja. Os seus autores «inspiram-se O Neue Zürcher Zeitung escreve um prido mais violento jacobinismo», meiro comentário da redação a 21 de abril. denuncia o diário católico, que A Igreja e os ultramontanos dominavam o conclui: «Estes pormenores são país durante a monarquia mas têm agora suficientes para demonstrar poucas possibilidades de restabelecer o recomo esta lei resulta de um fanagime deposto. Segundo este diário radical, o tismo mesquinho». povo, embora «inculto e muito beato», não O jornal Ga«se rende às cegas aos clericais». O articulista resume zette de LausanMEDIDAS DE a seguir a lei e nota que enne publica, no dia SECULARIZAÇÃO trará em vigor sem passar 21, um resumo da DA SOCIEDADE pelo poder legislativo. lei e, a 2 de maio, uma car• Desaparecem os feriados O mesmo jornal publica ta do seu correspondente religiosos a nível nacional um longo comentário na em Roma que a ataca vio (o 25 de dezembro passa a primeira página da edição lentamente, reproduzindo o Dia da Família); • São extintos os juramentos da noite de dia 5 de maio. ponto de vista do e ritos religiosos nas Trata-se de um artigo enVaticano. Mau cerimónias públicas; viado pelo correspondente rice Muret volta • É abolido o ensino da em Lisboa, um português ao tema no dia 31 doutrina cristã nas escolas que exprime o ponto de visdo mesmo mês: primárias; ta oficial. É evidente, afirma «A Lei de Sepa• É reconhecido o divórcio; o artigo, que o novo regime ração portugue• São expulsas as ordens não podia ter a mesma atisa é uma lei de religiosas; tude para com a Igreja que represálias e, por • O registo civil torna-se obrigatório; a monarquia, mas nesta conseguinte, uma • É extinta a Faculdade questão tão importante o má lei». O jorna de Teologia. governo provisório fez prolista de Morges va «de sábia moderação pensa que a ree teve o máximo cuidado para não ofender pública é «um regime superior os sentimentos dos crentes». O Estado ofeaos outros, na medida em que rece à Igreja as condições para praticar o ela autoriza toda a liberdade que culto, mas esta tem de dar uma contraparnão prejudique o interesse geral, tida: os religiosos não podem fazer política. mesmo o direito ao erro. E o que É lógico que a nova lei não tenha provocado é um erro para mim, pode não o entusiasmo do clero: «ninguém renuncia ser para os outros». O redator do facilmente a uma hegemonia que dura há quotidiano liberal espera que esta séculos», comenta o articulista. E, com evilei seja modificada, inspirandodente exagero, acrescenta que os padres e -se no exemplo brasileiro. A reos bispos estavam relativamente satisfeitos pública portuguesa precisa atrair e foi somente depois da «ordem de combanovamente os que se afastaram te», vinda do papa Pio X e do Cardeal Merry dela por causa «das excessivas del Val, o secretário de Estado do Vaticano, vinganças antirreligiosas que ela que a situação piorou. Mas em Portugal, com tem praticado». esta «política brutal», a Santa Sé não vai obPorém, ter-se-á de esperar ter nada, antes pelo contrário, conclui o corpela entrada de Portugal na Guerra (1916) e respondente do NZZ. pelo sidonismo (1917-1918) para que a relação entre o Estado e a Igreja em Portugal La Liberté, tem uma opinião diametralcomece a tomar outro rumo. mente oposta. O quotidiano católico de Fri-

«Vês, pequena, o que corroía os intestinos?! Com a separação vai melhorar o teu estado». (Jornal humorístico O Zé, 25 de abril de 1911) [«Remédio contra lombrigas. Preparado de LEI do Doutor A. ATSOC. Efeito radical e sem rivalidade». A. ATSOC é Afonso Costa escrito ao contrário, como Alter-ego perverso]

«Com duas machadadas foi um ar que lhes deu e eu cá estou para o que der e vier». (Jornal humorístico O Zé, 25 de abril de 1911) [O ministro da Justiça é representado no papel do carrasco que corta a cabeça da Igreja e dos jesuítas.]


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Nuno Serra Geógrafo, doutorando na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra nuno.serra@gmail.com

Economia

Austeridade, emigração e desemprego “Não é igualmente verdade que a emigração tenha estado a aumentar ao longo dos últimos anos. De facto, o seu valor até diminuiu entre 2007 e 2010 (ano em que se estima tenham saído do país cerca de 70 mil pessoas), para acelerar desde então até às cerca de 110 mil saídas, em 2013”.

N

a linha de declarações como as proferidas há meses por Maria Cavaco Silva ou Joaquim Azevedo (1), Passos Coelho garantiu, recentemente, ser «falsa» a ideia de que «o desemprego só baixa porque as pessoas emigram», acrescentando que Portugal tem sido um país de emigração desde há muitos anos e que a situação de «hoje não é muito diferente das de 2007 ou 2008». Num ponto o 1.º ministro tem razão: não é «só» a emigração que contribui para gerar a ilusão de que o desemprego está a baixar de forma relevante. Como procurei demonstrar recentemente (2), uma estimativa minimamente consistente dos verdadeiros níveis de desemprego há-de somar ao número oficial de desempregados os «desencorajados» e os «desempregados ocupados», bem como as estimativas de «expatriados» (a emigração de população activa). O que faz que a diferença entre os valores de «desemprego oficial» e de «desemprego real» aumente de quatro pontos percentuais (em 6/2011) para treze pontos percentuais (em 9/2014).

Mas concentremo-nos na relação entre emigração e desemprego. De acordo com as estimativas disponíveis mais credíveis (3), não é verdade − ao contrário do que diz Passos Coelho − que Portugal seja, há muitos anos, um país de emigração. De facto, a inversão mais recente do saldo migratório (segundo o INE), ocorreu apenas em 2011,

quando o número de saídas (emigrantes) passou a superar o das entradas (imigrantes), agravando-se, desde então, até se atingir, em 2013, uma perda líquida de 36 mil pessoas (em 2010 o saldo migratório era positivo em cerca de 4 mil). Mas há mais: não é igualmente verdade que a emigração tenha estado a aumentar ao longo dos últimos anos. De facto, o seu valor até diminuiu entre 2007 e 2010 (ano em que se estima tenham saído do país cerca de 70 mil pessoas), para acelerar desde então até às cerca de 110 mil saídas em 2013. Uma explicação plausível para esta inversão é, aliás, dada pelo próprio Observatório da Emigração, que associa a descida dos valores, entre 2008 e 2010, aos «impactos da crise financeira global» (não sendo, portanto, uma originalidade portuguesa no contexto da União Europeia) e o seu recrudescimento, a partir dessa data, à «assimetria da crise das dívidas soberanas na Europa». Tornando, assim, sobejamente evidente a estreita relação que existe entre fluxos migratórios e políticas de austeridade. E nem de propósito, uma investigação recente, no âmbito do Projecto «Generation E», vem confirmar o que há muito se suspeita: que os dados oficiais não contam tudo, estimando-se que o número de jovens que emigraram dos países do sul da Europa seja o dobro do registado, sobretudo pela falta de registos oficiais das saídas e pelo facto de muitos dos que emigraram (cerca de metade, em diferentes países) não terem alterado a sua residência. Constata-se, por exemplo, que

«só o número de entradas registadas nos três países com mais imigração portuguesa em 2013 − Reino Unido, Suíça e Alemanha, num total de 55.910 indivíduos − é mais elevado do que aquele que é apontado pelo INE para as saídas permanentes no mesmo ano para todos os destinos (53.786)» (4). Ou seja, uma demonstração do que Saskia Sassen designa por «eventos invisíveis». Há ainda um outro dado desta investigação que importa reter. Dos jovens emigrantes portugueses abrangidos pelo estudo, cerca de 86% referem as «questões laborais» entre os factores que estiveram na base da decisão de emigrar, o que reforça, novamente, a ideia de que a recente sangria de quadros qualificados é indissociável da opção, empobrecedora, inútil e fracassada, pelas políticas de austeridade como forma de sair da crise. (1) http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/06/ um-pais-desfalecer.html (2) http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/11/ lets-take-look-at-this-chart-mr-subir.html (3) http://www.observatorioemigracao. secomunidades.pt/ np4/?newsId=3924&fileName=OEm_ EmigracaoPortuguesa2014_RelatorioEst.pdf (4) http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ emigracao-jovem-dados-oficiais-nao-contam-tudo1677235?page=-1 Nota: O autor apresentou-nos o texto na ortografia anterior à do último Acordo Ortográfico, que iremos manter.


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IRS

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Emigrantes | Imigrantes | Residentes

eStRangeIRoS em poRtugal (2013)

poRtugueSeS que emIgRaRam (2007-2012)

30 121 Reino Unido 14 388 Suíça 11 401 Alemanha 5 302 Espanha 4 590 Luxemburgo 2 913 Brasil 2 812 Bélgica 2 079 Holanda 918 EUA 815 Noruega

91 238 Cabo Verde 42 011 Ucrânia 41 074 Roménia 34 204 Angola 19 967 China18 445 Guiné-Bissau 17 574 Reino Unido 16 471 S. Tomé e Príncipe10 169 Moldávia 9 968 Moçambique 2 825

O

Brasil

bter rendimentos em diferentes países levanta habitualmente muitas dúvidas na hora de entregar a declaração de IRS. A questão surge no ano seguinte àquele em que se acumularam rendimentos ganhos em Portugal e num ou em mais países estrangeiros. A resposta depende quase sempre de quanto tempo permaneceu em cada país no ano a que se referem os rendimentos a declarar. Mais de 80 mil portugueses saíram de Portugal entre 2007 e 2012, procurando um emprego e melhores condições de vida. O Reino Unido lidera a lista das preferências. Seguem-se Suíça, Alemanha e Espanha. A Europa continua a centralizar grande parte do acolhimento de portugueses emigrados. Além da proximidade geográfica, quem reside e trabalha num destino europeu beneficia

Fonte: Pordata, 2013

Fonte: Observatório da Emigração

Onde para o IRS do emigrante?

Preencher a declaração de IRS no primeiro ano de emigração ou de chegada a Portugal levanta muitas dúvidas. Ajudamos a esclarecer as principais questões

da igualdade de tratamento fiscal que é concedida a todos os cidadãos da União Europeia. Independentemente do país em que seja considerado residente para efeitos fiscais, qualquer europeu é tributado da mesma forma que os nacionais do país que escolheu para viver. Será o caso de eventuais deduções em vigor, como as relativas às despesas com filhos a cargo ou a juros de crédito à habitação, desde que o imóvel se situe em território da Europa comunitária.

Residência fiscal define entrega

Independentemente do destino para o qual emigrou, as dúvidas surgem no momento em que se impõe a entrega da declaração de rendimentos às Finanças, ou seja, no ano seguinte àquele em que acumulou rendimentos obtidos em países diferentes. Para saber onde deve declarar os montantes


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Saiba já

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IRS

Emigrantes | Imigrantes | Residentes

ganhos em 2014, se tiver dividido a sua residência entre dois ou mais países, faça contas aos dias que passou em cada um. Se tiver vivido em Portugal durante 183 dias ou mais (aproximadamente seis meses) em 2014, será considerado residente fiscal no nosso país, mesmo que no momento em que submete a declaração (em 2015) não esteja efetivamente a viver cá. Nestes casos, o IRS deve ser apresentado em Portugal e incluir todos os rendimentos obtidos em 2014, dentro ou fora do país. A parte dos rendimentos ganhos no estrangeiro é indicada nos quadros 4

qualqueR cIdadão euRopeu é tRIbutado da meSma foRma que oS cIdadãoS nacIonaIS do paíS que eScolheu paRa vIveR

e 6 do anexo J, que terá de adicionar ao modelo 3 (ver ilustração ao lado) e restantes anexos, se necessário. Além disso, terá também de entregar no país estrangeiro a declaração de impostos com os rendimentos que lá obteve. Prevendo a possibilidade de ser tributado nos dois países, já que os rendimentos obtidos no estrangeiro estão a ser declarados duas vezes, muitos Estados dispõem de acordos para evitar que pague impostos a dobrar. Se já lhe tiverem sido retidos impostos (através de retenção na fonte, por exemplo) relativos a rendimentos obtidos num país

identifique o seu perfil fiscal

Residiu 183 dias ou mais em Portugal Português emigrado que viveu no País em 2014

Cidadão estrangeiro com residência no nosso país em 2014

Residiu menos Família de 183 dias em Portugal afastada Português emigrado que viveu no País em 2014

Cidadão estrangeiro com residência no nosso país em 2014

■■É considerado residente fiscal em Portugal, mesmo que atualmente esteja a viver noutro país.

■■É considerado residente fiscal no país estrangeiro onde vive ou viveu.

■■Em 2015, entrega a declaração de IRS em Portugal. Mencione os rendimentos ganhos em território nacional, no anexo A se forem de trabalho dependente, por exemplo, e os obtidos no estrangeiro no anexo J.

■■Em 2015, entrega a declaração de IRS no país estrangeiro, seguindo as regras, as taxas e os períodos definidos nesse território.

■■O rendimento obtido no estrangeiro deve ainda ser declarado nesse país, onde poderá ter de pagar imposto. Em alguns Estados pode não haver essa necessidade para determinados ganhos (por exemplo as pensões). Informe-se nas Finanças do país de origem desse rendimento e tenha atenção aos prazos de entrega, que podem ser diferentes dos portugueses.

■■Se também obteve rendimentos em território nacional, entrega ainda uma declaração de IRS em Portugal com esses montantes, sendo tributado como não residente. ■■Se a 31 de dezembro de 2014 tiver habitação em Portugal, pode solicitar à Autoridade Tributária que o considere já residente fiscal em Portugal. Para isso, invoque a intenção de viver permanentemente em território nacional.

entRega IRS em poRtugal anexo J XXInscreva os rendimentos e impostos pagos em 2014 fora de Portugal no quadro 4 e identifique o país estrangeiro onde obteve esses rendimentos no quadro 6.

comprovativos XX Não se esqueça de enviar por correio para o seu serviço de Finanças os documentos que comprovam os rendimentos obtidos no estrangeiro em 2014 e respetivos impostos retidos. Se não os enviar, o Fisco não vai considerar as retenções mencionadas. Estes documentos podem ser entregues com a declaração de IRS, se esta for entregue em papel.

entRega IRS no eStRangeIRo Inclui rendimentos obtidos em portugal XX Declare os rendimento obtidos fora e em Portugal dentro do prazo legal definido no país estrangeiro. Paga aí os impostos devidos. XX Só entrega também a declaração de IRS em Portugal se por cá tiver obtido rendimentos. Pagará imposto em território nacional sobre esses ganhos obtidos em 2014.

Português emigrado, que em 2014 viveu em Portugal por menos de 183 dias. Cônjuge reside permanentemente em Portugal ■■O cônjuge pode apresentar o IRS em separado, ficando abrangido pelo regime aplicado às pessoas separadas de facto, em que o valor máximo das deduções é reduzido a metade. Apresentando a declaração em separado, o cônjuge inclui apenas os seus rendimentos, a metade de eventuais rendimentos comuns e as despesas de dependentes a seu cargo. ■■Nestes casos, o cônjuge emigrado declara os seus rendimentos no país estrangeiro.

IRS em poRtugal ou no eStRangeIRo Simule a opção mais vantajosa XX Antes de entregar o IRS, simule o valor a pagar em Portugal na ferramenta IRx, que pode descarregar do nosso portal. Terá sempre de contar com o imposto a pagar pelo cônjuge no estrangeiro.


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que não tenha assinado com Portugal uma convenção para eliminar a dupla tributação ou esta não tenha sido acionada, ainda tem possibilidade de recuperar parte desse imposto. Para isso, as Finanças portuguesas recorrem ao mecanismo de crédito de imposto por dupla tributação internacional e apuram o montante a reembolsar (ver caixa sobre dupla tributação no final da página).

Ricardo Monteiro começou a trabalhar em agosto num restaurante no Reino Unido. Ganhou 10 mil euros em 2014.

Estrangeiros declaram em Portugal

Para quem se muda para Portugal e acumula, em 2014, rendimentos de pelo menos dois países, aplica-se a mesma lógica de um português emigrado. Assim, se é cidadão estrangeiro, tiver residido em Portugal por um período igual ou superior a 183 dias durante o ano 2014 e por cá tenha obtido rendimentos, em 2015, tem de submeter a declaração de IRS às Finanças portuguesas. Aí, deve mencionar todos os rendimentos obtidos no país de origem, bem como os respetivos impostos lá liquidados. Tem ainda de declarar nas Finanças do país de origem os rendimentos que aí ganhou em 2014. Por ser residente fiscal em Portugal, o Fisco encarrega-se de apurar se existe no país de origem deste contribuinte uma convenção assinada com o nosso país e se esta foi acionada para evitar a dupla tributação. Se for o caso, será reembolsado do valor pago a mais.

Rendas também contam

Não tendo somado 183 dias de permanência em Portugal (não têm de ser seguidos), nenhum cidadão, português ou

Quadro 5A e 5B do modelo 3 Se Ricardo passou a maior parte do ano em Portugal, deve assinalar a sua residência fiscal no quadro 5A, mesmo que em 2015 já não viva em território nacional

Quadro 4 do anexo J Indique os montantes recebidos e os impostos eventualmente já pagos

Quadro 6 do anexo J Insira o código do país estrangeiro onde obteve rendimentos em 2014 (consulte a lista de códigos no verso do anexo) e envie os comprovativos desses ganhos para as Finanças, que farão o acerto de contas

eliminar a dupla tributação

Não pague impostos a dobrar ■■Para evitar que pague duas vezes, em dois países diferentes, o mesmo imposto sobre o mesmo rendimento, muitos Estados celebraram entre si acordos que evitam a dupla tributação (ou, pelo menos, reduzem o seu efeito) sobre cidadãos que acumulam rendimentos de mais do que um país. ■■Portugal tem atualmente em vigor 63 convenções assinadas com outros Estados. Pode consultar a lista completa no Portal das Finanças. Entre em www.portaldasfinancas.gov.pt, clique em “Serviços Tributários” e aceda ao menu “Informação Fiscal”, onde encontrará as “Convenções para evitar a dupla tributação”.

■■Para acionar a convenção e beneficiar de eventuais isenções no país estrangeiro, para ser dispensado de retenção na fonte nesse país ou ainda para ver reduzida a taxa aplicada a alguns rendimentos externos, faça prova da sua residência fiscal junto da entidade estrangeira. Apresente um certificado de residência fiscal, que pode ser solicitado em qualquer serviço de Finanças ou obtido no Portal das Finanças (www.portaldasfinancas. gov.pt). Clique em “Serviços Tributários” e identifique--se com o seu número de contribuinte e senha de acesso. Acione o menu “Obter”, selecione “Certidões”, e escolha “Efetuar pedido”, optando por “Residência Fiscal”. Se for residente fiscal no estrangeiro, peça o certificado nesse

país e entregue-o nas Finanças e na entidade pagadora em Portugal. ■■Se não acionou a convenção ou esta não existe para o país onde obteve rendimentos, tem ainda forma de recuperar o imposto pago em excesso. Quando entregar o IRS em Portugal, preenche os quadros 4 e 6 do anexo J, mencionando o montante ganho e o imposto já cobrado. O Fisco faz o acerto de contas. No final, nunca pagará mais do que pagaria se o rendimento tivesse sido exclusivamente obtido em Portugal. Não se esqueça de enviar para o seu serviço de Finanças os documentos comprovativos dos rendimentos obtidos e dos impostos retidos.

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IRS

Emigrantes | Imigrantes | Residentes

estrangeiro, é considerado, para efeitos fiscais, residente no nosso país. Como tal, só terá de entregar a declaração de IRS à Autoridade Tributária nacional se por cá tiver obtido quaisquer rendimentos no ano passado. Deve, nesse caso, informar-se no país estrangeiro onde viveu a maior parte do ano em 2014 sobre os procedimentos recomendados para regularizar a sua situação fiscal e sobre os prazos legais para o fazer. Se tiver obtido rendimentos em Portugal durante o curto período em que cá viveu em

2014, deve também incluir esses montantes na declaração a entregar às Finanças do país estrangeiro. Mesmo que em 2014 não tenha trabalhado em Portugal, mas por cá tenha deixado uma fonte de rendimento (uma casa arrendada, por exemplo), esse ganho é declarado às Finanças em Portugal (no anexo F, para este exemplo) e tributado como não residente. E esse mesmo ganho é também incluído nos rendimentos anuais declarados no país estrangeiro onde é residente fiscal. Mas isso pode aumentar o valor do imposto a

pagar nesse país. Pode nomear um representante para cumprir as suas obrigações fiscais em Portugal. Aliás, é obrigado a fazê-lo se emigrou para um país fora da União Europeia (à exceção da Islândia, Liechtenstein e Noruega). Lembre-se ainda de que todos os rendimentos declarados em Portugal são contabilizados em euros. No caso de ter obtido rendimentos fora da zona euro, a conversão dos montantes deve seguir o câmbio de 31 de dezembro de 2014. ■

Viver em Portugal com vantagens fiscais Mesmo não residindo de forma permanente em Portugal, pode ser vantajoso optar pelo regime dos residentes não habituais. Alguns imigrantes estão mesmo isentos do pagamento de IRS

M

édicos, artistas e quadros superiores de empresas são alguns dos profissionais que, segundo a lei, exercem atividades de elevado valor acrescentado e que podem obter vantagens fiscais ao optar pela tributação como residentes não habituais, ainda que não vivam permanentemente em Portugal. Consulte a lista destas atividades no Portal das Finanças (www.portaldasfinancas. gov.pt) ou nas instruções do anexo L. Pode solicitar a inscrição como residente não habitual qualquer cidadão estrangeiro considerado residente em território português para efeitos fiscais (se em 2014 viveu mais de 183 dias em Portugal), desde que não tenha sido considerado como tal nos cinco anos anteriores. Nesse caso, assinale essa opção no quadro 5A do modelo 3 e preencha o anexo L (ver ilustração na página ao lado). A inscrição como residente não habitual pode ser feita aquando do registo como residente em território português, arrumando

dois assuntos de uma vez só. Pode também fazê-lo depois de já estar inscrito como residente em território português, até 31 de março do ano seguinte. O requerimento deve ser apresentado ao diretor de Serviços de Registo de Contribuintes nas Finanças, na Loja do Cidadão ou por correio (remetido para a Avenida João XXI, n.º 76, 6.º, 1049-065 Lisboa). Ao requerimento deve ainda juntar uma declaração (feita por si) que ateste que nos cinco anos anteriores não preenchia os requisitos para ser considerado residente em território português, ou seja, que não viveu mais de 183 dias por ano em Portugal. Assim

adquire o direito a ser tributado como residente não habitual nos próximos dez anos consecutivos, desde que em cada um desses anos seja considerado residente em território nacional. Se, entretanto, deixar de o ser, pode retomar esse direito em qualquer dos anos remanescentes desse período, desde que volte a cumprir os requisitos para tal. O prazo total de dez anos não pode ser alargado.

Profissões com taxa de 20%

Se tem uma atividade oficialmente considerada de elevado valor acrescentado e se os rendimentos que obteve em território


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Juan Carlos Gomez é professor universitário em Barcelona. Em 2014 ganhou 70 mil euros em Espanha e 15 mil euros em Portugal, onde lecionou.

Quadro 6 do anexo J Declare o rendimento total obtido no estrangeiro, indicando o código do país e o imposto retido

Quadro 4B do anexo L O rendimento de trabalho independente, também declarado no anexo B, é aqui mencionado, indicando a atividade de elevado valor acrescentado exercida

35

eles. Isto desde que lhe tenha sido cobrado imposto noutro Estado com convenção celebrada com Portugal para eliminar a dupla tributação (ver caixa na página 33).

Pensões podem estar isentas

Quem acumula pensões provenientes do estrangeiro neste regime de residentes não habituais pode não pagar imposto em Portugal, desde que estas pensões tenham origem em contribuições e já sejam tributadas no outro Estado, em conformidade com a convenção para eliminar a dupla tributação celebrada com Portugal. Estão igualmente previstas isenções para rendimentos de outras categorias obtidos junto de empresas ou outras entidade estrangeira. Aqui incluem-se os rendimentos de trabalho independente, depósitos bancários (rendimentos de capitais), rendas de casas (rendimentos prediais), vendas de imóveis ou de ações (mais-valias). Em todos estes casos, a isenção é concedida desde que os ganhos tenham sido tributados num Estado que não conste na lista de paraísos fiscais. ■

� Fique a par de prazos de entrega do IRS, Quadro 5 do anexo L Mencione o rendimento obtido no estrangeiro relativo a profissão de elevado valor acrescentado

deduções a apresentar e anexos a incluir no nosso portal

www.deco.proteste.pt/impostos

d&d aconselha

Quadros 6A e 6B do anexo L Como o rendimento é superior a 7 mil euros anuais, Juan escolhe a tributação autónoma no quadro 6A. Não tendo acionado a convenção para eliminar a dupla tributação, o imposto é retido em Espanha de forma tradicional, pelo que Juan tem de optar pelo método de crédito imposto para acerto de contas

nacional são de trabalho por conta de outrem ou independente e superiores a 7 mil euros anuais, opte pela tributação autónoma de 20 por cento. Assinale essa opção no quadro 6 do anexo L. Não optando pela tributação autónoma, a taxa de IRS aplicada pode chegar aos 53 por cento. Já no caso de os seus rendimentos anuais serem inferiores a 7 mil euros, opte pelo englobamento no quadro 6A do anexo L. É-lhe cobrada uma taxa de 14,5 por cento.

Se os seus rendimentos de trabalho por conta de outrem ou independente obtidos em Portugal não se enquadram na lista de atividades de valor acrescentado, será tributado à taxa normal de IRS, que varia entre 14,5% e 53%, consoante o valor dos seus rendimentos anuais. Caso tenha obtido o estatuto de residente não habitual em Portugal, mas os seus rendimentos de trabalho por conta de outrem sejam provenientes de entidade estrangeira, então estará isento de pagar impostos sobre

■■Tenha especial atenção ao preencher a declaração de IRS referente ao ano em que conjuga rendimentos obtidos no estrangeiro e em Portugal. Se não optou pelo regime dos residentes não habituais, os rendimentos obtidos no estrangeiro só devem ser inscritos no anexo J. Nunca os mencione em qualquer outro anexo. ■■Se já fez descontos no estrangeiro sobre os rendimentos lá obtidos, não se esqueça de declarar esse montante. Só assim evita que pague imposto superior ao que pagaria se o rendimento fosse exclusivamente obtido em Portugal. ■■Se um dos elementos do casal permanecer em Portugal enquanto o outro está emigrado, simule previamente a entrega conjunta ou em separado do seu cônjuge para optar pelo cenário mais vantajoso. A nossa ferramenta IRx dá uma ajuda. Descarregue-a gratuitamente no nosso portal. Deco Proteste


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Foi notícia...

L ...EM PORTUGA

Candidato Figo contra Blatter

Depois de ter sido associado à presidência do Sporting e da Federação Portuguesa de Futebol, o Bola de Ouro de 2000 decide, finalmente, candidatar-se a um alto cargo de dirigente desportivo. O português Luís Figo assumiu a candidatura à presidência da FIFA, o seu maior desafio depois de ter deixado o futebol profissional, apesar de já ter sido associado a vários cargos noutras instituições. O mais internacional dos futebolistas portugueses, com 127 jogos de «quinas» ao peito, coloca-se agora como um dos candidatos à presidência do organismo máximo do futebol mundial. Há vários anos responsável pelas relações internacionais do Inter de Milão, clube italiano em que terminou a carreira, Luís Figo foi várias vezes mencionado como possível candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), possibilidade que nunca rejeitou liminarmente. A ambição de Figo, atualmente com 42 anos, era, aparentemente, mais alta, como a candidatura hoje anunciada à FIFA, confirma; ele considera que «o futebol merece melhor» e que «a FIFA tem de voltar a ser uma instituição respeitada e acarinhada em todo o mundo».

Eusébio

imortalizado na Segunda Circular em Lisboa Avenida Eusébio da Silva Ferreira, troço da Segunda Circular que passa em frente ao Estádio da Luz, em Lisboa, foi inaugurada no dia 5 de janeiro em memória do antigo futebolista português um ano após a sua morte.

A

cerimónia, que decorreu no exterior do reduto benfiquista, contou com as presenças de amigos e familiares de Eusébio, bem como várias personalidades ligadas ao clube da Luz. O referido troço da Segunda Circular, junto ao Estádio da Luz, passará a denominar-se Avenida Eusébio da Silva Ferreira e é, a partir de agora, a morada oficial dos «encarnados» e do recinto desportivo.

No dia em que terminou o ano de luto decretado pelo Benfica, Luís Filipe Vieira frisou que a vida de Eusébio «foi inspiradora para milhões de pessoas» e que a inauguração da nova avenida «é uma justa homenagem da cidade de Lisboa a Eusébio, porque foi a sua cidade, a cidade que abraçou e na qual viveu com alegria e ajudou a projetar no mundo». Foto: Manuel de Almeida / LUSA

Ronaldo

O melhor jogador português do século Depois de conquistar a sua 3.ª Bola de Ouro, Cristiano Ronaldo viu a Federação Portuguesa de Futebol anunciar os resultados parciais da sua eleição como melhor jogador português do século. Ronaldo somou 48,34 por cento dos votos, seguido por Eusébio, que arrecadou 47,10 por cento. A completar o pódio, Figo recebeu 4,56 por cento. Os resultados, auditados pela empresa consultora Deloitte, foram obtidos através de votação online, comunicação social, direção da Federação e Comissão Organizadora do Centenário da Federação, cada entidade com 25 por cento.


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Foi notícia...

Banco Nacional Suíço “trama” emigrantes portugueses

47 ...NA SUÍÇA

Suíça elimina taxa de câmbio mínima com o euro, choca bolsas e lança o pânico entre professores e funcionários consulares portugueses que recebem em euros. Conheça o dia em que foi lançado nos mercados o «tsunami» pelo BNS. Por: Luis Pestana

O

Banco Nacional Suíço (BNS) abandonou a ligação entre a moeda do país e o euro. O anúncio chocou os mercados e fez o valor do franco suíço face ao euro disparar para máximos históricos, ao mesmo tempo que desvalorizou a moeda única europeia. O BNS indexou o valor do franco ao euro há três anos, durante a crise da moeda europeia, intervindo no mercado cambial para fixar o valor da moeda única europeia nos 1,20 francos suíços. O objetivo era evitar que o valor da moeda suíça disparasse, prejudicando as exportações do país. Agora BNS aboliu a taxa de câmbio mínima, acabando com essa ligação entre as duas moedas, uma decisão com efeitos imediatos. A mudança chocou os mercados financeiros e fez o franco disparar até 27% face ao euro, nos primeiros minutos da manhã do dia (15 de janeiro) do anúncio. Cerca das 9h50 em Lisboa, a moeda suíça atingiu 0,8517 francos por euro (ultrapassando, pela primeira vez, a paridade com o euro desde a introdução da moeda única em 1999), antes de apagar em parte os ganhos e recuperar a paridade de 1,0 franco por euro. Na quarta-feira, às 23h em Lisboa, a divisa suíça trocava-se a 1,2010 francos por euro. O BNS justificou as decisões tomadas com as disparidades entre as políticas monetárias da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE), que se traduziram num nítido enfraquecimento do euro face ao dólar e, por consequência, numa depreciação do franco suíço

face ao dólar. Recordou ainda que a medida era excecional e temporária e sublinhou que «cumpriu o objetivo de preservar a economia suíça de graves danos». Mas para os analistas pode significar, dada a ligação estreita entre o BNS e o Banco Central Europeu, que o BNS pensa - ou sabe - que o BCE «vai lançar compras de ativos na próxima semana e num montante bem superior ao que é esperado nos mercados», diz Kathleen Brooks, do Forex.com. Professores portugueses na Suíça perdem rendimentos Professores da rede de Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) vão perder mensalmente entre 400 e 500 euros, devido à supressão da taxa de câmbio fixa na Suíça, denuncia hoje em comunicado o Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL). «A vida dos docentes, anteriormente já difícil, vai tornar-se impossível, visto irem sofrer reduções mensais entre 400 e 500 euros (...), pois em média, irão receber pouco mais de 2.000 francos (2 mil euros) mensais líquidos», lê-se no comunicado, assinado pela secretária-geral do SPCL, Teresa Duarte Soares, referindo-se à supressão da taxa cambial fixa. Ainda segundo o SPCL, o câmbio «desfavorável» e os descontos «excessivos» penalizam duplamente os professores. O sindicato salienta que a redução «vai colocar os professores no limiar da pobreza, visto que na Suíça 4.000 francos são

considerados o mínimo para permitir uma vida digna», recordando que um professor de Português no estrangeiro «paga mensalmente em taxas extraordinárias cerca de 1.200 euros». Remessas aumentam graças à valorização do franco suíço Depois da abolição da taxa de câmbio mínima do franco suíço face ao euro, a moeda única já está na paridade quase absoluta. Os portugueses aproveitam para enviar remessas. «É uma verdadeira loucura. Por todo o lado, os portugueses estão a aproveitar o acontecimento para enviar remessas para Portugal. São milhares de euros». Quem o diz é Manuel Beja, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas e do Conselho. «Horas suíças» mais caras Comerciantes já fizeram as contas com a desvalorização do euro para o franco suíço. Marcas japonesas ficam mais competitivas. As contas são tão simples de fazer que Amândio Bento, proprietário da Joalharia Suissa, em Queluz, nem precisa de calculadora. «Cada relógio suíço que hoje custa cem euros vai passar a custar 120. Se custar 500, passa para 600. Estamos a falar de muito dinheiro para o bolso do médio consumidor», diz. Afinal, basta apenas seguir a lógica dos 20% imposta pela desvalorização do euro face ao franco suíço, depois de o Banco Nacional helvético ter abolido a taxa de câmbio mínima que estava em vigor desde setembro de 2011.


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Lusofonia news

Brasil distingue Maestro João Carlos Martins A entrega do prémio decorreu durante o jantar comemorativo do 102.º aniversário da Câmara Portuguesa de Comércio, realizado em São Paulo. Durante a noite foram entregues ao Maestro João Carlos Martins, pelo governo português, as insígnias da Ordem do Infante D. Henrique, no grau de Comendador. A distinção foi entregue pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, que realçou a importância dos cidadãos luso-brasileiros e de se homenagear as manifestações culturais. A Ordem do Infante D. Henrique é uma ordem honorífica portuguesa criada em 1960 − ano em que se assinalaram os 500 anos da morte do Infante D. Henrique − e que visa distinguir a prestação de serviços relevantes a Portugal, tanto no país como no estrangeiro, ou serviços na expansão da cultura portuguesa, da sua História e valores.

Portugueses em dificuldades no Luxemburgo

In Mundo Lusíada (BR) – texto adaptado

Chef açoriano distinguido nos Estados Unidos Pelo 2.º ano consecutivo, o Bem Bom Food Truck foi eleito o «Melhor Carro de Comida» da cidade norte-americana de Orlando, na região centro da Florida. A sondagem é feita anualmente pelo portal Orlando.CityVoter e contou em 2014 com a participação de mais de 17 mil internautas. O Bem Bom Food Truck, do Chef açoriano Francisco Mendonça, venceu naquela categoria entre 27 concorrentes – à semelhança do que também sucedera em 2013. Este ano estiveram em jogo 121 categorias de estabelecimentos com porta aberta ao público na zona metropolitana de Orlando. O Chef Mendonça trocou os Açores pelas Bermudas e, mais tarde, já nos EUA, passou por várias cozinhas de restaurantes franceses no Texas − entre eles o Clair de Lune e o Voltaire, em Dallas. Há cerca de 2 anos resolveu apostar na chamada «comida sobre rodas» e montou o Bem Bom Food Truck, geralmente estacionado na East Colonial Drive de Orlando. In Luso-Americano (USA) – texto adaptado

A taxa de risco de pobreza dos emigrantes aumentou no último ano e é superior à da população em geral. Mais de metade diz ter dificuldades em fazer face às despesas correntes.

O

arcebispo do Luxemburgo, Jean Claude Hollerich, já pediu a intervenção das organizações católicas, através da entrega de cabazes de alimentos, para fazer face ao aumento dos casos de pobreza entre os trabalhadores portugueses no país. Quase um quarto dos emigrantes lusos está abaixo do limiar da pobreza, e o risco de caírem na miséria é muito superior ao da população em geral. «Começa a haver problemas também com quem cá está há vários anos, e que até gozava de uma situação de estabilidade, mas que começou a sofrer com o desemprego ou se vê em dificuldades porque o marido ficou incapacitado ou porque houve um divórcio. As pessoas são resistentes e pensam que a vida vai melhorar, mas sofrem muito, e mesmo assim não querem regressar a Portugal

porque dizem que lá não veem futuro. Já vi aqui pessoas a chorar», contou à agência Lusa Amílcar Monteiro, agente socioeducativo no Serviço de Solidariedade e Integração da Caritas. Segundo o último relatório «Coesão Social e Emprego», realizado pelo Instituto de Estatísticas do Luxemburgo, no ano passado, 22,1 por cento dos trabalhadores portugueses viviam com menos de 1.665 euros por mês, um valor que é considerado o limiar da pobreza tendo em conta que as rendas de casa podem ultrapassar os mil euros. Com rendimentos mais baixos, 59 por cento dos emigrantes dizem ter dificuldades para fazer face às despesas correntes, contra apenas 19 por cento dos luxemburgueses. In Fátima Missionária (PT) – texto adaptado


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Manoel de Oliveira recebe prémio Legião de Honra francesa

Aumenta número de sem-abrigo na Europa A Federação Europeia de Organizações Nacionais que Trabalham com as Pessoas Sem-abrigo (FEANTSA) alertou para o registo de um aumento significativo do fenómeno na maior parte dos países europeus e denuncia a falta de informação comparativa em Portugal.

O

alerta faz parte do mais recente relatório do Observatório Europeu sobre os sem-abrigo, tendo os dados mais recentes sobre a evolução do fenómeno das pessoas sem-abrigo na Europa sido publicado pelo grupo de investigação da FEANTSA. Segundo esta organização, foram encontrados dados «preocupantes» como um «forte aumento» do número de pessoas sem-abrigo na maioria dos países da União Europeia (UE), um aumento «impressionante» quando comparado com o lento aumento dos níveis globais de pobreza medidos pela UE. Esta federação europeia alerta igualmente para o número crescente de jovens que se estão a tornar sem-abrigo, verificando-se, entre eles, uma «alta representação de mulheres».

«Nos países onde há informação disponível, o aumento dos sem-abrigo chegou a ser de dois dígitos (44% na República Checa, 16% na Dinamarca, 50% na França, 21% na Alemanha, 17% na Holanda e 29% na Suécia) nos últimos anos», denuncia a FEANTSA. Para a organização isto deveria originar uma reação política através de uma estratégia mais ambiciosa com base no conhecimento do que é uma pessoa sem-abrigo, já que este fenómeno tem dinâmicas próprias e precisa de medidas especificas de combate. De acordo com a FEANTSA, o número de sem-abrigo aumentou em todos os países da Europa com exceção da Finlândia, onde têm sido tomadas medidas de combate ao fenómeno. In Portugal Post (DE) – texto adaptado

O realizador Manoel de Oliveira foi distinguido com a Legião de Honra francesa por uma carreira que o embaixador francês em Portugal, Jean-François Blarel, descreveu como «fora do comum», marcada por laços de amizade com aquele país. Numa cerimónia que decorreu no Museu de Serralves, no Porto, o embaixador francês salientou as ligações francófonas de Manoel de Oliveira, mostrando «orgulho por parte da obra ter sido realizada em França» e em francês, lembrando as diversas distinções que o realizador português já recebeu ao longo da carreira, desde o prémio Robert Bresson à Palma de Ouro pela carreira, em Cannes. In Portugal Post (DE) – texto adaptado

Alunos usam curso de Estudos Portugueses no Ontário O curso de estudos portugueses na Universidade de York, em Toronto, está a servir para as novas gerações de luso-descendentes recuperarem os seus laços com as tradições portuguesas. «Temos muitos alunos que não falavam português mas que foram criados pelos avós ou tiveram contatos com eles, que se lembram das cantigas que estes lhes ensinavam e agora querem regressar às suas origens», afirmou Maria João Dodman. Segundo Maria João Dodman, o curso tem também atraído alunos de outras origens. «Há algum interesse dos nossos alunos que querem viajar e trabalhar no mundo lusófono. Muitos dos alunos das disciplinas de administração e de negócios, por exemplo, pretendem dominar o português com a finalidade de, no futuro, estabelecer ligações com o Brasil e com a África lusófona – Angola, por exemplo», explicou eta responsável. In Lusopresse (CA) – texto adaptado


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Com a EASY JET Alemanha e Luxemburgo ficam mais perto

Turismo de saúde português à conquista do reino unido Uma missão empresarial portuguesa representativa do setor da saúde e bem-estar esteve no Reino Unido para apresentar a oferta turística portuguesa nesta área, que um estudo aponta poder render 400 milhões de euros anuais.

A

iniciativa insere-se no projeto da Associação Empresarial de Portugal (AEP) Healthy’n Portugal, que tem vindo a ser executado com o apoio do Health Cluster Portugal para «potenciar a capacidade instalada do país nas áreas médica, hospitalar e hoteleira» nos mercados internacionais, adiantou o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida. Segundo explicou, o grande objetivo do projeto é «dotar a cadeia de valor de uma orientação estratégica que reforce a atratividade de Portugal tanto no turismo de bem-estar como no turismo médico» e «rentabilize a qualidade dos profissionais e serviços de saúde» portugueses. A qualidade e diversidade da oferta, as competências dos profissionais de saúde, o nível dos serviços prestados nas instituições de referência do país, a relação custo/benefício dos atos médicos praticados, o parque

hoteleiro e a predisposição dos pacientes de grande parte dos países do Norte e Centro da Europa são, para o dirigente associativo, «argumentos que Portugal tem de rentabilizar a seu favor no mercado global». Segundo um estudo recente das consultoras Neoturis e Accenture, a captação de turistas estrangeiros para tratamentos de saúde ou programas de bem-estar pode render a Portugal cerca de 400 milhões de euros anuais. O estudo aponta sete mercados-alvo para o setor português de saúde − Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Holanda, Suécia e Áustria − e realça a competitividade da oferta portuguesa em matéria de cirurgia às cataratas, angioplastia coronária, artroplastia da anca, colecistectomia, hérnia inguinal e femoral, artroplastia do joelho e prostatectomia. In As Notícias (UK) − texto adaptado

A companhia aérea low-cost EasyJet vai abrir duas novas rotas a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, para o Luxemburgo e Estugarda (Alemanha), a partir de junho deste ano. A segunda base operacional da companhia aérea em Portugal, no Porto, tem abertura prevista para março de 2015, podendo os passageiros reservar as suas viagens para o Luxemburgo e Estugarda a partir de junho, passando para 12 o número de rotas a partir daquela cidade. A ligação Porto-Luxemburgo será feita três vezes por semana, às terças, quintas-feiras e domingos, com tarifa a partir de 25,49 euros, enquanto a rota Porto-Estugarda terá duas frequências semanais, às segundas e sextas-feiras, com tarifa a partir de 34,49 euros. In Portugal Post (DE) – texto adaptado

Porto escolhe Alemanha como país temático em 2015 A Casa da Música, no Porto, escolheu a Alemanha com país temático de 2015, no ano em que se assinalam os seus 10 anos de existência, com o regresso de Pedro Burmester agora como artista residente. A programação, para além do compositor em residência, que vai ser o alemão Helmut Lachenmann, vai contar com a integral dos concertos para piano de Beethoven «entregue às mãos de Pedro Burmester». A agenda deste ano na instituição portuense inclui ainda nomes como os do artista de jazz Brad Mehldau (a solo), o octeto de Steve Lehman, o quarteto de Al Di Meola, os Tangerine Dream, no Nos Club, para além de Anthony Braxton, Ute Lemper e DJ Jeff Mills, entre muitos outros. In Portugal Post (DE) – texto adaptado


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Lusofonia news

OBJETIVO É A PROMOÇÃO DA SAÚDE NO PLANETA

TERRA , É O NOVO TRABALHO DO ESCRITOR PORTUGUÊS

Big Bang da Saúde Daniel Bastos apresenta e Desafio do 3.º Milénio novo livro em Paris

Fundação Fernando Pádua une esforços com Rotary Internacional

A Fundação Professor Fernando de Pádua (Para a Promoção da Saúde e Melhor Qualidade de Vida) fez uma parceria com o Rotary International (através dos ex-Governadores do Rotary de Portugal Luís Miguel Duarte e António Goes Madeira) no sentido de se conseguir um Big Bang na promoção da saúde no planeta: o Desafio do 3.º Milénio. O movimento Rotary International (com 1,2 milhões de amigos e líderes comunitários) procura, desde 1905, criar mudanças positivas e duradouras nas comunidades de 204 países no mundo através de mais de 34.000 clubes rotários. A diversidade de profissões, culturas e nacionalidades unifica-se na paixão em servir os outros, ajudando, por exemplo, na erradicação da doença da Pólio, que em breve desaparecerá depois de vacinadas mais de 1,2 biliões de crianças. Em conjunto com a Fundação Professor Fernando de Pádua está a lançar-se no movimento rotário um grupo de companheirismo que, através dos 34.000 clubes, levará a mensagem de prevenção das doenças não transmissíveis pela alteração dos comportamentos. O Meu Livrinho do Coração foi a primeira parceria para, através das crianças, sensibilizar os adultos nos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento da importância da prevenção das doenças não transmissíveis: cancro; diabetes; doenças cardíacas e outras. Trabalha-se agora na versão de baixo custo desse livro para passar a mensagem em todos os países africanos de expressão portuguesa. Para os rotários portugueses e para a Fundação Fernando Pádua é o Desafio do Milénio: o Big Bang para um mundo saudável.

Daniel Bastos, escritor e historiador minhoto

Daniel Bastos apresentou, em Paris, no espaço cultural Lusofolie’s, situado no chamado «viaduto das artes» (57 Avenue Daumesnil), o seu novo livro Terra. Com chancela da Editora Converso, é uma edição bilingue (Português e Francês) com tradução do docente Paulo Teixeira e marca a estreia do autor no campo da poesia. Tem ilustrações originais do artista plástico português Orlando Pompeu, cuja obra consta em várias coleções particulares e oficiais em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Brasil, Estados Unidos, Japão e Dubai, e prefácio do fotógrafo, poeta e pintor francês Gérald Bloncourt. O livro integra um conjunto de poemas onde o escritor, natural do concelho de Fafe, que se tem destacado nos últimos anos no campo da História, expressa, simultaneamente, um sentimento telúrico marcado pelo apego à terra, um conhecimento da história da humanidade, uma «crença nos valores da vida em comunidade e um afeto pelo trabalho dos emigrantes na construção de pontes entre povos e culturas». Refira-se que este é o quarto ano consecutivo em que Daniel Bastos apresenta, junto da comunidade portuguesa em França, uma obra de sua autoria, o que revela o papel importante que as comunidades lusófonas, espalhadas pelos quatro cantos do mundo, têm desempenhado no percurso literário do escritor e historiador minhoto.

Português descobre novo sistema solar O astrofísico Tiago Campante coordenou, na Universidade de Birmingham, no Reino Unido, o estudo que conduziu à descoberta. Um grupo internacional de astrofísicos, que foi liderado pelo investigador português Tiago Campante, da Universidade de

Birmingham, no Reino Unido, descobriu um sistema solar que tem nada menos do que cinco planetas idênticos à Terra, e que se formou numa fase ainda jovem do universo, há cerca de 11,2 mil milhões de anos - pelas contas dos astrofísicos, o universo formou-se há 13,8 mil milhões de anos.


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Saúde e bem-estar

Hipertensão: conversa entre médico e paciente

Eu costumo comparar a viagem da nossa vida à do Titanic, aquele navio em que quase todos os passageiros morreram afogados por ter abalroado, de raspão, um grande iceberg que o afundou. Claro que poderiam ter evitado a tragédia, se tivessem adivinhado ou sabido que o iceberg estava no caminho e tivessem voltado para trás. Mas não acha que, em vez de uma reviravolta de 180 graus e desistirem da viagem bastaria terem desviado a rota 5 ou 10 graus? Ao desviarem um pouco a trajetória passavam perto, tiravam fotografias e continuavam a viagem sossegados! Eu estou a ensinar-lhe como ultrapassar várias situações que lhe podem surgir no seu percurso! O que lhe peço, ou aconselho, é que faça uma ligeira mudança de rumo de 5 ou 10 graus para o lado bom! É um pequeno esforço! E, uma vez iniciada essa nova direção, saiba manter-se no bom caminho para que a viagem da sua vida prossiga sem sobressaltos deste tipo, até aos 100 ou 120 anos, vivo, ativo, alegre e saudável. Quer que lhe faça uma lista das coisas que deve fazer, para si e para mostrar aos filhos, netos, irmãos e sobrinhos, e até aos seus pais, tios, primos e todos os amigos? Pense em cada um dos riscos de que falámos e analise, sozinho, se acha que é possível corrigir alguns, se quer ou não modificá-los, nem que seja devagarinho, mas com persistência, da forma que agora já sabe ser a mais aconselhável. Relendo esta lista, talvez perceba melhor como pode ser fácil, para si (na viagem da sua vida), escolher a rota, controlar a velocidade, não fazer falsas manobras, vigiar a pressão (como se fosse dos pneus…) e usar o carburante e o óleo aconselháveis para o seu motor. Há de

(Parte 2)

Prof. Fernando de Pádua Médico cardiologista e Professor universitário professor@fpfpadua.pt

CONCLUIMOS A CONVERSA ENTRE O PROF. FERNANDO DE PÁDUA E UM PACIENTE SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL (HTA), CUJA 1.ª PARTE FOI PUBLICADA NO NÚMERO ANTERIOR

concordar que até teria sido muito mais fácil se tudo isto lhe tivesse sido ensinado desde pequenino, explicando os porquês (1).

Dito assim até parece fácil, e decerto é, se todos entenderem que é normal, desejável e acessível. A falta de informação, um mau ambiente e uma má hereditariedade (e, por vezes, até um desejo, aliás, compreensível mas errado, de arriscar) podem colocá-lo no caminho de um iceberg. Há tanta, tanta coisa simples e boa que podemos fazer por nós, pela nossa saúde e pela dos outros… sobretudo pelos que mais amamos e/ou de nós dependem. Paciente (P) - Senhor Doutor, já compreendi, tenho a tensão elevada mas ainda não tem bem a certeza sobre a importância ou real existência da minha HTA. Então, o que hei de fazer? M – Olhe, se concordar, e na dúvida, apesar de o ECG estar normal, eu faria assim: 1 – Arranjava um aparelho de medir a tensão (um esfigmomanómetro), ou pedia ajuda na farmácia, e habituava-me a medir a tensão uma vez por semana (no inicio e no fim do dia, se for possível) anotando os valores para mostrar ao seu médico; e, depois, com a ajuda dele, se a tensão se mantiver elevada, reconhecer por si o efeito dos tratamentos que venha a fazer e até, eventualmente, alterar as doses para mais ou para menos, conforme ele o for recomendando, explicado por quem de direito (automedicação supervisionada!). 2 – Veja também o seu peso e avalie o IMC

Exemplos

Aconselhável

Tensão arterial

10 a 12

sistólica

(13 é já pré-hipertensão)

Desaconselhável 14 ou mais > 200

Colesterol Total HDL LDL Triglicéridos

≤195 H≥ 40 / M > 45 ≤100 <100

H < 40 / M < 45 >115 >100

Médico (M) - Sabe porque lhe estou a dar tantas informações? É para que faça uso delas, mesmo que cheguemos à conclusão de que realmente ainda não tem HTA. Estou a falar-lhe de opções, atitudes e comportamentos saudáveis para os hipertensos, mas também para os diabéticos, para os gordos ou hipercolesterolémicos e igualmente para todas as pessoas que são saudáveis e assim se querem manter, evitando o aparecimento de uma doença tão generalizada e perigosa como é a HTA, sobretudo se têm na família pessoas precocemente doentes do coração ou com AVC, como me disse ser o seu caso.

Glicémia HbA1c

100 – 125 4 a 6,9

≥ 126 > 7

Peso (adulto)

IMC 18 a 25

< 18 ou > 25

Atividade física diária

30 a 60 min diários (mesmo que fracionados, em passeios a pé ou atividades desportivas)

Tabaco

Nem começar! (tolerância zero)

Sedentário (< 20 min./dia) Fumador (ativo ou passivo) > 3 dl vinho

Álcool

Moderação < 3 dl/dia (Beber só ocasionalmente, e não em trabalho)

> 2 cervejas ou > 1 cálice

Drogas

Também tolerância zero

Acima de zero


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Saúde e bem-estar

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ou uso continuado da pílula (nas jovens); abuso de sal «escondido» nos alimentos comercializados ou outro composto de sódio (bicarbonato, por exemplo); ou ainda outras, como causas endócrinas (6) ou renais (7). Para completar a informação, e para que sinta que vale mesmo a pena descobrir e tratar a HTA, ofereço-lhe uma lista das principais complicações da hipertensão arterial não reconhecida ou mal tratada – porque se desleixou a tratar de si próprio ou pensou (e atuou) erradamente: «Para quê tanta coisa? Eu não sinto nada!...»

(Índice de Massa Corporal) e a cintura, uma vez por mês, isto se precisar de emagrecer. 3 – Faça um Registo Ambulatório da Pressão Arterial (RAPA, o mesmo que MAPA – Medição Ambulatória da Pressão Arterial), essencial no diagnóstico e na terapêutica, para evitar tratamentos e receios escusados (como, por exemplo, o diagnóstico de HTA em pessoas que só têm subidas ocasionais da tensão em resposta a emoções, como é o caso da hipertensão da bata branca). E também para reconhecer a realidade ou a menor correção das medições que estiver a fazer em casa (ajudando assim a um ótimo controlo), e obter o retrato fiel do seu dia e noite (com subida matinal e descida noturna) quanto à tensão arterial (2) ou subida, se tiver apneia do sono! 4 – Faça um Ecocardiograma para reconhecer outra possível repercussão da pressão arterial sobre o coração, como sejam os sinais de hipertrofia ou dilatação do ventrículo esquerdo (tal como procurámos no ECG) ou de dilatação da aurícula esquerda. 5 – Faça uma Radiografia do tórax (pelo menos uma microradiografia) para diagnóstico e para ficar com uma imagem do seu coração e dos pulmões, para posterior comparação em anos seguintes. 6 – Faça as análises já citadas: colesterol (LDL, HDL e colesterol total), trigliceridos, glicemia em jejum e hemoglobina glicosilada, análises de ácido úrico, ionograma, ureia e creatinina no sangue, e ainda sódio e microalbuminuria na urina de 24 horas (que mais tarde repetirá se quiser avaliar a redução conseguida no sódio ingerido com a sua alimentação, e que tanta importância tem na maior ou menor dificuldade em obter bons resultados na terapêuti-

ca - quanto menos sódio ingerir mais fácil é baixar a pressão arterial). 7 – Aceite o conselho do seu médico se ele lhe pedir para fazer um exame oftalmológico e neurológico. E depois… como cada doente é um doente, e nós queremos tratar a sua doença e não a de qualquer outro doente, decidir o que fazer, aplicado a si, de acordo e em concordância com o seu médico de família. A terapêutica, preventiva e/ou curativa, deverá assentar sobre um tripé (3): 1 – Alimentação: atenção à redução do sal, gorduras, doçuras e total de calorias; pouco álcool e zero de tabaco, e… mais vegetais, fruta, leite e peixe! Controle o peso, o IMC e a cintura. 2 – Passeio a pé diário e outros tipos de atividade física. 3 – Medicação que pode exigir um, dois, às vezes três medicamentos hipotensores (eventualmente juntos, numa pílula única, o que ajuda a não os esquecer), e também, se necessário, um diurético (4). Obedeça ao esquema escolhido para si, pelo seu médico (5), ajudando-o a ele (e a si próprio) com o rigor em seguir as prescrições, avaliar os resultados e não parar quando estiver a ter sucesso (tudo pode voltar para trás!). Se a equipa está a ganhar, mantenha-se fiel a ela! Não mude nem pare! O seu médico saberá vigiá-lo, orientá-lo, fazer os controlos e ajudar a evitar as complicações, reexaminando e aconselhando alterações sempre que necessário. Em caso de resistência à terapêutica, ele terá de procurar razões ou causas ocultas como, por exemplo, coartação da aorta (nos jovens)

LISTA DAS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL DESCONHECIDA OU MAL TRATADA (8) - Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Acidente Isquémico Transitório (AIT). - Angina de peito, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca ou morte súbita. - Insuficiência vascular periférica ou dilatações aneurismáticas (nas carótidas, aorta, artérias mesentéricas ou renais, artérias dos membros inferiores, etc.) - Insuficiência renal e uremia. ATENÇÃO À TENSÃO PARE DE FUMAR… E VÁ PASSEAR! Nota: Enviem os vossos comentários e ponham as vossas dúvidas ao Prof. Fernando de Pádua através do seguinte e-mail: professor@fpfpadua.pt (1) «Cuidar dos Sub-20 para chegar aos 120, vivos, ativos, alegres e saudáveis». Acreditem nos Sub-20 – jovens até aos 19 anos – dando-lhes o conhecimento e ajudando-os com explicações (e ouvindo-os sobre os problemas e as decisões) para que possam escolher, informados atempadamente, o que querem fazer da sua própria vida e da manutenção da sua saúde. E cuidem de vós antes de os conceberem! (2) Impressionante: um meu doente (NC, com 72 anos) com tensões sistólicas controladas entre 12 e 14 centímetros ao longo do dia, e 10 a meio da noite, revelou no gráfico do RAPA uma subida progressiva até 20 cm, no fim do dia baixou um pouco para 16, subiu de novo para 20, até que ao fim de 2 horas retornou os 13. Ao afirmar ter ficado em casa desde o almoço, o filho lembrou-me que o pai, «fundamentalista» do futebol, vira o jogo do seu clube! Verificando as horas no registo foi «matemático»: a partir do começo do jogo, em que o seu clube perdeu por 5 a 0, a tensão subiu até 20, baixou para 16 no intervalo e voltou a subir de novo na 2.ª parte. Só voltou a registar 13 depois de o jogo ter acabado! (Que teria acontecido se estivesse sentado numa bancada do estádio?). (3) Se faltar um «pé» é mais difícil aguentar-se e qualquer tratamento será menos correto. (4) Os diuréticos são natriuréticos, isto é, forçam a eliminação do sódio (natrium). (5) Que saberá avaliar os riscos da sua HTA em conjunto com os outros fatores de risco presentes ou ausentes, modificáveis (tabaco, colesterol ou glicemia) ou não (sexo e idade). (6) Doença de Cushing, hiperaldosteronismo, feocromocitoma, hipertiroidismo. (7) Rins poliquísticos, glomerulonefrite ou pielonefrite, ou mesmo estenose de uma artéria renal (além de malformada, nos jovens, pode ser também devida a obstrução arteriosclerótica, nos idosos). (8) Se já é cuidadoso consigo próprio e aprendeu a prevenir a HTA, ou já está a tratá-la bem, não precisa desta lista.


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Saúde e bem-estar

Telma Ferreira Fisioterapeuta telmaferreira20@hotmail.com

alongamentos Até no trabalho podemos fazer

Os alongamentos são exercícios que aumentam a flexibilidade, promovem o estiramento das fibras musculares e, consequentemente, uma maior agilidade e elasticidade: são fundamentais para o bom funcionamento do corpo humano. Apesar das vidas agitadas de hoje, em que dedicamos grande parte do nosso dia ao trabalho, tal não implica que não possamos cuidar da nossa saúde. Quando o nosso corpo está sujeito à mesma tensão horas a fio daí podem resultar dores de cabeça, indisposição, irritação e até problemas crónicos como as tendinites. Durante um dia de trabalho podemos fazer simples alongamentos mesmo estando sentados numa cadeira, os quais nos ajudam a amenizar as dores na coluna e nas articulações. Os exercícios que promovem o alongamento deveriam ser executados em cada duas horas de trabalho, ou sempre que cada um sinta necessidade de o fazer, uma vez que relaxam o corpo e a mente e tornam o dia mais agradável e produtivo.

Quando executados de maneira adequada produzem os seguintes benefícios: • Reduzem as tensões musculares; • Relaxam o corpo; • Proporcionam uma maior consciência corporal; • Deixam os movimentos mais soltos e leves; • Previnem as lesões; • Preparam o corpo para uma atividade física; • Ativam a circulação.

EXTENSÃO DOS BRAÇOS (Mova os braços para cima e para baixo)

ABDUÇÃO E ROTAÇÃO EXTERNA DAS COXAS (Cruze cada uma das pernas e ponha o respetivo pé no joelho contralateral)

FLEXÃO DOS DEDOS (Abra e feche as mãos)

ADUÇÃO E FLEXÃO DA COXA (Apoie o pé no joelho contralateral e puxe a perna para si)

Sendo assim, procure executar os seguintes exercícios e tenha cuidado com as posturas corporais: • Procure manter-se ao longo do dia numa posição confortável, relaxando os músculos; • Permaneça em cada posição cerca de 20 segundos; • Respire de forma lenta e controlada.

ROTAÇÃO DO TRONCO E DO PESCOÇO (Faça-o para ambos os lados)

FLEXÃO E EXTENSÃO DO TORNOZELO (Faça movimentos com o tornozelo nas amplitudes possíveis)

FLEXÃO DAS PERNAS E EXTENSÃO DAS COXAS (Execute os movimentos com uma perna e depois com a outra)

FLEXÃO DO TRONCO (Incline-se para a frente e leve as mãos ao chão)


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Medicina natural

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Bases terapêuticas da

zidos, libertam, praticamente, quantidades de todas as citosinas.

Salette Rodrigues Naturopata / Osteopata saletterodrigues2013@gmail.com

O

ozono tem um efeito oxidante direto, sendo por isso destrutivo das membranas celulares de todos os organismos vivos, incluindo vírus, fungos e esporos. Através do mecanismo descrito anteriormente exerce uma potente ação bactericida, sendo mesmo um dos mais potentes e seletivos que há na natureza. Para que o ozono tenha uma ação efetiva e não seja nocivo para o organismo é imprescindível o seu conhecimento e o manejamento controlado das concentrações e doses. Se for utilizada corretamente, a ozonoterapia, por si só, e como auxiliar de outras terapias, é eficaz em diversas doenças, algumas vezes mesmo com resultados surpreendentes. Por exemplo, no seguinte: no metabolismo do oxigénio; no stresse oxidativo; como imuno-modelador, podendo ser aplicado em diferentes doenças imunológicas e em doenças autoimunes. A ação imunológica do ozono sobre o sangue exerce-se, fundamentalmente, sobre os linfócitos T e sobre os monócitos, os quais, uma vez indu-

A ação do ozono sobre a síntese de autacóides A palavra autacóide vem do grego auto + akos, significando alívio, remédio, medicamento, que são gerados pelo organismo em resposta a agressões localizadas com a missão de restabelecer o equilíbrio, isto é, são remédios endógenos. Os autacóides são sintetizados por determinados grupos de células e a sua função é alterar localmente outras células. Os autacóides, o sistema nervoso interno e as hormonas encarregam-se da regulação visceral do organismo. Os autacóides mais conhecidos são os seguintes: a histamina; a serotonina; as bradiquininas; o fator ativador das plaquetas; as prostaglandinas; a prostaciclina; os leucotrienos e o tromboxano. Em doentes com patologias como a asma, a retinose pigmentar, a atrofia do nervo ótico, o glaucoma e a demência senil, a relação entre a prostaciclina e o tromboxano encontra-se otimizada. Esta otimização reforça o efeito vasodilatador do ozono. O ozono como regulador metabólico Estudos realizados em vários países comprovam a ação reguladora do ozono no colesterol, triglicéridos, creatinina, ácido úrico, glicemia, etc., que haviam sido normalizados no final dos ciclos de tratamento, tendo os que possuíam valores normais mantido os mesmos níveis. O efeito germicida do ozono O ozono é o melhor germicida natural que se conhece. O seu amplo espectro, não só em relação às bactérias como aos vírus,

fungos, esporos e alguns insetos tornou-o, de igual forma, um potabilizador de água para consumo humano. Precisamente esta capacidade germicida, juntamente com o poder de cicatrização e de regeneração dos tecidos, converteram-no num excelente tratamento de feridas durante a I Guerra Mundial. Algumas indicações terapêuticas: Traumatologia − artroses, lombalgias, tendinites, osteonecroses, osteomielites, osteítes, hérnia discal, síndrome de túnel cárpico; Reumatologia − artroses, reumatismo, artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilite anquilosante; Doenças autoimunes − fibromialgia, síndrome de fadiga crónica; Cardiologia − cardiopatia isquémica, angina cardíaca; Neurologia − Alzheimer, Parkinson, AVC, esclerose múltipla; Pneumologia − asma, bronquite aguda/crónica, alergias diversas; Oncologia – cancro (tratamento preventivo e coadjuvante da quimioterapia e da radioterapia); Dermatologia − queimaduras, herpes, acne, psoríase, dermatite atópica; Doenças vasculares − feridas crónicas, pé de diabético, insuficiência venosa crónica, varizes; Medicina desportiva − lesões desportivas, recuperação de atletas; Ginecologia − vulvovaginite crónica, herpes genital; Estética − celulite, antienvelhecimento; Outras: doença de Crohn, hepatite aguda/ crónica, cirrose hepática, glaucoma, retinopatias, amigdalites crónicas, enxaquecas, cefaleias, ansiedade, depressão.


O tempo 58

De saltos altos

Bastet Figueiredo Cabeleireira ultrafeminina.PT

E

screvo de Portugal para um país distante, não tão distante que o meu sentimento não vos consiga aconchegar através destas minhas palavras; porém, não tão perto que os nossos olhares se possam cruzar para vo-las dizer, quase no segredo de uma certa intimidade: afinal, falamos de coisas de mulheres… Começo estas nossas conversas com a eterna façanha do tempo, não estivessem vós naquela que muitos consideram ser a «Meca» dos amantes da relojoaria (e dos chocolates, se me permitem), naquela onde se diz serem fabricados os melhores relógios do mundo: a Suíça. O tempo, bandido inconsequente que para as mulheres é, e sempre foi, um autêntico carrasco, faz-me pensar para vos deixar uma nova abordagem sobre a passagem do mesmo. Queridas amigas, há uma verdade absoluta, o tempo para nós, mulheres, não se desenrola da mesma forma que para os homens. O tempo torna-nos mais velhas, o tempo que passou sem que notássemos rouba-nos a oportunidade de fazer coisas que nos frustram profundamente, o tempo de que não cuidamos ou abdicamos de nós, o tempo… nunca está do nosso lado! Porém, o tempo dá-nos a sublime oportunidade de olhar para trás e pensar no que fomos e no que fizemos, e, se pararmos para simplesmente escutar o tic-tac que trazemos agarrado ao pulso, iremos, finalmente,

compreender que ele é bem mais pacífico e silencioso do que o frenesim das nossas vidas; e que se nos deixarmos embalar saberemos, exatamente, em que ponto estamos nas nossas vidas, e só deste modo poderemos planificar e visualizar o imenso tempo que temos pela frente e o que queremos, devemos, podemos e iremos fazer com ele. É um exercício simples, se tiverem em conta esta aliteração que vos deixei, exatamente por esta ordem. Sabem, pensando bem, o tempo poderá não ser o carrasco mas sim o bode expiatório das apoteoses que existem na cabeça de todos os seres femininos. Desejamos demais,

«Sabem, pensando bem, o tempo poderá não ser o carrasco, mas sim o bode expiatório das apoteoses que existem na cabeça de todo o ser feminino. Desejamos demais, exigimos demais e tudo porque é da nossa natureza esta complexidade de desejos, sentimentos e paixões…» exigimos demais, e tudo porque é da nossa natureza esta complexidade de desejos, sentimentos e paixões… Por isso, caras amigas, enverguem nos vossos pulsos a engenharia de uma vida, de cada minuto suado, frustrado, apaixonado ou chorado em que se tornaram mulheres, certamente mais velhas mas também mais capazes, mais fortes, mais charmosas e mais decididas. Quanto à dicotomia do tempo… não há nada que um bom chocolate não faça por uma mulher! Até à próxima. Bem-hajam!


Março

2015

59

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HORÁRIO DE ATENDIMENTO: SEGUNDA A SEXTA: DAS 17:00H ÀS 20:00H SÁBADO: DAS 09:00H ÀS 17:00H DOMINGO: DAS 09:00H ÀS 12:00H

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Escrever e falar, sem erros dar

A representação das horas e o «de modo que»... Luciana Graça Professora de Português, Latim e Grego

Os casos a seguir apresentados foram retirados do documento «Nota informativa – Concurso anual com vista ao suprimento das necessidades transitórias de pessoal docente, para o ano escolar de 2011-2012» (sítio da «Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação» - Ministério da Educação», 2011-04-26). Em análise, teremos hoje a representação das horas e o «de modo a que»… Vamos então ver melhor como deveremos escrever? E os votos de sempre mantêm-se, claro: uma excelente semana!

Casos • «As aplicações informáticas das diferentes etapas […] são disponibilizadas no primeiro dia do prazo fixado, às 10:00 horas, e encerram no último dia do prazo, às 18:00 horas […].»; • «Os docentes das Regiões Autónomas contratados nas escolas da rede pública devem identificar-se como “Contratados” de modo a que a sua candidatura seja validada pela DGRHE.».

Comentário • representação de horas: i) a unidade de tempo «hora» é representada por um símbolo, que é a letra minúscula «h», que nunca tem ponto final nem plural, sendo grafado sem qualquer espaço, ou seja,

surge aglutinado ao respetivo valor; além disso, na representação das horas, não devemos utilizar os dois pontos, prática da língua inglesa; ii) para representar uma hora certa, aconselha-se a escrita de «hora(s)», por extenso, após deixar um espaço entre os dígitos (exemplo: «8 horas»); iii) logo, no exemplo acima apresentado, devemos preferir a forma «10 horas», ainda que seja também muito habitual a opção «10h»; • «de modo que»: i) as orações subordinadas consecutivas, que indicam uma consequência do que é enunciado na oração subordinante (principal), são introduzidas por conjunções subordinativas consecutivas – que devem ser sempre, aliás, precedidas de vírgula; ii) em relação às conjunções subordinativas consecutivas, a) se o verbo da oração subordinada consecutiva estiver num modo finito (geralmente, o

conjuntivo), podemos usar, nomeadamente, as expressões «de (tal) modo que…», «de (tal) forma que…», «por (tal) forma que…», «de (tal) maneira que…»; porém, nestes casos, não se usa a preposição «a» antes do «que»; b) se for utilizado um verbo no modo infinitivo, podemos usar as expressões «de modo a», «de forma a…», «por forma a…», «de maneira a…»; iii) logo, no caso acima apresentado, a forma correta é a construção «de modo que a sua candidatura seja validada», precedida de vírgula.

Em síntese 10:00 horas, 18:00 horas 10 horas, 18 horas de modo a que de modo que



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Recanto do lazer

Anedotas

dos bípedes palmípedes mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando os meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo, mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada. O ladrão, confuso, pergunta-lhe: − Doutor, não percebi, afinal, levo ou deixo os patos?

Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos. − Prego signori, parlate italiano? Nada por parte dos alentejanos. − Hablan ustedes español? Nenhuma resposta. − Please, do you speak English? Silêncio. Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora. Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz: − Compadre, e se a gente fosse aprender uma língua estrangeira? Ao que o outro responde: − Para quê, compadre? Aquele gajo sabia cinco e adiantou-lhe alguma coisa? OS PROBLEMAS DE TER 3 FILHOS O mais velho vai ter com o pai e diz-lhe: − Pai, eu queria que me comprasse um carro. Na faculdade

A LEI DO MENOR ESFORÇO Dois alentejanos estavam deitados debaixo de uma figueira de barriga para o ar. Um deles, estando de boca aberta, cai-lhe um figo na boca e fica sem se mexer. O outro pergunta-lhe: − Atão compadre, porque é que não come o figo? Ao que ele responde: − Atão compadre, estou à espera que caia outro para empurrar este para baixo.

COMUNICAÇÃO ENTRE MARIDO E MULHER Marido e mulher não se falavam havia 15 dias. Entretanto, o homem lembra-se que no dia seguinte teria uma reunião muito cedo no escritório e, como precisava de se levantar cedo, resolveu pedir à mulher para o acordar. Mas para não dar o braço a torcer, em vez de falar com ela, escreve num papel: «Amanhã acorda-me às 06h00 da manhã, por favor». No outro dia levanta-se e olha para o relógio, eram já 09h30. Tem então um ataque de pânico e pensa: «Esta sujeitinha não me acordou. Mas que safada.» Nisto, olha para a mesa de cabeceira e repara num papel no qual está escrito: «São seis horas, levanta-te!» Conclusão: Não deixe de falar com as mulheres, elas ganham sempre.

COMO CONFUNDIR UM PILHA-GALINHAS Conta-se que o poeta Bocage, ao chegar um certo dia a casa, ouviu um barulho estranho vindo do quintal. Ao tentar saber o que se passava, encontrou um ladrão que lhe levava os patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os patos dentro de um saco e dispara-lhe em voz alta o seguinte: − Ó bucéfalo anacrónico! Não te interpelo pelo valor intrínseco

APRENDER LÍNGUAS NEM SEMPRE VALE A PENA Um alemão para o carro numa estrada do Alentejo onde estavam, sentados numa pedra, dois alentejanos à conversa e pede-lhes informações sobre o percurso: − Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen? Os dois alentejanos ficaram mudos. Tenta de novo: − Excusez-moi, parlez vous français?

Investigações científicas demonstraram que o humor e o riso são excelentes para a saúde. Rir entre 10 e 20 minutos por dia reforça o sistema imunitário e elimina o stresse.

Enviem as vossas anedotas e vamos todos rir! info@lusitaniacontact.com

Sudoku

sou o único que não tenho. − Só quando eu acabar de pagar o trator, respondeu-lhe o pai. O do meio, que já andava com a ideia na cabeça há muito tempo, vai ter com o pai e pede-lhe: − Pai, queria que me comprasse uma moto. − Só quando eu acabar de pagar o trator, repetiu. O pequenito, depois de receber a ficha de avaliação da escola primária com bons resultados, vai ter com o pai e repete o pedido dos outros dois irmãos. − Pai, compre-me uma bicicleta! − Só quando eu acabar de pagar o trator, repetiu pela segunda vez o pai. O miúdo vai para quintal amuado e, ao ver o galo em cima da galinha a galá-la, dá-lhe um pontapé e diz: − Nesta casa, enquanto o pai não acabar de pagar o trator, anda tudo a pé.



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Previsões com o Tarot Cigano por Patrícia Bernardo

Recanto do lazer

HORÓSCOPOS PREVISÃO TRIMESTRAL (Março, Abril e Maio)

Carneiro (21/3 − 20/4) Carta 20 (Ervas) Solução dos problemas, cura dos males, habilidade. Amor: Tem relacionamento? Seja correto com o par, só assim se muda o que não está bem. Está só? Novos amigos podem ser lufada de ar fresco. Profissão: Conte com quem está acima de si, a experiência é uma mais-valia para ver as situações de outra perspetiva. Abrace novas ideias e pratique-as. O trabalho de grupo pode abrir as portas por que ansiava. Saúde: Tendência para o isolamento.

Touro (21/4 − 20/5) Carta 36 (A Vitória) - Simboliza sucesso em todas as situações. Amor: Tem relacionamento? Evite conflitos. O diálogo é a melhor forma de os resolver. Está só? Sentirá vontade de usar e abusar do seu magnetismo. Profissão: Defenderá as suas convicções e levará avante projetos que tem em mente. O trabalho em equipa será uma constante, lute para manter o equilíbrio e a organização. Ganhos inesperados reequilibrarão as finanças, pode ter o momento de lazer que há muito ambiciona. Saúde: Sem problemas de maior.

Gémeos (21/5 − 20/6) Carta 17 (As Novidades) - Simboliza boas notícias, vontade de arriscar. Amor: Tem relacionamento? A atual fase é um pouco complicada, decida-se. Está só? Ansiará por um relacionamento duradouro. Profissão: A sua abordagem dos assuntos pode dar-lhe desta-

que no trabalho mas provoca constrangimento. A sua ajuda é importante para os colegas tomarem decisões. Não receie contestar do que discorda. Os colegas agradecerão as suas opiniões. Saúde: Encontra-se em baixo de forma.

Caranguejo (21/6 – 21/7)

Uma dúvida?

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namentos no trabalho abrirão portas, o que será fundamental. Esperam-se boas notícias do estrangeiro. Mantenha a atenção. Saúde: Tendência para problemas nos ossos.

Balança (23/9 − 22/10)

Carta 34 (Matéria) - Simboliza o concreto e o objetivo. Amor: Tem relacionamento? Não dê voz a terceiros, pode prejudicar-se. Está só? Será maior o centramento sobre si. Profissão: Controle os gastos e evite situações desastrosas. O ambiente no trabalho poderá não agradar, não se isole nem perca o interesse em fazer coisas novas. Negócios extralaborais ganharão visibilidade. Aposte em si. Saúde: Cuidado com os excessos alimentares.

Carta 29 (A Cigana) - Simboliza a facilidade na resolução de problemas. Amor: Tem relacionamento? Poderá sofrer situação de dualidade. Cuidado com as aventuras. Está só? Os amigos serão o grande apoio e a sua prioridade. Profissão: Estará com boa proteção, novas ideias e perspetivas não faltarão. Aproveite para adquirir algo novo, as suas finanças permitirão. Relações com colegas e comunicação com superiores estarão favorecidas. Partilhe ideias de bom grado, o seu empenho será reconhecido. Saúde: Mês de grande vitalidade.

Leão

Escorpião

(22/7 − 22/8) Carta 15 (As Falsidades) - Simboliza o inimigo oculto que nos atrapalha. Amor: Tem relacionamento? Tente agradar ao parceiro. Altura ideal para um fim de semana romântico. Está só? Irá declarar-se a alguém que encontrará. Profissão: Algumas mudanças trarão a estabilidade que deseja. Evite conflitos prejudiciais. Assuntos pendentes na Justiça serão resolvidos, o que dará alívio. Pessoa de confiança será a chave de proposta a surgir. Saúde: Pratique exercícios na água, nomeadamente natação.

Virgem (23/8 − 22/9) Carta 13 (A Criança) - Simboliza a criança que há dentro de cada um. Amor: Tem relacionamento? Aproveite mudanças positivas na relação e empenhe-se um pouco mais. Está só? Terá relações pouco duradouras. Profissão: Mostre o potencial, o que é capaz de fazer. A estagnação atual leva a procurar novas formas de vida. Novos relacio-

(23/10 − 21/11) Carta 19 (Espiritualidade) - Simboliza o Eu verdadeiro. Amor: Tem relacionamento? Centre-se no parceiro, redima-se de faltas de atenção passadas. Está só? O empenho será na diversão. Profissão: Falta de concentração no trabalho trará problemas. Apesar da fase de sorte, empenhe-se e não deite por terra as conquistas. Novo projeto marcará a sua vida. Não receie mostrar o que vale! Saúde: Faça um check-up.

Sagitário (22/11 − 21/12) Carta 33 (As Soluções) - Simboliza a solução para as questões, a qual já foi dada ou está a caminho. Amor: Tem relacionamento? Agradará ao parceiro com a sua criatividade e terá momentos de paixão. Está só? Pessoa que conheceu há pouco tempo transformará a sua vida. Profissão: Gastos inesperados tirar-lhe-ão a paciência, embora os suporte. Receberá boas notícias do concurso e da promoção

que aguardava, mas não entre em euforias. Mês de trabalho e para ultrapassar obstáculos. Saúde: Cuidado com as alergias.

Capricórnio (22/12 − 20/1) Carta 24 (Os Sentimentos) - Simboliza o sensível, as emoções profundas. Amor: Tem relacionamento? Atenção aos pormenores do parceiro e no lar onde se encontra para dissipar inseguranças. Está só? Não haverá lugar a romantismos. Profissão: Os projetos que levará em frente criarão instabilidade nos outros. Não os obrigue ao seu ritmo devido à pouca paciência e impulsividade. Evite discussões. Ouça os outros, não queira ter sempre razão! Saúde: Tendência para alguma irritabilidade.

Aquário (21/1 − 19/2) Carta 35 (A Segurança) - Simboliza a segurança e o bem-estar ao fazer-se algo. Amor: Tem relacionamento? Precisa melhorar, dialogue com o seu par. Está só? Vai abstrair-se do mundo e centrar-se apenas em si. Profissão: Vai concentrar-se no que interessa. Organize-se e o tempo será precioso para si. Novas ofertas de trabalho surgirão. Tenha cuidado ao tomar decisões. Saúde: Altura ideal para uma dieta.

Peixes (20/2 − 20/3) Carta 21 (As Pedras) - Simboliza a Justiça em todas as situações. Amor: Tem relacionamento? Pense bem nas novas situações. É a altura ideal para ter um filho. Está só? Viverá momentos de intenso romance. Profissão: junho é ideal para se organizar. Aceitou novos desafios? Sirva-se da criatividade e ponha as suas ideias em prática, serão bem aceites. Colegas e superiores reconhecerão o seu empenho e dedicação. Saúde: abril será marcado por grande vitalidade.



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Recanto do lazer

Truques & astúcias Isabel Gomes isabelgomes3.4@gmail.com

Doenças e inflamações da pele Para tratar a zona (doença) e outras inflamações da pele, faça uma cataplasma com folhas de couve. Mergulhe as folhas em água morna durante um instante, depois retire-lhes a parte branca, ou seja, os talos. Com a ajuda de um rolo da massa esmague um pouco as folhas e aplique-as diretamente sobre a pele afetada, fixando-as com a ajuda de uma gaze.

Banho relaxante contra o stresse Ponha a macerar 60 g de flores secas de lavanda em 1 litro de água, durante 30 minutos, dentro de uma panela com tampa e em lume brando. Deixe arrefecer, filtre e, por fim, verta na água do banho. Evitar o bolor ou o envelhecimento do queijo Humedeça ligeiramente um pano de algodão com vinagre e embrulhe o queijo com o mesmo.

Aliviar as dores de garganta Ponha os seguintes ingredientes num frasco de vidro: 1 limão e um pedaço de gengibre, cortados ambos em rodelas muito finas, até ocuparem 1/3 do volume do frasco. Verta água a ferver até cobrir os ingredientes. Adicione mel até encher o frasco. Feche bem e guarde no frigorífico pelo menos 24 horas antes de servir. Para servir ponha 1 colher de chá da mistura obtida numa chávena e adicione-lhe água a ferver. Beba as vezes que desejar durante o dia. Esta mistura conserva-se 2 a 3 meses no frigorífico.

Combater o mau hálito Trinque uma rodela de limão ou beba sumo de limão natural. Eliminar ou atenuar a celulite Misture numa tigela 15 cl de óleo de amêndoas doces com 8 gotas de essência de limão. Aplique sobre a pele com movimentos circulares. (Após a aplicação deste creme não se exponha ao sol). Descongestionar o nariz Ponha 3 rodelas de gengibre numa chávena, verta por cima água a ferver e adicione o sumo de meio limão. Pode beber várias vezes por dia.



Carros de aluguer ou rent-a-car em Portugal


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