EDF. TRAVESSA DA ALEGRIA AUTORES: JOÃO MARQUES | LUCICLÉCIO SILVA | SUSANNA LIMA ATELIER DE PROJETO VIII ORIENTADORES: MARIA DE LURDES C. DA C. NOBREGA | JOSÉ NILSON A. PEREIRA
SUMÁRIO 0. Apresentação 1. Introdução 1.1 Área de estudo e de intervenção 1.2 Metodologia
2. Estudo de viabilidade 3. Estudo Preliminar 3.1 Implantação 3.2 Volumetria 3.3 Ritmo 3.4 Escala 3.5 Densidade | Massa 3.6 Cores e Texturas
4. Aspectos Técnicos 4.1 Situação 4.2 Locação e Coberta 4.3 Plantas Baixas 4.4 Cortes 4.5 Fachadas 4.6 Perspectivas
5. Estudos de caso 5.1 Quatro Habitações | Patxi Cortazar 5.2 Pinacoteca | Paulo Mendes da Rocha
APRESENTAÇÃO Este trabalho, desenvolvido para disciplina de Atelier de Projeto VIII, tem como objetivo apresentar o o proceso de criação do produto, anteprojeto, através de uma análise do entorno, localizado entre a Rua da Alegria e a Rua Velha no bairro da Boa Vista. A metodologia aplicada decorre dos aspectos abordados por Nilvado de Andrade Júnior.
INTRODUÇÃO
Foto 01: Rua Velha, bairro da Boa Vista Fontes: Google Earth
1.1 ÁREA DE ESTUDO E INTERVENÇÃO HISTÓRIA Com mais de 300 anos de existência a área de estudo, bairro da Boa Vista, faz parte do que hoje é dito como Centro Expandido Continetal (um conjunto formado por 6 bairros) se encontrando na rota do planejamento urbano. Originou-se aproximadamente no séc. XVIII durante a ocupação dos holandeses em Pernambuco. Na época construíram-se algumas pontes, uma delas favoreceu o surgimente de uma povoação e das suas tradiconais ruas, como a Rua Velha. Partes do seu território conhecidos atualmente surgiu de aterros do mangue . É um sítio histórico e portanto é formado de edificações com grande valor cultural, marcando sua identidade e lugar no tempo, contando a história do cidade. Suas construções mais antigas com uma ainda se fazem presente, dentre outras tipologias que marcam diferentes épocas, e as de cunho religioso em questão tem uma estreita relação com os espaços públicos.
Localização: situa-se na RPA: 1 Microrregião: 1.2 Área Territorial (hectare)²: 176 População Residente (Habitantes): 14.778 Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual da População (2000/2010): 0,52 % Densidade Demográfica (Habitante/Hectare): 84,15 Domicílios (nº): 5. 999 Média de moradores por domicilio (Habitante/Domicílio): 2,4 Proporção de Mulheres Responsáveis pelo Domicílio: 54,43%
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Mapa evolução urbana na Boa Vista Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos Anna Cavalcanti, Beatriz Bueno e Letícia Oliveira. 2020.1
Inicialmente, observa-se a predominância da horizontalidade das construções e o uso habitacional, mas com o passar dos anos o desenvolvimento urbano o cenário muda e com isso novos tipologias e usos, apresentando novas edificações e a modificação morfológica em algumas das antigas como maneira de adaptar-se a necessidades que aparaceram em cada período. Podendo assim, encontrar descaracterização em alguns imóveis.
Foto 02: Cinema ao livre na Praça da Alegria Fonte: Coletivo Massapê
Foto 03: Praça da Alegria Fonte: Google Earth
Por ter diferentes épocas que constituem o que esse espaço é atualmente, tendo em si um verdadeiro museu a céu aberto, contando com seus estilos arquitetônicos e traçados urbanos distintos, o bairro da Boa Vista é muito importante para a cidade do Recife e sua história. Como o fato de durante a II Guerra Mundial foi reduto da comunidade judaíca européia, fornecendo moradia e trabalho para aqueles que fugiam do anti-semistismo que ocorria no momento. Tem sido implementadas algumas iniciativas no campo de planejamento urbano e de preservação na área na qual se encontra, sobretudo pelo poder público local. Nesse caso a URB através do DPSH tem guiado algumas práticas, como a forma mais adequada de intervenção por parte do setor privado. Em vista das oportunidades que o bairro tem para oferecer dentre o interesse que vem causando em alguns setores como o de habitação, mas que ainda sim, precisa de parâmetros para garantir que haja a conservação sustentável do seu conjunto mesmo com o seu crescimento e desenvolvimento urbano, protegendo/resgatando os valores sociais, histórico-culturais e arquitetônicos. “O centro do Recife tem sindo, desde a década de 1980, alvo de diversos programas e projetos que intetam reverter a transferência do capital e exôdo populacional, com crescente empobrecimento e substituição das atividades produtivas de lazer e moradia do centro.” (AMORIM, 2005). Programa Morar no Centro Surgiu em 2001, como parte da política habitacional da nova gestão da cidade com a meta de transferir uma metodologia de requalificação de sítios históricos urbanos para fins habitacionais. Foram executadas simulações de propostas de intervenção em edificações em áreas de preservação, porém, segundo a prefeitura, ainda há a necessidade de discutir essas alternativas com DPSH para “compatibilização da Legislação”
Projeto Oficina Escola do Restauro O projeto deu início em 2003 e ocorre através de um curso de formação de mão-de-obra em restauro proporcionando para jovens de 18-24 anos educação patrimonial como oportunidade de trabalho. Visa recuperar 89 fachadas da Rua Velha e só em 2004 foram concluídas a restauração de 17 fachadas, contribuindo assim apra a preservação do patrimônio historico-cultural. Também serviu como impulsionador para visibilidade do Programa Morar no Centro.
As características morfológicas são o reflexo da história e desenvolvimento do bairro como antes citado. Os lotes são estreitos e perpendiculares às vias, com implantação em seus limites, formando uma superfície densa e ineterrupta. Edificios
32%
37%
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 7%
Segundo Lana Bernardino em sua dissertação de de Mestrado são encontrados na área as seguintes tipologias:
12%
12%
PORTA E JANELA | 1 PAV e 2 ÁGUAS ABERTURA TÉRREA DESCARACTERIZADA | 1 PAV e 2 ÁGUAS
+Casa térrea porta e janela +Casa dois pavimentos +Sobrado de três ou mais pavimentos +Sobrado de uso misto +Edf. caixão Para obter uma melhor interpretação sobre suas características foi realizado uma análisesobre a volumetria, implantação e escala de 131 imóveis do recorte. Por meio das análises realizadas é perceptível um grande número de descaracterização de algumas das edificações localizadas nas áreas. Alguns imóveis se encontrando com implantações que não condizem com os restantes dos imóveis. Das modificações encontradas são referentes a: + Composição das fachadas a exemplo de ampliar as aberturas no térreo para comércio; + Linguagem volumétrica, sendo adicionadados pavimentos ou modificando a configuração da coberta;
PORTA E JANELA DESCARACTERIZADO | 1 PAV e 2 ÁGUAS PORTA E JANELA DESCARACTERIZADO | 2 PAV e 2 ÁGUAS OUTROS
FLUXOS
LEGISLAÇÃO
Os fluxos são intensos, tanto de transeuntes como de veículos, porém contém poucos espaços de permanência para aqueles que transitam por suas mediações. Seu fluxo intenso é devido a função de centro urbano, a quantidade de equipamentos geradores de fluxo e trafego como centros educacionais e o comércio local, tendo a Conde da Boa Vista como seu principal eixo viário. Existe uma grande diversidade de usos, mas tem é predominante o uso habitacional e de edf. com usos mistos, como é encontrado em alguns momentos casas com o térreo voltado para o uso comercial. Nos últimos anos a demanda por habitação vem crescendo, principalmente, na áreas centrais da cidade como é o caso do bairro da Boa vista. Com sua densidade populacional de 84,15 habitantes por hectares construído, segundo informado no site da prefeitura do Recife, esse número está abaixo do recomendado por Jan Gehl (250 pessoas/hectares).
O recorte onde se encontra o projeto está localizado na ZEPH 8 – Sítio Histórico do Bairro da Boa Vista, sendo que uma parte dela é SPR (Setor de Preservação Rigorosa), a legislação urbana (LUOS 16.176/96) reconhece a importância de garantir que suas características morfológicas sejam preservadas, porém não estabelece parâmetros urbanísticos para as SPR. ZEPH se dividem em: Segundo a LUOS, consideram-se Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural - ZEPH -, as áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja necessária à preservação do patrimônio histórico-cultural do Município. O SPR é constituído por áreas de importante significado histórico e/ou cultural que requerem sua manutenção, restauração ou compatibilização com o sítio integrante do conjunto.
Foto 04: Rua Velha por Cláudio Maranhão Fonte: Flickr
Requisitos especiais na LUOS para a SPR1 é: a) análise especial para cada caso a critério do orgão competente, objetivando a restauração, manutenção do imovel e/ou sua compatibilização com a feição do conjunto integrante do sítio, sendo permitida a demolição dos imóveis cujas caracteristicas não condizem com o sítio, ficando o parecer final a critério da CCU; A partir de uma análise do requisito especial “A” podemos extrair que as novas edificações a serem construídas no sítio histórico (SPR) deverão ser compatíveis com a feição do conjunto integrante do sítio. Nesse caso deverão ser verificadas os tipos de implantação, as escalas e os tipos volumétricos característicos do sítio estudado (Ruas da Alegria, Velha e entorno). Em outras palavras, a legislação estabelece uma solução de consonância em relação a forma básica (implantação, escala e volumetria) da nova edificação.
MAPA DE USO
N Escala 1:2000 Mapa de usos Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos Anna Cavalcanti, Beatriz Bueno e LetĂcia Oliveira. 2020.1 Modificado pelos autores.
MAPA VIÁRIO
N Escala 1:2000 Mapa Viário Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos Anna Cavalcanti, Beatriz Bueno e Letícia Oliveira. 2020.1 Modificado pelos autores
Mapa Sítio Histórico da Boa Vista Fonte: BERNARDINO, Lana. Para Morar no Centro Histórico, 2001. Modificado pelos autores.
Ao traçar sua polígono de estudo para sua dissertação, na qual é condizente com a área análisada para a desenvolvimento do Edf. Travessa da Alegria, Lana Bernardino mapeia quais são os imóveis destaques e espaços públicos encontrados. É importante indentificá-los para obter uma compreensão de seu marco na paisagem, como referencial urbano e seu valor para população (proporcionando sentimento de pertencimento)
IEP ZEPH - SPR ZEPH - SPA
MAPA DE LEGISLAÇÃO DO BAIRRO DA BOA VISTA ESCALA 1:10.000
1.2 METODOLOGIA Como base para a intervenção foi utilizado os aspectos apresentados por Nivaldo de Andrade Júnior em sua dissertação Metarmorfose Arquitetônica: Inteverções projetuais contemporâneas sobre o patrimônio edificado (2006) que tem como objeto de estudo a inserção de uma nova arquitetura dentre um contexto preexistente. Para que haja uma intervenção é preciso obter uma leitura das relações formais externas na relação da nova arquitetura proposta e a preexistente, tentando criar assim parâmetros para o objeto de caráter morfo-tipologico do seu contexto urbano. Com isso surgem os aspectos (implantação, volumetria, escala, densidade ou massa, ritmo e cores e texturas) que auxiliam na interpretação formal do entorno, permitindo uma relação de consonância ou dissonância entre as informações encontradas. VOLUMETRIA Um dos aspectos mais importantes na definição da forma final, a volumetria corresponde a forma geral ou morfologia da obra. Quando o volume da obra se assemelha ao desenho encontrado às demais edificações da área e dissonante ao se destinguir. A volumetria está relacionada a outros aspectos como implantação e escala.
Foto 05: Diagrama exemplificanco a relação de consonância e dissonância de caráter volumétrico. Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos David Maciel, Pedro Delgado e Jackson Freire. 2020.1
A ampliação da Embaixada Suíca de Berlim (1999-2001) é um exemplo de voumetria consontante. Com a necessidade de dobrar a área útil de um edifício neoclássico (1870) os arquitetos Diener e Diener reproduzem de maneira geral a volumetria da edificação original, sem necessariamente repetir literalmente o antigo.
Foto 06: Embaixada Suíça em Berlim Fonte: Wikipédia
Em relação a dissonância, tem o exemplo do Edifício da Segurada Swiss Re (1997 2004) em Londres, apresenta não apenas contraste nos materiais adotados à obra como sua volumetria na qual utilizada de formas curvas na sua composição, assim se distinguindo-se do contexto onde está inserido.
Foto 07: Edifício da Seguradora Swiss Re, Londres Fonte: https://digicadonline.webnode.com/news/swiss-re-a-arquitetura-que-economiza/
IMPLANTAÇÃO Seja ampliação de um edifício existente , complemento de uma ruína ou um edifício totalmente novo, a implantação se trata da localização dessa nova matéria arquitetônica. Se tratando de um sítio histórico o traçado urbano tem certas caracteristicas que delimitam como deve se comportar as futuras implantações que devem respeitar tal lógica, como edifícios alinhados nos limites dos lotes e sem recúos, com suas ruas formando corredores. É consonante aquele objeto que seguir esse traçado ainda mais aqueles que se encontram nas esquinas, pois exercem o papel de conformação do traçado.
O Conjunto de edifícios do Grupo de The Economist constitue de 3 torres com alturas diversificadas e usos variados que contraria a linguagem do centro londrino formado por fachadas alinhadas nas testadas dos lotes. Sua implantação com os edifícios isolados fragmenta o quadra e modifica a lógica do espaço urbano.
Foto 08: Diagrama exemplificanco a relação de consonância e dissonância na implantação. Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos David Maciel, Pedro Delgado e Jackson Freire. 2020.1
O Centro Comercial Haas Haus em viena Foto 10: Conjunto de edifícios do The Economist, Londre, por Seier + (1986 - 90) buscou contrastar com a preexis- Seier tência em alguns aspectos, materiais, mas no Fonte: Flickr na implantação respeitou as particularidades ESCALA do tecido urbano. Trata-se da relação das dimensões da nova arquitetura com as encontradas na área da intervenção a exemplo do gabarito. É consonante o edifício de medidas correspondentes com as analisadas, dando assim um caráter harmonioso.
Foto 09: Haas Haus, Viena Fonte: Wikimedia Commons
Foto 11: Diagrama exemplificanco a relação de consonância e dissonância na escala. Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos David Maciel, Pedro Delgado e Jackson Freire. 2020.1
O Centro Cultural Carré d’Art (1984- 93) é um exemplo de consonância referente a escala . É um novo edifício High-Tech de grande leveza próximo ao antigo templo romano Maison Carrée, com materiais distintos aos do seu vizinho, mas com escalas semelhantes. Para que isso fosse possível Norman Foster utilizou de pavimentos no subsolo para suprir o programa de necessidades sem comprometer a harmonia entre os dois edifícios com contraste nas alturas.
DENSIDADE OU MASSA Refere-se ao peso aparente do objeto. A densidade pode está vinculada essencialmente a volumetria, dependendo da materialidade aplicada. A matéria escolhida para fazer parte da massa pode interferir diretamente como será a relação de consonância ou dissonância, a exemplo do aço e do vidro, considerados materiais contemporâneos e que não não fazem parte da constituição das técnicas usadas nas obras históricas tradicionais, como paredes autoportantes em alvenaria de pedra densa e pesada. A densidade também está ligada à relação de cheios e vazios que por sua vez ajudam a caracterizar a massa. Aberturas maiores se sobrepõe aos cheios dando leveza, sendo possível diante da tecnológia construtiva atual.
Foto 11: Centro Cultural Carré d’Art e Maison Carrée Fonte: Fosterandpartners.com
Ao ultrapassar a altura média das edificações do entorno será provocado uma situação de dissonância. No caso do edifício da Companhia Sudamericana de Vapores, no porto de Valparaíso no Chile, na qual ocorreu uma ampliação no imóvel existente com por meio de uma torre de vidro de seis pavimentos e mesmo com materiais leves modificou Foto 13: Diagrama exemplificanco a relação de consonância e dissonânna densidade. o skyline urbano, pois difere do gabarito de 3 cia Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos andares preestabelecidos pelo objeto como David Maciel, Pedro Delgado e Jackson Freire. 2020.1 também da zona portuária onde se encontra c (1988-93) é um bom exemplo de como que apresenta no máximo 4 pavimentos. o edifício pode se apropriar das referências na preexistência para obter uma consonância. Na obra em questão Le Cobursier trabalha com a densidade e no revestimento utilizado para criar uma semelhança com a edificações vizinhas.
Foto 12: Companhia Sudamericana de Vapores, Chile. Fonte: http://www.blogtravelexperiences.com/2010/08/valparaiso-chile.html
RITMO Está presente na cadência estabelecidoa na repetição dos elementos usados para compor as superfícies-limite da edificação que configura sua imagem. O ritmo pode ser retirado das fenestrações, estruturas aparentes, elementos ornamentais salientes ou escavados, mudança de materiais ou de cores de acabamento. A aplicação do ritmo análisado pode variar, podendo ser reinterpretado de maneira abstrata a lógica das fachadas preexistenes. Foto 13: Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago da Compostela. Fonte: Wikipedia
Não é difícil encontrar exemplos de edificações onde a densidade apresenta uma relação dissonante com o contexto em sua volta. O Museu Universitário de Utrecht atraés do uso de estrutura metálcia e fechamento de vidro cria um contraste por dispor de leveza enquanto os materiais do volumes adjacentes retratam uma confiuração mais pesada.
Foto 15: Diagrama exemplificanco a relação de consonância e dissonância no ritmo. Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos David Maciel, Pedro Delgado e Jackson Freire. 2020.1
Na Torre Velasca (1956 -58) o ritmo é marcado pela estrtura em concreto saliente à fachada e pelas suas aberturas de acordo com a preexistente.
Foto 14: Museu Universitário de Utrecht Fonte: https://www.uu.nl/en/university-museum
Foto 16: Torre Velasca Fonte: Archdaily
O edifício anexo Museu Judaico de Berlim (1989-2001) não estabelece nenhuma relação com as aberturas regulares e homogeneamente dispostas nas fachadas, mas sim apresenta longos e estreitos rasgos diagonais e localizadas de maneira aparentemente aleatória.
Foto 19: Casa Cigona na Fondamenta delle Zattere Fonte: tripadvisor.com Foto 17: Museu Judaico de Berlim Fonte: minube.com.br
MACBA - Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (1987 -95) trás um contraste CORES E TEXTURAS para paisagem onde está inserido por fazer uso de materiais com acabamento exclusiva Refere-se as características dos mate- mente branco, sendo assim dissonantes com riais usadaos nas fachadas. Os materiais fa- as fachas adjacentes que apresentando tons zem parte da identificação da época e das téc- marrons e ocres. nicas construtivas das edificações, portanto a relação de consonância ou dissonância irá depender dos materiais aplicados e do seu acabamento, atentando-se para as cores e texturas do entorno.
Foto 18: Diagrama exemplificanco a relação de consonância e dissonância em cores e texturas. Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos David Maciel, Pedro Delgado e Jackson Freire. 2020.1
A exemplo do marrom do reboco da Casa Cicogna na Fondamenta delle Zattere em Veneza (1954-57) que mimetiza da paisagem do Canal Grande veneziano.
Foto 20: Museu de Arte Contemporânea de Barcelona Fonte: Wikipedia
ESTUDO DE VIABILIDADE Volumetria e implantação encontrada
10,80m
10,80m
Interpretação projetual do entorno
Divisão do lote em 4 partes iguais
O entendimento do entorno foi fundamental já que não há legislação específica voltada para a área. A vizinhança foi utilizada como parâmetro construtivo para chegar a consonância que o projeto pedia. O prédio ocupa todo o espaço no sítio e foi estruturado da seguinte maneira: o volume total da área foi dívida proporcionalmente, na fachada da rua da alegria foi ocupado 2/4, na fachada da rua velha 1/4 e o outro 1/4 restante entre as duas fachadas foi colocado um pátio com a circulação dos andares.
MAPA DE CHEIOS E VAZIOS
N Escala 1:1000
5,85m
A escala e volumetria foram marcadas pelo estudo do gabarito existente na rua e pelo desenho dos telhados dos prédios adjacentes. A idéia foi em continuar com a lógica das duas águas porém colocadas de modo assimétrico dando a noção de algo que respeita a tradição porém registra seu lugar na contemporaneidade. Logo, como concepção, a definição do programa foi peça chave para a distribuição volumétrica do edifício. O programa surgiu a partir da nossa própria experiência com a cidade, pois percebemos que a área do centro é muito procurada por estudantes de fora dessa região para moradia, já que o centro do Recife tem uma grande leva de faculdades e muitos estudantes são de fora da cidade a busca por moradia mais perto do local de estudo é grande. Com essa informação obtida optamos por um esquema de Co-living, cujo seria estruturado por apartamentos Studios, com banheiros privativos e áreas de serviço e sociais coletivas, proporcionado privacidade e conforto ao mesmo tempo que compartilha despesas e serviços. Está foi a solução para os dois pavimentos superiores. O térreo ficou destinado ao comércio que é algo presente na região, então o ponto é conhecido pela cidade, que deixa o prédio encaixado na categoria de uso misto. A ideia também foi deixar este pavimento ativo como uma forma de gentileza urbana, pois nossa maior fachada é voltada para um “beco” onde não há sensação de segurança pela presença constante de muros no local.
ZONEAMENTO PLANTAS BAIXAS JA ACESSO LO
Rua da Alegria
LOJA 01
PUB/BOTECO
A
A: 51,17m²
LOJA 02
A: 21,65m²
+ 0,20m
A: 19,02m²
+ 0,20m
+ 0,20m
LIXO AC E
SS O
LO JA
PLANTA BAIXA - TÉRREO ESCALA 1:100
ACESSO LOJA
ACESSO LOJA
ACESSO LOJA
HALL PRIVATIVO APTS.
Rua da Alegria
A
APT. 106
APT. 105
APT. 104
APT. 103
+ 3,30m
+ 3,30m
+ 3,30m
A: 20,67m²
A: 28,01m²
+ 3,30m
A: 20,67m²
A: 20,67m²
PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO ESCALA 1:100
HALL PRIVATIVO APTS.
Rua da Alegria
A
+ 6,00m
ESPAÇO CO-LIVING LAVANDERIA/ACADEMIA/ESTAR
PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO ESCALA 1:100
A: 46,54m²
APT. 204
APT. 203
+ 6,00m
+ 6,00m
A: 18,96m²
Co-Living (Lavanderia| Academia| Estar)
A: 18,96m²
Apartament
ACESSO LOJA
MEDIDORES ÁTRIO
A: 86,87m²
+ 0,20m
LOJA 03
LOJA 04
A: 21,65m²
A’
A: 30,48m²
+ 0,20m
+ 0,20m
ACESSO LOJA
PRUMADAS
GÁS
Rua Velha
SOBE
PRUMADAS
B’ ACESSO ÁTRIO
ACESSO ÁTRIO
ACESSO ÁTRIO
Rua da Alegria
ACESSO LOJA
ACESSO LOJA N
PASSARELA PÚBLICA
+ 3,30m
SOBE
HALL PRIVATIVO APTS.
Rua Velha
ACESSO PRIVATIVO MORADORES
B ACESSO PRIVATIVO MORADORES
E
SC
DE
APT. 102
A: 20,67m²
+ 3,30m
APT. 101
A’
A: 29,55m²
+ 3,30m
B’
Rua da Alegria
N
PASSARELA PÚBLICA
+ 6,00m
HALL PRIVATIVO APTS.
APT. 202
APT. 202
Rua Velha
ACESSO PRIVATIVO MORADORES
B ACESSO PRIVATIVO MORADORES
tos
B
+ 6,00m
+ 6,00m
A’
A: 26,40m²
DESCE
A: 18,96m²
B’
Rua da Alegria
Comércio
N
ZONEAMENTO CORTE
PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA
ESPAÇO CO-LIVING
APT. 106
RUA DA ALEGRIA
0.0m
PUB/BAR
+6.50m
+3.30m
+0.20m
APT. 105
APT. 204
APT. 203
APT. 104
APT. 103
LOJA
LOJA
Corte AA'
Co-Living (Lavanderia| Academia| Estar)
Apartamentos
+6.50m
+3.30m
PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA
+6.50m
+3.30m
ÁTRIO
Comércio
+0.20m
APT. 202
APT. 201
APT. 102
APT. 101
LOJA
LOJA
+6.50m
+3.30m
+0.20m
RUA VELHA
ESTUDO PRELIMINAR MAPA DE CHEIOS E VAZIOS - Implantação
Implantação Para não comprometer o traçado urbano preestabelecido a implantação do edifício está coerente com a maioria das outras edifciações, nas quais não possuem recuos, se apresentam no limte da rua alinhadas lado a lado, criando assim uma rua corredor. Outra característica constatada é a presença de pátios internos, crucial para a decisão do átrio, possibilitando assim maior área para o solo natural.
N Escala 1:1000
MAPEAMENTO VOLUMÉTRICO
Volumetria Os volumes do entorno são densos e de formas retangulares com a coberta divida em duas águas. A partir da implantação foi concluído que a volumetria deveria ser consonantes com as de mais mesmo obtendo um átrio em seu centro, o edífico trabalha bem suas estremidas diretamente ligadas as ruas.
N Escala 1:2000 Mapeamento Volumétrico Fonte: Desenvolvido na disciplina de Atelier de Projeto VIII pelas alunos Anna Cavalcanti, Beatriz Bueno e Letícia Oliveira. 2020.1 Modificado pelos autores
Escala O gabarito de ambas as ruas é considerado baixo com no máximo 3 pavimentos. A escala do produto final é condizente com a altura máxima encontrada através do skykilne, a partir do topo da platibanda, não sendo de interesse projetual criar constraste entre as edificações do entorno. Para manter uma boa relação foi alinhado incialmente o primeiro pavimento com a platibanda do lote adjacente como também usando pavimento com pé direito menor do que o comumente encontrado no edifícios históricos, permitindo que mesmo possuindo 3 pavimentos ficasse dentre a média das alturas. Foi recuado o último pavimento para que sua altura não marcasse tanto, assim deixando percepitivelmente mais leve.
A E
A
2
T
ALTURA MÁXIMA ENCONTRADA NA RUA
ALTURA CUMIEIRA
+12,50m
ALTURA CUMIEIRA
+10,80m
ALTURA MÁXIMA ENCONTRADA NA RUA
+9,84m
2º PAV. / PLATIBANDA
+6,00m
TÉRREO+1º PAV.
SKYLINE RUA DA ALEGRIA ESCALA 1:200
+15,17m
+11,80m
2º PAV. / PLATIBANDA
+9,84m
TÉRREO+1º PAV.
+6,00m
SKYLINE RUA VELHA ESCALA 1:200
Skyline Ritmos - Rua Velha
Skyline Ritmos - Rua da Alegria Densidade ou Massa O ritmo das aberturas mesmo sendo bem diversificado possui um padrão lógico e que se repete em determinados momentos como também das suas respectivas dimensões. Com as edificações em sua maioria possuindo uma variação de 4-6m de largura da fachada, foi possível traçar uma repetição de 3 aberturas a cada 5 m com largura de 1.15m, espaçamento em média de 50 cm entre se e altura mínima de 2.50 m, assim gerando um molde posteriormente aplicando na fachada do produto, que tinha como característica. Um dos objetivos projetuais era de possibilitar aberturas dinâmicas ao edifício, mas que ainda sim trabalhasse com a linguagem dos imóveis adjacentes. Então o molde inicial foi modificado de modo que a consonância fosse abstrata, para isso foi aplicado duas lógicas com a mesma baseadas no molde para duas situações diferentes. Na primeira situação nos pavimentos de alvenaria: 2 aberturas a cada 5 m; Na segunda situação nos pavimentos da grelha metálica: 3 aberturas a cada 10 m.
Skyline Cheio e Vazio - Rua Velha
225.03 TTL
55,52 TTL
32,18 TTL
23,15 TTL
23,93 TTL
36,30 TTL
33,65 TTL
30,02 TTL
42,13 TTL
51,42 TTL
32,10 TTL
34,23 TTL
32,27 TTL
32,27 TTL
57,21 TTL
43,37 TTL
43,46 TTL
Skyline Cheio e Vazio - Rua da Alegria Densidade Rua Velha Densidade ou Massa A densidade análisada na Rua velha e na Rua da Alegria mostra uma pouca variação entre a porcentagem entre os cheios e vazios de suas superfícies-limite, em sua grande maioria apresentando uma proporção de 25% da área das fachadas sendo destinadas a cheios e 75% a vazios. Resultando em volumes bem densos e pesados. É importante salientar que aqueles imóveis que apresentaram proporções maiores ou menores que as citadas tinham sinais de descaracterização. Portanto foi aplicado nas fachadas em conjunto com o ritmo anteriormente citado uma relação de consonância (proporção de 25% - 75%) com preexistência, para que obter uma comunição harmoniosa com entorno. 225.03 TTL
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43,46 T
TTL
20,51 TTL
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32,42 TTL
69,59 TTL
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58,32 TTL
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50,02 TTL
19,77 TTL
29,33 TTL
29,19 TTL
Densidade Rua da Alegria
41,69 TTL
41,59 TTL
45,30 TTL
32,42 TTL
69,59 TTL
58,87 TTL
26,55 TTL
44,39 TTL
44,94 TTL
58,32 TTL
27,31 TTL
50,02 TTL
19,77 TTL
29,33 TTL
29,19 TTL
72,53 TTL
72,53 TTL
CORES E TEXTURAS Em ambas as ruas é notável a cores distintas que ornam as edificações preexistentes e através de um levantamento foi constatado que apenas 35% do seu total tem a cor Branca As texturas são bem diversificadas também, fazendo parte de materiais como a madeira e o ferro. Para o projeto do edf. Travessa da Alegria foi estabelecido que a sua relação com o entorno deveria ser dissonante com intuito de gerar distinguibilidade entre a nova aquitetura e o seu entorno. Dando preferência a materiais que representassem bem a tecnologia construtiva contemporânea. Assim escolhendo o concreto e o aço com acabamento na cor branca e o aço córten para destacar alguns elementos de maneira suave.
Cores encontradas nos imóveis
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.1 SITUAÇÃO
La
Ru
ad
aS
an
ta
Cr
uz
rg
Travessa Ped
ro Albuquerq
Rua Leão Coroado
ue
od
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an
ta
Cr
uz
Ru
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MACIEL PIN
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Ru
Ru
a
ad
aA
leg
ria
Rua da Glória
Ve
lha
ad
re
Joã
oR
ibe
iro
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.2 LOCAÇÃO E COBERTA
Rua da Alegria
TELHA CERÂMICA inc: 19%
TELHA CERÂMICA inc: 33%
TELHA CERÂMICA inc: 59%
TELHA CERÂMICA inc: 48%
N
Escala 1:200
Rua Velha
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.3 PLANTAS BAIXAS JA ACESSO LO
Rua da Alegria
LOJA 01
PUB/BOTECO
A
A: 51,17m²
LOJA 02
A: 21,65m²
+ 0,20m
A: 19,02m²
+ 0,20m
+ 0,20m
LIXO
AC E
SS O
LO JA
PLANTA BAIXA - TÉRREO ESCALA 1:100
ACESSO LOJA
ACESSO LOJA
ACESSO LOJA
HALL PRIVATIVO APTS.
Rua da Alegria
A
APT. 106
A: 28,01m²
APT. 105
APT. 104
APT. 103
+ 3,30m
+ 3,30m
+ 3,30m
A: 20,67m²
+ 3,30m
A: 20,67m²
A: 20,67m²
PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO ESCALA 1:100
HALL PRIVATIVO APTS.
Rua da Alegria
A
+ 6,00m
ESPAÇO CO-LIVING LAVANDERIA/ACADEMIA/ESTAR
PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO ESCALA 1:100
A: 46,54m²
APT. 204
APT. 203
+ 6,00m
+ 6,00m
A: 18,96m²
A: 18,96m²
ACESSO LOJA
B MEDIDORES ÁTRIO
A: 86,87m²
+ 0,20m
LOJA 03
LOJA 04
A: 21,65m²
A’
A: 30,48m²
+ 0,20m
+ 0,20m
ACESSO LOJA
PRUMADAS
PRUMADAS
GÁS
Rua Velha
SOBE
B’ ACESSO ÁTRIO
ACESSO ÁTRIO
ACESSO ÁTRIO
Rua da Alegria
ACESSO LOJA
ACESSO LOJA N
+ 3,30m
SOBE
HALL PRIVATIVO APTS.
Rua Velha
PASSARELA PÚBLICA
ACESSO PRIVATIVO MORADORES
ACESSO PRIVATIVO MORADORES
B
E
SC
DE
APT. 102
A: 20,67m²
+ 3,30m
APT. 101
A’
A: 29,55m²
+ 3,30m
B’
Rua da Alegria
N
+ 6,00m
HALL PRIVATIVO APTS.
APT. 202
APT. 202
Rua Velha
PASSARELA PÚBLICA
ACESSO PRIVATIVO MORADORES
+ 6,00m
+ 6,00m
A’
A: 18,96m²
A: 26,40m²
DESCE
ACESSO PRIVATIVO MORADORES
B
B’
Rua da Alegria
N
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.4 CORTES
PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA
ESPAÇO CO-LIVING
APT. 106
RUA DA ALEGRIA
0.0m
PUB/BAR
+6.50m
+3.30m
+0.20m
APT. 105
APT. 204
APT. 203
APT. 104
APT. 103
LOJA
LOJA
Corte AA'
+6.50m
+3.30m
PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA
+6.50m
+3.30m
ÁTRIO
+0.20m
APT. 202
APT. 201
APT. 102
APT. 101
LOJA
LOJA
+6.50m
+3.30m
+0.20m
RUA VELHA
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.4 CORTES
+6.50m
+3.30m
+0.20m POÇO ELEVADOR
Corte BB'
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.5 FACHADAS
FACHADA RUA VELHA ESCALA 1:100
FACHADA RUA VELHA ESCALA 1:100
FACHADA RUA DA ALEGRIA ESCALA 1:100
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.5 FACHADAS
FACHADA TRAVESSA DA ALEGRIA ESCALA 1:100
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.6 PERSPECTIVAS
ASPECTOS TÉCNICOS: 4.6 PERSPECTIVAS
ESTUDOS DE CASO 5.1 Quatro Habitações | Patxi Cortazar O projeto de intervenção 4 Habitações no Cantón de Santa María, Espanha, trata-se da implantação de uma nova arquitetura em um entorno histórico do século XVIII-XIX, o que foi, segundo os arquitetos, um grande desafio. Havia parâmetro bem definidos para novas construções na cidade, principalmente enquanto à sua volumetria.
Foto 21: Foto do projeto 4 Habitaçõesde Patxi Cortaza Fonte: Archdaily
“O projeto do edifício obedece a discrição e o respeito que merece o entorno, fundamentalmente no que se refere a Catedral Santa María. Este Cantón era a entrada do Caminho de Santiago até a Catedral e se pretendeu introduzir uma arquitetura sem ornamento, sem volumetrias adicionadas, em uma fachada de vazios simples e iguais, sempre evitando a imitação do passado e com uma intenção obrigada e pretendida de contemporaneidade.” Arquiteto Patxi Cortaza (fonte:https://www.archdaily.
com.br/br/01-109464/4-habitacoes-no-canton-de-santa-maria-slash-patxi-cortazar)espaços públicos. )
Consonância x Dissonância Volumetria Enquanto ao seu entorno, sua volumetria é 100% consonante, já que foi construido exatamente como o antigo volume.
Foto 22: Edifício destruído anterior ao projeto 4 Habitações do Seculo XIX Fonte: Archdaily
Implantação A nova arquitetura está em total consonância no quesito implantação. Ela obedece a malha urbana que está inserida e sua lógica pernamece. Escala Quanto a escala, o projeto 4 Habitações também obedece-a, tornando-a consonante com seu entorno.
Novas construções, os arquitetos foram bem cuidadosos ao interferirem na paisagem 5.2 Pinacoteca | Paulo Mendes da Rocha das ruas, o que fez com que optassem por respeitar a escala dela. “O objetivo primordial da obra foi a adequação do edifício às necessidades técnicas e Densidade ou Massa funcionais para receber definitivamente a Pi Por contar com materiais que não se di- nacoteca do Estado, cujo perfil funcional estaferenciam drasticamente com os materiais do va perfeitamente delineado pela sua localizaentorno, e por as fenestrações não terem um ção urbanística, pelos espaços internos, pelo impacto grande nas fachadas, pode-se afirmar público potencial e pela idéia de ampliação do que esse volume está em consonância quanto acervo, recepção de exposições temporárias à sua densidade ou massa para com seus edi- e dotação do prédio de toda a infraestrutura fícios adjacentes. necessária.” Pinacoteca do Estado de São Paulo / Paulo Mendes da Rocha + Eduardo Colonelli + Weliton Ricoy Torres” 10 Mai 2015. Arch-
Ritmo O ritmo das fenestrações de toda a rua em que o projeto está inserido é bem forte, as janelas são marcadas por uma verticalidade característica, o que fez com que os arquitetos repetissem a verticalidade das novas janelas, tornando o ritmo da nova arquitetura consonante com o restante da Rua Kale Txikitxoa.
Daily Brasil. Acessado 1 Jun 2020 )
Cores e texturas Consonante ao trabalhar tanto com a cor branca como na textura do aço córten, deixando claro que a intervenção é contemporânea.
Foto 23: Pinacoteca de São Paulo Fonte: Archdaily
Consonância x Dissonância
Ritmo O ritmo das fenestrações de toda a rua Volumetria em que o projeto está inserido é bem forte, as Enquanto ao seu entorno, sua volume- janelas são marcadas por uma verticalidade tria é consonante, pois a edificação preexis- característica, o que fez com que os arquitetos tente não foi modificada. repetissem a verticalidade das novas janelas, tornando o ritmo da nova arquitetura consoImplantação nante com o restante da Rua Kale Txikitxoa. A implantação está condizente com a Cores e Texturas implantação original do edifício. As cores são bem semelhates as encontradas no resto da edficição mas as texturas Escala Quanto a escala, respeita o gabarito en- trazem a distinguibilidade à tona, pricipalmente, pela ultilização do aço e do vidro. contrado no local, entrando em harmonia
Densidade ou Massa Por conta com materiais que não se diferenciam drasticamente com os materiais do entorno, e por as fenestrações não terem um impacto grande nas fachadas, pode-se afirmar que esse volume está em consonância quanto à sua densidade ou massa para com seus edifícios adjacentes.
TRAVESSA DA ALEGRIA