Copyright: C 2013 by Josein Garder e H.Aschehoug de Co. Título original: Classicos Brasileiros Capa: João Pohl Ilustração da capa: João Pohl Preparação: João Pohl Revisão: Gabriela Lopes Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA POHL LTDA. Avenida Oswaldo Cruz - 106 Rio de Janeiro
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A chegada dos autom贸veis no Brasil
Ford Crestliner - 1950
11 Fusca - 1959
13 Gordini - 1962
5 Romi-Isetta - 1956
15 Aero Willys - 1963
7 Kombi - 1957
17 Galaxie - 1967
9 Chevrolet 3100 - 1958
19 Dodge Dart - 1969
Sum谩rio
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A chegada dos automóveis no Brasil
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o caso do Brasil e também em outros países da América Latina, esta evolução automotora chegou somente após a Segunda Guerra Mundial. Já na década de 30, fábricas estrangeiras,como a Ford e a General Motors, colocaram suas linhas de montagem no país. Porém, foi somente em 1956, durante o governo de Juscelino Kubitschek que as multinacionais automotivas começaram a montar os automóveis. Primeiramente fabricaram caminhões,camionetas, jipes, furgões e, finalmente, carros de passeio. Esta indústria foi iniciada pela Fábrica Nacional de Motores, que era responsável pela produção de caminhões pesados. Posteriormente vieram: automóvel JK com estilo Alfa-Romeo, Harvester, Mercedes-Benz do Brasil com seus caminhões e ônibus, a Scania-Vabis e a Toyota. Logo depois, carros de passeio e camionetas começaram a ser fabrica-
dos: Volkswagem, DKW-Vemag, Willys-Overland, Simca, Galaxie, Corcel (da Ford), Opala (da Chevrolet), Esplanada, Regente e Dart (da Chrysler). Todos estes veículos, embora montados no Brasil, eram projetados nas matrizes europeias e norte-americanas, utilizando a maioria de peças e equipamentos importados. Diferente de antigamente, hoje o automóvel possui características como conforto e rapidez, além de ser bem mais silencioso e seguro. Nos últimos anos, os carros vêm passando por inúmeras mudanças, e estas, os tornam cada vez mais cobiçados por grande parte dos consumidores.
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s Ford 49 foram o primeiro design original da Ford depois da II Guerra Mundial, um período traumático na empresa que perderia seu fundador e seria sucedida pelo neto de apenas 30 anos, Henry Ford II, em 1947. Foi um projeto inteiramente novo, que corrigiu aspectos defasados ou mesmo obsoletos dos Ford de 1948, que nada mais eram
que a reedição dos modelos para 41 e 42. Os Ford 49 tinham duas ou quatro portas e estavam disponíveis em duas versões, Standard e Custom. O párabrisa bipartido era um capricho comum da época. O teto era alto mesmo e era impossível não reconhecer aquele nariz por aí, que esteve presente até o ano seguinte sendo aposentado em 1951.
Neste ano de 1949 foram vendidos mais de 1.100.000 carros, gerando um lucro de 177 milhões de dólares em dinheiro da época para a Ford Motor Company. Alguns poucos modelos vieram para o Brasil em 1950.
Ford Crestliner - 1950
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Isetta foi um dos microcarros produzido nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial. Embora o desenho seja originário de Itália, construíram-se noutros países como Espanha, Bélgica, França, Brasil, Alemanha e Reino Unido. Em 9 de abril de 1953 a empresa italiana Iso Automotoveicoli, fabricante de motocicletas e triciclos comer-
Romi-Isetta - 1956
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ciais, apresentou no salão de Turim um projeto iniciado em 1952 denominado Isetta, que consistia em um automóvel de baixo custo, voltado para a realidade da economia do pós-guerra italiano. O Romi-Isetta foi o primeiro automóvel produzido no Brasil, entre 1956 e 1961, pelas Indústrias Romi S.A., com sede em Santa Bárbara, interior de São Paulo.
Lançado em 5 de setembro de 1956, o Romi-Isetta, equipado com um motor de dois tempos, se consistiu no primeiro automóvel de passeio de fato fabricado em território brasileiro.
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Kombi - 1957 O
nome Kombi vem do alemão Kombinationfahrzeug que quer dizer “veículo combinado” (ou “Veículo MultiUso”, em uma tradução mais livre). O conceito por trás da Kombi surgiu no final dos anos 40, idéia do importador holandês Ben Pon, que anotou em sua agenda desenhos de um tipo de veículo inédito até então, baseando-se
em uma perua feita sobre o chassi do Fusca. Os primeiros protótipos tinham aerodinâmica terrível, porém retrabalhos na Faculdade Técnica de Braunschweig deram ao carro, apesar de sua forma pouco convencional, uma aerodinâmica melhor. Finalmente, após três anos passados desde o primeiro desenho, o carro ganhava as ruas em 8 de março de 1950.
O grupo Brasmotor passou a montar o carro no Brasil em 1953 e a partir do dia 2 de setembro de 1957 sua fabricação, o que faz do veículo o primeiro Volkswagen fabricado no Brasil, e o que esta há mais tempo em produção.
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Chevrolet 3100, mais conhecida como Chevrolet Brasil, foi a primeira pick-up GM produzida no Brasil. Seu lançamento ocorreu em julho de 1958 e foi substituída em 1964 pela linha C-10. Produzida na fábrica de São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, com índice de nacionalização de 54% do seu peso. O nome Chevrolet Brasil se deve ao fato de
ser o 1º modelo produzido no mercado brasileiro. Os logotipos do modelo traziam um mapa do Brasil em seu interior. A versão brasileira possui estilo único, pois sua cabine só foi produzida aqui no Brasil. Trata-se de uma mistura do modelo “Advanced Design” (cabine da pick-up 1954 e 1955 1ª série) com a frente americana da série “Task Force”
(pick-up 1955 2ª série até 1959). Equipada inicialmente com o motor Thrifmaster 235 (3860cc) da pick-up GM americana, ainda em fins de 1958 recebeu o motor Jobmaster 261 (4278cc), 6 cilindros em linha. Posteriormente foi lançada a versão cabine dupla.
Chevrolet 3100 - 1958
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Fusca - 1959 P
ara alguns um projeto arcaico, para outros um projeto eterno, feito pra durar; o Fusca, feito a principio à pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho “beetle” foi nomeado Volkswagen, que como todos sabem, provem do idioma alemão e seu significado é “Carro do Povo”. Depois foi nomeado “Volkswagen Sedan”, e partindo de um apelido nascido no Brasil,
acabou sendo nomeado oficialmente aqui no Brasil como “FUSCA”. No inicio da década de 30. Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha. Em 1.951, havia duas janelas repartidas na parte traseira, embora continuar sem os “quebra-ventos”. Em 1.959 o Fusca começou a ser fabricado no Brasil.
Daí, as evoluções foram constantes tais como: Sistema de freios a tambor, caixa de direção tipo “rosca sem fim”, evoluções estéticas como quebra vento, lado abertura da porta (no início a porta abria do lado oposto), saída única de escapamento, estribo, entre outras.
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Gordini - 1962 G
ordini foi um carro lançado pela francesa Renault em 1958 na Europa e, mediante licenciamento, pela Willys Overland em 1962 no Brasil. Que também foi uma empresa pertencente a Renault. Era o sucessor do Dauphine, com uma mecânica mais refinada. Tinha os mesmos 845 cc de capacidade cúbica, mas desenvolvia 40 cv e possuía um
câmbio de quatro marchas que lhe dava um desempenho bem superior ao modelo original, com apenas 31 cavalos e câmbio de três marchas. O aumento de potência no motor Ventoux cht foi obra de Amédée Gordini, piloto e respeitado construtor de motores e carros de competição nos anos 50 e 60. O Gordini tem menos de 4 metros de comprimento e 1,44 metro de altura.
A carroceria é monobloco e a suspensão, independente nas quatro rodas. O motor traseiro é pequeno e sobra muito espaço sob o capô, podendo chegar de 0 a 100 km/h em 28,7 segundos e aos 125 km/h de máxima. No trânsito da cidade, seu consumo foi de 8,3 km/l.
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início da fabricação deu-se em outubro de 1962 e sua primeira aparição foi em Paris, no mais famoso Salão do Automóvel do mundo. Entre as muitas novidades internacionais aparecia, um carrão com monobloco bra sileiro, 110 cavalos no motor, concepção e estilos novos. Era o primeiro carro inteiramente concebido na América Latina.
Aero Willys - 1963
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Em julho de 1963 era lançado o Aero Willys 2600, o primeiro carro genuinamente brasileiro. As peças, assim como os primeiros carros eram inteiramente feitas à mão. O sucesso foi imediato, tanto que em 1966 foi lançado uma nova versão mais luxuosa batizada de Itamaraty, também chamado de Palácio sobre Rodas. O Itamaraty vinha equipado com acessóri-
os a época sofisticados como bancos de couro e ar condicionado. Em 1967, foi lançada a Itamaraty Executivo, a primeira limusine fabricada em série no Brasil.
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Ford Galaxie é um automóvel que foi fabricado pela Ford no Brasil de 16 de fevereiro de 1967 a 2 de abril de 1983. Trata-se de um modelo sedã luxuoso, contando inclusive com ar condicionado e direção hidráulica já no fim da década de 1960. Foi apresentado no V salão do automóvel, no ano de 1966. O modelo era baseado no Ford
Galaxie 500 sedan americano de 1966. O Galaxie 500 brasileiro era um sonho de consumo da alta sociedade. Tinha um motor V8 Y-Block 272 de 4,5 litros (4.458 cm³) que rendia 164 hp brutos. Ele tinha relativamente pouca potência, mas era uma usina de torque, podendo retomar de 30 km/h na última marcha (o câmbio era de três marchas na coluna)
em uma leve subida. Nessa edição “Galaxie 500” contava com 5,33 metros, suspensão e bancos muito macios. Em 1968 o Galaxie recebeu retrovisores externos, que até então eram opcionais pois não era item obrigatório. Neste ano o carro atingiu 13.700 unidades produzidas.
Ford Galaxie - 1967
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ntre meados de 1967 e 1968 nascia um projeto baseado em modelos americanos da marca Doge, que utilizava motores V8. Em outubro 1969 é lançado o Dodge Dart, que iria substituir os Esplanadas e suas versões de luxo, as quais já se encontravam um tanto ultrapassadas Os Dodge chegaram para disputar mercado com os Itamaratys,
Dodge Dart - 1969
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Opalas e posteriormente os Mavericks, em um espaço de mercado logo abaixo dos Galaxies. O Dodge Dart era fabricado com 4 portas, motor V8 de 5212 cm³ e 198 cv. Embora um carro meio pobre em termos de acabamento, foi conquistando admiradores pelo seu bom desempenho, desenho inovador e aparência de carro espaçoso. Apesar de um amplo porta-
malas, ele acomodava 5 pessoas de forma normal para o tamanho dele. Chegava-se a uma velocidade de 177 km/h e acelerava de 0 a 100 km/h em apenas 12,6 segundos. Quanto ao torque, era abundante, 41 kgfm a 2400 rpm,
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