Revista Tribo

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TRIBO

Revista

qual é a sua?

A ARTE DA PERFORMANCE PET ALTA COSTURA IT GIRLS E SEUS BLOGS DE MODA

ENTRE RIMAS E BEATS CONHEÇA O MUNDO DOS MC’S




Revista Tribo

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O que você encontra na Tribo

Literatura | O Vilão de Jean Pereira Lourenço - pág. 8 Música | Entre rimas e beats - pág. 24

Grafite | O Background das ruas pág. 28

Internet | Elas esModa | Os pets estão tão em alta - pág. 36 divos - pág. 34

Expressão | A Performance como ela é - pág. 15


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Expressão, representação, discussão, ão, ão, ão, sem limites de imaginação. Veja bem, um cenário dividido por cortinas de teatro, onde atrás está o público e esse é o próximo que te vê de fora, diferente, parte de outro grupo, de uma tribo. Nas páginas divididas que formam esta revista estão as histórias dos outros, iguais e diferentes a você. A Tribo, em sua primeira edição, aprofunda sua pesquisa e abordagem a grupos segmentados que defendem seu movimento, as vezes sem oposição, apenas por paixão - olha a rima. A rima do freestyle está aqui, junto com as meninas da moda que costuram e implementam suas imaginações; tem também as blogueiras rio-pretenses mostrando a tribo da moda na internet, mas antes tem arte, arte de rua com o grafite. Tem sessão de opinião, falando de cinema e empreendedorismo. Tem gente que faz livro e faz sozinho. E não poderia faltar a tribo dos dançarinos mostrando sua performance pertinho do pessoal do teatro que também dá o ar do graça por aqui. Tribu’x é tudo isso, basta você saber qual divisão você quer ler ou se vai entrar sem compromisso na área do outro. Basta ter certeza de qual é a sua tribo! Revista Tribo foi produzida por: Coordenação geral Luciana Leme Sousa e Silva Orientação Edla Okado Edição Gabriel Vital e Nayara Dalossi Redação, diagramação e conteúdo Agnes Runinho, Ariane Godoi, Danilo Batista, Gabriel Vital e Nayara Dalossi Apoio UNIRP

Quem fez

Ao Leitor

esta

edição Agnes Rubinho

Ariane Godoi

Danilo Batista

Gabriel Vital

Nayara Dalossi




A ignorância com Por Agnes Rubinho

O mercado editorial no Brasil é bem abastecido e, a cada ano que passa, o rendimento da venda de livros aumenta. Segundo pesquisas realizadas anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP), sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro, o setor editorial brasileiro duplicou suas vendas desde o início das pesquisas, em 1990. A comprovação desse crescimento vem pelos números, em 1990 as editorias publicavam aproximadamente 240 mil exemplares e arrecadavam pouco mais de R$900 milhões, já em 2012, a produção dobrou e mais de 485 mil livros saíram das gráficas. Apesar da produção de exemplares terem duplicado em 22 anos de pesquisas, o valor arrecadado foi cinco vezes maior e chegou ao montante bilionário de R$4.98 bilhões no ano de 2012. Através da pesquisa, é constatá“Boa parte dos escritores produzem vel os segmentos conteúdo técnico ou científico e, que mais crescemuitas vezes, estão vinculados às ram e aqueles que universidades e faculdades locais” também apresentaram queda nas vendas. Os livros de obras gerais e religiosos tiveram baixa em seus faturamentos. Entre tantas quedas, o segmento que mais cresceu foi o de livros científicos, técnicos e profissionais (CTP), o faturamento foi de R$910 milhões em 2011, um aumento de mais de 23% contra 2010, R$739 milhões. Segundo Leda Paulani da FIPE, o crescimento desse segmento pode ser atribuído ao aumento de estudantes ingressantes no ensino superior. Na região de São José do Rio Preto a história não é diferente. A segmentação aqui é relacionada a estudos acadêmicos e profissionais, boa parte dos escritores produzem conteúdo técnico ou científico e, muitas vezes, estão vinculados às universidades e faculdades locais, afirma João Paulo Vani que é graduado em Letras e também dono da editora HN, a qual está há 8 anos no mercado editorial e em todo esse tempo publicou, em sua maioria, obras regionais, mas também desenvolveu projetos com amplitude maior, tanto no mercado nacional quanto internacional. Vani fala que na região não há mais autores em um segmento do que em outro, porém ressalta o crescimento do gênero científico e enfatiza: “ há outro segmento que vem crescendo bastante, é o segmento de palestrantes: o profissional é renomado, está habituado a oferecer palestras e treinamentos, e acaba publicando um material que poderá servir de suporte para os cursos ou para as pessoas que tiveram interesse pelo tema da palestra”.


dias contados Sem editora, mas com

Garra!

Enquanto a FIPE faz pesquisas na maioria das editoras do Brasil, para saber quantos títulos são publicados e vendidos, alguns autores trabalham autonomamente para realizar o sonho de verem suas obras publicadas, o estudante de Letras, Jean Pereira Lourenço, é um desses. Desde os 12 anos de idade Jean queria escrever um livro, porém foi em 2013 que concretizou sua ideia. O Vilão, primeira obra do autor, é inspirado em ficção científica e vem de sua insatisfação com as obras literárias brasileiras: “ora puramente fantasiosa com um intuito estritamente escapista, ora voltada demais ao cânone literário ou à mensagem final sem um trabalho tão elaborado em como essa mensagem será transmitida”. No livro, um psicopata, uma policial feminina e um homem arrependido são os personagens principais da história e apresentam uma relação entre si. Com elementos distantes da literatura tradicional, como por exemplo, a Física, o autor prende o leitor em uma curiosidade e pretende fazer com que quem lê, enxergue a história assim como ele, uma mescla de personagens apaixonantes, amáveis e odiáveis pelos mesmos motivos. Elaborar esse livro é só trabalho para Jean. Além de escrever, foi ele quem desenhou a capa, revisou

o texto e diagramou. Feito isso ele faz a impressão dos miolos em uma copiadora/papelaria, e as capas em uma gráfica. E mais, ele utiliza um aparato que construiu junto com seu pai para colar um no outro com ajuda de uma pistola de cola quente, esse é o novo método, por meio do qual monta um livro em cerca de 15 minutos. Mas não era tão fácil assim, antes, quando ainda não tinha esse aparato e a cola quente, Jean utilizava uma morsa para pressionar o miolo entre duas tábuas, e o costurava com uma linha e cola goma arábica, depois de 1h, colava esse miolo pronto na capa; o processo demorava cerca de 1h30. Para finalizar, as cópias são levadas novamente para a gráfica para as folhas serem cortadas e alinhadas. Depois de tanto trabalho, o próximo passo é a comercialização dos exemplares, que é feita pessoalmente pelo autor. Com tantos desafios, Jean não desanima e sonha cada dia mais com o aumento de publicações, para isso, já elaborou o Universo Quântica, o nome de sua editora, a fim de tornar vivo todas as possiblidades desse Universo. A busca pelo sonho não finda, o autor fez parceria para realização do evento de lançamento do livro, todas informações estão na página do Universo Quântica no Facebook.


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Falando de cinema com

FabioPolotto

O Primeiro Semestre da MARVEL Meu primeiro semestre de expectativas sobre filmes de heróis terminou. Particularmente tinha expectativa MESMO era com X-Men, pois, esperava que seria ruim Homem Aranha 2 e estava esperando com neutralidade o Capitão América 2. Então amigos, vou ser breve e não vou dar spoilers. Mas se grandes expectativas geram grandes frustrações, ufa, esse primeiro semestre foi muito bom porque pouco me frustrei. Capitão América 2 é de longe uma grata surpresa, se no primeiro filme tudo parecia ser um trailer de duas horas de Os Vingadores, neste eles fizeram, talvez, um dos melhores filmes Marvel/ Disney até agora, isto porque embora seja um filme de herói, que vem com todas as suas peculiaridades implícitas, o filme consegue transmitir a tensão dos filmes de espionagem enquanto constrói personagens e sequencias de ação muito bem produzidas com excelência! Isto sem contar que o universo Marvel/Disney e derivados como Agents of Shield, sofrerá mudanças drásticas após os eventos deste filme. Veria de novo facilmente! O Espetacular Homem Aranha 2, de espetacular só tem o nome. Confesso que as sequencias do aracnídeo voando pela cidade são absurdamente bem feitas, porém, queria eu que não tivesse um porém, tenho dó da nova geração que não vai ler os quadrinhos talvez nunca, e vai se apoiar em informações da wikipedia e do que diz suas timeline do facebook. Nunca saberão dos conflitos do garoto nerd que quando coloca uma mascara é um super-herói cool. Nunca entenderão as motivações profundas dos vilões deste universo e se contentarão com motivações pífias como as mostradas neste filme. Nunca entenderão quem é a Mary Jane pro Peter Parker porque fizeram de Gwen Stacy

um par romântico ideal, mas pra não dizer que não elogiei alguma coisa, o papel de Gwen é o melhor do longa. O resto é péssimo, roteiro ruim, construção de personagens lixo e um Peter Parker hipster cool que eu queria ser amigo... Uma pena, sinto saudade dos filmes de Sam Raimi! E por último, Marvel/ Sony me da mais medo que Marvel/Fox. X-Men: Dias de um futuro esquecido! Sério, não é porque são os heróis que mais gosto que eu vou puxar sardinha. Eu já esperava que pudesse ser bom após o excelente First Class, isto porque só o elenco já me levaria a ver este time escalado mesmo se eles fossem os Ursinhos Carinhosos. Mas o que me chama atenção é que Brian Singer talvez tenha sido muito corajoso ao passar a borracha em todas as merdas que ele havia feito com X-Men 1, 2 e 3 e o que foi feito com os “Wolverines”, digo isto porque estes filmes até tem lá suas coisas boas, mas possuem de longe as maiores incongruências temporais do cinema! Mas falando deste novo filme, de verdade, é excelente! Mexer com viagem no tempo sempre da nó na cabeça, mas o filme tem uma dinâmica genial e nos da a percepção que se fosse possível, assim poderia até ser. E isto nem é o ponto alto do filme. Há profundidade em personagens, como Mística, Xavier, Magneto e claro, Logan. Há atuações ótimas, cenas de ação orquestradas, e roteiro coeso! Este vale a pena ver mais de duas vezes, alias, vale a pena ter o Blu-Ray e gera expectativa pro que vem pela frente, que venha o Apocalipse! Finalmente a Marvel/Fox conseguiu entrar nos passos que está sua co-irmã Marvel/Disney! Fabio Polotto é estudante de teologia e colunista da Tribo





A

por Ariane Godoi

PERFORMANCE COMO ELA É

Traje de Banho para Sujar”. Espetáculo elaborado com base na performance em 2009.


Estar em seu espaço. Adaptar-se ao próprio meio. A arte da performance pode causar estranhamento para as pessoas de fora e é uma ainda pouco conhecida no país, principalmente no interior de São Paulo. De acordo com o artista catanduvense e um ativo performer, a performance não é teatro, pois não atua, o ator ‘vive’ e se entrega à situação.

Arquivo pessoal


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m Catanduva, no mês de março, sete alunos da Associação Dell’arte, realizaram uma apresentação no centro da cidade. Enquanto pessoas pagavam suas contas, compravam e andavam pela Rua Brasil, os performers - nome dado a quem pratica a arte da performance abraçavam lixeiras, deitavam em cima de faixas, contornavam bonecos de lojas, entre outras atividades. O real objetivo da performance era que os atores se encaixassem na arquitetura catanduvense. “Isso causou um estranhamento na população, de fato. Eu trabalhei com este grupo [durante os cursos ministrados no começo de 2014] a premissa de embaralhar a arte e a vida no meio da cidade, pois só assim a ação poderia gerar uma reflexão mais direta”, conta Tales Frey sobre o projeto “Performance em Trânsito”. Um dos performers, o ator Lucas Alves, contou que a receptividade da população foi diferente em cada ponto da cidade. “Algumas pessoas não viram com bons olhos, nos chamavam de ‘loucos’ e até ‘desocupados’, mas alguns nos acompanhavam e tentavam nos entender”. O ator Tales Frey é membro-fundador da Cia. Excessos, em companhia de Paulo Aureliano da Mata, que se apresenta em todo o país e na Europa. Uma das apresentações em destaque foi realizada em 2013, na Polônia, a performance “Proxim(a)idade”. No início de 2013, com seu parceiro de arte e vida, Paulo Aureliano da Mata, Tales realizou uma performance-casamento, que era de fato uma união civil, mas apresentada como

No final da apresentação, os atores se penduraram na ponte do Rio São Domingos, o que assustou uma senhora que estava passando por aí. Mas a surpresa não terminou, pouco antes de saírem do local, uma ambulância do SAMU parou para resgatar um suposto rapaz que queria pular da ponte. “Foi uma surpresa para o grupo, uma senhora achou que havíamos enlouquecido e iríamos pular da ponte, os enfermeiros do SAMU chegaram rápido, mas logo explicamos o real motivo”, diverte-se o ator. “Onde o nosso corpo se encaixa em nossa sociedade? Qual é o espaço onde o nosso corpo melhor é abrigado em nossa cidade? Dessas perguntas, então, surgiu uma ação simples, capaz de traduzir tanto a literalidade formal do ato como a metáfora impressa nessa busca pelo encaixe ideal no centro da cidade. A quebra da rotina era para fazer o cidadão catanduvense observar mais detalhadamente a ambientação que compõe a sua própria trajetória, que devido ao seu hábito de fazer atividades automáticas, rotineiras, muitas vezes não observa a própria paisagem urbana e a sua colocação nela”, frisa Tales.

O����� T��������

Performance “Aliança” realizada na Estação Cultura em março de 2013.

expressão artística que começava dentro de uma galeria e se concluía em um cartório da cidade. Qualquer pessoa podia comparecer à cerimônia artística que abordava a potência da transformação promovida a partir de um ritual. “O casamento é um rito de passagem que provoca uma transformação definitiva, pois eu passo a ser casado e mesmo que eu me separe depois ou que meu parceiro morra, eu assumo a condição de divorciado


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ou de viúvo, mas jamais a de solteiro outra vez. Queria abordar a eficácia transformadora do ritual como mote da minha pesquisa, além das inúmeras questões ligadas ao gênero de um indivíduo, ambos assuntos já iniciados e considerados em outras concepções minhas”, comenta Tales. Nessa ação, os artistas beijavam sem parar as paredes da exposição “Beija-me”, carimbando milhares de vezes os seus lábios com auxílio de batons do tipo 24h. Sob a mesma pesquisa em torno do poder de transformação do ritual, o artista catanduvense, que hoje vive entre o Brasil e Portugal, criou a performance “Traje de Banho para Sujar” (2009) na ONG Galpão 6, onde todo público, juntamente com os performers, podia entrar numa espécie de piscina de lama para dançar como se estivesse em uma pista de dança. “Todos eram iguais na sujeira. Todos passaram a formar um único conjunto extremamente integrado. Eram camaradas da sujeira; partilhavam do sentimento de ‘Communitas’, eram ‘camara-

das’ pois todos estavam dividindo a mesma situação (brincando na lama) de forma espontânea, prevalecendo ali a franqueza e as inflamadas emoções que se assemelhavam às de uma partida de futebol quando um time está em

“Algumas pessoas não viram com bons olhos, nos chamavam de loucos e até desocupados” - Tales Frey

perfeita harmonia, por exemplo”. Tales já desenvolveu uma série de workshops na cidade, dentre eles, na Dell’Arte e na Secretaria Municipal de Cultura, sempre ressaltando a importância do desenvolvimento do conceito de uma partitura de performance, além da elaboração de trabalhos criados de forma coletiva, onde todos são artistas criadores. Nesses cursos de curta duração, o artista tem procurado esclarecer alguns pormenores com relação à arte da performance através da teoria

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e história dessa linguagem artística que para muitos é algo ainda recente, mas Tales Frey ressalta que “a performance não é nenhuma novidade. Nem no mundo e nem no nosso território. Dentro do futurismo russo, por exemplo, já havia performance com moldes similares aos que vemos atualmente em âmbito da arte. É um erro afirmar que performance é um gênero novo; no Brasil mesmo, temos um exemplo clássico de uma performance ocorrida na década de 1930: a chamada ‘Experiência de número 2’ de Flávio de Carvalho, que era uma travessia em sentido contrário a uma procissão de Corpus Christi na cidade de São Paulo com um chapéu ostentado sobre a sua cabeça. Em passagem pelo Brasil até maio deste ano, o artista Tales Frey apresentou uma série de trabalhos relacionados a essa expressão artística. A exposição “Moda e Religiosidade em Registros Corporais” será mostrada no SESC Rio Preto durante a Semana Santa, em abril, “Dismorfofobia”, performance feita ao vivo, tam-


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bém exibida no SESC Piracicaba, onde Tales minis- tônoma nas décadas de 1960 e 1970. Coincide com trou uma oficina com foco no processo de criação o surgimento da chamada arte conceitual em que em arte e tecnologia. Ainda, com Paulo da Mata, a ideia era mais importante que o produto final. Tales foi realizado a “Mostra Performatus # 1” na Central Galeria de Arte de São Paulo entre março Para conhecer mais a maio, que contou com mais de 25 apresentações ao vivo de performances e exposições de fotoperA Cia. Excessos tem uma página na internet comparformances e videoperformances, reunindo nomes tilhando todas as experiências feitas em todo o país, célebres como Marina Abramovic, Priscilla Davanalém dos espetáculos já apresentados pela companhia, zo, Lenora de Barros, Lucio Agra, Marcio Shima, através do site www.ciaexcessos.com.br. Além disso, eles também disponibilizam mensalmente uma revista Amelia Jones, Manuel Vason, Nathália Mello, Tâsobre a arte da performance, a Performatus, disponível nia Dinis, entre outros muitos artistas e coletivos. no site performatus.net. Tales também desenvolveu um processo coletivo de criação através da oficina “O corpo pivô” na ci-

dade de Campo Grande-MS, concomitantemente à disciplina de Expressão Corporal que está ministrando no curso inaugural de Arte Dramática no SENAC. Em abril, foi realizada a exposição de obras da Cia. Excessos na Central Galeria de Arte da cidade de São Paulo e uma exposição no Barracão Maravilha em maio na cidade do Rio de Janeiro.

AFINAL, O QUE É A PERFORMANCE? A performance é um gênero artístico relativamente recente, pois se desenvolveu no decorrer do século XX durante as chamadas vanguardas artísticas e se concretizou como uma linguagem au-

Cia. Excessos

Performatus


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Falando de moda com

MarinaNocera

O Novo Dandy

Não há espanto em dizer que o movimento Dandy, que arrebatou milhares de corações apaixonados, parece estar criando fortes raízes no comportamento masculino. Àqueles que não estão a par do assunto, Dandy foi um comportamento iniciado por Ingleses do século XIX. Independente de questões como status familiar, o movimento tinha a finalidade de mostrar superioridade ao que consideravam “plebe”, comportamento que englobava de modos à vestimenta e aparência impecáveis e, é claro, a boa “lábia” de um conquistador. Há algumas gerações, muitos dos rapazes vem aderindo ao movimento de conceito: “sendo fino e educado, mostrarei meu mérito e a garota se apaixonará” pensam. Sempre de pescoço erguido, não são habituados a responder um insulto, apenas olham evidenciando seu desprezo para com a atitude, que certamente viera de um “plebeu”, mesmo quando acabam por revidar, o fazem sem despentear o cabelo, precisamente arrumado, mas com um ar proposital de quem acabou de acordar. Sempre vestidos como sirs, nunca extravagantes demais, o que os torna elegantes. Ninguém está dizendo que andem de colete e gola alta em pleno sol do

meio dia, – não no Brasil – os Dandys, acima de tudo, devem ter algo essencial: discernimento. E cá entre nós, mulheres, sabemos quantas horas eles demoraram a arrumar o penteado, mas mesmo assim, fingimos não saber, só para não deixá-los sem graça. Quantas amigas (ou amigos) seus você já viu chorando e se lamentando pelo príncipe de capa de revista, que dilacerou seu pobre coração, pela 18453ª vez? Talvez mais, na época em que as moças ainda acreditavam cegamente em seus Romeus, hoje estão mais precavidas, pode-se dizer. Mas então, porque é que esses novos Dandys nunca “caem de moda”? Ora, meus queridos, é fato científico que as mulheres são atraídas pelo que ouvem, porém também é fato que o comportamento humano vem sofrendo mudanças, dentre as quais estão a autoconfiança e amor próprio que a mulher do século XX dificilmente tinha. Portanto são nítidos os motivos pelos quais ao invés de interessar-se por um rapaz desleixado, que se veste de forma inadequada e nem ao menos entende o que são bons modos, ela vá escolher desfilar ao lado de um Dandy, bem arrumado, que age como homem – não como garoto – e a trata com palavras de um lorde. Marina Nocera é estudante de moda e colunista da Tribo







por Nayara Dalossi

ENTRE

RIMAS

e BEATS

Uma Batida de Ideologia

“A

tendendo o pedido da Nayara Dalossi, mostro que na rima improvisada rima improvisada eu tomo posse. Pra galera da Unirp, obrigado por somar, hoje trouxe meus versos então, licença pra chegar. Aqui na revista Tribus deixo meu improvisado e também pela atenção o meu muito obrigado. Sou Pedro Improvisador e já deixo o aviso. Tamo ai na caminhada, vivendo de Improviso!”, assim começa a conversa com um improvisador. Pedro Henrique Oliveira de Souza, 22, pai, o Pedro Improvisador, nome que ganhou no meio hip hop na região de São José do Rio Preto, devido sua facilidade na técnica freestyle, conhecida pela liberdade de inserir versos de improviso em uma base musical, se apaixonou pelo estilo livre quando pela primeira vez viu versos sendo desenrolados de forma natural e criativa no ritmo da música, desde então, segundo ele, sua vontade era apenas uma, aprender a rimar. O rap em Rio Preto tem ganhado força através de movimentos independentes e promoção de eventos que abraçam a música, o grafite, a dança e todas as artes desse movimento cultural, dessa tribo. Já no Brasil, como um todo, nunca se viu uma abertura tão grande da mídia para o movimento hip hop, principalmente


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na música, uma base marcada por músicas cheias Sinônimo de cultura social conhecedora dos de ideologias cantadas por Sabotaproblemas e ambições de uma comunige, Racionais Mc’s, Planet Hemp, dade, o hip hop praticamente exinão faziam parte do mercado, ge conhecimento popular, enmuitas vezes por suas crivolvimento social, visão de ticas claras e diretas ao cidadão consciente. Pedro, governo do país. Já em por exemplo, é convidado 2014 tudo é diferente pra batalhas de improcom Mcs como Marceviso que acontecem na lo D2, Emicida, Criolo, cidade e lá precisa estar Rashid, Projota e outros preparado pra qualquer que conseguiram embutir adversário e ali a melhor seus versos “leves” na masforma de mostrar isso é sa televisiva, rádio e internet. na rima, “Acabo estudando No improviso as dificuldades e buscando conhecimento não são as mesma de qualquer arte, só em outras culturas, mas em tudo “Se você quer ver sua arte ser apreciada que eu conseguir adquirir de bagagem é necessário ser bom no que faz e não ter medo de para minha jornada; ajuda muito na rima, trás semostrar para ninguém. Eu mesmo mostrei meu “Se você quer ver sua arte apreciada é improviso em igrejas, show de rock, rap, reggae, na necessário ser bom no que faz” rua e até dentro de empresas. Assim o tal “pré-conceito” que seria uma dificuldade,acabou sendo quebrado com uma boa rima”, diz gurança, firmeza nas palavras e uma série de outros o improvisador. fatores que embora não pareça.


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Fica ligado nas maiores inspirações do freestyle Sabotagem Um bom Lugar

Sabotagem Respeito é pra quem tem

Racionais Mc’s Nada Como Um Dia Após O Outro Dia

Racionais Mc’sSobrevivendo No Inferno

Sabotagem Na Zona Sul

Racionais Mc’s 1000 Trutas 1000 Tretas


BACKGROUND DAS

ruas por Nayara Dalossi

F

oi em 1970 que o primeiro traço de arte nos muros chegou em São Paulo. Conhecido como uma das formas de expressão artística do movimento hip hop, o Grafite tomou conta do visual dos grandes centros urbanos e hoje consegue fazer o seu papel com mais consentimento da sociedade.

Foto: Luiz Francez


E

m São José do Rio Preto, há muitos desses artistas, eles que têm dentro do movimento hip hop sua base e hoje conseguem difundir para muitas áreas seus conhecimentos, como por exemplo a educação. “O grafite, ainda hoje, tem algumas barreiras, mas a cada dia está melhorando, não é mais uma arte marginalizada e sim um movimento das artes plásticas que criou seu estilo próprio com artistas diferenciados de muita qualidade e admirados pelo mundo todo”, diz Marcelo Alves, 33, o Celo, arte finalista em uma empresa de impressão digital e professor de artes da Fundação Casa, Celo é grafiteiro em Rio Preto. “Eu comecei a fazer grafite através do Hip Hop, e hoje não faço mais parte dele, mas tanto o movimento hip hop quanto a arte do grafite são ferramentas muito importantes na educação e também na socialização das pessoas que dela participam”, explana Celo sobre o alcance de sua arte. Apesar de estar inserida de forma constante nas comunidades, expressando toda a opressão que esta vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, refletindo a realidade das ruas, o grafite é muito confundido com pichação ou marginalidade. O pixo, tag, pichação, é o ato de assinar seu nome ou o nome do seu grupo (turma) em muros pelas cidades deixando ali uma marca que pode ter muitos significados diferentes, como ideologia, marcação de território ou até protestos ao governo. O fato de grafiteiros e pichadores utilizarem o mesmo instrumento de trabalho, spray ou látex, é um dos motivos para que haja essa confusão. “Alguns confundem a pichação com o grafite porque a ferramenta que se usa é a mesma, mas em termos de estética somos totalmente diferentes, além disso não tem fazer um grafite na obscuridade da cidade, ele exige mais tempo e a claridade do dia. Para Celo o grafite e as artes são os meios de estimular dentro da educação, “os instrumentos de pintura, spray e o pincel, se tornam uma arma que não é usada para algo ruim e sim para colorir e dar alegria à aqueles que já tem uma vida muito sofrida. O material de pintura se torna um obra, na qual eles se revelam como artistas dando um passo para a recuperação e se tornando adolescentes melhores” finaliza o professor sobre sua experiência na Fundação Casa.

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Os estilos da

arte urbana

Stêncil

Grafite

Pixo




Foto: Divulgação / Nocera Cucciolo Wear


pets

ELES também

ESTÃO na

MODA

por Gabriel Vital

Q

uando escolhemos uma carreira para seguir geralmente vamos em busca de uma faculdade que proporcione um aperfeiçoamento do talento que já é nato. A escolha de um curso geralmente vem acompanhada de muitas incertezas, mas com o passar do tempo, quando se percebe que a escolha feita foi a correta, entramos de cabeça na profissão e já procuramos trabalhar na área antes mesmo de concluir a faculdade. Mas enquanto a maioria vai pelo caminho mais comum e inicia a carreira fazendo um estágio, outros, mais ousados, decidem abrir o próprio negócio. É o caso da estudante de moda do Centro Universitário de Rio Preto, Marina Nocera, que aos vinte anos já desenha a vende roupas para animais de estimação.


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OS PETS DIVOS A ideia de criar roupas para pets veio da própria necessidade da estudante. Ela conta que sempre possuiu cães de grande porte (Labrador e Border Collie) e quando procurava algum acessório para os seus animais ou não encontrava algo que servisse, ou só encontrava artigos comuns, sem qualquer atrativo. “Foi então que comecei a fazer roupas de alta costura para os meus cães. Quando os vizinhos e amigos viram se interessaram e começaram a encomendar roupas comigo. A partir daí o negócio foi criando raízes” explica Marina. Com o aumento das vendas, Marina viu nas roupas para animais uma oportunidade de mostrar o seu trabalho e também ganhar dinheiro. Com isso ela criou a marca Nocera Cucciolo Wear, com a proposta de levar ao cliente roupas para cães e gatos de todos os tamanhos, com

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ESTÃO Roupas para todos os gostos, patas e focinhos modelagens e estampas que fujam do que é clichê nas prateleiras dos pet shops. “Ninguém quer pagar caro por algo igual ao que comprou há três anos. O mundo pede por inovação” declara a jovem empresária. I��������� � ����������������

Marina conta que suas fontes de inspiração são várias, mas a maior delas é uma causa nobre. A estudante afirma que o que mais a inspira é usar a moda para algo bom. Embora os maiores consumidores dos produtos Nocera sejam animais que possuem um lar e donos que os tratam bem, a grife da estudante de moda se preocupa também com os bichos que são abandonados e que vivem nas ruas. Marina explica que parte dos lucros da grife são revertidos para o auxílio dos animais mais necessitados. Ela conta que, quando possível, até leva alguns para casa. “É de cortar o coração, a simplicidade e expressão de agradecimento dos animais quando os ajudamos. Isso me inspira” afirma. Ao ser perguntada qual sua maior paixão, se a moda ou os animais, Marina tem a resposta na ponta da língua: “Pelos animais tenho amor, amor incondicional, pois eles jamais me fariam algum mal, enquanto pela moda tenho paixão, até porque, moda, arte e design são apaixonantes” e completa “é preciso ter muita paixão pelo que faz”. A N����� ����

A grife para pets conta hoje com uma estilista, que é a estudante de moda, e uma costureira profissional. As vendas são online e as cidades de São José do Rio Preto e Catanduva contam com serviço de delivery. Encomendas de demais cidades do Brasil são entregues via correio. Para conhecer um pouco mais da Nocera Cucciolo Wear acesse a página facebook. com/noceracucciolowear.


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“Pelos animais tenho amor, amor incondicional, pois eles jamais me fariam algum mal, enquanto pela moda tenho paixão - Marina Nocera

O

MERCADO DA MODA EM ALTA NO

BRASIL



IT GIRL

Bloggers, saiba quem são elas

Foto: Maurício Paulinio

Quando o Assunto é Moda...


Revista tRibo

por Danilo Batista

ElasEstãoem

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Quando o assunto é moda, a primeira imagem que vem à cabeça é aquela de modelos excessivamente magras, glamour; uma realidade bem aquém da maioria das pessoas. A onda de Blogs de Moda tem feito muito sucesso entre garotas com idade entre 15 e 25 anos. Nesses blogs são dadas dicas de como se vestir, como se maquiar, qual sapato usar, aonde ir... Dessa forma, as chamadas ¨bloggers¨ acabam vendendo produtos e tendências e quanto maior o acesso e divulgação de seus sites, maior o interesse de empresários do ramo em divulgar suas marcas em conjunto a essas garotas. Nomes como Thássia Naves, Camila Coutinho, Lalá Rudge (...) têm inspirado garotas do interior de São Paulo no mundo da moda. E por quê? São garotas de classe média, com algum conhecimento sobre

Alta

moda, beleza e uma visão de marketing fora do comum. A internet é a principal ferramenta de trabalho para essas garotas, o intuito é levar dicas moda de forma mais acessível para garotas que não podem pagar os preços exorbitantes em roupas e acessórios de marcas renomadas. A arquiteta e urbanista Ruhama Junqueira, possui um blog de moda, nele posta fotografias dos chamados ¨looks do dia¨, porém, com muita cautela para não estimular a futilidade. “A questão do consumo tem que ser tratada com muito cuidado, pra não estimular a futilidade, tento sempre postar algumas frases e pensamentos que mostrem que o principal valor é o interior pessoas, e espero que minhas leitoras sintam isso também.” Ruhama Junqueira gosta de unir sua profissão ao blog, nele ela também posta dicas de decoração, já que é arquiteta e urbanista e acredita que moda e arquitetura caminham juntos. “A conclusão é simples, moda e arquitetura , são totalmente ligadas, é só ques-

Fotos: mauriciopaulino.com.br e arquivo

¨Vale lembrar que o Brasil é um dos primeiros países no ranking de blogs mais influentes do mundo¨ - Ruhama Junqueira


39 tão de proporção. O processo criativo de arquitetos e designers de moda são praticamente o mesmo, a pesquisa de materiais, formas e estruturas, tendo como base o espaço, os volumes e o corpo humano como escala”. Um aspecto bastante questionável é sobre o conhecimento de moda de garotas que se arriscam a fazer um Blog de Moda, pois existe o preconceito por parte de quem estuda Moda a quem resolve se aventurar nessa onda de Blogger. Para a empresária Aline Baltar, o bom gosto deve existir, mas não há a necessidade de graduação e entendimento profundo para se criar um blog. A ideia de se criar um blog geralmente parte da mesma forma em que um garoto decide ser jogador de futebol por exemplo. Há sempre uma garota que se destaca nesse meio e que em muito pouco tempo passa a ter um faturamento astronômico com a ferramenta. Para se ter ideia, a blogger mais renomada do Brasil, Thássia Naves, teve fotos do seu casamento divulgada na Revista Caras, a revista francesa de moda Glamour cita Thássia como uma das pessoas mais influentes do mundo no ramo da moda.

Também inspirada em Thássia Naves, Cacá El Assal, estudante de Administração em São José do Rio Preto também tem um blog de moda, os acessos nele chegam a 400 mil em um único mês, dando consistência ao investimento feito por empresários ao divulgar suas marcas usando esse tipo de ferramenta. O visual Vintage é o diferencial de seu blog. Para Cacá, em antítese às demais bloggers, é preciso conhecimento em Moda

Junho / 2014

para se fazer um blog. Apesar de estudar Administração Cacá é leitora assídua da Revista Vogue desde muito cedo, acompanha tudo desse mundo, ela acredita que as mídias sociais podem ser exploradas a fundo, que ter visão de negócio determina a vida útil nesse meio.

O profissionalismo tem feito essas garotas se destacarem sobre as demais, hoje elas necessitam de fotógrafo profissional, maquiador, cabeleireiro, publicitários para a criação de layout e divulgação do site e muitas outras coisas. O trabalho é árduo como outro qualquer e na maioria das vezes é apenas o segundo trabalho, pois boa parte delas possuem outra profissão fixa como fonte de renda.

5 Passos para Montar Seu Blog 1º Defina o nome, ele deve ser de fácil escrita, pronuncia e de ser lembrado. Lembre-se de verificar que esse nome ainda não exite na web.

2º Procure um desenvolvedor que supra suas necessidades. Dê prioridade aos gratuitos (blogger, blogspot), afinal esse é o seu primeiro blog.

3º Procure por tutoriais com dicas sobre como lidar com as ferramentas oferecidas. Eles são ótimos no início!

4º Coloque a sua personalidade nele, evite copiar outros blogs. Abuse de um bom texto, boas fotos e procure um layout que combine com a temática do seu blog.

5º Divulgue!!! Isso é muito importante. Passe para os amigos e faça das redes sociais uma aliada.

GOOD LUCK...


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