Caderno Dia das Mães | Tribuna do Interior | Maio-2012

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Foto: Salete Kuyava | Modelo: Jandi Ferreira e Valentina

Especial Tribuna do Interior | Maio 2012


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É hora de fazer a tarefa de casa!

Mães ocupadas podem (e devem) acompanhar o desenvolvimento dos filhos Por Tayenne Carvalho

Na correria diária, muitas mães acabam não conseguindo acompanhar os estudos dos filhos. Ou então, não sabem se estão fazendo da maneira certa. Isso é algo sempre cobrado nas escolas, e que é importante para o desenvolvimento da criança. Mas pode parecer muito complicado. A pedagoga e especialista em Educação Infantil e Séries Iniciais, Rosane Leite Carolo, explica que, na verdade, não tem complicação nisso. O passo inicial é a organização

“Primeiro deve-se escolher um bom local para a criança estudar, com boa luminosidade, e aconchegante. Em segundo lugar, é necessário que se crie uma rotina com um horário para estudo.”

A pedagoga diz que, quando a mãe volta do trabalho, ela pode rever o que o filho fez, já que a tarefa é da criança, não da mãe. Se o filho não entendeu alguma coisa, primeiro a mãe deve auxiliar para que ele consiga isso sozinho. Pedir que leia o dever, e explique onde não entendeu, e não fazer a tarefa para ele. “Às vezes, a própria mãe cria uma situação que acostuma a criança a fazer só se ela estiver presente, e isso não é interessante. Algumas coisas, claro, precisam da ajuda de um adulto. Mas é preciso possibilitar sempre esse crescimento, essa autonomia.” O acompanhamento que os pais devem praticar é “verificar o que o filho está aprendendo na escola, ver a agenda da criança, observar se fez as tarefas, e se está com alguma dúvida.” Além disso, é importante disponibilizar o acesso a muita leitura, livros e revistas para que ela possa pesquisar. “Na idade escolar é importante ter esses materiais de apoio.” Segundo a pedagoga, a criança também aprende com os afazeres de casa. “Pequenas atitudes ajudam a criança ter responsabilidade. Organizar o quarto, arrumar a cama, organizar os brinquedos, ajudar na rotina da casa. São coisas que ajudam muito para a autonomia dela. Quando elas são muito dependentes, isso aparece na escola. Lá é ela quem tem de pegar a bolsa, a agenda, copiar a tarefa, e não é a mamãe ou o papai que vão fazer. É a própria criança.”

A historiadora e consultora Cristiane Marcon, tem um filho de cinco anos. Desde os três ele vai à escola, mas mesmo antes disso, ela já estimulava o desenvolvimento dele. “Faço de tudo para que ele tenha uma boa educação. Sempre busquei estimulá-lo com jogos educativos, monitoro tudo o que ele assiste. Só libero o que tiver um conteúdo educativo, em que se aprenda algo de útil.” Cristiane também ensina por meio de coisas do dia-a-dia. “Tem tanta coisa por aí, principalmente na TV, com comerciais abusivos em cima de produtos para crianças. Sempre explico o valor das coisas, o porquê meu filho não precisa comprar um iogurte só porque tem o Ben 10, por exemplo. Com isso, estou ensinando o valor do dinheiro, que ele deve gastar apenas com o que é necessário.” A pedagoga Rosane, fala que nessa idade das séries iniciais, têm jogos muito interessantes para auxiliar no processo de aprendizagem. “Ficar decorando é chato. E o jogo ajuda no estudo. Livrinhos, almanaques, computador. Existem sites interessantes para crianças, mas claro, com tempo determinado, e desde que tenha algum acompanhamento.”

Cristiane Marcon sempre incentiva o filho dela também com livros, música e até alguns jogos de video game. “Criança é como uma esponja. Absorve tudo ao redor. Se a água perto da esponja for suja, é isso que ela irá absorver”. Além disso, ela afirma que faz questão de estar sempre presente nas apresentações do filho, nas reuniões da escola e tenta ser o mais presente possível. “A escola ensina, mas são os pais que devem educar, passar valores e respeito.”


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Confissões de Mãe Como as mães encaram o dia a dia conciliando família,casa e trabalho Gráficos João Paulo Benassi

Para qual papel você gostaria de dedicar-se mais? Mulher, Esposa, Namorada

19%

Dona de Casa %

%

28

Amiga

Deixam Tudo de lado - trabalho, casa, marido – se o filho adoecer

61%

45%

12

53%

Nem concordo, nem discordo

Gostariam de ser mais preocupadas mas não têm tempo

1% Não se preocupam

Será que existe muita diferença entre as mães que não trabalham fora e as que trabalham fora? Não trabalham fora

Trabalham fora

83%

83%

72%

72%

62%

55%

Estão sempre preocupadas questionando a forma com cuidam e educam os filhos

35%

Concordo, concordo totalmente

Preocupam-se com a alimentação básica

11%

Não contam com nenhuma ajuda para cuidar dos filhos

Filhos e carreira são igualmente importantes para mim?

Das mães declararam ser muito preocupadas

31%

Dizem estarem presentes em todos os momentos importantes dos filhos

Profissional

Alimentação 57%

Não se sentem estressadas e cansadas por causa dos filhos

%

40

77%

76%

10

4%

Mãe

Dedicação

%

Discordo, discordo totalmente

Sempre que podem param o que estão fazendo para brincar com os filhos Conseguem dividir bem o tempo entre todas as suas atividades

Esses dados são parte de pesquisa feita pela marca de gelatinas Royal entre julho e agosto de 2011. A pesquisa completa está disponível no site da empresa: www.gelatinaroyal.com.br

Nossos parabéns a todas as mães


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Gravidez: mar de emoções e expectativas A felicidade pela espera da chegada de um filho

Por Tayenne Carvalho

Esperar um filho. Sendo planejado ou mesmo na surpresa, ter um bebezinho crescendo, se formando e se mexendo dentro da sua barriga, é quase mágico. São tantas as mudanças no corpo da mulher, nas emoções mais exaltadas e nos cuidados diários. Nove meses (ou oito, ou sete, ou seis... depende de quando a gravidez é descoberta ou de quando o pequeno resolve vir, de fato, ao mundo) de expectativas e preparação para receber uma criança, que tem um pouco de você, e que terá um monte de coisas para aprender e viver e brincar, e que as mamães já amam “só” de saber que ela existe e que logo, logo estará fazendo bagunça pela casa. A gravidez é um momento tão ‘mágico’, que até quando não planejada e em situações difíceis, traz mudanças e alegrias para a família. Foi o caso da auxiliar administrativa Torelize Hoose Medina, de 28 anos. Ela está esperando o segundo filho, na 30ª semana da gravidez. “No momento em que peguei o resultado do laboratório levei um susto, pois não havíamos planejado para o momento, mas depois a emoção já tomou conta e andei pelas ruas, um tanto quanto “boba” (risos). Foi aí que pensei em como dar a notícia lá em casa, tendo em vista que não estava sendo um bom momento: meu esposo havia acabado de ficar desempregado. Fui à uma loja infantil e comprei um body com frases criativas e junto com um cartão escrito “Parabéns, Papai e Maninha” e o resultado do exame no meio do body, embrulhei para presente. Quando meu esposo e minha filha estavam sentados à mesa para lanchar, entreguei o embrulho a ele dizendo que era um “agrado”, pois estava achando ele muito triste. No momento em que ele abriu, pensou que era uma camiseta e, começou a ler o que estava escrito. Mal tinha acabado de ler e começou a dizer “Ahn! Sério? Você tá de brincadeira!...”, quando ele viu o exame e o cartão, não se conteve, caiu no choro (pois era o que ele mais queria). Minha filha, então, pulava de alegria e me abraçava como se tivesse ganhado o presente dos sonhos - ela sempre pedia um(a) irmãozinho(a). Aí pude perceber que uma gravidez é realmente uma dádiva, não só para a mãe, como para a família inteira e, que Deus concede essa dádiva no momento certo . Nada é por acaso. Daí pra frente posso dizer que tudo melhorou.”

Torelize Hoose Medina, de 28 anos. Sete meses e meio de gravidez

As mudanças no decorrer da gravidez são sempre intensas. Principalmente com o emocional de cada mulher. A vendedora Sara Oliveira, 21, está grávida de quatro meses, feliz e curtindo cada novidade que aparece nesse período. “É um sentimento tão maravilhoso! Você começa amar um alguém que você nem viu. E meus sentimentos mudaram muito. Com tudo eu me emociono, choro.” Os tais ‘desejos de grávida’ também já começaram a aparecer na gravidez de Sara. Como ela mesma diz, bem estranhos, por sinal. “Às vezes sinto uma vontade louca de comer cada coisa estranha - esses dias comi quiabo com açúcar. Meio nojento, mas amei comer.” A ansiedade também é algo que fica explícito. Afinal, conhecer uma pessoa nova sempre nos enche de expectativas. E sendo o próprio filho então, mais ainda. “Eu me emocionei muito ao saber que meu filho era menino, e ver o rosto dele no ultrassom... Espero que chegue logo outubro para ter ele nos meus braços”, afirma a mamãe, empolgada, e emocionada, Sara.


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Esse tal “amor de mãe” O bem que toda mulher ‘sofre’ quando os filhos aparecem

“Para mim, ser mãe é se doar, é entregar-se por inteiro. É o amor maior que existe.” Por Tayenne Carvalho

“Ser mãe muda completamente a vida de qualquer mulher” - Gislaine Maiolli de Oliveira

Quando a mulher se torna mãe, são muitas as mudanças. Seja de qualquer idade, classe social, religião ou profissão, se alteram a rotina, a forma de pensar, de agir e de viver.

mãe é se doar, é se entregar por inteiro. É o amor maior que existe.” E afirma ainda que quando os filhos ficam doentes, por exemplo, é complicado, porque “a gente gostaria de poder se colocar no lugar deles”.

Até mesmo os objetos da casa acabam mudando. Enfeites que quebram e remédios vão para o alto. Há o cuidado com as tomadas. Sem contar os brinquedos que insistem em se espalhar pela casa.

Ela conta que uma das maiores experiências que teve foi no casamento dela. O filho já estava com três anos e foi o padrinho de aliança. Ele participar desse momento foi algo muito especial para Gislaine. “Foi uma bênção de Deus na nossa vida”.

A mãe descobre um amor diferente, incondicional. É o tal do “amor de mãe” que tanto se fala. E se perguntar para ela como é esse sentimento, o brilho nos olhos é que acaba fazendo a vez das palavras que faltam. É um amor difícil de explicar, mas um dos melhores e mais sinceros que existem. A atendente Gislaine Maiolli de Oliveira, de Araruna, diz que ser mãe muda completamente a vida de qualquer mulher. “Para mim, ser

Citar os momentos mais importantes com os filhos, acaba sendo tarefa difícil. Um pouquinho de tudo se torna especial para as mães. Os ‘chutinhos’ ainda na gravidez, os tombos, a formatura, o primeiro emprego, as horas boas e as ruins, o companheirismo, a bagunça e até as broncas, marcam na vida dos dois. Na convivência, mãe e filho crescem juntos, se transformam juntos e aprendem um com o outro. Afinal, como dizem as pessoas, mãe é mãe, e filhos, ah essas crianças...


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Ser mãe é sentir a verdadeira felicidade Obrigado filho, por me permitir ser mãe através de você

Por Tayenne Carvalho

Leonice Borgo Barroso , encontra no amor da família e do filho ânimo e entusiasmo necessários para o dia a dia

Ser mãe é como um presente. Às vezes, com os problemas do dia a dia, é necessário que tenha alguém que nos faça ter mais força para viver, para passar pelos desafios da vida. E os filhos, e o amor por eles, são os que mais têm essa capacidade. A professora Leonice Borgo Barroso é formada em História e Pedagogia, e pós-graduada e História. Profissão ela tem várias. “Sou professora, voluntária, empresária, mãe, esposa, dona de casa”, e por aí vai. Ela é também fundadora e voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mamborê, Integrante do Movimento de Cursilho da Igreja Católica, vice presidente da Associação Comercial e industrial de Mamborê, conselheira do Conselho Municipal de Saúde de Mamborê, e integrante do Conselho da Mulher Empresária de Mamborê. E para ser tanta coisa, ela confessa que é no amor da família e do filho que encontra o ânimo e entusiasmo necessários.

“Nasci de uma GRANDE MULHER... e como FILHA, vivi dias ma-

ravilhosos com a MINHA FAMÍLIA. Estudei, trabalhei, namorei e me casei. Desse amor nasceu um menino e assim se cumpriu em mim a grande dádiva feminina e DIVINA de SER MÃE... Presente maravilhoso que DEUS me concedeu. Esse FILHO – SER DIVINO que torna presente e concreto o amor de nossas famílias, (a minha família e a do meu esposo) e toda sua caminhada terrena. E é nesse amor que encontro forças para vivenciar todos os desafios que DEUS coloca em minha caminhada, com a certeza de que somente através Dele é que conquistarei a vitória, tão desejada junto a DEUS. Ser mãe para mim é tudo isso... é sentir a verdadeira felicidade quando nosso filho consegue conquistar aquilo que tanto deseja pelo seu próprio esforço, ancorado na força da MÃE e da FAMÍLIA; é realizar-se com o sucesso do filho; é estar presente em todos os momentos... é sorrir juntos... é chorar juntos... é extrair o melhor um do outro e das situações que se apresentam em nossa vida... SER MÃE, para mim, é uma forma de sentir o amor de DEUS presente em minha vida.”


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Adoção. Ato legítimo de amor Só quem é mãe sabe como é bom sentir-se realizada junto aos filhos Os laços de amor entre pais e filhos é que fazem essa união ser verdadeira. Ser ou não do próprio sangue não faz diferença quando o sentimento é legítimo. A adoção é um desses momentos. É um ato especial, importante para a criança, e para os pais que a adotam. É um ato de união e de alegria. É uma família gerada pelo amor. A diretora da APAE de Peabiru, Idalneia Mantovani Carvalho, é uma dessas mulheres, que se sente realizada com a adoção. A filha dela tem hoje 31 anos, e o filho está com 30. “Considero-me uma pessoa abençoada, pois apesar de não ter gerado filhos em meu próprio útero, gerei-os em meu coração. E sou uma mãe que agradece todos os dias esta oportunidade que me foi confiada por Deus. Eles foram realmente desejados e são os meus tesouros. Acredito piamente que os maiores beneficiados numa adoção são os pais, pois com as crianças, nós nos renovamos, crescemos e aprendemos o verdadeiro sentido de viver”, afirma. Aos 57 anos, Idalnéia é também avó. Ela tem duas netas, uma de três e outra de cinco anos. A diretora da APAE, no trabalho que realiza na instituição, acredita que é importante auxiliar as famílias. O suporte não deve ser dado apenas às crianças, mas também às mães que as acompanham. “Tenho a certeza que não viemos para este mundo para cuidarmos somente da nossa famí-

Por Tayenne Carvalho

lia biológica, e por isso a disposição de lutar por crianças especiais é uma constante em minha vida. Considero as mães destas crianças tão especiais quanto elas, e tento encorajá-las. E com a equipe de trabalho maravilhosa que nos acompanha, dar um suporte a elas para que também se realizem através de seus filhos e tenham a sensação do dever cumprido. Digo sempre: Acredite e oportunize-as que as realizações virão!” Mães sempre tem momentos muito especiais, fortes e de realização. Idalnéia relembrou que, na vida dela, o que mais marcou foi “quando soube que havia um bebê à minha espera em um hospital; No momento que amamentei no seio meu segundo filho sem mesmo ter dado a luz a ele; No dia que conseguimos, com um grupo de amigos, realizarmos o sonho de fundarmos a APAE; E a cinco e três anos atrás, poder assistir a dois partos. O nascimento das minhas netas. Nunca estive como mãe em uma sala destas, mas Deus me deu a oportunidade de ver minhas netas nascerem e isto é o melhor presente que eu podia receber nesta vida.” Para ela, mesmo com estes momentos marcantes, o que vale mesmo é se sentir realizada junto aos filhos. E afirma que, o que há de mais especial em ser mãe, é “ter a oportunidade de brincar e sonhar com meus filhos e me realizar com suas conquistas.”


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Desejos de mãe

A felicidade dos filhos é o que completa a felicidade das mães Por Tayenne Carvalho

Muitas mudanças acontecem quando se torna mãe. Talvez o crescimento pessoal, e aprender a ser sensível e firme ao mesmo tempo, sejam uma das principais características que se desenvolvem na mulher. A estudante Ana Lopes, 23, tem um filho com dois anos e três meses, o Davi. Para ela, ser mãe é tudo, e é inclusive o aprendizado que um tem com o outro. “É você aprender cada dia com uma criança, conhecê-la, ter paciência para lidar com problemas do dia a dia. Ser mãe é ver o mundo com os olhos da alma, com a sensibilidade que o mundo precisa e com o acolhimento que todo filho merece.”

Parabéns Mãe Nada deixa uma mulher mais bela, do que a beleza de ser mãe.

Para a locutora e estudante de Jornalismo, Cínthia Carla Rocha, 24, “ser mãe é a maior benção que uma mulher pode receber. Ter me tornado mãe, mesmo que muito jovem, me amadureceu e me tornou uma pessoa melhor.” O filho dela, Kayki, está com sete anos, e é quem fez grande diferença na vida de Cínthia. “Mudou toda minha vida, minha rotina e minha maneira de olhar para o mundo e encarar as situações que a vida nos propõe.” Uma característica bem expressiva das mães, é que elas deixam de pensar apenas em como vão se sair na vida. Qual profissão terá, onde vai morar, como vai pagar as contas. Quase tudo ela passa a pensar também em relação ao filho. E praticamente tudo que faz é por ele, e boa parte das decisões da vida de cada mãe, é tomada pensando neles. Quando se tem um filho, as mães vão vendo seus filhos crescerem, e ficam imaginando como será a vida deles, é inevitável. Profissão, religião, os caminhos que vão seguir, se vão casar, onde vão morar, enfim. Mas o que no fundo as mães desejam, e a base para qualquer outro rumo que os filhos vão tomar, é um bom caminho. “Desejo pro meu filho no futuro, felicidade e coragem para viver”, diz Ana. E Cínthia completa, “é maravilhoso ver um pedaço de si crescendo e aprendendo. O carinho, o amor e a cumplicidade que existem entre mim e meu filho são inexplicáveis. E infinitos. Amor puro, verdadeiro e sincero como nenhum outro. Por um amor tão grande é que desejo apenas que meu filho se mantenha uma criança alegre, que sabe dividir, entende a importância da família e do outro, para que assim, se torne um adulto honesto, digno e que lute por seus objetivos.”

Cínthia e Kayki

Ana e Davi


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De filho para mãe

O mais importante é expressar todos os dias o amor pela mãe Por Tayenne Carvalho

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de presentes. É o dia de homenagear a pessoa que faz esse papel tão sublime na vida de todos, seja mãe, avó-mãe, pai-mãe, tia-mãe, enfim, “a mãe”. A estagiária em Jornalismo, Maiara Orlandini, 22, acha até ser meio clichê a maneira como vê a mãe, a empresária Tânia Maria Garcia Orlandini, já que para ela, mãe é tudo. “É a mulher que copio, que eu procuro ser, e que sinto muito orgulho de ser parecida com ela em algumas coisas. O que mais admiro nela é a criatividade, força, o sorriso sincero. Sou muito grata por tudo que ela fez e por sempre fazer de tudo pra dar o melhor pros filhos. Por viver a vida dela por nós, porque tudo o que fala pensa e faz, é pensando nos filhos.” E para quem acha que, às vezes, os filhos não gostam de ter uma mãe cheia de cuidados, Maiara afirma: “eu gosto muito de ter uma mãe coruja”. Algumas pessoas gostam de mostrar e marcar para sempre o amor que têm pela mãe. É o caso da analista de mídias sociais, Aline Rizzato, 22. O nome de Patrícia Augusto Rizzato está tatuado no braço dela, que aprecia a atitude de guerreira que a mãe tem. “Soube ser pai e mãe quando precisou. É exemplo de caráter e carinho em um só colo. E explosiva no amor e paixão. Essa é minha mãe. Em mim, tatuado no corpo e coração.”

Mãe é exemplo que muitos filhos seguem. É o abraço apertado, a proteção e as palavras duras, quando necessário. Pedir colo de mãe não tem idade e nem motivos específicos. E no Dia das Mães, o reconhecimento por tudo isso, que deve inclusive ser todos os dias, tem de ser muito além

Para o estudante Carlos Emori Jr., palavras não são o bastante para expressar o sentimento que tem pela mãe, a enfermeira Fátima Matsumoto. “O seu esforço nem sempre é valorizado com palavras, mas tenha certeza que é em sentimentos. A sua bondade não é em vão quando nos acrescenta algo, e para nós é em forma de exemplo.” E finaliza, dizendo algo que, pode até ser um pouco comum de se falar em datas festivas, mas que neste caso, é bem verdadeiro em todos os dias. “Obrigado por tudo e que venham mais mil Dia das Mães. Parabéns pelo seu dia!”


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A alimentação pós-parto

Cuidados com a própria saúde e que auxiliam na amamentação são essenciais Por Tayenne Carvalho

A rotina de quem acabou de ter um bebê, muda bastante. Algumas crianças são mais calmas, outras mais agitadas. Há as que trocam o dia pela noite. Sem contar as que sofrem com as temidas cólicas. Mas, nessas horas, a mamãe tem que manter o pique. E para isso, a boa alimentação é essencial. Mayra Motta da Silva, 22, há um mês deu à luz ao Felipe. Nas primeiras semanas ficou na casa dos pais que ajudaram bastante. Mas depois que foi para casa, é ela mesma quem faz a comida. Mayra garante que o pequeno é bem calminho, mas mesmo assim, acabou mudando a alimentação. No caso dela, pra manter uma boa saúde, e também a do Felipinho, já que o que a mãe consome, também vai para o leite. “Estou comendo bastante legumes que não precisem temperar com limão ou vinagre. Geralmente procuro fazer refogadinhos com vagem, chuchu, abobrinha, cenoura. Além disso, passei a comer muito mais frutas do que comia antes”. Além disso, ela também evita comidas e bebidas que possam influenciar com que o filho tenha cólicas. “Geralmente alimentos que dão gazes na mãe podem dar gazes também no bebê. Então, não como banana, feijão, leite, café, brócolis, essas coisas. Também tomo muito chá de erva doce, camomila, funcho. Assim passa pra ele pelo leite, e percebi que tem ajudado bastante. O Felipe tinha muita cólica, e agora, ele tem ficado mais calmo, e eu também.”

As dicas vieram de todos os lados, diz ela. As tias, os pais, amigos, e também a orientação médica foram importantes. “Meu filho está crescendo bem, e eu voltando no meu peso normal”, afirma.

Dicas

Logo após o parto, as mães se preocupam em como se alimentar bem, tanto para perder os quilos ganhos na gestação, quanto para que a qualidade do leite materno seja boa. A nutricionista Liliane Carla Rampineli Borghi explica que o cardápio depende primeiramente de quanto a mãe ganhou de peso nesse período.

“Se ela teve um grande aumento de peso, a dieta deverá ser hipocalórica, ou seja, ter baixas calorias. Como por exemplo, consumir bastante fibras promove a saciedade, reduz o excesso de alimentos, e ela pode perder peso. Já se o ganho foi de 8 a 12 kg, a dieta será normal.” Segundo Liliane, amamentar emagrece. “São gastas 500 calorias por dia para produzir o leite materno.” Então, a mãe deve ter uma alimentação voltada para o enriquecimento desse leite, que sejam ricos em Ômega 3 e 6, em proteínas e beber bastante água, sucos, chás. Mas ela também alerta que deve ser evitado alimentos e bebidas que podem causar cólicas no bebê, como o “chá preto, alimentos ácidos e ricos em gordura, leite de vaca, feijão, chocolate, repolho e refrigerantes.”

Todas as mães devem ter uma dieta deve ser rica em frutas, verduras, cereais, carnes magras e muita água. “O leite terá qualidade melhor, e é bom também para a saúde da mãe, já que ela tem um gasto muito acelerado. De qualquer forma, o mais indicado é procurar um nutricionista, pois cada mãe terá um cardápio individualizado, de acordo com as necessidades de cada mulher.


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Adolescência

Momento de

Transformações

Compreender esta fase é o primeiro passo para uma boa convivência Por Tayenne Carvalho

O período da adolescência geralmente é uma fase complicada. Tanto o próprio adolescente quanto quem convive com ele, acabam sem saber ao certo como lidar com as novas situações. Para os pais, pode parecer uma “rebeldia sem causa”. E para os jovens, uma luta de hormônios e emoções. A psicóloga e terapeuta de família, Édina Lucia Martins, explica que essa fase realmente apresenta momentos difíceis de lidar. Mas para que as coisas corram da melhor maneira possível neste período, ela dá algumas dicas: A adolescência é o período da curiosidade, da inconstância emocional. “O comportamento muda, começa-se a questionar as regras familiares e da sociedade, além das questões hormonais. A cabeça do adolescente fica confusa.” A psicóloga afirma que neste momento é essencial que haja um diálogo aberto e saber o que o filho está sentindo, para que ele não se afaste. Não se deve proibir sem antes ouvir o adolescente. A comunicação é muito importante para que se discuta sobre drogas, sexualidade, regras, pensamentos e formas de agir.

Um dos problemas, segundo Édina, é que muitos pais trabalham demais e não reservam tempo para ter um contato maior com os filhos. Além disso, há os que não tiveram esse tipo de diálogo com a família quando eram adolescentes, e agora ficam sem saber como lidar com a situação. Quanto à má influência por parte dos amigos, a psicóloga ressalta que todos dão importância aos grupos, e que na adolescência essa necessidade fica ainda maior. “O adolescente tem necessidade de ser aceito, e às vezes, tem influência dos amigos sim. O grupo dá mais coragem para fazer coisas que a pessoa não faria se estivesse só. Porém, quanto mais os pais quiserem afastar, proibir o contato sem explicações claras, pior é.” A terapeuta explica que os pais devem conhecer de verdade esses amigos. Chamar para dentro de casa para saber de fato, com quem o filho está andando. “Às vezes os pais estão tão cansados, não querem música alta ou conversas até tarde, que não permitem que o filho chame os amigos para casa.” Adolescentes precisam desse contato, e se os pais não permitem, ele vai até a casa dos amigos ou para outros lugares, se distanciando cada vez mais. Levar o adolescente a um psicólogo nem sempre é a solução. Nessa idade, o filho tende a rejeitar essa idéia, e pode piorar a situação, pois vai fazer com que ele se sinta ainda menos aceito pela família. A psicóloga então afirma que, “ambos devem procurar ajuda se a convivência estiver muito complicada. Pais e filhos. As duas partes devem estar dispostas a rever os comportamentos, e buscar não necessariamente um tratamento, mas um aconselhamento para saberem como lidar melhor, juntos, com a situação”.


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Exercícios na gravidez Como o Pilates proporciona melhor qualidade de vida nesse período Por Tayenne Carvalho

As aulas de Pilates vêm ganhando espaço nos últimos dez anos. O método promete auxiliar na melhora da flexibilidade, no condicionamento físico e reabilitação de lesões. Além disso, atrai muitas pessoas que querem tonificar o corpo, mas se adaptam melhor a exercícios mais leves, do que aos praticados em academias.

Pilates na gravidez A gestação é um período no qual os bons hábitos são muito mais recomendados e lembrados. A qualidade de vida da mãe e do bebê, depende de boa alimentação e também de exercícios físicos moderados e constantes. O Pilates auxilia no momento da gravidez principalmente nas questões posturais. Músculos, articulações e coluna vertebral vão sendo comprometidos progressivamente, e este tipo de exercício ajuda a prevenir e tratar essas alterações.

A fisioterapeuta e instrutora de Pilates, Juliana Malmann, explica

que, “o método Pilates visa fornecer conforto à gravidez e ao parto, com foco no fortalecimento e alongamento suave dos músculos, na estabilidade da musculatura postural e do assoalho pélvico, melhora da concentração, coordenação, equilíbrio e qualidade dos movimentos sem sobrecarregar as articulações, menor risco de parto prematuro e menor duração da fase ativa do parto”. Ela ressalta ainda que, neste caso, os exercícios são individualizados e adaptados conforme cada fase da gestação, indicando-se o início da prática a partir do terceiro mês de gestação. “No pós-parto, o Pilates tem papel importante na facilitação do retorno mais rápido do abdome, e diminuindo a flacidez muscular e da pele característicos deste período.” Mas alerta “antes de começar os exercícios é importante consultar o ginecologista/obstetra e procurar instrutores capacitados.”


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