![](https://assets.isu.pub/document-structure/210201115716-5139edeef6288815d3b381fedaa1d658/v1/d8832a7be863d40d2bb5c1c1e5f14690.jpg?width=720&quality=85%2C50)
1 minute read
Metáfora
Contarei com referências específicas como o estímulo do tríptico “O Jardim das Delícias Terrenas”, de Hieronymus Bosch, presente nos frames iniciais do documentário “Before The Flood”, a escrita do “Diário da Peste”, de Gonçalo M. Tavares, o retrato do poema “Lisboa Ainda”, de Manuel Alegre, e a forma como é trabalhado o conceito de liberdade na exposição “O Jardim da Aprendizagem da Liberdade”, de Yoko Ono, patente em Serralves.
6. A Imagem como Memória. Ler Imagens.
Advertisement
Alberto Manguel
Manguel reflete sobre a utilidade do monumento de memória do Holocausto, de Peter Eisenman, em Berlim. Critica o facto de não haver ligação do monumento com a história e com as pessoas. É uma interpretação conceptual e estéril sem relação com a sociedade, concretizada numa biblioteca de livros inacessíveis. Entende que uma biblioteca onde as pessoas possam ter acesso a livros sobre o Holocausto e onde a memória não se perca cumpriria muito melhor a sua função.
Podemos ler um quadro da mesma forma que lemos um livro? Existe algum vocabulário que possamos de aprender para nos ajudar a deslindar os seus significados? Quererá ele ser descodificado, decifrado e compreendido? Em Ler Imagens, livro profusamente ilustrado, Alberto Manguel oferece uma instigante meditação sobre as questões que nos colocamos quando estamos diante de uma obra de arte. Alberto Manguel (1948, Buenos Aires) cresceu em Telavive e na Argentina. Aos 16 anos, trabalhava na livraria Pygmalion, em Buenos Aires, quando Jorge Luis Borges lhe pediu que lesse para ele em sua casa. Foi leitor de Borges entre 1964 e 1968. Em 1968, mudou-se para a Europa. Viveu em Espanha, França, Itália e Inglaterra, ganhando a vida como leitor e tradutor para várias editoras. Editou cerca de uma dezena de antologias de contos sobre temas tão díspares como o fantástico ou a literatura erótica. É ensaísta, romancista premiado e autor de vários best-sellers internacionais, como Dicionário de Lugares Imaginários, Uma História da Curiosidade, A Biblioteca à Noite e Embalando a Minha Biblioteca (Tintada-china, 2013, 2015, 2016 e 2018, respetivamente). É atualmente cidadão canadiano e foi diretor da Biblioteca Nacional da Argentina entre 2016 e 2018. Foi galardoado com o Prémio Formentor das Letras em 2017.