MANUAL TELEVISIVO
1o Edição
2017
Vinicius Maldonado Marina Rockett Ariel Bernardes JoĂŁo Quadros
viniciustmaldonado@gmail.com marinarockett@gmail.com arielbernardes@icloud.com joaoquadrosramos@gmail.com
Bem-Vindo
Este manual foi criado com o objetivo de estabelecer os
modos de produção televisiva da TV Conceito, levando em conta a identidade de marca, posicionamento e o alinhamento de todos os setores junto a Diretoria Geral, clientes e a entrega de bom conteúdo audiovisual. Acreditamos que a partir disso, todos os processos internos envolvendo a emissora possam corroborar para criação de produtos interessantes tanto para clientes comerciais quanto para os telespectadores do canal 24 da NET. Para tanto, além de estabelecer paradigmas da marca, explicitamos as diretrizes de cada setor e pontuamos alguns conceitos chave para o desenvolvimento destas. Este documento estabelece regas e explicita meios, porém tem pouca utilidade sem dedicação e o comprometimento de todos os colaboradores envolvidos no processo.
Índice 1.
2. 3.
4.
5.
6.
Posicionamento do Canal ......................................................................01 a. Público-alvo .........................................................................................................01 b. Posicionamento ................................................................................................01 Identidade Visual ..........................................................................................02 Sistemas e Processos .................................................................................03 a. Hierarquia .............................................................................................................03 b. Fluxograma ..........................................................................................................03 c. Comercial ..............................................................................................................04 d. Relatório Diário .................................................................................................08 Pré-produção ..............................................................................................09 a. Planejamento .....................................................................................................09 - Viabilidade .....................................................................................................09 - Processos .........................................................................................................09 - Relatório Diário ...........................................................................................10 b.Criação .....................................................................................................................11 - Roteiros ............................................................................................................11 -Princípios do Roteirismo .........................................................................12 -Projeto Televisivo .........................................................................................13 -Desenvolvendo formatos ........................................................................18 -Gêneros Televisivos .....................................................................................19 -Curadoria de Conteúdo ............................................................................20 -Relatório Diário .............................................................................................21 Produção ......................................................................................................22 a. Direção ...................................................................................................................22 -Processo de Produção ...............................................................................23 -Tecnicas e ferramentas básicas ...........................................................24 -Direção de Apresentadores ...................................................................26 -Relatório Diário .............................................................................................27 b. Produtora RTVC ................................................................................................28 - Cinematografia ............................................................................................28 Pós-produção .................................................................................................30 a. Edição .....................................................................................................................30 b. Exibição .................................................................................................................31 - Relatório Diário ............................................................................................32
Capítulo 1
Posicionamento do Canal Queremos que a Tv Conceito seja referência em transmissão regional de qualidade. Por isso, acreditamos que seu slogan deva ser o ponto de partida para a compreensão de seu conceito e posicionamento de marca. "A TV onde você se vê" é o resumo de tudo que queremos transmitir para o telespectador e para os anunciantes. É através do caráter regional da marca que ela se diferencia de seus concorrentes e representa a melhor escolha de veículo para que o comércio local anuncie e fale diretamente com seu público-alvo.
PÚBLICO-ALVO Tendo em vista que a TV Conceito é uma emissora regional de televisão a cabo, o seu público-alvo pode ser definido como a população de classe A e B de Mato Grosso do Sul.
POSICIONAMENTO Com base na proposta, no estilo e no público-alvo da empresa, compreende-se que a TV Conceito deve enquadrar-se na estratégia genérica de diferenciação. Isso significa que ela deve focar seus esforços de marketing em construir uma imagem de marca sustentada pela qualidade de sua programação, visando com isso elevar a audiência e seu marketing share. Isso será possível através de um conjunto de características que vão desde a decoração do cenário, desenvoltura dos apresentadores, qualidade de imagens e trilhas sonoras. A TV Conceito deve investir em transmitir valores adicionais ao telespectador e ser percebido tanto pela qualidade do produto, quanto pelo atendimento diferenciado. Para que a TV Conceito seja considerada pelos telespectadores uma televisão com conteúdo de qualidade, a emissora deve transmitir este valor através de sua identidade visual. O quesito estético é de maior relevância quando fala-se de televisão, pois é o primeiro fator observado pelos telespectadores ao sintonizar no canal.
01
Capítulo 2
Indentidade Visual
Para que a TV Conceito seja considerada pelos telespectadores uma televisão com conteúdo de qualidade, a emissora deve transmitir este valor através de sua identidade visual. O quesito estético é de maior relevância quando fala-se de televisão, pois é o primeiro fator observado pelos telespectadores ao sintonizar no canal.
LOGO
PADRÃO DE CORES SAÚDE/BEM ESTAR
EDUCAÇÃO
MODA/ESTILO
AUTOMOBILISMO
AVENTURA
ASTRAL/INTIMIDADE
ARQUITETURA/DÉCOR
POLÍTICA/NEGÓCIOS
PADRÃO DE CORES
Font Family DINCond Viva.Beautiful Kyrial Pro Display 02
Capítulo 3
Sistemas e Processos
Toda organização formada por diversos colaboradores e que seus objetivos sejam dependentes diretamente de várias etapas produtivas deve apresentar sistemas e processos claros acerca de sua gestão. Neste capítulo abordaremos alguns pontos chaves do gerenciamento estrutural e financeira da emissora TV Conceito. Desta forma estabeleceremos, protocolos de ação, paradigmas de negociação, direção hierárquica de comandos e fluxo de entrada e de novos clientes. Essas são orientações, mas que devem ser sempre adaptadas a cada situação e demanda, de acordo com a cúpula diretiva..
HIERARQUIA
Diretoria COMERCIAL
PLANEJAMENTO
NOVOS PROGRAMAS
CRIAção rtvc
FLUXOGRAMA Através do Fluxograma, podemos entender como a Tv Conceito atende seus clientes: Primeiramente, o primeiro contato do cliente com a empresa é feito através do setor Comercial. Em uma reunião conjunta entre o Comercial, Criação e o cliente, é formado um briefing, que será usado pela Criação para a construção do formato do programa e elaboração de um roteiro para o episódio piloto.
03
GMVYPHSBNB EF
N#= ÿ⠓ÊÄ�ٓ¯†¿ DPNFSDJBM ֆü¿Ê âÊ¿�™Ê
$-*&/5& DPNFSDJBM ֆü¿Ê âÊ¿�™Ê
EJSF§£P HFSBM ÙʒÂ?Ùâ† Â’Â†ĂœĂ˘ĂŠĂœ
EJSF§£P HFSBM ÙʒÂ?Ùâ† Â’Â†ĂœĂ˘ĂŠĂœ
FYJCJEPSB †™Â?Ă…ÂŻÂżĂœĂŠĂ… Ă…Â?¨ÙÂ?ĂŠ DSJB§£P =†Ù“¯Ê ¿ÊÖÂ?Ăœ
DPPSE EF QSPEV§£P Ă™ĂŠĂœÂ? Ùʙٯ¨üÂ?Ăœ
DPPSE UW ¨ü¯ Â“ĂŠĂœĂ˘Â† ÂżÂ?¯âÂ? $-*&/5& DJOFHSBGJTUB
DPPSE UW ¨ü¯ Â“ĂŠĂœĂ˘Â† ÂżÂ?¯âÂ?
FEJ§£P
Depois de pronto, o roteiro Ê repassado para o setor de Planejamento, que agenda um dia para a gravação, e tambÊm para a Produtora, que organiza quais serão os equipamentos necessårios para a filmagem. Após gravado, o programa Ê editado e enviado para o cliente, para que este veja se existe necessidade de alguma alteração. Depois de aprovado, o episódio Ê exibido no canal e tambÊm na internet, atravÊs do Youtube da empresa.
COMERCIAL A televisão, como todos os meios de comunicação, capta recursos atravÊs de seus anunciantes. Por isso, o setor Comercial da Tv Conceito deve focar seus esforços na venda de VTs comerciais, pois Ê deles que vem a maior parte de seu faturamento. A partir deste fato, foi criado um novo Midia Kit para a televisão, que pode ser conferido a seguir:
04
MÍDIA-KIT: EXEMPLOS documento descritivo comercial
+
8Z 'SRGIƏS
programa
+
PREÇO dAS inserçÕES comerciais DENTRO DOS PROGRAMAS
PREÇO dAS inserçÕES comerciais DENTRO DOS PROGRAMAS programas
merchan principal
Programa de 30 minutos: Possui 3 blocos de 8 minutos e 3 intervalos comercais de 2 minutos. Sendo assim, são 24 minutos de conteúdo e 6 minutos de anúncios.
A marca tem relação direta com o conteúdo do programa, agregando ao storytelling do episódio. O apresentador menciona o patrocinador como um realizador do projeto e o logo da marca também aparece no fim do episódio, com informações, na tela de parceiros.
Programa de 60 minutos: Possui 6 blocos de 8 minutos e 6 intervalos comerciais de 2 minutos. Sendo assim, são 48 minutos de conteúdo e 12 minutos de anúncios.
r$ 2.000,00
BRANDED CONTENT
Break: Um break (intervalo comercial) possui 2 minutos, dividido em anúncios, chamados de VTs.
Aparição da marca, produto ou serviço sem as caracteristicas explícitas de um anúncio publicitário, se infiltrando no programa de forma não invasiva, confortável ao telespectador. Os personagens do programa aparecem utilizando a marca de forma a agregar à história. O logo da marca também aparece no fim do episódio, com informações, na tela de parceiros.
VT: Um VT comercial pode ter 15 ou 30 segundos, sendo assim, podemos ter de 4 a 8 anúncios por intervalo comercial.
inserção gráfica A marca aparece em inserções de banners, como um parceiro do projeto, sendo inserida uma vez a cada bloco do programa.
intervalos comerciais
+
r$ 1.500,00
r$ 1.000,00
estrutura de programação
BLOCO = 8 MINUTOS DE DURAÇÃO BREAK = 2 MINUTOS DE DURAÇÃO
PROGRAMA COM
60 MINUTOS
= 6 breaks PROGRAMA COM
30 MINUTOS
= 3 BREAKS BLOC BREAK 1
BLOCO 1
BREAK 2
BLOCO 2
BREAK 3
BLOCO 3
BREAK 4
05
BLOCO 4
BREAK 5
BLOCO 5
BREAK 6
BLOCO 6
MÍDIA-KIT: PROGRAMAS Tabela de Preços dos PROGRAMAS
A TV ONDE VOCÊ SE VÊ.
+
+
PREÇO de veiculação programas semanais - 1x semana
PREÇO De veiculação PROGRAMAS DIÁRIOS
PERÍODO DO DIA
30 MIN
60 MIN
PERÍODO DO DIA
30 MIN
60 MIN
00:00 - 06:00
r$ 15.000,00
r$ 30.000,00
00:00 - 06:00
r$ 3.000,00
r$ 6.000,00
06:00 - 12:00
r$ 25.000,00
r$ 50.000,00
06:00 - 12:00
r$ 5.000,00
r$ 10.000,00
12:00 - 18:00
r$ 32.000,00
r$ 65.000,00
12:00 - 18:00
r$ 6.500,00
r$ 13.000,00
18:00 - 00:00
r$ 40.000,00
r$ 80.000,00
18:00 - 00:00
r$ 8.000,00
r$ 16.000,00
criação + planejamento
r$ 1.500,00
r$ 3.000,00
criação + planejamento
r$ 500,00
r$ 1.000,00
produção
r$ 6.000,00
r$ 12.000,00
produção
r$ 1.000,00
r$ 3.000,00
vinheta
r$ 500,00
vinheta
r$ 500,00
+
+
PREÇO dAS inserçÕES comerciais DENTRO DOS PROGRAMAS
estrutura de programação
merchan principal
r$ 3.000,00
BLOCO = 8 MINUTOS DE DURAÇÃO BREAK = 2 MINUTOS DE DURAÇÃO
A marca tem relação direta com o conteúdo do programa, agregando ao storytelling do episódio. O apresentador menciona o patrocinador como um realizador do projeto e o logo da marca também aparece no fim do episódio, com informações, na tela de parceiros.
break 1 bLOCO 1 break 2
BRANDED CONTENT
bloco 2
Aparição da marca, produto ou serviço sem as caracteristicas explícitas de um anúncio publicitário, se infiltrando no programa de forma não invasiva, confortável ao telespectador. Os personagens do r$ 1.500,00 programa aparecem utilizando a marca de forma a agregar à história. O logo da marca também aparece no fim do episódio, com informações, na tela de parceiros.
break 3 bLOCO 3 break 4 bLOCO 4
PROGRAMA COM
30 MINUTOS
= 12 VTS
PROGRAMA COM
60 MINUTOS
= 24 VTS
break 5 bLOCO 5
inserção gráfica A marca aparece em inserções de banners, como um r$ 1.000,00 parceiro do projeto, sendo inserida uma vez a cada bloco do programa.
break 6 bLOCO 6
CONTATO
(67) 3211-0856 (67) 3305-1524
06
MÍDIA-KIT: VTs Tabela de Preços dO COMERCIAL
A TV ONDE VOCÊ SE VÊ.
+
+
PREÇO dAS inserçÕES comerciais DENTRO DOS PROGRAMAS
PREÇO de veiculação DOS VTS comerciais
PERÍODO DO DIA
15 seg
30 seg
merchan principal
00:00 - 06:00
r$ 35,00
r$ 50,00
06:00 - 12:00
r$ 70,00
r$ 100,00
12:00 - 18:00
r$ 105,00
r$ 150,00
18:00 - 00:00
r$ 140,00
r$ 200,00
top de audiência
r$ 350,00
r$ 500,00
A marca tem relação direta com o conteúdo do programa, agregando ao storytelling do episódio. O apresentador menciona o patrocinador como um realizador do projeto e o logo da marca também aparece no fim do episódio, com informações, na tela de parceiros.
r$ 500,00
r$ 1.000,00
+
produção
BRANDED CONTENT Aparição da marca, produto ou serviço sem as caracteristicas explícitas de um anúncio publicitário, se infiltrando no programa de forma não invasiva, confortável ao telespectador. Os personagens do programa aparecem utilizando a marca de forma a agregar à história. O logo da marca também aparece no fim do episódio, com informações, na tela de parceiros.
Pacotes de veiculação DOS VTS comerciais
VTS POR DIA
PERÍODO
3 VTS
7 dias
6 VTS
14 dias
X
9 vts
21 dias
12 vts
28 dias
15 vts
35 dias
+
X PREÇO DE = valor VEICULAÇão
r$ 2.000,00
inserção gráfica A marca aparece em inserções de banners, como um parceiro do projeto, sendo inserida uma vez a cada bloco do programa.
final
r$ 1.500,00
r$ 1.000,00
estrutura de programação
BLOCO = 8 MINUTOS DE DURAÇÃO BREAK = 2 MINUTOS DE DURAÇÃO
programa de
60 MINUTOs
= 24 VTS
programa de
30 MINUTOs
= 12 VTS
CONTATO
BLOC BREAK 1 BLOCO 1
BREAK 2
BLOCO 2
BREAK 3
BLOCO 3
BREAK 4
BLOCO 4
07
BREAK 5
BLOCO 5
BREAK 6
BLOCO 6
(67) 3211-0856 (67) 3305-1524
RELATÓRIO DIÁRIO Por fim, os colaboradores deste setor devem apresentar um relatório diário de suas atividades para os chefes setoriais e diretoria geral. Isso visa, além de uma forma de registro, a melhor comunicação entre todos dentro da emissora. Segue o modelo de planilha de relatório diário: DATA: Colaborador
Gerente do Setor: Horário de Entrada
Saídas no dia
Clientes Visitados Clientes Recebidos
Paulo Afonso Ellis Regina Urbano Elizângela
08
Pauta
Observações
Capítulo 4
Pré-produção Traçar um plano que englobe todas as variáveis e objetivos que cercam uma produção audiovisual é imprescindível. Seja colocar no papel a ideia que deverá ser gravada, até alinhar horários de gravação, a pré-produção é a primeira etapa na execução de qualquer projeto televisivo. Neste capítulo explicaremos mais das funções e conceitos que envolvem os setores de Planejamento e Criação da TV Conceito.
PLANEJAMENTO O Planejamento é responsável por administrar, planejar e organizar o funcionamento das gravações, cuidando da agenda da equipe e dos clientes. O responsável pela área deve apresentar qualidades administrativas, como organização e facilidade de comunicação.
VIABILIDADE De forma resumida, a viabilidade de uma produção audiovisual dependerá de um tripé composto por três fatores: orçamento, tempo e recursos disponíveis. Sem a presença de algum desses fatores o projeto é inviável. A ideia principal pode incluir uma visão significativa, porém sem dinheiro para financiar a equipe de produção, os equipamentos e os recursos e instalações, é melhor abandonar o projeto aqui mesmo. Três câmeras pequenas de reportagem não serão suficientes para transmitir ao vivo uma partida de futebol de salão, é preciso ter uma mesa de corte, os equipamentos relacionados e as instalações de transmissão. Esses são alguns dos questionamentos que devem passar pela mente do Planejamento antes de fechar negócio com um cliente, pois não queremos vender algo que não vamos conseguir cumprir.
PROCESSOS O Setor de Planejamento é responsável por agendar, junto a equipe de produção e ao cliente, o dia da gravação dos programas. O horário de trabalho da equipe começa às 8h da manhã e vai até as 18h da tarde, com duas horas de intervalo para o almoço. Em ocasiões especiais, a equipe poderá fazer hora extra até as 20h, desde que haja remuneração adequada. Para facilitar o entendimento, elaboramos a tabela a seguir, que identifica os possíveis horários disponíveis para agendamento:
09
DATA: Horário
Programa
Info do Cliente
EQUIPE 1 - Obs: Endereço
Tipo (int./ext.)
Pauta
Equipamentos
Pauta
Equipamentos
08h - 10h 10h-12h 12h-14h
ALMOÇO
14h-16h 16h-18h 18h-20h
DATA: Horário
Programa
Info do Cliente
EQUIPE 2 - Obs: Endereço
Tipo (int./ext.)
08h - 10h 10h-12h 12h-14h
ALMOÇO
14h-16h 16h-18h 18h-20h
RELATÓRIO DIÁRIO Por fim, os colaboradores deste setor devem apresentar um relatório diário de suas atividades para os chefes setoriais e diretoria geral. Isso visa, além de uma forma de registro, a melhor comunicação entre todos dentro da emissora. Segue o modelo de planilha de relatório diário: DATA: Colaborador
Gerente do Setor: Clientes Recebidos Projetos iniciados
ROSE
10
Projetos encerrados
Observações
CRIAÇÃO O setor de criação é responsável pela curadoria e formatação de novos programas que entrarem na casa, da composição de roteiros e pautas para todos as atrações vigentes que não criem seus próprios e quaisquer outras demandas criativas relacionadas a programação.
ROTEIROS Existem diversas definições sobre a natureza de um roteiro, algumas mais complexas, outras mais singelas. Syd Field, grande roteirista e escritor de diversos livros sobre o assunto, afirma que “um roteiro é uma história contada por meio de imagens, diálogos e descrições, sempre localizada no âmbito de uma estrutura dramática”. Essa estrutura apontada por Syd, diz respeito do formato dos programas, e a emoção que eles devem transmitir através da estória para o telespectador. De maneira resumida podemos afirmar que o roteiro é um documento que descreve ‘o que’ e ‘como’ deve acontecer um programa. Seja a vinheta, composição de cenas, trilha sonora, até uma simples chamada engraçada do break. Ele deve guiar toda a produção, desde o planejamento, criação de materiais de cena, direção, gravação e edição. Essa é uma descrição simples, mas que ilustra muito da essência e enorme responsabilidade que o roteirista tem no processo televisivo. O setor de Criação da TV Conceito, berço dos novos e velhos programas, deve ser composto de pelo menos quatro roteiristas, sejam jornalistas, redatores publicitários ou escritores diversos, que tenham criatividade, capacidade de escrita e formatação de um roteiro. São profissionais responsáveis pela criação de formatos para novos programas, quadros para os antigos, roteiros dos episódios, pesquisa sobre entrevistados, construção de pautas, falas, e todo o universo de possibilidades criativas relacionadas aos conteúdos dos programas, desde que caiba as capacidades de produção do setor. Um formato jornalístico, por exemplo, demandaria um novo setor dedicado a produção deste, com jornalistas e profissionais capacitados para tal. A Criação é um dos principais braços da produção para Televisão, devendo sempre estar alinhada com outras áreas da emissora, seja o Comercial, RTVC e principalmente com o Planejamento. Isso proporciona uma visão ampla das possibilidades limitações das demandas. Pela noção ampla que tem dos processos, o setor também é responsável pela curadoria de conteúdos, analisando o que pode ser desenvolvido pela TV Conceito, de acordo com o posicionamento do canal.
11
PRINCÍPIOS DO ROTEIRISMO Mesmo que você não seja um roteirista, é necessário ter discernimento para julgar a qualidade de um roteiro. Há uma infinidade de livros clássicos abordados a produção de roteiros dramáticos e não dramáticos, como os escritos por Syd Field e Doc Comparato. Portanto fornecemos intencionalmente somente um resumo básico de alguns conceitos a se considerar no roteirismo. Esperamos com isso auxiliar o desenvolvimento de melhores programas, desde o roteiro até a direção e edição final.
Sinopse
Para o renomado roteirista brasileiro Doc Comparato, enquanto a “story line representa o quê (o conflito-matriz escolhido ou enredo), "a sinopse representa o quando (a temporalidade), o onde (a localização), o quem (as personagens) e, finalmente, o qual (a história que vamos contar)”. Ela é a pedra fundamental de qualquer roteiro ou projeto de programa. Se trata de um texto de 05-10 linhas apresentando o programa e seus pontos altos. A função da sinopse é guiar o desenvolvimento dos roteiros e vender a proposta. Se uma ideia pode ser explicada em pelo menos 5 linhas e parecer atraente, a possibilidade de sucesso é maior.
Estrutura em Atos
Toda boa história tem um começo, meio e fim, não necessariamente nessa ordem. Para Syd Field, essa base narrativa pode ser dividida em três atos: Apresentação, Confrontação e Resolução. Esses são os famosos três atos de um roteiro, também conhecidos como estrutura dramática clássica, aplicados em todo o tipo de história. No caso da Televisão, podemos pensar nessa estrutura tanto para uma temporada, um episódio ou apenas um quadro dentro do programa. O primeiro ato deve dar o contexto, apresentar a história, personagens, relações entre estes e situações propostas. O Segundo ato desenvolve o que foi apresentado e inicia conflitos a serem solucionados, os objetivos dos personagens e dá um norte para o rumo da estória. O Terceiro se trata das resoluções para as questões apresentadas, normalmente finalizando o programa. A duração desses atos e sua localização dentro do roteiro televisivo pode variar, pois o roteirista deve sempre pensar em como manter a audiência do início ao fim.
Curva dramática
Na construção de roteiros, seguimos uma curva dramática. Quase todas as cenas possuem uma e o filme inteiro é coordenado por uma curva dramática maior. Essa curva consiste no crescimento da situação dramática até o cume e então ela começa a descer, até voltar a “normalidade”. A curva dramática, nos grandes roteiros, é friamente calculada pelos escritores, para deixar o telespectador ligado na história e presente no que acontece com os personagens. É ela também a responsável por ficarmos com as mãos suadas, tensos, esperando para descobrir o que afinal irá acontecer com o mocinho.
12
Essa curva pode apresentar diversas formas, a mais comum para a televisão seria o diagrama em ondas, conforme abaixo. Esse tipo de andamento de ação costuma funcionar muito bem, fazendo com que a audiência atravesse os comerciais sem perder o interesse pela atração.
Roteiro para TV
A televisão é um meio de comunicação de consumo passivo. Os telespectadores não detém grande poder de escolha dos conteúdos e muitas vezes consomem este sem uma atenção dedicada. Se não gostam de um programa, trocam de canal, buscam outros meios de entretenimento e informação ou simplesmente o ignoram, até que acabe. Em compensação, o conteúdo de rede fechada é mais direcionado e objetivo, o telespectador busca por canais específicos, com um direcionamento que combine mais com o gênero de conteúdo que eles gostariam de ver. De qualquer maneira, o modus operandi muitas vezes se mantém e portanto cabe ao roteirista ter isso em mente ao escrever programas: televisão é audiência; audiência é atenção. Todo formato, episódio, quadro ou matéria precisa ser pensado e disposto de maneira a agregar telespectadores e mantê-los assistindo pelo maior tempo possível. A televisão como um todo, principalmente a recém nascida TV Conceito, tem que lidar todos os dias com uma alta demanda de produção e sabemos que em audiovisual nunca existirão prazos longos o suficiente. Portanto, toda atração deve ser planejada de maneira mais flexível que outros meios, como o caso do cinema. Não entenda isso por um roteiro incompleto, pelo contrário, para permitir essas adequações, improvisações e variações, os formatos precisam ser muito melhor pensados de maneira a não falhar nunca, faça chuva ou faça sol. Por isso os roteiristas necessitam ter um conhecimento aprofundado de produção, podendo assim adequar e planejar melhor seus textos.
ELABORANDO UM PROJETO PARA TELEVISÃO Novos projetos de programas, devem apresentar um projeto explicitando a proposta, para que a emissora ou até mesmo futuros patrocinadores dessas idéias possam aprová-las. Neste documento devem constar algumas informações, sendo elas: 1. NOME DO PROJETO 2. APRESENTAÇÃO 2.1. Tema e recorte 2.2. Sinopse 2.3. Duração 2.4. Temporada 2.5. Periodicidade 3. OBJETIVOS 3.1. Público-alvo
3.2. Posicionamento 3.3. Motivação 4. FORMATO 5. RECURSOS NECESSÁRIOS 5.1. Custos Operacionais 5.2. Custos Financeiros 6. JUSTIFICATIVA
13
Para uma melhor qualidade de conteúdo, recomenda-se a apresentação também de um Piloto em formato de Lauda e recomendação dos dias e horários de exibição. Esse projeto deve ser avaliado pela diretoria de Criação, Planejamento e Comercial, além da Diretoria Geral, a fim de atestar sua praticabilidade. Somente após a apresentação deste projeto, e aprovação de TODA a comissão julgadora, o novo programa pode passar para execuções contratuais, financeiras e de produção. Poderemos ainda acrescentar ou excluir algum item conforme a necessidade. O que compete a cada um desses tópicos, referentes aos roteiros principalmente, está descrito a seguir, logo após o modelo de projeto.
14
TEMA E RECORTE:
Boas ideias surgem todos os dias de todas as maneiras. Na televisão não é diferente, mas, nesse caso, todas as ideias de programas precisam ter bem definido quais os assuntos a serem abordados e como eles serão encarados. Isso varia conforme o público-alvo do projeto (de preferência coerente ao da emissora), o gênero de conteúdo e o diferencial proposto pelo novo programa. Ao pensar em um “programa de culinária”, é essencial o recorte deste tema, como por exemplo, “programa de culinária regional”. Isso dá posicionamento a proposta, tornando-a mais coerente e atraindo audiência.
15
SINOPSE:
Texto de 05-10 linhas apresentando o programa. Deve falar a respeito dos apresentadores (quem são; o que fazem; como agem; como se sentem), sobre os temas do programa e possíveis pautas, além de descrever brevemente como são abordados esses assuntos (de maneira descontraída, educativa, etc...) passando um pouco da emoção que o público deve encontrar ao assistir. O texto deve ser impactante e resumir bem o espírito do programa televisivo, pois é o que venderá o programa para qualquer um que interesse. Segue um exemplo: O programa “Chama a Micaela!” chegou pra facilitar a sua vida. Em programa semanais, a consultora em organização Micaela Góes vai trazer as melhores dicas para cada cômodo da sua casa. Micaela vai te ensinar como organizar tudo na sua cozinha, vai te mostrar os melhores truques pra eliminar a bagunça num quarto de criança, dar dicas únicas de como deixar o seu closet arrumadíssimo e até te mostrar como ter um banheiro perfeito. Quer se livrar de vez da bagunça? Quer aprender a organizar toda a sua casa? Simples: Chama a Micaela!
FORMATO:
Definir um formato de programa, diz respeito desde a estrutura de roteiro até tempo de duração e características técnicas. Se trata de um documento contendo: escopo do programa em tópicos, descrevendo o que ocorre em cada bloco. Desde o teaser antes das vinheta, chamada do break, até quadros do programa, cabeças de início de blocos. Isso guiará a escrita do roteiro, a aprovação do projeto, o planejamento e produção. Segue um exemplo: PRIMEIRO BLOCO -Iniciará no primeiro bloco com uma vinheta de abertura trilhada apresentando a logomarca do programa. -Na pauta inicial vai passar uma chamada dando uma prévia do conteúdo que será abordado neste programa, deixando o telespectador (população) informado o conteúdo que será apresentado. -Após vinheta de abertura e prévia dos assuntos abordados, neste mesmo bloco o apresentador começará a expor os temas conforme roteiro, fechando o bloco com chamada do assunto abordado no próximo bloco, encerrando o primeiro bloco com a vinheta do programa. SEGUNDO BLOCO -No segundo bloco, abre com vinheta do programa e dá-se continuidade dos assuntos abordados conforme roteiro, fechando o bloco com chamada do assunto abordado no próximo bloco, encerrando o segundo bloco com a vinheta do programa. TERCEIRO BLOCO -No terceiro bloco se a interatividade entre o apresentador e população, onde o mesmo irá responder os questionamento colhidos previamente, gerando assim uma interatividade e dinamismo do apresentador e seu público. -Finalizando ainda no terceiro bloco será feito uma prévia do que vai ser abordado no próximo programa deixando assim, surtir o interesse de informação do qual vai ser o resultado nas ações implementadas para o próximo assunto do programa seguinte. -Fechando com a vinheta de encerramento do programa.
16
ROTEIRO DE FALA:
O roteiro de fala corrida ajuda a orientar o tipo de conteúdo, o formato e principalmente auxilia os apresentadores na hora da gravação. Contudo, nem sempre se fará necessário, muitas vezes apenas uma pauta simples com tópicos ou perguntas funcionarão. Segue um exemplo: APRESENTADORA 1 Oi oi pessoal! Eu sou a Lala Ribeiro e sejam bem vindos a Cozinha de Momento, onde eu vou apresentar para vocês diversas receitas especiais para momentos deliciosos. De agora em diante na cozinha você vai sair da rotina seja com petiscos para um Happy Hour com os amigos, pratos saborosos e saudáveis para entrar na dieta ou até mesmo um gostoso piquenique com a família, como esse de hoje! Não saiam daí! APRESENTADORA 2 (OFF) O hábito de reunir-se para comer algumas comidinhas deliciosas ao ar livre tem origem lá na europa medieval, quando os nobres saiam em caçadas e no meio do caminho aproveitavam para fazer uma boquinha com o que pegavam. Com o tempo foi ficando cada vez mais cheio de comidas, decorações, prataria e chegou ao ponto de se tornarem grandes festas com direito a muita música e dança. O Piquenique, ou convescote se preferir, virou um clássico na cultura ocidental, aparecendo em filmes, séries, livros… Enfim, quem não adoraria se deliciar com lindas gostosuras, bater um bom papo e aproveitar um pouco da natureza, não é? [segue o roteiro…]
LAUDA DE TV:
A lauda televisiva é o principal documento que o programa deve utilizar. Através de duas colunas (áudio e vídeo) a lauda alinha as falas, narrações, músicas, efeitos sonoros com as imagens que serão exibidas ao mesmo tempo. Este documento determinará o que deve ser captado, quando e como, seja para os diretores, apresentadores, cinegrafistas ou editores. Segue um modelo abaixo: CLIENTE: (Nome da empresa anunciante) PEÇA: (Tipo/duração) TÍTULO: (defina um título que identifique a campanha/cliente) DATA: (Recomenda-se o registro da data para posterior identificação do trabalho) VÍDEO
• Descreva, sempre do lado esquerdo da folha, todas as informações que deverão compor o visual do comercial. • Recomenda-se utilizar a fonte Arial, corpo 12, normal, em letras minúsculas. • Alinhe sempre a descrição da imagem com o áudio correspondente à cena descrita.
ÁUDIO • O áudio deve ser descrito sempre do lado direito do roteiro, alinhado à esquerda e na direção da imagem correspondente. Nunca separe palavras de uma linha para outra e nunca abrevie palavras. Números devem ser escritos por extenso. • Toda a orientação técnica referente à parte sonora do comercial deve ser colocada em letras minúsculas e entre parênteses.
17
Indicar o enquadramento que deverá ser dado a cada imagem sugerida, bem como os movimentos de câmera e efeitos imaginados.
• Locução em OFF é quando não aparece a imagem de quem está falando. Nesse caso, indicar sempre se a locução deverá ser masculina ou feminina, o timbre e o tipo de voz (adulto, jovem, criança, idoso, etc.), a entonação (formal, alegre, entusiasmada, sóbria, solene, triste, etc.) enfim, toda informação que possa contribuir para a ambientação sonora do comercial imaginado.
• Descrever o tipo físico, características, idade, cor, enfim, todas as informações possíveis sobre personagens ou elementos de cena. • A inserção de informações escritas sobre a imagem deve ser indicada após a descrição da imagem, utilizando-se a expressão: “lettering” ou “CG”, seguida da posição em que deverá ser colocado na tela. • A colocação de logomarcas deve ser indicadas entre parênteses e em negrito.
• Locução ao VIVO é quando utilizamos a fala direta do personagem que aparece no vídeo. • Todo o texto que será ouvido no comercial deve ser colocado no roteiro em LETRAS MAIÚSCULAS (Caixa alta) e em negrito. • Indique, sempre que possível, o ritmo da trilha sonora, bem como os ruídos e efeitos sonoros sugeridos para o comercial, indicando o momento em que cada elemento deve ser inserido.
DESENVOLVENDO FORMATOS O roteiro, como qualquer sistema, é composto por uma série de partes independentes e inter-relacionadas que, juntas, formam uma unidade. O formato é um conceito fundamental para a redação de programas para televisão. Refere-se à estrutura, à organização, à forma e à base do roteiro. Desenvolver um boa forma pode determinar o sucesso de uma atração, dando a ela ritimo, coerência, capacidade de prender os telespectadores existentes e atrair novos. O formato lista apenas a ordem de segmentos individuais do programa, como “entrevista com fulano”, “matéria externa” e “análise do filme”. Muitas vezes também lista locações, tempo de duração dos conteúdos e quaisquer outros padrões de conteúdo que devam ser estabelecidos. Ele deve ser planejado minuciosamente levando em conta possibilidades e limitações de cada tipo de produção, estruturas dramáticas, além de relevância para a audiência e emissora. Um dos conceitos mais determinantes na formatação de programas é a curva dramática. Nesse diagrama, os pontos que geram a curva total nos mostram a crescente emocional que desejamos provocar na platéia, na medida que os blocos passam. A TV Conceito, inspirada pela cultura de seu meio, adota uma estrutura de curvas em ondas, como demonstrado no paradigma 3. Segue abaixo também outros estilos de paradigmas e curvas. 18
Os formatos pensados a partir disso terão: chamadas iniciais curtas, de cerca de 1 minuto, onde dá-se a premissa do episódio; 3 blocos (no caso de programas com 30 minutos de duração), sendo 2 deles com ação crescente e mini-clímax; o último bloco com um clímax geral; os inícios e fins de programas apresentam pontos de expectativa altos, da mesma forma que entradas e saídas de comerciais. No caso de programas mais longos, de 1 hora, basta replicar os dois primeiros blocos. Isso permitirá que as atrações apresentam uma narrativa intrigante e interessante que prenderá a atenção quem estiver assistindo por muito mais tempo.
GÊNEROS TELEVISIVOS Segundo pesquisa da ANCINE, em 2012, o gênero religioso, um dos foi o mais exibido na televisão brasileira, seguido por variedades e telejornal. Ao contrário do que muitas pessoas pensavam, as novelas aparecem apenas no 11ª no ranking. Mas afinal, para que servem essas categorias? Os gêneros televisivos são classificações de programas de acordo com seu conteúdo, formato e linguagem. São utilizados como ferramenta organizacional ao estabelecer a grade de programação, facilitar a comunicação com o público e anunciantes. 19
Culinária, entrevista, esportivo, educativo… Um gênero jamais deve ser tomado como limitação das possibilidades criativas dentro de uma atração, mas sim como um guia de escolhas, tanto na sua natureza quanto na ótica de apresentação. Além disso, estabelecer gêneros também agrega coerência e facilita a replicação de formatos por qualquer equipe de roteiristas que venha a desenvolver o projeto. Segue abaixo alguns dos principais gêneros televisivos:
Formato fundado no diálogo
Se baseia essencialmente na exploração das situações de debate direto e nas suas diferentes manifestações (debates e entrevistas, entre outros): a TV funcionando como metáfora de um grande chat. Se trata de uma série de pessoas discutindo a respeito de um tema. Normalmente traz sempre um mediador que também atua como apresentador. Exemplos: Passando a limpo (Record), Fala que eu te escuto (Record) Gabi (RedeTV!), Cartão Verde e Roda Viva (TV Cultura), entre outros.
Formato fundado no folhetim
É aquele baseado nas narrativas seriadas (histórias de costumes, cotidiano, intrigas, amor etc.), marcadas pela carga dramática, além da regularidade na exibição de episódios que são interrelacionados e autônomos. Exemplos: telenovelas, seriados e minisséries em geral.
Formato fundado no filme
É aquele baseado na narrativa fílmica (cinematográfica), mesmo quando incorpora, por força da programação, uma estrutura em blocos. Exemplos: Sessão da tarde, minisséries em geral e os documentários, entre outros.
Formato fundado na performance
É aquele articulado em torno da realização de uma performance (cênica, artística, musical etc.) dos profissionais de TV e dos seus convidados para um público apenas pressuposto ou presente no local de produção/gravação como figurativização mais imediata desse público-modelo. Exemplos: programas de auditório, tais como Domingão do Faustão e Programa do Jô (Rede Globo); Domingo Legal e Hebe (SBT), entre outros. (Referências: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3195/3195.PDF)
CURADORIA DE CONTEÚDO Além da composição de roteiros, ao setor de criação também cabe a curadoria de novos projetos que sejam propostos a TV Conceito. Para tanto, deve levar em consideração tudo o que foi explanado neste capítulo, além de sua própria experiência e principalmente do posicionamento da emissora.
20
RELATÓRIO DIÁRIO Por fim, os colaboradores deste setor devem apresentar um relatório diário de suas atividades para os chefes setoriais e diretoria geral. Isso visa, além de uma forma de registro, a melhor comunicação entre todos dentro da emissora. Segue o modelo de planilha de relatório diário: DATA: Colaborador
Gerente do Setor: Clientes Recebidos
Projetos iniciados
MARCIO
21
Projetos encerrados
Observações
Capítulo 5
Produção
Produzir bem é a diferença entre o sucesso ou falha de um produto audiovisual. Além de por na prática o que foi planejado, a fase produção sempre adiciona técnicas e modos criativos de solucionar as questões que surgem. Abrange desde os setores de Direção cênica, Produtora (RTVC) e também o Planejamento, que auxilia na gestão dos horários e sets de filmagem.
DIREÇÃO A direção de cena é um das principais engrenagens que compõem uma boa produção audiovisual. O diretor é um profissional completo, que compreende profundamente de todas as etapas que envolvem o processo, desde a concepção das ideias, aspectos comerciais, escrita de roteiros, planejamento de gravação, técnicas fotográficas, comportamento frente às câmeras, manejo de equipamentos, edição e finalização. Ele é responsável por guiar e cuidar para que todo o projeto esteja alinhado ao roteiro, interesses da emissora e sua própria visão criativa. Ele deve dizer ao artista e à equipe o que fazer em todo o processo de produção. No entanto, antes de orientá-los sobre o papel de cada um deles, é fundamental que tenha uma ideia muito clara daquilo que precisa executar, pensando no formato que o programa deve ter e como partir da ideia para a imagem na televisão. Dirigir se trata de traduzir a mensagem definida, de acordo com os objetivos, com estilo. Para tanto, o diretor precisa ser hábil em tarefas múltiplas, ao mesmo tempo ser capaz de prestar máxima atenção em cada elemento da produção. De acordo com Herbert Zettl, grande estudioso do assunto, o diretor é um artista, um psicólogo, um consultor técnico e coordenador, tudo ao mesmo tempo. Vale lembrar, que para desenvolver corretamente seu trabalho, este profissional deve conhecer e compreender o posicionamento da TV Conceito, descrito no início deste manual. Desta forma ele pode modelar seu estilo ao conceito de conteúdo da emissora, produzindo materiais coerentes a grade de programação. Neste capítulo, abordaremos mais sobre as particularidades desse cargo tão importante, situando o Diretor de cena dentro do processo de produção, dando dicas de coordenação de gravações, além de alguns conceitos chave para um exercer eficiente da profissão. Obviamente que nada do que for explanado aqui substitui o estudo e conhecimento prático de nenhum profissional. Existem diversos livros, cursos e infinitos outros conhecimentos que compõem o bom profissional de direção, sendo ele o único e principal responsável pelo seu crescimento. 22
PROCESSO DE PRODUÇÃO Na TV Conceito, o Diretor de Cena dialoga diretamente com os setores de Criação, Planejamento e RTVC. Cabe a ele receber, analisar o roteiro e plano de gravação, delegando funções, cronogramas, tipo de equipamento a serem utilizados e o método de produção. O Diretor deve sempre trabalhar com questionamentos em mente, como por exemplo: esse programa, essa cena, seria melhor se for gravada no estúdio ou externa? De qual maneira seria interessante compor o quadro? A câmera deve estar parada ou mover-se? A maneira como o apresentador está se comunicando é de fácil compreensão? áudio está de qualidade? E a iluminação? Essas e outras infinitas perguntas devem ser feitas e respondidas pelo diretor, sempre visando a melhor qualidade da produção. É vital estabelecer que se uma produção audiovisual é um grande trabalho conjunto de uma série de setores e pessoas que, juntas e organizadas, produzem um material de excelência. Contudo, o Diretor tem grande peso no resultado final. Se um dado programa, bem pensado, roteirizado, planejado, captado com bons equipamentos e equipe qualificada não apresentou qualidade esperada, a responsabilidade é inteiramente do Diretor de Cena. Portanto, afim de resguardar sua integridade profissional e alcançar resultados melhores sempre, este profissional deve sempre estar atento a todos os detalhes e durante algum inesperado, ter conhecimento e criatividade para contornar a situação da melhor maneira possível. A função do Diretor vai além de parte pensante do processo, mas principalmente, o papel de liderança durante a gravação. Sua autoridade nunca deve ser subjugada, sendo de fundamental importância para o andamento correto do trabalho. Isso diz respeito tanto a equipe técnica, quanto a apresentadores e convidados. Todos devem ser guiados pelo Diretor durante a captação. Ele não somente faz todos trabalharem em um nível elevado, mas inclusive precisa fazê-los trabalhar em equipe. Não existem fórmulas para dirigir uma equipe, segue algumas orientações básicas que auxiliam a coordenação de uma gravação: - Esteja bem preparado e saiba o que quer realizar: não dá para guiar pessoas para trabalharem em prol de um objetivo se você não o conhece. - Leia o script com atenção. As colunas de vídeo e áudio fornecem uma visão geral do programa e necessidades da produção. - Sempre faça um check-list, com antecedência, dos equipamentos e materiais que necessita para gravar. Uma câmera não funcionar ou algo ser esquecido pode estragar toda a produção. - Seja preciso ao orientar, sejam artistas ou equipe técnica. Não de instruções vagas e nem se intimide com celebridades. Quanto mais profissional for o artista, mais prontamente vai atender suas instruções. 23
- Reserve um tempo para pensar nos enquadramentos, iluminação, movimentos de câmera e fundos de cena. Faça isso durante a decupagem do roteiro e depois, logo antes de gravar, já na locação. Se for o caso, faça um storyboard rápido para auxiliar. - Transmita segurança. Seja firme, mas não duro. Saiba ouvir as recomendações da equipe, mas não deixe de decidir por você.
TÉCNICAS E FERRAMENTAS BÁSICAS Enquadramentos e planos
A televisão é imagem. Portanto, ter algo bonito, harmonioso e interessante para ser exibido é fundamental. Essa preocupação com a composição da imagem tem ainda mais peso quando levamos em consideração um comportamento muito particular do consumo televisivo, a famosa “zapeada”. Zapear é quando o telespectador muda de canal sequencialmente a procura de algo que o ‘pareça’ minimamente interessante, e só para quando encontra. A partir disso, compor um quadro que apeteça os olhos que quem o vê e atraia a audiência de imediato é imprescindível. O caminho para tal vem justamente de regras, técnicas e princípios de enquadramento, movimento de câmera, iluminação e regulagem de câmera. Segundo Herbert Zettl o objetivo básico de enquadrar um plano é mostrar as imagens da forma mais clara possível e apresentá-las de modo que possam transmitir significado e energia. Quanto mais você souber sobre composição de imagens, mais eficaz será seu trabalho de transmitir mensagens. Para exemplificar, seguem abaixo alguns (dos vários) planos de enquadramentos da televisão:
O P.G. também é um plano aberto, mostrando dos pés até a cabeça do sujeito, porém revela muito menos sobre o ambiente.
O G.P.G. é um enquadramento aberto, com função principal de mostrar o ambiente envolta do sujeito.
24
Um P.A. é um plano clássico, a partir dos joelhos do sujeito. Facilita a visualização da movimentação e reconhecimento das personagens.
P.B. é um plano mostrando o sujeito do busto para cima.
O P.M. mostra o sujeito acima da cintura.
Close-Up é um plano fechado, mostrando exclusivamente o rosto do sujeito, a partir dos ombros.
Decupagem de roteiros
Decupar um roteiro significa transformar as palavras escritas no papel em cinema ou vídeo. Isso significa que você vai criar a forma de como vamos ver aquela cena. Seja propondo enquadramentos, movimentos de câmera ou posicionamento das pessoas em cena, tudo o que diz respeito a imagem gravada deve ser pensado de acordo com o que o roteiro apresenta. Isso evita perda de tempo no momento de gravação, ajudando no planejamento e preparação do diretor e sua equipe. Para decupagem, não precisa de nada muito formal, anotações e rabiscos feitos a mão livre por cima do roteiro já basta, mas claro que depende muito de pessoa para pessoa. Fica a escolha do diretor.
Storyboard
Os storyboards no geral são desenhos rápidos e com poucos detalhes, representando a composição das cenas, da maneira mais objetiva possível. De maneira geral, o storyboard serve para transpor as cenas do roteiro para quadros dinâmicos e de fácil 25
visualização. Os desenhos por mais simples que sejam auxiliam a visualizar toda a dinâmica de movimento de câmera ao posicionamento de atores. Ou seja o storyboard é como um mapa que auxilia desde o diretor, atores ao diretor de fotografia. Segue um exemplo:
DIREÇÃO DE APRESENTADORES A Direção de cena não só coordena aspectos técnicos da produção, mas principalmente a orientação para atores e apresentadores. Os que estão de frente para as câmeras, imersos na condução do conteúdo, nem sempre terão capacidade de notar seus erros ou deslizes. Cabe ao Diretor alertá-los e corrigi-los, mostrando como podem melhorar. Essas falhas, comumente vem da postura corporal, dicção da fala, escolha de palavras complexas e vícios comportamentais. Exploraremos melhor essas questões abaixo:
Postura corporal
O corpo fala tanto quanto a voz. Os apresentadores devem sempre ter uma postura ereta, com as costas retas; o rosto na linha da câmera, sem erguer ou abaixar demais. Jamais devem dar as costas para o público ou ficar muito de perfil, mantendo sua posição o mais frontal possível. Quando sentados, as pernas não devem estar muito abertas, podendo estes ficarem com elas de lado ou cruzadas. Desta forma, os artistas apresentaram uma postura clara, permitindo uma melhor compreensão e aceitação da audiência.
26
Dicção da fala
As palavras, para serem bem entendidas, devem ser ditas de forma clara, tanto sonoramente quanto no movimento bocal. Isso deve-se ao fato de que os seres humanos fazem uma rápida leitura labial quando falam com outras pessoas, para quando não compreendem bem alguma palavra, completarem mentalmente. Seja um ritmo de fala acelerado ou muito devagar, uma pronúncia estranha ou volume fora do esperado, tudo deve ser resolvido imediatamente, o que exige muita atenção da direção. Portanto, sempre que algo dito ou o modo como foi falado não for claro, o diretor deve interromper a gravação, orientar o apresentador e convidado e reiniciar o processo. Isso evita erros a curto e longo prazo, além de promover um melhor preparo dos artistas.
Palavras complexas
A televisão é um meio de comunicação aberto de grande abrangência, atingindo desde pessoas mais simples até as com alto grau de instrução. Portanto, o que for dito através dela deve ser bem pensado e de fácil entendimento. Não que conceitos mais complexos não possam ser pautas, mas a maneira como elas são explicadas deve ser simplificado. Palavras difíceis ou de significado pouco conhecido devem ser evitadas, sendo substituídas por palavras mais comuns ou explicações didáticas.
Vícios comportamentais
Tiques nervosos, condução perdida do microfone ou comportamentos repetitivos. São diversos os vícios comportamentais que podem arruinar uma produção audiovisual roubando toda a atenção do público, que deveria estar na mensagem. Dentre estes, o microfone perdido é um dos mais comprometedores. Apresentadores despreparados normalmente sofrem deste problema, não sabendo como manusear o microfone em entrevistas. Seja deixando muito perto da boca, muito longe, cortando a fala do entrevistado e às vezes até falando sem que o microfone esteja voltado para sí. Esse tipo de inexperiência deve ser corrigida rapidamente pelo diretor, explicando o que está havendo e como resolvê-la.
RELATÓRIO DIÁRIO Por fim, os colaboradores deste setor devem apresentar um relatório diário de suas atividades para os chefes setoriais e diretoria geral. Isso visa, além de uma forma de registro, a melhor comunicação entre todos dentro da emissora. Segue o modelo de planilha de relatório diário: DATA: Colaborador
Gerente do Setor: Agendamento
Gravações
Edição
GUILHERME
27
Clientes Atendidos
Observações
PRODUTORA RTVC O setor de RTVC (a produtora) é responsável pela captação das imagens que compõem os programas, captação de áudio, direção de cena, instruindo apresentadores e equipe técnica, edição de material audiovisual, além do cuidado com os equipamentos da empresa. Esse setor deve ter um líder que garanta o funcionamento de cada função e faça a ponte com os outros setores da organização.
CINEMATOGRAFIA Plano
O intervalo entre dois cortes. A menor unidade fílmica.
Enquadramento
É a ação de selecionar determinada porção do cenário para figurar na tela. Assim, a depender do enquadramento, uma paisagem pode aparecer com mais céu, mais árvores, mais água. Uma pessoa pode aparecer inteira na tela, ou pode-se optar por mostrar apenas seu rosto.
Regras dos terços
Olhando pelo visor da câmera e dividindo mentalmente o quadro em três partes (três horizontais e três verticais) as melhores imagens são aquelas onde o assunto principal não está no centro e sim em um dos quatro pontos de interseção chamados de pontos de ouro ou áureos.
Configuração da DSLR
- Modo manual. - 29,97 fps. - Obturador 1/60. - Iso 800 o menor. - Optar quando possível, por diafragmas menores (1.8 , 2.8). - Picture style cinestyle. - Balanço de branco, é extremamente importante ajustar o branco para a luz correta em todas as câmeras da gravação.
Iluminação
Cada espaço, cena, ambientação requer uma iluminação específica dependendo das condições e das características dos equipamentos de gravação. A iluminação faz parte também da narrativa, construindo os ambientes e as sensações que o realizador quer transmitir ao moldar as luzes, naturais e artificiais, durante a gravação ou até na pós-produção. A iluminação de três pontos é utilizada em diversas situações no cinema e pode ser interpretada através da imagem a seguir:
28
Planos essenciais
É essencial que os programas tenham uma introdução com planos gerais de 10 segundos aproximadamente para que a audiência entenda onde o programa está se passando. A sequência de planos gerais ou timelapses podem ser captados com antecedência na cidade de Campo Grande ou na locação caso seja possível. Outra necessidade para que haja dinâmica no programa é captar alguns PLANOS DETALHE sempre que possível para que ele possa dar mais opções para o editor entregar um trabalho de qualidade.
29
Capítulo 6
Pós-produção A finalização de todo o processo é a centralização de tudo o que foi produzido, onde muitas mudanças e melhorias podem ser realizadas. Atenção e capricho são indispensáveis nessa reta final. Para isso, técnicas e conceitos chave são essenciais. Neste capitulo abordaremos uma pouco sobre a etapa de pós-produção na TV Conceito, que envolve tanto os diretores de cena, editores e técnicos de exibição.
EDIÇÃO Segundo Walter Murch, 51% de uma boa edição é baseado em emoção e aplicar isso é extremamente importante para que a qualidade do material entregue seja a melhor possível. A edição faz com que a história vá para a frente, cada corte que você faz precisa avançar a história. Não deixe que a edição fique parada em algum momento da narrativa, se a cena não está avançando a história, corte-a. Como a música, a edição deve ter uma batida, um ritmo para ela. Tempo é tudo. O corte ocorre num momento que é ritmicamente interessante e "certo". Se o ritmo estiver desativado, sua edição parecerá desleixada, um corte ruim pode ser "chocante" para uma audiência. Tente manter o corte apertado e interessante. Estes três principais - emoção, história, ritmo - são essenciais para obter uma boa edição.
30
A construção de uma cena precisa do impacto visual, é óbvio, mas é imprescindível uma música de fundo, tente apertar o botão de mute e assistir a um filme, parece que está faltando algo. Por isso, todo filme é considerado uma obra audiovisual, por não se sustentar apenas com o vídeo, mas com som também, que ajuda muito na hora de expressar sentimentos ou dar o clímax naquela cena importante. Existem diversas plataformas de trilhas gratuitas na internet aqui seguem os links: https://www.youtube.com/audiolibrary/music https://www.freesound.org/
EXIBIÇÃO A exibição é a última parte do processo dentro da emissora. É a partir dela que os programas e comerciais vendidos são veiculados para a audiência, por isso é extremamente importante que o setor esteja organizado para que a grade seja posta em prática na exibidora. Neste manual será disponibilizado um formato de planilha que pode ser utilizada para organização da programação da emissora: Grade Semanal TV Conceito - Fevereiro Tipo
SEGUNDA
Tipo
TERÇA
Tipo
QUARTA
Tipo
QUINTA
Tipo
SEXTA
SABADO
DOMINGO
6:00
R
6:00
R
6:00
R
6:00
R
6:00
R
6:00
R
6:00
R
6:30
R
6:30
R
6:30
R
6:30
R
6:30
R
6:30
R
6:30
R
7:00
R
7:00
R
7:00
R
7:00
R
7:00
R
7:00
R
7:00
R
7:30
R
7:30
R
7:30
R
7:30
R
7:30
R
7:30
R
7:30
R
8:00
R
8:00
R
8:00
R
8:00
R
8:00
R
8:00
R
8:00
R
8:30
R
8:30
R
8:30
R
8:30
R
8:30
R
8:30
R
8:30
R
9:00
R
9:00
R
9:00
R
9:00
R
9:00
R
9:00
R
9:00
R
9:30
R
9:30
R
9:30
R
9:30
R
9:30
R
9:30
R
9:30
R
10:00
R
10:00
R
10:00
R
10:00
R
10:00
R
10:00
R
10:00
R
10:30
R
10:30
R
10:30
R
10:30
R
10:30
R
10:30
R
11:00
R
11:00
R
11:00
R
11:00
R
11:00
R
11:00
R
10:30 11:00
R
11:30
R
11:30
R
11:30
R
11:30
R
11:30
R
11:30
R
11:30
R
12:00
R
12:00
R
12:00
R
12:00
R
12:00
R
12:00
R
12:00
R
12:30
R
12:30
R
12:30
12:30
R
12:30
R
12:30
12:30
R
13:00
R
13:00
R
13:00
13:00
IN
13:00
IN
13:00
13:30
R
13:30
R
13:30
R
13:30
R
13:30
R
13:30
14:00
IN
14:00
IN
14:00
R
14:00
R
14:00
R
14:30
R
14:30
R
14:30
R
14:30
R
14:30
R
15:00
R
15:00
R
15:00
IN
15:00
R
15:00
R
15:30
R
15:30
R
15:30
R
15:30
R
15:30
16:00
R
16:00
R
16:00
R
16:00
R
16:30
R
16:30
R
16:30
R
16:30
17:00
R
17:00
R
17:00
R
17:00
17:30
R
17:30
R
17:30
R
18:00
R
18:00
R
18:00
18:30
R
18:30
R
19:00
AV
19:00
19:30
R
19:30
20:00
IN
20:30
R
21:00
R
IN
13:00
R
R
13:30
IN
14:00
IN
14:00
IN
14:30
IN
14:30
R
15:00
R
15:00
R
R
15:30
IN
15:30
R
16:00
R
16:00
R
16:00
R
16:30
R
16:30
IN
16:30
R
R
17:00
R
17:00
R
17:00
R
17:30
R
17:30
R
17:30
R
17:30
R
R
18:00
R
18:00
R
18:00
R
18:00
R
18:30
R
18:30
R
18:30
IN
18:30
R
18:30
R
AV
19:00
AV
19:00
AV
19:00
AV
19:00
R
19:00
IN
R
19:30
R
19:30
R
19:30
R
19:30
R
19:30
R
20:00
IN
20:00
IN
20:00
IN
20:00
IN
20:00
IN
20:00
IN
20:30
IN
20:30
R
20:30
R
20:30
R
20:30
R
20:30
R
R
21:00
R
21:00
R
21:00
R
21:00
R
21:00
R
21:00
R
21:30
R
21:30
R
21:30
IN
21:30
IN
21:30
R
21:30
R
21:30
R
22:00
R
22:00
R
22:00
R
22:00
R
22:00
R
22:00
R
22:00
R
22:30
R
22:30
R
22:30
R
22:30
R
22:30
R
22:30
R
22:30
R
23:00
R
23:00
R
23:00
R
23:00
R
23:00
R
23:00
R
23:00
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
23:30
R
0:00
R
0:00
R
0:00
R
0:00
R
0:00
R
0:00
R
0:00
R
Legenda: Verde (IN) - Inédito Amarelo (R) - Reprise Oficial (combinada previamente com o cliente) Vermelho (AV) - Ao Vivo
31
É de extrema importância para um canal de TV manter o logo sempre no canto superior direito para o público tenha maior absorção da marca TV Conceito. Outro aspecto importante são as vinhetas, elas devem ser padronizadas para cada programa mudando apenas sua cor. A tipografia deve ser a mesma para todo canal, o manual estipula que a fonte FF_DIN_BOLD seja utilizada em qualquer situação, por exemplo, no créditos e em GCs. Para ter acesso a fonte basta entrar em contato comigo por email (arielbernardes@me.com).
RELATÓRIO DIÁRIO Por fim, os colaboradores deste setor devem apresentar um relatório diário de suas atividades para os chefes setoriais e diretoria geral. Isso visa, além de uma forma de registro, a melhor comunicação entre todos dentro da emissora. Segue o modelo de planilha de relatório diário: DATA: Colaborador
Gerente do Setor: Studio
Programação
BOY
32
Sinal
Observações