JOÃO VI CTORNOGUEI RADEARAÚJO
ANTEPROJETO DEMORADI AESTUDANTI L EM PATOS,PARAÍ BA,BRASI L
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS CURSO DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
JOÃO VICTOR NOGUEIRA DE ARAÚJO
ANTEPROJETO DE MORADIA ESTUDANTIL EM PATOS, PARAÍBA, BRASIL
PATOS-PB 2020
JOÃO VICTOR NOGUEIRA DE ARAÚJO
ANTEPROJETO DE MORADIA ESTUDANTIL EM PATOS, PARAÍBA, BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário de Patos – UNIFIP, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Profª. Deborah kyvia de Morais Silveira.
PATOS-PB 2020
FICHA CATALOGRÁFICA Dados de acordo com AACR2,CDU e CUTTER
Biblioteca Central - UNIFIP Gr
N778a
Nogueira, João Victor. Anteprojeto de moradia estudantil em Patos, Paraíba, Brasil.\ João Victor Nogueira. – Patos – PB: UNIFIP, 2020. 117p.
Orientador (a): Profa. Esp. Déborah Kyvia de M. Silveira. Monografia (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Educacional de Ensino Superior de Patos CEESP/ UNIFIP
1. Moradia estudantil 2. Bioclimática 3. Arquitetura humanizada 4. Anteprojeto. I.Título II. CEESP / UNIFIP UNIFIP/BC
CDU:72
Laureno Marques Sales, Bibliotecário especialista. CRB -15/121
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer à toda minha família, em especial aos meus pais, João Batista e Maria do Socorro, por todo o esforço feito para que eu tivesse uma educação de qualidade, também pelo o amor, incentivo, cuidado, preocupação e apoio durante essa caminhada acadêmica. Vocês tornaram esse sonho possível, serei eternamente grato. Amo vocês! À minha namorada, Morganna Maria, que me acompanha desde o início do curso e compartilha comigo o mesmo sentimento que é cursar arquitetura e urbanismo, obrigado por todo o conhecimento trocado, a ajuda, os conselhos e observações nos meus trabalhos, além de todo amor e carinho que me foi dado, fomos suporte um para o outro nas nossas jornadas. Te amo! Ao arquiteto, Expedito Dias, pela oportunidade de estagiar no seu escritório, por me passar todos os seus conhecimentos, por sempre ser paciente e compreensível nos momentos em que o curso exigia mais do meu tempo e por todos esses meses de convivência e aprendizagem. A você, sou grato. Aos meus colegas de turma com quem partilhei muitos momentos no decorrer de todos esses anos, promovendo sempre um espaço de troca de saber, cooperação, criatividade e leveza, contribuindo para o aprimoramento de cada um. A todo o corpo docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFIP, com o qual tive o privilégio de me relacionar e capacitar. À minha Orientadora, Déborah Kyvia, por me acolher de braços abertos desde o primeiro momento, por toda a sabedoria que me foi transmitida, no que se refere a ser uma pessoa e um profissional melhor. Obrigado por toda compreensão, atenção, amizade e parceria e pelo incentivo e apoio nas horas difíceis. Tu foste a melhor a orientadora que eu poderia ter, a ti toda minha gratidão, admiração e respeito! Enfim, a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram e torceram por esse momento. Muito obrigado!
6 RESUMO
A vida acadêmica de um estudante é um momento muito importante, porém muitos desses precisam se deslocar das suas cidades para outras em busca de se graduar, chegando nesse novo núcleo, podem viver em condições não adequadas para um estudante. A presente pesquisa tem como objetivo desenvolver um anteprojeto de moradia estudantil para a cidade de Patos, com o intuito de estimular a inserção e integração dos estudantes na cidade e contribuir para o mercado dessa tipologia. A metodologia utilizada está dividida em 5 etapas: identificação da problemática, revisão bibliográfica utilizando o método de Gerhardt e Silveira (2009), analise de correlatos através do método de Baker (1996), aplicação de um questionário e a elaboração do anteprojeto arquitetônico usando o método de Neves (1989) e de Holanda (1976). O estudo posteriormente se aprofunda no tema de centro residencial universitário, assim como também parâmetros bioclimáticos para arquitetura no semiárido nordestino e a humanização na arquitetura. Por fim é feito um estudo de pré-dimensionamento, escolhido e analisado o terreno e o seu entorno imediato, condicionantes legais e naturais e por fim elaborado o anteprojeto, um edifício de dois pavimentos que possui uma área de 1528,51m², disposta num terreno de 1775,00m², planejado em dois blocos divididos por um jardim interno que foi projetado para aproveitar a ventilação e a luz natural.
Palavras chaves: Moradia estudantil, Bioclimática, Arquitetura humanizada, Anteprojeto.
7 ABSTRACT
The academic life of a student is a very important moment, however many of them need to move from their cities to others in search of graduating, coming to this new environment, they can live in conditions not suitable for a student. This research aims to develop a preliminary student housing project for the city of Patos, in order to stimulate the insertion and integration of students in the city and contribute to the market of this typology. The methodology used is divided into 5 stages: identification of the problem, bibliographic review using the method of Gerhardt and Silveira (2009), analysis of correlates through the Baker method (1996), application of a questionnaire and the elaboration of the architectural preliminary project using the method of Neves (1989) and Holland (1976). The study subsequently delves into the theme of a university residential center, as well as bioclimatic parameters for architecture in the northeastern semiarid and humanization in architecture. Finally, a pre-dimensioning study is carried out, the plot, its immediate surroundings, legal and natural conditions are chosen and analyzed, and finally the preliminary project is elaborated, a two-story building with an area of 1528.51m², set on a 1775.00m² plot, planned in two blocks divided by an internal garden that was designed to take advantage of ventilation and natural light.
Keywords: Student housing, Bioclimatic, Humanized architecture, Preliminary project.
8
LISTA DE SIGLAS FIES: Fundo de Financiamento Estudantil IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e estatística IES: Instituição de Ensino Superior IFPB: Instituto Federal da Paraíba M: Metro M²: Metro quadrado MEC: Ministério da Educação PNAES: Programa Nacional de Assistência Estudantil SENCE: Secretaria Nacional de Casas De Estudantes SISU: Sistema de Seleção Unificada, UEPB: Universidade Estadual da Paraíba UFCG: Universidade Federal de Campina Grande UNIFIP: Centro Universitário de Patos UNIPLAN: Centro Universitário do Planalto do Distrito Federal
9 LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Diagrama Metodológico ................................................................................................. 20 Figura 2- Tipologia do bloco pequeno sem elevador. Jowett Walk, Balliol College, Oxford. Arquitetos: MJP Architects l; 1: suíte individual 2: banheiro privativo; 3: cozinha compatilhada; 4: sala de jantar compartilhada.......................................................................................................... 23 Figura 3- Jowett Walk, Balliol College, Oxford. Arquitetos: MJP Architects.................................... 24 Figura 4- Tipologia casarão com suítes independentes. Constable Terrace, University of East Anglia. Arquitetos: Rick Mather Architects 1: dormitório individual; 2: cozinha; 3: sala de estar e jantar; 4: instalações / armário / material de limpeza; 5: banhe ..................................................... 25 Figura 5- Constable Terrace, University of East Anglia.................................................................. 25 Figura 6- Tipologia do bloco linear com corredor: Friendship House, Londres. Arquitetos: MJP Architects. 1: domitório individual; 2: dormitório individual para deficientes 3: cozinha compartilhada; 4: salão de uso comum; 5: pátio; 6: jardim; 7: viaduto da lin.................................. 26 Figura 7- Friendship House, Londres. Arquitetos: MJP Architects. ................................................ 27 Figura 8 - Tipologia residência para estudantes com apartamentos: Bluebell Views Residences, Universidade de Warwick. Arquitetos: Page/Park. 1: dormitório individual; 2: quitinete para dois estudantes; 3: cozinha/sala de jantar; 4: área de circulação comum ............................................. 28 Figura 9- Bluebell Views Residences, Universidade de Warwick. Arquitetos: Page/Park Architects ...................................................................................................................................................... 28 Figura 10 – Suíte individual. St Hugh’s College, Oxford. Arquitetos: David Morley Architects........ 29 Figura 11- Quadro ilustrativo das estratégias para se construir no Nordeste. ................................ 32 Figura 12– Moradia estudantil Lucien Cornil.................................................................................. 40 Figura 13 – Localização moradia estudantil Lucien Cornil ............................................................. 41 Figura 14– Volumetria moradia estudantil Lucien Cornil ................................................................ 41 Figura 15– Entorno moradia estudantil Lucien Cornil .................................................................... 42 Figura 16– Planta baixa moradia estudantil Lucien Cornil ............................................................. 43 Figura 17 – Planta baixa do pavimento tipo 2º ao 5º da moradia estudantil Lucien Cornil ............. 43 Figura 18– Planta baixa do pavimento tipo II do 6º ao 8º da moradia estudantil Lucien Cornil ...... 44 Figura 19– Moradia estudantil Lucien Cornil.................................................................................. 45 Figura 20 –Uso do CLT, interior da moradia estudantil Lucien Cornil ............................................ 46 Figura 21 – Materiais da moradia estudantil Lucien Cornil ............................................................ 46 Figura 22– Detalhe materiais da fachada moradia estudantil Lucien Cornil ................................... 47 Figura 23 – Localização Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber ............ 48 Figura 24 – Localização Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber ............ 48
10 Figura 25 – Implantação do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber ....... 49 Figura 26 – Volumetria alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber .............. 50 Figura 27 – Entorno do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber .............. 50 Figura 28 – Planta baixa do térreo do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber ............................................................................................................................................ 51 Figura 29 – Planta baixa do pavimento tipo do 2º e 3º do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber...................................................................................................................... 51 Figura 30 – Volumetria alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber. ............. 52 Figura 31 – Volumetria do bloco do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber. ........................................................................................................................................... 53 Figura 32 – Área comum do pavimento térreo alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber. ...................................................................................................................................... 53 Figura 33–Vista da passarela do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber. ...................................................................................................................................................... 54 Figura 34– Moradia estudantil da Unifesp Osasco. ....................................................................... 54 Figura 35 – Localização da Moradia estudantil da Unifesp Osasco. .............................................. 55 Figura 36 – Volumetria da moradia estudantil da Unifesp Osasco. ................................................ 56 Figura 37– Conexão com o entorno da moradia estudantil da Unifesp Osasco. ............................ 56 Figura 38 – Planta baixa nível 0 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 57 Figura 39 – Planta baixa nível 1 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 58 Figura 40 – Planta baixa nível 2 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 59 Figura 41 – Planta baixa nível 3 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 59 Figura 42 – Planta baixa nível 4 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 60 Figura 43 – Planta baixa nível 5 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 60 Figura 44 – Planta baixa nível 6 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 61 Figura 45 – Planta baixa nível 7 da moradia estudantil da Unifesp Osasco. .................................. 61 Figura 46 – Planta baixa dos apartamentos da moradia estudantil da Unifesp Osasco. ................ 62 Figura 47 – Processo criativo da moradia estudantil da Unifesp Osasco. ...................................... 62 Figura 48 – Moradia estudantil da Unifesp Osasco. ...................................................................... 63 Figura 49 – Moradia estudantil da Unifesp Osasco. ...................................................................... 63 Figura 50 – Localização do sitio escolhido ................................................................................... 69 Figura 51 – Vista do terreno. ......................................................................................................... 70 Figura 52 – Dimensões do terreno escolhido. ............................................................................... 70 Figura 53 – Acessos e fluxo. ......................................................................................................... 71 Figura 54 – Estudo de insolação recebida pelas fachadas. ........................................................... 72
11 Figura 55 – Rosa dos ventos, Patos,PB. ....................................................................................... 73 Figura 56 – Mapa de cheios e vazios. ........................................................................................... 74 Figura 57 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo. ............................................................................ 75 Figura 58 – Mapa de gabarito........................................................................................................ 76 Figura 59 – Simbolos “Sankofa” de origem Andinkra. .................................................................... 77 Figura 60 – Gradis com o símbolo “Sankofa” ................................................................................ 78 Figura 61 – Desenho clássico de casa .......................................................................................... 78 Figura 62 – Fluxograma. ............................................................................................................... 80 Figura 63 – Perspectiva, moradia estudantil “Sankofa”.................................................................. 81 Figura 64 – Zoneamento pavimento térreo .................................................................................... 82 Figura 65 – Zoneamento pavimento superior ................................................................................ 83 Figura 66 – Acessos ao pavimento térreo ..................................................................................... 83 Figura 67 – Primeira forma. ........................................................................................................... 84 Figura 68 – Segunda forma, criação do jardim interno. ................................................................. 85 Figura 69 – Segunda forma, zoneamento...................................................................................... 85 Figura 70 – Terceira forma, criação da coberta. ............................................................................ 86 Figura 71 – Terceira forma, finalização. ........................................................................................ 86 Figura 72 – Aproveitamento da ventilação..................................................................................... 87 Figura 73 – Vista do jardim interno, paredes recuadas. ................................................................. 88 Figura 74 – Vista de parte da fachada norte, recuo da cafeteria e uso do cobogó......................... 88 Figura 75 – Vista de parte da fachada norte, elementos vazados. ................................................ 89 Figura 76 – Vista de parte do Oeste, janelas protegidas por brises fixos. ...................................... 90 Figura 77 – Vista Fachada Leste. .................................................................................................. 90 Figura 78 – Perspectiva Norte/oeste destacando o jardim externo. ............................................... 91 Figura 79 – Vista do Jardim Interno. .............................................................................................. 91 Figura 80 – Perspectiva fachada oeste, cores dos materiais e jardim externo. .............................. 92 Figura 81 – Lounge, área comum. ................................................................................................. 93 Figura 82 – Suíte Individual. .......................................................................................................... 93 Figura 83 – Lounge. ...................................................................................................................... 94
12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Psicologia das cores .................................................................................................... 36 Tabela 2 – Quadro resumo dos projetos correlatos ....................................................................... 64 Tabela 3 – Quadro pré-dimensionamento ..................................................................................... 79 Tabela 4 – Zona Residencial 1, João Pessoa. ............................................................................... 77
13 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Idade dos respondentes. ............................................................................................. 65 Gráfico 2 – IES de frequência dos respondentes........................................................................... 65 Gráfico 3 – Permanência na cidade de Patos. ............................................................................... 66 Gráfico 4 – Distância percorrida para a cidade de Patos. .............................................................. 66 Gráfico 5 – Compartilhamento da moradia. ................................................................................... 66 Gráfico 6 – Tipo de moradia. ......................................................................................................... 67 Gráfico 7 – Alunos que frequentariam a uma moradia estudantil adequada. ................................. 67 Gráfico 8 – Quais ambientes devem ter numa moradia estudantil. ................................................ 68 Gráfico 9 – Quantos pessoas podem dividir uma suíte. ................................................................. 68
14 SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 15
2.
METODOLOGIA .................................................................................................................... 18
3.
REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................................... 21
4.
3.1
Centro Residencial para Universitário ......................................................................... 21
3.2
Parâmetros bioclimáticos para arquitetura no semiárido nordestino ....................... 30
3.3
A humanização na arquitetura ..................................................................................... 34
ANÁLISE DE PROJETOS CORRELATOS ............................................................................ 40 4.1
Moradia estudantil Lucien Cornil ................................................................................. 40
4.2
Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber ............................. 47
4.3
Moradia Estudantil da Unifesp Osasco ....................................................................... 54
4.4
Considerações .............................................................................................................. 64
5.
QUESTIONÁRIO.................................................................................................................... 65
6.
O ANTEPROJETO ................................................................................................................. 69 6.1
6.1.1
Localização............................................................................................................. 69
6.1.2
Forma e Topografia ................................................................................................ 70
6.1.3
Acessos e Fluxos ................................................................................................... 71
6.1.5
Relação com o Entorno ......................................................................................... 74
6.1.6
Legislação Vigente ................................................................................................. 76
6.1.7
Conceito e partido .................................................................................................. 77
6.2 6.2.1 7.
Definição e analise do Lote .......................................................................................... 69
Programa de necessidades e pré-dimensionamento ................................................. 79 Memorial descritivo ................................................................................................... 81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 96
15 1. INTRODUÇÃO
O ingresso a uma Instituição de Ensino Superior (IES) é objetivo de muitos jovens, pois essa tem um papel importante na formação desses indivíduos, porém não são todas as cidades que possuem esse grau de ensino, ou não dispõem do curso que o estudante pretende cursar, despertando assim o desejo de estudar em outra cidade e então a necessidade de se realocar. Assim como o ambiente de salas de aula, as moradias estudantis são essenciais para que os estudantes tenham uma boa qualidade de vida e um bom desempenho acadêmico (DELABRIDA,2014). Nawate (2014, P.9) define moradia estudantil como uma habitação temporária para estudantes que migram dos lugares onde residem para lugares diferentes onde estudam, oferecendo “acomodações adequadas, espaços de estudo e convívio social e um local que propicie um bom relacionamento entre seus moradores e com a vizinhança, estimulando o trabalho em equipe, o senso coletivo e promovendo atividades culturais. ” A moradia estudantil é um meio encontrado por estudantes a garantirem a permanência nas universidades, essencialmente para estudantes que moram fora das suas cidades, e organizam baseadas por leis e regras comuns (MALTA, 2010). Por receber uma população diversificada, ou seja, de diferentes, origens, hábitos e costumes, compartilhando a moradia, o ambiente deve ser flexível, acessível e de baixo custo, para que garanta o acesso, permanência e a individualidade em meio a vida coletiva, para qualquer perfil de estudante. (CELANT,2016) O Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) ampara estudantes de baixa renda matriculados na rede de ensino superior pública federal, ofertando assistência à moradia estudantil, alimentação, transporte, à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico com o objetivo de “democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação superior; reduzir as taxas de retenção e evasão; e contribuir para a promoção da inclusão social pela educação”. (BRASIL, 2010, Art. 84) A educação superior brasileira vem crescendo nos últimos anos e continua progredindo, dispondo de uma rede educacional de 2.537 IES, chegando em 2018 a marca de 8,45 milhões de alunos, em 10 anos tendo o aumento de 44,6% no número de matriculados (MEC,2018). Existem vários fatores que fizeram aumentar a demanda nas Instituições de Ensino Superior no Brasil como: a expansão da rede de ensino superior e as políticas públicas, Sistema de Seleção Unificado (SISU), principal meio de ingresso em uma IES; o Programa Universidade para Todos (PROUNI), que oferece bolsas de estudos para alunos de IES particulares , Fundo de Financiamento Estudantil
16 (FIES) que financia a graduação de estudantes matriculados em IES particulares e o sistema de cotas, desenvolvidas para promover o acesso e a democratização do ensino superior .(SALATA,2018)
No Brasil, 31.881 (10%) estudantes matriculam-se em IES federais em outras cidades onde não possuem moradia. Na Paraíba em 2017, 2.827 pessoas matricularam-se em uma instituição federal de ensino superior que não está localizada na cidade onde residem, sendo o terceiro estado onde esse fenômeno mais acontece (MEC,2017). Tendo em vista, que o estado é um dos que tem o pior índice de desenvolvimento humano (IDH), 0,658, estando entre os 7 piores, num ranking de 27 estados (IBGE,2010), visto que é um dos estados que não vai bem economicamente, esses estudantes são pessoas que precisam muito de um auxílio para permanecer na IES. Patos é um município do estado da Paraíba localizado na região central do estado com população de 100.674 habitantes (IBGE, 2010). A cidade se destaca na região por sua oferta de educação superior, possuindo 5 Instituições de ensino superior presencial (FIP, IFPB, UEPB, UFCG, UNIPLAN), podendo ter o título de “cidade universitária”, pois tem forte influência sob as cidades circunvizinhas onde atrai uma grande população de estudantes de ensino superior, técnico e tecnólogo, vindos de municípios de até 128Km de distância como a cidade de Sousa-PB. Segundo Júnior (2019), no período letivo de 2018.2 o IFPB da cidade contava com 1128 alunos do nível técnico, tecnológico, graduação e pós-graduação, a UNIFIP 4497 matriculados, a UEPB 1150 e a UFCG 1078 estudantes, totalizando 7.853 matriculados. Várias universidades dispõem de residências estudantis, oferecendo como parte do programa de assistência a estudantes de baixa renda, advindos de cidades diferentes da qual se encontra a IES. (FREITAS,2008). Em Patos apenas uma Instituição de ensino superior, a UFCG, oferece alojamento para 105 estudantes divididos em 20 quartos (JÚNIOR, 2019), mas muitos não conseguem, gerando para a cidade uma população flutuante estudantil pois muitos estudantes não têm um lugar para se firmar, então saem das suas cidades para estudar e voltam todos os dias, reforçando assim que a necessidade de uma habitação estudantil na cidade de Patos-PB vem da carência de um abrigo estudantil, devido a uma grande quantidade de estudantes que se deslocam de outras cidades ou estados para estudar em Patos e não têm condições de se firmar. A habitação é de grande importância para a qualidade de vida do estudante pois essas pessoas têm necessidades especificas que devem ser supridas, e ao não serem alcançadas gera um mal-estar para elas, afetando no seu rendimento acadêmico e no seu estilo de vida.
17 Nesse sentido propõe-se como objetivo geral desta pesquisa elaborar um anteprojeto arquitetônico de moradia estudantil, em Patos - PB. Como Objetivos específicos busca-se:
Compreender quais são as necessidades da população universitária de Patos
Estimular a inserção e integração dos estudantes na cidade de Patos
Contribuir para o mercado dessa tipologia arquitetônica na cidade de Patos
Propor uma arquitetura humanizada e bioclimática
A estrutura do trabalho está organizada da seguinte forma: Inicia-se com a introdução onde tem-se uma síntese geral do trabalho, também apontando a problemática, justificativa e objetos da pesquisa; em seguida o volume é dividido em 5 capítulos: O capitulo 1, Referencial Teórico, que reúne conceitos pesquisadores que explanam sobre o tema, com os tópicos de Moradias estudantis e arquitetura bioclimática, explanando definições, história e os diferentes tipos de habitação estudantil e técnicas sustentáveis; O capitulo 2. Metodologia, apresenta as etapas metodológicas a fim de alcançar os objetivos propostos e métodos de análise de correlatos e elaboração de projeto arquitetônico; O Capitulo 3, Analise de correlatos, onde projetos de moradias estudantis são estudados, para entender como essa tipologia se comporta e dar suporte para a concepção do projeto; O Capitulo 4, Questionário, onde é apresentado o resultado dos questionários aplicados aos estudante de ensino superior presencial da cidade de Patos e; O Capitulo 5, Anteprojeto, onde é apontado onde será o projeto, além do programa de necessidades, diretrizes, pré-dimensionamento e o resultado final do Projeto Arquitetônico; Por fim as considerações finais, concluindo a pesquisa e apresentando a influência da pesquisa para a elaboração do anteprojeto.
18 2. METODOLOGIA
De acordo com Gerhardt e Silveira (2009), essa pesquisa quanto a abordagem é qualitativa por ser um aprofundamento num determinado assunto, buscando entender o que pode ser feito para solucionar o problema, não quantificando dados e submetendo a testes, obtendo no fim um resultado subjetivo e que não pode ser previsto. Quanto a natureza trata-se de uma pesquisa aplicada pois “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigindo à solução de problemas específicos” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009) Segundo Gil (2007), quanto aos objetivos trata-se de uma pesquisa exploratória, pois buscase ter um maior entendimento sobre a temática abordada para poder elaboração de uma hipótese. Para a elaboração da pesquisa foram definidos os procedimentos: revisão bibliográfica, análise de projetos correlatos e desenvolvimento do anteprojeto arquitetônico. A primeira etapa consiste na identificação da problemática, a relação entre moradia e qualidade de vida é estudada e debatida por vários autores, sendo assim, propõe-se nesse trabalho, pôr em questão uma problemática sobre como moram os estudantes universitários patoenses e por que não tem habitações suficientes e adequadas para estes, já que é comprovado que a qualidade de vida e acadêmica está relacionada também a como esses estudantes moram. A segunda etapa compõe-se da revisão bibliográfica, foi usado o método de Gerhardt e Silveira (2009),que por meio dos seus processos permite embasar o trabalho de forma teórica, é realizada através de estudos relevantes sobre o tema tratado na pesquisa afim de alcançar os objetivos propostos; o primeiro ponto que a revisão aborda a história dos centros residenciais universitários e suas tipologias mais comuns; posteriormente demonstra parâmetros bioclimáticos para arquitetura no semiárido nordestino e conceitos de arquitetura humanizada, proporcionando qualidade de moradia para os estudante. A terceira etapa da pesquisa consiste na análise de projetos correlatos, serão estudados 3 edifícios que têm relação com o tema da presente pesquisa, o critério de escolha dos projetos é o seguinte, um projeto no âmbito internacional, outro latino americano e outro nacional, com o intuito de contribuir para concepção do anteprojeto de moradia estudantil, será utilizado o método de Baker (1996) que define seis pontos que norteiam a análise dos projetos:
19
Genius Loci: Trata das características do espaço onde está situada a edificação;
Iconologia: Expõe sobre aspectos relacionados ao visual da obra;
Identidade: Aborda as particularidades culturais e/ou históricos do lugar onde está implantado o edifício;
Significado do uso: Explica a organização espacial do projeto, programa de necessidades, fluxos, espaços, usos, dentre outros;
Movimento e Geometria: Refere-se a volumetria tratando aspectos da forma externa e interna da obra;
Estrutura e Materiais: Apresenta como foi planejada a estrutura do projeto e quais as técnicas construtivas e materiais utilizados A quarta etapa é formada por aplicação de um questionário a fim de entender melhor o perfil
dos usuários e suas necessidades, serão aplicados 100 questionários para estudantes que cursam ensino superior presencial na cidade de Patos, utilizando a ferramenta google docs. O questionário é um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para auxiliar na análise ou no tratamento de um problema social. Sendo um instrumento de coleta de dados, formado por uma sequência de perguntas, que precisam ser respondidas com o entrevistador ausente (MARCONI E LAKATOS, 2003). A quinta etapa da pesquisa é a elaboração do anteprojeto arquitetônico de moradia estudantil, será utilizado o método de Neves (1989) este se divide em 2 pontos: Primeiro ponto: coleta e análise das informações básicas, dividida em 2 aspectos:
Aspectos conceituais do tema: conceito do tema, caracterização da clientela e das funções, programa arquitetônico, relações do programa e pré-dimensionamento do edifício; aspectos físicos do terreno escolhido
Aspectos físicos do terreno escolhido: Escolha do terreno, planta do terreno, características do terreno, forma e dimensão, conformação do relevo, orientação quanto ao sol e aos ventos, acessos, relações com o entorno e legislação pertinente. Segundo ponto: adoção do partido arquitetônico, dividido em 3 ideias:
Ideias básicas para adoção do partido: decisões de projeto, ideias dominantes, ideias e plano e linguagem do partido. A partir dessas ideias incorporou-se também a metodologia de Holanda (1976) que aborda 9 técnicas para se construir no Nordeste Brasileiro.
20
Ideias nos planos horizontais: número de pavimentos, disposição dos setores, disposição e dimensões dos setores, elementos de ligação, disposição dos elementos do programa, situação no terreno, ideia de cobertura, ideia do sistema estrutural e ideia da forma
Ideias nos planos verticais: disposições verticais do partido, disposição vertical interna e disposição vertical externa
Ajuste tridimensional das ideias: ajustes das ideias. Com finalidade de resumir as informações apresentadas e facilitar o entendimento foi
elaborado um diagrama metodológico sintetizando as etapas e métodos escolhidos (Figura 1). Figura 1- Diagrama Metodológico
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)
21 3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Centro Residencial para Universitário
Segundo Wiese (2017) A habitação universitária não é um equipamento autossuficiente, pela sua capacidade como um complexo multifuncional, que pode articular diversas atividades fundamentais para a vida acadêmica, mas sobretudo, tem uma grande capacidade de incorporação com o entorno e o meio urbano. De acordo com a (SENCE) Secretaria nacional de casas de estudantes (2011) as moradias destinadas a estudantes, são classificadas em três tipos, são eles: “Residência Estudantil: é a moradia de propriedade das Instituições de Ensino Superior e/ou das Instituições de Ensino Secundaristas Públicas; Casas Autônomas de Estudantes: é a moradia estudantil administrada de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculo com a administração de Instituição de Ensino Superior ou Secundarista; República Estudantil: é o imóvel locado coletivamente para fins de moradia estudantil” (SENCE, 2011)
A história das moradias estudantis não é muito estudada, porém sabe-se que sua origem está atrelada ao surgimento das primeiras universidades ocidentais da idade média. De acordo Sayegh (2012) as universidades surgiram na França, Itália e na Inglaterra e logo se tornaram uma grande força da época assim como o Estado e a Igreja, o modelo de ensino criado nessas Instituições veio a ser copiado e disseminado por todo o mundo a partir do séc. XVI. Segundo Eira (2019). As primeiras habitações para estudantes foram implantadas como alojamentos coletivos dentro do próprio campus das universidades, pois tinha-se a crença de que a aprendizagem era formada a partir da convivência do aluno com o professor, pensamento que permeia até a década de 2020. Algumas destas moradias foram projetadas por arquitetos renomados de grande influência, como o Pavilhão Suíço, do Le Corbusier, que é uma referência do Movimento Moderno e a Baker House, do Alvar Aalto. A história das habitações estudantis no Brasil é muito parecida com a origem europeia. “A história das repúblicas estudantis brasileiras, mesmo que pouco conhecida, está articulada à história das próprias universidades. É neste sentido que as repúblicas estudantis compreendem a formação de um espaço democrático”. (MALTA,2010, p. 48)
22 Os primeiros registros de moradia universitária no Brasil são das décadas de 1850 e 1860 na cidade de Ouro Preto. Com o início do Ciclo da Mineração na região, foi feita a Escola de Minas de Ouro Preto para qualificar a mão de obra de serviços de extração, atraindo estudantes e motivando a construção de habitações estudantis, posteriormente no Rio de Janeiro em 1929 foi implantada a Casa do Estudante do Brasil e desempenhava o papel de abrigo para estudantes que vinham de outras cidades do estado (COSTA; OLIVEIRA, 2012). “A partir da década de 1930 a 1945, período do primeiro governo de Getúlio Vargas, as residências para universitários se tornaram mais comuns nos grandes centros do país, fato viável pelo advento das cidades universitárias, as quais continham em seu programa a criação de alojamentos para fixação de docentes e discentes nas proximidades do campus. ” (SANTOS, 2017, p.29)
Segundo Júnior (2003), até o ano de 2010 haviam aproximadamente 115 locais reconhecidos como moradia de estudantes no Brasil, em tipologias diversas como casas coloniais, que abrigam hospedam estudantes do interior do Sudeste do Brasil, como a já citada cidade de Ouro Preto, até habitações modernas como a CRUSP em São Paulo. De acordo com Pimenta (2016) o mercado imobiliário brasileiro ainda desvaloriza e faz pouco investimento setor de moradia estudantil. O mercado está numa fase inicial diante deste segmento e aparenta não perceber a lógica de ocupação ditada pelo claro comportamento indutor das universidades, deixando de conceber uma tipologia apropriada, oferecendo assim um produto adequado para um público também especifico.
3.1.1
Tipologias
Conforme Buxton (2017) os dormitórios individuais são a base dos blocos residenciais para estudantes e podem ser dispostos de várias formas. Em cada caso, a unidade pode ser do tipo suíte ou compartilhar os banheiros com outros quartos. As tipologias mais comuns estão representadas a seguir: Tipologia do bloco pequeno sem elevador (figura 2), exemplificado pelo edifício Balliol College (figura 3), descreve Buxton (2017, p.379):
23 “No modelo tradicional de Oxbridge, os edifícios são divididos em blocos, cada uma com um número limitado de dormitórios em cada pavimento atendidos por uma única escada. Às vezes se oferece uma cozinha de uso comum por pavimento, que costuma ficar junto à escada. Essa disposição é propícia à formação de grupos sociais, embora se preserve a forte conexão com a faculdade ou universidade. ”
Figura 2- Tipologia do bloco pequeno sem elevador. Jowett Walk, Balliol College, Oxford. Arquitetos: MJP Architects l; 1: suíte individual 2: banheiro privativo; 3: cozinha compatilhada; 4: sala de jantar compartilhada.
Fonte: BUXTON (2017)
Porém, esse sistema inviabiliza a colocação de elevadores, já que os blocos não são interligados, teria que ter um equipamento em cada edifício, tornando o custo muito elevado. Além disso, prejudica a acessibilidade para deficientes e pessoas de mobilidade reduzida, restringindo-os ao pavimento térreo apenas, podendo não serem aprovadas pela instituição (BUXTON,2017).
24 Figura 3- Jowett Walk, Balliol College, Oxford. Arquitetos: MJP Architects
Fonte:ACADEMY (2020)
A tipologia do casarão com suítes independentes (figura 4), trata-se do modelo popular de acomodação tradicional, comumente usados por estudantes, como exemplo o edifício Constable Terrace, University of East Anglia (figura 5). Essa tipologia se assemelha a do bloco pequeno sem elevador, porém existe um número restrito de dormitórios dispostos nos em cada andar que são atendidos por uma escada só, e o local destinado a refeições (cozinha/ copa) localiza-se no pavimento térreo. Os impasses relacionados à implantação de elevadores e ao acesso de deficientes e pessoas de mobilidade reduzida assemelham-se aos da primeira tipologia citada (BUXTON,2017).
25 Figura 4- Tipologia casarão com suítes independentes. Constable Terrace, University of East Anglia. Arquitetos: Rick Mather Architects 1: dormitório individual; 2: cozinha; 3: sala de estar e jantar; 4: instalações / armário / material de limpeza; 5: banhe
Fonte: BUXTON (2017)
Figura 5- Constable Terrace, University of East Anglia.
Fonte: STUDENTCROWD (2015)
A tipologia do bloco linear com corredor (figura 6), exemplificada pela Friendship House, Londres (figura 7). Nesse modelo os quartos são dispostos ao longo de um corredor, garantindo,
26 economicamente, que um bloco de muitos dormitórios seja atendido por um único elevador, facilitando o acesso para deficiente, pessoas de mobilidade reduzida e funcionários responsáveis pela limpeza (BUXTON, 2017). Porém essa disposição de longos corredores, traz aspectos negativos para o edifício, tornando o ambiente de circulação monótono, dando a aparência de um ambiente institucional, configurando uma forma retangular e dificultando a ventilação cruzada e entrada de luz natural, tendo uma maior desaprovação por parte dos estudantes (DAVIS E ROIZEN 1970).
Figura 6- Tipologia do bloco linear com corredor: Friendship House, Londres. Arquitetos: MJP Architects. 1: domitório individual; 2: dormitório individual para deficientes 3: cozinha compartilhada; 4: salão de uso comum; 5: pátio; 6: jardim; 7: viaduto da lin
Fonte: BUXTON (2017)
Esses edifícios e forma singular, alcança um maior número de estudante e oferece mais abrigos que os demais já citados, porém perde a característica de um lugar caseiro, que é oferecida pelos blocos menores. Em algumas situações, os edifícios lineares são estendidos com a finalidade de criar apartamentos legítimos (BUXTON, 2017).
27 Figura 7- Friendship House, Londres. Arquitetos: MJP Architects.
Fonte: ARCHITECTS (2020).
A tipologia do edifício de suítes (figura 8), caso do edifício Bluebell Views Residences, Universidade de Warwick (figura 9). Nesse tipo de edifício, os pavimentos são divididos em alguns apartamentos independentes onde cada um deles recebe vários dormitórios do tipo suíte (geralmente, de 5 a 8) dispondo de uma cozinha distinta com copa. Essa organização espacial é bastante empregada e forma algumas associações independentes, com sua porta de acesso particular. A implantação de elevadores nesse tipo de arquitetura tornasse economicamente viável, e podem ser dispostos de forma que atenda a mais de um apartamento (BUXTON, 2017).
28 Figura 8 - Tipologia residência para estudantes com apartamentos: Bluebell Views Residences, Universidade de Warwick. Arquitetos: Page/Park. 1: dormitório individual; 2: quitinete para dois estudantes; 3: cozinha/sala de jantar; 4: área de circulação comum
Fonte: BUXTON (2017)
Cada bloco possui quatro apartamentos por pavimento, divididos em duas alas e ligados por uma ponte. Os quartos estão dispostos ao longo do corredor e os espaços de convivência, varandas coletivas, estão nas extremidades de cada um dos blocos, apreciando a vista e tendo contato o meio externo. (PAGEPARK, 2011) Figura 9- Bluebell Views Residences, Universidade de Warwick. Arquitetos: Page/Park Architects
Fonte: PAGEPARK (2011)
29 Segundo Buxton (2017) o dormitório (figura 10) é o componente mais importante do projeto e deve proporcionar várias funções em um pequeno espaço, como: estudar, dormir e socializar, deve propiciar que o morador ponha a sua personalidade no local, já que será o lar dele durante seu tempo na IES. A unidade habitacional deve ser planejada de modo que permita o mobiliário ser distribuído em diferentes layouts, com o intuito de evitar o caráter institucional de vários dormitórios iguais repetidos. Figura 10 – Suíte individual. St Hugh’s College, Oxford. Arquitetos: David Morley Architects.
Fonte: BUXTON (2017)
Os dormitórios costumam ser retangulares com os banheiros no fundo do cômodo, junto ao corredor do bloco visando otimizar a distribuição espacial, os quartos podem ser individuais ou compartilhados, a suíte individual é o tipo mais comum de unidade. A área mínima apropriada para uma pessoa é 10 m², unidades com banheiro majoritariamente possuem, no mínimo, 13 m². Se o ambiente for destinado a um cadeirante, terá que possuir 2,8 m de largura para deixar um espaço de manobra e permitir acesso ao banheiro. As áreas usuais dos outros tipos de dormitório individual são: suíte compartilhada por dois estudantes de 20 m², suíte com cozinha pequena para um estudante de 18 m² e a quitinete para um estudante ou um casal de 30 m² (BUXTON, 2017).
30 3.2 Parâmetros bioclimáticos para arquitetura no semiárido nordestino
Segundo Wiese (2017) a habitação estudantil tem a natureza de formação de cidadãos, por via de pensamentos a respeito do seu poder no processo de composição de um meio urbano mais sustentável,
podendo
ser sugeridas configurações espaciais diferenciadas e aspectos
diversos da linguagem arquitetônica, não só por via de ferramentas e técnicas de conforto e eficiência energética, mas de recursos que exponham a dimensão social e educativa, apoiada a habitação, de forma que a convivência comunitária influencie no desenvolvimento pessoal de cada estudante, que vieram a possuir uma vida acadêmica em harmonia com o ambiente natural e com princípios de sustentabilidade. Segundo Zanbrano (2008) na década de 1970 acontece uma crise energética, decorrente do choque do petróleo, entre outros questionamentos sobre como a arquitetura vinha sendo produzida durante este século, conquista espaço um pensamento de resgate na arquitetura, procurando restaurar a ruptura com a história determinada pela arquitetura moderna. Assim nos Estados Unidos e Europa surge a denominada arquitetura solar, como uma solução à crise energética mundial A arquitetura solar não foi plenamente bem-sucedida, os conceitos trabalhados nesse movimento evoluíram e levaram a uma abordagem mais ampla, surge então na década de 1980, o conceito de arquitetura bioclimática, tratando da relação entre edifício e o clima e microclima circulantes (ZANBRANO,2008). Para Neves (2006) a concepção de um edifício deve trabalhar em proporção com o que a natureza lhe oferta, adequando os edifícios ao clima em que estão inseridos, a correlação entre propriedades arquitetônicas e certas zonas climáticas é o fundamento principal da nominada arquitetura bioclimática, que busca amenizar os efeitos decorrentes de uma intervenção no meio e promover uma harmonia entre a paisagem e a edificação. No Brasil a arquitetura bioclimática cresceu conjuntamente com o surgimento de muitos cursos de pós-graduação no campo de conforto ambiental a partir da década de 1980. O estudo da bioclimática aplicada à arquitetura continua a ser uma das áreas mais relevantes das pesquisas referentes ao conforto, arquitetura ambiental e sustentabilidade. (ZANBRANO,2008) O clima do sertão Paraibano é o semiárido, Teixeira (2016, p.773) relata: “O termo semiárido envolve uma referência climática, que marca uma característica do ecossistema desta região, que é o índice de pluviosidade baixa, isto é, menor de 800mm ao ano. O período de chuva também se restringe a três ou quatro meses durante o ano. Além disso, existe um índice de insolação grande, tendo sol quase todos os dias do ano. A temperatura varia entre 23°C e 27°C. O solo desta região
31 é rochoso, arenoso e raso, que somado ao clima da região é apontado por estudiosos como propenso à desertificação. ”
Conforme a NBR 15220/2003 - Desempenho térmico de edificações parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social, a qual divide o Brasil em 8 zonas climáticas e apresenta parâmetros e orientações de técnicas construtivas adequadas a cada zona para garantir o conforto térmico na edificação. A cidade de Patos assim como parte da Paraíba e do Nordeste, localiza-se na Zona 7, que tem como orientações construtivas: aberturas pequenas e sombreadas para ventilação, coberta e paredes externas pesadas, para ter uma alta inércia térmica retardando a transmitância do calor. No verão para amenizar a temperatura são usadas técnicas como a de resfriamento evaporativo, por meio de corpos d’água ou arvores e a massa térmica para resfriamento, é o mesmo princípio das paredes externas pesadas, utilizar de uma massa mais robusta na qual absorve mais calor e demora mais a transmiti-lo A relação entre arquitetura e natureza no sertão brasileiro é delicada, tendo em vista as altas temperaturas e o clima seco, visando uma arquitetura eficiente e que promova conforto Holanda (1976) define em seu livro um conjunto de estratégias a serem utilizadas para construir no Nordeste, são elas:
Criar uma sombra: Criar edifícios de pé direito mais alto e aberturas protegidas como lanternins, claraboias e chaminés, são estratégias que devem aumentar o volume de ar e renová-lo, tornando o ambiente um melhor isolante térmico.
Recuar as paredes: Dispor as paredes sob essas sombras, trazendo-as mais para traz, criando assim espaços externos como terraços, pérgolas e varandas, a alvenaria fica assim protegida do sol, do calor, das chuvas e umidade.
Vazar os muros: Combinar as paredes solidas com elementos vazados, como o cobogó, com intuito de barre a luz e deixe a ventilação natural adentrar a edificação.
Proteger as janelas: Criar proteções para as aberturas externas, com elementos como a marquise, para que sombreadas possam permanecer abertas
Abrir as portas: Sombrear e proteger as portas, com a finalidade de deixá-las abertas, proporcionando uma interação maior do exterior com o interior, público e privada, assim tornando o lugar mais convidativo, também criar desenhos vazados nas portas, garantindo a privacidade, a entrada de ar e luz.
32
Continuar os espaços: Deixar a planta livre, deixando o espaço fluido e continuo fechando apenas ambientes onde se recomende a privacidade, isso permite e o ar percorra livre por toda a edificação.
Construir com pouco: Utilizar poucos materiais na construção, reduzindo assim os gastos e dando uma unidade visual, propor materiais agradáveis ao toque e a vista em planos mais próximos das pessoas.
Conviver com a natureza: Evitar a destruição da paisagem natural, promover jardins de vegetação de grande porte e frondosa, para se apropriar do sombreamento ofertado por esta.
Construir frondoso: Planejar uma arquitetura ampla e autêntica, retratando a cultura nordestina e revelando uma sensível apropriação de nosso espaço. Propor uma arquitetura sombreada, livre, poderosa, acolhedora, cativante e em harmonia com a natureza.
Essas estratégias são muito eficientes, Holanda (1976) em seu livro faz um apanhado dessas técnicas que são muito importantes para o projeto de arquitetura no semiárido e serve para guiar os arquitetos e engenheiros que pretendem construir no nordeste brasileiro ou em lugares de clima similar. Para ilustrar as estratégias foi feito um quadro resumo (figura 11): Figura 11- Quadro ilustrativo das estratégias para se construir no Nordeste.
Criar uma sombra
Recuar as paredes
33 Vazar os muros
Proteger as janelas
Abrir as portas
Continuar os espaços
Construir com pouco
Conviver com a natureza
Construir frondoso
Fonte: HOLANDA (1976)
34 3.3 A humanização na arquitetura
A expressão humanização na arquitetura aproxima-se frequentemente da sua ideia oposta, a desumanização. Alguns pontos que caracterizam a desumanização da arquitetura: falta de arborização nos edifícios, iluminação e climatização artificial em excesso, área enormes com pavimentação, formas enrijecidas, entre vários pontos nos quais dificultam a personalização e manutenção do espaço pelo usufruidor. Entende-se que a arquitetura é feita para solucionar apropriadamente várias ânsias da humanidade, ou seja, ela deve ser, naturalmente, humanizada, pois a humanização é uma característica intrínseca à uma arquitetura ideal (GUEDES, 2017). O conceito de Habitação e Habitar é descrito por Esteves (2013, p. 23): "Habitação e habitar vêm de uma só palavra latina - habere (ter/haver) — o que significa habitar em mim, ter-me, tomar posse de mim mesmo, isto é, produzir a minha própria identidade, o que sugere a potencialidade de moldarmos os nossos edifícios habitacionais conforme as nossas rotinas, ajustando-os à nossa intimidade e certezas, se bem que momentâneas, uma vez que essas certezas se alteram com cada vez mais rapidez".
As ideias de espaço, lugar, morar e habitar e suas relações são tratadas por Bertoletti (2011) o espaço define-se como qualquer parcela da extensão da Terra, ampla e desconhecida. Uma localidade sem limites e completamente alheia a valores ligações afetivas. Já o lugar é o espaço povoado e com importância para o usuário, a partir das experimentações do dia a dia. Gera um sentido de localidade que afeta prontamente na compreensão que os moradores possuem de si mesmos como habitantes de um lugar, induzindo no processo de construção de suas identidades. Morar é encontrar-se situado no espaço, ter um local de repouso que possa retornar diariamente, depois de estudar, trabalhar ou chegar de um lazer. Habitar é apossar-se de todos os espaços, (simbólico, físico, cultural e emocional) onde encontram-se todos os lugares, as coisas, as pessoas, e os objetos com os quais o ser humano tem relação (BERTOLETTI, 2011). Conforme Jorge (2019) o ambiente na arquitetura é a área física, criada por meio do espaço edificado, que tem a capacidade de estimular o usuário. Desse modo, a percepção é apontada como crucial para a relação entre homem e arquitetura, é a compreensão do ambiente que gera os estímulos psicológicos mais importantes, promovendo a adequação do ser homem ao seu espaço concreto, isto é, a percepção espacial possibilita a comunicação, interação e vivencia de várias experiências. Logo, entender o papel de cada componente que constitui o espaço é de grande importância, podendo assim provocar certas sensações aos seus usuários
35 Segundo Scoaris (2012) os aspectos estéticos das edificações de habitação estudantil, é um dos pontos mais pertinentes nas reclamações feitas pelos universitários. Considera-se que intervenções feitas em alvenarias dos ambientes privados e de uso comum, como pintura ou mudança de revestimento, seja uma solução a monotonia, monocromia e sobriedade desse espaço, tirando a aparência de ambiente institucional e dando o aspecto de espaço residencial. Por terem um orçamento reduzido, como meio de baixar o custo da obra, as habitações estudantis findam em ter uma padronização dos materiais de acabamento. Porém, a impressão institucional da moradia é acentuada no momento em que vários espaços apresentam um visual análogo, situação que poderia ser amenizada se um projeto de interiores viesse a ser desenvolvido guiado não exclusivamente por fatores econômicos. Os edifícios têm de ser planejados de modo a "permitir aos moradores a escolha da habitação com as características que lhes sejam mais adequadas e/ou a realização de intervenções no sentido de adequar as habitações aos seus modos de uso e necessidades específicas". Pedro (2002b, p. 42)
3.3.1
Aspectos determinantes para o bem-estar nas habitações
Há vários aspectos que atuam diretamente com o bem-estar do indivíduo e que são importantes serem trabalhos na arquitetura humanizada, são eles: Iluminação, cor, som, aroma, forma, textura e a relação do interior com o exterior. ILUMINAÇÃO Segundo Bertoletti (2011) A Iluminação de uma moradia, pode vir da luz natural ou artificial e é um fator importante na qualidade dos ambientes, buscando o conforto dos moradores. A luz atua diretamente no sistema psíquico e fisiológico do ser humano. Em concordância com Cavalcanti (2019) a luminosidade age em duas áreas do organismo. A primeira forma, é através dos olhos, a luz entra no corpo por meio do sistema óptico, fazendo o papel de regular o metabolismo, o sistema hormonal e endócrino. O Segundo jeito, é pela pele, que através do processo fotossintético, produz vitamina D. Conforme Bertoletti (2011) A luz define a cor, ou seja, ambas as fontes de luz, natural e artificial, ao incidirem em uma superfície com cor muda seu visual, já que não há cor de forma independente, ela é um resultado de um estimulo ocular, consequentemente a cor é consequência de uma percepção individual de cada ser vivo
36 COR Segundo Cavalcanti (2019) a luz e cor encontram-se juntas intrinsicamente, já que a ciência comprova que as cores, partindo da luz, afetam de modo direto aspectos mentais, físicos e emocionais. Desta maneira, a utilização das cores é capaz de estimular positivamente sensações nas pessoas. Esses elementos, luz e cor, afetam também o conforto térmico. Sabe-se que cores frias aumentam a sensação de frio em um ambiente (o azul, o roxo e o verde fazem parte dessa paleta), ao passo que ambientes com cores quentes passam a sensação de mais calor (compõem essa paleta as cores, vermelho, amarelo e laranja), mesmo o lugar estando com a temperatura igual nos dois casos. De acordo Bertoletti (2011) as cores também são capazes de mudar a percepção espacial, cores com um pequeno comprimento de onda, tons frios como os verdes e azuis, dão a impressão que o ambiente é maior, já as cores com o comprimento de onda grande, tons quentes como os amarelos, vermelhos e laranjas, trazem a sensação o estreitamento dos espaços e diminuição dos volumes. Na definição da paleta de cores internas é preciso levar em consideração: os utilizadores, a iluminação, e a dimensão dos ambientes. Na escolha das cores externas do edifício, é preciso analisar a sua implantação no terreno, clima e incidência solar. Por exemplo, quando o calor é mais intenso no ambiente que o frio, não deve se usar cores quentes, por causa da capacidade de absorver calor e os tons frios devem ser utilizados pois refletem mais o calor (BERTOLETTI, 2011). Tabela 1 – Psicologia das cores Psicologia das Cores Cor
Significado
Cinza:
Elegância, humildade, respeito, reverência e sutileza.
Vermelho
Raiva, paixão, força, energia, amor, liderança, masculinidade, perigo, fogo, , revolução e “pare”.
Azul
Harmonia, confidencia, conservadorismo, austeridade, monotonia, dependência, tecnologia, liberdade e saúde.
Ciano
Tranquilidade, paz, sossego, limpeza e frescor
Verde
Natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza, dinheiro, boa sorte, ciúmes, ganancia e esperança.
Amarela
Concentração, velocidade, otimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza (ouro), fraqueza e dinheiro.
37 Magenta
Sofisticação, luxúria, , sensualidade, feminilidade e desejo
Violeta
Espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência e dor
Alaranjado
Energia, criatividade, equilíbrio, entusiasmo e ludismo
Branco
Pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição e união
Preto
Poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério e azar
Castanho
Sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação, peso e aspereza Fonte: PINHEIRO E CRIVELARO (2014), editado pelo autor.
SOM Conforme Bertoletti (2011) o som pode afetar de forma positiva ou negativa emocionalmente o ouvinte. Quando agradável os sons podem trazer respostas emocionais, mudar o temperamento e provocar demais sentidos. Quando desagradável, ocasiona o desconforto, estresse, mal humor e irritabilidade. A concentração também pode ser alterada, para bem ou mal, afetando a qualidade de aprendizagem. Os Sons da natureza, especialmente provocados pela água, como fontes, deixam as pessoas mais calmas e relaxadas (BERTOLETTI, 2011). Em concordância com Guedes (2017) o conforto acústico de um edifício: deve ser pensado desde da etapa em que pensasse como o projeto vai ser implantado, sua localização e orientação, impedir o ruído advindo do trafego do sistema viário adjacente. Posteriormente tem de se definir os materiais que serão utilizados no edifício. Algumas atitudes que podem melhor a acústica e obter um bom isolamento do som: aplicação de elemento com encargo duplo de isolamento térmico e acústico (alvenarias maciças e vidros duplos), esquadrias tratadas acusticamente, entre outros, como meio de amenizar os ruídos. Segundo Bertoletti (2011) nos ambientes internos de uma moradia, o revestimento da mobília auxilia acústica do lugar. Portanto, é necessário que sejam empregados materiais com funções acústicas que absorvam as ondas sonoras, como: pisos laminados, carpetes, tecidos, madeira, tapetes e painéis. AROMA
38 De acordo com Bertoletti (2011) o aroma, percebido pelo sentido do olfato, está ligado intimamente com o sistema emocional humano, por meio dele o cérebro recebe prontamente impulsos que trazem à tona memorias afetivas. O cheiro, quando agradável, consegue atuar de forma positiva no organismo, reduzindo o estresse e promovendo a calmaria. Porém, no caso oposto, acontece um aceleramento respiratório e aumento dos batimentos cardíacos, gerando malestar. Numa habitação, esse sentido pode ser estimulado, com alguns elementos, como flores e plantas, usadas para despertar o cheiro e trazer alegria para o lugar. FORMA Segundo Bertoletti (2011) A forma e a organização espacial podem ser analisadas pelos desenhos técnicos como, planta baixa, cortes e fachadas, pela volumetria do edifício, ou na forma como a mobília e outros elementos são dispostos. Numa habitação residencial, a distribuição do mobiliário de um ambiente pode complicar ou favorecer a relação entre os usuários, disposições lineares trazem distanciamento e dificulta a aproximação dos moradores, já disposições radiais, junta mais habitantes e melhora as relações. Quando a mobília é má distribuída traz a aparência de que o ambiente é desorganizado e pode atrapalhar o fluxo das pessoas, provocar acidentes e prejudicar a privacidade. Para Horevicz (2018) a aplicação de algumas formas diferentes no mesmo ambiente, provoca sensações positivas ao morador, podendo estas formas ganhar destaque pelo emprego de cores. TEXTURA Conforme diz Jorge (2019) o tato é o sentido que mais no conecta com o lugar físico, o contato da pele com as superfícies traz sensações térmicas e de textura. Superfícies texturizadas causam a vontade do toque, de entender melhor o material empregado ali. Para Bertoletti (2011) a textura pode ajudar a melhorar o bem-estar das pessoas, proporcionando conforto e aconchego, utilizando materiais que melhoram o conforto acústico, isolando o espaço: tapetes, tecidos, madeira e carpete, texturas. Segundo Horevicz (2018) a combinação de texturas pode gerar vários resultados diferentes, cada material suas características e propriedades de textura, e devem ser escolhidos de acordo com o ambiente que vai ser empregado e as necessidades do usuário, levando em conta aspectos como: resistência,
manutenção,
durabilidade,
características
térmicas,
antiderrapantes são cruciais para um bom desempenho do espaço
atributos
acústicos
e
39 RELAÇÃO INTERIOR E EXTERIOR De acordo com Guedes (2017) a relação entre o exterior e interior está associada à presença de vegetação, visto que é ela o elemento que proporciona essa ligação do interior e exterior da edificação, por meio de fenestrações. Ao falar dessa relação, não se refere precisamente a conexão física, mas também a visual: composição de cheios e vazios, transparências e opacidades e etc. Conforme Cavalcanti (2019) um dos pontos mais apreciáveis da natureza é o seu movimento permanente, despertando curiosidade, pensamentos positivos, estimulando sensorialmente e prevenindo a monotonia. Como a comunicação como o meio natural causa sensações positivas ao ser humano, é interessante incorporar jardins aos projetos arquitetônicos, mesmo em lugares reduzidos podem ser terapêuticos para o indivíduo, como o exercício de cuidar do seu jardim ou horta. Bertoletti (2011).
40 4. ANÁLISE DE PROJETOS CORRELATOS
4.1 Moradia estudantil Lucien Cornil
FICHA TÉCNICA:
Localização: Marseille, França Arquitetos: A+Architecture Ano: 2017 Área: 12000 m² Figura 12– Moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018).
4.1.1
Genius Loci A moradia estudantil Lucien Cornil, localiza-se na Rua Saint-Pierre, na cidade de Marseille,
França. O edificio foi implantado em um terreno irregular que faz parte de um conjunto de edificações educacionais e habitacionais (figura 13), sua forma foi influenciada pelo entorno imediato, pela orientação solar e dos ventos. O prédio tem 8 pavimentos, dispondo de ambientes como dormitórios unitários, áreas comuns de estudo e lazer para os moradores.
41 Figura 13 – Localização moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: GOOGLEEARTH (2020), editado pelo autor.
4.1.2
Iconologia O Projeto tem como concepção três alas no formato retangular, em diferentes angulações,
que se unem e criam uma forma só, a angulação de cada ala é decorrente dos edifícios ao redor ou do formato da quadra onde se insere o lote, nesse volume há uma quebra de continuidade com a subtração de algumas áreas, tornando visível uma hierarquia entre os sólidos, essa sucessão de cheios e vazios, opacidade e transparência, dá ao edifício uma forma mais agradável e permite a permeabilidade visual do exterior para o interior e vice versa. Figura 14– Volumetria moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018), editado pelo autor.
42 4.1.3
Identidade A moradia estudantil está localizada na Cidade universitária Lucien Cornil, um conglomerado
de edificações de cunho educacional, o projeto foi elaborado buscando uma boa integração e relação com o entorno, então foi planejado de forma que suas inclinações e altura fossem as mesmas do entorno (figura 15), como também a implantação do jardim interno, se relacionando com o espaço de jardim e circulação dos outros edifícios. O edifício é um marco na França, pois é um dos edifícios franceses mais altos feitos com estrutura de madeira. Figura 15– Entorno moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: GOOGLEMAPS (2020)
4.1.4
Significado do uso Ao analisar a planta do pavimento (figura 16), nota-se que os acessos podem ser divididos
em três: acesso principal (voltado para os moradores, trabalhadores e visitantes), acesso de serviço no qual apenas os trabalhadores do edifício podem ter acesso e o acesso privado, no qual é restrito a visitantes. Ao acessar o edifício pelo acesso principal, o usuário se depara com um Hall de espera, local de descanso e sociabilidade dos estudantes e de espera dos visitantes, nesse pavimento ainda estão dispostos ambientes de uso comum para estudo, salas compartilhadas e de aula, como também áreas de serviço, banheiros, lavanderia compartilhada e os dormitórios individuais sendo um deles voltado para deficientes, todos os quartos individuais dispõe de cozinha e banheiro.
43 Figura 16– Planta baixa moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018), editado pelo autor.
Do segundo pavimento até o quinto os pavimentos repetem a mesma configuração, ao analisar a planta do pavimento tipo (figura 17), percebe-se que a lamina dispõe basicamente de dormitórios individuais dispostos na circulação horizontal, sendo dois deles voltados para deficientes, as áreas de uso comum são apenas uma lavanderia e circulação vertical. Figura 17 – Planta baixa do pavimento tipo 2º ao 5º da moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018), editado pelo autor.
44 Do quinto pavimento em diante (figura 18), há uma mudança na planta, os ambientes da parte sul, limitados a norte pela circulação, deixam de existir, há o acréscimo de jardins de inverno, essa alteração quebra a monotonia, define a forma do edifício e essas subtrações permitem o contato visual com o meio externo, além de favorecer a iluminação e ventilação natural, a lamina ainda dispõe como nos pavimentos anteriores de circulação vertical, lavanderia comunitária e dormitórios individuais, não ofertando o dormitório para deficientes. Figura 18– Planta baixa do pavimento tipo II do 6º ao 8º da moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018), editado pelo autor.
45 4.1.5
Movimento e Geometria A volumetria da edificação é advinda da junção de três retângulos, que geram uma forma
aproximada de um “U” voltado para um jardim interno, essas formas são seccionadas a partir do quinto pavimento para receber ventilação e iluminação e quebrar a monotonia, é uma obra verticalizada que passa a sensação de exuberância. Figura 19– Moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018).
O edifício é quase todo de madeira, que traz a sensação de aconchego, combinado ao uso de cores neutras em algumas vedações, cores vibrantes são usadas nos mobiliários para quebrar a uniformidade, as transparências promovem a conexão visual, tornando o ambiente mais convidativo. 4.1.6
Estrutura e Materiais Esse edifício se destaca por sua estrutura de madeira e fechamento feitos de CLT (Madeira
Laminada Cruzada), é um dos prédios de madeira mais altos da França, nesse edifício esse material é usado na estrutura, nas paredes e no forro, em áreas privativas e comuns, sendo evitado apenas em áreas propensas a umidade.
46 Figura 20 –Uso do CLT, interior da moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018). Figura 21 – Materiais da moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018), editado pelo autor.
Outro revestimento muito usado no exterior do edifício são os painéis curvos perfurado de telhas de alumínio, usados para quebrar a iluminação direta, como também por sua forma ondulada, interromper a solidez da forma, combinado com um ripado vertical de madeira e pele de vidro,
47 embelezam o exterior da edificação. Esse perfil metálico assim como o ripado de madeira tem aberturas em frente as janelas, mas o vão vazado é menor que o da esquadria causando um efeito de sombras no interior da edificação. Figura 22– Detalhe materiais da fachada moradia estudantil Lucien Cornil
Fonte: ARCHDAILY (2018), editado pelo autor.
4.2 Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
FICHA TÉCNICA:
Localização: Ciudad del Saber, Panamá Arquitetos: SIC Arquitetura Ano: 2008 Área: 11300 m²
48 Figura 23 – Localização Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.2.1
Genius Loci A moradia para estudantes e professores localiza-se na ‘Ciudad del Saber’, Panamá. O
projeto foi resultado de um concurso de arquitetura ‘Propuestas de Diseño para edifícios em La Ciudad Del Saber’ em 2008, a obra foi planejada em duas etapas, porém só foi executada a primeira. Figura 24 – Localização Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: GOOGLEEARTH (2020), editado pelo autor.
49 Figura 25 – Implantação do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: VITRUVIUS (2015).
4.2.2
Iconologia A plástica do edifício foi definida de acordo com a análise do terreno, considerando os
aspectos climáticos, geográficos e espaciais, a construção realizada em duas etapas, também foi um dos pontos que determinou o partido arquitetônico, onde os blocos são individuais o que facilita a execução em intervalos de tempo diferentes, são implantados no sentido transversal ao terreno, paralelos e espaçados entre si, formando pequenos jardins. Esses blocos são ligados a uma estrutura metálica linear de circulação de uso comum, essa fica paralela à rua e longitudinal aos blocos, unindo o complexo. A distância de um bloco para outro foi determinada de acordo com a vegetação pré-existentes no sitio, preservando o ambiente natural e promovendo a permeabilidade do exterior e interior do edifício.
50 Figura 26 – Volumetria alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: VITRUVIUS (2015).
4.2.3
Identidade ‘La Fundación Ciudad Del Saber’ é um complexo de edifícios de cunho educacional, criado
em 1995 para incentivar e facilitar trabalhos de pesquisas entre laboratórios, universidades, empresas privadas e organismos internacionais. O edifício projetado para moradia de estudantes e professores buscou se adequar ao entorno, respeitando o gabarito e integrando com jardins já existentes. Figura 27 – Entorno do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: COMMONS (2012).
51 4.2.4
Significado do uso
Na planta do térreo localizam-se os ambientes de uso comum e apoio as moradias, como: estar, sala de leitura, lavanderia, café e pequeno auditório. Figura 28 – Planta baixa do térreo do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: VITRUVIUS (2015), editado pelo autor.
A configuração espacial do 2º e 3º pavimentos são iguais, neles encontram-se os dormitórios, banheiros, copa e depósito. Figura 29 – Planta baixa do pavimento tipo do 2º e 3º do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Fonte: VITRUVIUS (2015), editado pelo autor.
52 4.2.5
Movimento e Geometria A volumetria usa de formas simples de paralelepípedo, os blocos residenciais são nesse
formato que são elevados do chão, por pilares, mantendo o térreo livre, o prisma se repete 9 vezes, mantendo um distanciamento entre um e outro nos quais são ligados por uma passarela no mesmo formato retangular. Figura 30 – Volumetria alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber.
Legenda: Bloco
Fonte: VITRUVIUS (2015), editado pelo autor.
Apesar de ter essa forma simples o edifício não passa impressão de ser uma obra robusta, pois essa forma é quebrada com a moldura de concreto que saca o volume, os balanços criados, o vão livre do térreo e as varandas que possuem essas esquadrias que podem ser abertas a qualquer momento, então esse jogo de cheios e vazios faz com que a aparência do edifício seja mais agradável.
53 Figura 31 – Volumetria do bloco do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.2.6
Estrutura e Materiais A estrutura dos blocos de moradia é de concreto armado com laje maciça, o vão são de
7,50x3,60 m, no térreo os pilares são mais robustos para ter o número reduzido, promovendo mais fluidez, permeabilidade e flexibilidade dos espaços de uso comum, a estrutura de concreto permanece aparente, sendo o material bruto o acabamento externo. Figura 32 – Área comum do pavimento térreo alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
54 Os blocos são todos conectados por uma passarela em estrutura de aço que segue a mesma modulação dos blocos residenciais e promove a circulação, essa ligação se dá por uma área de acesso a copa e depósito que também possuem a mesma estrutura. Figura 33–Vista da passarela do alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber.
Legenda: Passarela
Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.3 Moradia Estudantil da Unifesp Osasco
FICHA TÉCNICA: Localização: São Paulo, Brasil Arquitetos: H+F Arquitetura Ano: 2015 Área: 9.286,33 m² Figura 34– Moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
55 4.3.1
Genius Loci O posicionamento do lote em relação aos elementos existentes no bairro, tornou viável a
ideia de que fosse implantada uma praça pública ao longo da Rua Newton Estilac Leal para articular o fluxo da cidade, fazendo ligação com a estação Quitaúna e conciliar as mudanças na escala do edifício. Essa tem entrada livre na comunidade local, e dimensões adequadas para instalação de equipamentos que possibilitem atividades de lazer e esportes. Figura 35 – Localização da Moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Legenda: Praça Pública Localização do edifício
Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.3.2
Iconologia O edifício tem como concepção 5 blocos no formato retangular que se unem e formam 1 só
bloco, esse bloco possui 5 faces externas gerada pelos blocos, sua integração com a cidade funciona bem, tendo em vista a implantação da praça externa a edificação, promovendo uma passagem mais suave do espaço público para o privado. A integração com o ambiente natural é um dos pontos fortes desse projeto, pois foi concebido espaços verdes internos e externos, promovendo o contato físico e visual constante.
56 Figura 36 – Volumetria da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.3.3
Identidade A implantação de apartamentos para estudantes no campus de Osasco da UNIFESP oferece
uma oportunidade de ser um elemento que possibilite os estudantes a permanecerem na universidade. Por meio de sua arquitetura, simboliza a dimensão pública da vida estudantil da universidade federal, ao mesmo tempo, é preciso dar ao espaço uma atmosfera familiar e acolhedora para permitir a mediação com o ambiente residencial e escassamente povoado da comunidade onde o complexo está inserido. A estrutura organizacional do complexo formando um pátio interno, foi um dos conceitos do projeto, dando uma ideia de "fachada dupla", que pode ativar o pátio interno e a praça pública. Figura 37– Conexão com o entorno da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
57 Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.3.4
Significado do uso A alocação de unidades habitacionais e espaços para uso coletivo intermediário (moradia e
aprendizado) atende à demanda de estudantes, sua localização combinada com o sistema de circulação interna pode ser usada de forma flexível, evitando a configuração de unidades estáticas de vizinhança. Dessa forma, os usuários podem escolher outras condições, como intimidade ou afinidade, com base no relacionamento, para usar o espaço que desejam. Figura 38 – Planta baixa nível 0 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor.
No nível 0 estão localizados os ambientes de serviço e alguns de uso comum, não possuindo nenhum ambiente de moradia, já a partir do nível 1 não possuem mais ambientes de serviços, neste estão localizados, as moradias e alguns ambientes de uso comum.
58 Figura 39 – Planta baixa nível 1 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor.
O nível 2 é de predominância de moradias, dispostas do lado oeste e sul, todas voltadas para um pátio interno, a partir desse nível começam a surgir os quartos voltados para família, o nível 3 mantem uma configuração parecida, ambientes habitacionais no sul e oeste e parte do leste ocupada por ambiente de uso comum.
59 Figura 40 – Planta baixa nível 2 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor. Figura 41 – Planta baixa nível 3 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor.
60 O nível 4, começa a se ocupar mais o lado leste da edificação e o sul não possui mais ambiente, tendo apenas o terraço jardim, o nível 5 os blocos do leste e norte são os mais ocupados, dispondo de majoritariamente habitações. Figura 42 – Planta baixa nível 4 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor. Figura 43 – Planta baixa nível 5 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor.
61 O nível 6, não se ocupa mais os blocos sul, oeste e parte doeste com poucas áreas comuns e várias moradias de uso individual, compartilhado e familiar, já no nível 7 está disposto apenas uma sala de jogos e o terraço jardim de uso comum, local onde os estudantes podem se reunir para socializar, ter lazer e descansar. Figura 44 – Planta baixa nível 6 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor. Figura 45 – Planta baixa nível 7 da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015), editado pelo autor.
62 Os apartamentos são divididos em três categorias: quarto individual no possui quatro quartos dimensionados para o uso de uma pessoa em cada; quarto compartilhado são dois quartos onde cada um suporta dois usuários, esses apartamentos podem ser do tipo (ADAP) adaptado para cadeirantes, onde a configuração permanece quase igual, ou do tipo (variação) onde muda a disposição da planta, porém suporta o mesmo número de pessoas; quarto família, possui um quarto de casal e um de solteiro, esse também pode ser adaptado. Figura 46 – Planta baixa dos apartamentos da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
4.3.5
Movimento e Geometria A topografia acidentada do terreno proporcionou a implantação de cinco blocos no formato
de paralelepípedo, gerando vários níveis próximo ao solo (múltiplos térreos) e uma série de terraços nas coberturas que podem ser frequentados. O número de pavimentos muda de acordo com cada bloco variam entre térreo +2 pavimentos e térreo +4 pavimentos. A acessibilidade do edifício se dá por dois elevadores, implantados ao lado das portarias, e das rampas externas e internas. Figura 47 – Processo criativo da moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015)
63 4.3.6
Estrutura e Materiais A estrutura é projetada de acordo com uma lógica modular que permite diferentes níveis de
pré-fabricação, desde a estrutura de concreto pré-moldado, até os elementos de vedação e móveis (como os armários e bancos). Figura 48 – Moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
A lógica modular estrutural, foi criar pequeno vãos o que possibilita o uso de peças mais econômicas e convencionais, de fácil acesso no mercado. Essa ideia também se aplica a sistemas de vedação que usam painéis e placas leves e padronizados, tendo a execução mais rápida que a convencional. Os materiais utilizados são: concreto, presente na estrutura e algumas vedações, e cerâmica, utilizada nas vedações, os armários dos quartos fazem também o papel de vedação e compõe a fachada, são usados de várias cores, ornamentando o interior e exterior do edifício. Figura 49 – Moradia estudantil da Unifesp Osasco.
Fonte: ARCHDAILY (2015).
64 4.4 Considerações A análise de correlatos serviu como fundamentação para a elaboração do anteprojeto de moradia estudantil em Patos, PB. Foi produzido um quadro resumo que aponta aspectos de cada projeto analisado que servem como referência projetual. Tabela 2 – Quadro resumo dos projetos correlatos Moradia Estudantil Lucien Cornil
Alojamento para estudantes e professores na Ciudad del Saber
Moradia Estudantil da Unifesp Osasco
Genius Loci
Implantado num conjunto de edificações educacionais em Marseille, França.
Ciudad Del saber, Panamá, vencedor de um concurso de projeto de 2008.
Iconologia
União de três alas no formato retangular, respeitando as inclinações e alturas do entorno. Um dos maiores prédios em madeira da França, influência do entorno na forma.
9 blocos no formato de paralelepípedo, separados entre sí e unidos por uma passarela metálica Localizado num complexo de de cunho educacional criado em 1995.
Localizado em Osasco São Paulo, próximo ao campus da UNIFESP, criação de uma praça para melhor relação com o entorno. Bloco com 5 faces externas e jardim interno, promoção da integração com a natureza. Simboliza a dimensão pública da vida estudantil e busca trazer o aspecto de ambiente residencial.
Ambientes de uso comum e administração no pavimento térreo, os outros dois pavimentos são de dormitórios.
As laminas do edifício são divididas em 7 níveis, como se fossem 7 térreos.
Blocos no formato de paralelepípedo unidos por uma passarela no mesmo formato, porém mais comprida. O edifício passa uma ideia de Estrutura modular, o material dos sobriedade por uso das cores blocos é o concreto e da passarela escolhidas e o uso da madeira. é aço com a estrutura na mesma modulação. Jardim interno, materiais, Programa de necessidades, jardins de inverno blocos separados, conexão interior e exterior, conexão dos blocos, quartos compartilhados Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
O edifício foi projetado de forma que se adapte ao terreno, possuem blocos de 3 até 5 pavimentos. A construção usa de peças pré-moldadas de estrutura e vedação para uma rápida execução. Pátio interno, programa de necessidades
Identidade
Significado uso
de
Áreas comuns e de serviço no térreo, pavimentos superiores com predominância de dormitórios individuais dispostos pelo corredor.
Movimento geometria
e
Forma aproximada de um “U” voltado para um jardim interno
Estrutura materiais
e
Referências
65 5. QUESTIONÁRIO O questionário descrito em anexo (APÊNDICE A) foi aplicado por meio do Google Forms, que permaneceu disponível para respostas entre os dias 24/08/2020 e 01/09/2020, direcionado a alunos das IES de ensino presencial de Patos, pessoas acima de 16 anos de idade que residem em na cidade ou em suas proximidades. Foi coletado dados de 145 pessoas no total. No gráfico 1, os dados referem-se a faixa etária dos estudantes, que foi dividida em quatro: 16 a 18 – 14,5%; 19 a 23 – 57,9%; 24 a 30 – 19,3% e de 30 a cima 8,3%. Gráfico 1 – Idade dos respondentes.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
No gráfico 2, os dados referem-se a IES em que os estudantes estão matriculados. A maioria que responderam são alunos da UEPB E UNIFIP, 53,8% e 39,3% respectivamente, as outras IES tiveram poucas respostas dos seus estudantes. Gráfico 2 – IES de frequência dos respondentes.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
66 No gráfico 3, os dados mostram que a maioria dos alunos não são de patos, apenas 34,5% moram e estudam na cidade e 54,2% fazem o percurso de ida e volta da sua cidade para Patos diariamente. Gráfico 3 – Permanência na cidade de Patos.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
O gráfico 4, traz respostas da distância que os estudantes moram da cidade de Patos, 16,6% mora até 50 Km, 33,8% Km de 51 a 100Km, 15,2% estão com mais de 100Km de distância. Gráfico 4 – Distância percorrida para a cidade de Patos.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Os gráficos 5 e 6, mostram que a maioria dos estudantes moram em casa com a família. Gráfico 5 – Compartilhamento da moradia.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
67
Gráfico 6 – Tipo de moradia.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
O gráfico 7, retrata que 83,4% moraria numa Habitação estudantil bem planejada na cidade de Patos, ou seja, comparado ao gráfico 03, entende-se que até estudantes da própria cidade, estariam dispostos a sair da sua casa para a moradia estudantil. Gráfico 7 – Alunos que frequentariam a uma moradia estudantil adequada.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
No gráfico 8, percebe-se que os estudantes priorizam espaços adequados para estudos, banheiro e quartos individuais à quartos e banheiros compartilhados, lavanderia e cozinha comunitária à individual, a sala de TV não teve forte adesão.
68 Gráfico 8 – Quais ambientes devem ter numa moradia estudantil.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
O gráfico 9, mostra o número máximo de estudantes a se dividir um quarto, a maioria respondeu que 2 e três pessoas são aceitáveis até no máximo 4, daí em diante os resultados não são positivos. Gráfico 9 – Quantos pessoas podem dividir uma suíte.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Além disso, os estudantes responderam nas questões abertas, sobre o que é preciso ter numa moradia estudantil, a maioria citou que é necessário que seja um local seguro e disponha de ambientes de estudo e lazer, um lugar de baixo custo e que proporcione conforto, mas que não p ter espaços destinados para festas dentro do edifício, para não ter barulho.
69 6. O ANTEPROJETO
6.1 Definição e analise do Lote 6.1.1
Localização O terreno definido para a elaboração do anteprojeto localiza-se na Rua Goldofredo Cunha
Medeiros, bairro Brasília, Patos-Pb (Figura 50). Figura 50 – Localização do sitio escolhido .
Fonte: GoogleMaps, editado pelo autor (2020).
Para a escolha do terreno foram definidos alguns critérios: (1). Estar próximo a alguma IES; (2). Ter dimensões adequadas ao porte do projeto; (3). Dispor de serviços essenciais em suas proximidades; (4). Situar-se onde há presença de pessoas na rua à noite. O bairro da Brasília é central e limita-se a oeste do bairro Centro, o terreno escolhido fica bem próximo a essa fronteira, isto posto, o centro de Patos possui vários comércios e serviços de fácil alcance. O sitio está disposto entre duas IES, a UNIFIP numa distância linear de 580m, caminho mais próximo caminhável é 650m, aproximadamente 8 minutos, de bicicleta o percurso diminui para o tempo de 3 minutos; a UEPB distante linearmente a 1Km, menor distancia caminhável de 1,3 Km, aproximadamente 18 minutos, de bicicleta o tempo estimado para chegar a instituição é de 5 minutos.
70 6.1.2
Forma e Topografia O sitio possui forma retangular e regular (figura 51), medindo 71,00m x 25,00m, com área de
1775,00m² (figura 52), sua topografia é plana, o que diminui os custos de obra e facilita a acessibilidade. Figura 51 – Vista do terreno.
Fonte: Acervo pessoal (2020). Figura 52 – Dimensões do terreno escolhido.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
71 6.1.3
Acessos e Fluxos O acesso ao sitio se dá de três formas, o acesso principal dedicado aos estudantes e
visitantes se dá pela Rua Goldofredo Cunha Medeiros, essa via é também a de maior fluxo entre elas, porém em relação a cidade não é uma via de alto fluxo de automóveis ou de altas velocidades, é uma via onde há um fluxo moderado de veículos e alta presença de pedestre. É possível acessar também pela Rua Fenelon Bonavides ou pela Avenida Bejamin Constant, essas vias são de baixo fluxo de automóveis e pedestres, podendo ser utilizadas com acesso para funcionários e saída de lixo (figura 53). Figura 53 – Acessos e fluxo.
Fonte: GoogleMaps, editado pelo autor (2020).
6.1.4
Orientação Solar e dos Ventos Patos é uma cidade de clima quente e seco, altas temperaturas e um índice de insolação
grande. Com isso foi realizado um estudo de orientação solar utilizando a carta solar no qual visa entender o percurso feito pelo o sol em diferentes épocas do ano e a incidência solar em cada
72 fachada do terreno, a fim de buscar estratégias para barrar a insolação não desejada e aproveitar o sol da melhor forma. O estudo de insolação recebida pelas fachadas com a carta solar (figura 54), pode ser entendido da seguinte forma, as linhas azuis na vertical são as horas do dia, as linhas na horizontal representam: a primeira superior o solstício de inverno, a central o equinócio e a última inferior o solstício de verão. Foi visto o ângulo do Norte em relação a cada fachada que gera a esse semicírculo vermelho, onde está vermelho é onde a fachada recebe sol, então pode-se saber em que épocas do ano o sol bate naquela fachada e o intervalo de tempo. Figura 54 – Estudo de insolação recebida pelas fachadas.
Fachada Norte
Fachada Leste
Fachada Sul
Fachada Oeste
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
73 A fachada norte no solstício de verão não recebe sol em nenhum horário, no equinócio sofre insolação das 11:00h às 18:00h e solstício de inverno por todo o dia há ação solar; A fachada Leste no solstício de verão recebe sol das 06:00h às 11:00h, no equinócio das 06:00h às 11:30h aproximadamente e solstício de inverno das 06:00h às 12:0h aproximadamente; A fachada sul no solstício de verão por todo o dia há ação solar, no equinócio das 06:00h às 09:30h aproximadamente, no solstício de inverno não recebe insolação; A fachada oeste no solstício de verão o sol age durante todo o período da tarde das 12:00h às 18:00h, no equinócio acontece a mesma coisa, no solstício de inverno a insolação ocorre das 13:00h às 18:00h. A ventilação predominante da localização é vinda do Leste e Sudeste, respectivamente a fachada voltada para a rua Benjamin Constant e os fundos do terreno, voltado para outros lotes (figura 55). Figura 55 – Rosa dos ventos, Patos,PB.
Fonte: Projetee(2020).
74
6.1.5
Relação com o Entorno
6.1.5.1 Cheios e vazios Foi estabelecido um raio de 1km do terreno a fim de entender quão adensada é essa área da cidade, esse raio consegue englobar as duas IES, UNIFIP e UEPB, mostra que essa região mais central da cidade de patos é muito adensada com poucos lotes vazios, o lote escolhido fica entre as duas IES. (figura 56). Figura 56 – Mapa de cheios e vazios.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
6.1.5.2 Uso e Ocupação Foi feito um raio de 200,00m do terreno, a fim de descobrir os usos dos imóveis, percebe-se que o uso é majoritariamente residencial, mas com presenças de comércios e serviços de várias áreas, principalmente do setor alimentício, duas escolas e alguns edifícios administrativos (figura 57).
75 Figura 57 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
6.1.5.3 Gabarito O gabarito predominante é de edificações térreas, com um número alto de edifícios de dois pavimentos possuindo também alguns de 3,4,5 e 6 laminas, o mais alto possui 13 pavimentos. O projeto não busca ter muitos pavimentos, a moradia estudantil quer visar a escala humana, fazendo uma edificação de poucas laminas, porém visa se destacar visualmente pela sua estética e sua dimensão horizontal (figura 58).
76
Figura 58 – Mapa de gabarito.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
6.1.6
Legislação Vigente Para elaboração do Anteprojeto de Moradia Estudantil foram utilizadas as legislações:
Código de Urbanismo de Patos, na qual dita algumas diretrizes para construção civil na cidade, ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos usada, para garantir a acessibilidade ao edifício por qualquer pessoa, promovendo a inclusão e diversidade; NBR 15220/2003: Desempenho térmico das edificações parte 3: Zoneamento Bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social, utilizada para pensar estratégias que promovam o conforto térmico do edifício; e a NBR 9077/2001- Saídas de emergência em edifícios. Devido uma falha no código de urbanismo de Patos, em não possuir um zoneamento com suas devidas diretrizes de uso e ocupação do solo, foi utilizada o código de urbanismo de João Pessoa- PB, como parâmetro para guiar a elaboração do projeto, frisando que o projeto atende os requisitos das leis Patoenses. Classificando o edifício como multifamiliar (R3), considerando a Zona
77 Residencial 1 (ZR1), é recomendado os recuos de 5,00m de frente, 3,00m de fundo e 1,5 nas laterais, como mostra a tabela 3. Tabela 3 – Zona Residencial 1, João Pessoa.
Fonte: Código de Urbanismo de João Pessoa (2001).
6.1.7
Conceito e partido O conceito adotado foi a “Sankofa” (Figura 59), que é um ideograma Andrinka do povo
africano Akan, que em sua filosofia significa “nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”, que pode ser entendido como, retornar ao passado para resignificar o presente, esse conceito será aplicado de várias formas no projeto. (CERQUEIRA, 2016) Figura 59 – Simbolos “Sankofa” de origem Andinkra.
Fonte:Cerqueira (2016).
78 O partido adotado tendo em vista o conceito, é expresso em diferentes técnicas: adoção de materiais típicos da região, utilizando de uma arquitetura vernacular, a fim de trazer técnicas antigas para o presente, como: madeira, barro e tijolo; Utilização de gradis de ferro com o símbolo andrinka, que na época colonial brasileira os escravos ferreiros esculpiam como um sinal de resistência(CEERT, 2016); Essa simbologia fala em rever o passado, uma coisa que remete o passado para os estudantes é a sua casa, então a utilização do desenho clássico de uma casa vai ser incorporado a volumetria, com a finalidade de dar um aspecto de ambiente famíliar. Figura 60 – Gradis com o símbolo “Sankofa”
Fonte: Cerqueira (2016). Figura 61 – Desenho clássico de casa
Fonte:Grátis PNG(2020)
79 6.2 Programa de necessidades e pré-dimensionamento O programa de necessidade e pré-dimensionamento proposto, dimensionado para 61 estudantes, foi elaborado baseado nos projetos correlatos, nos resultados do questionário aplicado (Apêndice A), no livro “Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto” Buxton (2017) e no “A arte de projetar em arquitetura” Neufert (1976). O programa foi dividido em 3 Setores: residencial, serviço e área comum. Tabela 4 – Quadro pré-dimensionamento Residencial Ambiente
Pré-dimensionamento (m²)
Quantidade
Suíte individual
13
10
Suíte compartilhada (2 Pessoas)
20
6
Suíte compartilhada (3 Pessoas)
20
10
Suíte adaptada
20
5
Suíte compartilhada (4 Pessoas)
25
1
=575
SERVIÇO Ambiente
Pré-dimensionamento (m²)
Quantidade
Lavanderia compartilhada
15
1
Cozinha Compartilhada
15
3
Gás
5
1
D.M.L (Depósito de Material de
10
1
Lixo
5
1
W.C
5
1
Bicicletário
40
1
Limpeza)
=125
ÁREA COMUM Ambiente
Pré-dimensionamento (m²)
Biblioteca/Sala de Leitura
70
Sala de reunião / estudos
40
Sala de jogos
30
Sala de Informática
20
Ateliê
20
Bicicletário
40
Lounge entrada
60
80 Café
40
Lavabo
3 =323
ADIMINISTRAÇÃO Ambiente
Pré-dimensionamento (m²)
Secretária
10
Administração
10
Copa/ Descanso
20 =40
Totalizando 1.063,00 m² Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Figura 62 – Fluxograma.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
81 6.2.1
Memorial descritivo
6.2.1.1 Ficha técnica Moradia Estudantil “Sankofa”
Localização: Rua Goldofredo Cunha Medeiros, bairro Brasilia, Patos, PB. Área Do Terreno: 1775,00m² Área Construída: 1528,51m² Área Construída - Térreo: 747,38m² Área Construída - Pavimento Superior: 781,13m² Área Permeável: 522,73m² Taxa De Ocupação: 45% Índice De Aproveitamento: 0,86 Ano do Projeto: 2020 Figura 63 – Perspectiva, moradia estudantil “Sankofa”
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
82 6.2.1.2 Zoneamento O projeto é dividido em 4 zonas: Habitacional, área comum, serviço e administração. No pavimento térreo a parte habitacional, suítes, está toda localizada na parte sul do terreno, melhor área do sítio tendo acesso pelo jardim interno; a área comum está localizada em parte da fachada oeste, norte e leste, por ser área de menor permanência, os ambientes são: Lounge, cafeteria, ateliê, sala de reunião/estudos, sala de informática, biblioteca/ sala de leitura e sala de jogos; a parte de serviço localiza-se nas fachada oeste e sul, para receber maior parte da insolação por não ter muita permanência de pessoas, os ambientes são: cozinha compartilhada, lavanderia, sala de estar, bicicletário, lixo, casa de gás, D.M.L, W.C, e o hall de entrada; a administração está implantada na fachada norte disposta próxima de todas as outras zonas para poder gerenciar o edifício, os ambientes são: secretária, administração e copa/ descanso (figura 64) . Figura 64 – Zoneamento pavimento térreo
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
No segundo pavimento, a parte habitacional está localizada na parte sul do terreno, o s quartos que ficam no bloco da fachada norte estão todos voltado para o jardim interno, foram recuados, criando uma circulação protegido por cobogós, possui ainda como zona de serviço duas cozinhas compartilhas para uso dos alunos, e 2 áreas comuns de estar e refeição, além de uma sala de estudos (figura 65).
83 Figura 65 – Zoneamento pavimento superior
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
6.2.1.3 Acessos O projeto foi concebido para ter vários acessos de pedestres usuários dos edifícios, a maioria deles estão dispostos na rua Goldofredo Cunha Medeiros, fachada norte, dando acesso ao lounge, jardim interno, cafeteria e escada, pela Avenida Bejamin Constant também há um acesso ao jardim interno, pela Rua Fenelon Bonavides também é possível acessar o lounge, também está disposto nessa fachada os acessos aos ambientes de serviço, como o lixo, e o acesso ao recuo sul que a partir dele pode acessar o abrigo de gás, entrar no edifício pelo hall de entrada de funcionários, o bicicletário e o jardim interno (figura 66). Figura 66 – Acessos ao pavimento térreo
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
84 6.2.1.4 Volumetria
6.2.1.4.1
Evolução da forma
Primeiramente o projeto foi pensado num único volume retangular de dois pavimentos (figura 67) pensado de acordo com o programa de necessidades, o bloco ocupava toda parte disponível para construção, nos limites dos recuos indicados, a fim de aproveitar sua capacidade por completa e abrigar 80 alunos. Figura 67 – Primeira forma.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Posteriormente foi decidido baixar parte do bloco na fachada leste e dividir o volume em dois blocos e criar um jardim interno, com o intuito de aproveitar a ventilação e dar mais dinâmica a forma (figura 68), diminuindo a capacidade de alunos para 61. Todas as suítes ficaram localizadas no lado sul e leste do terreno, apesar do sul receber sol durante o verão, é uma fachada a ser privilegiada pois obtém a ventilação oriunda do sudeste, então foi criada uma proteção para as janelas dessa fachada, as áreas comuns, de serviço e administração foram locadas voltadas para o norte e sudeste, pois são ambientes de baixa permanência, que sofre muita insolação e tem pouca insolação. (Figura 69)
85 Figura 68 – Segunda forma, criação do jardim interno.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020). Figura 69 – Segunda forma, zoneamento.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Em seguida foi recuada uma parede do térreo, removida mais uma parte do bloco sul para aumentar a entrada de ventilação, criada uma circulação entre os blocos e definida a forma da coberta de acordo com o conceito e partido definidos, esse elemento foi pensado de forma que não parecesse uma só coberta e sim várias, que se sucedeu em 13 cobertas de diferentes alturas e orientações. (Figura 70)
86 Figura 70 – Terceira forma, criação da coberta.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Por fim, definiu-se as fenestrações, materiais, agenciamento e criou-se uma coberta para a circulação do jardim (figura 71). Figura 71 – Terceira forma, finalização.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
87 6.2.1.5 Estratégias Bioclimáticas utilizadas A abertura do jardim interno voltado para o Sudeste, cria um corredor de vento que passa por todo o edifício, principalmente para os quartos que estão todos voltados para o jardim e para algumas áreas comuns (figura 72). Figura 72 – Aproveitamento da ventilação.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Criar uma sombra: O pé direito de todos os ambientes é um pouco mais alto que o comumente utilizado, com 3,14m de altura em todos os ambientes e no longe ainda maior com o pé direito duplo, aumenta o volume de ar dentro dos ambientes e faz com que a renovação seja constante, melhorando o conforto térmico. Recuar as paredes e abrir as portas: As paredes dos quartos do bloco sul foram afastadas e criada uma circulação em sua frente (figura 73), assim como também nas suítes do bloco norte que ainda conta com a proteção de cobogós a circulação e na cafeteria com a criação de um terraço, protegendo essas paredes do sol, calor e outras intempéries (figura 74)
88 Figura 73 – Vista do jardim interno, paredes recuadas.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Figura 74 – Vista de parte da fachada norte, recuo da cafeteria e uso do cobogó.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
89
Vazar os muros: Utilizou-se de uma técnica na qual cria-se um afastamento entre os tijolos cerâmicos, gerando vazios entre eles fazendo parecer cobogós, que barram parte do sol, mas permitem entrada em parte dele e possibilita o vento fluir, assim como também o uso de portões gradeados nas entradas do jardim para não barrar ventilação e iluminação natural e proporcionar a permeabilidade visual (Figura 75). Figura 75 – Vista de parte da fachada norte, elementos vazados.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Proteger as janelas: As janelas das fachadas norte e oeste foram protegidas com brises fixos para garantir que essas possam permanecer abertas sem que entre muita insolação (Figura 76).
90 Figura 76 – Vista de parte do Oeste, janelas protegidas por brises fixos.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Construir com pouco: são poucos os materiais utilizados na construção, são eles: tijolo cerâmico maciço, concreto armado e a telha cerâmica colonial, nas esquadrias alumínio, pvc e vidro e nos brises fixos utiliza-se a madeira. Materiais de disponibilidade, de uso comum e de mão de obra qualificada na região, o uso de poucos materiais, reduz os gastos e dá uma unidade visual ao edifício (Figura 77). Figura 77 – Vista Fachada Leste.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
91 Conviver com a natureza: Patos não se caracteriza por ser uma cidade bem arborizada, então a implementação do jardim interno (figura 79) assim como os externos (figura 78) projetados foi a alternativa para garantir a interação da edificação com o ambiente natural Figura 78 – Perspectiva Norte/oeste destacando o jardim externo.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020). Figura 79 – Vista do Jardim Interno.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
92 6.2.1.6 Estratégias utilizadas de humanização na arquitetura O edifício só possui dois pavimentos com o interesse de respeitar a escala humana, sendo uma edificação mais horizontal, permite o contato visual e por fala dos moradores com as pessoas que circulam pela rua. Iluminação O aproveitamento da luz natural, utilizando de grandes aberturas em alguns ambientes de uso comum, como também a abertura do jardim possibilita que entre iluminação em todos os ambientes. Cor A utilização de materiais naturais como o barro dos tijolos e telhas e a madeira dos brises, traz uma sensação de contato com a natureza, promovendo a calma e bem-estar, assim como as cores da flores e folhas dos jardins (figura 80). Figura 80 – Perspectiva fachada oeste, cores dos materiais e jardim externo.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Os ambientes de uso comum dispõem de mobiliários e paredes coloridas, a fim de estimular a criatividade, o descanso e a sociabilidade (figura 81), já nas suítes não foi aplicada muitas cores,
93 já que é um ambiente de descanso, utilizou-se de tons mais frios para estimular o relaxamento e a concentração para estudos (figura 82). Figura 81 – Lounge, área comum.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020). Figura 82 – Suíte Individual.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
Som
94 As paredes e coberta por serem mais solidas e pesadas proporcionam um isolamento acústico melhor, a vegetação das fachadas e as esquadrias antirruídos, promovem ainda mais o isolamento dos ruídos externos. O jardim promove os sons agradáveis como o som do ventos nas folhas das arvores e o cantar dos pássaros que vem visitar o jardim Aroma O aroma advindo das flores, o cheiro de terra molhada, toda essa relação do contato com a natureza traz benefícios para o humor dos usuários. Forma A forma da coberta no desenho de várias casas dá uma ideia de vilarejo e quebra a aparência de um ambiente institucional, fazendo o morador se sentir realmente na sua casa, as formas orgânicas do jardim, trazem conforto e bem-estar. No interior o uso de linhas e formatos orgânicos e circulares, no mobiliário e na pintura das paredes, cria uma quebra nas linhas retas dos outros elementos do edifício, tirando a monotonia do ambiente (figura 83). Figura 83 – Lounge.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
95 Textura As texturas da construção são dos materiais brutos, o concreto, o tijolo cerâmico e a madeira são em si, se próprio acabamento, esses materiais naturais trazem uma textura mais reconfortante ao toque e a visão, assim como as várias texturas presentes nos jardins, de folhas, troncos e flores. Relação exterior e interior A criação dos jardins foi feita para propiciar essa relação do ambiente interno com o externo, tanto física como visual, o contato com o verde e com o entorno do edifício.
96
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa surgiu a partir da percepção da falta de abrigo para os muitos estudantes que frequentam a cidade de Patos, esse problema acontece em todo o Brasil e afeta a qualidade de vida dessas pessoas como também o desempenho acadêmico, isso perdura por um longo tempo, visto que a maioria dos cursos superiores tem a duração de 5 anos. Esse trabalho não visa resolver o problema da cidade, mas sim contribuir para a resolução, além de abordar temas como a arquitetura bioclimática, assunto de extrema importância a ser debatido em todo o mundo, visto todos os problemas climáticos, de gestão de recursos e outras complicações ambientais que a humanidade vem enfrentando, fala também da arquitetura humanizada e sua importância na vida humana. Com isso, foi proposto um anteprojeto de moradia estudantil na cidade de Patos, PB, com o intuito de solucionar parte do problema, dispondo de um lugar onde uma parcela desses estudantes possam se abrigar, o resultado foi uma edificação acessível e de baixo custo, onde os usuários podem viver de forma colaborativa, dispondo de ambientes que proporcionam a sociabilidade, o lazer, o estudo e o descanso. A edificação é construída de materiais típicos da região, utilizando de técnicas para o melhor conforto dos habitantes, preservando a identidade cultural da região, somada a elementos contemporâneos da arquitetura, como o vidro, dando um aspecto mais familiar para a edificação, a fim de quebrar o visual institucional e promover a sensação de se sentir em casa para os estudantes. Por fim, fica o aprendizado acadêmico e a evolução pessoal, espera-se que esta pesquisa possa contribuir para embasar outros trabalhos, proporcionando futuras questões e discussões sobre a temática da tipologia de moradia estudantil, a arquitetura bioclimática e humanizada.
97 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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101 SENCE.
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102 APENDICE A – Questionário aplicado aos estudantes de curso superior de ensino presencial da cidade de Patos, PB - Brasil
1. Qual a sua idade? ()16 a 18 ()19 a 23 ()24 a 30 ()30 a cima 2. Em qual Instituição de ensino superior você estuda? ()IFPB ()UEPB ()UFCG ()UNIFIP ()UNIPLAN 3. Você vem de fora para estudar em Patos? ( ) Sim, vou e volto diariamente ( ) Sim, moro durante a semana ( ) Não 4. Qual a distância da sua cidade para Patos? Moro em Patos Até 50km De 51km a 100km Mais de 100km
103 5. Com quem você mora? () Sozinho () Família () Amigos 6. Tipo de moradia? ()Apartamento ()Casa ()Moradia estudantil () Kitnet 7. Você moraria em um complexo com baixo custo e boa localidade voltado a estudantes? ( ) Sim ( ) Não 8. Quais ambientes deveria ter? Sala de tv Sala para estudos Quarto compartilhado Quarto individual Banheiro comunitário Banheiro individual Cozinha comunitária Cozinha individual Espaço para lazer Lavanderia
104 9. Qual o número máximo de pessoas para dividir um quarto/banheiro?
10. O que você acha que é imprescindível numa moradia para estudantes?
11. O que não deveria ter/acontecer numa moradia de estudantes?
105 APENDICE B – Projeto Arquitetônico
106
107
108
109
110
111
112
J
G
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS E
I
H
L
3.08
2
6.40
6.25
2.75
.15
3.08
3.08
5.00
2.50
5.00
2.50
25.00
3.05
2.75
.15
3.05
.30
3.65
3.05
9.75
3.05
3.08
6.70
3.08
B CALHA
3.10
1,5%
CALHA
TELHA COLONIAL 61% TELHA COLONIAL 65%
6.85
3.00
3.80
61% TELHA COLONIAL
1,5%
TELHA COLONIAL 61%
61% TELHA COLONIAL
6.15
.30
7.75
6.15
3.35
TELHA COLONIAL 55%
3.25
4.70
CALHA
TELHA COLONIAL 49%
49% TELHA COLONIAL
.15 1.20
.15 1.20
1,5%
.30
1,5%
3.60
1,5%
ESCALA: 1 / 1.000
AVENIDA BEJAMIN CONSTANT
A
43% TELHA COLONIAL
.30 .40 .15
PLANTA DE SITUAÇÃO
6.45
TELHA COLONIAL 49%
49% TELHA COLONIAL
1,5% CALHA
6.45
TELHA COLONIAL 45%
CALHA
1,5%
45% TELHA COLONIAL
3.08 3.38 .30
LAJE IMPERMEABILIZADA 2%
.30
LAJE IMPERMEABILIZADA 2%
.30
CALHA
CALHA
1.00 TELHA COLONIAL 64%
64% TELHA COLONIAL
3.60
.30 3.05
9.75
14.20
9.20
2.50
5.00
2.50
E
.15
.30
2.55
.30 D
49.65
3.50
.15
.15
3.65
2.55
.30 .30
7.75
2.55
.30 .15 .30
2.55
6.45
.15
.30 .15 .30
2.55
4.20
.15
.30 3.90
.15
.30 .15
C
5.45
2.55
.30 2.55 .30
.15
7.15
2.50
TELHA COLONIAL 45%
.30 2.50
6.85
3.00
2.50
5.00
45% TELHA COLONIAL
1,5%
3.35 2.75 .15 1.20
.15
LAJE IMPERMEABILIZADA 2%
.30
3.80
1.00
CALHA 1,5% TELHA COLONIAL 55%
3.05
55% TELHA COLONIAL
2.25
1.20
.15 .30
.15 .40 .40
2.90
6.15
.85
1.55
.30
B
3.60
2.78
2%
3.15
5.45
.30
9.60
2.75
3.35
1.20
CALHA
55% TELHA COLONIAL
.30
6.85
.30
6.25
LAJE IMPERMEABILIZADA
2.90
3.60 2.50
6.25
7.40 3.45 2.75
.90
.30
.30
1,5%
.30
6.25
CALHA
1,5% CALHA
4.80
9.20
4.05
.30
TELHA COLONIAL 64%
2.62
TELHA COLONIAL 45%
RESERVATÓRIO SUPERIOR
64% TELHA COLONIAL
2.82
.30
2%
TELHA COLONIAL 69%
1.80
1.65 64% TELHA COLONIAL
1,5% CALHA
25.00
.30
6.85
TELHA COLONIAL 60%
60% TELHA COLONIAL
9.20
RUA FENELON BONAVIDES
2.50
3.05
LAJE IMPERMEABILIZADA
45% TELHA COLONIAL
A
2.90
.30
.30
9.60
.30
3.35
.30
.50
6.45
3.85
69% TELHA COLONIAL
3.85
.30
.30 .20
3.10
2.62
.30
2.62
.30
.50
.30
6.85
.30
2.50
2.50
AVENIDA BEJAMIN CONSTANT
71.00
2.50
5.00
4.70
4.70
4.70
4.70
4.70
4.70
4.70
4.70
F
TERRENO A= 1775,00m²
25.00
RUA FENELON BONAVIDES
1.50
1.50
1.50
2.50
1.50
1.50
1.50
1.50
1.50
71.00
1.50
1.50
1.50
2.50
D
C
1.50
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS
76.00
1
PLANTA DE COBERTA ESCALA: 1 / 75
PERÍODO:
10°
TURNO:
PROJETO: ALUNO:
ENDEREÇO:
ARQUITETÔNICO - MORADIA ESTUDANTIL
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS, QUADRA I, LOTEAMENTO JARDIM CALIFORNIA,BAIRRO BRASILIA, PATOS, PB
NOITE DESENHO / ESCALA:
DATA:
20/11/20
INDICADOS
FOLHA::
QUADRO DE ÁREAS:
01/ 05
ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA CONSTRUÍDA TÉRREO: ÁREA CONSTRUÍDA PAV. SUPERIOR: ÁREA PERMEÁVEL: TAXA DE OCUPAÇÃO : ÍNDICE DE APROVEITAMENTO:
1775,00m² 1528,51m² 747,38m² 781,13m² 522,73m² 45% 0,86
QUADRO DE ESQUADRIAS LARG.
ALT.
P1
2.00
2.75
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
02
P2
0.90
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
07
P3
2.00
2.10
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
05
P4
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
29
P5
1.20
2.10
DE ABRIR
ALUMINIO
02
P6
1.30
2.10
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
02
P7
1.20
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
04
P8
1.60
2.75
DE ABRIR
MADEIRA
02
P9
1.40
2.10
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
01
P10
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
14
P11
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
17
P12
1.20
2.10
DE ABRIR
ALUMINIO
01
P13
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
05
J1
2.70
5.30
0.75
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
01
J2
0.50
0.40
1.70
BASCULANTE
ALUMINIO E VIDRO
33
J3
1.50
4.55
1.50
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
01
J4
0.50
0.40
1.70
BASCULANTE
ALUMINIO E VIDRO
33
J5
1.35
0.40
1.70
BASCULANTE
ALUMINIO E VIDRO
03
J6
1.50
0.90
1.20
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
42
J7
4.00
2.00
0.75
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
06
J8
3.50
0.90
1.20
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
01
J9
3.90
4.70
0.65
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
01
J10
1.10
0.90
1.20
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
01
PEITORIO
0.00
1.50
3.00
ÁREA VERDE i=6,6%
3.00
RAMPA i=6,6%
3.00
3.00
ÁREA VERDE i=6,6%
ÁREA VERDE i=6,6%
RAMPA i=6,6%
1.50
.78
10
1.99
3.95
11
13 14
A 1.10
15 16 17
.15
18 J-06
P-03
P-03
1.50 .15 .13
A=31,39m²
1.66
2.00
2.12
2.12
.15
.78
1.50
.78
.15
2.00
.40
+ .36
CALÇADA + .35
+ .15
0.00
.65
5.85
.15
2.00
.15
2.50
P-06
1.60
1.50 P-02 P-11
P-04
3.00
SALA DE JOGOS A=38,31m²
.10 .15 .50
P-04
J-07
+ .38
.15
1.50 J-02
BIBLIOTECA/ SALA DE LEITURA A=55,66m²
12
.15 .15 .15 .76 .05 1.20
.47
P-04
J-02
.15 1.10
A=38,43m² + .38
+ .38
.15
P-11
J-02
SALA DE INFORMÁTICA A=18,75m² + .38
JARDIM INTERNO
.15
.15
.15 1.50 .15
J-02
.15 .30 2.07
9
P-07
1.65
P-02
.66 .05
3.15
SALA DE REUNIAO / ESTUDOS
1.30
P-10
P-03
8
.30
A=3,67m² + .38
J-06
6
.30
1.00
HALL
3.95
A=83,55m² + .37 P-11
2.50
4
.30
P-02
2.75
3.85
3.00
P-11
P-11
J-02
J-02
J-02
P-04
AVENIDA BEJAMIN CONSTANT
.78
1.70
1.70
1.20 .15 .30
7
.30
5
.30
.78
A=62,60m²
CIRCULAÇÃO
P-11
P-04
J-02
P-04
J-07
ÁREA VERDE i=6,6%
.15
1.50
.15
2.00
.15
.15
2.00
1.50
.15
.15
2.25
1.25
.15
1.20
1.85
.15
1.25
.15
1.65
.15
1.25
SUÍTE PNE A=21,35m² + .38
SUÍTE COMP. 3 A=21,35m² + .38
.15
SUÍTECOMP. 2 A= 17,84m² + .38
+ .38 SUÍTE PNE A=21,35m² + .38
1.65
1.65
.15
1.25
1.30 1.60
.73
SUÍTECOMP. 2 A= 17,84m² + .38
.15 .72
.15
.93
4.00
.92
.15
2.00
3.00
2.50
ACESSO PEDESTRE + .35
3.10
2.50
1.70
SUÍTE COMP. 3 A=21,35m² + .38
3.30
SUÍTE COMP. 3 A=21,35m² + .38
.15
2.00
2.25
2.15
.15 .15 1.25
B
J-07
.15
J-06
J-06
PROJ. COBERTA
1.20
.25
.20
1.70
1.20
.20
RESERVÁTORIO INFERIOR
1.70
.45
.73
1.50
1.03
.15
1.08
1.50
1.08
.15
1.08
1.50
1.08
.15
1.08
1.50
1.08
.30
.93
1.50
1.08
.15
1.08
1.50
.15 .93 .15 1.20
.15 J-06
+ .35
1.85
.15 .78
1.50
J-06
.78 .15 .78
1.50
J-06
.78 .15 .78
1.50
.78
4.85
J-06
PROJ. COBERTA
.50
.15 J-06
7.20
.15
3.90
1.85
.15 .15 .45 .50 .30 .70
J-06
.30 .20 .15
J-06 P-07
1.85
1.55
1.40 .15
.15 1.25
.30
J-02
2.05
.15
.15
2.25
.20
.30 1.60
HALL
P-07
2.05
ACESSO SERVIÇO
.15
HALL
P-09
1.85
.15
A=4,58m²
A=4,80m²
J-02
SUÍTE COMP. 3 A=20,76m² + .38
WC + .37
3.30
2.14 + .37
DML A=2,67m² + .38
WC
.30
.38
.15
2.15
3.30
+ .38 HALL
+ .35
.90
.15
WC + .37 HALL
P-04
PROJ. COBERTA
.42
1.25
WC + .37
+ .35
SUÍTECOMP. 2 A= 17,84m²
LIXO RECICLAVEL A=2,55m²
.30 .15
WC + .37
1.03
1.20
5.15
.15
.15
P-05
.15
2.00
HALL HALL
1.80
1.69 .05 .15
.15
.15
.15 .13
.66
P-13
.15
.15
.15 .54
ABRIGO DE GÁS + .35
HALL
WC
P-04
.15
LIXO COMUM A=2,46m²
P-06
A=12,13m² + .38
1.55
WC
+ .37
.30
.15
P-13
HALL
WC + .37
BICICLETÁRIO A=37,50m² + .37
.20
1.60
WC + .37
1.85
.15
HALL
.90
HALL
P-03
3.30
1.70
P-05
+ .15
2.00
0.00
.15
.50
.50 .15
1.00
.15
11.20
3.00
2.50
E
46.65
D
.50 .15
.50
.50 .15
1.70
C
.15
.50
+ .35
.15
P-12
.15
1.50
P-11
P-04
.30
1.20
1.50
2.00
20.00
.78
5.70
3.95
1.85
.15
3.05
.10
1.50
.15
.15 .50
A=7,36m² + .38
.10 .05 .66
.15
+ .37
1.20
JARDIM INTERNO
.15
.78
ÁREA VERDE i=6,6%
1.75
3.30
J-02
.10
.63
+ .37
A=5,12m²
1.20
.15 .60
.05 2.00
1.70
CIRCULAÇÃO
+ .37
.15
3
.70
2.35
3.20
LAVANDERIA, COMPARTILHADA
.15 .13
J-07
J-06
.15
.70
1.05
SALA DE ESTAR
2.00
PROJ. COBERTA
.63
.15 1.35
J-04
J-05
7.15
J-06
1.50
+ .37
1.50
.15 2.50
.15
.83 1.50 .83
7 ESCADA
WC + .37
ÁREA VERDE i=3,5%
RAMPA i=3,5%
ADMINISTRAÇÃO A=9,60m² + .38
.78
ESCADA A=18,75m² + .38
.30
6
2.00
1.35
6.80 3.45 1.50 + .15
1.80
0.00
J-06
1.18
1
1.00
5
CAFETERIA A=40,84m² + .38
1.00
4
ATELIÊ A=18,75m² + .38
.15
3
J-04
RAMPA i=3,5%
6.85
2.05
.68 2
.15
.05 .15
.30
1
+ .37 WC A=3,07m²
P-10
9
1.40 3.35
.15
A=13,39m²
2.50
COPA/ DESCANSO A=18,75m² + .38
J-03
8
3.50
2
P-03
COZINHA COMPARTILHADA A=16,48m²
5.65
TERRAÇO A=9,37m² + .36
+ .37
5.15
+ .38
B
2.50
SECRETARIA A=8,69m² + .38
.15
CAIXA POSTAL
1.20
10
1.43
J-08
.30
1.40
.50 .15 .15
12
SOBE
.30 .15
P-07
P-09
1.50
P-01
.30
ÁREA VERDE i=3,5%
J-06
J-02
P-11
.15
A=90,68m² + .38
1.20
.30
ACESSO CAFETERIA
18 17 16 15 14
1.80
PROJ. COBERTA
P-07
.15 5.65
J-06
J-07
1.50 5.80 ACESSO PEDESTRE
LOUNGE
CALÇADA + .15
2.50
J-06
J-06
J-02
13
1.50
.30
LAVABO
.78
.30
P-02
.50 .50 .50
.15
2.00
4.60
.30
2.00
.78
.15 .78
P-08
1.00 .15
PROJ. COBERTA
.15
P-01
3.70 2.00
3.20 0.00
0.00
2.08
1.50
.15
.15
1.70
.15
1.30
1.50
+ .37
+ .35
25.00
RUA FENELON BONAVIDES
A
2.50
.15
.78
PROJ. COBERTA + .35
.30
.30
.30
.30 .15
J-01
11
RAMPA i=3,5%
3.00
+ .15
.50
1.40
.30
1.50
.30
.87
.30
.15 .78 .05 1.20
.30
1.60
.15
.30
.87
.15
.30
1.70
1.83
.15
.30
2.25
.15
.30
2.00
.15 .15
.30
1.82
.15
1.70
.50
.15
1.50
2.45
1.70
2.70
1.70
1.70
8.25
.20 .30 .10
PROJ. COBERTA
ÁREA VERDE i=3,5%
QUANT.
ACESSO PEDESTRE + .35
6.85
2.00
ACESSO PEDESTRE
+ .35
2.50
21.00 1.50
1.60
1.50 3.00
RAMPA i=6,6%
ÁREA VERDE i=6,6%
1.50
ACESSO PEDESTRE
4.60
1.50
2.55 CALÇADA + .15
3.00
3.00
RAMPA i=6,6%
3.00
ÁREA VERDE i=6,6%
3.00
14.95
1.50
4.35
1.50
2.00
1.50
7.80
1.50
1.50
+ .15
7.15
1.50
.00 2.50
MATERIAL
TIPO
E
D
C
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS
ID
3 PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO ESCALA: 1 / 75
PERÍODO:
10°
TURNO:
PROJETO: ALUNO:
ENDEREÇO:
ARQUITETÔNICO - MORADIA ESTUDANTIL
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS, QUADRA I, LOTEAMENTO JARDIM CALIFORNIA,BAIRRO BRASILIA, PATOS, PB
NOITE DESENHO / ESCALA:
DATA:
20/11/20
INDICADOS
FOLHA::
QUADRO DE ÁREAS:
02/ 05
ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA CONSTRUÍDA TÉRREO: ÁREA CONSTRUÍDA PAV. SUPERIOR: ÁREA PERMEÁVEL: TAXA DE OCUPAÇÃO : ÍNDICE DE APROVEITAMENTO:
1775,00m² 1528,51m² 747,38m² 781,13m² 522,73m² 45% 0,86
QUADRO DE ESQUADRIAS
E
1.50
1.50
2.50
1.50
1.50
1.50
1.50
1.50
71.00
4.35
12.95
6.25
1.89
5.25
3.15
.15 1.10
1.50 .30 .30 .30
.30
P-04
.30
HALL
WC + 3.61
HALL
WC
.15 .15 .55 .38 .50 .38 .34 .76
.15 1.45 .55
.15 .15 .55 .38 .50 .38 .34 .76
J-07
.15
.10
1.50
1.25
.15
1.65
.15
1.25
1.65
.15
.15
1.25
.15
.15
1.65
1.25
.15
1.65
.15
5.85
.15
1.50
.78
.15
.78
1.50
.78
2.50
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
J-06
J-06
J-06
J-06
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
J-06
J-06
J-06
J-06
COZINHA COMPARTILHADA A=35,97m² + 3.62
A 1.10
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
.15
.78
1.50
.78
.15
.78
1.50
.15
.78
.78
1.50
.78
.15
.78
1.50
.78
.15 CIRCULAÇÃO A=15,80m² + 3.61
3.05
.15
.15
1.95
1.95
.15
1.25
.15
1.95
.15
1.95
.15
.15 1.25
WC
.15
.78
1.50
.78
.15
.78
1.50
.78
.15
.78
1.50
.78
.15
.78
1.50
.78
.15
2.92
3.08
5.00
2.50
WC + 3.61
1.25
SUÍTE COMP. 3 A=20,76m² + 3.62
J-02
J-02
P-11
J-02
P-04
WC + 3.61
HALL
WC
P-11
P-11
P-04
WC
WC
+ 3.61
+ 3.61
6.70
.15 .10 .15 .50
.15
1.50
HALL
WC
P2
0.90
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
07
P3
2.00
2.10
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
05
P4
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
29
P5
1.20
2.10
DE ABRIR
ALUMINIO
02
P6
1.30
2.10
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
02
P7
1.20
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
04
P8
1.60
2.75
DE ABRIR
MADEIRA
02
P9
1.40
2.10
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
01
P10
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
14
P11
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
17
P12
1.20
2.10
DE ABRIR
ALUMINIO
01
P13
0.70
2.10
DE ABRIR
MADEIRA
05
J1
2.70
5.30
0.75
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
01
J2
0.50
0.40
1.70
BASCULANTE
ALUMINIO E VIDRO
33
J3
1.50
4.55
1.50
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
01
J4
0.50
0.40
1.70
BASCULANTE
ALUMINIO E VIDRO
33
J5
1.35
0.40
1.70
BASCULANTE
ALUMINIO E VIDRO
03
J6
1.50
0.90
1.20
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
42
J7
4.00
2.00
0.75
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
06
J8
3.50
0.90
1.20
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
01
J9
3.90
4.70
0.65
DE ABRIR
ALUMINIO E VIDRO
01
J10
1.10
0.90
1.20
DE CORRER
ALUMINIO E VIDRO
01
J-02
P-04
WC + 3.61
HALL
HALL
HALL
B
+ 3.61
.15
+ 3.61
HALL
P-13
HALL
02
.15
.15
2.15
.15
2.25
1.25
SUÍTE COMP. 3 A=26,76m² + 3.62
1.90
.15
.15
SUÍTE COMP. 3 A=21,35m²
1.60
.15
1.50
SUÍTE PNE A=21,35m² + 3.62
+ 3.62
.15
.15
2.00
.15
2.00
SUÍTE PNE A=21,35m² + 3.62
1.50
.15
.15
2.25
SUÍTE PNE A=21,35m² + 3.62
1.25
.15
3.05
.15
1.25
.15
1.65
.15
1.25
.15
1.65
.15
1.65
.15
1.25
.15
3.05
3.08
3.08
5.00
2.50
SUÍTE COMP. 3 A=21,35m² + 3.62
SUÍTECOMP. 2 A= 17,84m² + 3.62
SUÍTECOMP. 2 A= 17,84m² + 3.62
SUÍTECOMP. 2 A= 17,84m² + 3.62
J-06
1.10
.15
.93
1.50
.93
.15
.93
1.50
.93 .15 .30
.72
1.50
1.03
.15
1.08
1.50
1.08
.15
1.08
1.50
1.08
.15
1.08
1.50
1.08
C
.15
.15
J-06
J-06
.30
.92
1.50
1.08
.15
1.08
1.50
.15 .93 .15
.15 .78
3.05
1.50
.78 .15 .78
1.50
.78 .15 .78
1.50
.78
.15
14.20
2.50
E
.45
J-06
PROJ. COBERTA
2.85
1.80
J-06
PROJ. COBERTA
.15
.15
2.35
.93
.15
1.50
2.85
.15 .93 2.85
6.85
J-06
.30
J-06
2.55
J-06
.15
J-06
PROJ. COBERTA
D
J-06
.15
J-06
.15
J-10
J-06
.15
.30
6.85
SUÍTE COMP.3 A=19,60m² + 3.62
P-13
P-13
3.30
SUÍTE COMP. 3 A=19,60m² + 3.62
P-11
J-02
P-04
+ 3.61
3.30
SUÍTE COMP. 4 A=24,89m² + 3.62
3.30
SUÍTE COMP.3
P-02
J-02
.15
.15
.15 1.25
P-02
P-02
ALUMINIO E VIDRO
J-06
.15
HALL
4.73
1.25
.15 HALL
WC
J-02
P-04
+ 3.61
1.69 .15
J-02
.47
P-04
WC + 3.61
P-11
.90
HALL
P-11
CIRCULAÇÃO A=69,00m² + 3.61
1.03
HALL
WC + 3.61
.15
P-04
1.50
.15 P-04
WC + 3.61
J-02
.66 .05
PROJ. COBERTA
HALL
P-11
.66 .05
P-11
1.82
P-11
.15
HALL
B
2.50
5.00
.63
.78
DE CORRER
QUANT.
HALL
WC + 3.61
+ 3.61
.30 .15 .15 .55 .38 .50 .38 .34 .76
.30
J-06
1.50
+ 3.61
1.50
P-10
P-04
.30
HALL
WC + 3.61
.30
J-06
1.69
P-04
+ 3.61
.15
HALL
WC + 3.61
.15
.08 .30 .50
J-02
WC
6.85
.15
3.35
.15
J-04
2.50
P-04
25.00
J-06
A=8,68m²
.15
P-04
.30 .63
SALA DE ESTUDOS
1.50
P-10
COZINHA COMPARTILHADA A=16,06m²
.15
HALL
WC + 3.61
7 ESCADA
6
+ 3.62
5.15
.15 .15 .55 .38 .50 .38 .34 .76
2.75
P-10
.30
5
P-10
.30
4
+ 3.62
.30 .15
HALL
WC + 3.61
2.00
MATERIAL
TIPO
J-02
P-10
P-10
P-04
2.75
3
SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
.15
2
J-02
.30
1.50
1.50
1
.10 .15 .76
.30 1.42 1.45
6.85
P-04
8 SUÍTE IND. A= 13,72m² + 3.62
2.50
.30
9
+ 3.62
2.50
.55
P-04
.30
.15
J-03
P-10
P-10
.30
3.35
.15
10
.15 .38 .50 .38 .34 .76
J-02
J-02
.15
1.50 .12
.15 .38 .50 .38 .34 .76
1.95
A
1.57
.12
11
P-10
P-04
HALL
WC + 3.61
.15
SALA DE ESTAR A=35,80m²
HALL
WC
P-10
P-04
+ 3.61
1.50
1.20
5.25
HALL
WC + 3.61
12
.15
5.15
.30 .15
P-04
J-02
J-02
.30
.15 1.50
P-04
DESCE
.15 .15
P-10
P-10
J-02
J-02
2.75
5.80
1.50
.15
18 17 16 15 14
J-02
5.00
.15 .30
.15 .30 J-02
.66 .05
+ 3.62
1.69
+ 3.61
13
6.85
5.70
P1
PEITORIO
PROJ. COBERTA
CIRCULAÇÃO A=65,26m² + 3.61
.15 1.50
1.50
.15
CIRCULAÇÃO A=11,55m²
1.50
PROJ. COBERTA
.15
J-09
J-01
25.00
RUA FENELON BONAVIDES
2.50
12.50
PROJ. COBERTA
.15 .30
PROJ. COBERTA
6.25
.15
ALT.
AVENIDA BEJAMIN CONSTANT
3.85
.30
LARG.
3.95
.50
.30
TELHA COLONIAL 49%
2.45
.15
49% TELHA COLONIAL
2.70
5.00
5.00
4.70
5.00
.15
1.80
6.85
.20 .30 .10
3.45
2.50
1.70
5.00
3.00
1.50
2.50
D
C
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS
ID
76.00
4
PLANTA BAIXA - PAVIMENTO SUPERIOR ESCALA: 1 / 75
PERÍODO:
10°
TURNO:
PROJETO: ALUNO:
ENDEREÇO:
ARQUITETÔNICO - MORADIA ESTUDANTIL
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS, QUADRA I, LOTEAMENTO JARDIM CALIFORNIA,BAIRRO BRASILIA, PATOS, PB
NOITE DESENHO / ESCALA:
DATA:
20/11/20
INDICADOS
FOLHA::
QUADRO DE ÁREAS:
03/ 05
ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA CONSTRUÍDA TÉRREO: ÁREA CONSTRUÍDA PAV. SUPERIOR: ÁREA PERMEÁVEL: TAXA DE OCUPAÇÃO : ÍNDICE DE APROVEITAMENTO:
1775,00m² 1528,51m² 747,38m² 781,13m² 522,73m² 45% 0,86
.03
7 ESCALA: 1 / 75
CORTE C-C + .38 LOUNGE + .38 BICICLETÁRIO
8 CORTE D-D
ESCALA: 1 / 75 + .35 TERRAÇO
+ .36 + .38 CAFETERIA
+ .33 JARDIM INTERNO
+ .36 CIRCULAÇÃO + .37 WC
+ .38 SUÍTE PNE
9 + .36 JARDIM INTERNO + .37 CIRCULAÇÃO + .38 ESCADA 1.09
JARDIM INTERNO
PERÍODO:
10°
TURNO:
DATA:
20/11/20
1.17
.72
.09 .20 .10
.09
.90
2.90
PROJETO: ALUNO:
ENDEREÇO:
DESENHO / ESCALA:
INDICADOS
9.32
2.43
.11
.20 .10
.10 .32
.25
.09 .52 .10
.79
.79
2.00
1.75
1.93
1.80
.10
.50
.80
.80
.80
.80
.03
2.94
1.43
.10
1.14
3.51
.20
1.38
1.38
1.38
.20 .84
.07
.07
.07
.07
1.45
1.45
1.45
1.45
1.45
1.20
2.10
.90
1.20
.75
2.00
2.94
2.94
.90
.90
.90
2.00
1.20
+ .38 BIBLIOTECA/ SALA DE LEITURA
.20
+ 3.61 CIRCULAÇÃO 1.10
.90
.80
+ .38 SALA DE JOGOS
.18
.11
1.80
.80
.90
2.94
1.38
.20
1.38
.20
.84
.84
.07
.07
1.20
+ .38
1.10
.20 .10
1.80
+ 3.61 WC .01 .09
2.10
2.10
.40
1.38
.20
1.38
.75
.90
2.00
.90
1.20
.75
SALA DE INFORMÁTICA
.25 .09
.25
.20
.10
.10
1.70
.84
.20
1.30
.45
.64
.89
.10
.10
.39 .10
.39
.90
1.20
.18
.84
.84
.84
.24
.18
.84
.84
.79
.20 .10
.20 .10
.09
.20 .10
.20 .10
.62
.19
.34
.20 .10
.19
.90
.10
.20 .10
.20 .10
.19
.20
.20 .10
.20 .10
1.10
.65
.10
.65
.10
COZINHA COMPARTILHADA
2.76
3.05
.79
.79
.10
.25
.01 .09
2.34
.20
.20
.20
.20
2.10
.55
1.75
.87
.10
.39 .10
.39
.61
.05
1.26
.20
.75
+ 3.62
.18
2.10
2.10
.79
2.10
.84
.84
.84
.10
2.94
1.80
.10
.30
.84
.13
1.56
.84
.40
1.31
.84
.84
.40
1.31
1.31
1.03
1.59
.10
.32
.10
.59
.59
.19
.20
.19
1.10
+ 3.62 SUÍTE IND.
.05
.40
+ .37 WC
.01 .09
CORRE .61
+ .38 SUÍTE COMP. 2
.25
1.10
+ .38 SUÍTE COMP. 2
2.94
CORRE
.03
CORRE
+ 3.62 SUÍTECOMP. 2
.01
.40
.20
.01 .09
2.10
CORRE
.09 .25
+ .37 WC
+ 3.62 SUÍTECOMP. 2
+ .38
2.91
.79
.80
CORRE 2.10
2.10
1.70
.84
.20
1.10
+ 3.61 WC
+ 3.62 SUÍTE IND.
.40
2.00
.01
2.10
2.94
.10
2.10
CORRE
1.72
2.04
.01
.10
1.70
1.70
.84
.40
.84
.82 .10 .30
.40
.84
1.88
1.95
.46
2.75
2.75
.30
+ 3.62 SUÍTE IND.
.01
.30
.25
1.07
1.07
+ .38 SUÍTE COMP. 2
1.84
.77
.25
.34
.01 .09
+ 3.62 SUÍTECOMP. 2
1.10
SUÍTE PNE
CORRE
.30
+ 3.62 + .38 SALA DE REUNIAO / ESTUDOS
.93
WC
+ .37 WC
1.94
.97
CORRE
+ 3.62 SUÍTE IND.
2.32
.30
.84
+ .37 WC
+ 3.61 WC
2.32
.90
.79
.20
.01 .09
+ 3.61 WC
1.20
2.10
.84
.20
.20
.20
CORRE
1.84
+ 3.61
+ .38 ESCADA
1.10
+ 3.61
.30
CIRCULAÇÃO
+ .38 ATELIÊ
.10
+ .38 SUÍTE COMP. 3 .02
CORRE
.20
1.07
+ .38
+ 3.62 SUÍTE COMP. 3
.84
.25
SUÍTE PNE
.97
2.10
.84
.40
.84
.84
.40
2.10
1.70
1.70
CORRE
+ 3.62 SUÍTE IND.
.05 .92
.90
SUÍTE IND.
HALL
1.20
.84
1.07
2.10
1.70
1.70
SUÍTE PNE
2.10
.73
1.12
.01
+ .37 WC
+ .38
.20 .01 .09
.25 .20 .10 1.39 .41
1.10
+ 3.62
+ 3.62
.84
WC .34
+ 3.61
+ .37 WC
+ 3.61 WC
2.10
.79
1.48
+ .38
+ 3.61 WC
.55
SUÍTE PNE .01
SUÍTE PNE
1.39
1.12
+ 3.62
SUÍTE PNE
.41
.19
+ 3.62
1.10
1.79
.10
.01 .09
.01 .09
2.10
.84
.30 .26
.10
.10
+ .38
+ 3.62 SUÍTE IND.
.01
2.10
.14 .34
.84
.10
2.10
.10
1.95
3.00
CAFETERIA
+ 3.62 SUÍTE IND.
.03 .02
2.00
2.10
.10
2.79
1.30
2.94
5.30
+ 3.62 SUÍTE IND.
.80
.01
+ .38 SUÍTE COMP. 3
.09
+ .37 WC
.19 .20
1.12
.01 .09
+ 3.61 WC
2.00
1.84
.20
.20
.20
.20
.20
.20
.84
.84
.10 .30
.25 1.74
+ .38 COPA/ DESCANSO
.75
2.00
.84
.40
.84
.84
.84
.84
.84
.40
.40
2.10
2.10
1.53
.84
.75
2.75
+ 3.62 SUÍTE IND.
.02
+ 3.61 CIRCULAÇÃO
.75
2.10
1.70
CORRE
2.00
+ .37 WC
.19
1.12
+ .38 SUÍTE COMP. 3 .01
1.70
CORRE
+ 3.61 WC
.01
2.10
2.10
1.70
+ 3.62 SUÍTE COMP. 3
.75
.19
SUÍTE COMP. 3
ADMINISTRAÇÃO
.14
1.59
+ .37 WC
+ 3.62 SUÍTE COMP. 3
+ .38
.19 .20 .01 .09
.43
+ .38 + 3.61 WC
+ 3.62 SUÍTE IND.
.09
2.62
.01
BICICLETÁRIO
CORRE
.10
+ 3.62 SUÍTE COMP.3 .58
.10
+ 3.61 WC
2.32
.10
1.70
2.10
.25
1.74
1.54
.03
+ 3.62
.22
1.94
.01 .09
+ 3.62 SUÍTE COMP. 3
.08
.10
2.94
CORRE
.07 .15
.29 .29
.10
3.14
.25
+ .38 ESCADA
1.84
2.52
+ .38 CIRCULAÇÃO .20
.20
.20
.20
.20
+ 3.62 SUÍTE COMP. 3
2.94
2.94
.84
+ 3.61 WC
.84
.29 .29
2.94
2.94
.40
.86
+ 3.61 WC
2.10
2.10
2.10
2.10
2.10
2.10
2.10
2.10
2.10
2.71
2.39
1.93
1.80
2.24
2.00
1.75
3.63
.67
.84
.84
.84
.10 .30
.10 .39
.86 .10
.30
.19
1.62
.53
.27 .10
.74
.10
.95
2.97
.84
.84
.84
1.63
1.43
.10
1.14 .10
.52
.10 .30
.10 .30
.48
.74
.74
2.20
2.18
.10
1.18
1.54
1.80
.98
.10
.81
.33
1.20 .10
.17
.10
.17
.10 .30
.96
.10
.10
.30
.84 .03
.84
.84
.84
.84
.70
.10
.59
.14
.70
BARRILETE
2.95
2.32
.90
2.52
+ .38 LAVANDERIA COMPARTILHADA CORRE
1.20
.84
1.70
1.20
CORRE
.10 .19 .10
2.10
2.57
1.09
.10
+ 3.62 SUÍTE COMP. 3
.10
1.80
.29
.29 .29
.29
.03
+ .38 LOUNGE
2.67
3.14
+ 3.62 SALA DE ESTAR .10 1.09
3.36
.29
+ .35
.84
2.10
.29 2.57
+ .15
.20
.20 .10
2.00
.14
+ 3.62 SUÍTE COMP. 4
2.10
.84
+ 3.62 .75
.29
+ .35
.19
+ .35 CIRCULAÇÃO
.20 .10
.42
.25
6
4.43
CALÇADA
1.92
.84
.19 .10 .65 .20
5
.18
2.10
2.75
+ .15 CALÇADA SALA DE ESTAR
CAIXA DÁGUA
+ .35 + .15
CORTE A-A
ESCALA: 1 / 75
+ .35 + .15 CALÇADA
CORTE B-B
ESCALA: 1 / 75
+ 3.61 CIRCULAÇÃO
+ .35 + .15 CALÇADA
CORTE E-E ESCALA: 1 / 75 ARQUITETÔNICO - MORADIA ESTUDANTIL
NOITE RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS, QUADRA I, LOTEAMENTO JARDIM CALIFORNIA,BAIRRO BRASILIA, PATOS, PB
FOLHA:: QUADRO DE ÁREAS:
04/ 05 ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA CONSTRUÍDA TÉRREO: ÁREA CONSTRUÍDA PAV. SUPERIOR: ÁREA PERMEÁVEL: TAXA DE OCUPAÇÃO : ÍNDICE DE APROVEITAMENTO: 1775,00m² 1528,51m² 747,38m² 781,13m² 522,73m² 45% 0,86
1.38
1.96
.05
.57
1.30
.10
1.63
.10
.10
.10
Parede em tijolo maciço aparente com pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
10
Telha cerâmica colonial
Brises em madeira freijó
Parede em pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
Parede em tijolo maciço aparente
FACHADA NORTE ESCALA: 1 / 75
Jardineira em concreto aparente
11
Guarda corpo em aluminio com pintura na cor branca
Parede em tijolo maciço aparente com pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
Telha cerâmica colonial
Parede em tijolo maciço aparente
Parede em pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
FACHADA SUL ESCALA: 1 / 75
Parede em pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
Telha cerâmica colonial
Parede em tijolo maciço aparente com pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
Telha cerâmica colonial
Parede em tijolo maciço aparente com pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
Brises em madeira freijó
Parede em tijolo maciço aparente
Parede em pintura acrilica na cor branco cru ( tinta coral)
PERÍODO:
10°
TURNO:
PROJETO: ALUNO:
ENDEREÇO:
ARQUITETÔNICO - MORADIA ESTUDANTIL
RUA GOLDOFREDO CUNHA MEDEIROS, QUADRA I, LOTEAMENTO JARDIM CALIFORNIA,BAIRRO BRASILIA, PATOS, PB
NOITE
12
FACHADA LESTE ESCALA: 1 / 75
13
FACHADA OESTE ESCALA: 1 / 75
DESENHO / ESCALA:
DATA:
20/11/20
INDICADOS
FOLHA::
QUADRO DE ÁREAS:
05/ 05
ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA CONSTRUÍDA TÉRREO: ÁREA CONSTRUÍDA PAV. SUPERIOR: ÁREA PERMEÁVEL: TAXA DE OCUPAÇÃO : ÍNDICE DE APROVEITAMENTO:
1775,00m² 1528,51m² 747,38m² 781,13m² 522,73m² 45% 0,86