Loteamento Horizonte dos Ipês - Caderno Técnico

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ALUNOS:

Joaquim de Paiva Neto

R.A.: 1504665

Marli Lefort

R.A.: 1506668

Priscila Michele Morais

R.A.: 1504757

CURSO:

Arquitetura e Urbanismo – 7º Período

DISCIPLINA:

Urbanismo IV

DOCENTE:

Pedro Renan Debiazi

TRABALHO:

LOTEAMENTO

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DIRETIVA DO TRABALHO O que norteou o início do projeto foi buscar um local que pudesse receber uma urbanização adequada para a implantação de um loteamento aberto. Foram apresentadas e discutidas várias opções de localidades na cidade de Jundiaí e, por um consenso dos grupos, optou-se por trabalhar uma gleba localizada no bairro Jardim Novo Horizonte, zona de Expansão e Estruturação Urbana do Plano Diretor de Jundiaí, destinada a expansão urbana. A mesma foi dividida em 06 terrenos de forma que cada grupo da classe ficasse com um para propor um loteamento. 1


DIAGNÓSTICO DA ÁREA De início foi feita uma análise física do terreno, identificando a topografia, limites, interferências naturais, vegetação, construções existentes, ventos, orientação solar, sombreamento, vias próximas, acessos principais, construções vizinhas, construções da região, sistema viário existente (ruas, avenidas, rodovias), utilizando-se de imagens e informações fornecidas no Google Maps, Google Earth e Google Street View. Na sequência, pesquisou-se a legislação vigente da cidade de Jundiaí para implantação de um loteamento, considerando recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, gabarito e afastamentos. Partiu-se então para um fluxograma inicial de arruamento, fruição e vias de acesso, o qual foi sendo orientado e ajustado pelo professor e que acabou direcionando a divisão e disposição dos lotes. Para definir as dimensões dos lotes, discutiu-se a finalidade pretendida, quais os tipos de usos, a conveniência de ocupação de cada parcela por determinado setor, as necessidades de arruamento, de reservas para a área verde e demais características do loteamento. Chegou-se numa proposta de nove tipologias distintas que atenderão as seguintes edificações: residencial, educacional, comercial, serviços, institucional, lazer público e equipamentos urbanos, além de preservar toda a mata nativa existente no local. A metragem total do terreno destinado ao nosso loteamento soma 81.139 m² (8,1ha), dos quais 30,8% são de mata nativa, correspondendo a aproximadamente 25.000 m², necessitando ser mantida como Área de Preservação Permanente (APP). Descontando a área de APP, temos uma área total utilizável de 56.139 m² (5,6ha), dos quais 13.506 m² (24%) foram reservados para os lotes privados de habitação e comércio, 9.021,04 m² (16%) para educação, serviços e lazer público, sendo 4.725,64m² (8,4%) para a implantação de uma escola infantil, 171.390,38 m² (55,5%) para os sistemas viários, considerando 11.450,18 m² (20,4%) para calçadas e vias de fruição e 15.940,2 m² (35,1%) para pavimentação rodoviária de leito carroçável; e 2563,94 m² (4,5%) de área para doação à Prefeitura. O perímetro do total do terreno compreende 1200,7 metros, sendo aproximadamente 333,67 metros Norte-Sul e 259,18 metros Leste-Oeste.

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ANÁLISE DO ENTORNO URBANO IMEDIATO

Através do levantamento de mapas de Uso e Ocupação, Cheios e Vazios e Altura, num raio de 400 metros partindo do centro da Gleba, foi diagnosticado que há uma grande concentração de ocupação irregular de moradias logo no entorno do projeto, compreendendo uma área aproximada de 36.220,57 m² (3,6 ha) ocupados. O loteamento mais próximo está há 94 metros de distância à nordeste da Gleba e foi projetado a comportar habitações de interesse social com apenas 1 pavimento de altura. O plano diretor prevê um limite de altura de 10,5 metros nas vias de acesso ao lote e 14 metros nas demais categorias para essa zona. As áreas restantes do perímetro de análise estão desocupadas para futuros loteamentos e também contém Áreas de Preservação Permanente a serem respeitadas.

CONCEITO DO PROJETO O conceito do projeto urbanístico proposto para o loteamento partiu das seguintes premissas: ▪

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Mix e diversidade de usos: habitação, escola, comércio, serviços, trabalho, lazer e equipamentos urbanos com o melhor aproveitamento do espaço; Realocação das ocupações irregulares para lotes destinados a Habitações de Interesse Social; Preservação da APP; Adaptação à topografia; Livre circulação; Conectividade das ruas; Idealização de espaços para o pedestre e ciclista, com ruas e calçadas acessíveis seguindo a NBR9050; Proximidade às vias de tráfego e revitalização das já existentes; Ênfase e interação com o sistema de transporte coletivo regional e de ciclovias para que as pessoas não só dependam de viagens de automóvel; Acesso a espaço verde.

A vegetação típica encontrada da gleba, sendo de característica predominante de biomas de serrado, serviu de inspiração para atribuir uma identidade ao novo bairro. Foram adotados para compor e protagonizar o paisagismo das vias e áreas públicas, os Ipês, uma espécie de árvore típica do Cerrado brasileiro bem 3


adaptada e bem popular na região. Comum ser encontrado em quatro espécies de cores diferentes: Ipê Rosa, Ipê Amarelo, Ipê Roxo e Ipê Branco, convieram a nomear as quatro ruas projetas no bairro, sendo cada uma ornamentada com sua respectiva cor de Ipê. Lincando o conceito novo surgido a partir do paisagismo, com a nomenclatura do bairro atual onde a Gleba está inserida – Novo Horizonte – chegou-se a alcunha final para o loteamento de “Horizonte dos Ipês”.

ARRUAMENTO

A intenção projetual do grupo foi primeiramente criar vias de diferentes níveis para uso da população e aumento da qualidade do entorno, partindo de estudos de possíveis conexões entre os acessos já existentes no bairro e os loteamentos vizinhos projetados pelos demais grupos. Foram respeitadas as curvas de nível da topografia local, que também foram usadas de premissas para melhor divisão da malha viária, evitando grandes recortes e terraplanagens. Uma avenida principal localizada no limite Leste da Gleba atravessa conectando o bairro com as Glebas vizinhas, nela foram projetadas duas vias de mãos opostas com três faixas cada e uma ciclovia de duas faixas dividindo as avenidas. Conectada à Avenida Principal, a nomeada Rua dos Ipês Amarelos, segue o aclive da topografia local e conecta o bairro com a Gleba vizinha à sudoeste. Também saindo da Avenida Principal, a Rua dos Ipês Rosas sobe o aclive da topografia, cruza com a Avenida dos Ipês Amarelos e conecta as vias existentes: Avenida Carmine Todaro e Avenida Luiz Gushiken. Paralela à Avenida Principal, saindo da Avenida dos Ipês Amarelos, a Rua dos Ipês Brancos, cruza com a Rua dos Ipês Rosas e conecta o bairro com a gleba vizinha ao sul; Por fim, saindo da Rua dos Ipês Rosa, a Rua dos Ipês Roxos, paralela à Rua dos Ipês Brancos, também conecta o bairro com a gleba vizinha ao sul. Foi projetada também uma via de fruição de pedestres nomeada de Alameda das Flores, no sentido norte-sul do terreno.

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LOTEAMENTO

Com relação a divisão dos lotes, foram projetados 64 lotes divididos da seguinte forma: ▪

Lotes em “T” de 200 m² de frente para Avenida Principal destinados à uso comercial e habitações verticais;

Lotes em “T” de 300 m² de frente para Rua dos Ipês Brancos, destinados a habitações unifamiliares e multifamiliares;

Lotes geométricos de esquina de 227 m² a 378,7 m² de frente para a Rua dos Ipês Amarelos, destinados a uso comercial e institucional (UBS);

Lotes de geometria irregular de 270 m² a 478,2 m² de frente às Ruas dos Ipês Amarelos, Ipês Brancos e Ipês Rosas, destinados a uso de habitações unifamiliares e comercial;

Lotes geométricos maiores de 476,7m² a 569,8 m² de frente às Ruas dos Ipês Amarelos e Rua dos Ipês Roxos, destinados a uso de habitações multifamiliares de interesse social;

Lotes geométricos menores de 209,5 m² a 296,5 m² de frente às Ruas dos Ipês Amarelos e Rua dos Ipês Roxos, destinados a uso de habitações unifamiliares de interesse social;

EQUIPAMENTOS URBANOS

Nas demais áreas foram pensados no destino de uso público, contendo praças, quadra poliesportiva, pista de skate, alameda de fruição com paisagismo, academia ao ar livre, playground infantil, além dos órgãos públicos institucionais contendo um lote destinado à ser construída uma Unidade Básica de Sáude (UBS) e da implantação da primeira Escola Montessoriana de Jundiaí num grande terreno do ponto mais alto do bairro. Assim, cria-se um centro de bairro mais ativo para os moradores da região.

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TIPOLOGIAS DE USO E OCUPAÇÃO DOS LOTES

A: Comercial e Institucional Quantidade de lotes: 3 Áreas: de 227 m² a 378,7 m² Recuos: Frontal: 2 m | Lateral: 2 m | Posterior: 3 m Nº de Pavimentos: 3 CA: Mínimo 1,8 | Máximo 2,5 TO: Mínimo 60% | Máximo 85% Altura Máxima Permitida: 14 m B: Comercial + Habitação multifamiliar Quantidade de lotes: 20 Área do lote: 200 m² Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 0 Nº de Pavimentos: 4 CA: 3,3 TO: 65,75% Altura Máxima Permitida: 14 m C: Comercial + Habitação vertical sem recuos Quantidade de lotes: 2 Área do lote: 200 m² Recuos: Frontal: 0 | Lateral: 1,5 m | Posterior: 0 Nº de Pavimentos: 3 CA: 2,4 TO: 82% Altura Máxima Permitida: 14 m D: Habitações Unifamiliares Quantidade de lotes: 8 Área do lote: 300 m² Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 3 m Nº de Pavimentos: 2 CA: 1 TO: 50% Altura Máxima Permitida: 12 m

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E: Habitações Multifamiliares Quantidade de lotes: 7 Área do lote: 300 m² Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 3 m Nº de Pavimentos: 5 CA: 2,5 TO: 50% Altura Máxima Permitida: 16 m F: Comercial + Habitação unifamiliar Quantidade de lotes: 7 Área do lote: 270 m² a 478,2 Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 2 m Nº de Pavimentos: 3 CA: Mínimo 1,2 | Máximo 1,7 TO: Mínimo 45% | Máximo 57% Altura Máxima Permitida: 14 m G: Habitação unifamiliar Quantidade de lotes: 4 Área do lote: de 270 m² a 418,3 m² Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 2 m Nº de Pavimentos: 2 CA: Mínimo 0,8 | Máximo 1,1 TO: Mínimo 45% | Máximo 57% Altura Máxima Permitida: 12 m H: Habitação multifamiliar de interesse social Quantidade de lotes: 4 Área do lote: de 476,7m² a 569,8 m² Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 2 m Nº de Pavimentos: 5 CA: Mínimo 2,7 | Máximo 3,1 TO: Mínimo 55% | Máximo 63% Altura Máxima Permitida: 16 m I: Habitação unifamiliar de interesse social Quantidade de lotes: 8 Área do lote: de 209,5 m² a 296,5 m² Recuos: Frontal: 5 m | Lateral: 1,5 m | Posterior: 2 m Nº de Pavimentos: 2 CA: Mínimo 0,8 | Máximo 1,1 TO: Mínimo 42% | Máximo 57% Altura Máxima Permitida: 12 m 7








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