O MISTÉRIO DAS ERAS [As Dispensações de Deus]
Introdução - Escrevendo a Timóteo, Paulo disse: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15). O estudioso da Palavra de Deus é tratado neste verso como um ”obreiro”. Este não pode fazer inteligentemente o seu trabalho sem ter um plano. Ele precisa de gráficos e especificações. Deus falou a Moisés, referindo-Se ao Tabernáculo: “...Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou” (Hebreus 8:5). O estudioso da Palavra de Deus deve compreender o Seu plano e propósito para todas as eras, a fim de evitar confusão em sua obra de interpretar as Escrituras. A palavra “dispensação” é usada quatro vezes na Bíblia. Em cada caso se torna óbvio, a partir do contexto, que Deus está Se referindo a um período de tempo. Em Colossenses 1:25-27 e Efésios 3:2-5, a palavra “era” está subentendia nos vocábulos “séculos” e “dispensação”. Na 1 Coríntios 9:17, Paulo discute sobre o Evangelho especial que lhe foi confiado. Também é interessante observar que a Palavra “dispensação” não aparece antes de Paulo começar a escrever suas epístolas. A razão óbvia é que o mistério das eras, até então, não tinha sido revelado (Efésios 3:5-7). Sem observar essas dispensações e divisões que elas criam, o resultado será uma grande confusão. Devemos também distinguir entre os “tempos” e as “estações” das Escrituras (Daniel 2:21). Jesus disse aos Seus discípulos: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (Atos 1:7). Jó testificou que “Visto que do Deus Todo-Poderoso não se encobriram os tempos...” (Jó 24:1). Dos filhos de Issacar foi dito que estes eram “destros na ciência dos tempos,” (1 Crônicas 12:32). Por “estações”, devemos entender as mudanças climáticas da Terra, em razão dos movimentos e das características mudanças do sol, da lua e das estrelas, aos quais Deus ordenou que regulassem as “estações”. (Gênesis 1:14). Quanto aos “tempos”, eles foram designados como “tempos da ignorância” (Atos 17:30); “tempos dos gentios” (Lucas 21:24); “tempos da restauração” (Atos 3:21) e “dispensação da plenitude dos tempos” (Efésios 1:10).
I - O PLANO ORIGINAL Pare se entender de modo correto o que se encaixa entre os dois extremos da eternidade, é necessário possuir algum insight do plano original de Deus, o qual declara que Ele formou a Terra para que fosse habitada (Isaías 45:18). A 2 Pedro 3:13 se refere a este plano, o qual será realizado não apenas no presente, mas também na eternidade.
II - A CRIAÇÃO ORIGINAL - “No princípio criou Deus os céus e a terra”. (Gênesis 1:1). Esta criação aconteceu num passado não especificado. Sem dúvida foi uma criação perfeita, pois não há registro de que Deus tenha criado coisa alguma imperfeita. Até mesmo Satanás era perfeito, quando foi criado (Ezequiel 28:15). Existem pouquíssimas informações na Bíblia sobre a criação original, sobre o que lemos em Gênesis 1:3-31, onde vemos uma recriação e restauração da Terra à sua condição original, antes que ela tivesse se tornado “sem forma e vazia” e submersa em água e trevas (verso 2).
III - O REI DA CRIAÇÃO Satanás é apontado como “o deus deste século” (2 Co 4:4), na era atual, mais parece que ele também havia ocupado esta posição, já na eternidade. (Ezequiel 28:11-19). É importante perceber que Satanás foi rei sobre uma criação física e espiritual. (Jó 1).
IV - A QUEDA DO REI A condição caótica da Terra – (Gn 1:2): É geralmente associada à queda de Satanás. O texto mais usado para respaldar essa conclusão é encontrado em Isaías 14:12-16. Na realidade, esta pode ser uma passagem profética, mas, certamente, descreve um tipo de queda anterior de Satanás. Sua queda na eternidade passada é respaldada por uma recriação. Somente uma coisa de tal magnitude poderia ter deixado a Terra “sem forma e vazia”.
A RECRIAÇÃO É RESPALDADA POR: {* NOTA: Hélio e SolaScriptura-TT rejeitam a Teoria da Brecha/Intervalo esposada pelo autor. Ver "TEORIA DO INTERVALO: MAIS UMA DEMÊNCIA TEOLÓGICA DOS EVOLUCIONISTAS TRAVESTIDOS DE CRENTES" - Pedro Almeida, em http://www.baptistlink.com/creationists/gaptheory.htm}
A) - A expressão: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1:31), não aparece no segundo dia da criação. A razão para tal omissão, aparentemente, existe apenas se o leitor perceber a verdade contida em Efésios 6:10-13; Isaías 24:21 e Jó 41:31-32. O segundo céu, no qual se encontram os sistemas solares, as galáxias, as nebulosas, corpos estelares e as constelações, também hospeda os imitadores de Deus - os anjos decaídos e o próprio Satanás. B) - instruções são dadas ao homem para encher a Terra (Gn 1:28). A definição de “encher’, no dicionário, é “reaver a plenitude anterior”.
A DISPENSAÇÃO EDÊNICA: Introdução - a recriação da Terra é seguida pela criação dos habitantes da mesma (6º. dia da criação). O homem foi criado “à imagem de Deus” (Gênesis 1:28) e isto explica a razão pela qual o homem tem 2 faculdades, as quais nenhum animal jamais teve ou terá: a faculdade de falar (“No princípio era o verbo” - João 1:1) e de escrever: “Tua palavra é a verdade desde o princípio” (Salmo 119:160). Por que deveria qualquer revelação legítima de Deus chegar ao homem, de qualquer outra maneira, senão na forma de palavras escritas em um Livro? (ver Salmo 119:89, 105, 130). A imagem é também definida em Hebreus 1:1-3; Colossenses 2:9; e 2 Coríntios 4:4, como sendo o Senhor Jesus Cristo. A imagem equivale a uma pessoa e Adão é tão semelhante a Cristo que Jesus é chamado “o segundo Adão” (1 Co 15:4). Além disso, a imagem prova que Adão era tricotômico (corpo, alma e espírito), do mesmo modo como Deus existe em três Pessoas. As três partes do homem podem ser vistas em Gênesis 2:7. O corpo - é o pó (Salmo 119:25). O corpo volta ao pó porque, como diz o apóstolo Paulo, “na minha carne não habita bem algum” (Romanos 7:18). O corpo de Deus é Jesus Cristo (Hebreus 1:1-3). A alma - equivale ao “Eu sou” e corresponde a Deus Pai, em tipo; ela constitui aquela parte da imagem que “nunca foi vista por alguém” (João 1:18, 1 Timóteo 6:16). Após a queda do homem, a alma foi transformada em um “corpo de morte” e, conseqüentemente, os escritores do Velho Testamento usaram a palavra “alma” como sinônimo de corpo (Gênesis 17:14, 19:20; Números 31:28; A alma abandona o corpo na morte e, muito antes do pó ser atirado sobre o morto (Gênesis 35:18, 49:33, 50:3). O espírito - assim como o vento - ou ar - o espírito é comum a todos os homens (1 Coríntios 2:11) e a todos os animais (Eclesiastes 3:21). Após a queda, ele se tornou um espírito morto, precisando nascer de novo; não a alma (João 3:6). Na era atual, o homem não convertido assemelha-se a um pneu vazio. Ele é um corpo vivo, porém com um espírito morto (Efésios 2:1-6), ao mesmo tempo em que, quando ele se torna um filho de Deus é um espírito vivo com um corpo morto (Rm 6:2-10).
I - Inocência - O estado do homem - Em um jardim de inigualáveis delícias, em meio a cenas de indescritível amor, tendo Deus como o seu conselheiro e seres angelicais como visitantes, com uma natureza impecável e um ambiente por demais favorável para viver uma vida pura e santa, os progenitores da raça humana forma colocados. As condições eram ideais. - As Coroas - Deus criou um rei e do seu reinado não pode haver qualquer dúvida, pois, no dia de sua criação foi dito que ele fora “coroado de glória e honra” e “constituído sobre as obras de suas mãos”, tendo “todas as coisas sujeitas debaixo dos pés” (Hebreus 2:6-8). Isto se refere à Sua Majestade, Adão, o Primeiro. Do mesmo modo que Satanás, ele era um filho de Deus (Lucas 3:38; Jó 1:6, 38:1-7). Este novo rei foi provido com uma ajudadora, a qual podia satisfazer suas necessidades; foi-lhe dada uma comissão e uma autoridade sobre dois Reinos, os quais lhe foram deixados por um querubim decaído. Como rei, sobre o Reino de Deus, Adão é o “filho de Deus”, criado à Sua imagem. Como rei, sobre o Reino do Céu, foi-lhe dada uma comissão para encher e subjugar a Terra, tendo o domínio sobre todas as coisas (Gênesis 1:26-28). Salvação - A salvação é definida como “o dom da vida eterna” (Romanos 6:23). De Adão, foram exigidas duas coisas, para que ele tivesse a segurança da vida eterna: 1. - Obediência - abster-se da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:17). 2. - Aceitar o dom - comer do fruto da árvore da vida (Gênesis 3:22-24) (OBS: esta passagem fala em “não comer” o fruto da árvore da vida...). A Bíblia parece fazer um círculo completo (Apocalipse 22:14). Deus vai completar o Seu plano? (Isaías 45:18). Ninguém pode ajudar, mas deve desejar saber se a árvore da vida é sinônimo de uma Pessoa (João 15:1), do mesmo modo como é a Palavra de Deus (Jo 1:1).
II- A QUEDA Os críticos da Bíblia procuram sempre culpar Deus pela queda de Adão. Vamos pensar e agir através de alguma racionalização:
Pergunta 1: - Por que Deus criou o céu e a Terra? (Gênesis 1:1). Resposta: - Ele os criou para serem habitados. (Is 45:18 e 2 Pedro 3:13). Aconteceu uma triste reviravolta nos eventos; será que a Bíblia e os não regenerados eruditos, cientistas, filósofos e historiadores têm o mesmo plano?
Pergunta 2 - Se Deus os criou (e Deus é perfeito), por que Ele não os fez perfeitos? Resposta: Ele os fez perfeitos. Volte e observe que os versos de Gênesis 1:3-28 estão tratando de uma recriação da criação anterior, a qual terminou no verso 1. Até mesmo Satanás foi criado perfeito, conforme Ezequiel 28:15 e não como uma “serpente” ou um “diabo”, mas como um “querubim”. Pergunta 3 - Se Deus os fez perfeitos, por que eles já não são perfeitos? Resposta: Porque algo aconteceu à criação física, entre Gênesis 1:1 e Gênesis 1:3. E algo aconteceu à criação espiritual - o primeiro homem e a primeira mulher - entre Gênesis 2:7 e Gênesis 3:13. Pergunta 4 - Se Deus é perfeito e ama a perfeição, por que Ele não evitou que esse “algo” acontecesse? Resposta: porque embora a criação física fosse perfeita, o homem que Deus criou não era perfeito; ele era sem pecado, mas não perfeito. (ora, se até satanás era “perfeito” quando foi criado, por que o homem não era perfeito??? Creio que ele foi criado perfeito também, porém, era livre e optou por pecar) Pergunta 5 - Deus não conhecia o resultado do teste, antes que isto acontecesse? (Se Ele é perfeito deveria saber). Resposta - Pensando bem, Ele conhecia. Ele Sabia que Adão iria cair e por saber disso, Ele lhe deu liberdade de vontade e escolha (livre arbítrio), de modo que ele pudesse escolher entre pecar ou não pecar. Pergunta 6 - Então, Deus não deve ser indiretamente (ou diretamente) culpado pelo que aconteceu no princípio de Sua Criação? Resposta – Sim, o Senhor poderia ter evitado que o pecado entrasse no mundo, mas Ele não o fez (Lamentações 3:38; Jó 2:10). Pergunta 7 - Então, Deus não é responsável pelo pecado de Adão e pela confusão em que ele se meteu? Resposta - NÃO!!! Deus não tenta homem algum nem pode ser tentado: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1:13-15). Pergunta 8 - Nesse caso, quem tentou Adão? Resposta - Eva (Gênesis 3:4-6; 1 Timóteo 2:12-14). Pergunta 9 - E quem tentou Eva? Resposta - Uma serpente (Gênesis 3:1-5; 2 Coríntios 11:1-3).
Pergunta 10 - E quem tentou a serpente, se não foi o próprio Deus? Resposta - Antes de ser uma serpente, o querubim fora escorraçado do Céu por causa de sua ambição, do seu desejo de se elevar acima de Deus (Ezequiel 28:10-17; Isaías 14:12-15). Pergunta 11 - Ora, se Deus é eterno e já conhecia o fim, desde o princípio, ele deveria ter evitado que o “Lúcifer” de Isaías 14 caísse ao nível de serpente! Resposta - É verdade, porém, Deus permite que uma porção de coisas caiam, a fim de executar o Seu plano original (Romanos 11:11-33). Pergunta 12 - Então, Deus não apenas deixa de ser responsável pelo pecado do homem, mas também da serpente. Afinal, Ele permitiu que AMBOS acontecessem. Não é verdade? Resposta - Se eu disser que sim, como é que vai ser? Pergunta 13 - Então Darwin e Marx têm razão: “Não há Deus!” (Salmo 14:1); mesmo porque um Deus tão imperfeito, responsável pela imperfeição, NÃO é perfeito. Resposta - Vou-lhe fazer uma pergunta, olho no olho: “suponhamos que Deus consertasse tudo e endireitasse tudo o que foi feito errado; mesmo assim Ele não teria se livrado de TODA a culpa e responsabilidade no assunto” (Romanos 3:4-6). “Se Deus é perfeito, então o AMOR é uma de suas qualidades (I João 4:8, 16). E este AMOR, precisa ser perfeito. Para que o amor seja perfeito deve haver duas partes (uma parte que ama a si mesma, não é AMOR, pois o AMOR próprio não é AMOR verdadeiro); então cria uma segunda parte, o HOMEM (Hebreus 2:6), para nele manifestar este atributo; se o homem não tem livre arbítrio então ele não pode retribuir ao AMOR de Deus. Um robô não pode “AMAR”. O HOMEM precisa do livre arbítrio (Josué 24:15). E para fazer uma livre escolha deve haver uma terceira parte. Assim, o ‘eterno triângulo é completado por um querubim, o qual vai se tornar uma serpente’. Você pode escolher esse querubim (2 Coríntios 4:4) ou escolher Deus (1 Reis 18:21). Deus permite que esse querubim apareça e tente a humanidade, a fim de que o homem possa escolher livremente o nosso DEUS como objeto do seu amor. Adão escolheu a esposa como um objeto e sua esposa preferiu o conhecimento. Como têm feito todos os ‘intelectuais’! O homem cai e Deus o redime, arcando com toda a culpa (Romanos 5:619), tanto do homem como do querubim; Ele Se fez pecado carregando-o, quando desceu à Terra para morrer como homem (Filipenses 2; Isaías 53; Romanos 10; 2 Coríntios 3). Tendo absolvido a Si mesmo de TODA a culpa, agora é possível que o homem seja declarado inculpável para sempre quando ele recebe um Salvador sem pecado, como o seu próprio Salvador (João 1:10-12). O resto é com você”. (Peter Ruckman).
III - O JULGAMENTO
Adão morreu espiritualmente (exatamente como Deus havia dito), e fisicamente, no devido tempo (Hebreus 9:27). Sua morte foi passada à frente (Romanos 5:12-14) e seus filhos nasceram à sua imagem e não à imagem de Deus (Gênesis 5:3). Ele perdeu sua coroa espiritual (Reino de Deus), por ter perdido a imagem de Deus, e sua coroa física (o Reino do Céu); então, o seu domínio foi amaldiçoado (Gênesis 3:17:19).
A DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: Introdução - Esta dispensação se estende da “Queda” até o “Dilúvio”, tendo perdurado por 1.656 anos. Ela mostra o que o homem é capaz de fazer, quando dirigido pela sua consciência. Adão e Eva não tinham consciência alguma, antes da queda, quando comeram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A consciência pode produzir temor e remorso, mas não consegue evitar que o homem erre, pois ela não compartilha o “poder”.
I - Salvação - Na dispensação antediluviana, a humanidade era tratada como um todo. Não havia nações. Esta dispensação é chamada - em Atos 17:30 - como “TEMPOS DA IGNORÂNCIA”, sendo um contraste dos “tempos atuais”. Somos informados que, na dispensação dos “tempos da ignorância”, Deus não levou em contra o que Ele não deixaria passar na Dispensação da Lei. A consciência da conduta humana era a regra pela qual os homens se acusavam e escusavam (Romanos 2:15). A Lei do Sinai não foi entregue senão no final do Êxodo. Sem lei, não havia a regra da lei para o pecado, pois “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Contudo, os homens eram inescusáveis diante de Deus, porque Ele estava muito próximo da humanidade, naqueles dias, e Sua voz era pronunciada e ouvida, em reprimenda, como no caso de Caim (Gênesis 4:14); ou em comunhão, como no caso de Enoque (Gênesis 5:22-24), ou em forma de conselho, como no caso de Noé (Gênesis 6:3). Eles não estavam, portanto, sem o conhecimento de Deus; porém “não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças... Por isso Deus os abandonou às paixões infames”... (Romanos 1:20-32). Nesse tempo, suas filhas coabitaram com os anjos decaídos (filhos de Deus) tendo dado à luz gigantes... (Gênesis 6:1-7). Os princípios pelos quais Deus governava e administrava esses “tempos da ignorância” não seriam apropriados para os dias de Moisés, quando Deus iria revelar Sua vontade, através da Lei. Devemos, portanto, distinguir entre as duas dispensações, como sendo uma “SEM LEI” e outra “SOB A LEI”, pois isto afetaria a base de julgamento nestas dispensações. Essa distinção é claramente revelada em Romanos 2:12: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados”.
Vemos claramente, aqui, que a ignorância da Lei não será desculpa nem salvará pessoa alguma do castigo. Este princípio de julgamento é o que deve prevalecer no Julgamento do Grande Trono Branco, quando serão julgados os habitantes da dispensação antediluviana e os da Dispensação da Lei. Conquanto não houvesse uma Lei escrita na dispensação antediluviana, havia uma “lei não escrita” e, conforme Paulo escreve: “Porque, para com Deus não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho”. (Rm 2:11-16) Deveria ser observado que um sacrifício de sangue tornou-se evidente, já nesta dispensação. Deus vestiu Adão e Eva com peles de cabritos (Gênesis 3:21), o que necessitou de um derramamento de sangue (Hebreus 9:22). O contexto de Hebreus 9 não inclui cada dispensação; portanto, é impossível dizer se um sacrifício era ou não de absoluta necessidade. 1 - Abel conhecia o sacrifício de sangue (Gênesis 4:4), bem como Noé (Gênesis 8:20). 2. - Deus se comunicou com os homens e tornou clara a mensagem da obediência. 3. - Sem dúvida, Deus nomeou um pregador da justiça na pessoa de Noé; outros, como Enoque, também pregaram.
II - IMITAÇÃO Um dos eventos mais significativos desta dispensação foi o grande esforço satânico de imitar o plano original de Deus. Para apressar seu intento, os anjos decaídos, chamados “filhos de Deus”, foram usados. O título de “filhos de Deus” não tem no Velho Testamento a mesma conotação do Novo Testamento. No NT, ele se aplica aos que se tornaram filhos de Deus pelo novo nascimento (João 1:12; Romanos 8:14-16; Gálatas 4:6; 1 João 3:1-2). No VT, ele se aplica aos anjos e, assim, é usado cinco vezes: duas vezes em Gênesis 6:2-4 e três vezes em Jó (Jó 1:6; 2:1; 38:7). Ser filho de Deus significa ter sido trazido à existência por um ato criador de Deus. Eram assim os anjos; assim era Adão, conforme este é chamado em Lucas 3:38. Mas os descendentes de Adão não são criação de Deus. Adão foi criado à semelhança de Deus (Gênesis 5:1), mas os seus descendentes nasceram à sua semelhança, pois, lemos, em Gênesis 5:3, que Adão gerou um filho à sua semelhança, à sua imagem. Portanto, todos os homens nascidos de Adão e de seus descendentes, por geração natural, são “filhos dos homens” e somente quem nasce de novo, torna-se uma nova criatura (João 3:3-7) e, portanto, um “filho de Deus” (João 1:12), no sentido do
Novo Testamento. Esses “filhos de Deus” (ou deuses), do VT, vieram do espaço (Atos 14:11-14) e trouxeram a incumbência de povoar os céus. Que a sua descendência era diferente, é óbvio, pois eles eram gigantes (Gênesis 6:4). É razoável que Deus não permitisse que essa iniqüidade se infiltrasse nos Céus, daí ter enviado o julgamento pelo dilúvio.
III - O JULGAMENTO As características da dispensação antediluviana, conforme descritas pelo falecido Dr. A. T. Pierson, foram: primeiro, um avanço total da revelação; depois uma decadência gradual do espírito, conformando-se com o mundo, com ele se amalgamando; formando uma civilização de gigantes sem Deus, com o desenvolvimento paralelo do mal e do bem; caindo na apostasia, para, finalmente, vir a catástrofe. [N.T. - Exatamente o que estamos vendo nos dias de hoje]. Estas são as características de todas as dispensações seguintes, exceto a última. É interessante observar que, exatamente antes do julgamento, Deus arrebatou Enoque, um tipo do santo da era da igreja. Quando Jesus estava preparando os judeus para a Tribulação, Ele comparou os eventos desse tempo com os dias de Noé (Mateus 24:36-41). Vai acontecer uma ênfase enorme sobre as viagens espaciais, haverá muitos divórcios, nos dias que antecederem o Arrebatamento. Tudo indica que esse dia está próximo e muitos “Enoques” serão arrebatados... Glória ao Senhor!
A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO: Introdução - Se alguma vez a raça humana teve a oportunidade de desenvolver a teoria do “governo humano”, isso aconteceu logo após o dilúvio. Noé era um homem idoso, de 600 anos de idade, cheio de sabedoria e experiência, e sua família, cujos membros eram todos adultos (pois o mais novo tinha 98 anos) estavam qualificados para se autogovernar. Atrás deles, veio o dilúvio com as suas admoestações e também todo o conhecimento acumulado, desde Adão até o seu tempo. Eles também tiveram a vantagem de uma nova Aliança chamada “Aliança Noeica” (Gênesis 8:20-22). Noé restabeleceu também o verdadeiro modelo de adoração, edificando um altar e sacrificando sobre o mesmo. Contudo, essa dispensação foi um fracasso, exatamente como as anteriores. Deus ordenou que Noé e seus filhos fossem frutíferos, se multiplicassem e
enchessem a Terra, mas, em vez de se espalharem, eles se conservaram juntos e tentaram construir uma cidade capital “para dar a si mesmos um nome”, construindo uma “torre” que atingisse os Céus. Isso foi uma desobediência, por isso Deus desceu e confundiu sua linguagem, tendo-os espalhado pela face da Terra (Gênesis 11:1-9). Todos os nomes desses “arquitetos” foram esquecidos, exceto o de Ninrode (Gênesis 10:8-10). Aqui, tiveram início as diversas línguas da Terra. No Pentecoste, houve o milagre da reversão (Atos 2:4). Por causa da relativa brevidade desta dispensação (aproximadamente 427 anos), estudaremos os eventos por ordem cronológica.
I - NOÉ RESTABELECE A ADORAÇÃO CORRETA Em Gênesis 8:20, vemos que Noé foi achado justo na fé. Por isso, ele recebeu perdão. Estas revelações incluem a preparação da Arca (obediência) e a oferta de sacrifício (Hebreus 11:7). Em Gênesis 9:1, lemos: “E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra”. Esta é a comissão original dada a Adão (Gênesis 1:28). Noé é um tipo de Adão nos seguintes pontos:
A - ambos foram os únicos possuidores da terra; B - ambos receberam uma comissão de Deus; C - ambos substituíram as raças que Deus não desejava que controlassem a Terra; D - ambos tiveram três filhos nomeados; E - um desses filhos foi um tipo de Cristo (Abel e Sem); F - um desses filhos foi um tipo do Anticristo (Caim e Cão); G - Abel e Sem foram conectados com Cristo; H - Caim e Cão foram ambos amaldiçoados; I - Adão estava nu quando pecou, exatamente como Noé; J - Adão e Noé participaram do fruto proibido; K - A proibição feita a Adão foi uma vinha e a Noé o sangue (Gênesis 9:4).
Guardem em mente que a vinha é chamada uma árvore (Ezequiel 15:2, 6) e o seu fruto, comparado ao sangue (Deuteronômio 32:14). Antes da Lei, foi proibido beber sangue (Gênesis 9:1-5); também durante a Lei (Levítico 17) e na dispensação atual (Atos 15:20,
29). O vinho novo (suco de uva) é um tipo bíblico de sangue (Gênesis 40:10, 11; Isaías 65:8). O vinho fermentado é proibido (Provérbios 20:1, 23:31). Noé obviamente não ficou embriagado apenas com o suco da uva.
III - A COROA É PERDIDA (Gênesis 9:20-24) Noé participou de um fruto proibido, exatamente como o fizera Adão, e perdeu a coroa do Reino do Céu, exatamente como aconteceu com Adão. Mais uma vez, por causa dessa falta, a coroa voltou para o “deus deste século”. Logo que este a teve de volta, começou a se esforçar para, novamente, imitar o plano original de Deus (Isaías 45:18). Esta é uma repetição exata do esforço anterior, segundo Gênesis 6: alcançar os céus com os filhos de Deus.
IV - A BASE DE DEUS DA SOCIOLOGIA É durante esta dispensação que Deus espalha a humanidade pela Terra, mostrando-lhe onde cada povo deveria encontrar o seu local de habitação. A) Cão - uma maldição de servidão é colocada sobre Canaã (neto de Noé) porque Deus já havia abençoado os seus filhos (Gênesis 9:1). Quanto à posteridade de Cão, conforme se depreende na Bíblia, esta parece ter ocupado a África. B) Sem - “Bendito seja o Senhor Deus de Sem” (Gênesis 9:26). Sem recebe, claramente, algo espiritual na profecia de Noé. Quando chegamos à percepção espiritual, não podemos combater Sem; ele é o autor de cada grande religião terrena. Ele é um introvertido, um “mediador”, um fatalista, enfim, um pensador. Cada autor bíblico pode traçar a sua ascendência em Sem; o Salvador do mundo confessou ter vindo “dos judeus” (João 4:22). Sem se espalhou pela Ásia e Ásia Menor. C) Jafé - “Alargue Deus a Jafé e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo” (Gênesis 9:27). Embora Sem more na Índia, Jafé precisa escalar suas montanhas. Embora Sem more no Japão, ele precisa copiar suas rodovias, seus aviões, suas motos, e navios. Embora Sem more na China, ele não pode desenvolver os seus recursos, até que Jafé (a Rússia) use a descarga de fogo para os vermelhos. É Jafé, não Sem, quem descobre os dois pólos; a passagem para a Índia; a passagem para a Lua; a eletricidade; a máquina a vapor; o telégrafo sem fio; o telefone; o rádio; o avião; o tanque e o submarino. Obviamente, Sem não se distingue nas conquistas geográficas, nas invenções científicas e nem no “nível de vida mais elevado”. “E habite nas tendas de Sem” (Gênesis 9:27). Essas tendas são de Sem e um cego toparia com elas, quando viajasse pela América, nos anos 1500. Caso não as visse dois pés à sua frente. Sem cruza o estreito de Bering e arma suas “tendas” desde a Colônia Britânica até o Cabo Horn. Jafé cruza o atlântico e recebe a discriminação por tê-lo tomado dos outros. E o chão que estamos pisando, agora mesmo, de modo nenhum nos pertence. Não somos americanos; somos europeus ou africanos (a não ser que sejamos totalmente índios). O chão da nossa tenda é o chão onde Sem faz suas caçadas, onde ele
arma suas tendas, desde mil anos a.C., até 1800 d.C. “E habite nas tendas de Sem”. As profecias raciais de Noé devem ser cridas literalmente, pois continuam em vigor; são profecias envolvendo totalmente os três maiores ramos da humanidade. A história as confirma; o senso as confirma e a Bíblia as confirma. Jafé tem suas “tendas”, um caso claro de discriminação. Sem tem um Salvador e a Bíblia, outro caso claro de discriminação. Cão serve, um caso realmente claro de discriminação; e todas as subseqüentes “exceções” comprovam a regra e as exceções subseqüentes.
V - A TORRE DE BABEL (Gênesis 11:1-9) Deveríamos observar que estas características existem exatamente antes de Deus ter dado o castigo da confusão das línguas (2 Tessalonicenses). A - Integração total B - Uma língua universal C - Adoração babilônica D - Tentativa de alcançar o espaço E - Materiais artificiais fabricados pelo homem, usados como materiais divinos (Hebreus 11:10) F - Ênfase sobre “cidades e torres” G - A convocação para que os hebreus deixem “Canaã”. H - A exaltação de uma regra camita (Ninrode).
O DECRETO DO PAPA PIO IX A Encíclica Silabus dos 8 erros – 1864: Artigo 15 - “Seja anátema quem disser que todo o homem tem a liberdade de abraçar e professar a religião que ele pense ser verdadeira” Artigo 24 - “Seja anátema quem disser: ‘A igreja não tem o direito de usar a força’.“
A DISPENSAÇÃO PATRIARCAL: Introdução - Esta dispensação se estende desde a “chamada de Abraão até o Êxodo”, por um período de 430 anos, sendo conhecida como a “Dispensação da família”. Após a Dispensação de Babel, os descendentes de Noé e de seus filhos tornaramse idólatras. Claro que Deus tinha uma testemunha, embora não haja um registro. Então, Deus decidiu que apenas uma família recomeçasse tudo ao Seu gosto. Abraão foi escolhido e comprovou ser um poderoso homem de fé; contudo, sua justiça declinou em seus descendentes; Isaque foi um homem bom, porém não tão bom como o seu pai; Jacó, filho de Isaque, o qual conseguiu o direito de primogenitura, foi pior ainda, e os doze filhos de Jacó, com exceção de José, afastaram-se grandemente do modelo paterno e esta dispensação de apenas 430 anos terminou com todos os descendentes de Abraão tornando-se miseráveis escravos, nas fábricas de tijolos do Egito. Existem três coisas que devem ser ressaltadas a respeito de Abraão:
I - SUA COROA Abraão é chamado de “o amigo de Deus “ (Tiago 2:23; Isaías 41:8) e não há qualquer dúvida sobre sua realeza, pois, em Isaías 41:2 lemos: “Quem suscitou do oriente o justo e o chamou para o seu pé? Quem deu as nações à sua face e o fez dominar sobre reis? Ele os entregou à sua espada como o pó e como pragana arrebatada pelo vento ao seu arco”. Então, Abraão sobe ao trono, para o grande desgosto do “príncipe das potestades do ar”. À medida que o tempo passa, todos os meios são usados para destronar este novo rei; mas, uma aliança incondicional de graça foi-lhe dada (por causa do fracasso de Noé), conforme Gênesis 8:21, e este novo rei dificilmente poderá ser destronado (Romanos 4:1-13). Um rei instalado pela graça dificilmente pode ser removido, visto como o seu reinado não depende de sua conduta.
II - SUA PROPRIEDADE A Abraão, foi prometido por Deus todo o domínio literal, físico e visível da Terra (Gênesis 15:13-21). Esta promessa foi dada também aos seus descendentes. A importância deste fato não pode deixar de ser enfatizada, quando se estuda o “Reino”, pois, agora o domínio de Satanás está sendo drasticamente reduzido em relação ao Reino do Céu. Dessa vez, o “Reino” foi instalado pela graça, com uma promessa incondicional de proteção divina, respaldando essa promessa; ela é passada automaticamente à descendência de Abraão, porque “ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor” (Gênesis 18:19). O local descrito para o domínio terreno, físico e visível que lhe foi dado (Gênesis 15:13-21), transformou-se no principal campo de batalha deste planeta. O pedaço de
terra onde Abraão viveu fica, “deliberadamente”, no centro dos três continentes, dados a Sem, Cão e Jafé - Ásia, África e Europa. Ele é tão visado, pela localização, que todo o homem que apóia a teoria católica romana do Domínio do Reino obviamente se coloca CONTRA os descendentes de Abraão, a quem foi dado o Reino. O próprio Papa católico pode atestar este fato melhor do que ninguém mais. Deixemos que a publicação destas palavras no católico de “Tablet” faça a sua pregação: “Sua santidade (porta voz do Arcebispo Gregorius Hakin, de São João de Akka) regressando de Roma, onde falou com o papa PIO XII, pediu que transmitisse sua grande satisfação e alegria de unidade e total colaboração demonstrada pelos árabes palestinos na proteção da Terra Santa! O papa estudou os textos contra a declaração Balfour feita pelo seu antecessor, o papa Pio XI... à política da Santa Sé. A política da Santa Sé relativa à declaração não mudou. Sua Santidade, o Papa, não pode ajudar o Sionismo contra os árabes palestinos, porque ELES são os legítimos proprietários da Terra Santa”. Mais uma vez, a Bíblia pode esclarecer o assunto (embora ninguém mais lhe dê atenção), pois, nela, encontra-se escrito que o PROPRIETÁRIO da Terra é o DOADOR da terra, o RECEBEDOR da terra e o titular da mesma (1 Coríntios 10:26-28; Isaías 45:18-19, 40:15-17; Salmo 8:3-4; 24:1; Gênesis 15:18; Salmo 105:6-12; II Crônicas 6:25, 31, 38). Esta terra não foi dada a Ismael - o árabe (Gálatas 4:25-28)! O próprio Deus age contra “Gesem, o árabe” em (Ne 6:1, 4:7), quando ele aparece, professando ser a “semente escolhida”, a quem a promessa foi feita. Se a Bíblia é verdadeira, todo turco, mulçumano e cruzado europeu que morreu nas cruzadas católicas, morreu em vão, tentando preservar a fábula católica, sobre a qual Deus nem se daria ao trabalho de cuspir. Vocês podem ver agora a razão por que os homens sempre ODIARAM a “velha Bíblia”? Ela sempre corre na direção oposta às suas operações políticas, quando eles tentam trazer o Reino.
III - SUA SALVAÇÃO A salvação de Abraão foi operada em duas etapas. Ele recebeu a justiça imputada, quando creu em Deus (Gênesis 15:6; Romanos 4:3, 20-22) mas, foi justificado, quando ofereceu Isaque (Gênesis 22; Tiago 2:21-23). A um santo da Igreja, estas duas etapas da salvação acontecem simultaneamente, quando ele crê em Jesus Cristo (Romanos 4:2425). Vamos ver as verdades referentes ao seu sacrifício: A - Até que Deus Se tornasse o sacrifício, a reparação era incompleta (Hebreus 10:4). B - Até que Deus Se oferecesse voluntariamente, Ele não podia aceitar o seu (de Abraão) sacrifício (Hebreus 10:5-7; Levítico 1:3). C - Todos os sacrifícios entre Gênesis 3 e Mateus 27 eram expedientes que não resolviam completamente o problema da reparação (Hebreus 10:11). D - Deus provê uma classe sacerdotal à nação de Israel, para oferecer sacrifícios (1 Crônicas 15:14-16; Êxodo 28:40-43 e Levítico 9). E - Mas não existia classe sacerdotal, antes de Números 1-13, nem após Atos 2 (Ver Mateus 27:51; Hebreus 8:1; 9:24; 1 Pedro 2:9 e Apocalipse 7:7).
F - Melquisedeque não ofereceu sacrifício de sangue, mas apenas um sacrifício “memorial” (Gênesis 14:18; 1 Coríntios 10:16-17; 11:25). G - Todo o corpo de crentes nascidos de novo é constituído de “sacerdotes” no Novo Testamento e jamais oferece sacrifício de sangue (1 Pedro 2:5; Hebreus 13:15-16; 1 Coríntios 10:16-17). H - A provisão divina será aceitável pelo homem fiel (Romanos 10:4). I - Portanto, o homem fiel, após Atos 2, confiará na provisão do sacrifício de Deus no Calvário, a qual foi dada uma vez para sempre (Hebreus 10:8-12 e 9:24-26). J - O homem fiel, entre Êxodo 20 e Mateus 27, confiará na provisão que Deus fez no templo de Jerusalém. (não seria no Calvário?) K - O infiel fará provisão por si mesmo, inventando e instituindo o sacerdócio, após Mateus 27; rejeitando, desse modo, a provisão divina (Gálatas 5:4; Romanos 10:1-3).
A DISPENSAÇÃO D A LEI: Introdução - Esta dispensação se estende desde o Êxodo até o nascimento de Cristo, durante um período de mais ou menos 1.491 anos, sendo conhecida como a Dispensação da Lei. Ao final da dispensação anterior, os filhos de Israel clamavam a Deus por causa do seu cativeiro; por isto, Ele lhes enviou um “redentor” chamado Moisés. Até então, Deus havia permitido que o homem se governasse sozinho; mas, agora, Ele quis organizar uma república com leis e regulamentos e um sistema “visível” de adoração, com um local de habitação ou adoração. Este governo deveria ser teocrático. A intenção de Deus era governar a Terra através de um representante que Ele mesmo nomearia. A pessoa escolhida foi Moisés. Quando este faleceu, foi sucedido por Josué. Após sua morte, os filhos de Israel ficaram sem um governante, exceto quando caíam cativos dos inimigos e então clamavam novamente ao Senhor; por isto, Ele lhes deu os “juízes”, que os governaram durante 450 anos (Atos 13:20). Foi quando eles provocaram Deus, exigindo um rei e Deus lhes deu Saul, o qual foi escolhido para governar durante 40 anos. Ele foi sucedido por Davi, este por seu filho Salomão, tendo cada um desses reinados perdurado 40 anos. Quando Salomão faleceu, em 975 a.C., o reino foi dividido: o filho de Salomão Roboão - ficou com as duas tribos chamadas Judá, enquanto Jeroboão, “o usurpador”, ficou com as dez tribos chamadas Israel. Israel perdurou 721 anos e, 115 anos depois, Judá foi levada em cativeiro para o exílio na Babilônia.
Em 536 a.C., após 70 anos de cativeiro, os judeus regressaram a Jerusalém e de 166 até 40 a.C., eles ficaram sob a regência dos asmoneus, em Israel?. Em 40 d.C., Herodes, o Grande, um idumeu, foi sagrado rei pelos romanos e, em 70 d.C., Jerusalém foi saqueada e queimada por Tito; e os judeus foram expulsos de Israel. Durante a Dispensação da Lei, Deus lidou com a nação escolhida, Israel. Esse trato foi embasado na lei escrita, entregue a Moisés, no Monte Sinai. Esta Lei Cerimonial foi dada somente a Israel e a nenhuma outra nação. Deste modo, Israel deve ser julgada segundo a sua observância da Lei. No que se refere ao exterior, a Lei Cerimonial cessou com a destruição de Jerusalém, em 70 d.C. Por causa do grande número de eventos significativos durante esta dispensação, estudaremos algumas lições cobrindo este período. Este esboço vai tratar da Páscoa e dos eventos que conduziram à mesma.
I - TIPOS A - O Egito - Os filhos de Israel não foram criados para o Egito nem o Egito para eles. Os israelitas foram criados para a Terra de Canaã - ou Terra da Promessa. O Egito simboliza este “mundo mau”. Nos dias de Moisés, ele representava a pior espécie de glória e magnificência mundanas jamais vista no mundo. O Egito tinha tudo para gratificar a “concupiscência da carne”, a “concupiscência dos olhos” e a “soberba da vida ” (1 João 2:16). B - O Faraó era um tipo de Satanás. O Egito vivia mergulhado na idolatria, sendo a exata fortaleza de Satanás e o covil de todo tipo de pecado. Ter Israel sob o seu poder era o constante desejo do Faraó e foi o que ele tentou fazer. Satanás faz exatamente isto com o pecador. C - Moisés foi um tipo de Cristo. Ele foi preparado e enviado por Deus para a obra de libertação do povo israelita do cativeiro egípcio. D - As pragas do Egito foram castigos contra os seus deuses: 01.- A água transformada em sangue - contra o ídolo Rio Nilo. 02.- As rãs - contra a adoração às mesmas. 03.- Os piolhos - contra o deus da terra, Seb, e os sacerdotes, os quais não poderiam efetuar os seus serviços por causa da coceira. 04.- As moscas - Contra o deus atmosférico “Shu”, filho de “Ra”, o deus Sol. 05.- A peste nos animais - contra o touro sagrado, Ápis. 06.- As úlceras - contra os deuses Sutec e Tifon, a quem eram oferecidas vítimas, cujas cinzas eram espalhadas ao vento. 07.- A saraiva - contra o deus Shu.
08.- Os gafanhotos contra o inseto sagrado. 09.- As trevas - contra o deus Sol, Ra, de quem o Faraó acreditava ser filho. 10.- A morte de todos os primogênitos, contra a nação culpada de infanticídio, que havia ordenado que todos os filhos dos hebreus fossem atirados ao Rio Nilo (Êxodo 1:22).
II - Os compromissos - Quando Moisés e Arão apareceram diante do Faraó, eles disseram: “Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel” (Êxodo 5:1-2). Em seguida, Moisés e Arão pediram permissão para uma jornada de três dias pelo deserto. Novamente, o Faraó recusou e praticamente falou que “o culto ao Senhor era uma perda de tempo”. Em seguida, ele aumentou a carga horária de trabalho dos filhos de Israel. Depois de três pragas, veio a das moscas e o Faraó achou que chegara a hora de assumir um compromisso. Mandou chamar Moisés: “Então chamou Faraó a Moisés e a Arão, e disse: Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êxodo 8:25).
A - O Primeiro Compromisso - (Êxodo 8:25-26) - Faraó não iria se opor a um sacrifício ocasional “na terra”, se isso deixasse Israel satisfeito e o povo israelita continuasse no Egito, sob o seu poder. Satanás nunca se opõe a qualquer “espasmo” religioso, enquanto a pessoa permanece no mundo. Moisés respondeu, lembrando ao Faraó que Ápis - o boi sagrado - era um dos deuses do Egito e se Israel oferecesse sacrifício de bois ao seu Deus, na terra, isto seria abominação para os egípcios e estes iriam apedrejar o seu povo (Ver Êxodo 8:26). Isto significa que um homem não pode ser cristão e adorar o seu Deus na terra, sem ofender o mundo.
B - O segundo Compromisso - (Êxodo 8:27-28): “Deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR nosso Deus, como ele nos disser. Então disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao SENHOR vosso Deus no deserto; somente que, indo, não vades longe; orai também por mim”. Faraó sabia que teria Israel de volta, caso o povo não fosse muito longe. Observe o Natal, a Páscoa e outras festas religiosas, mas, pelo resto do ano, deleite-se nos prazeres do Egito. Israel jamais teria chegado a Canaã, se permanecesse nas proximidades do Egito. Quando um cristão pergunta: “É pecado fazer isto?”, logo descobrimos que ele não foi muito longe no estudo da Palavra.
C - O terceiro Compromisso - (Êxodo 10:7-11). Entre o segundo e o terceiro compromisso, aconteceram as pragas da peste dos animais, das úlceras e da saraiva.
Mais uma vez, Faraó se comprometeu em concordar que somente os homens fossem sacrificar no deserto. Ele sabia que se estes deixassem no Egito os seus entes amados, com certeza não demorariam em regressar. Este compromisso significa: “deixemos que os mais idosos sejam religiosos, mas não forcemos os jovens a praticar religião alguma. A religião é um assunto pessoal e os jovens precisam gozar os prazeres do Egito”.
D - O Quarto Compromisso - (Êxodo 10:24-26) – Neste compromisso, vemos o Faraó permitindo que Israel vá, mas, insiste em que fiquem no Egito os seus rebanhos e o gado. Este compromisso significa ser um cristão, entregar a alma a Deus, mas guardar todos os seus bens para si mesmo. As pessoas sucumbem diante deste compromisso, investindo o dinheiro para aumentar suas riquezas, porém, nada investindo no Reino de Deus (Mateus 6:20).
III - A PÁSCOA - O modelo de “poder” divino no Velho Testamento é encontrado no Êxodo. Mas, antes de Deus libertar o povo pelo Seu poder, esse povo precisava ser remido pelo sangue. A Páscoa é uma bela ilustração do Plano de Salvação através do sangue de Jesus Cristo. “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7). Assim como o sangue do cordeiro pascal salvou Israel, do mesmo modo, o sangue do Cordeiro de Deus nos salva: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:18-19). Enquanto os filhos de Israel habitaram a terra de Gósen, a qual pertencia ao Egito, eles estavam sob a “maldição do Egito”, que seria a morte de todos os primogênitos. Para evitar isso, aos filhos de Israel foi ordenado que apanhassem um cordeiro imaculado, com um ano de idade, matassem-no e dele retirassem o sangue e o aspergissem nas ombreiras das portas de suas casas, de ambos os lados, pois, quando o Senhor visse o sangue, ele passaria por cima da casa, naquela noite fatídica, e não destruiria o primogênito, o qual estaria protegido pelo sangue marcado na porta. (Êxodo 12:1-28). A Páscoa passaria a ser para Israel o “princípio dos meses” (verso 2), ou seja, o primeiro mês do ano judaico. Um homem não começa a viver, até que seja salvo pelo sangue de Cristo. Até então, ele está espiritualmente “morto em ofensas e pecados” (Efésios 2:1-3). O tempo gasto nas alvenarias do pecado e nos prazeres da carne não contam e devem ser omitidos da vida cristã. A Páscoa, como um meio de salvação, foi o plano da própria visão de Deus. Nenhum homem teve participação nele, a não ser fazendo o que Deus havia ordenado. Tudo é GRAÇA!
A - O Sacrifício - Seria um cordeiro ou cabrito (Êxodo 12:5). Um emblema da
mansidão e pureza de Jesus iria demonstrar que “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7). Se algum defeito fosse detectado no cordeiro destinado ao sacrifício, ele seria inadequado para esse fim. Jesus era imaculado; absolutamente sem pecado. (2 Coríntios 5:21 e 1 João 3:5). Muitos têm a idéia de que são automaticamente salvos pela morte de Cristo. Mas, o caso não era simplesmente matar o cordeiro. Algo precisava ser feito com o seu sangue e com a sua carne. O sangue deveria ser aspergido nos umbrais, dos dois lados das portas das casas, e a carne deveria ser comida (Êxodo 12:7). O primogênito não estaria seguro, caso o sangue fosse apenas derramado e apanhado na bacia. Não era suficiente examinar o sangue; ele deveria ser usado na aspersão das portas das casas, com um molho de hissopo. Hissopo é uma planta comum que cresce em todo o Egito. Deus não exigiu que os israelitas usassem uma planta rara, que eles precisassem ir buscar noutro país. O hissopo é um sinônimo de fé. [N. T. - Deus nunca dificulta as coisas. Isso é uma especialidade de Satanás. Toda religião exige sacrifício dos seus seguidores. Cristo exige de nós apenas fé e sinceridade na fé].
B - A Festa - (Êxodo 12:8-10) “E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo”. Os israelitas foram salvos pelo sangue, mas o caso não era apenas matar o cordeiro e usar o seu sangue. Eles precisavam se alimentar do cordeiro. Alguns cristãos param, logo após terem sido salvos; porque deixam de se alimentar do Cordeiro. Por isso é que existem tantos crentes mal nutridos na vida cristã. O cordeiro não devia ser cozido na água, mas assado no fogo (verso 9). Para o assarem, os israelitas usaram um espeto, que lembra o formato de uma cruz, simbolizando a cruz onde Jesus, o Cordeiro de Deus, ficaria à mercê do fogo da ira divina contra o pecado. O cordeiro pascal deveria ser comido com pães ázimos (verso 8). O fermento é um símbolo do mal; portanto, não poderia ser usado na Festa da Páscoa; tanto que o apóstolo Paulo nos aconselha: “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade” (1 Coríntios 5:7-8). Eles também deveriam comê-lo com ervas amargosas (Êxodo 12:8), símbolo de sua antiga servidão; e tudo que sobrasse do cordeiro deveria ser queimado no fogo (verso 10). Eles deveriam ficar acordados para se alimentarem do cordeiro e nada deveria ser deixado, quando eles partissem. Que lindo quadro temos aqui! Enquanto o terrível furacão da ira divina varria todo o Egito, à meia-noite, destruindo os “primogênitos”, em todas as casas que não estavam aspergidas com o sangue do cordeiro, os filhos de Israel festejavam pacífica e alegremente, sua primeira Páscoa, com o cordeiro assado.
I - O TABERNÁCULO Introdução - O estudo do Tabernáculo é uma história excitante. Deus deseja habitar com o homem e lhe trazer redenção.
Por que estudar o Tabernáculo? 1. O Tabernáculo e a forma de adoração do Tabernáculo eram figuras do que iria acontecer (Hebreus 9:8, 9, 24; 10:1), conforme os planos de Deus, no futuro. 2. O Tabernáculo e as experiências dos israelitas formam exemplos e modelos estabelecidos por Deus para nós (1 Coríntios 10:11; Hebreus 8:5). 3. O Tabernáculo oferece uma ilustração do Senhor Jesus Cristo, em detalhes tão perfeitos, que entusiasmam o crente à medida que o estudo prossegue Cada detalhe do Tabernáculo aponta para algum aspecto da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. (João 1:14).
O Tabernáculo Era o lugar da habitação de Deus. A palavra “tabernáculo” significa “local temporário” da habitação de Deus, no deserto e em Canaã.
A - O Tabernáculo do Velho Testamento era temporário. B - O Templo (2 Crônicas 5:14) foi durante algum tempo o local da habitação de Deus, aqui na Terra (ele será restaurado no Milênio). C - Enquanto Jesus esteve na Terra fazendo o Seu ministério, Ele foi o local da habitação de Deus, no qual toda a plenitude da Divindade habitava corporalmente (Colossenses 2:9). [No FINAL DE ETENIM (SETEMBRO), mês em que os judeus comemoravam a FESTA DOS TABERNÁCULOS, Deus veio tabernacular (HABITAR) conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel, "Deus conosco".] D - Depois que Cristo subiu para o Céu, Deus fez habitação no coração do crente (1 Coríntios 3:16). A palavra “Igreja” (Ekklesia) significa “chamado para fora” e não se aplica ao edifício, mas aos crentes. Portanto, o Tabernáculo é também uma figura do
crente, local habitado pelo Espírito Santo. E - No Céu, Ele é apresentado como o verdadeiro Tabernáculo... (Hebreus 8:1-2; 9:2324; Apocalipse 11:19; 21:3).
II - O TABERNÁCULO CONTA A VERDADEIRA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO O Tabernáculo é a figura do Senhor Jesus Cristo e também uma figura do crente em Cristo; ou seja, uma figura do plano de salvação. Existem sete passos na redenção divina:
A - Como pecadores afastados de Deus, primeiro precisamos entrar e parar diante do altar (a Cruz). B - Em seguida, vêm a separação e a purificação diárias, na Bacia (a Bíblia). C - Entramos na comunhão da Palavra, na mesa. D - Aprendemos a andar na luz do Candelabro de Ouro. E - Depois, e somente depois, vem o poder da oração, na Mesa do Incenso. F - Estamos, então, preparados para entrar no Santo dos Santos do Culto mais Alto (o poder Pessoal e a comunicação do Espírito Santo). G - Assim, alcançamos o perfeito repouso e paz, no Assento da Misericórdia, aspergido pelo Sangue, sob as asas do Querubim.
O assunto do Tabernáculo é inesgotável e quando permitimos que o Espírito Santo nos ajude a entender essas verdades, somos levados para mais perto de Jesus e, quando avançamos mais, neste estudo, aprendemos também a amá-Lo mais, podendo, assim, servi-Lo melhor. Portanto, o estudo do Tabernáculo resulta em serviço de amor.
III - O MODELO DO TABERNÁCULO Uma Divisão Tripla - o número da totalidade e perfeição divina (João 14:6). A - A parte exterior - a barreira, o altar de fogo e a bacia de lavar. B - O Lugar Santo - A mesa com os pães da proposição, o candelabro e o altar do
incenso. C - O Santo dos Santos - A Arca e o Assento da Misericórdia.
IV - OS QUATORZE MATERIAIS Quatorze é o número do testemunho. Cada material tem uma significação típica. As significações são as mesmas, onde quer que elas se encontrem em uso, no Tabernáculo. Cristo é visto em todas elas.
A - Ouro - Divindade (Êxodo 25:3). B - Prata - Redenção (idem). C - Bronze - Julgamento (Êxodo 25:3; Números 21:6-9). D - Azul - Natureza e origem celestial (Êxodo 25:4). E - Púrpura - Realeza (idem). F - Carmesim - Sangue sacrificado (idem). G - Linho fino - Justiça perfeita (Idem). H - Pelo de cabra - Portador do pecado (Êx 25:4; Lv 16:2-22). I - Peles vermelhas de carneiro não castrado - o sofrimento de Cristo e a profundidade de Sua devoção (Êxodo 25:5; Lucas 22:44). J - Peles de texugos - a humildade de Cristo (Êxodo 25:5; Is 53:2). K - Madeira de acácia - Humanidade de Cristo (idem). L - Azeite para a Luz - O Espírito Santo (Êxodo 25:6). M - Especiarias para o óleo de unção - preciosa doçura de Cristo (idem). N - Pedras de Ônix - A glória de Cristo (Êxodo 25:7; João 17:5).
V - AS SETE PEÇAS DE MOBILIÁRIO Sete é o número da perfeição: Arca, Assento da Misericórdia, Altar do Incenso, Mesa dos Pães da Proposição, Candelabro, Bacia de lavar, Altar do Fogo.
VI - O TABERNÁCULO ERA CHAMADO A CASA DO SANGUE... Por causa do local dos sacrifícios de sangue exigidos por Deus. Mas todo esse sangue era apenas profético, típica sombra do sangue do Cordeiro de Deus, que seria vertido no futuro.
A - Temos redenção através do sangue (Efésios 1:7). B - Temos perdão através do sangue (idem). C - Somos justificados através do sangue (Romanos 5:9). D - Somos santificados através do sangue (Hebreus 10:10). E - Temos purificação através do sangue (1 João 1:7). F - Temos paz através do sangue (Colossenses 1:20). G - Temos vitória através do sangue (Apocalipse 12:11).
Os rituais de purificação do Velho Testamento (Hebreus 9:18, 23) não podiam apagar pecados (Hebreus 10:4), mesmo quando realizados diariamente (Hebreus 10:11). Os pecados não seriam “tirados”, a não ser que Cristo morresse pelos pecadores, levando sobre Ele os pecados (Hebreus 9:28). Ele os levou para as profundezas abissais (Mateus 12:40) e ali os deixou. Ele ressuscitou (Atos 2:37-31) sem pecado algum, livre de todos os pecados que Ele havia assumido em nosso lugar. Deveria haver contínuas ofertas queimadas (Êxodo 29:38-46). Este era o sacrifício vespertino, do qual o 1 Reis 18:29 fala. Os santos do Velho Testamento precisavam de sacrifícios diários - o nosso foi feito para sempre. (Hebreus 10:11-12). Esta prática vai prosseguir no Milênio (Ezequiel 46:12-15, 40-48). E até mesmo um sacerdócio, na eternidade (Isaías 66:20-22).
OS JUÍZES I - PANO DE FUNDO Após a morte de Josué, a nação hebraica ficou sem um forte governo central. Ela
era uma confederação de 12 tribos independentes, sem qualquer força unificadora, além do seu Deus. A forma de governo nos dias dos juízes era, supostamente, uma “Teocracia”, ou governo do próprio Deus sobre a nação. Contudo, o povo não levava o seu Deus muito a sério e vivia caindo na apostasia e na idolatria. Vivendo num estado de quase anarquia e sendo perturbada pelas guerras civis e rodeada de inimigos, que viviam tentando extirpá-la dos locais onde se encontravam as tribos, a nação hebraica andou muito lentamente em seu desenvolvimento nacional e não se tornou uma grande nação, até ser organizada em reino, nos dias de Samuel e Davi.
II - QUARENTA ANOS Otniel, Débora, Baraque e Gideão, conforme é dito, julgaram Israel, cada um deles por 40 anos. Eúde julgou a nação por duas vezes 40 anos. Depois, Eli julgou a nação por 40 anos. Saul, Davi e Salomão a governaram, cada um deles, por 40 anos. “40” parece ter sido um número arredondado, denotando uma geração. Vejam como ele é usado constantemente na Bíblia. No dilúvio, choveu por 40 dias; Moisés foi fugitivo por 40 anos; passou 40 anos em Midiã; e esteve 40 dias no Monte; Israel peregrinou por 40 anos no deserto. Os espias passaram 40 dias em Canaã. Elias jejuou por 40 dias; 40 dias foi o prazo para Nínive se converter; Jesus jejuou por 40 dias e andou na Terra por 40 dias, após Sua ressurreição.
III - O MANDAMENTO “E o SENHOR teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria” (Deuteronômio 7:2-4). Foi este o mandamento original, sob o qual os israelitas entraram na Terra de Canaã. Embora o Livro de Juízes registre algumas vitórias para o Senhor, ele também descreve os árduos fracassos dos líderes do povo de Deus. A conquista israelita foi apenas parcial (Juízes 1:9, 21, 27, 28-35; 3:1-4).
IV - O COMPROMISSO Quando faleceu a geração endurecida e selvagem, que havia conquistado a terra sob o comando de Josué, a nova geração se estabeleceu numa terra de fartura, tendo logo caído na vida fácil e nos caminhos da idolatria dos vizinhos. Isto poderia ser uma ilustração do que atualmente chamamos de “segunda geração cristã”. Em Juízes 17:6, lemos: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”.
Este verso pode ser a soma total de tudo que aconteceu durante o tempo dos juízes. A confusão acontecia por falta de organização e liderança, com alguns crimes registrados no Livro, mostrando que o homem, quando deixado a si mesmo, sempre se destrói. Os israelitas se comprometeram no seguinte:
1. - O comando original de Deus 2. - Domínio incompleto 3. - Ligas Militares 4. - Casamentos mistos 5. - Apostasia total 6. - Cativeiro
V - OS CATIVEIROS Apostasia, Servidão e Resgatador Juízes 3:5-8 - Aos reis da Mesopotâmia, 8 anos - Resgatados por Otniel (3:9-11). Juízes 3:12-14 - Ao rei de Moabe, 18 anos - Resgatados por Eúde (3:15-30, e Sangar, verso 31). Juízes 4:1-3 - Ao rei de Canaã, 20 anos - Resgatados por Débora (4:4-31) e Baraque. Juízes 6:1-10 - Aos midianitas, 7 anos - Resgatados por Gideão (6:1; 8:35). Juízes 10:6-18 - Aos filisteus, etc., 18 anos - Resgatados por Jefté (11:1). Juízes 13:1 - Aos filisteus, 40 anos Resgatados por Sansão (13:24-25; 16:31). (Dados colhidos no “Explore the Book”, de J. Sidlow Baxter).
VI - OS JUÍZES FORAM
1. Otniel - (3:9-11) 2. Eúde - (3:15-30). 3. Sangar - (3:31). 4. Débora e Baraque - (4:4-8). 5. Gideão (6:11; 8:32) 6. Abimeleque (9:1-57)* 7. Tola - (10:1-2). (* Mencionados em Hebreus 11:32).
8. Jair - (10:3-5). 9. Jefté - (11:1). 10. Ibzã - (12:8-10) 11. Elon (12:11-12) 12. Abdom - (12:13-15). 13. Sansão - (13:24;16:31)*
VII - PECADO, SÚPLICA E SALVAÇÃO Os filhos de Israel seguiram o antigo modelo de vida familiar, algo que deveríamos chamar de “vida cristã normal”. Se fôssemos desenhá-lo num gráfico, colocando nossas vitórias e derrotas, isso iria se assemelhar a um navio de carreira. Por exemplo, vamos focalizar o Livro de Juízes: O pecado - (Juízes 3:7)
O sofrimento - (verso 8) A súplica - (verso 9) A salvação - (3:11)
Novamente: O pecado - (Juízes 3:12) O sofrimento - (idem) A súplica - (3:15) A salvação - (idem)
VIII - APLICAÇÕES PRÁTICAS DO LIVRO DE JUÍZES A - Inicialmente, é mais fácil tolerar e coexistir com o pecado que arrancá-lo e eliminálo totalmente. (Juízes 2:2). B - Muitas das durezas encontradas na vida cristã são permitidas para nos conduzirem a um ponto de súplica (Juízes 6:13). C - O Senhor fará tudo que Ele puder, para cumprir Suas promessas e alianças. Contudo, Ele é Santo, Justo e Ciumento. Ele jamais vai tolerar, em hipótese alguma, a idolatria. D - Deus está determinado a realizar todas as promessas do Seu Reino. (Juízes 2:16-19). E - Até mesmo os assuntos políticos têm uma raiz espiritual (Juízes 11:24). F - O Diabo fará todo o esforço, para atrapalhar o cumprimento do Reino de Deus, usando a religião (Juízes 17:7-13).
OS DIAS DOS REIS Introdução - A ansiedade dos judeus por um líder visível foi uma revolta contra a soberania divina. Enamorados da pompa e da glória dos reis e nações vizinhos, Israel
também desejava sentir sua própria glória. Deus jamais havia pretendido que o Seu povo se sujeitasse a um governante terreno, mas que fosse “um reino de sacerdotes” e uma “nação santa”, tendo o próprio Deus como Rei (Êxodo 19:6; 1 Pedro 2:9). Desse modo, a rejeição de Israel a tê-Lo como Rei evidenciou uma completa falta de confiança em Deus. Sua presença no meio do povo não fora suficiente garantia de Sua segurança e provisão? Mas, a exigência do povo: ”constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.” (1 Samuel 8:5) significava uma clara e definitiva rejeição a Deus e ao Seu reinado, o que iria culminar em sérias conseqüências para o povo. Em Sua graça e misericórdia, Deus reverteu esse pecado numa ocasião de fortalecer o Seu propósito, na obra a ser realizada em Cristo - a principal fonte de bênçãos divinas para todos os homens e toda a criação. O reinado de Saul não fazia parte do propósito de Deus, embora fazendo parte integral do Seu plano. O propósito divino era dar ao Seu povo um Reino visível, conforme predito por Moisés em Deuteronômio 17:14-15. Quando Israel exigiu um rei, Samuel se voltou para a direção de Moisés (1 Samuel 10:24). A explícita promessa de Deus sempre estivera diante do povo, conforme Gênesis 17:16: “reis de povos sairão dela” [referindo-se a Sarai]. Outras alusões a reis podem ser encontradas em Gênesis 36:31; Números 24:17. Não foi o desejo da nação por um rei, mas o espírito do seu pedido que foi errado. O líder Samuel, nomeado por Deus, foi desprezado pelo povo, sob o pretexto de “Eis que já estás velho” (1 Samuel 8:5), depois dele ter dirigido os assuntos do povo durante 35 anos. Essa rejeição culminou com a impaciência anexada ao pecado da exigência. Eles perderam a visão de que o seu Rei era Deus; por isto, o Senhor lhes deu um rei segundo “o seu coração” (Oséias 13:10-11). Certa vez, Voltaire falou: ”O Céu sempre dá os reis como vingança”.
I - A ESCOLHA DO POVO (1 Samuel 9; 11:13-21; 2 Samuel 1; 21:1-9. Saul, filho de Quis, representava a insignificante tribo de Benjamim, que teve o seu nome mencionado do Novo Testamento (Atos 13:21; Filipenses 3:5); e Saul foi o nome que mais se distinguiu no Velho Testamento, na genealogia dessa tribo. Saul se tornou um rei segundo o coração do homem, assim como Davi se tornou um homem segundo o coração de Deus (1 Samuel 13:14; Atos 13:22). A história de Saul é típica do pecado e da rejeição dos judeus ao Senhor e da necessidade divina de levantar filhos de Abraão entre os gentios (Mateus 3:8-10). A vida de Saul foi caracterizada pelo orgulho pessoal, vontade própria e auto-ajuda (1 Crônicas 10:13; Provérbios 10:8 e 13:1).
II - IS-BOSETE (1 Crônicas 8:33; 9:39; 2 Samuel 2:8-12; 3:7-15 e 4) Mesmo tendo sido um usurpador, Is-Bosete reinou sobre Israel durante dois anos e, por isso, merece um lugar no estudo da realeza. Seu nome, que aparece 13 vezes no Livro 2 Samuel, originalmente era Esbaal (1 Crônicas 8:33), em sinal de desprezo a Baal, de alguma conexão da família, segundo a qual ele havia sido nomeado. Ele era o mais novo dos 4 filhos de Saul.
III - DAVI (1 Samuel 16-31; 2 Samuel 1-25; 1 Reis 1-11; 1 Crônicas 2, 3, 10- 29.
DAVI - UM TIPO DE CRISTO O Livro de Rute contém a origem da família de Davi e sua descendência da tribo de Judá (Rute 4:18 com Gênesis 38:29; Mateus 1:3-6; Lucas 1:32). Seu nome ocorre 1.120 vezes na Escritura e, sendo o mais importante personagem tipo de Cristo, seu nome é dado a Cristo (Isaías 55:3; Jeremias 30:9; Ezequiel 34:23; Oséias 3:5). Davi foi o único rei nascido em Belém, lugar do nascimento do Salvador. Ele é chamado “o ungido do Senhor” (2 Samuel 19:21; 23:1) e uma tripla unção à realeza lhe foi concedida:
- Por Samuel (1 Samuel 16:13); 2. - Por sua própria tribo (2 Samuel 2:4); 3. - Por toda Israel (2 Samuel 5:2-3).
Davi tinha 30 anos de idade, quando começou a reinar, tendo reinado durante 40 anos: 7 anos sobre Judá e 33 anos sobre toda a nação de Israel. Ele precisou esperar durante sete anos e meio pelo cumprimento da promessa divina de que seria rei sobre toda Israel. Quando, finalmente, todas as tribos o reconheceram como rei, fizeram com ele uma “liga” e, em Hebrom, ele recebeu a coroação oficial. Deus não é tão lento em cumprir Suas promessas, quando os homens são aptos a pensar.
IV - SALOMÃO (2 Samuel 12:24-25; 1 Reis 1:11; 1 Crônicas 22-23:1;28-29; 2 Crônicas 1:9). Salomão foi um tipo do Reino Milenar. Salomão, “o rei filho do rei” (Salmos 72:1), foi o segundo filho de Davi com Bate-Seba, e aquele sobre quem Deus concedeu tal majestade real, como a nenhum outro rei antes dele, em Israel (1 Crônicas 29:20-25). Quando Salomão sucedeu a seu pai, ele ainda era “jovem e tenro”, talvez com 20 anos de idade, tendo reinado durante 40 anos. O Dr. William Graham Scroggie fala sobre Salomão: “Um caráter forte, que pode ser observado de três maneiras: pessoal, oficial e tipicamente. Visto pessoalmente - Ele se caracterizou pela sabedoria e maldade; dotado de grande intelecto, muito fraco em matéria de ética. Sua mente e sua moral não ocupavam o mesmo nível. Visto oficialmente - Sua obra foi dupla: o desenvolvimento material do reino e a construção do templo.
Visto tipicamente - Não é difícil ver nele uma antecipação do Reino Milenar de Cristo, o Qual, após ter vencido todos os inimigos, estabelecerá paz na Terra”.
V - O REINO DIVIDIDO (975-586 a. C.) Com a morte do Rei Salomão, Israel foi dividido em duas partes, e a divisão aconteceu, principalmente, por causa da deslealdade da nação idólatra, na qual dominava o pecado, de ambos os lados, o que culminou com o castigo de Israel, sendo levado para a Assíria (721 a.C.) e Judá (586 a.C.), para o cativeiro na Babilônia. Enquanto o autocrático e sábio Salomão e seus conselheiros mantiveram o controle, as várias tendências rebeldes não ousaram se manifestar; porém, logo que ele faleceu, veio a catástrofe. A divisão do reino em duas partes desiguais teve como principal causa o adultério e a idolatria de Salomão. Por ter-se afastado da adoração ao Deus verdadeiro, o castigo prosseguiu: “Assim diz o Senhor a Salomão: Pois que houve isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que te mandei, certamente rasgarei de ti este reino, e o darei a teu servo. Todavia nos teus dias não o farei, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o rasgarei; porém todo o reino não rasgarei; uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi, e por amor a Jerusalém, que tenho escolhido” (1 Reis 11:11-13). Então, a divisão foi decretada por Deus como castigo sobre a casa de Davi, por causa da idolatria de Salomão, quando importou suas esposas de nações pagãs e, assim, ter espalhado este contágio por todo o seu povo. Quando o reino foi desdobrado em suas partes, as tribos gêmeas de Judá e Benjamim formaram o Reino de Judá, sob a liderança de Roboão e seus sucessores, enquanto as 10 tribos, sob a liderança do usurpador Jeroboão, filho de Nabate, e seus sucessores, formaram o Reino de Israel, conforme predito pelo profeta Aías (1 Reis 12:15. Ver 1 Reis 12; 18; 2 Crônicas 10-28). A história dos 39 reis é entregue, a fim de mostrar à humanidade a certeza do cumprimento das promessas e ameaças divinas e, especialmente, que a justiça exalta uma nação, enquanto o pecado a conduz à destruição (Levítico 26:31; 2 Reis 25:9). Uma olhada nos dois reinos, separadamente, mostra como diferiam materialmente. O Reino do Norte (Israel), com suas dez tribos, era, portanto, mais poderoso que o Reino do Sul (Judá). Contudo, este último era espiritualmente mais firme que o primeiro. Por isto, as dinastias do Norte eram de pouquíssima duração, sendo atacadas por forças revolucionárias. Por outro lado, o pequeno, e muitas vezes invadido Reino de Judá, fielmente ligado à linhagem real de Davi, embora caracterizado por perigosas crises e vários governantes indignos, possuía uma ligação espiritual, a qual mantinha o povo unido. O forte ministério de Isaías pode ser enfocado sob este prisma.
VI - O REINO DE JUDÁ (975-586) O Reino de Judá perdurou quase 400 anos, sob 20 reis, de Roboão até Zedequias,
muitos dos quais foram piedosos. Para comparação e contraste entre os dois reinos e seus reis, dirigimos ao leitor nossas observações introdutórias e conclusivas dos acontecimentos sobre o Reino de Israel. Jerusalém era o centro do Reino do Sul (Judá), tendo sido destruído pelos caldeus, sob Nabucodonosor, quando o principal do povo foi levado cativo para a Babilônia. Os profetas associados ao longo período deste reino foram: Isaías, Jeremias, Joel, Sofonias, Miquéias, Naum e Habacuque. As profecias destes homens de Deus foram totalmente cumpridas e nos dão a certeza de que profecias, como aquelas falando dos mortos, dos grandes e pequenos sendo julgados diante de Deus, cada um segundo as suas obras, serão ainda cumpridas (2 Pedro 3:11-14; Apocalipse 20:12).
A - Roboão - (1 Reis 12:20-24; 14:21-31; 2 Crônicas 11:12). B - Abias - (1 Reis 15; 2 Crônicas 13). C - Asa – (1 Reis 15:9-15; 2 Crônicas 14-16). D - Jeosafá - (1 Reis 22:2-33; 41-50; 2 Crônicas 17-21:3). E - Jeorão - (2 Reis 8:16-24; 2 Crônicas 21). F - Acazias - (2 Reis 8:25-29; 2 Crônicas 22:1-9). G - Joás - (2 Reis 11:21; 2 Crônicas 22:10; 24:27). H - Amazias - (2 Reis 14; 2 Crônicas 25). I - Uzias - (2 Reis 15; 2 Crônicas 26; Isaías 6). J - Jotão - (2 Reis 15:32-38; 2 Crônicas 27). K - Acaz - (2 Reis 16; 2 Crônicas 28; Isaías 7-12). L - Ezequias - (2 Reis 18-20; 2 Crônicas 29-31; Isaías 26-39). M - Manassés - (2 Reis 21:1-9; 2 Crônicas 33:1-9). N - Amom - (2 Reis 21:18-26; 2 Crônicas 33:21-25). O - Josias - (2 Reis 22-23:30; 2 Crônicas 34-35). P - Jeocaz - (2 Reis 23; 2 Crônicas 36). Q - Joaquim - (2 Reis 23:35 - 24:7; 2 Crônicas 36:5-8; Jeremias 22:18-21; 25). R - Jeoiaquim - (2 Reis 24:8-16; 2 Crônicas 36:9,10; Jeremias 22:24-30; Ester 2:6).
S - Zedequias - (2 Reis 24, 25; Jeremias 52:9-11).
Resumindo o período coberto pelos reis de Judá, observamos os seguintes fatos: Cerca de metade dos soberanos de Judá era constituída de bons reis, o que explica a duração do Reino de Judá ter ultrapassado a do Reino de Israel. Também merece cuidadosa observação que, conforme a piedade pessoal e a fidelidade do monarca, Judá era abençoado e o país gozava de grande paz e prosperidade. O reinado mais longo foi o de Manassés, que durou 65 anos; e o mais curto foi o de Jeocaz, que durou apenas 3 meses. O Livro de Crônicas detalha especificamente o Reino de Judá, o qual foi levado para a Babilônia, uns 468 anos depois que Davi começou a reinar sobre ele; 388 anos após a apostasia das 10 tribos; 134 anos após a destruição do Reino de Israel. Os mesmo que acontece às pessoas acontece às nações e a iniqüidade é sempre a causa de sua ruína: “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus” (Salmos 9:17). A preservação e contínua preeminência de Judá e da linhagem de Davi demonstram o dedo da Providência preparando o mundo para a próxima vinda do Messias, conforme fora predito na profecia (Gênesis 49:10; Isaías 11:10). A preservação da casa de Davi também é notável, quando nos lembramos da grande maldade de muitos das famílias de Jeorão, Acazias, Acaz e Amom.
VII - O REINO DO NORTE (975-721 a.C.) O Reino de Israel, formado por 10 tribos, as quais haviam se revoltado contra o despotismo de Roboão, existiu por cerca de 260 anos, sob 19 reis, de Jeroboão até Oséias, todos eles idólatras. No final, o reino foi invadido pelos assírios, sob Salmaneser, e terminou indo para o exílio na Babilônia. O termo “Israel” é usado algumas vezes para um todo; mas, nos registros do Livro dos Reis, ele sempre fica restrito às 10 tribos de Israel. A primeira capital do Reino do Norte foi Siquém, depois Samaria. Resumindo as histórias dos Reinos do Norte e do Sul, o Dr. William Graham Scroggie observa os seguintes fatos:
* No Reino do Sul, houve apenas uma dinastia - a davídica, enquanto no Reino do Norte houve dezenove dinastias. No Sul, alguns dos governantes foram bons, alguns instáveis e outros maus; mas, no Norte todos foram maus.
* No Sul, houve três reavivamentos religiosos, nos reinados de Jeosafá, Ezequias e Josias; no Norte, nenhum reavivamento. * As tribos do Sul foram levadas por Nabucodonosor para o cativeiro na Babilônia; as tribos do Norte, por Salmaneser, para o cativeiro na Assíria. * Os poderes estrangeiros que entraram em conflito com o Sul ou com o Norte, nesse período, foram a Assíria, o Egito, a Babilônia e a Síria. Os profetas para Israel foram Jonas, Amós, Oséias e Miquéias.
Lista dos monarcas do Reino do Norte: 01. - Jeroboão I (1 Reis 11:26-40; 12:14; 20; 2 Crônicas 10-11:16; 12:15; 13:3-20) 02. - Nadabe (1 Reis 14:20; 15:25-31). 03. - Baasa (1 Reis 15:27; 16:7) 04. - Elá (1 Reis 16:5-14) 05. - Zinri (1 Reis 16:9-10) 06. - Onri (1 Reis 16:16-28; Miquéias 6:16) 07. - Acabe (1 Reis 16:29; 22:40; 2 Crônicas 18) 08. - Acazias (1 Reis 22:51; 2 Reis 1:18) 09. - Jorão (2 Reis 1:17; 6; 9) 10. - Jeú (2 Reis 9:10-36; Oséias 1:4) 11. - Jeocaz (2 Reis 13) 12. - Jeoás (2 Reis 13:10-25) 13. - Jeroboão II (2 Reis 14:23-29; Amós) 14. - Zacarias (2 Reis 14:29; 15:8-12) 15. - Salum (2 Reis 15:13-15) 16. - Menaém (2 Reis 15:16-22) 17. - Pecaías (2 Reis 15:23-26) 18. - Peca (2 Reis 15:25, 27-38)
19. - Oséias (2 Reis 15:30; 17)
Conclusão: A maior parte da Bíblia é dedicada ao assunto dos reis e reinos. Observar a degeneração dos reinos, mesmo daquele que teve uma linhagem correta, é ter em mente que somente uma pessoa é qualificada, eminentemente, para ser REI - e essa Pessoa é o Senhor Jesus Cristo (Filipenses 2:9-11; Apocalipse 19:16).
O ADIAMENTO DO REINO Introdução - “Tem sido demonstrado que o Reino de Deus está completamente ausente da cena - de Adão até Cristo - e que o Reino do Céu existiu desde a pessoa de Adão até a descendência pessoal de Abraão; depois para uma nação (Israel), quando a coroa foi arrebatada sob a liderança de Conias (Jeremias 22), para não mais aparecer. Quando João Batista andou pelo deserto, espalhando sujeira e poeira de suas sandálias, já não havia o Reino do Céu (literal), na Terra, nem ainda o Reino de Deus (espiritual). Tudo que existia era um bando de pervertidos líderes religiosos, imersos na mitologia babilônica, vestindo longas vestes, gozando o título de “Pais”, levando Israel a crer que o único Reino que iria vir (se ele viesse) seria o literal, visível, messiânico e davídico Reino Judaico do Céu! Nem sequer um entre dez destes sacerdotes e fariseus, amantes da tradição, vestidos de longas vestes, dizimistas, jejuadores, e parceiros de cama se lembrou (ou tentou se lembrar) de que descendiam todos de Adão, bem como do “Pai Abraão”. Adão foi um homem espiritualmente morto, que havia perdido a imagem de Deus, produzindo, portanto, uma raça de rejeitadores da Bíblia, de odiadores da verdade, de assassinos religiosos” (Ver Efésios 2:1; Mateus 23:9-36; João 9). (Dr. Peter Ruckman). O judeu tinha todo o direito de esperar que o Reino de Davi fosse restaurado (Ele tinha mais de 1.500 versos no Velho Testamento com esta promessa); porém, ele esqueceu a pregação dos profetas, a qual trata da retidão moral, que acompanha o reino (Ver Zacarias 6:13; 8:16-17; Malaquias 3:5; Ageu 1:6-9). Por isso, a primeira coisa que Jesus fez, na abertura oficial do Seu ministério, foi se sentar (Mateus 5-7) para enfatizar os princípios de retidão moral que devem ser adotados pelos judeus, antes que seja estabelecido um “Reino, tanto na Terra como no céu”.
I - QUALIFICAÇÕES DE CRISTO PARA GOVERNAR (Isaías 9:6-7). A - Sua Imagem - O Rei que Se apresenta é o “Leão da Tribo de Judá” (Gênesis 49). Ele tem todas as qualificações para ocupar o trono de Davi. Nasceu na cidade de Davi; Sua mãe é descendente de Davi; Seu pai adotivo é da linhagem de Jeconias. Contudo, Ele nasceu de uma virgem e, por isso, não foi incluído na descendência de Jeconias
(filho de Jeoiaquim e neto do Rei Josias - 1 Crônicas 3:16).
B - Sua Vitória Sobre Satanás - Satanás não tem poder apenas sobre os reinos do mundo, por causa do reino de Israel (Jeremias 22), mas tem também o poder sobre a morte (Hebreus 2:14), por causa de sua vitória sobre Adão. Quando ele tentou Cristo, no Monte da Tentação, viu que estava enfrentando um inimigo invencível. O sangue de Cristo não é sangue humano. Tendo em vista que “a vida de toda carne é o seu sangue” (Levítico 17:14) e Sua vida é a vida eterna (1 João 5:20), então Ele tem “o sangue de Deus” (Atos 20:28). Quando este Homem morre, Sua morte precisa ser uma doação voluntária de Sua vida (João 10:18). Ele é diferente de Abraão, de Davi, de Uzias ou de Jeoiaquim. Quando era um Querubim ungido sobre o trono (Ezequiel 28:9-16), Lúcifer desejou adoração. Sua esfera é proeminentemente religiosa; ele não é ateu. Sendo um “deus deste século” (2 Coríntios 4:4), ele quer ser adorado, até mesmo pelo Filho de Deus: “E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. (Mateus 4:9). Jesus não deseja outra coisa, além de fazer a vontade do Pai (João 4:34; 5:19,30; 6:38; Hebreus 10:5-8). Quando a tentação acabou, Jesus desceu do Monte com duas coroas intactas, brilhando - a do Reino de Deus e a do Reino do Céu. Como Rei sobre o Reino do Céu, Ele terá o encargo de dirigir Israel para o cumprimento perfeito da comissão original concedida a Adão, de frutificar e encher a Terra. Como Rei sobre o Reino de Deus, Ele poderá restaurar a imagem perdida por Adão, a fim de que haja uma raça que possa cumprir as exigências divinas, para a entrada no vasto reino universal e celestial, destinado a preencher todo o espaço exterior.
C- Sua Obra - As obras de Jesus não apenas incluíram uma variedade de milagres jamais antes operados, os quais deveriam convencer os judeus (1 Coríntios 1:22), como o Seu ensino seguiu exatamente a linha dos profetas que vieram antes Dele. Em vez de reunir tropas, de armar milícias e de invocar fogo contra Roma; em vez de dividir o Jordão, a fim de que todos os Seus discípulos pudessem fugir para o deserto, enquanto 12 legiões de anjos desceriam do Sinai para ajudá-Lo (Judas 5; Deuteronômio 33:2; Habacuque 3; Salmo 68), o popular Messias Se vestiu com as roupas comuns do Seu tempo, criticando os “filhos do Concerto” e a baixa validade dos concílios religiosos (Mateus 23; João 9 e Marcos 13:9).
II - O DESEJO DE ISRAEL DE ACEITAR O REI De Mateus 5 até Mateus 13, muitas admoestações são encontradas nos discursos de Jesus, todas elas tendo caído em ouvidos moucos. Aqui e ali, uma ou duas pessoas (num total de umas 600 em Seus três anos de ministério) creram Nele e receberam Sua missão e mensagem, crendo Nele como o Messias. Para os demais e para os líderes judeus, as verdades de Sua primeira vinda foram ignoradas. Todos esperavam que
aparecesse um rei usando uma Coroa.
A - Quatro mulheres gentias da linhagem real (Mateus 1:3-7). B - Três reis gentios vêm vê-Lo (Mateus 2:2). C - A ancestralidade abraâmica nada vale (Mateus 3:9). D - O direito legal incapaz de contar (Mateus 5:20). E - A justiça de Deus mencionada em conexão com o Reino de Deus - não o Reino do Céu (Mateus 6:33). F - O Reino do Céu incluindo também os gentios e não somente os judeus (Mateus 8:11-12). G - Demonstrações da Graça, tomando agora o lugar das restrições da Lei (Mateus 9:10-13). H - Censura contra as cidades judaicas, comparando-as desfavoravelmente com as cidades gentílicas (Mateus 11:20-24). I - Admoestações de que as observâncias cerimoniais da Lei do VT têm apenas significação legal a elas conectada. (Mateus 12:4-9). J - Admoestação sobre o fato de que não apenas os gentios vão obedecer a mensagem do Rei melhor do que os judeus (Mateus 12:40-42), como ainda confiarão no Salvador pessoal (enviado a Israel) para os salvar dos seus pecados (Mateus 12:21).
III - A FORMA DO MISTÉRIO DO REINO Em Mateus 13, Jesus admoesta Sua audiência de que o Reino do Céu assumirá uma forma de “mistério”. A seguir, vem uma série de ensinos sobre relacionamentos morais, visto como estes afetarão o literal e visível reino terreno. Observem que, nestas sete parábolas, a consideração principal não é sobre a linhagem política do poder que foi entregue a um rei terreno sobre o reino de Davi; mas, em seu lugar, sobre as responsabilidades e exigências morais das pessoas que acham que vão entrar no Reino. (Mateus 13:15, 19, 22, 37-41, 49; 18:23, 28, 30, 33, 34; 20:13, 15; 22:6-8, 13; 25:12, 23, 26, 30, 40, 41, 46). Este ensino mistério veio por causa da rejeição oficial a Cristo (Mateus 12); e logo que Jesus saiu de casa (Mateus 13:1). Guardem em mente que Jesus nunca foi censurado por não esperar o Reino (Ver Atos 1). Àqueles que O crucificaram, até foi dada a chance de aceitarem um reino diferente, após terem-No crucificado, em vez do tempo indefinido que iria preceder a vinda do Reino do Céu, pelo qual eles estiveram esperando (Atos 3:19-26; 3:17; Lucas 23:24; 1 Coríntios 2:7-8).
“Vejamos: os líderes de Israel cometeram, em 35 d.C., um erro tão grande como o erro dos seus sucessores - os católicos romanos, em 335 d.C. e em 1963. Esse erro foi pensar que todos precisavam de um líder ‘como todas as nações que os rodeavam’. Este foi o mesmo erro cometido 1.000 anos antes, conforme Samuel 8:5, 20. O mesmo erro que a Alemanha cometeu em 1930-1945; o mesmo erro que todo indivíduo e nação comete, quando pensa que algum reino na Terra pode ser trazido sem a restauração da imagem original de Deus. Esta imagem é a do próprio Filho de Deus (2 Coríntios 4:4) e a única maneira do homem receber esta imagem na Terra é quando ele ‘nasce de novo” pelo Espírito Santo (João 1:11-12). Cristo não pode produzir Sua imagem em pessoa alguma, sem que ela morra primeiro (João 12:24); pois, como pode um Espírito Santo, sem pecado, entrar num homem decaído e pecador, mesmo no modo de falar, até que, pelo menos, um Homem tivesse vivido vida santa e sem pecado? (Romanos 3:2426). Esse Homem sem pecado é apresentado em Mateus 13. A vida está ali. O Rei está ali. Ambos os Reinos se encontram à mão e, exatamente quando parece que as coisas estão se encaminhando para um final feliz, Jesus adverte que um Reino do Céu físico, literal e visível vai entrar num estágio indiscernível para os judeus e, até que tal aconteça (Lucas 19:11), os judeus terão apenas o Reino de Deus, com o qual poderão tratar (Lucas 17:20). Existem duas respostas para esta admoestação: a nação de Israel tropeça nas parábolas, achando que nenhum Reino santo e moral precisa acompanhar o esperado Reino do Céu; e que ele está se espalhando sem a restauração e a preeminência da nação à qual ele foi dado! Mateus 13 é o local para todos os rejeitadores da Bíblia judeus e gentios - desenvolverem uma psicose teológica, como todos fazem” (Dr. Peter Ruckman).
OS DIAS DOS PROFETAS Introdução - Os profetas foram os grandes heróis... especialistas na demolição da teocracia do VT. Eles trovejaram de todas as maneiras, bombardeando os inimigos, até que estes dessem cabo deles (Mateus 23:35) ou que eles precisassem fugir para escapar com vida (1 Reis 22:35). Devemos acreditar nos profetas de Deus, a fim de podermos prosperar (2 Crônicas 20:20) e certamente deveríamos distinguir um profeta de Deus (Deuteronômio 18:22) de um profeta do Diabo (Jeremias 28:9, 14-16, 21, 25-26 e 28). A maioria dos profetas era constituída de contemporâneos dos reis que já estudamos na lição anterior. Oséias, Miquéias, Amós, Elias e Eliseu profetizaram para as tribos do Norte. Isaías, Jeremias, Joel, Obadias, Naum, Sofonias e Habacuque, proclamaram a mensagem de Deus em Judá. Ezequiel e Daniel profetizaram durante o tempo do cativeiro na Babilônia. Ageu e Zacarias pregaram a verdade durante o tempo de Esdras e Neemias, quando o remanescente obteve permissão para regressar a Jerusalém. Malaquias fica sozinho, por ter escrito, provavelmente, em algum tempo após o regresso.
Junto com uma variedade de mensagens contemporâneas escritas para Israel e Judá, vamos descobrir, quando estudamos os profetas, que:
01. - Isaías aponta para a mesma Pessoa que sofrerá e morrerá pelos pecados e, contudo, governará a Terra. 02. - Jeremias é um clássico dos santos da Tribulação os quais vão sofrer, antes da Segunda Vinda. 03. - Ezequiel profetiza contra as nações gentias do passado, presente e futuro. 04. - Daniel dá um esboço profético para os próximos 2.500 anos, o qual tem sido absolutamente correto, sem o menor deslize. 05. - Oséias coloca ênfase sobre o arrependimento e restauração de Israel, na Segunda Vinda. 06. - Joel coloca ênfase na Batalha do Armagedom, na Segunda Vinda. 07. - Amós dá a rota da Segunda Vinda e a natureza dos castigos, que vão cair sobre outras cidades, além de Jerusalém. 08. - Obadias aponta o fato de que Edom será o local do Lago de Fogo, no Milênio. 09. - Jonas permanece na Bíblia como um dos maiores tipos de um judeu durante a Tribulação, chamado para testemunhar aos gentios (Apocalipse 7). 10. - Miquéias compara a Primeira Vinda com a Segunda Vinda. 11. - Naum trata de Nínive como um tipo de Babilônia, mostrando as condições que prevalecerão na Segunda Vinda. 12. - Habacuque coloca ênfase no governo da Segunda Vinda. 13. - Sofonias coloca ênfase na natureza negativa da Segunda Vinda. 14. - Ageu tipifica a construção do Templo, que deve acontecer dentro de vinte anos. 15. - Zacarias compara as duas Vindas, dando os detalhes dos eventos, após o Armagedom. 16. - Malaquias dá as admoestações finais que precedem a Segunda Vinda.
I - O PROPÓSITO DOS PROFETAS
A - Pregar o Arrependimento - Não é coincidência termos lido que, durante o tempo dos profetas, o povo de Deus vivia em pecado. Historicamente, um dos primeiros deveres dos pregadores de Deus foi identificar e clamar contra o pecado. B - Proclamar as Mensagens da profecia - Através de livros, como Daniel, as nações foram categorizadas e identificadas, anos antes de existirem. Reis foram nomeados antes do nascimento. Contudo, as maiores proclamações foram dirigidas, principalmente, às duas Vindas de Cristo e ao Seu Reino. A Tribulação, Segunda Vinda e o Milênio ocupam grande espaço nos profetas. C - Para Lembrar a Restauração - Existem mais de 1.500 versos no Velho Testamento que apontam para o Reino e sua restauração. A maioria destes aparece nos profetas.
II - A MENSAGEM DOS PROFETAS O modelo clássico de um profeta do Velho Testamento: A - Ele jamais pregava revolução como um meio de desalojar a ordem social “estabelecida”. B - Ele era um forte segregacionista, que se opunha a todo tipo de integração religiosa. C - Ele mostrava o coração pecaminoso do homem como sendo a fonte de todos os “ais” da humanidade - não o sistema econômico. D - Ele não era sonhador e jamais perdia cinco minutos pregando uma “duradoura paz na Terra”, a não ser a do Reino Milenar de um Messias judeu, em Israel”. E - Todas as suas mensagens se embasavam num conceito bíblico sobre Deus e Sua Santidade. Ele nada sabia sobre “valores relativos”, “ética da situação”, “mudanças culturais”, etc. F - Ele enfatizava a IRA e o castigo divino contra indivíduos e nações, os quais imaginavam que Deus concorda com tudo. G - Ele tinha absoluta capacidade de predizer corretamente os eventos futuros, até 2.000 anos após sua morte.
A IDADE APOSTÓLICA, À LUZ DE UM REINO PENDENTE
I - A MENSAGEM DO REINO E OS SINAIS QUE A ACOMPANHAM Quando Natanael exclamou: “Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel!” (João 1:49), Jesus não recusou o título. Quando Jesus começou o Seu próprio ministério, Sua mensagem foi a mesma de João Batista: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus” (Mateus 4:17). O arrependimento aqui exigido era o “arrependimento nacional”. As Escrituras do Velho Testamento ensinam claramente que o Reino Messiânico não pode ser estabelecido, antes que a nação de Israel se arrependa. Em Mateus 4:23, lemos: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino”. Conquanto Sua pregação fosse acompanhada de “sinas e curas físicas”, em nenhuma parte somos ensinados que o “Evangelho do Reino” tenha algo a ver com a salvação da alma e, como ele terá de ser pregado novamente, após o Arrebatamento da Igreja, para testemunho a todas as nações; que chegou o tempo de estabelecer o Reino; a inferência é que o “Evangelho do Reino” nada tem a ver com “salvação’, sendo apenas um anúncio de que o “Reino Messiânico” está disponível. Quando Jesus enviou os Doze discípulos, Ele lhes ordenou: “dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:5-8). Observem que Suas obras se limitavam a realizar os “sinais do Reino”, o que nada tem a ver com a salvação da alma, mas com o “Evangelho do Reino”. Além disso, o “Evangelho da Salvação” é para o mundo inteiro, enquanto os discípulos foram proibidos de pregá-lo a quem não pertencesse à “casa de Israel”; ou seja, eles deveriam pregar somente para os judeus. Que os discípulos estavam esperando estabelecer um reino terreno visível é evidenciado pelo pedido de Tiago e João a Jesus: “Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda” (verso 37 da narrativa de Marcos 10:35-41). Se não houvesse a possibilidade de um reino terreno, Jesus teria retirado essa idéia de suas mentes; mas, Ele a confirmou, dizendo: “Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado” (Mateus 20:23).
II - OUTRAS POSSIBILIDADES A - Os judeus – Mas, alguém pode indagar: “O que teria acontecido aos judeus, como nação, se eles tivessem se arrependido e aceitado Jesus como Rei. Será que o Reino Messiânico teria sido estabelecido?” Certamente, porém não tão rapidamente; pois, algumas profecias do Velho Testamento, sobre a morte e ressurreição de Jesus, precisam ser cumpridas. Jesus precisava morrer pela redenção da raça humana, antes de assumir o Seu ofício de Rei [N.T.: E a Escritura não pode ser anulada, segundo João 10:35]. Isso poderia ter-se cumprido através do governo romano, se ele prendesse e crucificasse Jesus, como usurpador; e com a Sua ressurreição e ascensão, a 69ª. semana de Daniel teria sido concluída e a 70ª. semana seria iniciada sem interrupção; e no final da mesma, Jesus desceria para estabelecer o Seu Reinado terreno.
B - A IGREJA - Então, vocês perguntam: “E a Igreja? Se foi o propósito de Deus formar a Igreja (Efésios 1:4), como poderia ela ter sido formada, sem uma interrupção, ou brecha, entre a 69ª. e a 70ª. semana de Daniel, com uma oferta “bona fide” de um reino terreno a Israel”? Esta é uma pergunta hipotética, embasada na suposição de que algo pudesse ter acontecido sem a previsão divina, como se Deus não fosse Onisciente para antever claramente o futuro. O conhecimento antecipado de Deus de que a nação de Israel não iria dar atenção ao anúncio de que o “Reino do Céu” estava à mão, para se arrepender, não anula a sinceridade do anúncio, do mesmo modo como a oferta de salvação por um pregador do Evangelho, a uma audiência de pecadores, no qual essa audiência tem toda confiança, muitas vezes é rejeitada, mesmo sendo uma oferta “bona fide”.
III - A RECONCILIAÇÃO O plano e propósito de Deus, em todas as eras, está embasado no Seu conhecimento antecipado. Se Deus não tivesse previsto que os judeus iriam rejeitar o Rei e, portanto, o Reino, Ele teria planejado a formação da Igreja em algum outro tempo, além desta dispensação atual. Como a Igreja deveria ser comprada pelo precioso sangue de Cristo (Atos 20:28; 1 Pedro 1:21), foi necessário que Jesus fosse rejeitado e crucificado e isso pela Sua própria nação, pois o profeta Zacarias havia profetizado que os judeus iriam olhar para Aquele “a quem traspassaram” (Zacarias 12:10). Mas, o conhecimento antecipado de Deus não exigia nem obrigava a nação judaica rejeitar Jesus, não mais que o conhecimento antecipado de que os judeus iriam traí-Lo e pedir a Sua crucificação. A possibilidade da Igreja ser povoada pelo arrependimento da nação judaica não entra no “plano de Deus”, o Qual previu a recusa de Israel em aceitar Jesus como Rei e que Israel não iria se arrepender, até que a Igreja fosse formada e arrebatada deste mundo. Ao expor as Escrituras, não tomamos algo que pertença a uma “passada” e a uma “futura” dispensação, para colocá-lo na dispensação “presente”. Por exemplo, o Reino. A dispensação passada e a futura têm algo a ver com o Reino, numa “organização política” exterior, visível e mundial. E deve ser estabelecida na Terra (Daniel 2:44). Ao mesmo tempo, a “Igreja” é um “organismo espiritual” invisível e celestial, a qual deve ser arrebatada (1 Tessalonicenses 4:16-17). O Reino foi preparado desde a fundação do mundo (Mateus 25:34). A Igreja foi escolhida Nele, antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). Nesse caso, a Igreja não é o Reino.
A CONCLUSÃO DA ERA APOSTÓLICA A era apostólica chegou ao fim, junto com a cessação dos sinais apostólicos. Quando estudamos o Livro de Atos, descobrimos que Deus foi, paulatinamente, extinguindo os sinais, em um após outro local, onde os judeus iam rejeitando a
mensagem (Jerusalém - Atos 7; Ásia Menor - Atos 13:45-46; Europa Central - Atos 18:6; Roma - Atos 28:28). Na 1 Coríntios 1:22, os judeus pediam sinais; mas, quando Paulo chegou ao final do seu ministério, ele declarou: “Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam”. (Romanos 10:12). A essa altura, Paulo já nem pôde curar o amigo Trófimo (2 Timóteo 4:20), no final do seu ministério.
A ERA DA IGREJA Introdução - Somente a partir de Atos 8, é que qualquer homem escuta a respeito da morte de Cristo, como uma reparação pelo pecado. Somente em Atos 9, é que um homem descobre que Cristo habita no corpo do cristão. Somente em Atos 10, Pedro desperta para o fato de que o batismo na água não é necessário para a salvação. A comissão em pauta é: “Nunca se preocupem com o Reino literal, físico e visível, o qual algum dia vai restaurar Israel (vou restaurá-lo, mas não agora). Preocupo-Me, por enquanto, em que vocês saiam por aí, falando de Mim, dando testemunho ao seu testemunho, pois estou lhes dando poder de operar sinais e maravilhas, em Meu nome” (Atos 1, 2, 4, 15). Os discípulos saem. Eles operam os sinais e maravilhas apostólicos. Cooperando com o envolvimento doutrinário e histórico do Livro de Atos, quando ele se relaciona ao ministério e epístolas de Paulo, uma coisa fica clara: um reino espiritual está sendo pregado aos judeus e gentios e os gentios estão recebendo-o melhor que os judeus. (Atos 13, 16, 18, 28). O último verso do Livro de Atos é uma clara, didática e dogmática declaração de que, até que o Reino de Deus se torne visível na Terra, com os seres glorificados (Lucas 19:11), não existe o Reino do Céu. Paulo estava pregando o Reino de Deus sem impedimento algum (Atos 28:31), sem ninguém que o proibisse. Ele diz que este Reino deve ser de “justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17). O Reino de Deus não será um sinônimo do Reino do Céu, até que o Único que governa ambos regresse à Terra (Apocalipse 11:15; 2 Timóteo 2:12; Romanos 8:17-25). Na era atual, os dois Reinos são diferentes e um deles ainda não se encontra aqui. [N.T.: O Reino de Deus se encontra dentro dos crentes verdadeiros e o Reino do Céu vai chegar com o governo de Cristo na Terra]. O Reino do Céu é o que Roma e o Concílio Mundial de Igrejas professam controlar, liderar e difundir. Se os dois Reinos não são os mesmos, não há como “estabelecer o Reino” aqui na Terra [N.T.: Isso é Dominionismo]. Com o adiantamento do Reino, para o sétimo milênio, a Grande Meretriz (Mateus 13:33; Apocalipse 17:4), a qual tem levedado a massa com o fermento da falsa doutrina, está usurpando a posição da “Filha Virgem de Israel”, a “Filha de Jerusalém”) (Jeremias 14:17; Sofonias 3:14), garantindo que a mãe solitária já não pode dar à luz filhos (Isaías 54:1-9; 66:5-10). O adiantamento do Reino resulta nessa abominável imitação.
Por amor à clareza, vamos considerar que a Igreja não é e, depois, o que ela é, de fato
O QUE A IGREJA NÃO É A - Ela não é a continuação da “Dispensação Judaica” com outro nome Os judeus foram deixados de lado porque a “linhagem principal” deveria entrar em compasso de espera, a fim de dar passagem à Igreja. Jesus disse: “A lei e os profetas duraram até João” (Lucas 16:16). Se as Escrituras colocam Moisés e a Lei numa dispensação e Cristo e a graça na outra, devemos respeitar a ordem divina e não juntar o que Deus separou. Pelo fato de alguns organismos religiosos acreditarem que Igreja é apenas uma nova fase do que eles chamam “Igreja Judaica”, eles têm insistido num ritual cerimonial, retendo o sacerdócio, o altar, as vestes sacerdotais, etc., sem falar nos edifícios idênticos ao Templo. Eles chamam as ordenanças cristãs de “sacrifícios” e sacramentos”, chegando ao cúmulo de advogar a “Igreja Estatal”, tendo a Igreja como cabeça. Eles afirmam que todas as promessas de riqueza e glória do Velho Testamento foram transferidas dos judeus para a Igreja. Esta posição [N.T.: reconstrucionista/dominionista] não é bíblica.
B - Ela não é o Reino João Batista apareceu pregando que o Reino do Céu havia chegado; Jesus enviou os Doze e os Setenta para fazer o mesmo; mas os judeus rejeitaram o Rei e o Reino, por isso o Reino do Céu foi adiado. Segundo Lucas 19:11-27, não pode haver Reino algum, enquanto o “homem nobre”, que “partiu para uma terra remota” (verso 12), receba de volta o Seu Reino. A Igreja nunca é confundida com o Reino nas Escrituras. Ela é comparada a uma “casa” (1 Timóteo 3:15); a um “templo” (1 Coríntios 3:16-17); a um “Corpo” (1 Coríntios 12:27-31); porém, nunca ao Reino. Cristo é a cabeça da Sua Igreja (Efésios 1:22; 4:15; Colossenses 1:18), mas nunca é aqui mencionado como Rei. A relação da Igreja com Cristo é a de “noiva” (Efésios 5:23; Apocalipse 21:2, 9, 10).
O QUE A IGREJA É A - Ela é um mistério. Os profetas do Velho Testamento a descrevem em termos brilhantes. Mas, havia algo que era um “mistério” para eles e isso era o que estava no porvir, entre o sofrimento e a glória de Cristo (1 Pedro 1:9-12); ou seja, entre a cruz e a coroa. Jesus deu a entender que deveria haver algo que Ele chamou “Igreja”, mas não disse quando ela iria aparecer e a que ela iria se assemelhar (Mateus 16:13-20) [N.T.: Antibíblica é a declaração dos papistas, que dizem que Cristo fundou a Igreja sobre
Pedro, o qual teria sido primeiro papa... E dos “evangélicos emergentes”, que se julgam donos da mesma, querendo dominar o mundo através do seus apóstolos e profetas].
O “Mistério da Igreja” foi primeiro revelado a Paulo “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi.” (Efésios 3:1-3).
O MISTÉRIO “O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito... que” (Ef 3:5)
Os gentios “são co-herdeiros” (verso 6). O mesmo corpo “De um mesmo corpo e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho” (Ver Efésios 3:1-11).
Vemos aqui que a Igreja era desconhecida pelos patriarcas do Velho Testamento. Que os gentios deveriam ser salvos não era mistério algum (Romanos 9:24-30). O mistério era que Deus iria criar um organismo inteiramente novo, composto de judeus e gentios, o qual seria chamado “Igreja”.
A IGREJA B - Ela é um corpo chamado para fora (Ekklesia) Conquanto Israel seja também “um corpo chamado para fora”, ele é um “corpo nacional”, exclusivo aos descendentes de Abraão. A Igreja é um corpo internacional, composto de todas as raças e nações. Que Israel e a Igreja são distintos e separados, não podendo ser misturados, está claro pelo fato de que sua “eleição” aconteceu em datas diferentes. A eleição da Igreja antecipa a “eleição” de Israel, o qual foi escolhido em Abraão, desde a fundação do mundo (Mateus 25:34), enquanto a Igreja foi escolhida antes da fundação do mundo (Efésios 1:4-6). Israel foi criado para
trazer a semente física, enquanto a Igreja foi criada para trazer a semente espiritual.
C - A Igreja é o “Corpo de Cristo” O fato de que a Igreja é um corpo formado de membros vivos, mostra que ela não é uma “organização”, mas um “organismo”. Uma organização é construída com as unidades distintas, como portas, janelas, telhado, pisos, etc., de um edifício, partes que podem ser removidas e substituídas, sem danificar a integridade do edifício. O corpo humano é um organismo, do qual não se pode remover um olho, um braço, um pé e até mesmo um dedo, sem que ele seja danificado e sua integridade destruída. Sendo também um corpo ligado a Cristo, a Igreja não pode morrer, do mesmo modo como um corpo morto não pode ficar ligado a uma cabeça viva; e Cristo, o Cabeça da Igreja, não mais pode morrer, segundo Apocalipse 1:18: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”. Isso quer dizer que “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses 3:4). Cristo não apenas deu Sua vida pela Igreja como a deu para a Igreja. Mas, por que a Igreja é chamada “Corpo de Cristo”? Porque o corpo serve para manifestação da personalidade. Uma pessoa pode existir sem um corpo físico, entre a morte e a ressurreição do corpo; mas, a alma existe independente de um invólucro físico. Embora essa existência não possa ser manifestada. Nesse caso, a única maneira de Cristo - já na glória - manifestar-Se ao mundo é através do Seu corpo - a Igreja. A única maneira de vermos Cristo hoje, neste mundo, é através dos crentes verdadeiros, o Seu Corpo. Foi, provavelmente, isso que Paulo quis dizer com Filipenses 1:21: “para mim o viver é Cristo”. Paulo quis viver no mundo, de modo que este pudesse ver em sua vida o próprio Cristo.
A TRIBULAÇÃO Introdução - A ênfase da Bíblia na era da Igreja não está sobre o homem, mas sobre UM HOMEM, o Homem-Deus manifestado em carne, o Senhor Jesus Cristo. A ênfase da Tribulação também está sobre um homem, o qual será Satanás manifestado em carne - o Anticristo. Na 1 Timóteo 3:16, Cristo é tratado como “o mistério da piedade”, isto é, Deus manifestado em carne. Como foi que Ele Se “manifestou em carne?” Tendo nascido de Maria (que era virgem), por obra do Espírito Santo, porque Ele era o Filho de Deus (Lucas 1:35). Na 2 Tessalonicenses 2:7, o Anticristo é mencionado como “o mistério da
iniqüidade”. Como Cristo nasceu de uma virgem, por obra do Espírito Santo, do mesmo modo, o Anticristo deve nascer por obra de Satanás. Então, Gênesis 3:15 se torna absolutamente claro: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. A semente da mulher foi Cristo e a da serpente, o Anticristo. Quando comparamos, diligentemente, Escritura com Escritura, podemos ver que o Anticristo não será outro, senão Judas Iscariotes. Consideremos os seguintes fatos: 1. - Jesus disse que Judas é um diabo (João 6:70-71). 2. - Jesus o chamou “filho da perdição” (João 17:12). 3. - Paulo se refere ao Anticristo como o “filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2:3). 4. - Perdição é um lugar (Apocalipse 17:8, 11). 5. - Judas foi para o seu próprio lugar (Atos 1:25). 6. - Conforme Apocalipse 17:8, a besta, ou anticristo é alguém que... *foi *não é (quando João estava escrevendo) *há de subir do abismo *irá à perdição.
I - O CARÁTER DO ANTICRISTO Ele será um homem “complexo”. Será alguém que abraçará em seu caráter as habilidades e poderes de Nabucodonosor, de Xerxes, de Alexandre o Grande, e de César Augusto. Ele terá o admirável dom de atrair os homens não regenerados e a irresistível fascinação de sua personalidade, suas versáteis conquistas, sua sabedoria sobre-humana, sua grande habilidade administrativa e executiva, aliadas ao seu poder de consumado lisonjeador, brilhante diplomata, e soberbo estrategista, que vão torná-lo o homem mais notável e importante. Todos estes dons serão conferidos por Satanás à sua ferramenta humana transformada em super-homem. O Anticristo vai posar de grande humanista, amigo dos homens e, principalmente, dos judeus, a quem ele vai convencer que vai deslanchar a “era de ouro” prevista pelos profetas e, por isto, os judeus vão recebê-lo como o Messias. Ele vai ludibriar a humanidade com uma forte ilusão e com um sucesso jamais vistos. Quando ele for assassinado e ressuscitar, não terá perdido nenhum dos seus poderes e ainda terá sido incorporado com todos os tipos de maldade e blasfêmia (Ver Daniel 7:25; 8:25; 2 Tessalonicenses 2:3-9). Pelo fato de vir em paz, ele é retratado sobre um cavalo branco (Apocalipse 6), imitando
Cristo, que vem montado num cavalo branco, em Apocalipse 19.
II - O REINADO DO ANTICRISTO Ele vai reinar durante sete anos, ou seja, durante a 70ª. semana de Daniel 9:27: “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”. Após o Arrebatamento da Igreja, os judeus não convertidos serão reunidos e levados de volta à sua terra. Nesse tempo, dez entre as nações que ocupam o antigo Império Romano (hoje União Européia) vão formar uma confederação política/eclesiástica. Entre os dez reis destas nações, vai surgir o Anticristo. Ele depressa vai provar que é um grande governante e vai se tornar o presidente dessa Confederação. O seu governo vai ser uma espécie de Monarquia Democrática. O seu presidente vai fazer uma aliança com o povo judeu, a qual pode ser no sentido de lhe devolver a própria terra. Qualquer que seja o caráter dessa aliança, ela será, conforme diz Isaías 28:15: “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos”. Durante três anos e meio, o presidente da Confederação vai cumprir a aliança feita. Depois, ele vai quebrá-la. Durante o restante do seu reinado, ele iniciará uma tremenda perseguição contra os judeus, na Grande Tribulação. Em Apocalipse 13:3, lemos que uma das sete cabeças ou reis recebeu uma ferida mortal. Não está claro quem será. Supõe-se que seja a última, pois a besta tem todas as suas cabeças, antes de receber a ferida mortal. Em Apocalipse 17:11, o Anticristo é chamado “a besta, que foi, não é, há de subir do abismo e irá à perdição”. A melhor explicação para esta passagem é que o Anticristo quem irá receber essa “ferida mortal”, provavelmente da mão de um assassino. E quando o seu corpo estiver sendo preparado para o sepultamento, ele ressuscitará da morte (Apocalipse 13:14), numa imitação da ressurreição de Cristo, o que levará a Terra inteira a “se maravilhar após a besta”. Isto fará crescer o seu prestígio e poder. Se tal acontecer na metade da 70ª semana de Daniel, quando o dragão for expulso do céu, haverá grande chance deste se apossar do Anticristo, pois, antes de receber a ferida mortal, ele era dócil e amável. Após a sua ressurreição ou restabelecimento, ele vai se tornar demoníaco, em vista da encarnação do Dragão nele. Nesse tempo, ele vai quebrar a aliança feita com os judeus e vai profanar o Templo, colocando ali a “abominação de desolação”, ou seja, um ídolo desse mesmo “desolador”.
III - O PROFETA DO ANTICRISTO Satanás é “o deus deste século” (ou Era) (2 Coríntios 4:4). Como deus deste século, ele vai querer imitar Deus. Assim como Deus enviou o Seu Filho (Jesus) ao mundo, Satanás enviará o Anticristo. Assim como Deus estava em Cristo, Satanás vai estar
também, encarnado no Anticristo.
A - Cristo tem uma Igreja - a Ekklesia; o Anticristo também tem uma igreja - a sinagoga de Satanás (Apocalipse 2:9 e 3:9). B - Cristo tem uma Noiva, a Igreja (Efésios 5:25-27); o Anticristo terá uma noiva - a “Mística Igreja Prostituta” (Apocalipse 17:1-16), [N.T.: emergindo, atualmente, imitando a igreja primitiva, com os seus falsos apóstolos e profetas]. C - Cristo tem uma taça - “O cálice do Senhor” (1 Coríntios 10:16 e 11:25); o Anticristo tem o “cálice dos demônios” (Idem, 10:21). D - O ministério terreno de Cristo perdurou três anos e meio. Satanás vai reinar no Anticristo pelo mesmo espaço de tempo. E - Cristo morreu aos 33 anos de idade; pode ser que o mesmo aconteça ao Anticristo, em cuja idade morreu Alexandre o Grande, “o grande chifre” do bode. F - A Divindade é uma Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O propósito de Satanás, o deus deste século, é se manifestar numa trindade satânica, com três personagens: 1. o dragão - o anti-Deus; 2. a besta - o Anticristo; 3. o falso profeta - o Anti-Espírito. O Anticristo deve ser um rei, para governar sobre um reino. Ele vai aceitar o reino deste mundo, o qual Satanás ofereceu a Cristo e Cristo recusou (Mateus 4:8-10). Ele vai se exaltar a si mesmo, afirmando que é Deus (2 Tessalonicenses 2:4). O falso profeta não será um rei; ele não se exaltará, mas exaltará a primeira besta (o Anticristo). Sua relação com a primeira besta será a mesma do Espírito Santo com Cristo. Ele vai levar a Terra e os que nela habitam a adorar a besta. Ele terá também o poder de doar a vida, imitando, assim, o Espírito Santo. Assim como os seguidores de Cristo são selados com o Espírito Santo para o dia da redenção (Efésios 4:30), também o Anticristo será selado pelo falso profeta para o dia da perdição. (Apocalipse 13:16-17). O falso profeta será um grande “operador de milagres”. Conquanto Jesus tenha sido um grande operador de milagres, Ele fez poderosas obras no poder do Espírito Santo (Atos 10:38). Entre os milagres que o falso profeta vai operar, um deles será trazer “fogo do céu”. Como vimos, o mesmo também vai acontecer sob a ação das Duas Testemunhas (Apocalipse 11:1-14). Provavelmente, haverá um “duelo de fogo” entre o falso profeta e as Duas Testemunhas, como houve entre Elias e os falsos profetas de Baal, no Monte Carmelo, a fim de provar quem era realmente Deus. Que Satanás vai “energizar” o falso profeta, está claro, conforme Jó 1:16, onde lemos que Satanás, com a permissão de Deus, fez cair fogo do céu, para queimar o rebanho de ovelhas e os servos de Jó. Depois, o falso profeta vai ordenar que o povo faça uma “imagem da besta”.
A GRANDE TRIBULAÇÃO OU AS 42 SEMANAS Introdução - Durante a primeira metade da Tribulação, os primeiros quatro selos serão abertos (Apocalipse 6:1-8). Durante esse tempo, haverá uma falsa paz instituída pelo “cavaleiro do cavalo branco” (o Anticristo). Os três selos seguintes indicam que, apesar da paz, as condições políticas e econômicas mundiais vão entrar em rápida desintegração [N.T.: O que já começa a acontecer no mundo inteiro]. A segunda metade da Tribulação é chamada Grande Tribulação. Neste estudo, tentaremos delinear os principais eventos, na mais possível ordem cronológica:
1. - A Mulher Vestida de Sol Na metade da “semana”, duas maravilhas vão surgir no céu. A primeira será uma mulher, descrita em Apocalipse 12:1. Ela não é Maria nem a Igreja. É a nação de Israel. Vamos nos lembrar do sonho de José, com o sol, a lua e as estrelas (Gênesis 37:9), para ver que essa mulher vestida de sol, com a lua aos seus pés, com 12 estrelas coroandolhe a cabeça, representa os judeus. José era a 12ª. estrela. No Velho Testamento, Israel tem sido comparada com uma mulher casada, enquanto a Igreja será a Virgem desposada, nesse tempo (2 Coríntios 11:2). Esta mulher é descrita como estando grávida de um filho, em trabalho de parto (Apocalipse 12:2). Quando foi que a Igreja esteve nessas condições? Paulo diz sobre Israel: “Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”. (Romanos 9:4-5). Israel espera o tempo, quando poderá dizer: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto” (Isaías 9:6-7). Mas, antes que isso possa acontecer, a nação deverá passar por terríveis flagelos e castigos, quando será “o tempo das dores de Jacó”. Como resultado das dores de parto, a mulher dará à luz um Filho Homem, o qual vai “governar as nações com vara de ferro”. Não pode haver dúvida alguma sobre esse Filho Homem, conforme o Salmo 2, ou seja, Cristo, que foi arrebatado, na ascensão, para se assentar à destra do Pai. Após o nascimento do Filho, a mulher “foge para o deserto”, onde tem um lugar preparado por Deus e onde é alimentada por 1260 dias. É aqui que alguns intérpretes cometem um erro. Eles interpretam o fato de que entre o 5º. e o 6º. versos deste capítulo, entra o atual período da Igreja. Aqui, está a brecha entre a 69ª. e a 70ª. semanas de Daniel. João transpõe essa brecha, a partir da ascensão de Cristo, para o lançamento de Satanás, porque ele não está tratando da Tribulação da Igreja nestes capítulos, mas da Tribulação de Israel. João deseja prosseguir em sua história, sem interrupção. Temos
aqui mais uma evidência de que não é Maria, pois a mulher não foge para o Egito, mas para o deserto; ela não foge com o Filho, pois Ele já subiu para o trono de Deus, e nem foge para proteger o Filho, mas para se proteger.
2. - O Grande Dragão Vermelho Apocalipse 12:9 remove todas as dúvidas quanto ao dragão vermelho, que não é outro senão Satanás, a segunda maravilha de Apocalipse 12. Quando é expulso do céu, pela ascensão do Filho do Homem ao poder, ele concentrará todo o seu ódio e maldade contra a “mulher” (Israel), a qual deu à luz o “Filho”. À mulher, serão dadas duas asas de grande águia (verso 14), a fim de que ela possa fugir para o deserto, onde será alimentada durante três anos e meio, até que o dragão seja amarrado.
3. - O Quinto Selo (Apocalipse 6:9-11) Quando o quinto selo é aberto, João vê as almas dos mártires sob o altar. Esses mártires, cujas almas são vistas por João, não são as das eras passadas, arrebatadas junto com a Igreja, mas os que “venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte” (Apocalipse 12:11), durante a Tribulação. Depois que a Igreja for arrebatada, a pregação do Evangelho do Reino será reassumida (Mateus 24:14). Como ele proclama que Cristo está em vias de estabelecer o Seu Reino na Terra, isso acarretará grande desgosto ao Anticristo e aos seus seguidores, desencadeando da parte destes uma grande perseguição contra os evangelistas (Mateus 24:9-13). As almas desses mártires é que foram vistas por João, sob o altar (Apocalipse 7:13-14). O seu pedido vai ser atendido em Apocalipse 20:4.
4 - O Sexto Selo (Apocalipse 6:12-17) Quando o sexto selo é aberto, grandes “mudanças ecológicas” acontecem na Terra (Joel 2:30-31; Mateus 24:29; Isaías 13:9-11). Serão mudanças tão terríveis, que os homens pedirão aos rochedos que os escondam da ira do Cordeiro (Ap 6:1-17). Entre a abertura do sexto e do sétimo selo, haverá um intervalo, durante o qual os 144 mil filhos de Israel, 12 mil de cada tribo, serão selados. Assim como havia, no tempo do rei Acabe, 7 mil que não se dobraram diante de Baal, haverá 144 mil, no tempo do Anticristo, que não se dobrarão diante dele. Eles serão selados na testa (por um anjo) e o selo terá impresso o “Nome do Pai” (Apocalipse 14:1; 22:4).
5. - O Sétimo Selo (Apocalipse 8:1) Na abertura do sétimo selo, haverá “silêncio no céu”, durante um limitado espaço de tempo. Será um período de preparação para o conflito maior que virá a seguir. Logo
que o silêncio for rompido, sete anjos vão tocar, sucessivamente, sete trombetas.
6. - A Primeira Trombeta (Apocalipse 8:7) “E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada”. Isto será o cumprimento de Joel 2:30-31. Será uma repetição das pragas do Egito (Êxodo 9:22-26). Se aquelas foram literais, por que estas também não serão?
7. - A Segunda Trombeta - (Apocalipse 8:8-9) Quando soar a segunda trombeta, uma montanha de fogo, provavelmente um grande meteoro, cairá dentro do mar (Mediterrâneo), destruindo 1/3 das criaturas marinhas e a terça parte das embarcações e, provavelmente, algumas frotas reunidas para uma batalha naval. A terça parte do mar se transformará em sangue.
8. - A Terceira Trombeta (Apocalipse 8:10-11) Quando a terceira trombeta for tocada, uma estrela ardendo em fogo, chamada Absinto, cairá na Terra e transformará em águas amargas as fontes de água potável. (Ver Jeremias 9:13-15).
9. - A Quarta Trombeta (Apocalipse 8:12). Quando soar a quarta trombeta, a terça parte do sol, da lua e das estrelas vai escurecer, perdendo 1/3 de sua luz. Este é um dos sinais mencionados por Cristo (Lucas 21:25-26). Em seguida, um anjo voará pelo céu, anunciando, em grande voz, “três ais”, os quais devem seguir o som das três trombetas que ainda restam.
10. - A Quinta Trombeta - O primeiro “ai” - a praga de gafanhotos (Apocalipse 9:1-4) Quando soar a quinta trombeta, uma estrela cairá na Terra, trazendo a chave do poço do abismo. Esta não é de fato uma estrela, mas um anjo que a ela se assemelha, ao qual foi entregue a chave. Quando o poço do abismo é aberto, vem uma espessa nuvem de “gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus” (Versos 3-4). Esses gafanhotos têm um rei, que os
gafanhotos comuns não têm (Provérbios 30:27). O nome do seu rei em Hebraico é Abadom e em Grego, Apolion, cujo significado é “destruidor”.
11. - A Sexta Trombeta - O segundo “ai” - a praga de homens-cavalos (Apocalipse 9:13-21) Quando soar a sexta trombeta, uma voz chegará do altar de ouro, ordenando que o trompetista solte os 4 anjos que se encontravam presos no Eufrates. Eram anjos maus e por isto haviam sido ali aprisionados. Eles formam um exército de 200 milhões de “cavalaria infernal”. Essa cavalaria não se compõe de homens comuns. Os cavaleiros “tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e enxofre” (verso 17). “Porque o poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas danificam” (verso 19).
12. - A Aparição (Apocalipse 10) Entre o soar da sexta e da sétima trombetas, haverá um intervalo. Durante esse intervalo, um Anjo forte descerá do céu, trazendo na mão um livrinho aberto. Esse Anjo forte deve ser o próprio Cristo, pois Sua descrição combina com Apocalipse 1:12-15 e Sua voz se assemelha à de um leão, o que o identifica como o “Leão da Tribo de Judá” (Apocalipse 5:5; 10:3). Esta aparição levará Israel à conversão, do mesmo modo como aconteceu com Paulo, na estrada de Damasco. Haverá sempre uma luz brilhante, mais forte que a do sol (como na Transfiguração), quando Jesus aparecer, durante a Tribulação (Êxodo 43:2; Salmo 50:2). Não sabemos quando, na 70ª semana de Daniel, isto vai acontecer. Uma boa suposição poderia encaixá-lo nos 4 meses que antecederão a Segunda Vinda, com base no Livro de Jó, o qual tem 42 capítulos e o Senhor aparece no capítulo 38.
13. - As Duas Testemunhas Em Apocalipse 11:1-14, temos a descrição das Duas Testemunhas, as quais devem profetizar durante a maior parte da segunda metade da Tribulação. Sua identidade está clara. Uma tem o poder de fechar o céu para que não chova, nos dias de sua profecia. Esta será Elias, o qual foi trasladado, a fim de que pudesse regressar no “grande e terrível Dia do Senhor”, conforme Malaquias 4:5-6. Ela vai fechar o céu por 42 meses, ou seja, três anos e meio, como Elias fez, no tempo do rei Acabe. A outra testemunha, com grande poder de transformar a água em sangue e ferir a Terra com toda sorte de flagelos, pode ser identificada com Moisés, o único na Escritura que teve esse poder e para isto será ressuscitado dos mortos. Assim como Moisés e Elias apareceram juntos, no Monte da Transfiguração, com a aparência luminosa dos dois anjos que deram testemunho durante a ascensão de Cristo (Atos 1:10-11), o mais provável é que eles regressem à Terra para anunciar a Segunda Vinda de Cristo. Durante o seu testemunho,
elas têm poder para destruir os seus inimigos e sua ascensão ao céu será seguida por um grande terremoto, o qual vai completar o segundo “ai”.
14. - A Sétima Trombeta - O terceiro “ai” (Apocalipse 11:15-19). A sétima trombeta inclui tudo que vai acontecer até o final do capítulo 19. Não devemos esquecer, neste estudo do Livro do Apocalipse, que o sétimo selo inclui as sete trombetas e as sete taças e que a sétima trombeta inclui as sete taças do sétimo selo e que as sete trombetas e as sete taças terminam todas com vozes, trovões, relâmpagos e um terremoto (Apocalipse 8:5; 11:19; 16:18).
15. - As Sete Taças (Apocalipse 16) As cinco primeiras taças têm grande semelhança com os selos e as trombetas e com as pragas do Egito. A sexta taça (Ap. 16:12-14) é derramada sobre o rio Eufrates, para secar suas águas, a fim de permitir a travessia dos exércitos ocidentais, para a Batalha do Armagedom (Isaías 11:15-16). Quando a sétima taça é derramada, uma grande voz (provavelmente a voz dAquele que clamou na cruz: “Está consumado”) vai clamar: “Está feito!” (Ap 16:17). Então, haverá um grande terremoto e a Grande Cidade será dividida em três partes e as cidades das nações (as dez nações confederadas) Londres, Roma, Paris, etc., mais a Grande Babilônia, cairão. Este terremoto foi predito por Zacarias 14:4-5: “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo”. Na grande saraiva, que vai cair sobre os homens, na qual cada pedra deve pesar umas 100 libras, teremos a repetição da 7ª. praga do Egito: “Eis que amanhã por este tempo farei chover saraiva mui grave, qual nunca houve no Egito, desde o dia em que foi fundado até agora” (Êxodo 9:18). A saraiva tem sido um dos instrumentos bélicos usados pelo Senhor. Ele a usou para destroçar os inimigos de Israel em BeteHorom, nos dias de Josué (Josué 10:11); a Lei de Moisés exigia que o blasfemador fosse apedrejado (Levítico 24:16); os blasfemadores modernos serão apedrejados, também, nos últimos dias. No Livro do Apocalipse, entre o derramamento das taças e a Batalha do Armagedom, a qual encerra o período da Grande Tribulação, vemos a destruição (nos capítulos 17 e 18) do sistema religioso dominante, chamado “Mistério, a Grande Babilônia”.
16. - A Grande Meretriz A mulher de Apocalipse 17 deve ser a Igreja Católica Romana. Ela é um sistema religioso ancorado na política. O novo Império Romano (União Européia) de Daniel 2 proverá a ferramenta necessária para a confederação da igreja + estado, a qual será governada pelo Anticristo. A mulher será destruída exatamente pela máquina política que ela escolheu para dirigir. (Ap 17:16-18).
17. - A Batalha do Armagedom (Apocalipse 19:11-21) O período da Tribulação será encerrado com a Batalha do Armagedom. Como já vimos, os exércitos do Oriente e do Ocidente vão se juntar, na Terra Santa. O campo de batalha será o Vale de Megido, localizado no coração de Israel, o mesmo campo de batalha do Velho Testamento. As forças engajadas nessa batalha serão: os exércitos aliados do Anticristo, de um lado; do outro, o exército celestial de Cristo. Isso vai acontecer quando a “seara da terra estiver madura” (Apocalipse 14:15). E, no exato momento em que os exércitos aliados do Anticristo estiverem quase se apossando da Cidade do Grande Rei (Jerusalém), “O SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha” (Zacarias 14:3). A seqüência é graficamente descrita em Apocalipse 19:11-15: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”. Quando Jesus veio a Jerusalém na primeira vez, Ele ali entrou como um rei, montado num jumento (Mateus 21:1-11). Mas, desta vez, Ele virá montado num cavalo branco, usando muitas coroas e terá suas vestes salpicadas de sangue, não do Seu sangue, mas do sangue dos Seus inimigos. Isaías bem profetizou: “QUEM é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura, e as tuas roupas como as daquele que pisa no lagar? Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano dos meus remidos é chegado. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e admirei-me de não haver quem me sustivesse, por isso o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. E atropelei os povos na minha ira, e os embriaguei no meu furor; e a sua força derrubei por terra” (Isaías 63:1-6).
O MILÊNIO Introdução: A Terra vai continuar aqui (antes da Nova Terra) por 7 mil anos e no sétimo período de 1.000 anos, ela “Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando” (Isaías 14:7). Esperamos que esta Terra, que já tem estado durante 6.000 anos em meio a muitas guerras e derramamento de sangue, possa, finalmente, descansar por um período de mil anos, no seu “shabat” de repouso.
I - O Governo do Milênio A - O Rei, Jesus Cristo, vai governar a Terra inteira, com vara de ferro, a partir de Jerusalém (Apocalipse 2:27; Isaías 11:1; Salmo 110). Ele governará numa ditadura militar pacifista. B - Os juízes de Israel - Serão os fiéis discípulos de Cristo (Mateus 19:27-30). C - Os governantes das cidades do mundo - Serão os santos da Era da Igreja, que forem julgados fiéis durante a era atual (Lucas 19:12-27). O direito de governar será julgado pela sua disposição de sofrer (Romanos 8:17-18; 2 Timóteo 2:12; 2 Coríntios 5:1-14).
D - Os resultados desse governo: 1. Paz (Isaías 2:4; 9:4-7; 11:6-9; 33:5-6). 2. Justiça (Isaías 9:7; 32:16; 42:1-4). 3. Proteção (Isaías 41:8-14; 62:8-9.; Amós 9:15). 4. Libertação da Opressão (Isaías 14:3-6; 42:6-7). 5. Trabalho (Isaías 62:8-9; 65:21-23; Jeremias 31:5). 6. Prosperidade Econômica (Isaías 4:1; 35:1-2, 7; Amós 9:14-15). 7. Linguagem Pura e unificada (Sofonias 3:9).
II - Os habitantes do Reino A - Os santos da Era da Igreja - Eles, obviamente, terão corpos glorificados, com uma aparência semelhante à de Cristo, aos 33 anos (1 Coríntios 15:51-54; 1 João 3:2).
B - Israel Convertido - Os judeus voltarão a Israel. O tipo do Reinado de Cristo é encontrado no 1 Reis 2:10. O reinado de Salomão, filho de Davi, é o arquétipo do Reinado de Cristo, o Filho de Deus (Mateus 1), sobre o pedaço de terra ao qual Jesus terá acesso no Milênio (Deuteronômio 4:31; Romanos 11:25-26 e Apocalipse 12:14).
C - O Remanescente da Tribulação 1. Os que não receberam a marca da besta e escaparam da Tribulação (Daniel 11:41-42). 2. Os que vieram da Tribulação e ajudaram os judeus (Mateus 25:31-46).
D - Os Nascidos no Milênio - As pessoas vão se reproduzir durante o Milênio (Jeremias 30:20; Ezequiel 47:22). Isaías 65:20 indica que haverá um retorno à idade avançada, da era pré-diluviana (Zacarias 8:4-5).
III - ADORAÇÃO NO MILÊNIO A - A adoração no Templo será restaurada no Milênio - Israel terá todo o pedaço da terra prometido a Abraão (Salmo 105:9-12), sobre a qual reinou Salomão (1 Reis 4:21). Ela será dividida em 12 partes, para as 12 tribos de Israel (Ezequiel 48). No meio da mesma, haverá uma porção sagrada, onde será construído o Templo, onde Cristo vai reinar. B - Os sacrifícios de sangue serão reinstituídos - Ezequiel 43:18-46; Zacarias 14:16; Isaías 56:6-8; 66:21; Jeremias 33:15-18; Ezequiel 20:40-41 todos ensinam a restauração do sacerdócio e a reinstituição do sistema de sacrifício de sangue que existiu no Velho Testamento. Os sacrifícios, neste tempo, serão para a reparação nacional (Ezequiel 45:17), olhando retroativamente para a cruz. As luas novas e os sábados serão observados exatamente como nos disseram que seriam, em Isaías 66:22-24 e conforme Paulo advertiu no Novo Testamento (Colossenses 2:16-17). C - A adoração das nações - A única coisa dita sobre as nações durante o Milênio é que estas subirão a Jerusalém, cada ano, a fim de adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos (Isaías 2:2-3). Então, no futuro, a Lei do Senhor - os sábados, as luas novas, etc., sairão de Jerusalém e de Sião (Isaías 11:10-13; Zacarias 8:21-23; Miquéias 4:1-2). Zacarias 14 fala do Milênio. O Senhor voltará (Zacarias 14:9) e as nações serão instruídas para subir a Jerusalém, a fim de adorar o Rei, ano após ano, mostrando que a Festa dos Tabernáculos, em Setembro ou Outubro, está conectada à Segunda Vinda de Cristo. Se as nações não honrarem o Rei em Jerusalém, sofrerão pragas (Zacarias 14:17-19) (Comparar com Isaías 26:10; 60:12; Salmo 68:6; 72:9). D - Salvação individual - Não haverá fé no Milênio. O plano de salvação no Milênio será conforme Mateus 5, 6, 7.
No Milênio, se um homem chama o outro de “tolo”, corre o perigo de ir para o inferno, na mesma hora. Se um homem se zangar com o seu irmão, sem motivo, deve ser levado a um Tribunal. No Milênio, se um homem conduzir outro a uma corte judicial, este será obrigado a dar-lhe tudo que possui. A salvação será pelas obras (Mateus 5:24-26). Nesta dispensação, somos salvos pela graça através da fé, sem coisa alguma a ser acrescentada, e agora ninguém poderia ir para o céu, seguindo o Sermão do Monte, mesmo que ficasse de pé a noite inteira, orando sobre o mesmo. Então, um homem no Milênio é salvo pelas obras, sem a fé. Conseqüentemente, ele terá uma natureza não regenerada, a qual continuará sem mudança, e se ele não praticar boas obras, ficará perdido. No final do Milênio, quando Satanás for solto, ele encontrará uma quantidade de gente não regenerada, cansada da ditadura militar, saturada da autoridade de Cristo. Essas pessoas não estarão contentes com a Sua dureza, disciplina e poder; por conseguinte, vão seguir Satanás (Ver Apocalipse 20:7-9; Salmo 72:8-9; Isaías 26:9-11; Salmo 66:7).
IV - MUDANÇAS NA NATUREZA DURANTE O MILÊNIO Assim como o homem precisa ser regenerado (Tito 3:5), também a Terra vai precisar disto (Mateus 19:28, Romanos 8:22). Hoje em dia, ela continua sentindo o efeito da maldição que tem vigorado desde Gênesis 3.
Quando a terra for regenerada, alguns resultados serão: 1. - Os animais selvagens serão amansados (Isaías 11:5-8). 2. - O sol e a lua serão 7 vezes mais brilhantes (Isaías 30:26). 3. - As águas do Mar Morto “tornar-se-ão saudáveis” (Ezequiel 47:8). 4. - O deserto florescerá (Isaías 35:1-2). 5. - Haverá quatro colheitas anuais (Amós 9:11-15; Levítico 26:2-6). 6. - Os espinhos e as ervas daninhas serão eliminados (Isaías 55:12-13). 7. - A produção de frutos será multiplicada (Ezequiel 36:30).
A ETERNIDADE
Introdução - A última dispensação na Bíblia é a eternidade, à qual é dispensada grande soma de atenção, nos últimos capítulos do Apocalipse. A Bíblia é um círculo, um Livro infinito. Em Gênesis havia uma “árvore da vida”, a qual também é mostrada em Apocalipse 22:2. O cordeiro de Abel é sacrificado como sacrifício, em Gênesis; o Cordeiro de Deus está em Apocalipse 21:23. Em Gênesis, o paraíso é perdido; em Apocalipse, ele é recuperado. Em Gênesis 1:1, lemos: “No princípio criou Deus o céu e a terra”; em Apocalipse 21:1, lemos: “E vi um novo céu e uma nova terra”. Deus começa com o homem, em Gênesis 2:7, e termina com o homem, em Apocalipse 22. A Bíblia é um círculo, infinita no escopo, cuja perfeição nenhuma mente finita consegue compreender totalmente.
A Nova Jerusalém Dizem que a Nova Jerusalém é a mãe de todo crente nascido de novo, na Era da Igreja. Vamos ver o que a Bíblia diz sobre ela, conforme Apocalipse 21:9-25: “E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro. E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais. E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que é a de um anjo. E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; o quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista. E as doze portas eram doze pérolas;
cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente. E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite”.
Excerto do trabalho do Dr. James Modlish - “MYSTERY OF THE AGES” Traduzido por Mary Schultze, em Novembro 2008. www.cpr.org.br/Mary.htm