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BREVE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA Anatomia (do grego, ana = parte, tomia = cortar em pedaços) é a ciência que estuda os seres organizados. O seu estudo pode ser realizado microscopicamente, ou seja, por meio de um microscópio, e também macroscopicamente, isto é, a olho nu, sem auxílio de aparelhos, que é o propósito deste livro.
Terminologia Anatômica
Os termos anatômicos empregados neste livro são extraídos do livro Terminologia Anatômica, utilizado no mundo inteiro segundo um acordo internacional. Este acordo facilitou muito o aprendizado da Anatomia humana porque ele padronizou a nomenclatura. Antes dele, as mesmas estruturas do corpo humano recebiam nomes diferentes em cada país. Hoje não. Hoje, o osso do braço, por exemplo, é denominado úmero, seja no Brasil, no Uruguai ou mesmo no Japão.
Posição anatômica
Para estudar o corpo humano, é necessário basear-se em uma posição inicial, anatomicamente chamada de posição padrão. Essa posição deve ser visualizada mentalmente, pois serve de referência para descrever a localização das estruturas. Por convenção, na posição anatômica inicial, o corpo está ereto (em pé), com o olhar voltado para a frente; a boca está fechada e os membros superiores (braço, antebraço e mão) estão próximos ao corpo, com a palma da mão voltada para a frente; os membros inferiores (coxa, perna e pé) estão próximos um do outro, com os pés unidos e levemente voltados para a lateral.
Planos de delimitação
O corpo humano na posição anatômica é enquadrado em um paralelogramo imaginário. As seis partes deste paralelogramo são classificadas, em relação ao nosso corpo, como planos de delimitação: anterior e posterior, lateral à direita e lateral à esquerda, superior e inferior. Então, por meio dos planos de delimitação, podemos classificar as estruturas do nosso corpo em anterior (está mais perto do plano anterior), posterior (está mais
Crânio
Tronco
próxima do plano posterior), lateral (está mais próxima do plano lateral), superior (está mais próxima do plano superior) e inferior (está mais próxima do plano inferior). Por exemplo: o nariz é anterior à orelha, pois está mais próximo do plano anterior; a orelha é uma estrutura lateral em relação ao nariz, pois está mais próxima ao plano lateral; o calcanhar é uma estrutura posterior em relação ao hálux (1º dedo do pé), pois está mais próximo do plano posterior.
Planos de secção
Além dos planos de delimitação, existem, para auxiliar o estudo do corpo humano, os planos de secção (corte). O corpo humano é cortado em diferentes planos para nos permitir observar suas estruturas internas. Todos os planos de secção cortam o corpo humano em duas partes e eles podem ser: transversal, coronal ou sagital. O plano transversal divide o corpo humano em parte superior e parte inferior; o plano coronal corta o corpo humano em partes anterior e posterior; e o plano sagital corta o corpo humano em duas partes semelhantes: uma lateral à direita e outra lateral à esquerda. Há uma linha imaginária que passa no centro do corpo humano, unindo o plano anterior ao posterior. Classificamos uma estrutura como mediana, se ela estiver bem próxima a essa linha imaginária.
Divisão do corpo humano
Na realidade, o corpo humano é um todo indivisível. Didaticamente, porém, nós o dividimos em partes para facilitar o seu estudo. Ele está dividido em cabeça, pescoço, tronco, membros superiores e membros inferiores e duas cinturas, uma superior e outra inferior. O pescoço une a cabeça ao tronco. O tronco é formado pelo tórax e pelo abdome. Os membros superiores, compostos por braço, antebraço e mão, estão unidos ao tronco pelo cíngulo superior (clavícula e escápula); e os membros inferiores, compostos por coxa, perna e pé, se unem ao tronco pelo cíngulo inferior (osso do quadril).
Membros superiores
Membros inferiores
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Planos, eixos e posições anatômicas Planos de secção do corpo humano Plano Sagital ou Mediano Plano Coronal ou Frontal Superior
Plano Horizontal ou Transverso
Posterior
Anterior
Inferior
Posição Anatômica Paralelogramo
Anatomia sistêmica do corpo humano Sistema esquelético
O estudo do sistema esquelético é denominado de osteologia. O esqueleto humano adulto é formado por ossos (cerca de 206) e cartilagens. São várias as funções do esqueleto: dar suporte para o corpo, fixar os músculos para produzir movimento, proteger órgãos internos – por exemplo, o tórax protege o coração; e o crânio, o cérebro –, armazenar algumas substâncias – principalmente o cálcio e o fósforo – e, também, produzir células sangüíneas. As células sangüíneas são produzidas através da medula óssea vermelha, que é encontrada na crista ilíaca, nas vértebras, costelas e no osso esterno. Quanto à forma, os ossos podem ser longos, como os ossos do braço (úmero) e do antebraço (ulna e rádio), da coxa (fêmur) e da perna (tíbia e fíbula); curtos, como os ossos da mão (carpo) e do pé (tarso); planos, como a escápula, por exemplo; irregulares, como as vértebras e pneumático, que apresenta uma cavidade em seu interior, por exemplo, o osso frontal e o maxilar.
Os ossos longos apresentam um corpo com duas extremidades denominadas de epífise e possuem, em seu interior, o canal medular, onde se aloja a medula óssea amarela, rica em tecido adiposo (gordura). Durante a fase de crescimento é visível, nas extremidades dos ossos longos, o disco epifisário. Esse disco está relacionado ao crescimento longitudinal (em comprimento) do osso e é temporário no corpo humano, permanecendo, nos homens, até os 21 anos de idade e, nas mulheres, até os 18. Os ossos são revestidos por uma membrana fibrosa – o periósteo – que se mantém por toda a vida do ser humano e está relacionado com a manutenção do osso e seu crescimento em espessura.
Sistema muscular
O estudo do sistema muscular é denominado miologia. No corpo humano, que tem aproximadamente 720 músculos, há três tipos de músculo: o estriado esquelético, o estriado cardíaco (coração) e os músculos lisos (vísceras). O músculo estriado esquelético se encontra em maior número que os outros dois tipos. Ele é formado por um ventre e por tendão. O ventre, que é a parte carnosa,
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encurta-se; o tendão, que é a parte esbranquiçada, não se encurta. As extremidades do músculo estriado esquelético ficam unidas aos ossos e são elas que promovem o movimento, por meio de seu encurtamento, denominado contração muscular. Quanto ao funcionamento, os músculos podem ter movimentos voluntários (acontecem de acordo com a nossa vontade) ou involuntários (independentemente de nossa vontade há movimentos). O movimento do músculo estriado esquelético é voluntário. Já os movimentos do músculo estriado cardíaco e dos músculos lisos são involuntários. Os músculos, os ossos e as articulações, em conjunto, constituem o sistema locomotor.
Sistema articular
Na anatomia, a artrologia é responsável pelo estudo das articulações (sistema articular). Os ossos se unem por meio de ligamentos e cápsulas, que permitem, ou não, movimento entre as partes. Dependendo do material que está entre os ossos, as articulações podem ser classificadas em três tipos. Se for um material fibroso, a articulação é fibrosa e, neste caso, não há mobilidade; tal tipo de articulação é encontrado principalmente no crânio. Quando o material entre os ossos for cartilaginoso (cartilagem hialina), teremos articulação cartilaginosa, que apresenta um pequeno grau de movimento; este tipo de articulação é encontrado na coluna vertebral e no quadril. Agora, se o material entre os ossos for líquido (líquido sinovial), a articulação será classificada como sinovial; esta articulação, em que há grande grau de movimento, é encontrada em todas as partes do corpo humano. A função do líquido sinovial é unir as partes ósseas e impedir o atrito entre elas.
Sistema nervoso
Auxiliado pelos sistemas endócrino e circulatório, o sistema nervoso coordena os diversos sistemas do corpo humano. A unidade do sistema nervoso é o neurônio. Os neurônios, que respondem a estímulos elétricos, são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da vida. A comunicação entre as células do sistema nervoso é denominada de sinapse e pode ocorrer também entre um neurônio e uma célula muscular ou entre um neurônio e a célula glandular. Didaticamente, o sistema nervoso é dividido de acordo com a sua anatomia e função. A divisão anatômica consiste no sistema nervoso central e no periférico. O sistema nervoso central compõe-se do encéfalo (cérebro, tronco encefálico e cerebelo) e da medula espinhal. O encéfalo se localiza no crânio e a medula espinhal, na coluna vertebral.
O sistema nervoso periférico é formado por 31 pares de nervos espinhais, 12 pares de nervos cranianos, gânglios e terminações nervosas. Sua divisão funcional compreende o sistema nervoso visceral, que abrange o sistema nervoso simpático. O sistema nervoso simpático está relacionado à sobrevivência, pois prepara o corpo humano para lutar ou fugir num momento de perigo. O sistema nervoso visceral atua também junto aos sistemas locomotor e parassimpático, o qual, relacionado com a obtenção de energia, atua junto ao sistema digestório.
Sistema respiratório
A função do sistema respiratório é promover a troca de gases entre nosso corpo e o meio externo. Através do sistema respiratório, o oxigênio é trazido do meio externo para dentro do nosso corpo e utilizado para gerar energia. A utilização do oxigênio pelos órgãos e tecidos do corpo humano gera gás carbônico, que é eliminado, pelo sistema respiratório, para o meio externo ao corpo humano. Esse sistema é composto por nariz, cavidade nasal, faringe, traquéia, brônquios. Dos brônquios origina-se a árvore brônquica, cujas terminações formam o alvéolo pulmonar. É no alvéolo pulmonar que ocorre a troca gasosa entre o sistema respiratório e o sistema circulatório. O principal músculo da respiração é o diafragma. Ele separa o tórax do abdome, promovendo, juntamente com os músculos intercostais (localizados entre as costelas), os movimentos respiratórios.
Sistema circulatório
O sistema circulatório, também chamado de cardiovascular, é formado pelo coração (uma bomba muscular) e pelos vasos sangüíneos, compostos por artérias e veias. As artérias e veias formam uma vasta rede de tubos, de vários tipos e calibres, que põem em comunicação todas as partes do corpo. A diferença entre artérias e veias é que as artérias saem do coração e as veias chegam ao coração. O coração bombeia sangue para as artérias e as artérias conduzem o sangue para os diversos órgãos e tecidos do corpo humano. O sangue que sai do coração pelas artérias é rico em oxigênio (O2) e nutrientes, obtidos nos pulmões e no aparelho digestório. As veias retiram dos órgãos e dos tecidos o sangue utilizado. Esse sangue, rico em gás carbônico (CO2) e resíduos, será conduzido para os pulmões e para os rins. Nos pulmões ele será oxigenado e, nos rins, será filtrado; depois disso, o sangue pode ser utilizado novamente.
Sistema linfático
O sistema linfático é constituído por vasos linfáticos, linfonodos, baço, medula óssea, timo e tonsilas. Esse sistema auxilia o sistema circulatório, retirando, dos órgãos e tecidos, os resíduos que restam. Os resíduos retirados pelo sistema linfático são denominados
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de linfa. A linfa é conduzida por vasos linfáticos para estruturas denominadas de linfonodos, nas quais será filtrada para, depois, ser conduzida ao coração. Além de auxiliar o sistema circulatório, o sistema linfático está envolvido com o sistema imunológico – sistema de defesa do corpo humano contra microorganismos geradores de doenças e degradação de células mortas.
externos. São internos, o útero, que tem a função de abrigar o feto durante toda a gestação; os ovários, que produzem óvulos e hormônios como o estrógeno; a tuba uterina, que capta o óvulo do ovário e a vagina, que tem a função de acoplar o pênis. São externos, a vulva, representada pelos lábios maior e menor; o clitóris, órgão que tem a capacidade de ficar erétil e as glândulas anexas.
Sistema digestório
Sistema endócrino
O sistema digestório é formado pela boca, dentes, língua, glândulas salivares, faringe, esôfago, estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado e intestino grosso. A função desse sistema é transformar os alimentos encontrados no meio ambiente para que eles possam ser utilizados pelo nosso corpo e eliminar os resíduos sólidos que não foram absorvidos pelo corpo para o meio externo. É na boca que ocorre a mastigação e, conseqüentemente, o trituramento do alimento. Após a ingestão (na faringe e no esôfago), começa a digestão (no estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado) e, depois, a absorção de água e a formação das fezes (no intestino grosso).
Sistema urinário
O sistema urinário é formado por um par de rins, por um par de ureteres, pela bexiga e pela uretra. Os rins filtram o sangue e produzem a urina (resíduo líquido). O par de ureteres conduz a urina para a bexiga, onde ela fica armazenada temporariamente. Da bexiga, a urina é conduzida, através da uretra, para o meio externo.
Sistema genital masculino
Composto por pênis, escroto (saco), epidídimo, ducto deferente, próstata, glândula seminal e uretra, o sistema genital masculino está relacionado com a reprodução da espécie e com o prazer sexual. Com a excitação, o fluxo sangüíneo aumenta na região do pênis, fazendo com que ele fique erétil e, portanto, pronto para a relação sexual. O escroto (saco) guarda os testículos, responsáveis pela produção de espermatozóides e pelo hormônio testosterona. O epidídimo armazena o espermatozóide e o ducto deferente o conduz em direção à próstata, onde, por meio da glândula seminal, ele recebe secreções que o nutrem e o tornam ágil. Da próstata, o espermatozóide segue para a uretra (a uretra é um órgão comum ao sistema urinário e ao sistema genital masculino). Na uretra há uma glândula que secreta um líquido que torna viável a passagem do espermatozóide por ela. No órgão masculino, a uretra conduz o sêmen (conjunto formado pelo esperma e as secreções das glândulas) para o meio externo ao corpo ou para o sistema genital feminino.
Sistema genital feminino
O sistema genital feminino também está relacionado com a reprodução da espécie e com a geração de prazer. Esse sistema é formado por órgãos genitais internos e
O sistema endócrino é formado por órgãos que produzem hormônios. Os hormônios são secreções que, lançadas na corrente sangüínea, atuam em outras partes do organismo, controlando ou auxiliando a função dos órgãos. Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Os órgãos que têm sua função controlada ou regulada por hormônios são denominados órgãos-alvo. Freqüentemente, o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. Isso acontece porque o sistema nervoso fornece ao sistema endócrino informações sobre o meio externo; com essas informações, o sistema endócrino regula internamente o organismo. Fazem parte do sistema endócrino, as glândulas supra-renal, ovário, testículo, pâncreas, hipófise, pineal, tireóide e paratireóide.
Sistema sensorial
O sistema nervoso coordena e integra os outros sistemas do corpo humano. Para fazer isso, o sistema nervoso precisa ser informado, instante a instante, sobre as diversas modificações do meio interno e externo ao corpo humano. As informações relativas ao meio externo têm origem em órgãos específicos, por exemplo, olho, orelha e pele. O componente primário de qualquer órgão sensorial é o receptor.
Olho
O olho é uma estrutura em forma de esfera, localizado no crânio, em uma cavidade denominada de órbita. Ele é formado por três túnicas: externa, média e interna. A externa dá forma ao olho e abrange a esclera (parte branca dos olhos) e a córnea (que é transparente); a média, denominada de úvea, abrange a coróide, corpo ciliar, íris e a pupila. A coróide está situada abaixo da esclera e é intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. A íris tem uma abertura circular no centro chamada pupila que é composta de um esfíncter que possui dois músculos, o dilatador da pupila e o esfíncter da pupila. Tal esfíncter regula a entrada da luz que passa através de uma estrutura denominada de lente, que converge a luz para dentro do olho. A lente está presa no corpo ciliar, o qual possui um músculo; quando esse músculo se contrai, ele altera o formato da lente e modula o foco para observar objetos de perto ou a distância. A túnica interna é a retina, que possui receptores denominados de cones ou bastonetes. Há
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duas regiões especiais na retina: a fóvea e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais especializada para a visão de alta resolução. A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, aumentando a acuidade visual. No ponto cego não há receptores. Nesse local, forma-se o nervo óptico que envia para o cérebro os estímulos luminosos a fim de serem integrados como imagem. O olho possui três câmaras: a anterior, a posterior e a postrema. A câmara anterior fica entre a córnea e a íris; a câmara posterior, entre a íris e o corpo ciliar, preenchida por um líquido – o humor aquoso – e a câmara postrema (vítrea), entre a lente e a retina, preenchida pelo corpo vítreo (uma espécie de gel). Os olhos apresentam anexos para sua proteção. Esses anexos são os supercílios, que desviam o suor dos olhos; as pálpebras, que protegem contra poeira e uma glândula lacrimal, que produz lágrima para lubrificar a córnea. As lágrimas são produzidas sem intervalos. O excesso delas é enviado para a cavidade nasal, através de um ducto denominado de lacrimonasal. Há também as pestanas, ou cílios, pêlos que crescem na borda das pálpebras e atuam como uma tela mantendo as partículas fora dos olhos abertos. No olho há sete músculos extrínsecos, seis ligados à esclera, que movimentam o olho para cima e para baixo, para direita e para esquerda e um ligado à pálpebra, que a eleva.
Orelha
O órgão relacionado à audição e ao equilíbrio é a orelha. Ela está dividida em três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna. A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo e pelo meato acústico externo, os quais têm a função de captar e conduzir o som até a membrana timpânica, membrana que delimita a orelha externa da orelha média. A orelha média possui três ossículos que se articulam de fora para dentro: o martelo, a bigorna e o estribo. Ela recebe ar da faringe através da tuba auditiva para equilibrar a pressão entre as faces da membrana timpânica. Na parede medial da orelha média temos as janelas oval (ou do vestíbulo) e redonda, que se relacionam com a orelha interna. A orelha interna, encontra-se no interior do osso temporal, apresenta uma série sofisticada de estruturas que se relacionam com a audição (cóclea, órgão de Corti etc.), ou com o equilíbrio (canais semicirculares e vestíbulo). O som captado pela orelha externa vibra a membrana timpânica. Essa vibração é amplificada pelos ossículos da cavidade timpânica e transmitida à janela oval, que, por sua vez, transmite a vibração para a orelha interna. Na orelha interna, propagando-se pelo meio líquido, a vibração atinge o receptor responsável
por sua detecção. O órgão espiral (de Corti) envia este estímulo através de um nervo craniano – o vestibulococlear – para o cérebro. Onde, no lobo temporal, será interpretado como som. O equilíbrio está relacionado com os canais semicirculares, que possuem líquido em seu interior. Os movimentos da cabeça deslocam esse líquido, estimulando estruturas que enviam estímulos através do nervo vestibulococlear para o tronco encefálico e para o cerebelo. No tronco encefálico e no cerebelo, ocorrem reflexos motores posturais, promovendo o equilíbrio do corpo em relação à cabeça.
Tegumento (pele)
O tegumento humano, mais conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme e a derme. A porção superficial da pele é a epiderme, um epitélio formado por várias camadas de células. A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por células que se multiplicam continuamente; desta maneira, as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas e passam a fabricar e a acumular dentro de si a queratina – uma proteína resistente e impermeável. As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado camada queratinizada. Unhas e pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e compactadas. Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que determina a coloração da pele. A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glânculas sebáceas e glândulas sudoríparas. O suor é drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pêlos) sai pelos poros de onde emergem os pêlos. A transpiração, ou sudorese, tem por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao aumento da atividade física. A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. Na derme encontramos, ainda, o músculo eretor do pêlo. Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, protege contra choques mecânicos e funciona como isolante térmico.
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Sistema Esquelético
O esqueleto de uma criança recém-nascida tem 300 ossos. O esqueleto de uma pessoa adulta tem 206. O número de ossos do recém-nascido para um adulto diminui porque, com o tempo, alguns ossos se fundem, formando apenas um.
Principais Ossos do Corpo Humano O Esqueleto (vista Anterior) Parietal Temporal Occipital
Frontal Nasal Maxila Mandíbula
Clavícula
Escápula Úmero
Externo
Caixa Toráxica
Ulna
Crista Ilíaca
Rádio
Ílio
Carpos Metacarpos Falanges Púbis
Ísquio Fêmur
Patela
Tíbia
Fíbula
Tarsos Metatarsos Falanges
O maior osso do corpo humano é o fêmur (osso da coxa); em uma pessoa de 1,80 cm de altura, ele mede 50 cm. O menor osso é o estribo (localizado dentro do osso temporal), ele mede, aproximadamente, 3,0 mm de comprimento.
O esqueleto humano se desenvolve até os 21 anos de idade, mais ou menos. A partir dessa idade, o disco epifisário, localizado nas extremidades dos ossos longos, pára de produzir células e é absorvido. 7
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Sistema Esquelético Principais Ossos do Corpo Humano Parietal Temporal
Occipital
Zigomático Mandíbula Vértebras
Escápula
Úmero Coluna Vertebral
Costelas
Costelas Flutuantes
Ílio Sacro
Cóccix Fêmur Ísquio
Tíbia
Fíbula
Calcâneo
O osso é uma estrutura resistente, porém flexível. Ele é constituído por matéria orgânica (30%) e por matéria mineral (70%). Se colocarmos um osso imerso em uma solução ácida por alguns meses – por exemplo, o vinagre de cozinha (ácido acético) ou a Coca-Cola (ácido fosfórico) –, a solução ácida dissolverá os sais minerais existentes nele e restará apenas a substância orgânica (osteína). Com isso, o osso poderá ser envergado que não quebrará. Se, no entanto, colocarmos um osso em um forno com temperatura bem elevada, ele perderá sua parte orgânica e restará nele apenas a parte mineral (carbonato e fosfato de cálcio). O osso ficará poroso e quebradiço. 8
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Sistema Esquelético
Vértebra Cervical
Processo Espinhoso
Coluna Vertebral
Vista Anterior
Forame Vertebral
Vista Lateral esquerda Processo Transverso Corpo da Vértebra
Região Cervical
Vértebra Torácica
Região Torácica
Vértebra Lombar
Região Lombar
Sacro
Cóccix
Osso Sacro e Cóccix
O ingrediente ativo na Coca-Cola é o ácido fosfórico. Seu PH é 2,8. O ácido fosfórico dissolve uma unha em cerca de 4 dias. Ele também rouba cálcio dos ossos, tornando-se um fator relevante para o aumento da osteoporose (doença que deixa o osso fraco e poroso). 9
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Sistema Esquelético Crânio
Osso Frontal
Parietal
Etmóide Esfenóide Osso Lacrimal
Osso Nasal Temporal
Maxilar
Roca Occipital
Dentes Ramo Zigomático do Temporal Processo Mastóide Mandíbula
Osso Frontal Parietal
Etmóide
Esfenóide
Zígomo
Concha Nasal Superior Concha Nasal Inferior Vômer Maxilar Dentes
O osso temporal do crânio fica localizado nas têmporas (partes laterais da cabeça compreendidas entre o olho, a orelha, a fronte e a bochecha). A palavra temporal relacionase tanto à passagem do tempo quanto às têmporas. De qualquer forma, é nesta região da cabeça que os cabelos do homem, com o passar do tempo, começam a ficar branco. 10
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Sistema Muscular Principais Músculos do Corpo Humano Músculos (vista anterior) Músculo Orbicular do Olho
Músculo Frontal
Músculo Esternocleidomastóideo
Músculo Masseter
Músculo Orbicular da Boca
Músculo Trapézio Músculo Peitoral Maior
Músculo Deltóide
Músculo Bíceps Braquial Músculo Reto do Abdome
Músculo Serrátil Anterior
Músculo Flexor Radial do Carpo
Músculo Flexor Ulnar do Carpo
Músculo Palmar Longo
Músculo Oblíquo Externo do Abdome Músculo Ilíopsoas Músculo Pectínico Músculo Adutor Longo
Músculo Tensor da Fáscia Lata Músculo Reto Femoral
Músculo Adutor Magno Músculo Sartório Músculo Vasto Lateral
Músculo Vasto Medial
Músculo Tibial Anterior Músculo Gastrocnêmio Medial
Músculo Extersor Longo dos Dedos Músculo Fibular Longo
Através da contração (encurtamento muscular) ocorre o deslocamento das estruturas do corpo humano. Por exemplo, o encurtamento do músculo esquelético promove o movimento do esqueleto; a contração do músculo cardíaco desloca o sangue e a do estômago desloca o alimento. 11
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Sistema Muscular Principais Músculos do Corpo Humano Músculos (vista posterior) Músculo Temporal Músculo Occipital Músculo Esternocleidomastoideo Músculo Deltóide Músculo Trapézio
Músculo Tríceps Braquial
Músculo Latíssimo do Dorso
Músculo Oblíquo
Músculo Extensor dos Dedos Músculo Extensor Ulnar do Carpo
Músculo Glúteo Médio Músculo Glúteo Máximo Músculo Adutor Magno Músculo Tensor da Fáscia Lata Músculo Semitendíneo Músculo Semimembranáceo Músculo Bíceps Femural
Músculo Gastrocnêmio Lateral
Músculo Gastrocnêmio Lateral
Músculo Tendão Calcâneo
Conta a lenda que Tétis segurou seu filho Aquiles pelo calcanhar para mergulhá-lo num rio grego. Esse mergulho o tornaria invencível. Ela pretendia contrariar um oráculo que dizia que seu filho morreria na guerra de Tróia. Durante uma batalha dessa guerra, no entanto, Aquiles levou uma flechada em seu único ponto vulnerável: o calcanhar, que não havia sido banhado no rio, uma vez que a mão de sua mãe o cobria. A partir daí, a expressão “calcanhar-de-aquiles” é empregada para indicar o ponto fraco de uma pessoa. 12
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Sistema Muscular Principais Músculos do Corpo Humano Músculos Estriados
Músculos Extrínsecos do olho
Músculo do Estribo e do Martelo
Músculo da língua
Músculo da faringe
Diafragma
Músculos da laringe
Coração
Músculos do Períneo
O músculo encontrado na região anterior da coxa chama-se sartório. Ele é o maior músculo do corpo humano, podendo atingir em algumas pessoas mais de meio metro de comprimento. 13
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Sistema Articular Constituição das Articulações
Ligamentos
Anfiartroses
Cápsula Articular
Disco Intervertebral
Líquido Sinovial
Diartrose
Tipos de Movimentos
Sinartrose Suturas Cranianas
Flexão Supinação Extensão
Pronação
Ao acordarmos pela manhã, estamos poucos centímetros mais altos do que quando vamos dormir. Isso acontece porque, entre as vértebras na coluna vertebral, há os discos intervertebrais, que absorvem água ao longo da noite. Com a absorção da água, o espaço entre as vértebras aumenta. Ao longo do dia, os discos vão se desidratando, porque perdemos água; com isso, as vértebras ficam mais próximas. 14
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Sistema Nervoso Periférico Anatômico Distribuição dos Nervos Espinais (Plexos) Cérebro Cerebelo Nervo Intercostal
Plexo Cervical
Medula Espinhal Nervos Toráxicos
Plexo Braquial
Nervo Radial
Nervo Mediano
Plexo Lombar
Nervo Ulnar
Plexo Sacral
Nervo Femoral
Plexo SacroCoccígeo Nervo Isquiático Nervo Obturatório
Nervo Fibular Comum
Quando apresentamos cansaço por uso ou grande esforço de alguma parte do corpo humano, entramos em fadiga. O cérebro é um órgão que nunca entra em fadiga; ele está sempre ativo e atuante. Por exemplo, ao lermos algo por algumas horas poderemos ter cansaço nos olhos, mas não no cérebro.
Nervo Fibular Superficial
Nervo Tibial
Corte da Medula no Nível da Origem de um Nervo Espinal
Nervo Fibular Profundo
Diferenças entre as Vias Motoras Periféricas e as Viscerais Músculo Estriado
Cornos Posteriores Raiz Posterior
Via Motora/Sensitiva
Gânglio Espinal Nervo Espinal
Sistema Nervoso Central
Neurônio Pós-Ganglionar
Cornos Anteriores Gânglio
Raiz Anterior Gânglio Simpático
Neurônio Pré-Ganglionar
Músculo Liso, Miocárdio ou Glândula
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Sistema Nervoso Central Anatômico Cérebro Secção Mediana do Cérebro (Hemisfério Direito) Lobo Perietal
Corpo Caloso
Glândula Pineal ou Epífise
Tálamo
Lobo Frontal
Hipotálamo Glândula Hipófise
Lobo Temporal
Mesencéfalo
Aqueduto Cerebral
Lobo Occipital
Cérebro Alojado na Caixa Craniana Sulcos Giros
Giro Pré-central Sulco Central
Giro Pós-central
Sulco Parietoccipital
Encéfalo (Face Inferior)
Sulco Lateral
Olfatório (I Par) Óptico (II Par) Trigêmeo (V Par)
Ponte
Oculomotor (III Par)
Bulbo Troclear (IV Par)
Artéria Vertebral
Facial (VII Par)
Cérebro
Abducente (VI Par)
Vestibulococlear (VIII Par) Glossofaríngeo (IX Par) Acessório (XI Par)
Hipoglosso (XII Par)
Vago (X Par)
Uma célula nervosa pode ter um axônio (fibra nervosa) com mais de 1 metro de comprimento. A velocidade do impulso nervoso (sinal elétrico) varia conforme a espessura do axônio. As sensações de pressão e tato passam por axônios de 8 micrômetros (um metro dividido por um milhão), a uma velocidade de 50 metros por segundo. Já a dor e a temperatura viajam por axônio de apenas 3 micrometros, a 15 metros por segundo.
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Sistema Nervoso Central Anatômico Medula Envoltórios Membranosos ou Meninges do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central
Aracnóide
Pia-Máter
Encéfalo Cérebro Dura-máter
Espaço Subaracnóide
Aracnóide Pia-Máter Medula Espinal
Medula Líquido Cefalorraquidiano
Extremidade Inferior da Pia-máter
Divisão Funcional do Sistema Nervoso O cérebro do homem pesa cerca de 1,4 quilo, e o da mulher, 1,25 quilo. Esses valores correspondem a apenas 2% do peso do corpo; mas, o cérebro exige 25% de todo o oxigênio que usamos.
Simpático 1 2
Parassimpático
3
2
1
3
4
4 5 Cadeia Ganglionar do Simpático
Região Torácica
6
7
9
b c d
10
a Região Lombar
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 a b c d
-
Íris Glândula Lacrimal Glândula Salivar Coração Pulmão Estômago, Pâncreas e Intestino Delgado Medula Supra-Renal Colo Bexiga Urinária Gônadas Gânglios Cervicais Gânglio Celíaco Gânglio Mesentérico Superior Gânglio Mesentérico Inferior
5 6
7
8
9 Região Sacral
Nervos da Região Pélvica
1 - Íris 2 - Glândula Lacrimal 3 - Glândula Salivar 4 - Coração 5 - Pulmão 6 - Estômago, Pâncreas e Intestino Delgado 7 - Colo 8 - Bexiga Urinária 9 - Gônadas
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Sistema Respiratório
Seio Esfeinodal
Prega Vocal Laringe
Epiglote
Seio Frontal Toro Tubário
Cavidade Nasal
Toco Tubário
Narina
Pregas Vocais Traquéia
Brônquio principal esquerdo
Lobo superior
Brônquio labar
Lobo médio
Lobo superior
Lobo inferior
Lobo inferior
Pulmão direito
Pulmão esquerdo Músculo diafrágma
O tecido cartilaginoso do nariz e das orelhas não pára de crescer nem mesmo quando o indivíduo se torna adulto. Você já reparou que o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando ele era jovem? 18
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Sistema Respiratório
A velocidade do ar que sai pelo nariz durante um espirro é, aproximadamente, 160 km/h. Sistema Respiratório
Pulmão Direito Trilobado
Laringe Traquéia
Lobo Superior Direito
Pulmão Esquerdo Bilobado
Brônquio Principal Direito
Lobo Superior Esquerdo
Brônquio Principal Esquerdo
Lobo Médio
Lobo Inferior Direito
Bronquíolo
Lobo Inferior Esquerdo
Alvéolo
Alvéolos Pulmonares e Capilares Sangüíneos Ducto Alveolar
Bronquíolo Terminal
Laringe-Vista Anterior
Alvéolo
Artéria Pulmonar Hióide
Cartilagem Tireóide
Traquéia
Pleura Cartilagem Cricóide
Artéria Bronquial
Rede Capilar Perialveolar Veia Pulmonar
Nos pulmões, as trocas gasosas ocorrem entres os alvéolos e os capilares (vasos sangüíneos). Os pulmões possuem cerca de 300 milhões de alvéolos. Se a membrana alveolar fosse espalhada pelo chão, teria capacidade de cobrir uma quadra de tênis. 19
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Sistema Circulatório Vista Anterior Veia Cava Superior
Artéria Pulmonar Tronco Pulmonar Aurícula Esquerda
Aurícula Direita
Artéria Coronária Esquerda
Artéria Coronária Direita Átrio Direito Ápice Veia Cava Inferior
Ventrículo Direito
Vista Posterior Veia Cava Superior
Aorta Veia Pulmonar
Átrio Esquerdo
Veia Cava Inferior
Ventrículo Esquerdo
Seio Coronário Ventrículo Direito
O coração de um homem adulto é do tamanho de um punho fechado e pesa apenas 340 gramas. Funciona, em média, a um ritmo de 72 batidas por minuto; o que resulta em 104 mil batidas por dia, 38 milhões por ano e algo em torno de 2,5 bilhões de pulsações ao longo da vida. A cada batida, o coração bombeia 85 gramas de sangue, ou seja, mais de 9 mil litros por dia. 20
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Sistema Circulatório Esquema Geral Pequena e Grande Circulação
Pequena Circulação
Grande Circulação
Detalhes O corpo é formado por 70% de água, o que corresponde à metade do nosso peso. No organismo, a água exerce papéis fundamentais: transporta alimentos, resíduos e sais minerais; lubrifica tecidos e articulações; conduz glicose e oxigênio para o interior das células; e regula a temperatura.
Fechada
Aberta
Valvas
Cúspides
Valva Mitral Valvas
A quantidade de sangue que circula no organismo varia de pessoa para pessoa. Mas, em média, representa, em litros, uma décima parte do peso do corpo. Assim, uma pessoa com 70 quilos terá, aproximadamente, sete litros de sangue correndo por suas veias e artérias.
Cordas Tendíneas
Músculos Papilares
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Sistema Circulatório Principais Veias do Corpo Humano Veias Profundas
Veia Jugular Interna
Veias Superficiais
Veia Jugular Externa
Veia Cava Superior
Veia Auxiliar
Veia Cava Inferior
Veias Pulmonares
Veia Afálica Veia Renal Veia Basílica
Veias Gástricas
Veia Mesentérica Inferior Veia Radial Veia Ilíaca Comum Veia Ilíaca Interna Veia Ulnar
Veia Mesentérica Superior
Veia Ilíaca Externa Veia Safena Acessória
Veia Femoral
Veia Poplítea
Veia Safena Magna
Veia Tibial
Arco Venoso Dorsal
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O coração é o órgão que bomba sangue para todo o corpo. E o primeiro órgão a receber sangue é o próprio coração. Ele é irrigado pela artéria coronária, que é o primeiro ramo da artéria aorta. A obstrução da artéria coronária promove infarto do coração.
Sistema Circulatório Principais Artérias do Corpo Humano Artéria Carótida Externa Artéria Carótida Interna Artéria Carótida Comum
Artéria Axilar
Artéria Subclavia Esquerda
Artéria Braquial
Aorta
Tronco Branquio Cefálico Aorta Abdominal Artéria Renal
Artéria Radial
Artéria Ulnar
Arco Palmar
Artéria Ilíaca Interna Artéria Ilíaca Externa Artéria Poplítea
Artéria Femoral
Artéria Tibial Anterior
Artéria Dorsal do Pé
Você sabe por que a artéria tem esse nome? O filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) era também anatomista e foi ele quem deu a denominação de artéria para esse vaso sangüíneo. Ao abrir alguns animais, observou neles tubos ocos, analisou e denominou-os de artérias, porque acreditou que por eles passava apenas ar. Isso porque, após a morte, o sangue das artérias migra para as veias. 23
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Sistema Linfático Distribuição geral e alguns detalhes Distribuição Geral do Sistema Linfático Linfonodos Cervicais
Linfonodo Seccionado Ducto Torácico
Linfático Aferente
Válvulas
Linfonodos Axilares
Cápsula
Cisterna do Quilo
Linfático Eferente
Vasos Linfáticos
Localização do Baço
Trabéculas
Linfonodos Ingnais
Baço (A) Face Anterior Artéria Esplênica
Veia Esplênica (B) Face Posterior
O sistema linfático tem grande importância na drenagem de resíduos do corpo humano. A filariose, doença transmitida pela picada de um mosquito, consiste em parasitas que se alojam nos vasos desse sistema impedindo a drenagem de líquido. Isso ocasiona, com os anos, inchaço nos membros inferiores, que ganham forma parecida com a da pata de um elefante, daí essa doença ser conhecida também por elefantíase. 24
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Sistema Digestório
Cavidade Oral Dentes
Glândulas Parótida Faringe
Língua Glândula Sublingual
Esôfago
Glândula Submandibular
Fígado
Estômago Ducto Colédoco
Visícula Biliar Pâncreas Duodeno
Colo Transverso
Colo Ascendente Intestino Delgado Colo Descendente Ceco Colo Sigmóide Reto Apêndice Vermifóide
Canal Anal
Ânus
Em nosso estômago, há ácido clorídrico – um ácido tão forte, que pode derreter um pedaço de metal. O nosso estômago só não é destruído pelo ácido clorídrico porque ele é revestido por um muco que o protege do ácido. O estômago de uma pessoa adulta tem capacidade, em média, de 2 litros. Mas, essa capacidade pode se alterar, uma vez que o estômago se contrai ou se expande, conforme a necessidade.
O intestino é um tubo de musculatura lisa, com cerca de 10 metros de comprimento, que fica dobrado dentro do abdome (barriga). Nele, ocorrem as transformações finais da digestão e a absorção dos alimentos. O intestino é composto pelo intestino delgado e intestino grosso. O intestino delgado mede aproximadamente 8 metros de comprimento e se divide em: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno tem um comprimento equivalente a doze dedos, o que justifica a origem do seu nome. O intestino grosso tem cerca de 1,5 metro de comprimento e divide-se em três partes: ceco, cólon e reto. 25
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Sistema Digestório
Tubo Digestório
Alguns detalhes
Esôfago Zona Cárdica
Os bebês têm muito mais papilas gustativas do que os adultos. Por isso, as crianças preferem sabores suaves e, somente depois que crescem, passam a gostar de outros sabores. Os bebês conseguem engolir e respirar ao mesmo tempo.
Jejuno/Íleo
Estômago Piloro Duodeno
Intestino Grosso Colo Transverso
Pâncreas Ducto Colédoco
Pâncreas Colo Ascendente Ducto Pancreático
Colo Descendente
Reto
Ânus
Duodeno
Glândulas Anexas Lobo esquerdo
Ducto Colédoco
Lobo direito
Fundo
Vesícula Biliar
Corpo
Curvatura gástrica menor Ducto Cístico Piloro
Nem todos os alimentos são digeridos pelo intestino. A casca do feijão é um deles. Então, principalmente no ceco, há bactérias que digerem esses alimentos. Mas, ao fazerem isso, essas bactérias produzem gases em quantidade. É por causa da produção de gases que uma pessoa afogada tende, depois de algum tempo, a boiar.
Fígado
Estômago
Curvatura gástrica maior
Pâncreas Duodeno
A saliva, que é produzida pelas glândulas salivares, tem a função de lubrificar e umedecer o interior da boca, para facilitar a fala e transformar os alimentos numa massa fácil de ser digerida. Tem também a função de dificultar o aparecimento de cárie, pois ao circular pela boca, a saliva remove os restos de alimentos e as bactérias, causadores de cárie. Diariamente, passam por nossa boca cerca de 1 litro e meio de saliva.
Ducto Pancreático
Palato Mole
Boca Lábio Superior Glândulas Palatinas Úvula Palatinas
Língua Lábio Inferior
Dentes
Faringe Tonsila Palatina Epiglote Papilas Valadas Papilas Fungiformes Papilas Filiformes
Língua Face Superior
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Sistema Urinário
Rim
Pirâmide Renal
Glândula Supra-Renal
Cálice Renal
Artéria Renal
Disposição Geral do Sistema Urinário
Veia Renal Pelve Renal Artéria Aorta Ureter Esquerdo
Veia Cavar Inferior Artéria Aorta (posição abdominal)
Ureter Direito
Rins
Ureteres
Bexiga Urinária
Uretra
Os rins são órgãos vitais para nossa sobrevivência. Eles são responsáveis pela eliminação das toxinas e do excesso de sais minerais do sangue, auxiliam no controle da produção dos glóbulos vermelhos, no controle da pressão arterial e da quantidade de líquidos no corpo.
Detalhe de um Corpúsculo Renal Arteríola Aferente
Cápsula Glomerular
Arteríola Eferente
Capilares Clomerulares
Bexiga Urinária A bexiga urinária é um órgão de músculo liso. Quando ela está vazia, tem forma similar à de uma pêra; quando está cheia, tem forma oval. A capacidade da bexiga é de cerca de 500 ml de urina.
Ureteres
Uretra
A cada hora, os rins filtram duas vezes a quantidade de sangue presente no corpo. Diariamente, eles filtram uma média de 140 litros de água, dos quais são eliminados apenas 1,2 litros, sob a forma de urina. A urina é composta por 96% de água, que é o meio de transporte que mantém solúveis os 4% de sólidos nela dissolvidos. 27
Sistema Genital Masculino Secção Sagital Média - Sistema Genital Masculino Próstata Bexiga Urinária
Corpos Cavernosos
Ducto Ejaculatório Vesícula Seminal
Uretra
Ânus Pênis Ducto Deferente Corpo Esponjoso Escroto Glande
Testículo Epidídimo
Em geral, o homem é fértil durante toda a sua vida, pois o testículo produz espermatozóides praticamente a sua vida inteira. Na mulher, o ovário produz cerca de 200 mil óvulos; desses, apenas 500, aproximadamente, podem chegar a maturar até por volta dos 45 anos da mulher, quando ela entra na menopausa. Desses 500 óvulos, os que não forem fertilizados serão eliminados pela menstruação.
Órgão Externo
Pênis
Representação Frontal do Sistema Genital Masculino
Escroto
Ureteres Glânde Vesícula Seminal Bexiga Urinária Ducto Deferente
A uretra masculina, que tem a função de conduzir o sêmen e a urina para o meio externo ao corpo, tem cerca de 18 cm de comprimento; já a uretra feminina, que conduz apenas urina, tem, aproximadamente, 4 cm de comprimento.
Epidídimo Testículo Escroto
Próstata Uretra Pênis Glande
Túbulos Seminíferos
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Sistema Genital Feminino Secção Sagital do Sistema Genital Feminino Bexiga Urinária
Tuba Uterina
Útero
Ovário
Osso Sacro
Sínfese Púbica
Reto Clitóris
Vagina Ânus
Uretra Lábio Menor Óstio Externo da Uretra
Órgão Externo – Vulva
Óstio Vaginal
Lábio Maior
O hormônio testosterona, produzido no testículo, é o responsável por uma série de mudanças no corpo masculino de uma criança de aproximadamente 12 anos. Ele faz desenvolver as características sexuais: modifica o tom da voz, faz crescer pêlos pelo corpo, como a barba, aumenta a força muscular e desenvolve a parte genital. Na mulher, o hormônio responsável por isso é o estrógeno. Ele promove o aparecimento das mamas, dos pêlos na genitália, aumenta o tecido adiposo (gordura) em determinadas áreas do corpo e desenvolve a parte genital.
Representação Frontal do Sistema Genital Feminino
Clitóris
Uretra
Tuba Uterina Infundíbulo Ovário
Pequeno Lábio Vagina
Útero
Fímbrias Bexiga Urinária
Cavidade Uterina Grande Lábio
Uretra
Vagina Óstio Vaginal
Clitóris Lábio Maior Lábio Menor
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Sistema Endócrino
Glândulas Endócrinas
1 9
2 8
3 7
4 6
5
1 - Tireóide 2 - Paratireóide 3 - Timo 4 - Supra-Renais 5 - Testículo 6 - Ovário 7 - Pâncreas 8 - Glândula Pineal 9 - Hipófise
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncrea, na sua ausência ou a alteração de sua composição, fazem com que o indivíduo não consiga absorver açúcar (glicose), que se acumula no sangue e gera a doença chamada Diabetes Mellitus. O Diabetes Mellitus recebe esse nome porque o açúcar acumulado no sangue é eliminado na urina, dando a ela um sabor doce, que lembra mel (mellitus). Antigamente, os médicos experimentavam a urina de seus pacientes para analisar se estavam com diabetes.
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Sistema Sensorial Olho Humano
Olho, Secção Média Sagital 2
18
1
17
3
16
14
15
4
13 11
5 10 6 7
8
Aparelho Lacrimal Glândula Lacrimal
9
12
1 - Músculo Reto Superior 2 - Humor Vítreo 3 - Retina 4 - Nervo Óptico 5 - Coróide 6 - Esclera 7 - Músculo Reto Inferior 8 - Processos Ciliares 9 - Câmara Posterior 10 - Pálpebra 11 - Inferior 12 - Íris 13 - Humor Aquoso 14 - Cristalino 15 - Câmara Anterior 16 - Pupila 17 - Córnea 18 - Pálpebra Superior Conjuntiva
Ductos da Glândula Lacrimal Pontos Lacrimais
Canalículos Lacrimais
Saco Lacrimal
As lágrimas mantêm a córnea limpa e também evitam infecções do olho. Esse líquido claro contém lisozima, uma substância que destrói bactérias e outros organismos produtores de doenças na córnea. Nos primeiros dois meses de vida, o bebê chora “a seco” literalmente, pois as lágrimas só começam a ser produzidas após 60 dias de vida. Antes desse tempo, o que protege os olhinhos do bebê é o fato de ele passar a maior parte do tempo dormindo.
Conjuntiva Óstio do Ducto Nasolacrimal
Supercílios e Cílios Supercílios
Pálpebra Superior Ângulo Medial Pálpebra Inferior
Cílios
Músculos Extrínsecos do Olho Reto Medial
Levantador da Pálpebra Superior
Reto Superior
Reto Lateral (Seccionado)
Córnea Reto Inferior
Esclero
No olho, a pupila é, aparentemente, preta, mas ela fica avermelhada em fotos tiradas com flash. Vamos entender por que isso acontece: o olho humano é como uma câmara escura com um orifício, a pupila. Como, normalmente, a luminosidade é maior fora do que dentro do olho, nós enxergamos a pupila preta. Entretanto, o fundo do olho (a retina) é intensamente irrigado por vasos sangüíneos, o que lhe dá uma cor vermelho-alaranjada. Quando uma luz intensa como o flash de fotografia entra no olho, a cor vermelha é preferencialmente refletida. Por isso que a pupila fica avermelhada nas fotografias. 31
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Sistema Sensorial Audição Estrutura Geral da Orelha Orelha Externa Ossículos Canal Semicircular
Secção Média Transversal dos Órgãos da Audição Orelha Externa
Orelha Média
Orelha Interna Tímpano
Utrículo
Meato Acústico Externo
Membrana Timpânica
Cadeia de Ossículos da Orelha Orelha Interna
Bigorna Martelo
Canal Semicircular Ósseo
Canal Semicircular Membranoso
Estribo Cóclea Membranosa Bigorna
Vestíbulo Ósseo Cóclea Óssea Labirinto Ósseo
Martelo
Vestíbulo Membranoso Labirinto Membranoso
Estribo
O som se propaga no ar. Ele é captado por nós através da vibração promovida pela membrana timpânica sobre os ossículos da audição. Tais ossículos deslocam a endolinfa da cóclea, estimulando, assim, o receptor para audição, órgão espiral (de Corti). Quando você fala, gera vibração que chega na orelha interna, através de ossos, cartilagens e músculos de sua cabeça, estimulando este receptor. Embora o receptor estimulado seja o mesmo, o meio que o estimula é um pouco diferente. Essa é a razão pela qual a sua voz parece diferente quando você a escuta num gravador e quando você se ouve falando. 32
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Sistema Sensorial
O fio de cabelo tem duas partes: a raiz e a haste. A raiz fica dentro da pele e é parte viva do cabelo. Já a haste, que são os fios, é composta por células mortas. Quando cortamos o cabelo, não sentimos dor porque o que está sendo cortado é a parte morta do fio, a haste. Agora, quando arrancamos um fio de cabelo, sentimos dor, pois estamos tirando a raiz viva e, portanto, sensível.
Tegumento Sentido do Tato (pele)
Pêlos
Epiderme
Músculo eretor do pêlo
Derme Terminações nervosas
Glândula sudorípara
Vazos sangüíneos
Hipoderme
Bulbo do pêlo
A pele é o maior órgão do corpo humano em extensão, sua superfície mede 2 metros quadrados e pesa cerca de 4 kg, o que corresponde, em um adulto médio, a 16% do seu peso total. A espessura da pele varia de 0,5 mm a 6 mm. A parte da pele mais fina é a da pálpebra e a mais grossa é a da planta do pé.
Raíz do pêlo Tecido adiposo
Os pés apresentam mau cheiro (chulé) quando fungos e bactérias (seres microscópios) crescem em nossa pele. Eles se alimentam do nosso suor e evacuam na nossa pele, o que gera odor desagradável. Parece terrível, mas é verdade. Os fungos e as bactérias são chamados de micróbios, que significa “pequena vida” (micro = pequena, bio = vida). Tato Pressão
Frio
Calor
Dor
Corpúsculo de Meissner (tato)
Terminações Nervosas Livres (dor)
Corpúsculo de Pacini (p0ressão)
Corpúsculo de Krause (frio)
Corpúsculo de Ruffini (calor)
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