TFG UNIMAR 2020 - Conjunto habitacional Morada do horizonte

Page 1

Joice Dantas Esposito Vol. 01 - Nยบ01 - ISSN 2020_001 - CDD 720


Dantas Esposito, Joice Morada do horizonte - Conjunto habitacional Joice Dantas Esposito Marília: UNIMAR, 2020. 76f Monografia (TFG - Trabalho Final de Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Marília, Marília, 2020. Orientação: Prof. Ms. Walnyce Scalise 1. sustentável 2.habitação 3. social 4. sustentabilidade. Dantas Esposito, Joice

CDD 720


REVISTA TFG - ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - UNIMAR ARQUITETURA E URBANISMO


UNIVERSIDADE DE MARÍLIA Reitor MÁRCIO MESQUITA SERVA Vice-Reitora REGINA LÚCIA OTTAIANO LOSASSO SERVA Pró-Reitora de Pós-Graduação FERNANDA MESQUITA SERVA Pró-Reitor de Administração MARCO ANTONIO TEIXEIRA Pró-Reitor de Graduação JOSÉ ROBERTO MARQUES DE CASTRO Pró-Reitora de Ação Comunitária FERNANDA MESQUITA SERVA Curso de Arquitetura e Urbanismo FERNANDO NETTO


UNIVERSIDADE DE MARÍLIA NDE – NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE • Ms. FERNANDO NETTO - Coordenador • Dr. IRAJÁ GOUVEIA - Docente • Ms. WALNYCE DE OLIVEIRA SACALISE - Docente • Ms. SÔNIA C. BOCARDI DE MORAES - Docente • Ms. WILTON F. CAMOLESE AUGUSTO - Docente NÚCLEO INTEGRADO DE PESQUISA E EXTENSÃO – NIPEX DRI • Dra. WALKIRIA MARTINEZ HEINRICH FERRER – Coordenação CPA - COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO • Dra. ANDRÉIA C. F. BARALDI LABEGALINI - Pesquisa Institucional

COMISSÃO EDITORIAL – REVISTA TFG • Ms. FERNANDO NETTO – Coordenador / Arquiteto e Urbanista • Ms. WILTON F. CAMOLESE AUGUSTO – Docente / Arquiteto • Dra. WALKIRIA MARTINEZ HEINRICH FERRER - Docente / NIPEX DRI • Dra. HELOISA HELOU DOCA – Docente / Letras • FERNANDO MARTINS – Marketing Unimar e Jornalista (MTB 76.753) COORDENAÇÃO - ARQUITETURA E URBANISMO • Prof. Ms. FERNANDO NETTO


Joice Dantas Esposito Discente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Marilia


Ma. Walnyce Scalise Orientadora e docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Marilia

Ms. Fernando Netto Coordenador e docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Marilia






SUMÁRIO CONCEITUAÇÃO CONCEITUAÇÃO

RESUMO RESUMO

•Problematização •Problematização •Justificativa •Justificativa •Objetivo •Objetivo •A •A sustentabilidade sustentabilidade apliaplicada cada em em habitações habitações de de interesse interesse social social

ANÁLIS ANÁ IMPLAN IMP

LEIS LEIS E NORMAS E NORMAS TÉCNICAS TÉCNICAS

13 1315 31 33 41 1725 25 31 15 17 33 41 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

A ORIGEM A ORIGEM DADA HABITAÇÃO HABITAÇÃO SOCIAL SOCIAL NONO BRASIL BRASIL

ANÁLISE ANÁLISE DEDE PROJ PR •Concurso •Concurso CODHA COD •Casa •Casa para para todos tod •Concurso •Concurso CODHA COD


SE DE DE AÇÃO NTAÇÃO

ORGANOGRAMA ORGANOGRAMA E E FLUXOGRAMA FLUXOGRAMA

REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS

OO PROJETO PROJETO

53 64 1 44 47 48 71 44 46 67 49 49 52 PROGRAMA PROGRAMA DEDE NECESSIDADES NECESSIDADES E PRÉ E PRÉ DIMENDIMENSIONAMENTO SIONAMENTO

TOS JETOS

AB SolSol Nascente Nascente

s

AB-DF DF

PARTIDO PARTIDO ARQUITETÔNICO ARQUITETÔNICOCONCLUSÃO CONCLUSÃO


RESUMO O presente artigo tem como ênfase abordar a importância da sustentabilidade aplicada em habitações de interesse social e como objetivo a criação projetual de um edifício com os mesmos fundamentos para a cidade de Marilia-SP. Tratando-se de uma cidade em crescimento, o acesso a moradia adequada é primordial para o seu bom desenvolvimento social. Para o avanço do estudo, então, foram examinados aspectos históricos que deram sua origem, revolução e adversidades através das décadas. De forma a compreender melhor o assunto, foi estudado seu conceito e a importância da sustentabilidade ligada a esse tipo de moradia. A pesquisa e leitura de projetos com mesmas características trouxeram a possibilidade de um comparativo, gerando respaldo para a criação do projeto, trazendo o conhecimento dos principais elementos encontrados nesses tipos de construção e suas devidas importâncias, bem como a análise das normas e leis vigentes necessárias para elaboração do mesmo. A escolha do terreno se deu de forma que houvesse infraestrutura urbana adequada, proporcionando melhor comodidade aos moradores,

13

para então propiciar a criação do programa de necessidades, considerando ambientes essenciais para convívio e funcionamento do edifício, apresentando também suas respectivas disposições dentro do terreno. No decorrer do trabalho, evidenciaram-se problematizações como a exclusão espacial desses empreendimentos, geralmente localizados longe do centro da cidade e de serviços essenciais como hospitais, mercados, escolas, transporte, dentre outros; assim como, os problemas ambientais atuais que impactam diretamente na vida e no futuro dos moradores e da população no geral. O reconhecimento dos problemas impactou diretamente nas escolhas projetuais, tornando-se foco para sua resolução. Foram então implantadas soluções mais sustentáveis e acessíveis, causando o mínimo impacto ambiental dentro das limitações impostas, beneficiando todos os moradores em questões de conforto, lazer e localização, transformando o local em um lugar em que pudessem se desenvolver com a estrutura correta, obtendo deste modo um bom resultado projetual. Buscou-se englobar desta forma dois grandes problemas urbanos: a falta de moradia adequada, e os problemas ambientais atuais. Palavras-chave: sustentável, habitação, social, sustentabilidade.

Bosco Verticale | Milão


14


INTRODUÇÃO A moradia traz a sensação de proteção e segurança ao indivíduo, sendo o lugar em que ele irá passar a maior parte do seu tempo. Uma moradia adequada faz com que seus habitantes se desenvolvam humanamente e socialmente de forma estruturada. Para isso, é primordial seu fácil acesso à cultura, lazer, educação, saúde, transporte e todos os demais serviços prestados pelo estado, garantindo assim seus direitos como cidadão. Grande parte da população Brasileira não tem acesso a moradia digna, vivendo em casas e locais precários, apresentando risco para

15

as pessoas que a habitam. A busca por melhores condições de vida e salubridade para a população mais carente fez com que o governo criasse as habitações de interesse social, casas com projetos e materiais mais simples e facilidade do seu financiamento, garantindo assim, a quem não tem grandes condições, mais chances de adquirir o imóvel próprio e melhorar sua condição de vida. Porém, a questão negativa, presente nos projetos de interesse social, começa com a sua localização, afastado do centro das cidades e de principais serviços


públicos, excluindo parte da população que mais necessita dessa proximidade. Outro aspecto presente é a falta de preocupação com a sustentabilidade dos empreendimentos, mesmo sendo um assunto bastante comentado nos dias de hoje, as construtoras em grande parte optam pelo barateamento da obra visando maior lucro. Sendo a sustentabilidade facilmente aplicada em questões simples como a escolha dos materiais, implantação adequada do projeto e redução de resíduos, pontos que nem sempre encareceriam demasiadamente o valor da obra, sendo levados em consideração desde a criação do projeto, através

de pesquisa e estudo de materiais ecológicos, contribuindo com o meio ambiente. Esse artigo busca apresentar soluções e vantagens em escolhas sustentáveis dentro da habitação de interesse social, criando um projeto que tenha preocupação com meio ambiente e o desenvolvimento de seus moradores. Essas alternativas barateariam as despesas dos residentes e ofereceriam melhor conforto térmico, além de certificar o desenvolvimento sustentável das gerações presentes e futuras.

16


CONCEITUAÇÃO

A Habitação de Interesse Social, em termos gerais, é aquela voltada à população de baixa renda que não possui acesso à moradia formal e nem condições para contratar os serviços de profissionais ligados à construção civil. (MOREIRA, 2019)

17

Por conta disto, as habitações são projetadas e pensadas para a população com menos condições financeiras, que até então não possuem moradia própria ou vivam em condições precárias. Costumam ser projetos com metragem quadrada menor que a habitual e localizada em áreas menos valorizadas, contendo dois quartos, cozinha, sala de estar e banheiro.

“As necessidades são as mesmas, mas, em função do objetivo de minimizar os custos de investimentos, os espaços são reduzidos e os projetos são simplificados” (FITTIPALDI, 2008). As habitações de interesse social (HIS) geralmente são de iniciativa publica com financiamento subsidiado pelo governo, facilitando deste modo a sua aquisição.


Contraste urbano de classes, comumente visto em cidades em desenvolvimento

P R O B L E M AT I Z A Ç Ã O

Conjunto Habitacional do Jardim Edite, São Paulo

A falta de moradia adequada à população carente se tornou um dos maiores problemas de países subdesenvolvidos como o Brasil. Muitas famílias vivem em construções irregulares em favelas, barracos improvisados em morros ou até mesmo em baixo de viadutos. Segundo o Censo Demográfico (2010), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem mais de 11 milhões de habitantes vivendo em favelas, que representam 6% da população, sendo a maior concentração de favelas na região sudeste do país. Se torna evidente a desigualdade socioespacial quando andamos, principalmente pelas maiores cidades do Brasil, a maioria localizadas também na região sudeste, comumente vemos um contraste urbano gritante estampado através de condomínios de alto padrão ao lado de grandes favelas, reforçando o problema social e a diferença de rendas existente. Com o agravamento do déficit habitacional, coube ao poder público criar alternativas através de programas de habitação, como exemplo: Minha casa minha vida, onde o futuro morador paga uma parcela equivalente a 5% da sua renda mensal familiar, e as casas são construídas através de construtoras contratadas

18


1º Lugar no concurso CODHAB-DF para edifícios de uso misto | Santa Maria/DF | Estúdio Gamboa de Arquitetura

pela Caixa econômica federal; outro programa que tem por finalidade resolver questões habitacionais voltados exclusivamente para a população de baixa renda é o CDHU, a iniciativa, além de produzir moradias, também intervêm no desenvolvimento urbano das cidades. A grande questão desses empreendimentos ocorre pela sua localização e padronização, a característica principal das habitações de interesse social se dá pelo seu distanciamento das infraestruturas urbanas, reforçando a desigualdade e a exclusão territorial, questão que ainda tem sido replicada na maioria desses projetos (MARGUTI, 2018). “E isto ia ao encontro de um antigo desejo da elite: eliminar os cortiços do centro da cidade e segregar o trabalhador na periferia, reduzindo assim o custo das moradias e ampliando a distância física entre as classes sociais” (BONDUKI, 1998, p. 77). A

19

maioria da população mais carente não tem condições de adquirir seu próprio meio de locomoção, recorrendo para o transporte público, que muitas vezes não chega a determinados lugares onde foram implantadas as unidades habitacionais, ou tendo então que pegar vários ônibus para chegar ao seu destino. Excluindo a quem mais necessita de acesso fácil ao trabalho e lazer. Outro aspecto a ser destacado é que a maioria dos projetos de habitações de interesse social no Brasil foi produzida seguindo soluções de projeto padronizadas para casas ou edifícios multifamiliares. O objetivo da padronização era controlar o custo da construção. Por causa disso, as necessidades dos usuários e características climáticas regionais não foram levadas em consideração, causando grandes distorções no resultado do desempenho de projetos. (BESSA, et al. 2010, p.15)


JUSTIFICATIVA Diante de problemas como a desigualdade social, a responsabilidade social e ambiental se torna cada vez mais necessária por parte de nossos governantes e da iniciativa privada. Uma das medidas cabíveis com intuito de minimizar a desigualdade e ajudar o desenvolvimento da população mais carente é a habitação de interesse

social. Tendo como objetivo de prover o acesso a moradia digna para a maior parte da população, esse tipo de empreendimento se mostra essencial no mundo em que vivemos, tendo inúmeros casos de sucesso espalhados pelo mundo, ajudando assim, a diminuir os problemas das sociedades modernas.

OBJETIVO A proposta consiste na criação de um conjunto habitacional com ênfase na sustentabilidade. Sendo sua finalidade proporcionar maiores chances de cidadãos com menor condição financeira obterem moradia digna, tirando-os de favelas, habitações precárias e constantes situações perigosas a que ficam expostos, criando um ambiente adequado para o seu devido crescimento social, fornecendo conforto e a comodidade ao morar em um local com infraestrutura urbana, dessemelhante ao que muitos ainda vivem atualmente no Brasil.

O edifício contara além das áreas privativas (apartamentos) com áreas de lazer, paisagismo, horta comunitária e prática de esportes, gerando espaços com atividades favoráveis ao desenvolvimento humano e ambiental, uma vez que uma das principais preocupações com o empreendimento será a sustentabilidade, não somente trazendo-a no projeto através de uso de materiais ecológicos e escolhas sustentáveis, mas no dia a dia dos habitantes, provendo contato direto com o meio ambiente e estimulando a responsabilidade ambiental, indispensável no mundo atual em que vivemos.

20


SUSTENTABILIDADE APLICADA EM HABITAÇÕES DE INTERESSE S O C I A L Dados os últimos desastres ambientais, a sustentabilidade se tornou e vem se tornando cada vez mais um dos assuntos mais comentados e priorizados dentro de diversas áreas e profissões, tal como na arquitetura, ela se institui através de pequenas decisões diárias. Agregar a sustentabilidade a habitação de interesse social se torna vantajoso uma vez que ambos buscam solucionar problemas urbanos atuais. “Toda a sociedade se beneficia de edificações que são economicamente viáveis e funcionais, tanto agora como no futuro”. (HEYWOOD, 2015, p. 14) Dessa maneira, as construções

21

sustentáveis, ou construções verdes como também são chamadas, procuram analisar desde os primeiros passos da criação através de um planejamento inteligente, desde a escolha dos materiais, terreno e implantação. Esse tipo de projeto busca diminuir a quantidade de resíduos (proveniente das obras), assim como minimizar o uso da água, utilizar-se de energias renováveis como a fotovoltaica, uso de materiais reutilizados ou com maior durabilidade proveniente de distribuidores locais (de forma a evitar transporte desnecessário), sistema para captação e reuso de água das chuvas,

Habitação de Interesse Social de Sobradinho 247 Arquitetura | Distrito Federal


Segundo a redação do site SustentArqui (2019) a indústria da construção civil é a que mais gera resíduos no planeta, sendo que as construções consomem de 50% a 75% dos recursos naturais do mundo.

22


implantação adequada proporcionando melhor ventilação e iluminação, porcentagem de áreas permeáveis, planejamento projetual para possíveis novos usos, entre outras diversas soluções mais sustentáveis, todas estas com objetivo de causar o mínimo impacto ambiental possível, através de escolhas simples, melhora-se a

23

qualidade de vida dos moradores, (como melhor ventilação e iluminação resulta em menor consumo de energia elétrica e consequentemente na diminuição dos custos) melhorando a condição habitacional, e evitando que recursos essenciais para gerações futuras sejam extintos.


Com a finalidade de avaliar esse tipo de construção surgiram os selos de sustentabilidade, eles certificam e comprovam se o projeto atende os itens necessários para ser considerado sustentável. Existem vários tipos de selos de diversos países como Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) e o selo de Alta Qualidade Ambiental (AQUA), ambos com várias categorias para classificação; sua categorização vai de acordo com a quantidade de itens atendidos, essa certificação além de garantir a sustentabilidade aplicada ao edifício acaba valorizando os projetos. Para as habitações de interesse social a caixa criou sua própria avaliação denominada como Selo Casa Azul, uma iniciativa importante para o incentivo a sustentabilidade. Afim de qualificar esses empreendimentos o Selo Casa Azul

analisa desde o projeto até as etapas de construção com objetivo de garantir que as medidas estão sendo executadas de acordo com o mesmo, no final o projeto recebe o selo de acordo com o nível da sua classificação. Com o Selo Casa Azul CAIXA, busca-se reconhecer os projetos de empreendimentos que demonstrem suas contribuições para a redução de impactos ambientais, avaliados a partir de critérios vinculados aos seguintes temas: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água e práticas sociais. (COELHO, 2010, p. 5)

24


A ORIGEM DA H A B I TA Ç Ã O DE INTERESSE SOCIAL NO B R A S I L

25


A produção e colheita do café fez com que a cidade de São Paulo, a partir 1880, recebesse muitos imigrantes em busca de trabalho, segundo o IBGE, São Paulo possuía por volta de 65 mil habitantes, que em 1890 se tornaram 239 mil, com o grande crescimento em tão pouco tempo, resultou em uma das primeiras crises habitacionais da cidade. Na época, os trabalhadores moravam em cortiços em condições precárias e insalubres, e constantemente ficavam doentes. Frente a expansão da cidade, o poder público encontrou dificuldades – além de desinteresse, no caso dos bairros populares – para atender a tantas solicitações. Os problemas que mais preocupavam as autoridades eram os que agradavam as condições higiênicas das habitações, dado que no final do século foram inúmeros os surtos epidêmicos que atingiram as cidades brasileiras. Essa questão passou a receber tratamento prioritário do Estado e pode-se dizer que a ação estatal sobre a habitação popular se origina e permanece na Primeira República voltada quase que apenas para esse problema. (BONDUKI,1998, p.20) Os aluguéis de casas individuais eram caros demais para os trabalhadores, que acabavam sem opção melhor de moradia. Entretanto, os cortiços eram vantajosos aos seus proprietários que obviamente lucravam com estes, sendo o tipo de habitação mais popular no período. Vila Operária da Gamboa | Rio de Janeiro

Em melhoria aos cortiços surgiram as vilas operarias, uma pequena intervenção do poder público (que até então encontrava-se relutante a interferências) com o privado, Bonduki (1998, p. 40) relata que o poder público diante de acabar com as habitações insalubres precisava estimular a construção de novas moradias econômicas e higiênicas, dessa forma, favores foram concedidos ao setor privado, afim de incentivar a produção habitacional, porém essas medidas foram tomadas somente no governo Vargas. A ação favorecia a todos os lados, o poder privado lucraria com a construção e aluguel das residências, e o poder público em demonstrar iniciativa perante a situação precária dos trabalhadores. Além dos investidores, os donos de industrias também aproveitaram a situação: [...] industriais cujas fábricas desempenhavam papéis de destaque ao contexto econômico, ou “empreendedores imobiliários” da época passam a receber incentivos para a edificação de vilas buscando a reversão dos problemas decorrentes com o desenfreado crescimento de cortiços. Aliados à otimização do trabalho e a uma espécie de limpeza urbana, tais conjuntos residenciais pontuariam as novas regiões recentemente loteadas, próximas aos eixos férreos, leitos de rios ou pontos estratégicos de extração de matéria-prima. (ARCHDAILY, 2018)

26


Revolução industrial no Brasil

É notório a segregação espacial desde as primeiras habitações voltadas para a população mais carente, intencionalmente construídas em áreas menos valorizadas ou próximas aos seus trabalhos, com objetivo de distanciar as classes sociais e diminuir o custo das moradias, entretanto, dificultando o seu acesso a serviços públicos localizados no centro da cidade. No século XX, iniciou-se a revolução industrial no Brasil, provocando um grande êxodo rural e trazendo pessoas de vários lugares para a cidade em busca de trabalho nas fabricas e melhores condições de vida (MOREIRA, 2019). Com o grande fluxo de pessoas e a superlotação das cidades, não haviam moradias suficientes, cabendo ao governo interver de forma mais consistente do que a anterior e encontrar soluções efetivas para a grande demanda populacional. Com a revolução de 1930, Getúlio Vargas acaba assumindo o governo e tira a República oligárquica do poder. Em seu governo ocorreu reestruturação da política brasileira e grandes investimentos para o setor industrial, econômico e trabalhista. Com a finalidade de se manter no poder, o presidente precisava agradar a todas as classes, principalmente a operaria. (BONDUKI,1994)

Produção e colheita Produção e colheita de café resultou de café resultou crescimento de de crescimento imigrantes em São imigrantes em São Paulo Paulo

Surgimento Surgimento primeiras das das primeiras operárias vilasvilas operárias

1880-1890 1880-1890

Primeiras crises habitacionais, Primeiras crises habitacionais, trabalhadores moravam em em trabalhadores moravam cortiços cortiços

27

Criação da Fundação Criação da Fundação da da Casa Popular Casa Popular

Revolução industrial Revolução industrial no Brasil no Brasil

Cria nhi

1900-1949 1900-1949

Congelamento dos dos aluguéis Congelamento aluguéis (lei do (lei inquilinato) do inquilinato)

Criação Criaç da Ha d


Como a habitação sempre representou um grande ônus e um problema dos mais graves a ser resolvido pela classe trabalhadora urbana, visto o aluguel da moradia consumir uma parcela considerável do salário, a formulação pelo Estado de um programa de produção de moradias e de uma política de proteção ao inquilinato tinha ampla aceitação pelas massas populares urbanas e mostrava um governo preocupado com as condições de vida da população menos favorecida. (BONDUKI, 1994, p. 717) As ações imediatas tomadas pelo governo de Vargas, entretanto, não foram suficientes. A ideia do governo no ano de 1942 foi um congelamento dos alugueis intitulada como a Lei do inquilinato, no entanto essa medida ocasionou uma situação contraria do que a planejada: despejos de moradores, escassez na construção de novas moradias e uma crise habitacional

descomunal, já que o retorno aos investidores não seria mais tão vantajoso. Na época, a cidade já possuía mais de um milhão e trezentos mil habitantes (IBGE, 2010). Em 1937, é criado IAP’s (Institutos de aposentadoria e pensões) e em 1946 a Fundação da casa popular, medidas constituídas pelo governo com a finalidade de amenizar a situação habitacional. “A produção estatal de moradias para os trabalhadores representa o reconhecimento oficial de que a questão habitacional não seria equacionada apenas através do investimento privado, requerendo, necessariamente, intervenção do poder público”, (BONDUKI, 1994, p.724).

Fundação FGTSFGTS (Fundo de de Fundação (Fundo Garantia do Tempo de Serviço) Garantia do Tempo de Serviço) possibilitando aos aos trabalhadopossibilitando trabalhadores ores financiamento de imóveis o financiamento de imóveis

o da COHABs (Compaação da COHABs (Compae Habitação Popular) ia de Habitação Popular) 1950-1999 1950-1999

Banco Nacional do Banco Nacional ação (BNH) abitação (BNH)

Criação Minha Casa, Minha Criação Minha Casa, Minha VidaVida (MCMV) (MCMV)

2000-2020 2000-2020

Criação do CDHU (Companhia Criação do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitaciode Desenvolvimento Habitacional enal Urbano do Estado de São e Urbano do Estado de São Paulo) Paulo)

28


29


Conjunto Habitacional Heliópolis

Com o golpe militar, em 1964, a FCP foi extinta, sendo criado o Plano Nacional de Habitação, o primeiro grande plano do governo militar. Para além das ações diretamente relacionadas à habitação, o Plano buscava a dinamização da economia, o desenvolvimento do país (geração de empregos, fortalecimento do setor da construção civil etc.) e, sobretudo, controlar as massas, garantindo a estabilidade social. (MOTTA, 2011) Em 1964, com o começo da ditadura militar, é criado o Banco Nacional da Habitação (BNH) que teve como objetivo a construção e financiamento de moradias sociais e com ele a criação das COHABs (Companhia de Habitação Popular) que tinha proposito de solucionar o déficit habitacional do país. Após o seu encerramento, este papel é atribuído a Caixa econômica federal. No meio desse período, em 1966, foi fundado o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que nada mais era do que uma reserva de dinheiro pago pela empresa contratante, caso o trabalhador fosse demitido, porém, poderia também ser usado no financiamento de moradia e construção, o que facilitou e facilita até os dias de hoje o financiamento e aquisição da casa própria pelos trabalhadores.

Após o término do BNH e durante todos os anos de desenvolvimento e crescimento de São Paulo, foram criadas várias políticas habitacionais, todas com o propósito de cessar a falta de moradia adequada, principalmente nas grandes cidades, seja este por meio de instituições privadas (através de interesse financeiro) ou públicas. Por fim, em 2009 no governo de Lula, é fundado o “Minha Casa, Minha Vida”, com o mesmo objetivo dos outros programas: acabar com o déficit habitacional. O projeto engloba famílias com diversas rendas, sendo dividido estes em grupos e havendo ajustes conforme seus rendimentos, até os dias de hoje, distribuiu milhões de casas. Segundo Lis (2019) cerca de 5,5 milhões de habitações foram contratas e mais de 4 milhões entregues. Assim como vários programas governamentais sofrem com as corrupções, este não se torna diferente, apesar de beneficiar várias famílias o programa é acusado de desvios por políticos e construtoras, além de mau estado, financiamentos irregulares e questões ambientais, (DECAT, 2014).

30


LEIS E NORMAS TÉCNICAS

As normas são essenciais para se manter a ordem e padronização técnica nos projetos arquitetônicos de maneira que o seu resultado final seja funcional de acordo com as

necessidades individuais, sendo acessível para todos. Para projetos de habitação de interesse social não é diferente e é de extrema importante o seguimento dessas normas.

Lei Complementar nº 42:

Código de obras e edificações do município de Marilia – Última atualização em 25 de novembro de 2014. O código de obras de Marilia, local onde será implantado o edifico, possui orientações e diretrizes para criação dos vários tipos de projetos, dentre elas as regras para habitações de interesse social assim como suas áreas comuns em casos de edifício multifamiliar, as medidas mínimas dos ambientes (que são reduzidas em comparação as de residência unifamiliar afim de atender a demanda projetual), ventilação, pé direito, entre outros.

Lei nº 4455:

Lei de zoneamento e uso de solo – Última atualização em 25 de setembro de 2019. A lei de zoneamento e uso do solo nada mais é do que a setorização da cidade, que tem como objetivo o crescimento ordenado definido por diretrizes sobre o que pode ser construído em cada zona urbana.

31


ABNT NBR 9050:

Acessibilidade - Última atualização em 11 de outubro de 2015. A norma regulamenta sobre a acessibilidade dos edifícios, que devem ser adaptados para receber todas as pessoas portadoras de necessidade especial, devendo seus equipamentos de mobiliário, circulação e todos elementos arquitetônicos fornecerem autonomia e integração para os mesmos.

ABNT NBR 15575 – Última atualização em julho de 2013. Norma de

desempenho. A norma ordena e apresenta requisitos mínimos para que os edifícios residenciais (englobando os de interesse social) sejam eficientes em questões de segurança, habitabilidade e ambientais, com o objetivo de prevenção de patologias nos edifícios, durabilidade, qualidade dos materiais, conforto térmico e acústico, e baixo impacto ambiental.

ABNT NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações

- Última atualização em novembro de 1995. Regulamenta sobre as exigências para elaboração de edifícios arquitetônicos.

ABNT NBR 15113 –

Resíduos sólidos da construção civil - Última atualização em 30 de junho de 2004. A norma se aplica ao despejo correto de resíduos provenientes das obras. Por se tratar de um projeto que visa um menor impacto ambiental, a norma se torna indispensável.

ABNT NBR 9077 –

Saídas de emergência em edifícios Última atualização em 27 de dezembro de 2001. Exigências para que as pessoas possam evacuar o edifício rapidamente em caso de incêndio e emergências, assim como os bombeiros possam entrar facilmente no edifício para prestar socorro se necessário.

ABNT NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto - Última atualização

em dezembro de 1987. A lei informa sobre o nível máximo de ruídos permitidos para que haja melhor conforto acústico nas edificações.

32


CONCURSO

CODHAB-DF

SOL NASCENTE MENÇÃO HONROSA O projeto participou de um concurso da CODHAB do Distrito Federal, onde recebeu menção honrosa. Sua autoria pertence a Vigliecca & Associados. Segundo Souza (2017) a alta densidade e aproveitamento do solo fazem parte das características do projeto, dispondo de uma maior quantidade de residências em um menor espaço, através dos pavimentos.

33


34


Por meio de sua leitura, é possível identificar a preocupação com a criação de espaços para a interação social entre a vizinhança, desde os corredores são pensados para que promovam esse convívio, e a criação de vínculos, essenciais para o desenvolvimento humano. As circulações abertas são envoltas

35

por vegetações que criam um clima mais ameno e agradável, além de permitirem uma maior entrada de luz natural. Sendo as moradias dispostas entre 4 apartamentos tipo, com 2 e 3 dormitórios, em cada canto tem-se uma função, aproveitando o máximo do espaço disponível. (SOUZA, 2017)


36


CASA PARA TODOS

DORTHEAVEJ RESIDENCE

37


O projeto Casa para todos foi criado pelo escritório Bjarke Ingels Groupe e está localizado em Copenhague, na Dinamarca. Sua volumetria e estética distintas foram criadas através de estruturas pré-moldadas e impressionam, dado o orçamento baixo característico das residências de interesse social. Suas grandes aberturas fazem com que entre luz natural a maior parte do dia e evite o uso desnecessário de energia, atentando também a sustentabilidade foi implantado um estacionamento de bicicletas, incentivando deste modo o seu uso. (HERNANDEZ, 2018)

valorizasse os espaços públicos com passeios e vegetações, para isso o edifício foi implantado de modo que contornasse uma praça pública como demonstra a figura 5, em conjunto com as entradas abertas do edifício permitem que não só os moradores, mas como os pedestres também tenham acesso, envolvendo toda a população do bairro a áreas verdes de lazer.

Segundo Hernandez (2018), o projeto foi criado de forma que

38


CONCURSO

CODHAB-DF

HABITAÇÃO DE INTERESSE S O C I A L

O projeto participante do concurso do Distrito Federal possui várias soluções sustentáveis e baixo orçamento, tornando-o acessível. Ele foi projetado para que fossem utilizados blocos estruturais e para que possam ocorrer intervenções e adaptar-se melhor as necessidades dos moradores, como demonstram as figuras 8 e 9, a possibilidade de ampliação das residências (PALHARES, et al. 2017) Foram criados espaços que proporcionassem inclusão entre os moradores, assim como aspectos sustentáveis visando um melhor conforto tér-

39

mico, iluminação adequada, para captação da água das chuvas para reuso, aquecimento solar para as águas, e criação de áreas permeáveis com vegetações nativas. (PALHARES; et al. 2017)


Planta original

Planta com expansĂŁo

40


ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO O local para a implantação do projeto foi feito através de uma análise do terreno e do seu entorno, com o propósito de escolher o melhor local para o empreendimento, onde houvesse acesso fácil a serviços essenciais e não estivesse tão afastado do centro da cidade, para isso, foram estudados 3 terrenos.

(Conjunto Residencial de Caráter Social) segundo a Lei nº4455 de Zoneamento e uso do solo de Marília (1998), de acordo com sua inserção, somente é permitido sua construção em zona especial dos corredores 3, zona residencial 3 e zona residencial 4 (interesse social), limitando-se as opções. Conjunto Residencial de Caráter Social.

Habitações de interesse social estão enquadradas como R4

ESTUDO 1 - JARDIM GUARUJÁ O terreno está inserido na rua Cecílio Rocha, zona sul de Marília, faz parte da Zona especial dos corredores 3, fica localizado paralelo a Avenida João Ramalho, via importante com muitos comércios e de fácil acesso por transporte público, próximo a posto de saúde, escola, creche e ao lado de um supermercado. O bairro é caracterizado por ser predominantemente residencial, não possui prédios com mais de 3 pavimentos, o que a implantação da habitação alteraria demasiadamente seu entorno.

41


Sua topografia é caracterizada por um grande declive, seguindo o nível da rua. Possui aproximadamente 48m de testada e área de 5.700m²

ESTUDO 2 - JARDIM CONTINENTAL Localizado na Avenida Sampaio Vidal (Via expressa) na altura do número 490, está enquadrado como zona residencial 3, próximo a escolas e padarias, porém um pouco mais longe de mercados e com menor opção de transporte, dado que são poucas as linhas de ônibus que passam pelo local.

Sua topografia é composta por leve declive, medindo 52m de testada por 177,00, com aproximadamente 8.800 m².

42


ESTUDO 3 - JARDIM MONTE CASTELO O terreno então escolhido dentre os demais estudos, está localizado na Avenida Martim Afonso, altura do número 182, no bairro Jardim Monte Castelo. O local definido apesar de não ser localizado no centro de Marília, está inserido em um subcentro Nova Marília, apresentando características importantes e fundamentais para a implantação desse tipo de empreendimento, como a proximidade de mercados, escolas, creches, lanchonetes, hospitais e pontos de ônibus com acesso a várias linhas.

Possui testada de 87m por 127m e área aproximadamente de 10.500m², sendo assim maior em relação aos outros locais. De imediato, será usado apenas metade do terreno para a construção, totalizando 5.524,50m², visando futuramente a possibilidade de ampliação do projeto.

43


Esta inserido na zona residencial 3, sendo tolerado o uso de residencial 4, com Taxa máxima de ocupação (T.O) de 60% e Coeficiente de aproveitamento máximo (C.O) de 1,2. O terreno confrontante possui um condomínio de prédios de caráter social.

Terreno escolhido

Terreno confrontante com condôminio residencial

44


PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO SERVIÇOS AMBIENTE

M² UNITÁRIO

GUARITA BANHEIRO GUARITA COPA/SALA FUNCIONÁRIOS SANITÁRIO/VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS CASA DE MEDIÇÃO DEPÓSITO DE PRODUTOS LAVANDERIA DEPÓSITO DE LIXO DEPÓSITO DE GÁS ESTACIONAMENTO CARRO ESTACIONAMENTO MOTO ESTACIONAMENTO VISITANTES BICICLETÁRIO TOTAL

4,99m² 1,20m² 24,60m² 6,12m² 2,01m² 6,48m² 6,48m² 2,29m² 1,97m² 12,50m² 2,00m² 12,50m² -

QUANTIDADE 01 01 01 02 01 01 01 01 01 77 24 08 -

M² TOTAL 4,99m² 1,20m² 24,60m² 6,12m² 2,01m² 6,48m² 6,48m² 2,29m² 1,97m² 962,50m² 48,00m² 100,00m² 55,62m² 1.222,26m²

CONVÍVIO AMBIENTE PRAÇA PLAYGROUND SALÃO DE FESTAS COPA (SALÃO DE FESTAS) DESPENSA (SALÃO DE FESTAS) SANITÁRIO FEM. PNE (SALÃO DE FESTAS) SANITÁRIO MASC. PNE (SALÃO DE FESTAS) ACADEMIA SANITÁRIO FEM. (ACADEMIA) SANITÁRIO MASC. (ACADEMIA) QUIOSQUE SANITÁRIO FEM/MASC/PNE (QUIOSQUE) SALA DE JOGOS SANITÁRIO (SALA DE JOGOS) TOTAL

45

M² UNITÁRIO

QUANTIDADE

M² TOTAL

80,00m² 30,00m² 91,66m² 10,12m² 2,46m² 3,39m² 3,24m² 69,52m² 3,22m² 3,06m² 23,09m² 2,40m² 39,34m² 3,47m²

01 01 02 02 02 02 02 01 01 01 02 02 01 01

80,00m² 30,00m² 183,32m² 20,24m² 4,92m² 6,78m² 6,48m² 69,52m² 3,22m² 3,06m² 46,18m² 4,80m² 39,34m² 3,47m² 501,33m²


SERVIÇOS PRIVATIVO (APARTAMENTOS) AMBIENTE

M² UNITÁRIO

QUANTIDADE

M² TOTAL

APARTAMENTO TIPO 01 DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 02 SALA DE ESTAR/JANTAR COZINHA ÁREA DE SERVIÇO BANHEIRO VARANDA

45,22m² 8,08m² 11,52m² 13,33m² 5,25m² 2,10m² 3,02m² 1,92m²

36 01 01 01 01 01 01 01

1.627,92m² 8,08m² 11,52m² 13,03m² 5,25m² 2,10m² 3,02m² 1,92m²

APARTAMENTO TIPO 02 DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 02 SALA DE ESTAR/JANTAR COZINHA ÁREA DE SERVIÇO BANHEIRO 01 BANHEIRO 02 VARANDA

49,54m² 8,00m² 9,42m² 15,36m² 6,48m² 2,10m² 3,20m² 3,06m² 1,92m²

36 01 01 01 01 01 01 01 01

1.783,44m² 8,00m² 9,42m² 15,36m² 6,48m² 2,10m² 3,20m² 3,06m² 1,92m²

APARTAMENTO TIPO PNE 01 DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 02 SALA DE ESTAR/JANTAR COZINHA ÁREA DE SERVIÇO BANHEIRO 01 BANHEIRO 02

48,55m² 7,06m² 9,54m² 16,69m² 6,48m² 2,10m² 3,20m² 3,48m²

02 01 01 01 01 01 01 01

97,10m² 7,06m² 9,54m² 16,69m² 6,48m² 2,10m² 3,20m² 3,48m²

APARTAMENTO TIPO PNE 02 DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 02 SALA DE ESTAR/JANTAR COZINHA ÁREA DE SERVIÇO BANHEIRO

43,63m² 6,36m² 11,90m² 14,22m² 5,25m² 2,10m² 3,80m²

03 01 01 01 01 01 01

130,89m² 6,36m² 11,90m² 14,22m² 5,25m² 2,10m² 3,80m²

TOTAL

SETOR PRIVATIVO CONVÍVIO SERVIÇOS TOTAL

3.639,35m²

METRAGEM 3.639,35m² 501,33m² 1.222,26m² 5.362,94m²

46


47

F LU XO G R A M A

Para um bom planejamento e implantação do projeto foi elaborado um programa de necessidades dividido em setores (área de convívio social, privativa e serviço) o qual foram analisados todos ambientes essenciais, assim como suas respectivas metragens, atendendo as necessidades futuras dos moradores e trabalhadores. Por meio do programa de necessidades e

pré-dimensionamento foi desenvolvido o organograma com o objetivo de planejar a melhor disposição e implantação dos setores no terreno escolhido; e o fluxograma definindo acessos e circulações importantes.ipsum

ESTACIONAMENTO COBERTO ESTACIONAMENTO COBERTOAPARTAMENTOS APARTAMENT 3 3 BLOCO BICICLETÁRIO BICICLETÁRIO BLOCO W.C FEM/ W.C FEM/ MASC. MASC. W.C FEM/ W.C FEM/ MASC. MASC.

SALA DE DE SALA ACADEMIA JOGOS JOGOS ACADEMIA

APARTAMENTOS APARTAMENTOS DEPÓSITO DEPÓSITO LAVANDERIA LAVANDERIA

COPA/SALA COPA/SALA BLOCO 1 1 BLOCO FUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS

SANITÁRIO/VESTIÁRIO SANITÁRIO/VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS

CIRCULA CIRCU

GUARI GU ACESSO AUTOMÓVEIS/ ACESSO AUTOMÓVEIS/ SERVIÇOS SERVIÇOS

ACESSO MOR ACESSO M


ORGANOGRAMA

QUIOSQUES PLAYGROUND PLAYGROUNDQUIOSQUES

PRAÇA RAÇA DE DE CONVÍVIO CONVÍVIO

COPA COPA

HORTA HORTA COMUNITÁRIA COMUNITÁRIA

DESPENSA DESPENSA

FEM/ W.C FEM/ SALÃO DE DE W.C SALÃO MASC. MASC. FESTAS FESTAS BLOCO 2 2 BLOCO

ÃO AÇÃO

ITA

DORES RADORES

W.C FEM/ W.C FEM/ MASC. MASC.

ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO

ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO COBERTO COBERTO

APARTAMENTOS APARTAMENTOS

CASA DE DE MEDIÇÃO CASA MEDIÇÃO DEPÓSITO DE DE GÁS DEPÓSITO GÁS DEPÓSITO DE DE LIXO DEPÓSITO LIXO ACESSO AUTOMÓVEIS/ ACESSO AUTOMÓVEIS/ SERVIÇOS SERVIÇOS

48


PARTIDO ARQUITETÔNICO

49


O projeto do conjunto habitacional terá como um dos objetivos a criação de ambientes que proporcionem a interação social e com o meio ambiente, estimulando o convívio e bem-estar dos moradores e trabalhadores.

tos voltados para ela. Uma horta comunitária fara parte do projeto disponibilizando verduras e legumes aos que precisarem, sendo cuidada pelos próprios moradores, cabendo a cada um cumprir o seu papel diante do coletivo.

Os materiais construtivos como concreto sustentável e elementos pré-moldados serão comumente usados no projeto, assim como piso de concreto intertravado e piso drenante nas áreas sociais como as circulações, playground e praça de convívio e estacionamento, trazendo melhor permeabilidade ao solo em toda sua extensão projetual.

O pavimento térreo do bloco 2 como demonstrado no organograma anteriormente contara com dois salões de festas para os moradores, com a possibilidade de aluguel para eventos externos. Além dos salões, uma parte será usado como estacionamento coberto; o pavimento térreo do bloco 1 contara com o setor de serviços, academia, sala de jogos e apartamentos PNE; o térreo do bloco 3 será usado exclusivamente como estacionamento coberto; a partir do primeiro andar todos os blocos serão iguais, como sera demonstrado no pavimento tipo, composto por dois modelos de apartamentos.

Afim de criar um microclima ameno a praça central será envolvida por árvores e vegetações locais, proporcionando um ambiente de lazer e interação, onde possam contemplar o paisagismo e se distraírem, além de fornecer uma vista e ventilação privilegiada aos apartamen-

Habitação de Interesse Social de Sobradinho 247 Arquitetura | Distrito Federal

50


O telhado será coberto por painéis solares posicionados para a face norte, garantindo energia limpa para os moradores e sua armazenagem feita através de baterias possibilitará o uso dessa energia de noite ou em dias nublados. A figura acima expõe parte das propostas para a área, encontradas em um projeto ganhador do primeiro lugar em um concurso

51

da CDHU de 2010 com autoria de Ruben Carlos Otero e Monica Drucker. A fachada terá seus blocos dispostos de forma que juntos formem um “U” visto de cima, como no organograma, com uso de linhas retas, volumetria moderna e cores destacando determinados elementos. Com maiores


aberturas comparada as convencionais, possibilitando o maior aproveito da luz natural e ventilação ao longo do dia, o uso de cobogós fara parte da fachada no hall de cada andar. Em toda a fachada e projeto será buscado demonstrar o contraste entre o cinza (concreto/alvenaria) e o verde das árvores e vegetações que comporão o paisagismo tanto da fachada com suas floreiras, como do seu interior (praça, circulações, quiosques), com intuito de criar harmonia entre o meio ambiente e a construção em si.

A figura acima tem autoria de Vigliecca & Associados, participante de um concurso de edifícios mistos da CODHAB/DF, em conjunto com a figura ao lado permitem uma melhor visualização da ideia proposta para o partido arquitetônico. Desde os primeiros estudos do projeto transcorreu a constante preocupação com sua implantação e escolha dos materiais, na proposta de oferecer uma moradia sustentável e funcional, que fizesse sua parte na construção de um futuro mais harmonioso com o meio ambiente.

52


53


54


bloco 03

O conjunto habitacional estará localizado na Av. Martim Afonso, no bairro Jardim Monte Castelo - Nova Marília, estrategicamente próximo a serviços essenciais como escolas, mercados, hospitais e pontos de ônibus. Evitando dessa forma grandes deslocamentos. O nome Morada do horizonte foi escolhido com intuito de que esse tipo de empreendimento se torne mais frequente no preceito de preocupação socioambiental, desenvolvimento pessoal sustentável e coletivo, e que seja inspiração para novas habitações. A logo simboliza edifícios em perspectiva remetendo o horizonte (o além) e o futuro. A implantação do projeto se desenvolveu respeitando ao máximo a topografia do terreno e procurando evitar deslocamento de terra desnecessário. Seu declive possui 2m de altura, sendo pequeno se comparado a extensão do terreno (63,50m). Ao todo o conjunto possui 77 apartamentos (sendo cinco destes projetados para portadores de necessidades especiais ou idosos) distribuídos em três blocos.

SOL NASCENTE (FACE LESTE)

acesso automóveis IMPLANTAÇÃO

55

0

4

6

10

14


SOL POENTE (FACE OESTE)

bloco 02

bloco 01

estacionamento visitantes

acesso moradores

acesso automóveis

Através do estudo da orientação solar foi possível implantar da melhor forma os blocos habitacionais, permitindo assim que a praça central recebesse o sol da manhã e durante a tarde obtivesse sombra projetada pelo bloco 02.

TFG - Trabalho final de graduação - UNIMAR - 2020 Orientanda: Joice Dantas Esposito Orientadora: Profª Ma. Walnyce Scalise

1/6


PAVIMENTO TÉRREO

0

2

4

6

8

10

BLOCO 02- TÉRREO

0

2

4

6

8

10

BLOCO 03 - TÉRREO

0

2

4

6

8

10

BLOCO 01 - TÉRREO

57


PLANTA QUIOSQUE SEM ESCALA

COBERTURA QUIOSQUE SEM ESCALA

PLANTA GUARITA SEM ESCALA

COBERTURA GUARITA SEM ESCALA

guarita TFG - Trabalho final de graduação - UNIMAR - 2020 Orientanda: Joice Dantas Esposito Orientadora: Profª Ma. Walnyce Scalise

2/6


PLANTAS

PAVIMENTO TIPO

0

1

2

APARTAMENTO PNE TIPO 01

59

APARTAMENTO PNE TIPO 02

3

0

4

5

1

0

2

1

3

2

4

3

5

4

5


0

APARTAMENTO TIPO 01

APARTAMENTO TIPO 02

0

1

1

2

2

3

3

4

4

5

5

TFG - Trabalho final de graduação - UNIMAR - 2020 Orientanda: Joice Dantas Esposito Orientadora: Profª Ma. Walnyce Scalise

3/6


LAZER E DESENVOLVIMENTO Locais de lazer e convívio foram criados com o propósito de estimular interações sociais e propiciar atividades de recreação, principalmente as crianças que estarão em fase de crescimento e desenvolvimento. Encontrando assim um ambiente ideal para isso. A praça central será envolvida de árvores e plantas da região criando um microclima ameno a sua volta. Com bancos e paisagens para contemplação e socialização. Uma quadra poliesportiva será implantada dentro da praça, e uma academia no interior do edifício estimulando a pratica de esportes e uma vida saudável. Além do playground no interior do bloco 01 o conjunto terá uma sala de jogos. Os salões de festa além de atenderem aos moradores será aberto a comunidade que poderá alugar para eventos e workshops.

quiosque A horta comunitária terá o intuito de proporcionar alimentos frescos e orgânicos aos moradores que precisarem, sendo sua manutenção feita pelos próprios ocupantes. O quiosque ficara próximo a horta, terá equipamentos para churrasco e todos os utensílios necessários, podendo ser reservado para o uso.

61


praça

playground

TFG - Trabalho final de graduação - UNIMAR - 2020 Orientanda: Joice Dantas Esposito Orientadora: Profª Ma. Walnyce Scalise

quadra

4/6


CORTES E DETALHAMENTO CORTE B SEM ESCALA

CORTE A SEM ESCALA

CORTE B SEM ESCALA

CORTE A SEM ESCALA

RESERVATÓRIO SUPERIOR SEM ESCALA

CORTE C SEM ESCALA

63


TFG - Trabalho final de graduação - UNIMAR - 2020 Orientanda: Joice Dantas Esposito Orientadora: Profª Ma. Walnyce Scalise

5/6


MATERIAIS E SUSTENTABILIDADE Com o objetivo de que o conjunto fosse o mais sustentável possível - dentro das limitações encontradas, alguns materiais foram estrategicamente escolhidos. O piso Intertravado será instalado por todo o estacionamento, ruas e passeios, permitindo que a água das chuvas escoe para o solo, evitando alagamentos e deslizes. Além disso, esse tipo de piso tem a possibilidade de reaproveitamento e sua fabricação tem menor uso energético se comparado a outros tipos de revestimentos. Para o playground será usado um tipo de piso emborrachado fabricado a partir de pneus usados. Esse piso além de ser ecológico possui uma melhor aderência e amortecimento de impactos. Duas cisternas foram estrategicamente implantadas (como mostra na implantação) para a captação de águas pluviais, sendo essa água armazenada para uso na limpeza do terreno e para a irrigação da horta. Blocos de tijolos sustentáveis farão parte da elevação das paredes, sendo fabricados sem a queima de combustíveis fosseis. Além do estacionamento de carros e motos o conjunto ira dispor de um bicicletário vertical, estimulando o uso desse meio de transporte ecológico.

bicicletário vertical

Lixeiras seletiva serão espalhadas por todo o terren estimulando o descarte correto de lixo e a reciclag

65


no gem.

Cores claras farão parte da fachada e a cor laranja escolhida para destacar determinados elementos. O uso do cobogó permitira ventilação cruzada ao hall de cada andar, melhorando o conforto térmico no interior do edifico. Todas as áreas permeáveis serão cobertas por vegetações e plantas, criando um contraste em meio à construção.

Os blocos serão cobertos por telhas sanduiche fornecendo melhor conforto térmico aos apartamentos. Acima do telhado será instalado painéis fotovoltaicos inclinados para a direção norte, convertendo a luz solar em energia limpa e renovável.

cobertura blocos sem escala

TFG - Trabalho final de graduação - UNIMAR - 2020 Orientanda: Joice Dantas Esposito Orientadora: Profª Ma. Walnyce Scalise

6/6


67


CONCLUSÃO A escassez de habitação apropriada não se deu origem nos dias de hoje, através do estudo histórico é perceptível uma série acontecimentos que aprofundaram ainda mais a questão habitacional no Brasil através do tempo. O crescimento acelerado das cidades trouxe o agravamento desse problema e deu mais importância a programas que incentivassem e facilitassem o acesso da casa própria as pessoas mais carentes. Fica claro a relevância de se tratar assuntos sociais nos dias de hoje onde cada vez mais é perceptível as desigualdades de classes, onde constantemente presenciamos nas grandes cidades esse contraste social. O conjunto habitacional Morada do Horizonte dedica-se a aqueles que mais necessitam de iniciativas sociais e em fazer a sua parte em relação diminuição da geração de resíduos da construção civil e uso de materiais prejudiciais ao planeta.

68


69


AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao meu pai José Francisco, que sempre me incentivou e instruiu, por todos seus sacrifícios e por todo o seu apoio e carinho. Perde-lo durante essa jornada não foi nada fácil, mas sentir a sua presença em todos os meus dias me fez me sentir mais forte para conquistar meus objetivos. Agradeço ao meu namorado Lucas por sempre me ajudar, me encorajar e acreditar no meu potencial. Ao meu irmão Guilherme e a toda minha família por todo o apoio. À Pedrita por todo companheirismo e carinho durante esses anos. À Universidade de Marilia e a todos os professores pelos ensinamentos. Em especial agradeço a minha orientadora Walnyce por toda paciência, conhecimento e questionamentos que me fizeram chegar ao resultado final do meu trabalho de graduação. Por ultimo agradeço aos meus amigos de sala por deixar meus dias mais leves e felizes e por todos os conhecimentos compartilhados.

70


REFERÊNCIAS ALMEIDA, Cássia; et al. Censo 2010: apenas 52,2% dos lares são considerados adequados. O Globo, 2012. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/censo-2010-apenas-522-dos-lares-sao-considerados-adequados-6424792>. Acesso em: 21 mar. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Norma de desempenho. Rio de Janeiro, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13532: Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura. Rio de Janeiro, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15113: Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio e Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152: Níveis de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro, 1987. BONDUKI, Nabil. Origens da Habitação social no Brasil: Arquitetura moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da casa própria. 7. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2017. BONDUKI, Nabil. Origens da Habitação Social no Brasil. Análise Social. vol. XXIX. São Paulo, 1994, p. 711-732.

71


BESSA, Vanessa M. Taborianski; CSILLAG, Diana; JOHN, Vanderley Moacyr; TAKAOKA, Marcelo Vespoli; SUZUKI, Eliane. 2010. Lições aprendidas: Soluções para sustentabilidade em Habitação de Interesse Social com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Disponível em: <http://www.cbcs.org.br/sushi/images/relatorios/Final_Brazil_reports_160511/2_Licoes_Aprendidas_100511.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2020. CAIXA ECONOMICA FEDERAL. Selo Casa Azul: Boas práticas para habitação mais sustentável. 1. ed. São Paulo: Páginas & Letras - Editora e Gráfica, 2010. Concurso público nacional de projeto de arquitetura para habitação de interesse social – CODHAB. Zero3Arquitetura. Disponível em: <http://zero3arquitetura.com.br/projeto/concurso-nacional-de-projeto-para-habitacao-de-interesse-social-codhab/>. Acesso em: 25 mar. 2020. DECAT, Eric. Fraude no cadastro de beneficiados é o problema mais comum do Minha Casa Minha Vida. Folha Política, 2014. Disponível em:< https://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/112550312/fraude-no-cadastro-de-beneficiados-e-o-problema-mais-comum-do-minhacasa-minha-vida>. Acesso em: 03 abr. 2020. ENTREVILAS: Um traçado imaginário pelas vilas operárias de São Paulo. ArchDaily, 2018. Disponível em:<https://www.archdaily.com.br/br/893918/entrevilas-um-tracado-imaginario-pelas-vilas-operarias-de-sao-paulo>. Acesso em: 22 mar. 2020. FITTIPALDI, Mônica. Habitação social e arquitetura sustentável em Ilhéus/BA. 2008. 156f. Dissertação (Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente). Universidade estadual de Santa Cruz, Ilhéus, 2008.

72


GARCIA, Caroline. Mais de 11 milhões vivem em favelas no Brasil, diz IBGE. IG, 2011. Disponível em: <https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/mais-de-11-milhoes-vivem-em-favelas-no-brasil/n1597418138857.html>. Acesso em: 26 fev. 2020. HERNANDEZ, Diego. Casas para todos - Dortheavej Residence / Bjarke Ingels Group. ArchDaily, 2018. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/903751/casas-para-todos-dortheavej-residence-bjarke-ingels-group>. Acesso em: 25 mar. 2020. HEYWOOD, Huw. 101 Regras básicas para edifícios e cidades sustentáveis. 1. ed. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2017. Impactos Ambientais da Construção Civil. SustentArqui, 2019. Disponível em: <https://sustentarqui.com.br/impactos-ambientais-da-construcao-civil/>. Acesso em: 02 abr. 2020. Instituto de pesquisa econômica aplicada – IPEA. A Nova Agenda Urbana e o Brasil: Insumos para sua construção e desafios a sua implementação. Brasilia, 2018. Cap. 8, p. 119-120. LIS, Laís. Minha Casa Minha Vida completa 10 anos com queda nas contratações. G1, 2019. Disponível em:<https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/25/minha-casa-minha-vida-completa-10-anos-com-queda-nas-contratacoes.ghtml>. Acesso em: 03 abr. 2020. MARILIA, Prefeitura Municipal de. Estado de São Paulo. Lei Complementar nº 42, 28 set. 1992: Código de obras e edificações do município de Marilia. Marilia, 1992. MARILIA, Prefeitura Municipal de. Estado de São Paulo. Lei no 4455, 18 jun. 1998: Lei de Zoneamento e uso de solo. Marilia, 1998. MOREIRA, Susanna. O que é habitação de interesse social?. ArchDaily, 2019. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/925932/o-que-e-habitacao-de-interesse-social>. Acesso em: 21 mar. 2020.

73


MOTTA, Luana. A questão da habitação no Brasil: Políticas públicas, conflitos urbanos e o direito à cidade. 2014. 15f. Dissertação (Mestrado em sociologia) – Faculdade de Sociologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2014. OTERO, Carlos; DRUCKER, Monica. Concurso Público Nacional de Arquitetura para Novas Tipologias de Habitação de Interesse Social Sustentáveis. Vitruvius, 2010. Disponível em:< https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.126/3902?page=10>. Acesso em: 24 maio 2020. PALHARES, Sérgio; et al. Concurso público nacional de projeto de arquitetura para Habitação de Interesse social. CODHAB, 2017. Disponível em:< http://www.codhab.df.gov.br/uploads/concourse/candidate/files/bda11adccdfc334256a721fcd8a8617d.pdf?utm_medium=website&utm_s ource=archdaily.com.br>. Acesso em: 25 mar. 2020. SOUZA, Eduardo. Menção honrosa no concurso CODHAB Sol Nascente – trecho 2, por Vigliecca & Associados. ArchDaily, 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/867889/mencao-honrosa-no-concurso-codhab-sol-nascente-nil-trecho-2-por-vigliecca-and-associados>. Acesso em: 25 mar. 2020. SOUZA, Eduardo. Resultado do Concurso CODHAB-DF de Projetos de Arquitetura para Habitação de Interesse Social. ArchDaily, 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/878022/resultado-do-concurso-codhab-df-de-projetos-de-arquitetura-para-habitacao-de-interesse-social >. Acesso em: 25 mar. 2020.

74


75


76



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.