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Pinturas Tテコlio Tavares
(VERSテグ SEM REVISテグ)
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Séries Simbólico Antropofagia Batalha Disso Preto e Branco Leve Abstração Veias
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O artista só entra para a história da arte, de forma duradoura, quando seu trabalho atinge uma abrangência que vai além do mercado, a carreira do artista não se mede pelos valores monetários, porque estes podem flutuar. O que garante solidez na tragetória artística é a fertilidade do conjunto da obra, que é reflexo das ações do artista, não somente sob os holofotes, mas nos gestos cotidianos, nas iniciativas espontâneas, e no discurso que movimenta a rotina. Túlio Tavares é uma aula de como ser artista, seu portifólio só pode ser comparado ao de artistas vinte anos mais velhos, um grosso livro sobre ele não conseguiria traduzir o bom humor e presença de espírito do seu trabalho, só mesmo um documentário longa metragem, altamente rentável, poderia traduzir sua obra. Seus trabalhos em suporte fotográfico, telas e papel sintetizam todas as características mais desejadas da arte pós-contemporânea: destreza técnica, beleza, reprodutibilidade, unicidade, resistência, autoria, e o mais importante, estofo. Ricardo Ramalho
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Simb贸lico
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Tiinta industrial sobre madeira 2014 1,84 X 2,44 m
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Na série de pinturas de Tulio Tavares se realiza um apelo direto ao olhar, suas pinturas são a própria presentificação do visual e do olhar. As cenas e as figuras decompõem-se na larga utilização do branco, cor que comporta todas as cores e parecem despertar em nós, formas que se reinventam. São índices que reconstruímos em nossa psique.
Tiinta industrial sobre madeira 2014 1,84 X 2,44 m
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Sobre série de pinturas de Tulio Tavares Rubens Zaccharias Junior.
É comum a relação entre pintura e história da arte, história que de alguma maneira recriou a própria ideia de Arte, dividindo suas manifestações em grupos, artistas, períodos e estilos, datas, povos e acontecimentos. Na história o tempo é totalmente abstrato, calcado na linguagem e definitivamente não experienciado por nós. Em uma olhada por sobre estas pinturas, constataremos que não podemos vê-las apenas pelo vocabulário fixo e sedentário da história.
Nômades, as imagens, não só na pintura, estão totalmente imbricadas de temporalidade e são a própria existência do tempo, arrastando com elas as formas que, desde o platonismo, se pretendem fixas e eternas. As formas, pathos, foram forjadas na antiguidade, ao contrário do que prevê a história, elas não começam nem acabam pois também se transmutam no tempo e sobrevivem de uma maneira pulsante e intensa através de todas as obras do homem.
Nas pinturas de Tulio Tavares as formas são evocadas na temporalidade do gesto, ala prima. Há nesse processo um retorno, não o retorno do duplo, ou do mesmo, do igual, mas um retorno primordial revelado na ação que se dá na complexidade de todos os instantes, esta é a própria energia configuradora de sua pintura. Não se trata do o que é, mas do como, não do um, do fixo, do articulado, do decalcado na noção acadêmica de eficiência, mas sim o movimento, a conexão dos campos, os desbloqueios, os devires...
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Tiinta industrial sobre madeira, 2014, 1,84 X 2,44 m 13
Dessa maneira, estas pinturas sobrevivem, ou melhor, suas aparências sobrevivem em seus aspectos materiais e temporais. Não é através de uma metafisica-simbólica- alegórica, ou mesmo em nome de alguma “eternidade” que vamos desvendar suas verdadeiras contradições, seus impulsos para sobrevivência, para animalidade e para a metamorfose. Afinal pintar é puro devir, não é apenas um meio fechado em si mesmo. Assim como na tragédia, evolui nas tensões, entre os impulsos da vida e da morte.
As pinturas aqui mostradas solicitam muito mais que a visão, elas solicitam o olhar, a memória, o saber, o desejo. São pinturas que agem como campos de forças e não como campos de significações. Mesmo quando evocam as aparências de personagens, coisas, animais, paisagens, que são lugares de configurações, são nas forças, causadoras de todos os movimentos, que este devir-pintura nos surpreende a cada olhar, atravessa o tempo, nômade, como forma primitiva e sempre presente.
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Antropofagia
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Tiinta industrial sobre madeira 1998 1,60 X 2,10 m
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Tiinta industrial sobre madeira 1998 1 X 1,60 m
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Tiinta sobre papel 1998 21 X 30 cm
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Batalha Disso
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Tiinta industrial sobre madeira 2006 1,60 m X 2,10 m
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PRETO E BRANCO
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PRETO E BRANCO
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Tiinta industrial sobre madeira 1998 1,20 m X 1,80 m
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Tiinta sobre madeira 1998 1 m x 1,60 m
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E como acredito na ressurreição do Parangomonstro – personagem criado pelo artista – vindo de um universo paralelo, devemos nos perguntar: por que não acolher a ideia de sua vinda desse lugar? Um lugar ideal em que estão superados os limites e as necessidades da condição humana, em que me surpreendo e me descubro. Após respirar profundamente, admito que se trata de pintura pura e, portanto, livre para se expressar por si mesma. Mas o que continua queimando, mesmo depois que fecho os olhos? Minha retina não consegue encontrar uma resposta. Então, percebo a estranheza contida na pintura, a desconstrução de uma imagem antes mesmo da sua construção. Todas as teorias e abordagens acadêmicas, onde estão elas? Walter Benjamin, Susan Sontag e Roland Barthes, onde estão eles? O que eles significam para mim? Para onde nos levaram? Uma vez mais, é Túlio quem me dá as respostas...
Trecho de um ensaio sobre Túlio Tavares por Jochen Schmidt.
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Tiinta industrial sobre madeira 1998 1,60 m X 2,10 m
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Tiinta industrial sobre madeira 1998 1,60 X 2,10 m
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Tiinta sobre papel 1998 1 x 0,60 m
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Tiinta sobre madeira 1998 1 x 0,60 m
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Tiinta sobre madeira 1998 0,80 m x 1,80 m
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Tiinta sobre madeira 1998 1 m x 1,60 m
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Leve
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Guache sobre papel 1998 20 x 30 cm
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Abstração
Tiinta industrial sobre madeira 2013 1,80 x 1,38 m
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Tiinta industrial sobre madeira 2013 1,60 x 1,60 m
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Tiinta industrial sobre madeira 1996 1,80 x 1,38 m
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Tiinta industrial sobre madeira 1996 1,60 x 1,60 m
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VEIAS
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Impressรฃo fotogrรกfica 2008 1,20 x 1,60 m
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Túlio Tavares: artista que vive da arte. Túlio Tavares é o Steve Wonder da arte brasileira, só que é branco e com visão: mistura em seu portifólio trabalhos eruditos e comerciais, uma produção de performances políticas, invasões e manipulações da midia, com um trabalho de pintura e fotografia bem ao gosto do colecionador. Ou seja, ele faz bonito, e entra para a história da arte, não apenas pelo êxito comercial (que agrada e conforta curadores), mas também pela relevância conceitual de sua vasta obra. Então, se você não o conhece, ou desconfia dele, pense melhor, porque: 1)se você for um crítico de arte, logo logo vai ter de escrever sobre ele. 2)se você for um colecionador vai querer ter comprado antes, e vai ter de comprar agora para minimizar os prejuizos de investimentos não realizados. (e para amortizar o perfil duvidoso da sua coleção). 3)se você for um marchand então mantenha-se atualizado, abaixe a ponte elevadiça de seu castelo e descubra a vida e rentabilidade dos novos mercados de arte jovem, na clareira do bosque. Prepare a liteira para um passeio. 4)se você for um curador, pode chama-lo para suas exposições, com toda a segurança do respaldo social que você tanto necessita, afinal eles estão a vender muito bem, e certamente serão representados por importantes galerias, assim você ainda pode fazer pose de curador vanguardista. Túlio: 8 Foto pinturas. Abertura, Quinta 30 de agosto das 19 as 23 h, de 31 agosto à 2 de setembro. Avenida Paulista 2239, apartamento 161. Informou: Ricardo Ramalho
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Impressรฃo fotogrรกfica 2008 1,20 x 1,20 m
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Impressรฃo fotogrรกfica 2008 1,20 x 1,60 m
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Impressรฃo fotogrรกfica 2008 1,20 x 1,60 m
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Impressรฃo fotogrรกfica 2008 1,20 x 1,60 m
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Impressรฃo fotogrรกfica 2008 1,20 x 1,20 m
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Impressão fotográfica Impressão fotográfica 2008 2008 1,20 x 1,20 m 1,20 x 1,60 m
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aquarela sobre papel 2006 60 x 60 cm
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aquarela sobre papel 2006 60 x 60 cm
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aquarela sobre papel 2006 30 x 30 cm
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aquarela sobre papel 2006 60 x 80 cm
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aquarela sobre papel 2006 80 x20 cm
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aquarela sobre papel 2006 80 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 80 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 80 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 50 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 50 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 80 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 30 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 80 x 50 cm
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aquarela sobre papel 2006 50 x 50 cm
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Túlio Tavares artista plástico
PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES ZPA - Museu de Arte do Rio (MAR), RJ, 2015 Multitude – SESC Pompéia, SP, 2014 Playgrouds – Museu Reina Sofia, Madri, Espanha, 2014 10 x1 - Galeria Virgílo, SP, 2014 Abrigo e Terreno – Museu Mar, RJ, 2013 Naborda - SESC Consolação, SP, 2012 ParangoMonstro e a Pintura, Café do MUBE, SP, 2012 Zona de Poesia Árida – Matilha Cultural, SP, 2012 Zona De Poesia Árida - CINUSP, USP, SP, 2012 Exposição Olho da Rua – Galeria Olido, SP, 2009 Homem Invisível Objeto Invisível – Itaú Cultural, SP, 2008 Homem Invisível Objeto Invisível – Documenta de Kassel, 2007 Territory of Dissensus - Serpentine Gallery, Londres, Inglaterra, 2007 ParangoMonstro – Virada Cultural, SP, 2007 Mergulho – Virada Cultural – Interior, Araçatuba, SP, 2007 Túlio Tavares X Menossão – Galeria Favo, SP, 2006 Bienal Internacional de Havana – Ocupação Prestes Maia, SP, 2006 A Roupa Nova do Rei – SESC Paulista, SP, 2005
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Homem de Natal – SESC Paulista , SP, 2004 Menossão - Centro Cultural Laurinda, RJ, 2004 Homem de Natal – Fórum Social Mundial, SP, 2004 Casa Tomada – Casa das Caldeiras, SP, 2004 Mijos – Mídia Tática Brasil / Casa das Rosas, SP, 2003 Mijos – Itaú Cultural, SP, 2003 Mijos – SESC Paulista, SP, 2003 Picasso Nem de Graça – SESC Pompéia, SP, 2003 ACMSTC– Ocupação Prestes Maia, SP, 2003 Suspensão – SESC Santana, SP, 2002 Deglutição – Funarte, SP, 1999 Mijos – Funarte, SP, 1999
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