Tipos.News especial Times New Roman

Page 1

TIMES NEW ROMAN UMA DAS FONTES MAIS USADAS EM TRABALHOS DE IMPRESSÃO

Fortaleza, Ceará 04 de Abril de 2014 Distribuição Gratuita [Lançamento]

TIPOS PARA ESTUDANTES DE JORNALISMO, PARCEIROS DA LONGA JORNADA QUE PASSEIA PELAS LETRAS

C

om todo o avanço tecnológico, que é uma realidade nos mais variados campos profissionais, é cada vez mais urgente ao profissional, dependendo da sua área de atuação, está sempre acompanhando as novidades que cercam o seu ofício. Um ramo de atividade muito “pressionado” pelo desenvolvimento tecnológico é o jornalismo. Há quem diga que já se foi o tempo daquele profissional com a “canetinha na orelha”. Não é tão difícil percebermos que isso é um fato. Se olharmos ao nosso redor vamos nos deparar com notebooks, tablets, celulares...Apenas para citarmos alguns desses aparatos tecnológicos que, não apenas provocaram, mas ainda provocam profundas e constantes mudanças no fazer jornalístico. Uma das características marcantes da prática jornalística nos dias atuais, é o profissional ter participação direta no processo de criação gráfica de capas ou páginas de jornais ou revistas, ou até mesmo folhetos, e até páginas eletrônicas. Isso requer que o estudante de jornalismo seja levado pela faculdade a ter esse novo olhar.

A REVOLUÇÃO DE GUTEBERG Mas, para se chegar a um momento tão avançado na história tipográfica, não foi em um passe de mágica. Para compreendermos um pouco dessa tão avançada realidade tecnológica, é necessário passearmos, mesmo que de forma resumida, pela vida de um alemão que dividiu a história da tipo-

grafia em antes e depois dele. Esse ilustre “revolucionário” chama-se: Johannes Gutenberg. Por volta de 1455, esse simples ourives conseguiu colocar em prática seu sonho. Foram anos e anos de muito estudo e trabalho árduo para que Gutenberg tivesse em mãos um livro. Só que não se tratava de um simples livro, mas de um livro impresso com uma técnica jamais utilizada: a prensa de tipos móveis. Embora a impressão com moldes não fosse algo inédito, já era explorada há 14 séculos na China através da impressão de gravuras, agora, com a descoberta do ourives alemão, ao moldar os tipos em um material de maior resistência e durabilidade, ela se tornava muito mais eficiente e veloz. A cultura ocidental nunca mais seria a mesma a partir da impressão em grande escala, possibilitada desde então. Antes dessa verdadeira revolução proporcionada por esse visionário alemão, para cada cópia de livro era necessário um escriba. Ele assumia uma função que não era nada fácil, escrever tudo a mão, página por página. Missão que exigia tempo e paciência. Só para se ter uma ideia, no ano de 1424, a Universidade de Cambridge,

no Reino Unido, tinha nada mais nada menos que 122 livros. O preço individual desses “brinquedinhos” equivalia ao de uma fazenda ou vinícola. O invento de Gutenberg supriu a urgente demanda por conhecimento da Europa rumo ao Renascimento. A partir daí, a informação escrita deixou de ser privilégio dos nobres e do clero. Até o ano de 1489, já existia prensas como a de Gutenberg espalhadas pela Itália, França, Espanha, Holanda, Inglaterra e Dinamarca.

Precisamente no dia 3 de Outubro de 1932 foi lançada a primeira edição do renomado diário britânico The Times com essa tipografia sugerida e lapidada por Stanley Morison (1889-1967).

Se trata de uma família tipográfica serifada. Esse tipo, que marcaria época, foi desenvolvido em 1932 para ser utilizado pelo jornal inglês The Times of London. Hoje, a Times New Roman é uma das fontes mais conhecidas e preferidas em todo o mundo. É a fonte padrão adotada em diversos processadores de texto, isso contribui para colocá-la em posição tão privilegiada. Se em meados do século XV Gutenberg chamou a atenção para o mundo, guardando as devidas proporções, no século vinte foi a vez de um jovem tipógrafo também escrever seu nome na história. Times News Roman utilizada em cartaz (foto: Google/ Reprodução)

Mas existem detalhes curiosos por trás dessa história, o criador de tipos responsável pelo real trabalho de adaptação da fonte histórica que acabou servindo de padrão, foi Victor Lardent, mas ele ficou mesmo com o título de “ilustre desconhecido”. Morison herdou o reconhecimento de ter sido o inventor da Times New Roman. Esta foi então a fonte que Stanley Morison desenvolveu na Monotype Corporation, por encomenda da Editora Times. A fonte ganhou a designação de Monotype Times New Roman e teria sido inspirada em expositores de tipos do Museu Plantin.

DA EXCLUSIVIDADE AO USO GERAL

Modelo da prensa de Gutenberg (foto: Google/ Reprodução)

Em 1500, a impressionante marca de 15 milhões de livros impressos já havia sido atingida.

Stanley Morison (1889-1967) criador da Times New Roman (foto: Tipografos.net)

Por um ano, a fonte ficou como de uso exclusivo do jornal The Times. Findado esse período, foi lançada no mercado. As versões apresentadas para comercialização eram para impressão offset e para a confecção de

livros, em diversos pesos e cortes. Não demorou muito e a Times New Roman ganhou a fama de fonte mais lida em todos os tempos. Conquistou espaço em todo o planeta. Foram formatadas adaptações de glifos apropriados para outros idiomas. Um número abrangente de periódicos em todo o mundo “copiou” o então celebrado jornal britânico. Atualmente, milhares de publicações são editadas utiliziando a Times New Roman. Se o jornal britânico The Times não é mais o mesmo de outrora, a fonte utilizada para marcar um momento de excepcional transformação do periódico inglês continua fazendo sucesso na chamada era da cibercultura, ou digital, como queiram. A verdade é que no curso de jornalismo o pretendente à profissão vai se deparar com a grata opção de utilizar essa histórica fonte em seus trabalhos de jornada universitária e, lá na frente, no exercício prático da carreira.

EXPEDIENTE: FECHAMENTO: 28 de março de 2014; 11h34min TIRAGEM: 2 cópias DIREÇÃO GERAL: Frank Rabelo Reijane Campos Jonys de Castro

E-mail: jonys.marketing@gmail.com WhatsApp: (85) 8217. 3484


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.