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FUTURO PRESENTE

Filhos podem te levar à falência

Lousas digitais e carteiras informatizadas nas salas de aula

CIRCO NA ESCOLA Aulas de circo melhoram desempenho de alunos

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Professor Veloso analisa realidade da educação brasileira


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Editorial

Expediente

Em uma entrevista exclusiva para a Revista Educa Brasil, o Professor Veloso, Diretor Regional do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo e Presidente do Sinepe – Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino Básico de Ribeirão Preto e Região analisa a realidade da educação brasileira. Você já imaginou uma sala de aula com lousa digital e carteiras informatizadas? Pois é, esses equipamentos já estão presentes em muitas escolas e universidades brasileiras. Em uma matéria sobre o uso de tecnologias em sala de aula você poderá perceber como o uso dessas novas tecnologias ajuda alunos a melhorar qualidade de aprendizado, relação com realidade e também facilita trabalhos dos professores.

Tamy Favarin DRT/PR 6880 Jorge Lopes da Silva Departamento de Jornalismo Diretora de Redação: Tamy Favarin tamy@favarineditora.com.br Repórter: Helena Matta helena@favarineditora.com.br Estagiária: Ailime Kamaia redacao@favarineditora.com.br Arte Projeto Gráfico e Diagramação ID-ART comunicação integrada contato@id-art.com.br Departamento Administrativo Diretor: Jorge Lopes da Silva Assessor: Pietro Favarim administrativo@favarineditora.com.br Departamento Comercial Diretora: Tamy Favarin comercial@favarineditora.com.br Gerente: Carlos Raphael raphael@favarineditora.com.br Representante RJ: Fernanda Santa Rita Marketing ID-ART comunicação integrada www.id-art.com.br Assinaturas e Circulação Pietro Favarim assinaturas@favarineditora.com.br

Confira também como o consumismo infantil representa grande parte das despesas domésticas mensais das famílias. Outro assunto abordado nessa edição mostra como é possível e válida a aula de circo no currículo escolar. Quando o assunto é saúde, uma matéria relata como a respiração pela boca pode causar diversos problemas para as crianças. Outro tema envolve a higiene das cantinas escolares. Uma nutricionista especialista no assunto faz os devidos alertas. Fique atento e não perca essas e outras matérias interessantes feitas especialmente para você. Boa leitura!

Endereço Curitiba Av. Presidente Kennedy, 2999 – cj03 80610-010 Central de Atendimento atendimento@favarineditora.com.br Para Assinantes 11 3512-9479 Para Assinar 41 3077-9027 ou www.favarineditora.com.br Site www.revistaeducabrasil.com.br Publicações da Favarin Editora Revista Educa Brasil e Revista Tamy www.favarineditora.com.br www.revistatamy.com.br www.revistaeducabrasil.com.br A Educa Brasil é uma publicação da Favarin Editora Ltda. Os conteúdos dos artigos e das publicações são de inteira responsabilidade de seus autores. A reprodução parcial ou permitida desde que citada a fonte. Missão Levar informação e formação para cada indivíduo com o objetivo de torná-lo mais crítico, consistente e preparado para tratar e compreender os problemas cotidianos, e intervir de maneira efetiva e coerente.


Índice

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CONSUMISMO INFANTIL Quanto representa no gasto familiar mensal?

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ARTIGO Professor ressalta a importância do respeito para a formação da educação e cultura da sociedade

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CAPA Professor Veloso analisa realidade da atual educação brasileira

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SAÚDE Entenda os problemas que podem ser causados pela respiração errada

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COMPORTAMENTO Fique atento! Como está a higienização da cantina da escola de seu filho?

TECNOLOGIA Saiba como são as novas tecnologias de um futuro presente nas salas de aula


Artigo Por Paulo Fernando Martins

Ensinando a

SER

A partir do respeito, otimizam-se as atividades e modifica-se uma sociedade

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artigo • Ensinando a SER

V ivemos uma época em que a mídia e a sociedade defendem a valorização do ser humano e, o respeito aparece como fator indispensável para a existência de uma sociedade saudável. No entanto, percebe-se que nem todos os participantes da sociedade conseguem conquistar o respeito esperado. Crianças e idosos não são respeitados. Deficientes não são respeitados. Consumidores e profissionais também não o são, nem mesmo nas organizações em que atuam. O resultado disto é um conjunto de pessoas insatisfeitas consigo mesmas, com a profissão, com a sociedade,

com as instituições que frequentam e até com a empresa, não fazendo direito suas atividades. A principal atitude que toda e qualquer pessoa deve ter é acreditar em si mesma, no seu potencial, no seu trabalho e na sua competência. Confiando e acreditando em si, estimula-se a auto-valorização e, desta forma luta-se pelo respeito necessário. Como diz a consultora Lia Habib, “muitas vezes o ambiente no qual se está é um grande teatro, com seus vários atores aparecendo educados quando, na realidade não o são. Esse teatro, normalmente não dura por

muito tempo. Em algum momento da cena, os atores deixam de interpretar os papéis que não são seus e começam a agir de acordo com seus próprios princípios individualizados e egoístas.” O respeito tem relação com a educação e a cultura das pessoas que formam a sociedade. Portanto, se o respeito estiver presente em suas vidas o ambiente está seguro, mas de forma contrária certamente correrá risco de ser prejudicado. Assim, para ensinarmos nossos alunos a viver e conviver de maneira harmoniosa e socialmente saudável devemos:

Considerar as pessoas com quem convivemos como o fator mais importante para o nosso sucesso. Criar oportunidades para agir e trabalhar em equipe, trocando conhecimentos, constantemente. Usar todos os canais de comunicação e informação disponíveis para que todos interajam, dando opiniões e participando de conversas e discussões. Dar oportunidades para que todos sejam desafiados. Desta forma, cada um demonstra suas qualidades e potencialidades.

Ressalvo sempre que, nosso papel como educadores não é apenas ensinar ciências exatas, humanas e biológicas. Nosso maior papel é ensinar a ciência de viver em sociedade, de contribuir para a evolução humana construindo melhores relações pessoais.

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Saúde Da redação

Respirar pela boca

A respiração bucal influencia ainda o sono das crianças. Ronco, baba noturna, síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono são alguns dos problemas que dificultam uma boa noite de descanso, ocasionando dificuldades de atenção, concentração e de aprendizagem e hiperatividade.

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saúde • Respirar pela boca prejudica qualidade de vida

prejudica qualidade de vida Obstruções nasais causadas por doenças como a rinite prejudicam a respiração, gerando anomalias dentofaciais e outros malefícios

D e acordo com dados do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), a rinite atinge cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes no Brasil. A rinite é uma doença caracterizada pela inflamação das mucosas do nariz que causa espirros, coriza, obstrução nasal e coceira no nariz e na garganta. Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista-facial, explica que uma das implicações da obstrução nasal é a respiração bucal. “Respirar pela boca interfere diretamente no crescimento e desenvolvimento da face infantil”, ressalta. A obstrução nasal gera deficiências na capacidade de aquecimento, umidificação e filtração do ar pelas

narinas, favorecendo que o ar seja inspirado pela boca. Como a respiração compõe as funções vitais do organismo, qualquer desequilíbrio causa inúmeras alterações em diferentes órgãos e sistemas. “Alterações no crescimento do crânio e da região dentofacial, na qualidade do sono, no desempenho escolar, na fala, na alimentação e na postura corporal são algumas das consequências da respiração bucal”, pontua. O especialista em ortodontia e ortopedia facial Juarez Köhler afirma que a respiração bucal é um dos sintomas mais comuns na infância e seus efeitos são devastadores, trazendo consequências para o resto da vida se não houver o tratamento

precoce e adequado. “As alterações interferem na qualidade de vida da criança. Desde o nascimento o organismo está programado para respirar pela via aérea nasal e assim deve ser durante toda a vida, mesmo que haja resistências a passagem de ar pelo nariz”, observa. A respiração bucal influencia ainda o sono das crianças. Ronco, baba noturna, síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono são alguns dos problemas que dificultam uma boa noite de descanso, ocasionando dificuldades de atenção, concentração e de aprendizagem e hiperatividade. “Dormir com a boca aberta prejudica ainda o equilíbrio interno e externo da boca e dos

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Saúde músculos, inclusive da língua. O desequilíbrio na musculatura facial gera uma deficiência funcional importante e significativa”, evidencia Juarez. A alteração na musculatura prejudica a mastigação e a deglutição, fazendo com que a criança não se alimente de forma adequada. Ela pode se cansar e não comer o suficiente ou comer em excesso e rápido, resultando em magreza ou obesidade. “Além das alterações posturais dos órgãos fonoarticulatórios, a criança ainda sofre com mal posicionamento da cabeça em relação ao pescoço, influindo nocivamente sobre a coluna, principalmente cervical. Os pais devem ficar atentos à respiração dos seus filhos

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e procurar o profissional adequado assim que notarem qualquer modificação”, recomenda Nilse Waltrick Köhler, fonoaudióloga e especialista em Distúrbios Miofuncionais e em Motricidade Orofacial. A fonoaudióloga acrescenta que quanto mais cedo o tratamento tiver início, menores serão as consequências e a intensidade das implicações. “É fundamental analisar o grau de obstrução nasal e a realização de exames específicos com médicos otorrinolaringologistas que esclareçam as principais causas da respiração bucal. O tratamento deve agir diretamente na origem do problema para que a solução seja eficaz, aumentando

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a qualidade vida dos pacientes”, destaca. O diagnóstico e tratamento devem ser feitos por uma equipe multidisciplinar, composta por no mínimo um médico, um fonoaudiólogo e um ortodontista, tendo em vista a complexidade do problema. “O médico irá tratar a obstrução nasal, o ortodontista ou ortopedista facial irá corrigir as alterações dentárias e o fonoaudiólogo será responsável pela reeducação e adaptação da respiração através da adequação das funções orais e equilíbrio da musculatura”, finaliza Nilse.



Saúde Da redação

Otoneurologia A área da saúde responsável pela saúde dos ouvidos – e também do nariz, da faringe, laringe e garganta – é a otorrinolaringologia. A especialidade possui diversas ramificações, que ajudam a tornar os profissionais mais aprofundados em assuntos específicos. “A otoneurologia é um exemplo. Esta é uma área da otorrinolaringologia que se dedica ao equilíbrio corporal, transtornos da audição e suas relações com o sistema nervoso”, explica a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães. O otoneurologista estuda o aparelho cócleo-vestibular. A cóclea é a parte do ouvido responsável pela sensação auditiva e o sistema vestibular pelo equilíbrio corporal. “O sistema vestibular é composto por vários elementos sensoriais e se relaciona diretamente com outros sistemas do organismo, como a visão, que

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economia • Filhos podem te levar à falência

estuda o equilíbrio corporal Especialidade também se dedica aos transtornos da audição e suas ligações com o sistema nervoso

informa ao cérebro os movimentos corporais”, esclarece Rita, que também é otoneurologista. O sistema vestibular também está ligado ao sistema proprioceptivo, que envolve músculos, tendões e articulações. Este sistema tem a função de manter a postura e realizar movimentos, ações diretamente relacionadas com o equilíbrio. “As informações de todos estes sistemas são enviadas para o cerebelo, que por sua vez as envia para o sistema nervoso central, que interpreta e garante o equilíbrio estático e dinâmico”, ressalta. Otoneurologista identifica e trata problemas no equilíbrio corporal Tonturas, vertigens e desequilíbrio são sinais de que o sistema vestibular não anda bem. Náuseas, vômitos, palidez, sudorese e taquicardia, sensação de desmaios, zumbido e até mesmo quedas também são sintomas

que denunciam algum problema no órgão. “Na avaliação otoneurológica o especialista avalia o sistema auditivo e o vestibular para identificar qualquer alteração ou doença que possa estar prejudicando o equilíbrio corporal”, aponta. Entre as causas dos problemas relacionados ao equilíbrio está o uso de determinados medicamentos com ação antiinflamatória, que podem causar ou agravar as alterações. “Outras patologias também podem originar o desequilíbrio. O ideal é que o paciente consulte um médico otoneurologista para que seu caso seja avaliado assim que os sintomas surgirem. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhores serão os resultados”, enfatiza. No consultório o primeiro passo é responder a algumas perguntas que ajudam o médico a conhecer o

cotidiano e os hábitos do paciente, respostas que facilitam o diagnóstico. “Também são indicados a realização de exames otoneurológicos, que incluem a avaliação da audição, mesmo em pacientes que não possuem queixas relacionadas é fundamental este tipo de exame, e a análise do equilíbrio”, acrescenta. Os objetivos dos exames são verificar o grau de comprometimento dos órgãos, identificar em qual lado está a lesão, se ela é periférica ou central, caracterizar o seu tipo e a sua intensidade e ajudar a reconhecer a causa do problema. “Os exames também auxiliam na prescrição do tratamento, que pode ser feito com medicamentos, exercícios para a rebilitação vestibular, atividade física, mudanças na alimentação e em casos particulares com intervenção cirúrgica”, finaliza.

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Dicas de leitura Educar para a sustentabilidade

Uma contribuição à década da educação [Moacir Gadotti]

Tema das rodas de conversa informais e de teses de mestrado, o meio ambiente é o assunto do momento. Não podia ser diferente, afinal as notáveis alterações no clima fazem com que todos pensem em alternativas mais sustentáveis. E se o tema é tão importante, claro que não podia ficar fora das salas de aula. O livro é de fácil e rápida leitura e propõe que se pense sobre o papel da educação na construção desse mundo mais sustentável.

O homem que calculava [Malba Tahan]

O livro já é um clássico do romance brasileiro, está na 75ª edição. Conta as aventuras que o calculista persa Beremiz Samir se envolve. A história se passa no mundo islâmico medieval e mostra a trajetória de Samir. Para chegar ao seu destino, o protagonista encontra diversos quebra-cabeças e os resolve por meio da matemática. O livro é responsável por aproximar lendas e costumes orientais, aos leitores. Não é um livro didático, mas vai ensinar raciocínio lógico e curiosidades matemáticas.

Disciplina – limite na medida certa [Içami Tiba]

Atualmente os pais não contrariam os filhos e querem poupá-los das adversidades. Porém, isso estaria criando adultos inseguros e sem limites. A importância da disciplina na vida familiar é tema do livro do médico psiquiatra, Içami Tiba. No livro, o médico ressalta a importância de traçar limites na educação dos filhos. O livro foi revisitado, dez anos após sua primeira edição, e promete orientar os pais modernos.

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Tecnologia Por Helena Matta

Aprendizado

no futuro presente

Uso de tecnologias em sala de aula ajuda alunos a melhorar qualidade de aprendizado, relação com realidade e facilita trabalhos dos professores

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tecnologia • Aprendizado no futuro presente

S e por um lado as catástrofes naturais dos tempos modernos tem sido um grave peso para a sociedade atual, por outro temos visto que os avanços tecnológicos experimentados pelas gerações contemporâneas são cada vez mais surpreendentes. É muito diferente a realidade de um jovem de classe média nos dias de hoje em relação à de seus pais quando tinham a sua idade. A internet é apenas uma das diversas conquistas que têm facilitado e muito o cotidiano de quem precisa trabalhar e estudar, ou mesmo cuidar dos mais básicos afazeres domésticos. Maria Auxiliadora Schmidt, professora e doutora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), analisa que o uso de novas tecnologias em sala de aula e a infraestrutura das escolas públicas têm melhorado gradativamente nos últimos dez anos. “A familiaridade dos alunos com os computadores e a internet também facilita este processo”, esclarece. Além da facilidade de busca de conteúdos para o ensino do dia a dia em sala de aula, a professora explica que a convivência com a tecnologia pode melhorar e facilitar muito a relação de alunos e professores com o conhecimento, tanto individual como coletivamente. “A escola deve ser o lugar por excelência da relação com o conhecimento científico. A inserção de novas tecnologias nas escolas, principalmente nas públicas, é de fundamental importância na relação

ensino e aprendizagem. É preciso um sentimento de urgência no processo de massificação dessas novas tecnologias nas escolas, onde está a maioria de nossas crianças e jovens”, ressalta. Carteira informatizada Uma empresa paranaense criou um produto bastante interessante para o segmento educacional. Trata-se de um equipamento único no mercado, que une num mesmo móvel uma tra-

dicional carteira escolar a um moderno computador. Em sua posição original, a carteira possibilita o acesso ao computador. Quando dobrado, o hardware da carteira se torna quase imperceptível e o equipamento pode ser utilizado como uma carteira educacional comum. Além do computador, a carteira também conta com monitor de LCD e teclado antivandalismo, conexão à internet por meio de Wireless e regulagem de altura.

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Tecnologia

O modelo duplo das carteiras já está presente em mais de mil escolas em diversas cidades do Brasil, como em Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Camaçari (BA), Cidreira (RS), Barueri, Hortolândia (SP), entre outras. Ao todo, mais de mil escolas de todo o país já contam com a tecnologia, tanto na rede pública quanto particular. Monitor educacional Outra novidade da empresa Cequipel é o monitor educacional, uma tela plana de 29 polegadas com entrada para cartão de memória e USB. O equipamento oferece diversas modalidades de apresentação em áudio e vídeo. É tanta tecnologia em um produto só que passou a ser conhecido no meio acadêmico como “TV pen-drive”.

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tecnologia • Aprendizado no futuro presente

Já são mais de 57 mil monitores educacionais em escolas públicas e privadas do Brasil. Uma nova versão com monitor de 31 polegadas, teclado e acesso a internet também já está sendo disponibilizada ao mercado. Trata-se de um equipamento que substitui plenamente o conjunto formado pelo projetor multimídia/ computador/tela de projeção/softwares auxiliares, só que a um custo muito mais baixo. Assim, utilizando um mesmo dispositivo, o professor pode fazer a pesquisa e gerar apresentações em PowerPoint que depois de prontas devem ser gravadas em uma pendrive. Lousa eletrônica A lousa eletrônica é outro dispositivo tecnológico que facilita o aprendizado. O equipamento utiliza tecnologia de interatividade por toque de caneta digital diretamente sobre a projeção de aplicativos de microcomputador. A nova lousa, que pode ser instalada nas bordas de qualquer superfície lisa, garante uma área de trabalho de 127 polegadas. Entre os opcionais do novo produto está o Tablet Ebeam, aparelho compacto e sem fio que tem as mesmas funções de um mouse convencional e garante a possibilidade de acesso a todas as funções da paleta de ferramentas do Touch Board. O instrutor pode interagir com a lousa de qualquer lugar da sala por meio do sistema Bluetooth ou até mesmo do outro lado do mundo por meio da in-

ternet. É mais um produto desenvolvido pela empresa Cequipel que já se encontra em pleno uso pelas escolas de todo o país. Trata-se de equipamento ideal para reuniões, salas de aulas e apresentações para grandes e pequenas platéias. A lousa eletrônica pode ser utilizada, por exemplo, no compartilhamento de reuniões entre equipes de projeto à distância, em que um determinado desenho pode ser alterado, complementado, grifado com observações em tempo real. Em escolas é ideal para apresentação de conteúdos em 3D, na interatividade em aplicativos convencionais com a turma em sala de aula e remotamente, dinamizando e tornando mais interessantes a apresentação de planilhas, slides e apresentações. Sala de aula A Universidade Federal do Paraná (UFPR), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), tornou-se - em março deste ano, a primeira universidade pública brasileira a contar com uma sala de aula inteiramente digital. A proposta do espaço é utilizar

tecnologias da informação e da comunicação já está presente nas salas de aulas das crianças e jovens, com esse projeto das salas digitais poderemos criar condições para que esse potencial seja melhor aproveitado”, explica a professora Maria Auxiliadora Schmidt. Ela analisa que vários sites e documentos na internet eram subutilizados pelos professores. “Um exemplo disto é o site da Biblioteca Nacional, que oferece um vasto arquivo de imagens e de outros tipos de documentos históricos. E com o uso de novas tecnologias em sala de aula o professor deve aprender a interpretálos e utilizá-los didaticamente”. Professora há mais de 36 anos, confessa: “se há dez anos me perguntassem se utilizaria uma sala de aula como esta em minhas aulas responderia que não. Hoje utilizo estes recursos tecnológicos, pois se trata de uma realidade e de um futuro que já está no presente”, orgulha-se. O fim do giz Na escola, a lousa digital significa o fim do giz e um maior aproveitamento dos conteúdos passados pelo

as carteiras informatizadas e a lousa

professor, uma vez que toda ação

digital para estudar a utilização da

sobre a lousa fica gravada e arma-

tecnologia no ensino de história e de

zenada em arquivos, que podem ser

outros conteúdos.

disponibilizados e consultados (como

“Nosso objetivo é usar a sala

um filme de tudo o que foi escrito e

digital para pesquisar e formar pro-

apresentado). Com as ferramentas

fessores, mostrando como é possível

disponíveis é possível criar hiperlinks

trabalhar os conteúdos com os alunos

com a internet durante uma aula ou

a partir de uma metodologia especí-

apresentação, capturar da web fotos,

fica e inovadora. Se a realidade das

reportagens e inserir na apresentação.

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Alimentação Por Flávia de Araújo Ernesto - Nutricionista

Condições de Higiene os Alimentos Servidos em Cantinas Escolares

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alimentação • Condições de Higiene dos Alimentos Servidos em Cantinas Escolares

A alimentação de qualidade constitui hoje um dos grandes fatores determinantes para a saúde. Atualmente quando nos referimos a uma alimentação saudável, de boa qualidade, falamos da inserção de alimentos que são boas fontes de vitaminas, sais minerais, cálcio, ferro e outros nutrientes. Mas também das condições sanitárias e a adoção de boas práticas em todas as etapas da produção de refeições e lanches. Com a evolução dos tempos e o foco na prevenção de doenças, a população tem tomado consciência da importância das práticas de higiene no processo de fabricação de alimentos, enfatizando assim uma alimentação de qualidade. Um problema atual que tem chamado a atenção das autoridades do nosso país e também da ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) são as condições sanitárias e as boas práticas de fabricação de refeições e lanches em cantinas escolares. Eles estão preocupados diante do fato de doenças relacionadas aos alimentos estarem aumentando independentemente da tecnologia hoje existente. Os alimentos, quando contaminados, representam perdas econômicas

para as empresas, para os governos e, principalmente, colocam em risco a saúde da população. Os microorganismos presentes nos alimentos, em condições favoráveis se multiplicam, deteriorizam os alimentos e a sua ingestão traz doenças aos seres humanos, com diferentes sintomas e formas de manifestação, podendo levar até ao óbito. Importante assinalar o impacto da incidência de doenças transmissíveis por alimentos no Brasil. Segundo dados do Boletim Eletrônico Epidemiológico da Secretaria de Vigilância Sanitária de Saúde - MS, ano 5, número 6, de 28/12/2005: • De 1999 a 2004, ocorreram 3.410.048 internações hospitalares por Doenças Transmissíveis por Alimentos (DTA) – média de 568.341 casos por ano; • De 1999 a 2002, ocorreram 25.281 óbitos por DTA no Brasil – média de 6.320 / ano; • Os custos com os casos de internação hospitalar por DTA, no período de 1999 a 2004, foram 280 milhões de reais, com média de 46 milhões de reais por ano. O volume de lanches e refeições nas cantinas/ lanchonetes das milhares de escolas espalhadas pelo Brasil

tem crescido assustadoramente. Cada dia mais alunos optam por fazer seus lanches nestes locais, evitando prepará-los em casa. Temos nos deparado com muitas cantinas que priorizam alimentos altamente calóricos, gordurosos, pobres em vitaminas e nutrientes, mas também, pobre em condições de higiene, oferecendo ao consumidor um grande risco de contrair uma DTA (doença transmitida por alimentos). A responsabilidade de quem produz estes alimentos é muito grande e em muitas situações eles não têm noção desta responsabilidade, nem dos riscos de se fornecer um alimento contaminado. Faz-se necessário e com urgência, uma conscientização dos proprietários e gerências de todas as cantinas e lanchonetes. Todos os manipuladores de alimentos precisam ser devidamente e periodicamente treinados e todos os estabelecimentos que produzem alimentos precisam ser conhecedores das regras e instruções pertinentes à produção. Faz-se obrigatório atender a legislação específica, RDC 216 de 15 de setembro de 2004, que fala sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Dentre

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Alimentação alguns quesitos desta lei podemos mencionar os procedimentos operacionais padronizados que incluem: higiene pessoal de manipuladores, capacitação dos manipuladores, higiene de instalações, equipamentos, móveis e utensílios, controle de manutenção de equipamentos, controle de resíduos, controle de potabilidade da água, controle de pragas, controle de fornecedores e de toda matériaprima recebida, monitoramento diário de temperaturas de alimentos e equipamentos. Além disso, todos os procedimentos devem estar descritos e com registros que comprovem este controle. Deverá ter ainda um Manual de Boas Práticas disponível e acessível a todos os manipuladores.

Estas práticas garantem que o alimento esteja em níveis seguros para consumo, livres de riscos à saúde das pessoas e representam a garantia de uma alimentação de qualidade. Atualmente, temos no Brasil empresas especializadas na produção de refeições/ lanches e algumas com divisões de especialização em cantinas escolares. Estas empresas têm investido em procedimentos e boas práticas, produzindo alimentos de qualidade com preço acessível. Vale lembrar que a RDC 216 é lei e a inobservância à resolução, configura infração de natureza sanitária, sujeitando o infrator às penalidades previstas nesta lei. Uma alerta que faço sempre aos consumidores é que estes estejam

cada dia mais atentos e exigentes em relação ao seu alimento. Verifique a higiene das cantinas que frequentam, bem como os banheiros. Veja se há no local uma pia devidamente abastecida para fazer a higiene adequada das mãos antes de se alimentar, se há lixeiras com pedal para armazenamento de lixo, entre outros fatores. Não aceite que o manipulador pegue no dinheiro e depois no seu alimento. E veja se ele pratica as boas práticas (uniforme limpo, higiene de mãos, etc...) Lembre-se sempre que a qualidade da sua alimentação não tem preço!!!

FLÁVIA DE ARAÚJO ERNESTO Nutricionista - Especialista em Vigilância Sanitária e Processamento e Controle de Qualidade em Carnes, Leite, Ovos, Pescados e Produtos Minimamente Processados.

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CAPA

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capa • Professor Veloso

Professor Veloso

traça perfil da educação no Brasil Em uma entrevista exclusiva para a Revista Educa Brasil, o Professor Veloso, Diretor Regional do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo e Presidente do Sinepe - Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino Básico de Ribeirão Preto e Região analisa a realidade da educação brasileira.

Fotos: Marcelo Ribeiro

Educa Brasil: Quais são as funções e objetivos dos sindicatos para a melhoria contínua das escolas particulares no Brasil?

escolares e anuidades. Hoje cuida

desempenho melhor ao dado à rede

das convenções coletivas, aquelas

pública. Isso no ensino básico. Veja

que vão cuidar da remuneração, do

só, defendemos que a escola seja

reconhecimento, do corpo docente

Professor Veloso: A organização

pública, gratuita, pra todos e de boa

dos professores das escolas privadas.

sindical no mundo contemporâneo

qualidade. E quanto melhor for esta

Atualmente o órgão pode se ocupar

é uma enorme conquista de um país

qualidade da escola pública, a privada

dos aspectos de especialização, de

livre e democrático, um órgão repre-

tem que ser melhor ainda. Para isso,

aperfeiçoamento, de atender aos

sentativo. Há alguns anos houve um

tem que ter diferenciais, equipamen-

assuntos acadêmicos e pedagógicos,

destaque muito grande porque era

tos, investimentos e propostas peda-

naquilo que vai levar a qualidade do

quando havia um antagonismo, um

gógicas que sejam melhores que as

ensino. Educa Brasil: As escolas que querem ser competitivas têm que se adaptar e investir muito em tecnologias. Como acompanhar a demanda do mercado tecnológico e aplicá-la da melhor maneira na sala de aula?

melhores públicas e melhores que as

litígio entre o que o governo tomava de medidas e o que o sindicato reivindicava. Graças a existência do sindicato esta polêmica não existe mais. Hoje pode-se dizer que vivemos em plena

suas concorrentes coirmãs. Porque ai vem uma saudável competição entre as escolas privadas, no sentido de fazer com que o aluno seja o maior

governamentais, mas principalmente

Professor Veloso: Em primeiro

beneficiário deste processo. Educa Brasil: Qual é o perfil do atual aluno de escola particular?

com o nosso principal objetivo, que

lugar tem a competição de escola da

Professor Veloso: É muito interes-

é o aluno e os pais dos alunos. Há

rede pública e a da escola de rede

sante esta questão porque espelha e

um tempo o sindicato era lembrado

privada. É fato, é conhecido, é sabido

reflete bem o que vem acontecendo

quando se falava em mensalidades

que a escola privada hoje tem um

felizmente no nosso país. Tivemos e

harmonia não só com as autoridades

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CAPA

temos uma inegável condição socio-

nova tecnologia pode ser, em alguns

econômica em ascensão no nosso

casos, muito bem aproveitada. Uma

país. Existe uma classe social que não

boa aula tem que ser tão agradável

imaginava a possibilidade de colocar

quanto é para o aluno conversar

o seu filho na escola particular. Esse

com os seus amigos, estar lá no seu

é o grande objeto de desejo dessa

isolamento com o seu computador.

categoria social, que ascende social-

Tudo isso hoje faz parte do cotidiano

mente e economicamente. A gente

da vida do nosso jovem, da nossa

sempre trabalha para atender um nú-

criança, do nosso educando. E nós

mero maior daqueles que procuram

não podemos imaginar tirar isso de-

a escola privada e atendê-los bem,

les, não. Tudo tem o seu tempo, a sua

como sempre fazemos. Então hoje, o perfil do aluno da escola privada não é mais como era tempos atrás, de uma elite, de uma oligarquia, de uma classe social privilegiada apenas, não. Hoje você tem na escola privada esse novo público, esse novo Brasil, essa nova classe social brasileira, que trabalha, que produz e que pode ter atendido seu sonho de ter o seu filho na escola particular. Educa Brasil: As mídias sociais estão presentes na sociedade. Como lidar com esse domínio em sala de aula? Deve-se liberar ou proibir?

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hora e a sua maneira de ser. E é isso que cada vez mais desafia a escola para que haja esta harmonia. E esse é um desafio que a escola privada está vencendo e está ganhando. Vamos conseguir compatibilizar tecnologia com relações humanas. Educa Brasil: A escola desponta como um grande sucesso empresarial. Com o que as escolas devem se preocupar para atender cada vez mais às exigências e necessidades dos pais? Professor Veloso: Os grandes grupos empresariais educacionais na realidade já estão aí há meio sé-

Professor Veloso: Nem liberar,

culo. Não gosto muito da expressão

nem proibir, mas educar e ensinar.

“grupos empresariais”, mas são os

As redes sociais, evidentemente, aí

maiores grupos educacionais. Hoje

estão. Hoje você tem uma gama de

há uma oferta tão grande de boas

propostas e ofertas ao nosso aluno,

escolas, que alguém pode imaginar

muitas vezes competindo com o

que é fácil, mas não é assim. A escola

momento de estudo, que pode, em

tem um caminho a percorrer, de pro-

alguns casos, atrapalhar o processo

var o seu valor, que leva décadas. É

educativo. E pode de fato, quando é

uma atividade, que começa pequena

mal direcionado e mal utilizado. Essa

e gradualmente vai crescendo, se

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capa • Professor Veloso

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CAPA

consolidando e passa décadas neste

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para aprovação no vestibular?

os principais vestibulares das escolas

processo. E o que é mais curioso, é

Professor Veloso: Esta é a grande

públicas de terceiro grau. É algo que

que ela não vive do seu passado. Hoje

polêmica que existe no segmento do

vem atender mais e melhor aquilo que

não é o que foi, é o que nós estamos

ensino médio, antigo colegial. Se a es-

seria o conteúdo do Ensino Médio, e

sendo, o que estamos fazendo. Essa

cola prepara para o vestibular ou pre-

aquilo que contemplaria também o

é a escola de hoje, a escola que o pai

para para a cidadania, prepara para

aspecto ligado à formação filosófica,

quer. O pai não quer para seu filho

a vida. Esse seria apenas um período

aquela escola que foi e nem aquela

de treinamento para um concurso

que será. Ele quer a escola que é. Educa Brasil: Diante da competitividade para conseguir vaga nas melhores universidades, a cidadania está sendo deixada de lado da metodologia de ensino e dando lugar aos conteúdos específicos

de vestibular. Mas essa polêmica me

moral e de cidadania desse aluno e

parece que já não tem mais espaço

desse segmento. Educa Brasil: Como deve ser o aperfeiçoamento dos professores de escolas particulares?

e não tem mais razão de ser. Porque

Professor Veloso: Esse é o grande

nós temos uma novidade deste setor,

diferencial. Quando alguém pergun-

que é o Enem – o Exame Nacional do

ta: Mas por que esta escola é melhor

Ensino Médio, que vem a substituir

ou aquela é melhor que esta? É o

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capa • Professor Veloso

professor. Ele é o agente, o definidor deste processo de qualidade. E você tem que ter na sua escola – na escola pública e na escola particular – o professor como alguém que permanentemente tem que estar atualizado. Não importa o que ele já foi nem o que será, mas precisa ser naquele momento o grande mentor, gestor e gerador de todo o processo de aprendizagem. Aí entra o sindicato, como o nosso aqui de Ribeirão Preto, por exemplo, que mensalmente traz e promove aos finais de semana cursos de aperfeiçoamento de professores em todas as áreas. O próprio professor tem que ter essa consciência. Serão válidos todos os diplomas e certificados que ele vai conquistando por toda a sua vida profissional. Ele nunca pode parar de estudar. Educa Brasil: Os valores das mensalidades das escolas particulares estão muito altos. Como o senhor

sugere uma saída para os pais de classe média que entendem que o ensino privado é de melhor qualidade? Professor Veloso: Gosto muito deste debate, é a essência de todo o trabalho de todos nós que militamos em sindicatos. A solução é uma escola pública, gratuita, com vagas para todos e de excelente qualidade. Porque ai a escola privada terá que ser melhor do que esta para existir. E o ser melhor tem um custo. Agora, querem saber qual é a escola mais cara que existe? É a pública. Se você tomar os orçamentos de uma Secretaria de Educação e o orçamento de todas as outras secretarias, divida pelo número de alunos que ela atende e vejam quanto custa um aluno. Comparem este valor ao das mensalidades das escolas particulares. Todos se surpreenderão quando virem que realmente a escola privada cobrando – o que

não é barato - é menos do que aquilo que o aluno da escola pública custa. Educa Brasil: Qual é a sua opinião sobre o futuro do ensino privado no Brasil? Professor Veloso: Espero que seja o mesmo futuro deste país. Seja pródigo, seja de exceção. O ensino privado no nosso país não tem que ser essa regra de que quando a pessoa tem condições coloca o filho na escola particular. Ela teria que ser o regime de exceção. Para isso a escola pública teria que cumprir o papel dela. Enquanto ela não o fizer, realmente a escola particular é essa que hoje felizmente ainda leva o bastião da integridade, da qualidade e aquela que traz nas suas carteiras escolares aqueles que serão os futuros definidores, administradores e gestores que farão o futuro desse país. É a escola particular. Aqui na escola particular está o futuro do próprio país.

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Data comemorativa

Dia da Luta Nacional

das Pessoas com Deficiência

T odo ano, o dia 21 de setembro é reservado para comemorar o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A data foi instituída em 1982 em um encontro nacional que reunia entidades que defendem as causas de portadores de necessidades especiais. A comemoração passou a ser oficial apenas em 2005, por meio da Lei Federal nº 11.133 e é comemorada em todos os estados brasileiros. A data foi escolhida pela proximidade com a primavera e o dia da árvore, simbolizando o nascimento o nascimento das reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições. É por isso, que neste dia, muitas organizações promovem eventos divulgando leis e projetos que buscam igualar socialmente as pessoas com deficiência. Algumas entidades também apro-

veitam a data para alertar sobre a importância da acessibilidade nas cidades. Possibilitar o acesso de todas as pessoas a agências bancárias, lotéricas, hospitais, lojas, restaurantes e principalmente, órgãos públicos é apenas uma das lutas. A educação é outro ponto importante, pois no Brasil 22% dos deficientes são analfabetos. Vale lembrar que a repetência entre crianças e jovens com deficiência é quatro vezes maior do que nos índices de pessoas não-deficientes. Muitas vezes lembrados como minoria, os portadores de necessidades especiais representam 15% da população brasileira, segundo dados do IBGE no ano 2000. Dos, aproximadamente, 25 milhões de pessoas que declararam ter algum tipo de deficiência, 70% afirmaram não sair de casa por problemas socioeconômicos

ou por falta de informações. Por isso, além do dia 21 de setembro, outras seis datas no calendário brasileiro lembram a importância da luta destas pessoas. • 26 de setembro – Dia Mundial do Surdo • 11 de outubro – Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física • 16 e outubro - Dia Nacional dos Ostomizados (pessoas que passaram pela cirurgia de ostomia. Essa cirurgia constrói um novo trajeto para saída das fezes ou urina) • 3 de dezembro – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência • 5 de dezembro – Dia da Acessibilidade • 13 de dezembro – Dia Nacional do Cego

Além de assinalar datas especificas que lembram a ação dessas entidades, é importante ressaltar o que já foi conquistado. • L e i F e d e r a l n º 7 . 8 5 3 , d e 24/10/1989, dispõe sobre a responsabilidade do poder público nas áreas da educação, saúde, formação profissional, trabalho, recursos humanos, acessibilidade aos espaços públicos, criminalização do preconceito. • L e i F e d e r a l n º 8 . 2 1 3 , d e

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24/07/1991, dispõe que as empresas com 100 ou mais empregados devem empregar de 2% a 5% de pessoas com deficiência. • Lei Federal nº 10.098, de 20/12/2000, dispõe sobre acessibilidade nos edifícios públicos ou de uso coletivo, nos edifícios de uso provado, nos veículos de

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transporte coletivo, nos sistemas de comunicação e sinalização, e ajudas técnicas que contribuam para a autonomia das pessoas com deficiência. • Lei Federal nº 10.436, de 24/04/2002, dispõe sobre o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais para os Surdos (LIBRAS).


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Atualidade Da redação

Programa de "Se Essa Rua Fosse Minha" incentiva o debate sobre o trânsito nas escolas municipais de todo o país. Até o fim de 2011 o programa beneficiará um milhão de alunos

O Programa “Se Essa Rua Fosse Minha”, criado em 2006 pelo empresário curitibano Faruk El-Khatib, consiste na distribuição de materiais didáticos sobre o bom comportamento no trânsito

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para estudantes e docentes de escolas municipais de todo o país. O kit é composto por um livro do aluno, um dos pais e outro dos professores, um manual de instruções, DVD, um jogo

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da memória, um cartaz, uma bolsa de material reciclável e um certificado de conclusão de curso. O objetivo é incentivar o respeito e civilidade nas ruas. De acordo com Faruk, o Programa


atualidade • Programa de Educação no Trânsito conscientiza 800 mil alunos brasileiros

Educação

no Trânsito conscientiza 800 mil alunos brasileiros aparece como o mais completo já visto no país, sobre o tema ao qual se propõe a abordar. Dentre os seus diferenciais está o tempo de duração: durante cerca de oito meses, temas como leis de trânsito, dicas para pedestres, comportamento adequado dentro dos veículos, cuidados no transporte escolar, atenção na entrada e saída de escolas, atenção em locais onde a sinalização é precária, preservação do meio ambiente, segurança na hora de se divertir e exercícios de cidadania são abordados em sala de aula. Além disso, é disponibilizada uma cartilha para os pais, que também aprendem sobre o tema.

com números preocupantes. “Os assustadores números de mortes e acidentes me motivaram a criar algo nessa área”, explica. Atualmente, os números do “Se Essa Rua Fosse Minha” no Brasil são bastante expressivos: 800 mil alunos atendidos, mais de 120 municípios beneficiados e mais de 3.500 professores capacitados desde 2006. As perspectivas são igualmente otimistas: o programa deverá ultrapassar a marca de um milhão de alunos até o final de 2011. Década de Ação Pela Segurança no Trânsito A Organização das Nações Uni-

“Além disso, para aplicar o Progra-

das (ONU) editou uma Resolução,

ma aos alunos, os professores recebem

em fevereiro de 2010, instituindo

uma capacitação para melhor aprovei-

um período de dez anos dedicado à

tamento do material durante a grade

segurança no trânsito, que começou

curricular”, explica Faruk. “O Progra-

no dia 11 de maio do ano passado

ma atinge diretamente os alunos do

e prossegue até 2020. Foram reco-

1.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental

mendadas, aos seus países membros,

e indiretamente os educadores, pais,

medidas imediatas de atenção e pre-

transportadores escolares e a comuni-

venção contra a violência no trânsito,

dade em geral”, afirma.

que se revela como a principal causa

Durante dez anos o empresário

de morte prematura e de ferimentos

Faruk pesquisou e avaliou os dados

incapacitantes na população jovem

do trânsito brasileiro e se deparou

de todo o mundo.

O desafio é reduzir em 50% os índices de mortos e feridos, por meio do comprometimento de todas as esferas de poder e da efetiva participação da sociedade não só colaborando com atitudes preventivas, mas, principalmente, no acompanhamento das ações. Os números de acidentes de trânsito no mundo e no Brasil são assustadores: mais de um milhão de pessoas morrem nas ruas e estradas do mundo a cada ano. No Brasil, as estatísticas indicam cerca de 50 mil mortos anuais. No nosso país, o numero de feridos ultrapassa os 500 mil anuais. Dentre as ações que devem ser feitas na próxima década, está a realização de ações educativas e campanhas de conscientização que previnam os acidentes. E este é o objetivo do “Se Essa Rua Fosse Minha”, que visa uma solução efetiva de educação de base, inserido nos primeiros momentos de formação do cidadão, fazendo com que o trânsito do futuro seja mais humano e seguro.

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Economia Por Ailime Kamaia Espinola Moreira

Filhos podem te levar Lidar com consumismo é difícil, ainda mais quando são os filhos que pedem os mais diversos produtos

A chegada de um novo membro na família costuma ser alegre, mas também provoca mudanças nas finanças. Com o passar dos anos os gastos tendem a aumentar, pois o início da vida escolar prevê compra de material escolar, uniforme e refeição, além do transporte. Outro motivo que encarece a criação dos filhos é que com a idade eles passam a ser mais exigentes. Com tantas opções disponíveis no mercado, tanto em materiais escolares quanto em vestuário, produtos alimentícios e brinquedos, as crianças parecem preferir sempre os mais caros. Para não ultrapassar o que foi previsto no orçamento, os pais devem ficar atentos aos pedidos dos filhos. Missão que nem sempre é fácil. De acordo com pesquisa do InterScience, realizada em 2003, 80% das famílias são influenciadas pelas crianças na hora da compra. A decisão de que marca levar para casa também passa pelo julgamento dos filhos. Dos 4.013 pais ouvidos na pesquisa, 63% afirmam levar em conta essa opinião.

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economia • Filhos podem te levar à falência

à falência A assistente financeira Cristiane Kulik é mãe de Leonardo (14) e prioriza as necessidades do filho na hora de analisar as finanças. “Acredito que a maioria das mães, como eu, deixa de fazer algumas coisas para poder oferecer o melhor para os filhos”, acredita Cristiane. Mas a assistente financeira avisa que não é por isso que satisfaz todas as vontades do filho. Sua preocupação é garantir educação, saúde, boa alimentação e lazer, ou seja, promover o bem-estar de sua cria. Considerar as escolhas dos filhos é importante, mas é preciso estar atento para o que realmente é necessidade e o que é apenas desejo. Para entrar num acordo do que entrará ou não nos gastos da família, a dica é o diálogo. “Saber ensinar não prejudicará as crianças, ao contrário, serão conscientizadas do que é ou não é prioritário e preferencial”, esclarece o especialista em Economia Doméstica, Cláudio Boriola. A designer Priscilla Perlatti utiliza essa abordagem com suas filhas,

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Economia Stella (6) e Lia (3), e costuma negociar inclusive passeios e viagens. Quando não atende à solicitação de uma das filhas, o remédio também é o diálogo. “Aqui sempre tem conversa e me sinto na obrigação de explicar porque daquela vez tive que recusar o pedido de compra”, ensina a designer. Um dos aspectos importantes a ser considerado na hora de sair às compras é o valor da rentabilidade da família. Gastar mais do que se ganha é o primeiro passo para afundar nas

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dívidas. Por isso os pais devem passar para os filhos quais valores devem ser seguidos e demonstrar qual é o estilo de vida que pode ser financiado. “Passar para as crianças o que a família pode oferecer, evitando a ‘angústia’ de desejar o que parece bom nas propagandas e na casa do vizinho e que está longe ou tão difícil de alcançarmos”, filosofa a jornalista Sam Shiraishi. Sam é mãe de Enzo (11) e Giorgio (8), e tem bem claro que a compra

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não deve ser motivo de sofrimento ou humilhação. Afinal, melhor convencer a criança que a aquisição deve ser postergada do que ver o nome entrar na lista do SPC ou Serasa. Para isso não acontecer é primordial evitar a ansiedade, e esse conselho vale para pais e filhos. Muitas vezes a compra de um produto gera esse sentimento, pois pais que trabalham muito podem querer suprir a ausência com presentes. Segundo a pesquisa da InterScience é justamente este o perfil


economia • Filhos podem te levar à falência

dos pais “gastadores”. Costumam trabalhar fora, têm dificuldade para impor limites e quando não compram o produto solicitado se sentem frustrados e com remorso. Nesses casos, mais importante do que ter na ponta da língua uma planilha financeira é saber gerir a família. Além de impor limites e manter espaço aberto para o diálogo, é importante que os pais dêem exemplos de uma relação sadia com o dinheiro. Comprar exageradamente e depois avisar os filhos que nada ganharão, pois é preciso saber poupar - não é o caminho mais indicado. Por isso no momento de definir as prioridades da família, é bom incluir as crianças e fazer um acordo em que as decisões ali firmadas serão cumpridas por todos. Assim como boas maneiras, educação financeira também se aprende em casa. Os pais devem ficar atentos ao “tipo” de gasto que há em cada fase. Quanto maior a criança, maior o gasto. Os valores iniciais gastos em fraldas e remédios podem assustar, mas a fase que vai de zero a três

anos de idade será a mais barata. No total, do nascimento até os 23 anos (quando, teoricamente, o “pequeno” concluir a faculdade) os pais terão gasto no mínimo 1,6 milhão de reais. A estimativa é para uma família classe média alta brasileira e está de acordo com umas maiores pesquisas feita no país sobre o assunto, realizada pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent). A compra de brinquedos, computadores e telefone celular representam sete por cento desse total. E é nesse quesito que os filhos tendem a ser mais insistentes quando pedem. Sam Shiraishi sabe bem o que é isso. Há algum tempo, Giorgio, seu filho caçula, vem insistindo na compra de um videogame portátil. “Ele até poderia entrar no orçamento em alguma ocasião especial, como o Natal, mas como é individual, teria que ser um para cada criança – e aqui são dois”, reflete a jornalista. Os apelos do caçula ainda não a convenceram, mas Sam confessa que tem um ponto fraco: livros. “Se eles me pedem livros preciso me controlar para não comprar”, admite.

Independente do produto a ser comprado, é saudável ensinar os filhos a economizarem para comprar o que tanto desejam. Priscilla Perlatti coloca a lição em prática. “As meninas já aprenderam que quando querem alguma coisa, precisam guardar certa quantia para ter dinheiro suficiente para comprar”, apregoa a designer. Além disso, outra estratégia é presentear apenas quando a criança merecer. E esse “merecer” depende do critério estabelecido dentro de cada família. Na casa de Cristiane Kulik é assim. “Ele sabe muito bem que só terá o que quer se for bem na escola, se comportar e ajudar em casa”, conta a mãe de Leonardo. Isso só é possível graças à comunicação que há dentro destas famílias. Depois de ler essas dicas e exemplos, não se sinta mal na hora de dizer “não” aos pedidos dos filhos. Afinal, como bem lembra o consultor financeiro, Cláudio Boriola, “não” quer dizer simplesmente razão. E ninguém quer uma vida financeira descontrolada.

Aprenda e ponha em prática: Fazer uma planilha com os gastos e despesas da família. É preciso saber como está sendo gasto o dinheiro. A preocupação com a saúde financeira da família não pode acontecer apenas nos momentos de “crise”. Conscientizar os filhos desde pequenos sobre a importância do dinheiro e como consumir de forma consciente. Programar as compras, prevendo as necessidades de todos os membros da família.

Quando for decidido que um produto deve ser adquirido, fazer uma pesquisa de preço. Se possível, negociar o preço avaliando condições de pagamento mais vantajosas. Aprenda a dizer “não” para os filhos. Se a criança pedir algo que não está previsto no orçamento, não compre, mas explique o porquê dessa decisão.

*Consultoria: Cláudio Boriola, consultor financeiro e especialista em economia doméstica e Direito do consumidor.

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COLUNA

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coluna • Coluna do Ponce

704 apartamentos

são entregues no projeto Minha Casa Minha Vida

Em um evento emocionante que ocorreu no Complexo Paiva, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, entregou os 704 apartamentos dos recém-inaugurados Condomínios Jardim “José Wilson Toni”, que integra o projeto Minha Casa Minha Vida. O evento não só contou com as presenças da prefeita e da ilustre Dona Neusa, mãe do falecido jornalista que

As moradias foram entregues pela prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera

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COLUNA dá o nome ao local, como também de Solange Toni, irmã de Wilson Toni, além do vice-prefeito Marinho Sampaio, o presidente da Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto Nicanor Lopes, o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Júlio Cesar Spoladore Dominguez, o presidente da COHAB-RP Sílvio Martins, o gerente regional da Caixa Econômica Federal, instituição que financiou todas as moradias, Alfredo Eduardo dos Santos, entre várias outras personalidades importantes da cidade que contribuíram

para a concretização do projeto. Isto sem falar nas mais de 700 famílias, saídas de seis favelas da cidade, que compareceram para já realizar a vistoria de seus novos apartamentos, e a presença de todos os parentes, amigos e conhecidos que foram prestigiar a entrega e compartilhar da alegria dessas famílias carentes. O programa “Sociedade em Destaque na TV” foi ao local conferir a entrega e Carlos Ponce conversou com as autoridades presentes.

Carlos Ponce com Solange Toni e Dona Neusa, irmã e mãe de Wilson Toni

Ponce entrevista o vice-prefeito Marinho Sampaio

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coluna • Coluna do Ponce

O gerente regional da Caixa Econômica Federal, Alfredo Eduardo dos Santos

Esteve presente o presidente da COHAB-RP Sílvio Martins

Calos Ponce e o juíz Júlio Cesar Spoladore Dominguez

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Esporte e lazer

Da redação

Hoje tem circo? Tem, sim senhor! Escolas inovam e fazem do picadeiro a sala de aula

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esporte e lazer • Hoje tem circo? Tem, sim senhor!

F

azer cambalhotas, se equilibrar no tecido acrobático ou manter bolinhas “flutuando” no ar. Cenas de um circo? De uma academia? De um show de acrobacias? Nada disso! As peripécias são realizadas por alunos do ensino fundamental de Curitiba. As escolas optaram por oferecer as aulas de circo devido os benefícios que a atividade proporciona. “São várias as camadas de aprendizagem, uma delas é a parte física-motora, que desenvolve força, coordenação motora, lateralidade e noção espacial”, explica a professora de circo da Escola Lumen, Marina Prado. Além de melhorar a condição física dos que praticam os exercícios, as aulas de circo estimulam a criatividade, a sensibilidade e a integração entre as crianças. Outro fator é o autoconhecimento. “Durante as aulas

cada criança vai percebendo seus limites, seus medos, suas ansiedades”, relata Marina. As aulas de circo também provocam maior concentração dentro da sala de aula, já que os alunos gastam muita energia durante as atividades. Diretora da Escola Projeto 21, Yara Amaral, aponta outro benefício. “A criança que se vê superando os desafios no circo consegue transpor a segurança obtida também em outras áreas”. Yara é responsável por uma das escolas pioneiras na adesão do circo como atividade extraclasse. O Projeto 21 conta com a atividade há 13 anos. Em geral, os pais sentem a diferença no comportamento dos filhos em pouco tempo de aula. Mesmo assim, quando a escola oferece a atividade, alguns pais se surpreendem. A coor-

denação da Escola Projeto 21 explica o motivo da surpresa. “A ideia que nós temos hoje em dia é contraditória: ou pensamos no circo mambembe, artesanal, ou num ‘Circ Du Soleil’, um espetáculo pirotécnico”. A aluna Letícia Viana Ramos (10), pratica os exercícios há quatro anos e meio e se encantou pela atividade desde o começo das aulas na escola. “Sempre ficava vendo que os mais velhos que eu faziam muita coisa no circo e eu queria tudo isso também”, relembra Letícia. Uma das atividades que a aluna desejava aprender é o tecido acrobático, mas só pode se dedicar ao aparelho no segundo ano de circo. No começo fazia exercícios com malabares e o seu preferido era o prato chinês. Isso acontece porque o professor pode restringir algum exercício de

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Esporte e lazer acordo com a idade ou tamanho da criança. Marina Prado costuma dividir as aulas em quatro momentos. Alongamento e relaxamento são feitos no início e final das aulas, depois são realizados exercícios circenses de três técnicas diferentes. A primeira é a de acrobacia de solo, em que a criança fará movimentos como cambalhotas e parada de mão. O segundo é o de malabarismo, em que os exercícios exigem muita coordenação e equilíbrio. O último é de acrobacias aéreas, em que os alunos fazem contorcionismos em tecidos e na lira. Marco Antonio Fonseca é professor de circo da Escola Projeto 21 e além das aulas de malabarismo, acrobacia no solo e aérea, utiliza técnicas de teatro. Os alunos também desenvolvem atividades em que atuam como personagens circenses, como atirador de facas e engolidor de fogo. Essas atividades incentivam a ludicidade. “Nós brincamos muito na

aula de circo e as crianças assumem vários personagens enquanto praticam o que gostam”, lembra Marco Antonio. Com três grupos de diferentes idades, num total de 62 alunos, a diretora da Escola Projeto 21 acredita que a escola consegue cumprir com o seu papel aliando as aulas de circo às demais atividades regulares. “Nosso objetivo sempre foi estimular a criatividade, desenvolver possibilidades de nossos alunos se tornarem sempre autoconfiantes”, afirma Yara. Com tantas benefícios, a perspectiva é que as aulas de circo sejam

adotadas em outras escolas. E mesmo quem não percebe essas melhoras no desenvolvimento, também apóia a expansão da atividade. “Não sei se fazer circo me ajuda em outras coisas, mas eu gosto mesmo é de fazer circo” exclama a estudante.

Conheça algumas atividades e aparelhos presentes nas aulas de circo. Lira

Monociclo

A lira consiste num arco de ferro preso ao teto por uma corda. Os movimentos neste aparelho exigem muita concentração, já que a pessoa que o pratica se movimenta dentro da circunferência e impulsiona o arco para frente, para trás, para os lados ou gira em torno do seu eixo.

Uma bicicleta com apenas uma roda. Para conseguir andar para frente e para trás são necessárias duas semanas de treino diário. O exercício exige coordenação, equilíbrio e força (principalmente nas pernas e no abdômen).

Tecido acrobático

Trapézio

Dois pedaços de panos presos no teto e que alcançam o chão servem de apoio para o praticante. Movimentos de acrobacia e de queda são exercidos no aparelho. Beneficia a flexibilidade e aumenta a resistência muscular.

É uma barra presa por duas cordas, que pode funcionar como um balanço. Algumas atividades consistem em saltar de um trapézio para outro, com o aparelho em movimento.

Perna de pau Prato chinês Pratos específicos para a atividade circense. Devem ser equilibrados por uma vareta. 44

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Existem dois modelos de perna de pau. Um dos modelos é preso nos pés ou nas pernas por meio de presilhas. O outro conta com um apoio para as mãos. Mas o objetivo é o mesmo, se equilibrar em cima das longas pernas artificiais.


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Relacionamentos

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data especial • Presentes para os pais

Dificuldades

no relacionamento infantil Por Valéria Tiusso Segre Ferreira - Psicopedagoga clínica e Institucional

A

criança com dificuldades de relacionamento pode se mostrar um tanto quanto tímida, agressiva , auto estima baixa , retraida, isolada, falta de comunicação com os demais, porém estes sintomas podem ser de origem física ou emocional, sinalizando alguns transtornos como por exemplo: depressão, transtornos de aprendizagem, déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de comportamento, de ansiedade, doenças psicossomáticas, problemas de personalidade e, menos freqüentemente, o autismo e a esquizofrenia. Este é um caso negativo, podendo ocasionar maiores complicações futuras e deve ter acompanhamento médico terapêutico. Por outro lado, há quem goste de privacidade, não se relacionando como o normal, preferindo estar só, mas nem por isso deixa a desejar caso alguém a procure. Este tipo de relacionamento podemos dizer que é neutro por não comprometer a criança com suas emoções e nem quem está em seu convívio.

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Relacionamentos

Independente da causa, para que a criança se relacione com os demais, o adulto que está auxiliando deve manter um ambiente de igualdade, afetivo e respeitável. Os pais são os pilares para a construção estruturada do desenvolvimento cognitivo e sócio-cultural destas crianças , a partir das suas vivências e também das dos outros,

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Pois a inteligência, a motivação, a curiosidade, históricos culturais, afetivos emocionais que compõem o meio no qual ela está inserida são fatores próprios da criança. Os educadores, professores, enfim todos os que fazem parte da escola devem compartilhar as formas de ajudar na condução do processo de inserção social e desenvolvimento in-

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dividual destas crianças.Na atualidade o papel da afetividade na escola tem sido assunto muito debatido, e defendido por psicopedagogos,psicólogos, professores,etc..e os profissionais que adotaram esta prática pedagógica confirmam a evidência positiva alcançada, nos relacionamentos e na aprendizagem .


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CIRCO NA ESCOLA Aulas de circo melhoram desempenho de alunos

M

A

D E

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Professor Veloso analisa realidade da educação brasileira


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