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Consilcar Magazine #08

CAYENNE V6 E-HYBRID PORSCHE

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ENTREVISTA Pedro Lamy Uma vida nas corridas

REPORTAGEM Salão de Frankfurt Aposta nos eléctricos

ESPECIAL Esquecidos na gaveta

Só a qualidade vence a burocracia!

Em Portugal, que muitos dizem ser “o país do Simplex”, o negócio do automóvel usado continua a ser marcado por um peso burocrático por vezes excessivo, mas também por regras difíceis de serem cumpridas. Ainda assim, há uma forma de vencer a burocracia neste negócio.

texto: Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues

UMA VIDA NAS CORRIDAS!

“Tranquilo, tímido, talvez reservado e porventura algo inseguro em certas coisas relacionadas com a maneira de viver”, é o retrato que faz de si mesmo fora das pistas. Na rua ainda é conhecido mas já foi muito mais, algo que não o incomoda. “Se as pessoas nos reconhecem é sinal que tivemos êxito no que fizemos e isso é gratificante!”

entrevista: Jorge Reis

Aos 47 anos, Pedro Lamy tem a sua vida construída em redor das corridas, um dos poucos portugueses que chegou à Fórmula 1, a categoria rainha do desporto automóvel. Em quatro anos, de 1993 a 1996, Lamy foi um dos pilotos de elite das pistas mundiais, tendo rodado ao serviço da Lotus e da Minardi, numa carreira que começou muito antes e em duas rodas: “Comecei no mini motocrosse com seis anos de idade, ali colocado pelo meu pai que mais tarde me colocou nos karts, quando eu já tinha 13 anos.” “Ia passar de categoria no mini motocrosse mas o filho do meu mecânico, que também corria, teve um acidente que o deixou paralítico, e isso levou o meu pai a retirar-me das motos para os karts. A família achou que era melhor eu parar com o motocrosse e o rumo foi mesmo os karts. Na primeira corrida, mesmo sem grande experiência, fiz logo a pole, as coisas correram bem, andei sempre a lutar pelos lugares da frente nos karts e cheguei a ser campeão.” Pedro Lamy acabaria por avançar para a fórmula Ford, onde pôde correr ainda com 17 anos, tendo sido campeão nacional logo no primeiro ano, um tí

tulo que abriu outros caminhos com diferentes patrocínios e apoios: “O Diogo Castro Santos já corria no campeonato europeu da Fórmula Opel Lotus e eu procurei seguir o mesmo percurso.” “Naquela altura estava na escola, à beira dos 18 anos, não era propriamente um brilhante aluno mas havia a perspectiva de tirar um curso, e acabou por surgir a necessidade de fazer uma opção difícil. Aos 18 anos acabei o 12º ano de escolaridade e decidi avançar para o campeonato da Europa da Fórmula Opel, acabando a faculdade por ficar em ‘stand-by’.”

O meu pai arriscou na aposta no automobilismo Pedro Lamy optou pelo automobilismo sem nunca imaginar que fosse possível vir a ser profissional. “Arriscámos, principalmente o meu pai arriscou, porque é um risco colocar um jovem nos automóveis retirando-o do rumo dito normal da sua formação estudantil.” Com uma irmã mais velha que por essa altura já estava na faculdade, Pedro Lamy apostou tudo no automobilismo sempre com o apoio do seu pai. Logo após ter entrado numa equipa pouco competitiva, houve que proceder a mudanças,

Lamy mudou de equipa e os resultados começaram a aparecer: “Na época seguinte, em 1991, cheguei mesmo a uma das melhores equipas desse campeonato, o europeu de Fórmula Opel, por onde já tinham passado outros pilotos como o Hakkinen ou o Barrichello, e venci.” Pedro Lamy avançou então para a Fórmula 3 na Alemanha, aconselhado por Domingos Piedade, então com o manager de Michael Schumacher, que era o dono da equipa, e venceu o campeonato alemão. Nas corridas internacionais ficou em segundo em Macau, venceu o Marlboro Masters em Zandvoort e acabou por vencer o campeonato no seu primeiro ano de Fórmula 3. O topo estava mesmo à sua frente. Foi já com 21 anos, completados no mês de Março, depois de ter brilhado também na Fórmula 3000, que Pedro Lamy aproveitou a possibilidade surgida, ingressando nesse mesmo ano na Fórmula 1, o corolário daquilo que o próprio piloto assume ter sido “uma carreira bastante rápida”. Chegar à Fórmula 1 com 21 anos, e vindo de Portugal, era claramente difícil, mas Pedro Lamy lembra que o difícil mesmo é vencer corridas: “Hoje em dia é porventura mais difícil conseguir

“Comecei no mini motocrosse com seis anos de idade, ali colocado pelo meu pai que mais tarde me colocou nos karts, quando eu já tinha 13 anos.”

O presente é eléctrico!

A edição de 2019 do Salão Automóvel de Frankfurt – Internationale Automobil-Ausstellung (IAA) –, no passado mês de Setembro, pôde confirmar a electrificação não como uma tendência, mas como o caminho já hoje seguido por quase todos rumo ao futuro...

PORSCHE CAYENNE V6 E-HYBRID QUADRATURA do CIRCULO

Anda à procura de um SUV familiar que seja um carro luxuoso, desportivo e ao mesmo tempo amigo do ambiente? Parece impossível, talvez a quadratura do círculo, mas este Cayenne V6 E-Hybrid que a Consilcar lhe propõe consegue esse “milagre” tendo atrás de si um nome mágico: Porsche!

texto José Manuel Costa fotografia Carlos Rodrigues

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