4 minute read
Condomínios contribuem com reciclagem
Morar em condomínios signi ca dividir custos, benefícios e responsabilidades. E isso vale também para a geração de resíduos, circulação de bens ou mesmo ações coletivas.
Em prédios, é possível separar uma área para implantar o contêiner de recicláveis que periodicamente será destinado às centrais de triagem ou cooperativas de catadores conveniadas à Prefeitura, para que todo plástico, metal, papel ou vidro possam ser transformados em novos produtos e reinseridos na cadeia econômica.
Advertisement
Mas há muitos edifícios que vão além. Não só há uma área para os recicláveis, como são implantadas outras ações solidárias, como caixas para arrecadação de agasalhos no período do inverno, que serão doadas a entidades ou ao Fundo Social de Solidariedade, só para citar um exemplo.
Na atualidade, vale ressaltar que ferramentas tecnológicas ainda contribuem para que os moradores de edifícios possam se organizar para garantir destinação correta de qualquer resíduo. Grupos em redes sociais, site do condomínio, aplicativos de mensagens... Há várias formas de garantir a comunicação entre os moradores e facilitar o encaminhamento de itens.
Jovens famílias
Na região da Chácara Inglesa, vive a família da advogada Bruna Decaro Violla. Casada há 12 anos com Walter, têm duas lhas pequenas: Rafaela, de 8, e Rebeca, de 2 anos.
Mas ali, mesmo as crianças
COLETA SELETIVA são conscientes já de seu papel na busca por um futuro mais saudável e consciente.
Desde que se casaram, Bruna e Walter já assumiram a tarefa de separação do lixo como uma das responsabilidades cotidianas.
E essa preocupação em encaminhar os recicláveis para que sejam reciclados se estendeu a outras escolhas cotidianas.
“Fazemos um uso responsável da água, economizando nos banhos. Recentemente adquirimos uma máquina de lavar louça, objetivando um menor consumo de água”, relata a advogada.
Pensar antes de comprar
A preocupação da família Violla com a água é totalmente justi cada, já que se trata de um bem escasso no planeta e que pode comprometer a vida. E nesse sentido, é importante destacar que há uma relação direta entre todo e qualquer item que consumimos e a água.
A produção de alimentos demanda alto consumo de água, seja para irrigar plantações, abastecer criações animais, higienizar itens que saem para consumo.
Até mesmo na produção industrial, a água é essencial. Os cálculos variam de entidade para entidade, mas o fato é que um único item pode representar o consumo de milhares de litros de água em sua produção.
Um notebook, para ser fabricado, gasta, em média 190 mil litros de água, mais até do que um carro, que consome 147 mil litros de água. Um único smart phone pode representar o uso de 12 mil litros de água para ser produzido. Uma única calça jeans consome cerca de 7 mil ou 10 mil litros de água no processo de produção e lavagem.
“Evitamos o consumo em excesso e temos o hábito de colaborar com um bazar bene cente, sempre doando itens que não usamos mais.”
Solidariedade e doações
O consumo consciente tem um grande aliado na sociedade: a solidariedade.
Assim como reciclar tem uma importância social, já que a venda do material representa renda para mais de mil famílias, só na capital paulista, o pós consumo também pode trazer benefícios sócio-econômicos.
Doar itens em bom estado para entidades dos mais diferentes focos pode representar ajuda a muitas famílias.
“Moramos em um prédio em que há separação do lixo reciclável e há pouco tempo colocamos um novo contêiner para arrecadar tampas plásticas para uma entidade social que apoiamos, a Todo Mundo Feliz (site: todomundofeliz.org.br), que atende crianças em situação de vulnerabilidade social em uma comunidade carente”, relata Bruna.
“Os moradores do nosso prédio são engajados e além de colaborarem com a separação, estão apoiando mais essa causa”, conta.
No caso, a entidade transforma a venda das tampinhas plásticas em alimento para as crianças atendidas, numa iniciativa que une proteção do meio ambiente e ação pró segurança alimen- tar e proteção da infância.
Exemplos e coletividade
As ações no condomínio onde m ora a família de Bruna Violla podem inspirar muitas outras ações. Se a simples atitude de separar tampinhas de plástico contribui com a vida de crianças em situação de vulnerabilidade, outras campanhas podem ser criadas.
Outra ação desse condomínio localizado na Chácara Inglessa é a existência de uma caixa onde os moradores podem descartar pilhas e baterias usados.
Há condomínios onde o descarte de lixo eletrônico tem, além do recipiente para pilhas e bateriais, um espaço maior onde é possível descartar aparelhos eletrônicos de pequeno porte (secadores de cabelo, furadeiras, celulares, periféricos como mouses, teclados e caixas de som, games etc).
Em outros, a proposta é reunir doações em boas condições de uso: roupas, calçados, livros, brinquedos - em épocas especícas como o Natal e o Dia das Crianças, ou o ano todo). O importante é conscientizar para a coletividade e para a geração de resíduos.
Simplicidade e engajamento
Todas essas ações trazem benefícios à comunidade e também às famílias, individualmente, por promoverem a educação ambiental e práticas de cidadania.
Mas, representam um segundo passo. O ideal é começar pelo mais simples: a separação do lixo em dois, o que vale para quem mora em casa ou em edifícios.
Os condomínios têm a vantagem de manter contêineres para onde os moradores podem levar os recicláveis a qualquer momento. Mas, mesmo para quem mora em casas, vale destacar que existem contêineres em mais de mil pontos da cidade, onde podem ser depositados plástico, papel, vidro e metal. Não é preciso separar por tipo, mas é importante fazer uma higiene básica, enxaguar as embalagens antes. A coleta seletiva nas zonas sul e leste de São Paulo, bem como a coleta tradicional são serviços prestados pela concessionária Ecourbis Ambiental.
Para saber a data e o horário em que esses serviços são prestados na rua onde mora, basta acessar o site https://www. ecourbis.com.br/coleta/index. html e informar o endereço completo ou CEP.