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POR MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS VEREADORES Com a vitória do vereador aliado José Aguinaldo dos Santos, teoricamente, o prefeito João Ricardo Fascineli terá um caminho mais fácil para percorrer nos dois anos que ainda faltam para terminar seu mandato. Isso não significa, no entanto, vida fácil. A margem mínima de votos revelou uma Câmara dividida, apesar de o governo ter maioria para aprovar leis no atual cenário. Com vistas à próxima eleição municipal, de forma mais aparente, a oposição revelou sua cara, assim como os vereadores que dão voto de confiança à atual gestão. Com essa configuração, é possível sustentar movimentos democráticos de discussão, pelas quais as posições ideológicas e políticas são confrontadas. A gestão do atual presidente José Carlos Francisco de Arruda foi contestada pela base aliada do governo, fundamentalmente por não inserir na pauta de votação alguns textos do executivo, como o do
recuo da cana. Arruda argumenta falta de esclarecimentos. Como fator de mudança, o futuro presidente José Aguinaldo revelou após sua eleição, como não poderia deixar de ser, que irá estreitar a relação com o executivo e facilitar a tramitação de projetos. A falta de diálogo vem realmente prejudicando o desen-
EXPEDIENTE Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Conselho Editorial: Fábio de Mello Falvo, Jairo Falvo Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira; Leonardo Chaves Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06
volvimento dos trabalhos, mas a iniciativa tem que partir do poder executivo. No início do mandato, o prefeito firmou compromisso com a participação da Câmara no governo. Com o tempo, agiu de forma contrária, enviando projetos em cima da hora e sem discuti-los adequadamente. Como consequência de tal postura, algumas das leis apro-
vadas pelos vereadores estão sendo contestadas judicialmente. Além disso, os vereadores devem coibir pressões e coerções, como observadas em episódios anteriores, pois possuem autonomia para decidir suas posições, pautados, acima de tudo, pelos interesses da população. Se procurar inserir a Câmara nas discussões sobre o desenvolvimento social e econômico da cidade, que passa por dificuldades financeiras, até então centralizadas no gabinete do prefeito, o futuro presidente José Aguinaldo construirá um marco positivo na sua gestão. A participação dos vereadores, legítimos representantes da população, contribui com o desenvolvimento do município. Tal atuação, no entanto, seja de políticos da oposição ou da situação, deve ser pautada pelos interesses da coletividade e não por pessoais ou partidários, sob pena de prejuízos para a cidade.
Cenário
“Uma das coisas agradáveis sobre o Natal é que você pode fazer as pessoas esquecerem do passado com um presente”. (Autor desconhecido) Se você imagina que este artigo vai falar de “natale” e ao nascimento de Jesus, é melhor virar a página e seguir adiante. Tudo sobre o Natal já foi dito e falado, desde as pessoas mais simples até os eruditos, além é claro dos religiosos. Todo ano é mesma coisa. Depois de 365 dias chega inexoravelmente o esperado e tão comemorado (pelos comerciantes) natal. Nele as famílias compram presentes, peru, champanhe, cerveja, nozes, uvas, compram de tudo. A idéia de um feriado para lembrar a figura cristã de Jesus e comemorar a paz ficou isolada dentro das igrejas, e clãs familiares, passando a importar somente o material.
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NATAL, ONDE ESTÁ VOCÊ?
TROCA DE MERCADORIAS
IRINEU FERREIRA
EMAIR JUNIO DE FREITAS
Fico indignado com a fúria e ganância capitalista que incentiva a privatização deste feriado. Estamos no caminho errado, destruindo o planeta e a nossa própria espécie. Deste modo, em poucas gerações os feriados como a páscoa e o natal serão marcados no calendário como datas especiais para “compras” e ninguém vai mais lembrar facilmente de onde saíram essas datas. Uns vão dizer que foi por causa da Coca-Cola, como já atribuem a figura do “Papai Noel Vermelho”, reconhecidamente o maior vendedor do produto, e nós, inocentemente, criamos até neve em país tropical! O marketing, o interesse e a conveniência financeira prevalecendo sobre a fraternidade e a nossa boa fé, o mal de Alzheimer aplicado no comércio, deixando o mundo esquecido, materialista, frio e Insensível. Vejo que a vida, o trabalho, as relações sociais de hoje nos afunilam para uma única saída, a da sobrevivência para o materialismo das relações. Os
cientistas políticos dão a isso o nome de “capitalismo”. Precisamos mudar o foco de olhar a vida, um olhar mais cristão que nos induzirá a uma mudança comportamental. O materialismo nos empurra para o individualismo, que é o sinônimo destes tempos de competitividade, tempos do salve-se quem puder. Em um passado não muito distante, tínhamos um comportamento mais humano, solidário, mais confiável, mais festivo, mais fraternal, mais reconciliatório – o perdão era latente. Nossas casas eram abertas a todos, trocar visitas, tomar um copo de vinho e experimentar um pedaço de pernil, dar um abraço apertado nos amigos e vizinhos, fazer a “Via Sacra” na cidade – isso era NATAL. A presença, o espírito natalino estava em nossos corações, nada, além disso. Mas aonde foi parar tudo isso? Nessa correria na qual só vale a compra do mp3 (mp5-mp6), do ipod, do dvd pro carro novo, da sandália nova, celular de última geração e coisas do gênero; o ser humano perde a identidade e esquece o sentido da existência (alguém aí lembra qual é?). Mas você pode ajudar a mudar um pouquinho isso tudo, ao invés de comprar tudo pronto, tente desenvolver suas habilidades, usar de criatividade e fazer seus presentes com as próprias mãos, dar um abraço e não enviar um torpedo de “te adoro” as pessoas, que na maioria das vezes, estão do outro lado da rua. Vamos tentar resgatar um pouco disso tudo? Eu vou tentar. Que tal um brinde à vida e ao renascer? Que tal trocar um abraço sincero? Neste Natal espero você lá no Refúgio!
Irineu Ferreira (Neu). Pós-Graduação “Lato-Sensu” em Gestão PúblicaGerência de Cidades – FCL/UNESP e-mail: motuca_city@hotmail.com
Natal, festas, confraternizações e presentes é o cenário do final de ano que alavanca as vendas de modo geral e em especial no comércio, pois é muito forte a cultura de presentear ou dar lembrancinhas para amigos e familiares nesta época do ano. Os consumidores, porém, devem se acautelar quando das compras dos presentes e lembranças, tendo em vista que, dependendo do produto que estão adquirindo existem prazos específicos estipulados por lei para solicitarem a troca se eventualmente conterem algum vício que lhe torne impróprio para o consumo que se destina ou lhe diminua o valor. O Código de Defesa do Consumidor Lei 8.078, de 11/09/1990, estipula que, tem o prazo de 30 dias para o consumidor reclamar contra vícios aparentes ou de fácil constatação, quando se tratar de fornecimento de serviço ou produto não durável, e o prazo de 90 dias tratando-se de serviço ou produto durável. Após a reclamação do consumidor o fornecedor tem o prazo de 30 dias para sanar o vicio, conforme estipula o parágrafo 1º, do Artigo 18, do Código de Defesa do Consumidor, mas este prazo pode ser ampliado ou reduzido, sendo que nunca poderá ser inferior a 7 (sete) dias ou superior a 180 (cento e oitenta dias) e sempre que houver a alteração do prazo para sanar o vício, necessariamente a manifestação do consumidor tem que ser na forma expressa, ou seja, que não deixe dúvidas, conforme determina o parágrafo 2º, do artigo em questão. Uma prática normal do comércio varejista em geral é a troca de mercadorias, sem constatação de qualquer vício ou defeito do produto, o consumidor se dirige ao fornecedor e solicita a troca por não ter gostado do modelo ou da cor do produto e outras situações correlatas, mas o comerciante só admite essa prática como uma estratégia de venda, visto que o con-
sumidor, quando se dirige aos estabelecimentos para efetuar uma eventual troca, na maioria das vezes acaba adquirindo outros produtos, não ficando limitado apenas à troca. Portanto, esses tipos de trocas são faculdades dos comerciantes que as praticam como forma de aumentar as vendas e não por estarem obrigados por lei, sendo que, somente é obrigatória a troca quando o produto tem vício. O consumidor deve sempre que adquirir um produto, ler atentamente o manual de instruções ou suas especificações de uso, pois no caso de uso indevido isenta o lojista ou fornecedor de qualquer responsabilidade. Assim, torna-se indispensável que a utilização do produto ou consumo se dê dentro dos parâmetros especificados pelo fabricante, sob pena de que, no caso de vício o consumidor não tenha condições de exigir e ver resguardado o direito assegurado pelo Código de Defesa do Consumidor de substituição do produto, ou restituição da quantia paga e ou abatimento proporcional no preço. Felizmente, o consumidor brasileiro pode contar atualmente com o Código de Defesa do Consumidor, sistema que o tutela e que trouxe avanços expressivos nas relações de consumo, não só apenas no aspecto jurídico, mas também, na qualidade dos produtos que com certeza, salvo, raras exceções teve uma melhora significativa na busca de consumidores exigentes, informados e conscientes de que se eventualmente o produto não estiver dentro dos padrões de qualidade será exigido a troca, ou devolução do valor pago ou ainda abatimento no preço.
Emair Junio de Freitas, advogado, contato emairjfreitas@adv.oabsp.org.br
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Aguinaldo diz que irá trabalhar próximo do executivo e facilitar tramitação de projetos Por 5 votos a 4, o atual vicepresidente José Aguinaldo dos Santos (PT), candidato apoiado pelo prefeito João Ricardo Fascineli, venceu o vereador Fábio de Menezes Chaves (DEM) e estará à frente da Câmara Municipal pelos próximos dois anos (2011 a 2012). A sessão foi realizada no último dia (6), com o plenário do Legislativo repleto de pessoas. Em discurso na tribuna da Câmara, após a vitória, Aguinaldo disse que irá atuar próximo ao executivo e facilitar a tramitação dos projetos. “Muitos textos que beneficiariam a população ficaram trancados. Irei trabalhar para que isso não ocorra mais”. O vice presidente disse ainda que foi alvo de “terrorismo” por parte dos políticos da chapa opositora, que o colocaram contra os funcionários do Legislativo
Municipal. A candidatura de Fábio de Menezes Chaves foi vista com surpresa pelos vereadores da situação. Até então, os candidatos declarados eram Marcilaqui da Silva (PSB) e Renato Luis Rateiro (PV). “Saímos derrotados, mas o importante é que o município caminhe para frente, que não haja ameaças, que haja amor”, destacou Chaves, em seu discurso. Segundo ele, “a força do executivo foi fator determinante para o resultado”. O vereador Renato Luis Rateiro defendeu a chapa sobre a alegação de “terrorismo”, declarada pelo candidato vitorioso. “Não houve falta de respeito contra qualquer candidatura”, pronunciou. Votos
O vereador José Aguinaldo
Jairo Falvo
Vereador apoiado pelo prefeito vence Fábio Chaves e se elege presidente da Câmara por margem apertada de votos
O presidente eleito discursa na tribuna após a vitória
dos Santos foi eleito com seu voto e dos legisladores Pedro Ipólito Vieira Filho (PT), Maria do Carmo Mendes de Oliveira (PMDB), José Carlos Spinelli (PTB) e Octávio Cesar de Oliveira Filho (PTB). Já
“Serei o primeiro presidente negro e assentado” Vereador Aguinaldo classifica sua vitória como marco histórico para o município Após a vitória, o candidato José Aguinaldo dos Santos classificou sua eleição para a direção da Câmara Municipal de Motuca como um marco histórico para o município. “Serei o primeiro presidente
negro e assentado do município”, ressaltou. O vereador, de 44 anos, que está em sua primeira legislatura, será o 10º ocupante do principal cargo do Legislativo local. Sua eleição era vista como
estratégica pelo prefeito João Ricardo Fascineli, que encontrou dificuldade na tramitação de alguns projetos após o rompimento com o atual presidente José Carlos Francisco de Arruda, ex-aliado.
Atual presidente diz que tramitação dos projetos foi feita com responsabilidade Segundo Arruda, falta de esclarecimento motivou o “engavetamento” de alguns textos O atual presidente da Câmara Municipal José Carlos Francisco de Arruda afirmou que a tramitação dos textos enviados pelo executivo foi realizada com responsabilidade, respeitando as leis municipais. “Nunca atrapalhei projeto nenhum”, pronunciou. “Os que estão engavetados
são por falta de esclarecimento, pois os requerimentos enviados ao executivo até agora não foram respondidos”, argumentou. Segundo Arruda, quatro projetos estão sendo julgados pelo Ministério Público por suposta inconstitucionalidade. “É preciso que todos os tex-
tos sejam analisados com cuidado por esta Casa para não sermos penalizados”. O atual presidente também ressaltou a importância de respeito aos prazos regimentais pelo executivo para melhorar a qualidade dos trabalhos. “Não podemos aceitar projetos vindos de última hora”, acentuou.
Fabio de Menezes Chaves, além de seu voto, recebeu apoio de Renato Luis Rateiro (PV), Marcilaqui da Silva (PSB) e José Carlos Francisco de Arruda (PDT).
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Construção de via pública no Jardim Bela Vista deve iniciar em janeiro Jairo Falvo
Projeto também prevê duplicação do trecho que interliga a rotatória que dá acesso ao anel viário com a entrada da cidade, na estrada para Guariba
Trator abre a rua após emissão de posse judicial
A construção da via pública ao lado do Jardim Bela Vista tem previsão para iniciar em janeiro, de acordo com o departamento de obras da prefeitura. Excesso de chuvas e dificuldades em seguir cronogramas de trabalhos em razão das festividades de fim de ano prejudicaram o andamento das obras neste mês. O projeto também prevê duplicação do
trecho que interliga a rotatória que dá acesso ao anel viário com a entrada da cidade, na estrada para Guariba. No fim do mês passado, a juíza Maria Cecília Faulin dos Santos Reschini, do fórum de Américo Brasiliense, deferiu a emissão de posse da área de aproximadamente 0,46 alqueires pertencente à família Gomes ao município, a partir de processo de desapropriação judicial. A decisão foi antecipada por medida cautelar ingressada pela prefeitura, para não perder convênio de R$ 300 mil com o Ministério das Cidades para a construção da via, cujo prazo para viabilização do projeto terminou no fim do mês passado. A prefeitura teve que pagar cerca de R$ 57 mil, valor complementar aos R$ 23 mil já depositados no início do processo, referente à avaliação da área pelo perito judicial, de R$ 80 mil. O valor, porém, foi estipulado em caráter provisório, pois as partes ainda o discutem judicialmente. Enquanto a prefeitura sustenta o pagamento inicial de R$ 23 mil, de acordo com o preço pago no alqueire da região, considerando que o local é um carreador, a família Gomes argumenta valor maior, já que a localização da área é privilegiada, por ser contínua ao território urbano, com potencial para construção de
novos loteamentos. Após a emissão de posse, a prefeitura abriu acesso à estrada, que em parte estava cercada por alambrado, além de tapar buracos de contenção presentes ao lado da área, abertos por uma empresa arrendatária da terra para o cultivo de soja. Segundo a família Gomes, a prefeitura extrapolou os limites da área desapropriada e realizou boletim de ocorrência policial por invasão. A assessoria jurídica da prefeitura afirma que foram realizadas ações para viabilizar a construção da estrada, retirando os obstáculos que impeçam a realização do projeto. Segundo a prefeitura, antes de realizar o procedimento, foi emitida uma notificação para a família Gomes, com prazo determinado para a desocupação da área.
Via irá valorizar o bairro, diz morador Segundo o motorista Benedito Bento da Rocha, 37, a construção da via pública no Jardim Bela Vista irá valorizar o bairro. “É ruim a gente morar numa rua sem saída, onde também temos que conviver
com a poeira a cada vento forte”, diz. Ele revela que adquiriu o terreno logo que saiu o loteamento e que mora há cerca de 15 anos no local. “Este era um desejo de todos os moradores”, finaliza.
VINALLI
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Sessão solene na Câmara entrega títulos de “Cidadão Motuquense” e de “Honra ao Mérito” Evento realizado no dia 30 de novembro homenageou personalidades escolhidas por verereadores pelas relevantes contribuições ao município
Figueiredo junto com esposa e filha
Silva discursa após receber título
Em sessão solene realizada no último dia 30 com o plenário repleto de pessoas, a Câmara de Motuca homenageou o major da polícia militar Humberto Gouvêa Figueiredo, o delegado Antônio Carlos da Silva e Natanael Bento do Nascimento (in memorian) com o título de “Cidadão Motuquense”, além de entregar ao soldado da polícia militar Jeferson Aldrei Benedicto o diploma de “Honra ao Mérito”. O evento contou com a presença de autoridades locais e regionais. Emocionado, o major Figueiredo agradeceu a homenagem e classificou o momento como resgate histórico. “Nasci na gota de leite de Araraquara, onde fui registrado, mas sempre me considerei motuquense, pois passei toda minha infância e parte da adolescência aqui, de onde guardo ótimas lembranças, principalmente de meu avô, pouco estudado mas muito inteligente, por quem herdei a vocação da leitura e a busca pelo conhecimento”, acentuou. Há 15 anos trabalhando em Motuca, o delegado Antônio Carlos da Silva se disse orgulhoso por receber o título. “Fui adotado pela população motuquense, por quem tenho obrigação de ajudar a proteger”, pronunciou. “Ser delegado em cidade pequena é tão difícil quanto
Filhos receberam homenagem pelo pai
Soldado Aldrei recebeu o diploma
trabalhar nos grande centros, pois a gente está mais próximo da sociedade e se envolve com os problemas de todos”, completou. Falecido em outubro de 2009, Nascimento recebeu homenagem póstuma pelo trabalho que realizou na área de saúde, atuando como auxiliar de enfermagem e de farmácia no município desde a década de 70. “Tenho certeza que nosso pai está muito feliz neste momento ao lado de Deus”, ressaltou, emocionado, o filho Rodrigo Marcelo do Nascimento, que foi receber o título juntamente com os irmãos Carlos Leandro do Nascimento e Danilo Evandro do Nascimento. “Fico feliz de estar sendo agraciado com tão nobre título”, destacou o soldado Jeferson Aldrei Benedicto, que atua na Polícia Militar (PM) desde 1997. Ele recebeu o diploma de “Honra ao Mérito” pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Religioso, agradeceu a Deus por ter colocado em sua vida momento tão grandioso, além dos familiares. “Ninguém de nós é tão bom quanto nós todos juntos”, enfatizou.
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Poupatempo de Araraquara facilita emissão de documentos Unidade inaugurada no final de outubro atenderá 12 cidades da região, incluindo Motuca Moradores de doze cidades da região, incluindo Motuca, podem solicitar a emissão de documentos como 2ª via de RG, CPF, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Carteira Profissional de forma rápida e segura na Unidade do Poupatempo de Araraquara, inaugurada no dia 28 de outubro, que integra o plano de desburocratização dos serviços públicos,
realizado pelo governo estadual. A Unidade possui capacidade para atender 2.700 pessoas diariamente na prestação de mais de 50 serviços presenciais. Os serviços, segundo diretor da agência Alexandre Araújo, são realizados na hora, como é o caso de emissão de RG, licenciamento de veículos, entre outros. A Unidade de Araraquara é a única em que o
Serviços:
Emissão e segunda via de documentos como carteira de identidade (RG) e CPF, atestado de antecedentes criminais, carteira de trabalho e carteira de habilitação, além de consulta de débitos de IPVA, DPVAT, multas de trânsito, pontos na CNH e registro de Boletim de Ocorrência pela internet. Localização
Av. Maria Antonia Camargo Oliveira (Via Expressa), 261 – Jardim Nova América – Araraquara - SP. Edifício América, próximo à rodoviária. Horário de atendimento
Segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 9 às 13 horas. Informações:
Mais informações, como valor de taxas, estão disponíveis pelo site www.poupatempo.sp.gov.br e no telefone 0800-772-36-33.
licenciamento e pagamento de multas de trânsito podem ser feitos até por meio de cartão de débito. “A primeira via do RG, por exemplo, é gratuita. As taxas dos serviços podem ser consultadas no site, na nossa área de atendimento e também por telefone”, explica Araújo. com Araraquara.com
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Forte chuva alaga ao menos três casas no início do mês
Jairo Falvo
Alexandre Zanni - arquivo pessoal
Moradores relatam apreensão para salvar móveis e eletrodomésticos
Água chegou a atingir assoalho do carro que estava no quintal em casa da Vila Malzoni
“Acordei com o choro de meu filho e quando coloquei os pés no chão percebi que havia água dentro de casa”, relata a trabalhadora rural Naiara Cristina Souza Santos Joiozo. A forte chuva que ini-
ciou por volta da 00h e se estendeu por toda a madrugada do último dia 2 alagou ao menos três casas de Motuca, causando transtorno aos moradores. A água subiu cerca de 60 cm no interior da casa de Naiara, que reside no centro da cidade. Com a ajuda do marido e da sogra ergueram móveis e geladeira. “Foi um susto muito grande”, destaca. Ela acredita que parte da água vinha do esgoto, pois emanava um forte cheiro. Já na residência da funcionária municipal Joana D’arc Zanni, localizada na Vila Malzoni, a água da chuva entrou em todos os cômodos e atingiu o interior dos dois carros da família. Segundo ela, isso ocorreu por causa do entupimento de um bueiro localizado em frente à sua casa. “É a primeira vez que isso acontece em 21 anos que moro aqui”, ressalta. Para escoar a grande quantidade de água acumulada no quintal, seu filho quebrou parte do muro dos fundos. “Ficamos desesperados para salvar os móveis, comprados recentemente”. A outra casa atingida fica a cerca de 500 metros do perímetro urbano do município, no sítio Santo Antônio. “Às 3h da manhã percebi a água entrando dentro de
casa junto com um monte de barro”, relata a dona de casa Tereza Laurindo. “Foi um desespero muito grande para salvar as coisas. Nunca vi isso na minha vida”, aponta. Segundo ela, foi realizado preparo de terra para plantação de soja na área localizada acima de sua casa, o que precipitou a vinda da enxurrada. A tempestade também prejudicou o trânsito nas saídas da cidade que levam aos municípios vizinhos de Guariba e Rincão, onde houve acúmulo de barro e galhos de árvores. Funcionários de uma usina próxima e a defesa civil do município tiveram que realizar limpeza nos locais. Entulhos
Segundo João Victor Lopes da Silva, funcionário do departamento de obras da prefeitura, a causa principal do alagamento nas casas da cidade é o entupimento das vazantes. “Moradores
Móveis sustentados por cadeiras em casa da área rural
deixam saco de cimento e tijolos de construções nas calçadas”, explica. Segundo ele, “ocorreram tempestades mais fortes, que não ocasionaram esses alagamentos”. Silva também aponta o fato de alguns moradores lançarem água da chuva diretamente no esgoto. “Isso é proibido, mas infelizmente é muito comum”. De acordo com a Secretaria
da Agricultura de Motuca, a chuva do dia dois foi a mais forte do ano no município, com volume de 124 mm.
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Agricultor do Assentamento Monte Alegre cresce na atividade ao diversificar a produção Horta com uma grande variedade de verduras e legumes, 70 mil pés de abacaxi, 8 mil pés de eucalipto, 100 pés de manga, 3 alqueires de cana, feijão, milho, porco, gado, peixe, frango, ovos.... O agricultor João Joaquim Xavier, 70, morador do Assentamento Monte Alegre 5, segue à risca um dos princípios básicos para progredir no meio rural: a diversificação. “Quando se atua no setor produtivo, depender economicamente de apenas uma cultura é assumir um grande risco. Fatores como clima, oscilações de mercado e pragas podem simplesmente fazer diluir investimentos de toda uma vida”, explica o engenheiro agrônomo Péricles Medina Junior, da Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol). Segundo seu João, os produtos da horta, o abacaxi e o eucalipto representam suas principais rentabilidades. Grande parte da produção de frutas, verduras e legumes ele comercializa em duas feiras de Araraquara e uma de Matão, onde possui bancas. “Fiquei dez anos batendo de porta em porta nas casas de Motuca para fazer minhas vendas, mas cansei”, relata. “Até hoje tem gente que me deve”, complementa, sor-
rindo. Com relação à cana, que está no 3º corte, ele não observou resultados e não pretende continuar com o cultivo quando terminar o contrato. “No lugar, irei plantar milho e feijão, que são coisas para comer”, diz. “Já a cana, a gente planta para a usina”. Casado há 47 anos, pai de cinco filhos, avô de oito netos, o pernambucano da cidade de Garanhuns lutou para conseguir seu pedaço de terra. Realizou invasões em propriedades improdutivas nos municípios de Córrego Rico e Pradópolis, até conseguir um lote no complexo Monte Alegre, em 1993. Agricultor por vocação, também trabalhou como metalúrgico, cortador de cana e na lavoura de laranja. Para ajudar nos serviços, recebe ajuda de dois filhos, noras e netos, além de “camaradas”, que contrata eventualmente. “Muitas pessoas de fora chegam aqui e falam que é impossível progredir no assentamento. Eu penso o contrário. Dá para viver tranquilo. Todo dinheiro que ganho sai da terra, que também paga os meus financiamentos”, conclui seu João.
Jairo Falvo
“Muitas pessoas de fora chegam aqui e falam que é impossível progredir no assentamento. Eu penso o contrário. Dá para viver tranquilo”
Xavier vende os produtos da horta em feiras nas cidades de Araraquara e Matão
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“Você sabe qual foi o primeiro nome de Motuca?” Fábio Falvo
Dona Júlia Carreira Veronesi, moradora que completou 95 anos recentemente, revela esta e outras curiosidades da história de nossa cidade
A aposentada rememora fatos marcantes como a passagem da comitiva boiadeira na fazenda Monte Alegre, onde nasceu
“Você sabe qual foi o primeiro nome de Motuca?”, questiona dona Júlia Carreira Veronesi, nascida há 95 anos na fazenda Monte Alegre, nas proximidades da então vila, logo no início da entrevista ao Cenário. Ao ouvir a negativa, responde de prontidão: “Foi Sesmaria Bonfim, batizada pelos donos da fazenda Bonfim, da família Thomaz”, revela. A denominação atual da cidade, segundo ela, surgiu tempos depois com os portugueses, que tinham uma colônia na localidade. O pai de dona Júlia, o português Manoel Carreira, veio de Guariba para Motuca para trabalhar como administrador na fazenda Monte Alegre, função que exerceu por quatorze anos. Na propriedade, que na época tinha 14 mil alqueires, foi constituído em 1984 o complexo de assentamentos pelo governo estadual. Um dos fatos marcantes lembrados por ela dos tempos em que
morava na fazenda era a passagem da comitiva boiadeira, que vinha dos estados de Minas, Mato Grosso e Goiás com destino à Matão, onde os gados eram comercializados com frigoríferos locais. “Chegava a passar dois mil bois”, lembra. “Primeiro vinham os peões com os cozinheiros, trazendo mantimentos alojados numas bolsas de couro denominadas bruacas. Depois toda a comi-
tiva pernoitava num rancho da fazenda alugado por meu pai e no dia seguinte prosseguiam a viagem”, relata. Dona Júlia mudou-se da fazenda para a vila quando tinha quatro anos, juntamente com os pais e os seis irmãos. “Quando viemos para cá não existia estrutura nenhuma”, diz. Com o tempo, o pai destacou-se como figura proeminente de Motuca, tornando-se empresário e o primeiro delegado de polícia. “Ele comprou armazém, lojas e ajudou a trazer para cá policiamento e a primeira escola”, observa dona Júlia. O pai, segundo ela, foi a primeira pessoa da cidade a comprar um carro – um calhambeque ano 30 – e um telefone. Dona Júlia tinha apenas cinco anos, em 1920, quando foi assistir a inauguração da primeira capela de Motuca, que posteriormente deu lugar à igreja São Sebastião. “O sino era do lado de fora”, lembra. A praça central, rememora, era tomada por eucaliptos e como não havia calçamento, os passeios eram realizados em cima dos pedregulhos. “O terreno da praça da igreja e do cemitério foram doados à Motuca por Erminha Vieira de Borba Moura, antiga proprietária de terras da região, que ainda possui alguns parentes vivendo em Rincão”, revela dona Júlia. “Até há pouco havia uma placa com o nome dela na praça, mas tiraram e não colo-
caram mais”, complementa. Dona Júlia foi alfabetizada pelo professor particular Mario Raul Valentim Palermo, nascido em Portugal e que veio ao Brasil quando tinha 22 anos. ”Ele morou aqui durante muitos anos e chegou a ser delegado”, conta. Os japoneses que criaram a primeira colônia no Brasil em Motuca também foram alfabetizados na língua portuguesa por ele. Segundo dona Júlia, Motuca chegou a ter 60 famílias de japoneses, lideradas pelo funcionário do consulado japonês no Brasil, Sunao Babá. “Eles arrendaram terras e cultivavam principalmente algodão”, conta. “Formou-se uma amizade muito grande com os brasileiros, inclusive batizei a filha de uma
amiga da colônia”. As festas no núcleo de japoneses eram muito apreciadas pelos brasileiros, que iam assistir às lutas de sumo e saborear comidas típicas. Outras diversões dos motuquenses na época, segundo dona Júlia, eram ouvir os programas da rádio Tupi do Rio, pela qual “apreciávamos as músicas apresentadas pelo locutor Edegard de Souza e a radionovela ‘Palmolive do sertão’”, além dos carnavais, em que “se enfeitavam carroças e animais e se dançava à noite nos bailes”. O difícil, de acordo com dona Júlia, eram os romances. “As moças não podiam passear com os namorados e não existiam beijos. Se beijasse, tinha que casar”, conclui.
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Sub-21 é campeão da Liga de Orlândia Equipe venceu por 3 x 1 São Joaquim da Barra; Infanto e Infantil ficaram em 2º e 3º lugar no campeonato, respectivamente
mo assim, jogamos com o pé no chão. Não esperávamos esse resultado”, conta o técnico Marco Rogério Luzia. Motuca foi sede das finais da Liga. O Infanto perdeu para São Joaquim da Barra, por 3x1, e conquistou o título de vice-
campeão. No dia 11, houve a disputa pela terceira colocação. O Infantil ganhou de Guaíra, por 3x0, e ficou em terceiro lugar. As três equipes de Motuca foram comandadas pelos técnicos Marcos Rogério Luzia e Rodolpho Milani.
Final do 1º Campeonato Interno da prefeitura acontece nesta quarta Jogos acontecem no Ginásio de Motuca, a partir das 19h30 Jogadores surpreenderam comissão técnica com a vitória
Gabriela M. Luiz
A equipe Sub-21 sagrou-se campeã da Liga Pró-Voleibol de Orlândia, dia 12, no Giná-
sio de Motuca. A equipe venceu por 3x1 São Joaquim da Barra, surpreendendo os jogadores e a comissão técnica. “Não tínhamos perdido nenhum set em toda a Liga. Mes-
A Agricultura e Administração disputam o título de campeão do 1º Campeonato Interno da prefeitura, nesta quartafeira (22), a partir das 19h30, no Ginásio de Motuca. No mesmo dia, o Esporte e o Planejamento se enfrentam para conquistar o terceiro lugar na com-
Semifinais do Torneio de Futebol Society acontecem dia 9 Jogos acontecem na Área de Lazer, a partir das 9h; Monte Alegre A foi campeão no ano passado As semifinais do Torneio de Futebol Society acontecem dia 9 de janeiro, a partir das 9h, na Área de Lazer. Em um jogo, o Chapolense enfrenta 100% Negro. No outro, o Vitória joga contra Monte Alegre A. Na última edição da competição, ano passado, Monte Alegre A conquistou o título de campeão.
petição. O campeonato começou dia 13 de outubro e conta com quatro equipes da prefeitura, dividida por setores: Administração, Agricultura, Esporte e Planejamento; e com a equipe Veteranos e os goleiros de cada time como convidados.
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