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CLIMA TENSO Os trabalhos no legislativo municipal iniciaram o ano em clima tenso, com o bloco da oposição apertando o cerco, direcionando ásperos questionamentos ao governo do prefeito João Ricardo Fascineli e com sérias acusações ao comportamento do mandatário. Os históricos de erros e de leis inconstitucionais, cujos deméritos devem ser divididos entre todos que participaram de suas criações, por si só, justificam tais atitudes, ainda que alguns excessos devam ser revistos. Unidos após a derrota nas eleições da mesa diretora da câmara, os vereadores que se opõem ao governo dirigido por Fascineli, demonstraram neste reinício de trabalho maior articulação que a base aliada, que possui maioria na casa. A aproximação das eleições municipais, já no ano que vem, serve de estímulo ao endurecimento das ações. O que antes era ignorado, como os prazos regimentais, agora cobra-se com firmeza seu cumprimento conforme preconiza lei. Ato legítimo, ainda que incoerente. A busca por espaço na política faz parte da democracia,
pois é o que move a estrutura social. As ações, no entanto, devem ir de encontro aos interesses da cidade. Se a oposição agir na base do "quanto pior melhor" ou defender interesses particulares ou de grupos específicos, correrá o risco de não
ocupar o espaço almejado. Da mesma forma, se os vereadores da base aliada advogarem em atos incoerentes do governo ou do prefeito, certamente cairão em descrédito perante a população. Motuca passa por um mo-
mento delicado, com queda eminente de receita e necessidade de geração de emprego e renda para a população. A aquisição recente do espaço para o novo distrito industrial, de custo elevado, mas necessário, pois a cidade precisa se estruturar para crescer economicamente, se apresenta como um desafio para as autoridades políticas locais. Temos a disponibilidade de área, agora precisamos atrair as empresas. Para enfrentar este obstáculo como outros, o município precisa contar com todos os representantes eleitos, sejam da oposição ou da situação. Para isso, é fundamental que o prefeito municipal mude seu comportamento. Enquanto agir de forma agressiva, como foi acusado pelo vereador Fábio Chaves na tribuna da câmara, a tendência é que o clima tenso permaneça na política local, respingando em outras áreas, com conseqüências negativas para a cidade. É preciso que mecanismos democráticos como o diálogo, transparência e participação popular, atualmente em segundo plano, sejam valorizados pelo governante.
Moradora pede transformação de terreno baldio em praça O terreno baldio pertencente à prefeitura no Jardim Canavieiras, na rua Marcos Rogério dos Santos, é pequeno, mede aproximadamente 500 m2, mas seria uma ótima área de lazer se fosse realizada infraestrutura no local, segundo a moradora Maristela Schravinato Lima, 47. “Construíram o bairro e o espaço ficou vago, servindo de depósito para entulho”, aponta. Ela diz que já fez a reivindicação para algumas autoridades do município, “que
prometeram e até agora não cumpriram”, reclama. “Muitos moradores vizinhos ao local ficam sentados na calçada em frente da casa quando poderiam passar os momentos de descanso num espaço adequado”, diz. Segundo Maristela, a prefeitura instalou vários bancos recentemente na cidade e o local também poderia ter sido contemplado. “Com infraestrutura, tornaria viável o surgimento de um comércio como um carrinho de lanche”, analisa.
EXPEDIENTE: Sem infraestrutura, local serve de depósito de entulho
Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP
Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Leonardo Chaves
Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara
Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail :cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06
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O BOTE DA JARARACA
ASSÉDIO MORAL
IRINEU FERREIRA
EMAIR JUNIO DE FREITAS "Lutei para escapar da infância o mais cedo possível. E assim que consegui, voltei correndo pra ela ". (Orson Welles)
de prontidão da aula de primeiros tirar um pouco "do veneno", - em 1965 - Que pena, vamos ter que socorros, a providencial aula de soseguida amarrar como se fosse cortar a perna dele! brevivência no mato. um torniquete logo acima da picaPela data você deve estar penDito e feito! - espreme o dedo da, - isso para o veneno subir aos sando em uma sessão de tortura da picada e amarra sua canela! poucos, e rapidamente procurar nos pavilhões do antigo "DOPS", O Salto, com sua simpática socorro, - foi à aula! exercício comum praticado pela turprainha, não era tão longe, mas era Vida tranqüila na pré-adolesma da repressão, os caçadores de preciso "transportar" o enve"comunas", - tempo comnenado rapidamente! plicado. De certa maneira Calma, - Sucuri não! Mas como? realmente foi uma tortura Elementar! Foi escolhido pelos envolvidos diretaEssa aberração só se encontrava o moleque mais forte de tomente no "causo". O local nas beiras do Mogi-Guaçú dos: Aquele "pivete", hoje um não era uma sala de tortuhonrado servidor da Prefeitura, mas curiosamente um ra, - era um guarda-roupa, tiHospital! nha físico de boxeador. O folclórico cência interiorana, rotineiramente Sala de aula da 4ª série do anmotuquense, - simplesmente joaulas de manhã, nada de inglês à tigo Grupo Escolar, - os antigos sagou o "já quase falecido" nas costarde; informática era coisa de lubem bem o que é isso, a turma da tas como se fosse um saco de banáticos, piano, reforço de redação; Pedagogia também, - lição do dia: tata, escafedeu-se em direção a todas essas obrigações que hoje sobrevivência na Selva, ou melhor, Motuca sem olhar pra trás, parenão deixam as crianças serem crino mato, afinal só tínhamos cerracendo mais um Manga-larga; e olha anças, - raramente existiam! Temdo, os ecólogos como meu filho que a subida do salto não era para po livre para futebol, empinar paBruno sabem bem a importância qualquer um não! Mas a sorte ajupagaio, hoje "pipa", bolinha de do cerrado. Vegetação típica do Mudou um pouco, logo após a subida gude, cinco-Marias ou Capitão, ler nicípio, riqueza imensa, habitat naprincipal, conseguiu alcançar uma gibis, rouba-monte. O estilingue tural de vários animais, entre os providencial e salvadora carroça... fazia um bom estrago (coitados dos quais o quati, tatu, onça, lobo, Bem! Existem professores beija-flores e das rolinhas). Toda jaguatirica e...cobras! A jararaca e a e professores; tanto quanto alunos tarde o nosso destino era o "salto" coral, - as mais perigosas, temie alunos. A realidade é que o ou a "cachoeirinha", ali ficávamos das por todos, um verdadeiro pegarrote na canela do "ressuscitaaté o anoitecer para o desespero sadelo. do" foi tão apertado que sua perna de nossos pais, - para escapar da Calma, - Sucuri não! quase gangrenou! surra só perdendo a janta. A noite Essa aberração só se enconnão faltava o balança-caixão! Já a trava nas beiras do Mogi-Guaçú. peteca era mais complicado, a turNossa "querida" professora, ma do Bolinha dizia que era coisa as professoras eram "queridas", da turma da Luluzinha, - vai entenhoje são inimigas, principalmente der! em algumas periferias (sic); nos Irineu Ferreira (Neu), A seção de tortura aconteceu ensinava os procedimentos que Servidor da Unesp - FCF/ACr - Pósem uma dessas tardes, um dos deveríamos tomar em caso de uma Graduação “Lato-Sensu” em Gestão "moleque", hoje um renomado poeventual "picada" de cobra. SegunPública - Gerência de Cidades – FCL/ UNESP lítico da cidade, foi picado por uma do ela, um procedimento muito e-mail: motuca_city@hotmail.com jararaca; o terror tomou conta da simples: consistia em apertar ou turma, menos de um que lembrou comprimir o local do ferimento para
Assédio Moral, de forma simplificada é um conjunto de condutas reiteradas, praticadas por superiores hierárquicos na relação de trabalho ao assediado, atingindo-o ou ainda permitindo que outros empregados o atinjam, de forma a ofender a honra por meio de humilhações que causam dor, tristeza, sofrimento, raiva e angustia, desestabilizando o ambiente de trabalho. E, os empregadores, chefes e administradores públicos, geralmente usam desse inescrupuloso artifício para que as vítimas desistam do posto de trabalho o que com certeza terá um custo menor, pois quase sempre ao não suportar as humilhações o assediado pede demissão ou desligamento do emprego, cargo ou função. O Assédio Moral também é um meio de pressão utilizado para poder aumentar a produtividade, mas que diante das humilhações leva conseqüentemente ao dano moral que invariavelmente tem que ser indenizado, pois o dano moral é a conseqüência de um ato lesivo que atinge os direitos personalíssimos do indivíduo, os bens de foro íntimo da pessoa, como a honra, a liberdade, a intimidade e a imagem. O ato de assédio, desde que comprovado a lesão e o prejuízo decorrente, acarreta a reparação por meio de indenização pecuniária fixada pelo Poder Judiciário. No âmbito internacional já existem Leis que dão proteção às vítimas do Assédio Moral, e os países que já tem essa Legislação são: Alemanha, Itália, Suécia, Noruega, Estados Unidos e Austrália. No Brasil diversas legislações municipais e estaduais dispõem sobre a aplicação de penalidades à prática do Assédio Moral praticado por servidores públicos nas dependências da Administração Pública direta e indireta, das quais podemos citar os municípios de São Paulo (SP), Americana (SP), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Cascavel (PR), Natal (RN); os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, existindo ainda diversos projetos de lei em tramitação nas Assembléias Legislativas de outros Estados da Federação. Sem duvida o Assédio Moral
é uma conduta mesquinha e desumana, sendo que, numa forma mais radical poderíamos considerar doença, devido o desvio de personalidade do chefe em relação aos subordinados, merecendo talvez um estudo no âmbito da psiquiatria, mas tratando-se de relação de emprego devemos nos ater as conseqüências jurídicas. Assim, será descrito de forma sintética algumas condutas que dependendo das circunstâncias podem ser consideradas Assédio Moral no ambiente de trabalho: o manter o assediado no ambiente de trabalho impedindo que realize tarefas, ficando ocioso durante toda a jornada às vistas dos demais colegas de trabalho; o desviar a vítima de suas tarefas habituais, determinando que faça atividades cujas exigências estão aquém de suas habilidades e extrapolando o trabalho normal da função; o em reuniões coletivas, ou de equipes da empresa, expor a vítima perante aos demais colegas quanto a seus resultados inferiores, repreendendo-a; o realizar mudanças repentinas nas condições de trabalho da vítima, como alteração de localidade, turno, equipe, setor, etc.; o fixar metas de produtividade superiores à capacitação individual da vítima ou às possibilidades reais de produção; o dar ordens confusas ou contraditórias, buscando o desgaste da vítima; o sonegar à vítima, deliberadamente, informações necessárias ao cumprimento de suas tarefas; o divulgar boatos sobre a moral da vítima; o demonstrar, à distância para a vítima, que está fazendo comentários maliciosos sobre a mesma. Portanto, quando o trabalhador for vítima de Assédio Moral, apesar de não termos ainda uma legislação específica, ele está amparado pela Constituição Federal e pelo Código Civil que tem dispositivos capazes de reprimir o abuso via indenização por dano moral.
Emair Junio de Freitas, advogado, contato emairjfreitas@adv.oabsp.org.br
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Questionamentos marcam início dos trabalhos no legislativo Requerimentos aprovados solicitam prestação de contas de eventos realizados pela prefeitura e informações sobre cumprimento de determinação judicial Jairo Falvo
Oposição abandona a primeira sessão do ano e falta em outras duas Bloco alega não cumprimento do regimento interno
Para o vereador Spinelli, aliado do governo, atuação tem motivação eleitoral Os vereadores José Carlos Francisco de Arruda, Fábio de Menezes Chaves, Renato Luis Rateiro e Marcilaqui da Silva, que atuam em oposição ao governo do prefeito João Ricardo Fascineli, levantaram uma série de questionamentos sobre a gestão municipal na segunda sessão ordinária do ano, realizada no dia 21. Entre os requerimentos apresentados por eles e aprovados pelos demais membros, estão a prestação de contas da festa em comemoração ao aniversário da cidade e do MotoCross, eventos realizados no mês passado, além de informações referentes ao cumprimento da suspensão do pagamento dos salários dos secretários, conforme determinação judicial (matéria na pág 5). A oposição também quis obter informações sobre o aciden-
te envolvendo uma Kombi da prefeitura ocorrido próximo a Bueno de Andrada no dia 22 de dezembro. Segundo os vereadores, o prefeito dirigia o veículo e estava acompanhado de dois funcionários. “Não estava sendo dirigido por motorista autorizado e nem levava pacientes ou alunos”, diz o texto. Após o empate, o requerimento foi rejeitado com o voto do presidente Aguinaldo, assim como outros. “Essas explicações são ao povo e não a mim”, pronunciou o vereador José Carlos Francisco de Arruda, acusando de se-
rem omissos os legisladores que apoiaram a derrubada de alguns requerimentos. Motivação eleitoral
O vereador José Carlos Spinelli , aliado do governo, nega que tenha sido omisso. “É um direito deles apresentar os requerimentos como nosso de derrubá-los”, afirma. Para Spinelli, os questionamentos têm motivação eleitoral. “É o começo da corrida para a campanha do ano que vem e isso influencia na atuação dos vereadores”, aponta.
Após aprovação de requerimento por 5 votos a 4 que transfere a realização da leitura das matérias das sessões do 1 º secretário Pedro Ipólito Vieira Filho (PT) para uma assessora da câmara, vereadores da oposição recusaram-se a continuar os trabalhos e abandonaram a 1ª sessão ordinária do ano, realizada no dia sete. Na ocasião, o vereador Renato Luis Rateiro chegou a declarar que a sessão estava sendo obstruída por falta de quórum, acatada pelo presidente José Aguinaldo dos Santos. Os trabalhos, no entanto, poderiam ter sido continuados, pois o número mínimo exigido pela lei orgânica é a maioria simples dos
membros da casa, ou seja, cinco, disponível entre os vereadores da situação. Rateiro também cobrou o não cumprimento da discussão e votação de um pedido de vista seu que, segundo o vereador, foi desconsiderado. Com cinco projetos para serem votados, o presidente Aguinaldo marcou outras duas sessões extraordinárias, nos dias 9 e 14, realizadas sem os quatro vereadores oposicionistas. Arruda alega que a ausência se deve ao não cumprimento de requerimento protocolado por ele na Câmara solicitando em tempo hábil projetos de lei autenticados, além de outros documentos.
Presidente da Câmara afirma que prazos e legislação estão sendo respeitados Aguinaldo diz que abandono da sessão foi um desrespeito com o povo
Em resposta aos vereadores da oposição, o presidente da câmara José Aguinaldo dos Santos afirma que os prazos regimentais e as leis estão sendo respeitados. Segundo ele, os projetos e documentos solicitados pelo vereador Arruda estavam disponíveis 48 horas antes das sessões, conforme preconiza a lei orgânica.
Na primeira sessão ordinária do ano, após os vereadores da oposição abandonarem os trabalhos, ele disse que o ato foi um desrespeito com o público presente e com a população. “Tínhamos projetos importantes para votar e esta postura atrapalha o progresso da cidade”, destacou.
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Vereador diz que foi agredido verbalmente por prefeito
Vieira Filho foi eleito ao cargo após renúncia de Arruda
Em discurso na tribuna da câmara, o vereador Fábio de Menezes Chaves disse que o prefeito João Ricardo Fascineli o agrediu verbalmente em frente a vários funcionários da prefeitura. “Palavras de baixo calão foram dirigidas a mim porque defendo nesta casa minhas convicções”, declarou. “Ele tentou me envergonhar em frente aos colegas de trabalho”,
acrescentou. Segundo Chaves, que está em seu segundo mandato, nunca antes havia passado por tal constrangimento. “Já participei de várias discussões nesta casa, inclusive com o Arruda, com quem tive grandes divergências, mas eram realizadas com respeito e se restringia ao debate político”, acentuou o vereador.
1º secretário transfere leitura dos textos, mas volta atrás O primeiro secretário da Câmara Pedro Ipólito Vieira Filho, eleito na primeira sessão ordinária do ano (7), apresentou requerimento verbal, aprovado pela maioria dos vereadores, transferindo as leituras dos textos das sessões para uma assessora. O ato provocou o abandono dos trabalhos pelos vereadores da oposição, por considerarem inconstitucional. Na ocasião, o primeiro secretário, eleito após renúncia do vereador José Carlos Francisco de Arruda, levado ao cargo na votação da mesa diretora realizada em dezembro, alegou que o motivo da transferência da leitura decorre de problemas de visão e tratamento dentário realizado recentemente. “Se houver impedimento jurídico, posso fazer”, declarou na ocasião. De acordo com a assessoria jurídica da câmara, o regimento interno não prevê a possibilidade ou não de delegar a função da
leitura. “Não existe menção ao impedimento da tarefa e como o texto é omisso e não existe o termo exclusividade, compete ao presidente colocar em votação”, disse a assessoria. O vereador Renato Luis Rateiro discorda. “A leitura é competência do primeiro secretário”, se referindo ao artigo 32 da lei orgânica municipal. Segundo ele, para que o ato tivesse validade, seria preciso alterar o texto na lei orgânica e no regimento interno, incluindo a possibilidade de transferência da leitura. Repercussão
Com a repercussão causada pelo ato, o vereador Pedro Ipólito Vieira Filho passou a fazer a leitura na sessão extraordinária do dia 14, assim como na última reunião da câmara (21). Na sessão extraordinária do dia 9, a tarefa fora realizada pela assessora.
Em discurso, Chaves diz que nunca havia passado por tal constrangimento
Prefeitura alega erro em despacho e paga secretários Liminar determinava erroneamente a suspensão dos salários aos vereadores, diz assessoria
A prefeitura continuou realizando o pagamento aos secretários municipais, mesmo com liminar judicial determinando a suspensão, em virtude da inconstitucionalidade constatada na lei 440/09, por apresentar vício de iniciativa. Segundo a assessoria jurídica do município, o despacho emitido pelo de-
sembargador Xavier de Aquino designava erroneamente a suspensão dos salários aos vereadores e não aos secretários. O legislativo municipal aprovou no último dia 21 texto de sua autoria que fixa os subsídios dos secretários municipais de Motuca, revogando a lei 440/09, elaborada pelo poder executivo,
Prefeitura cria Programa de Desligamento Voluntário (PDV) para os funcionários A Prefeitura de Motuca criou o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) voltado aos funcionários municipais interessados em se desligar do cargo, com direito a receber direitos trabalhistas e multa rescisória. Aqueles que se beneficiarem da lei não poderão ser nomeados ou admitidos para qualquer função municipal no prazo de dois anos, salvo em caso de concurso.
De acordo com o projeto, o pedido de adesão ao PDV será analisado e a administração decidirá se concede ou não o benefício ao interessado, “no estrito interesse do serviço público”, diz o texto. O prazo para realizar o pedido de adesão ao programa junto à prefeitura municipal é de 30 dias após a publicação da lei, que a partir de agora será renovada todos os anos por decreto do executivo.
considerada inconstitucional pelo ministério público estadual por apresentar vício de iniciativa. A atribuição da remuneração dos secretários, assim como do prefeito, vice-prefeito e vereadores é de competência do legislativo e não do executivo, como enunciava o primeiro texto. O salário fixado é de R$ 3.900,00 mensais.
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Linha Motuca/Araraquara passa a ser realizada pela Paraty ARTESP cancelou serviço realizado pela Ramazini. Segundo o órgão, a empresa não tinha permissão para explorar o trajeto Jairo Falvo
Frota da Ramazini está irregular, afirma Artesp Número de ônibus com mais de dez anos de uso é maior que o permitido pela legislação, diz o órgão
Mudança não foi avisada aos usuários, que ficaram sem transporte na quinta (24) A Viação Paraty assumiu desde ontem (25) a linha Motuca/Araraquara, via Bueno de Andrada, por determinação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP), que cancelou o serviço realizado pela Ramazini. Segundo o órgão, a empresa não tinha permissão para explorar a linha. A mudança não foi avisada aos usuários, que ficaram sem transporte na quinta (24). Em Motuca, não havia comunicados na rodoviária e nos pontos. "Fui pegar o ônibus da Ramazini às 6h para ir a Araraquara. Quando entrei, o cobrador disse que ia a Rincão e de lá iríamos fazer baldeação para Araraquara", relata o usuário Júlio Camargo, que ligou para a Paraty depois de ouvir boatos que a empresa assumiria a linha. "Eles disseram que não sabiam de nada", conta. A Ramazini foi multada no dia 19 de janeiro por explorar sem autorização o trajeto direto de Motuca a Araraquara. A linha ficou sus-
pensa por dois dias, o que resultou na alteração de horários da linha Guariba-Rincão para possibilitar aos usuários a baldeação em Rincão para chegarem em Araraquara. De acordo com a assessora de imprensa da Artesp, Jaqueline Frederes, o trajeto não estava regulamentado. "Simplesmente a linha não existia", afirma. "Para a criação de uma linha intermunicipal é preciso fazer edital e uma série de trâmites burocráticos".
par nos prejuízos causados aos passageiros", diz. Segundo ele, a empresa passou a realizar o trajeto para suprir uma necessidade da população. "Não há concorrência com outras empresas", argumenta. Com Gabriela Marques Luiz (simnews.com.br)
Transtornos
Na época da primeira suspensão, o gerente geral da Ramazini, Raul José Savaretto, reconheceu a irregularidade na linha, mas culpou a Artesp pelos transtornos. "Ela agiu de maneira arbitrária, observando a parte burocrática sem se preocu-
Paraty iniciou o serviço desde ontem (25)
Do total de 25 ônibus suburbanos e um rodoviário utilizados pela Viação Macir Ramazini Turismo Ltda nas linhas sob sua concessão, 57,7% possuem mais de dez anos, contrariando a legislação vigente, que determina o limite de 20% da frota composta por veículos com tempo de uso superior a tal período, de acordo com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP). "As más condições dos ônibus afetam diretamente a segurança dos usuários", afirma o órgão, por meio de nota direcionada à imprensa. Em razão desta e outras irregularidades, a Artesp deferiu várias notificações à Ramazini desde o início do ano passado. Segundo a nota, em virtude do não cumprimento das determinações, o órgão conseguiu na justiça, por meio de medida cautelar, a retomada das linhas operadas pela empresa, para posteriormente serem operadas por outra devi-
damente habilitada e com frota adequada. A Ramazini recorreu e, por força de tutela antecipada, conquistou o direito de continuar com os serviços. Segundo o gerente geral da empresa, Raul José Savaretto, os veículos estão regulares. "Possuímos o cartão de vistoria da própria Artesp, que realiza checagem na frota todos os anos", afirma. Más condições
A usuária Carina Aparecida dos Santos Zaffani, 25 anos, que trabalha como técnica de enfermagem em um hospital de Américo Brasiliense, diz que os ônibus utilizados na linha Guariba a Rincão estão em más condições de uso. "Já teve caso de quebrar duas vezes, na idade e volta", diz. Além disso, ela reclama da falta de atenção da empresa com os passageiros. "A gente liga, envia e-mails pedindo "por favor" para responderem nossas reivindicações, mas nos ignoram", destaca.
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Combate a dengue ajuda programa de reciclagem Jairo Falvo
Recicla Motuca recebeu produtos reciclávies que servem de criadouro ao mosquito
Saúde promoveu gincana entre estudantes e multirão nos assentamentos
Ações desenvolvidas neste mês pela secretaria de saúde para combater a procriação do mosquito aedes aegipty, transmissor da dengue, ajudaram as cinco integrantes do programa social Recicla Motuca a conquistarem mais recursos. Com um arrastão realizado nos assentamentos pertencentes ao município e uma gincana que contou com a participação de 55 alunos da escola Adolpho Thomaz de Aquino, uma grande quantidade de material reciclável foi direcionado ao programa. No total, foram recolhidos dez caminhões de objetos que serviam de criadouro ao mosquito no assentamento e aproximadamente uma tonealada na gincana. “Desta forma a gente espera diminuir a incidência da doença em Motuca”, explica Roberta Caroline Augusto, as-
sessora de vigilância sanitária e epidemiológica do município. No ano passado, o município enfrentou epidemia de dengue, com 32 casos confirmados. “Além destas ações, é preciso que a população se conscientize e não jogue lixo e materiais que acumulem água nos terrenos”, destaca Roberta. Neste ano, nenhum caso da doença foi registrado no município. Como premiação, a secretaria de saúde concedeu uma viagem ao zoológico e ao observatório astronômico, em São Carlos, para os alunos que acu-
mularam mais pontos na gincana. “Veio bastante coisa”, acentua Vani de Fátima Soares da Silva, integrante do programa recicla Motuca. “Isso ajuda a nós, a população e o meio ambiente agradece”, complementa. Segundo ela, a coleta de material na área rural deveria ser realizada mais vezes pela prefeitura. “Não temos condições de ir a estes locais, onde existe bastante coisa”. Vani conta que prefere os produtos da gincana, “pois chegam limpos”, diz. Descaso
Segundo estudante Kathleen Cristina Soares Thomasini, 10, do 6º ano, o que mais lhe chamou atenção na atividade foi a quantidade de lixo jogado pelas pessoas nas ruas. "É um descaso com o meio ambiente", destaca. Ela revela que, em parceria com duas colegas de classe, recolheram em dois dias grande quantidade de recipientes que servem de criadouros do mosquito da dengue, "principalmente latas e garrafas", conta.
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Vila Nova e Argentina são líderes do Campeonato Municipal Nove equipes disputam a competição, que teve início no último dia 13; terceira rodada acontece dia 27 Jairo Falvo
Futsal Feminino participará da Copa Record Próxima rodada da competição acontece neste domingo (27)
A equipe de futsal feminino disputará a Copa Record de Futsal Feminino em março. A abertura da competição acontece dia 1º de março, no Ginásio Rochão, em Barretos. Ao todo, 41 equipes disputarão o campeonato,
Goleiro faz linda defesa em jogo válido pelo campeonato municipal
Gabriela Marques Luiz
O Vila Nova lidera o grupo A e o Argentina o grupo B do Campeonato Municipal de Futebol. A liderança de ambos foi conquistada na segunda rodada da competição, dia 20. Em seguida, vem
S. Franc/Nutri-suco em 2º lugar no grupo A e o Monte Alegre A está na vice-liderança no grupo B. Ao todo, nove times disputam o campeonato, que teve início dia 13. A terceira rodada acontece dia 27, a partir das 8h45, na Área de Lazer. Confira a classificação geral:
que ainda não tem data de início definida. A tabela dos jogos e os adversários de Motuca ainda não foram liberados pela organização. Na última edição da competição, Motuca não conseguiu passar da primeira fase. G. M. L