cenário 39ª edição fevereiro de 2012

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O desgaste da engrenagem A crise que atinge o setor de confecções é apenas um dos problemas enfrentados pelas indústrias locais. Além dela, entre outras, existem evidências claras de má gestão: dos próprios empresários que passam por dificuldades, além das autoridades e políticos locais, que foram incapazes até o momento de criar mecanismos necessários para resolver questões relacionadas à atividade. O setor, que chegou a ter cinco empresas, agora possui três. Entre elas, a Viana Confecções, que na época da instalação, em um momento ruim do município, prometeu empregar até 300 pessoas, mas no momento não consegue cumprir o mínimo determinado em contrato de 50 trabalhadores, que enfrenta uma crise financeira e passou por uma greve, a primeira relacionada à atividade em Motuca, por não cumprir suas obrigações trabalhistas. Existem ainda outros assuntos que deveriam ser discutidos como a melhoria na qualificação da mão de obra, a prometida equiparação do piso salarial local com o estadual (fator que leva a desmotivação), o número anormal de faltas, a estruturação das fábricas já existentes, além de estudo para demonstrar a viabilidade da instalação de outras empresas. No entanto, algumas destas situações não são sequer discutidas e, quando são, existe uma decisão unilateral e centralizadora, como no caso do anúncio pela Prefeitura da instalação de uma empresa com

EXPEDIENTE

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potencial de gerar 300 empregos, sem antes discutir a oferta de mão de obra existente na cidade. Observa-se um claro anseio de aproveitar politicamente o setor em detrimento da estrutura que foi criada anteriormente para fazer girar a engrenagem, que agora dá sinais de desgaste. O desenvolvimento econômico

e social de Motuca, que inclui o setor de confecções, não deve ser delineado por meio de uma política particular ou partidária, como ocorre atualmente. Esta deve ser uma política de governo, pelo qual os anseios sociais e da coletividade prevaleçam. A concessão de espaços públicos, os benefícios governamentais, a desapropriação

Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Felipe Carreli, Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca-SP Contato: Tel.: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06 - endereço: Av. Marcos Rogério dos Santos, 31, Centro, Motuca-SP - CEP: 14.835-000 - Impressão: O Imparcial, Araraquara-SP

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de áreas particulares, a criação de material institucional, entre outros assuntos, devem ser realizados por vários setores sociais e tornados públicos. A lei complementar 67/99, que cria o programa de incentivo à geração de emprego e desenvolvimento industrial de Motuca, por meio de cessão de áreas destinadas à industrialização, determina a criação de um Grupo de Trabalho formado por membros do poder executivo e da Câmara com o objetivo de discutir e criar ações de geração de emprego e renda na cidade. Como muitas iniciativas, não saiu do papel, visto os problemas hoje existentes no primeiro distrito industrial, sob anuência dos governos anteriores e continuados pelo atual. Agora, temos a discussão da criação do segundo distrito industrial e a possibilidade de não se cometer os mesmos erros do primeiro. É legítima a reivindicação da maioria dos vereadores ao cobrar a participação da Câmara na cessão de lotes, pois diminui as chances dos interesses partidários/particulares prevalecerem no processo. Mais que isso, os vereadores deveriam alterar o parágrafo que cria o Grupo de Trabalho e trocar por uma Comissão Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, com a participação, além dos políticos, do cidadão comum, dos empresários, de acadêmicos e de todos aqueles que queiram participar. Com isso, certamente, quem ganhará será o município.


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Cartas de Cecília (I) “...talvez tu não a leias, mas quem sabe até darás, resposta imediata me chamando de meu bem”.- Erasmo Carlos. São Luiz , janeiro de 68

Sinto algo irracional, incontrolável, uma sensação maravilhosa, que me deixa inebriada, me deixa tonta de prazer tempos. E é esse, aliás, o motivo desta carta. Conheci recentemente uma figura encantadora. Ela consegue ser várias coisas ao mesmo tempo: contista, poeta, romancista, enfim, coisas ligadas à literatura. Mas, o que realmente me cativou foi sua maturidade, sua elegância, sua compreensão das coisas da vida e do mundo. Um gentleman, na exata acepção da palavra, que talvez se possa atribuir à idade avançada, pois tem o dobro de minha. Você sabe o quanto eu ando vulnerável, fruto desta minha primeira e única relação, relação demasiadamente longa, a ponto de muitas vezes senti-la como um hábito, um costume, um vício humano. E meu íntimo brada por um basta. A muralha que tinha criado em torno do meu coração foi totalmente destruída, foi invadida por um vendaval de emoções novas, algo que antes me figurava impensável. Sinto algo irracional, incontrolável, uma sensação maravilhosa, que me

LEI DA FICHA LIMPA EMAIR JUNIO DE FREITAS*

Irineu Ferreira (Neu)*

Querido Neu: Em primeiro lugar, desejo que esta te encontre com saúde e felicidade. Sei, de antemão, que está muito bem, amando, lendo, e escrevendo como sempre. Fico muito feliz com suas realizações e conquistas. Olha, pode ser que me condene pelo que te vou relatar. Talvez não, apenas compreenda. Não aguardo resposta, mas se vier, que não seja do tipo “auto-ajuda”. Não é disso que preciso no momento. Preciso é desabafar, contar, falar, entende? Um amigo de verdade, um amigo com quem possa abrir meu coração, expor meu íntimo: meus medos, incertezas e angústias, mas, principalmente, minha felicidade, o encantamento de que ora me vejo possuída, que me faz rir, mas também chorar. Antes que me esqueça, parabéns pelo teu último conto. Buscar referências mitológicas foi um recurso interessante, adorei. Tive a impressão de estar ao teu lado, a te ouvir, a acompanhar teus sonhos. Repito, adorei. Acho que é por isso que eu gosto tanto de você. Talvez um dia eu consiga escrever alguma coisa. Bem, como aí, aqui tem teatro, cinema, futebol e, incrível e admirável, arte e cultura fartas, algo raro nestes

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deixa inebriada, me deixa tonta de prazer. Minha alma deseja e pede entrega irrestrita, incondicional, única. Mas não pode ser, e nem me entrego a esta loucura. Como sabe, moro convenientemente no centro histórico, como você também, que aí mora bem no centro. É bom morar no centro, tudo acontece no centro, para o bem ou para o mal. Acontece, meu caro amigo, que por aqui passa de tudo: bonde, trem, homens de bicicleta com suas namoradas, opalas, fuscas e, lambretas. Sim, lambretas, pois aqui também há lambretas. O triste é que, numa das lambretas passa também o meu sonho. E, com toda a educação que lhe é peculiar, ele me acena com a mão esquerda. Agarradinha a ele, da garupa da lambreta, recebo igualmente um aceno com a mão direita. Este vem da parte de uma dama reluzente, de vestido de chita, lindo; de uma dama que irradia beleza, felicidade e, sobretudo, confiança. Tenho pra mim, meu estimado amigo, que não preciso dizer quem é essa dama, qual a relação civil que ali se vê estampada. Olha, já se faz tarde, os geradores serão desligados. Por favor, peço que me desculpe. E até a próxima, se é que me permite. Beijos – M.C. (*) servidor da Unesp - FCF/CAr, e-mail: motuca_city@hotmail.com

No ultimo dia Teremos nesse ano vários em- acordo com 16 (dezesseis) o Art. 5º, ino Supremo Tri- bates em tribunais, visto que ciso LVII da bunal Federal, o leque de possibilidades para Constituição por 7 (sete) voFederal, nintos a favor e 4 que sejam impugnadas candi- guém será (quatro) contra, daturas é bastante amplo considerado decidiu em um culpado até julgamento que foi bastante espera- o trânsito em julgado de sentença do, tanto pelos eleitores, quanto pelos penal condenatória. Portanto, esse políticos, pois essa decisão encerrou princípio deveria ter sido observado as controvérsias e estabeleceu-se e acatado na decisão da Corte Maior. pelo que parece, definitivamente as Outro ponto bastante polêmico regras para ser elegíveis ou inelegí- nessa decisão foi a questão do veis os candidatos que por ventura princípio de irretroatividade, que por tenham problemas de ordem criminal, uma questão técnica jurídica, as leis eleitoral, administrativa e também éti- só podem alcançar fatos futuros, ou ca, visto que, pessoas que sejam con- seja, fatos que ocorram após sua denadas em órgãos profissionais tais promulgação e entrada em vigor, mas como OAB (Ordem dos Advogados na lei da ficha limpa isso não ocorre, do Brasil) e CFM (Conselho Federal pois se os prováveis candidatos já de Medicina) com a perda do direito estejam condenados por colegiados de trabalhar na sua área profissional estarão inelegíveis independentepor infração ética e profissional, tam- mente de que o fato tenha ocorrido bém será inelegível. antes da Lei entrar em vigor. Nesse julgamento decidiu-se, Num aspecto geral, e principaltambém, que a Lei da Ficha Limpa mente na ótica social política a detem plena aplicação já nas próximas cisão do Supremo Tribunal Federal eleições, ou seja, nas eleições mu- foi bastante satisfatória na medida nicipais de 2.012. Portanto, prova- em que impede candidatura de civelmente teremos nesse ano vários dadãos suspeitos, e que, portanto, embates nas barras dos tribunais, não tenham uma reputação ilibada. visto que, o leque de possibilidades Sendo que, geralmente eles são para que sejam impugnadas candi- eleitos não por capacidade admidaturas é bastante amplo diante da nistrativa, política e representativa, nova lei que foi declarada totalmente mas pela vantagem econômica que constitucional pela Corte Maior (STF). tem sobre os demais concorrentes. A maioria dos ministros do Su- E essa vantagem, geralmente é adpremo Tribunal Federal, em síntese, quirida com corrupção e desvio de entenderam, que a referida lei está verbas públicas que muitas vezes, totalmente compatibilizada com os infelizmente, não são suscetíveis preceitos constitucionais e que a de investigação e punição por não eventual impossibilidade de candi- deixar vestígios, e que todos sadatura não estaria aplicando uma bemos que ocorre, mas que pela pena, mas apenas cumprindo um dificuldade de obter provas muitas pré-requisito para postular um cargo vezes sequer são averiguadas. Aseletivo. sim, concluindo, o STF de maneira Mas, os ilustríssimos julgadores, temerária na ótica jurídica, respalda talvez porque o projeto de lei da a sociedade com a decisão que ficha limpa tenha sido de iniciativa julgou totalmente compatível com popular e na ânsia de respaldar a lei, os preceitos Constitucionais a Lei pecaram em não observar princípios da Ficha Limpa aplicando-a já nas basilares de nosso direito tal como, o eleições municipais de 2.012, onde, princípio da presunção da inocência, provavelmente, muitos candidatos assegurado pela Constituição Fede- serão impedidos de concorrer. ral, que foi matéria tratada no Artigo “PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA” publicado no Jornal Cenário numero XXXV, em 30 de setembro de 2.011, (*) advogado, onde discorre-se em síntese que de emairjfreitas@adv.oabsp.org


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Sem acordo, lei que cria novo distrito industrial ainda não foi votada Maioria dos vereadores reivindica participação da Câmara na doação de áreas O projeto de lei que cria o segundo distrito industrial na área adquirida em 2009 por R$ 500 mil junto a Família Malzoni ainda não foi votado. O poder executivo enviou inicialmente a proposta em regime de urgência em sessão extraordinária realizada em dezenove de dezembro, mas foi retirada da pauta por força da aprovação de requerimento solicitando o adiamento da apreciação para maior estudo do texto. Neste mês, o projeto foi novamente retirado da pauta na sessão do dia seis por falta de acordo entre o poder executivo e os vereadores Renato Luis

Rateiro, Marcilaqui da Silva, Octávio de Oliveira Filho, José Carlos Francisco de Arruda e Fábio de Menezes Chaves. Eles pedem alteração na legislação que autoriza o prefeito municipal a realizar por decreto as cessões de uso das áreas, sem passar pela Câmara. “Não podemos deixar o município refém de um único poder”, argumentou o vereador Fábio de Menezes Chaves. Para o presidente José Aguinaldo dos Santos, a legislação que disciplina a cessão de uso é de 1999 e não vê motivos para alterá-la. “Precisamos aprovar logo este projeto para que traga emprego e gere

renda para a população”, ressaltou. Grupo de trabalho De acordo com o projeto, a área dividida em duas quadras totalizando cerca de 87 mil m2 será composta por 39 lotes, com diferentes áreas. Pela lei complementar 67/99, o município pode ceder terrenos de 400 a 5 mil m2 pelo prazo de 30 anos, renováveis por igual período, às empresas que gerem, no mínimo, cinco empregos diretos. A lei prevê a criação de um grupo de trabalho formado por, no mínimo, três membros, com a finalidade de promover ações para a vinda de empresas.

Reorganização da Câmara é aprovada Trâmite favorável contou com apoio de Tavinho, que diz ter seguido orientação de Tribunal Com voto do vereador Octávio de Oliveira Filho (Tavinho), os vereadores aprovaram projeto de lei para a reorganização administrativa da Câmara Legislativa. Até então, em todas as matérias Tavinho vinha acompanhando os votos dos parlamentares da oposição, que se posicionaram contrários à proposta. O Tribunal de Contas (TC) vinha apontando a necessidade da regularização dos cargos na Câmara, demonstrando que alguns deveriam ser preenchidos por concursados. “Votei favorável porque segui as

orientações do Tribunal de Contas”, explica o vereador. Antes da votação, o vereador Renato Luis Rateiro pediu a retirada do projeto alegando vícios de inconstitucionalidade em sua redação. “Ele infringe o princípio da isonomia, já que cargos com especificações idênticas de procurador jurídico aparecem com valores de salários diferentes”, explicou Rateiro, que em seguida disse que enviaria a matéria para o Ministério Público, em caso de aprovação. O presidente da Câmara, José

Aguinaldo dos Santos, justificou a legalidade da proposta em razão das cargas horárias serem diferentes. “Na prefeitura o trabalho do procurador jurídico é de 20 horas e na Câmara é de 8 horas, por isso não é possível oferecer tratamento igual aos funcionários, já que existe a desigualdade”. Posicionamento De acordo com o vereador Octavio de Oliveira Filho, seu posicionamento na Câmara não é caracterizado por oposição ou pela situação. “Eu estou no meio, atendendo aos interesses da cidade”, destaca. “O que for bom para o povo eu voto favorável, já o que não for, voto contrário”. Após rumores na cidade que sairia de vice compondo chapa com o atual prefeito Fascineli, Tavinho descartou a possibilidade.

Câmara rejeita novamente proposta que obriga médicos a registrar ponto Temor é que iniciativa traga prejuízos à Saúde Municipal O projeto de lei que reduz a carga horária dos médicos, mas que obriga os profissionais a registrarem a jornada de trabalho por ponto eletrônico biométrico foi novamente reprovado na Câmara neste mês. A maioria dos vereadores teme prejuízos na saúde municipal com a iniciativa do poder executivo. O vereador Octávio de Oliveiro Filho disse que as características do trabalho do médico exigem uma flexibilização do horário para que não ocorram prejuízos em suas atividades. “Ele não pode parar uma cirurgia que está fazendo em uma outra cidade para vir para cá”, disse. O presidente José Aguinaldo dos Santos argumenta que a medida é importante para que os profissionais cumpram os horários. “A prefeitura já foi multada por falta de médico no posto e esta é uma das exigências de um Termo de Ajusta-

mento de Conduta (TAC) com o Ministério Público”, afirma. Projeto Pelo projeto, a jornada de trabalho dos médicos, exceto plantonista, poderá ser flexibilizada de duas a oito horas, sem redução de salário, mas com a obrigatoriedade de registro da entrada e saída por ponto eletrônico.


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Sem liberação de verba federal, Arena de eventos foi custeada por construtora Construção foi autorizada pela Caixa Econômica; Departamento de obras diz não saber porque verba ainda foi repassada Assessoria

Momento do descerramento da placa na inauguração da obra

Iniciada em junho e inaugurada no dia 12 deste mês, a arena de eventos construída na área de lazer “Leandro Ferreira de Araújo” foi custeada pela Júlio César Leme Construtora – EPP, de Santa Lúcia, em razão da verba

federal de aproximadamente R$ 195 mil, oriunda do Ministério do Turismo, ainda não ter sido liberada pela Caixa Econômica Federal. Como contrapartida, o município direcionou R$ 43 mil. “Mesmo assim, Motuca teve

Fascineli observa como vice Elizabeth Legramandi ou Spinelli Elizabeth Rabalho Legramandi (PR) ou com o vereador da base aliada José Carlos Spinelli. Na entrevista, Fascineli disse que sua candidatura à reeleição ainda não está definida.

Oposição define Dr. Celso como pré candidato ao executivo O médico ginecologista Celso Teixeira Assumpção Neto (PMDB), foi aprovado pelos partidos que fazem oposição ao governo João Ricardo Fascineli como pré candidato na disputa pelo executivo municipal. O

nome mais cotado para compor a chapa como pré candidato a vice prefeito é o agricultor José Luiz de Lautentiz Sobrinho (PDT), que disputou, mas não conquistou a vaga para o executivo nas eleições de 2008.

declara Jurandir Leme, proprietário da empresa. Ele diz que já procurou órgãos ligados ao Ministério do Turismo e que aguarda a liberação. “Decidi continuar com meus recursos porque para mim não é vantagem parar a obra”, argumenta. Jardim Bela Vista De acordo com apuração do Cenário, a construção da via no Jardim Bela Vista, em adiantada fase de trabalho, apesar de ter sido autorizada pela Caixa Econômica, até o momento também não teve nenhum recurso liberado, do total de R$ 300 mil. Para sua realização, o município direcionou R$ 77 mil como contrapartida, além de R$ 80 mil pela desapropriação da área, mas este custo é provisório, pois o valor está sendo discutido na justiça.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Cenário questionou a prefeitura sobre as obras realizadas e as que ainda estão em fase de construção, mas não houve retorno até o fechamento da edição. Segundo release enviado pela assessoria para a imprensa regional, a Prefeitura deve inaugurar nos próximos meses a ampliação da creche Maria Luiza Malzoni Rocha Leite, uma Creche no Assentamento Monte Alegre 1, a rede de água potável nas agrovilas dos Assentamentos I, IV e V e 30 casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Também está sendo concluída benfeitorias nos arredores do ginásio de esportes e na rodoviária. O município conseguiu, ainda, verbas parlamentares para a construção de um Centro Comunitário no Assentamento e reforma da praça da matriz.

Academia contribui com melhorias na saúde e na redução de mortes Promover a saúde e reduzir em até 2% o número de mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Estes são os objetivos da “Academia da Saúde”, programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde em par-

Eleições 2012

Em entrevista ao jornal Gazeta de Américo, o prefeito João Ricardo Fascineli (PT) aventou a possibilidade de compor a chapa para as eleições no executivo com a diretora da escola municipal

o apoio da empresa que confiou na cidade e construiu a arena”, declarou o prefeito João Ricardo Fascineli, na inauguração da obra, que recebeu o nome de José Roberto Marques, o Betinho, reconhecido esportista da cidade, falecido em janeiro do ano passado. De acordo com o departamento de obras da Prefeitura, o município recebeu a autorização para iniciar a construção, com 2.500 m2 de área, mas não soube responder o motivo da não liberação dos recursos até o momento. Atualmente, a construtora Leme realiza benfeitorias na rodoviária como instalação de pisos e construção de rampa de acesso aos passageiros. “Tenho experiência de 20 anos no setor e não é a primeira vez que isso ocorre comigo”,

Prefeitura não envia informações sobre obras

ceria com os municípios. Neste mês, Motuca foi contemplada com treze aparelhos, instalados na praça em frente à Unidade Básica de Saúde. Outras quatorze cidades da região central também foram beneficiadas.

A prefeitura anunciou neste mês abertura de licitação para a construção de uma academia coberta, com piscina aquecida e aparelhos para exercício físicos para ser construída na praça Antonio Amâncio Macedo, por meio de verba federal.

Prefeitura substitui “tachões” por lombadas Instalados pela Prefeitura no ano passado, os 30 “tachões” utilizados como redutores de velocidade foram substituídos neste mês por lombadas. Desde 2009, por meio de uma resolução, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proibiu o uso

destes redutores em todo o país por conta dos danos que ocasionam nos veículos e no pavimento asfáltico. A substituição surgiu dias após o vereador Fábio de Menezes Chaves cobrar a regularização dos redutores por meio de requerimento na sessão do dia seis.

Custos O Cenário questionou a Prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre os custos de implantação dos tachões bem como das lombadas, mas não houve retorno até o fechamento da edição.

Município registra primeiro caso de dengue Uma mulher de 53 anos é a primeira moradora a contrair dengue neste ano em Motuca. Ela reside no Jardim Bela Vista e no mês de dezembro foi visitar parentes no estado da Bahia. Por isso, o caso é considerado importado pela Secretaria Municipal de Saúde.

O último morador a contrair a doença no município ( caso autóctone) foi em abril do ano passado. Em 2011, Motuca registrou quatro casos. Após a confirmação da doença, agentes de controle de vetores realizaram bloqueio em quarteirões ao redor da residência da moradora.

Um arrastão com a participação de agentes de controle de vetores e agentes sanitários foi realizado em toda a cidade entre os dias 13 e 17 com o objetivo de recolher possíveis focos de procriação do mosquito. Ontem (27), teve início arrastão na zona rural.


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Com promessa de melhorias, integrantes do “Recicla Motuca” decidem continuar no projeto Em novembro, em entrevista ao Cenário, elas ameaçaram parar com a atividade até o início deste ano caso problemas estruturais não fossem solucionados Jairo Falvo

Vani e Adélia em reunião com profissionais do setor

As integrantes do projeto social “Recicla Motuca” decidiram continuar na atividade após a Prefeitura se comprometer a realizar melhorias na estrutura de trabalho. Em novembro do ano passado, em entrevista ao Cenário, elas ameaçaram parar até o início deste ano caso problemas estruturais não fossem solucionados. A principal reivindicação é um espaço físico maior, considerado fundamental para atender o aumento na oferta de materias recicláveis separados por moradores e comerciantes locais. Por falta de estrutura, desde novembro elas diminuíram os dias de coleta de cinco para dois. “Uma coleta seletiva inadequada diminui a vida útil do aterro

sanitário, pois aumenta o volume de produtos descartados”, aponta o gerente regional Amaury da Silva Moreira, da Cetesb de Jaboticabal. “O que significa um custo maior para a cidade”, complementa. Elas cobram, ainda, energia elétrica para a instalação de equipamentos e a inserção de ao menos mais duas integrantes para ajudar na separação dos materiais. Esperança O projeto, que atualmente possui três trabalhadoras, já chegou a ter cinco. “A Prefeitura prometeu resolver nossa situação e agora estamos na esperança”, relata Vani de Fátima Soares da Silva, 54, uma das integrantes.

Prefeitura busca convênio com o estado, diz secretária De acordo com a Secretária de Administração, Nair Maria Coelho, a Prefeitura, por meio do Fundo Social de Solidariedade, elaborou um projeto para a aquisição de equipamentos como prensa e balança a partir de um convênio com o governo do estado no valor de R$ 15 mil. “Também estamos estudando uma forma de melhorar o espaço físico, transferindo o projeto para outro local ou reformando o atual, de forma que seja possível

a instalação de energia elétrica”, relata a Secretária. De acordo com o sercretário de meio ambiente Jair dos Santos, o local ainda não está definido, mas já foi encaminhado a solicitação de um projeto para os engenheiros da prefeitura, estruturado com banheiro adequado e local de refeições. No dia 23, o secretário reuniu as integrantes com um casal de profissionais do setor de Araraquara com o objetivo de discutir melhorias para o projeto .

Óleo de cozinha volta a ser coletado Em 2009 iniciou-se por pouco tempo coleta para o biodiesel; iniciativa protege o ambiente Banco de imagens

As integrantes do “Recicla Motuca” voltaram no mês passado a realizar a coleta de óleo de cozinha usado, após firmarem parceria com a indústria química Cerol, de Bocaina, a cerca de 100 quilômetros de Motuca, para ser utilizado como um dos componentes para a fabricação de amaciante de couro. De acordo com a integrante Vani de Fátima Soares da Silva, o produto deve ser inserido em uma embalagem plástica e deixado separado do material reciclável para não haver perigo de vazamento. “Se as pessoas tiverem um li-

tro ou mais podem ligar para a gente que buscamos em casa”, destaca Vani, que pretende, junto com as outras integrantes, conversar com bares, restaurantes e outros locais que descartam grande quantidade de óleo para separarem para o projeto. Em 2009, orientadas pela Assistência Social do Município, as integrantes do “Recicla Motuca” iniciaram a coleta de óleo para ser negociado com a empresa Bio Clean Energy, indústria biodiesel de Araraquara, então parceira do município no projeto “Motuca, cidade da agroecologia”. Com a paralisação das atividades, elas deixaram de coletar o produto. Meio ambiente A coleta de óleo de cozinha usado contribui com a proteção ambiental. Um único litro de óleo tem o poder de contaminar até um milhão de litros de água

PM apreende cocaína no carnaval Envolvidos devem responder por porte e uso de drogas Soldados da Polícia Militar (PM) de Motuca realizaram apreensão de cocaína em posse de dois grupos de jovens durante a festa de carnaval realizada na cidade. No total, foram encontradas dezesseis porções da droga, que corresponderam a aproximadamente quatro gramas. No

primeiro grupo, foram indiciados três envolvidos e no segundo houve um indiciamento. Eles assinaram um Termo Circunstanciado (TC) de ocorrência e foram liberados. “A princípio, devem responder por porte e uso de drogas”, apontou o sargento Marcílio de Souza Ortiz, da PM local.

quando jogado em rios. Serviço Interessados em entregar o óleo, ligar 9707 3304 (Vani) ou 3348 1690 (Casa da Agricultura) .


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Setor de confecções perde mais uma empresa e outra enfrenta greve Cycle Jack fecha após quase dois anos em Motuca e culpa crise; mesma alegação da Viana Confecções pelo atraso em pagamentos Jairo Falvo

após um mês de atraso. “A crise nos afetou e estamos fazendo o máximo de esforço possível para manter as coisas funcionando”, relata Viana. Após pouco mais de um ano trabalhando na Cycle Jack, onde atuava como empacotadora, Andréia Esperândio agora busca um novo emprego. “É uma situação difícil, pois fomos pegos de surpresa”, relata. De acordo com ela, a empresa se comprometeu a realizar o pagamento de todos os direitos trabalhistas.

Funcionários da Viana que decidiram paralizar atividade em janeiro

O início do ano está sendo ruim para o setor de confecções do município. A empresa Cycle Jack Confecções, que atuava em Motuca desde junho de 2010, ligada à Emmes, de Matão, encerrou as atividades em janeiro e no mesmo mês a Viana Confecções passou por uma greve entre os funcionários por conta de falta de pagamento do salário e atraso no depósito do 13º. Ambas culpam a crise que atinge

o setor e problemas com faltas pelo momento ruim. Antes da Cycle Jack, a Zero 3 camisaria também paralisou os trabalhos no município em setembro do ano passado por problemas financeiros. A Cycle Jack chegou a ter 43 funcionários e encerrou as atividades com 18, segundo o assessor João Carlos, da Emmes. “A crise afetou nossa produção e resolvemos fechar em Motuca, onde é mais distante e

Greve é a primeira realizada no setor em Motuca Empresário preferiu não comentar episódio e também não revelou número de funcionários atualmente empregados A greve que paralisou as atividades da empresa Viana Confecções por quase uma semana é a primeira realizada em Motuca no setor de confecções, que passou por estruturação a partir de 2008 após o fechamento da usina Santa Luiza, com a criação de sindicato local e de curso de capacitação desenvolvido pelo Senai em parceria com o município, além da criação de salário diferenciado e de concessão de espaços públicos para estimular a vinda de fábricas. O empresário Ismael Sabino Viana não quis comentar o episódio e também não revelou o número de funcionários que atualmente desempenham atividade na empresa. “Uma notícia boa ou ruim neste momento não fará diferença”, disse.

Segundo apurou o Cenário, o número é inferior ao compromisso firmado com o município de empregar ao menos 50 trabalhadores locais. Problemas financeiros De acordo com o advogado Daniel Fabiano Cidrão, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuários de Motuca (Sindivest), após boicote de vários funcionários nos trabalhos no fim do ano

tínhamos muitos problemas com faltas”, diz. Além da unidade em Motuca, outras duas indústrias do empresário Ismael Sabino Viana, em Boracéia e Itaju, passaram por uma greve em janeiro. Segundo apurou o Cenário, os trabalhadores da Viana Confecções ficaram sem produzir por quase uma semana e as atividades retomaram somente após o pagamento do 13º, no dia 20 de janeiro, passado pelo atraso da segunda parcela do 13º, foi realizada uma reunião no dia dois de janeiro com o empresário e as funcionárias. “Ele demonstrou a partir de documentos que passava por problemas financeiros por que estava sem receber de um cliente da empresa”. Segundo Cidrão, na ocasião, foi feito um acordo para o pagamento da segunda parcela do 13º até o dia 20. Após atraso no salário de janeiro, foi convocada uma assembleia de greve no dia 18, que atingiu outras duas unidades do empresário, em Boracéia e Itaju, também da base do sindicato local, onde existiam os mesmos problemas. No dia 20, o empresário realizou o pagamento do 13º acrescido de multa pelo atraso e do pagamento do salário de janeiro. Segundo apurou o Cenário, neste mês também houve atraso no salário.

Concorrência externa alimenta crise no setor A concorrência externa é o principal fator para a crise que se desenrola no setor têxtil e de confecções, aponta a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). Desde 2003, segundo a entidade, a entrada de vestuário vinda do exterior aumentou em 17 vezes. Em 2011, a balança comercial fechou com US$ 4,74 bilhões de déficit, o maior desde 2006. A produção têxtil caiu 14,7% e a de vestuário 3,2%, o que desencadeou um saldo negativo de mais de 20 mil empregos, de acordo com a ABIT.

Expansão Já a empresa de lingerie Júlia Moraes, que desde setembro do ano passado atua no município, afirma que a crise não afetou as atividades. “Estamos estudando a transferência para um espaço maior e existe a possibilidade de aumentarmos a produção em até 40%”, destaca o gerente administrativo Anderson Franco Paiva. A empresa “Pinta e Borda”, ligada à Elite, de Matão, não respondeu as perguntas enviadas por e-mail.

Sindicato pretende equiparar piso municipal com estadual neste ano “Temos que buscar aquilo que nos comprometemos”, diz advogado

“Estamos em processo de discussão e nosso objetivo é que iguale o salário neste ano”, revela o advogado Daniel Fabiano Cidrão, da Sindivest. Em 2008, ano da fundação do Sindicato, foi estipulado um salário diferenciado da profissão de costureira com o objetivo de atrair empresas, em razão do problema social existente na cidade decorrente do fechamento da usina Santa Luiza. Na época, a entidade se comprometeu a realizar a equiparação em até dois anos, segundo reportagem publicada no Cenário. “Existe a crise, é preciso ter bom senso para não haver demis-

sões, mas temos que buscar aquilo que nos comprometemos”, disse Cidrão. Segundo o advogado, no período houve uma aproximação dos salários e os trabalhadores locais obtiveram o fornecimento de cestas básicas pelas empresas. “Motuca foi precursora na entrega do benefício, que foi estendido para todo o estado”, revela. A partir de primeiro de janeiro, por conta do reajuste do salário mínimo, as funcionárias em trabalhos não qualificados passaram a ganhar R$ 622 e as costureiras R$ 650. Atualmente, segundo o Sindicato, o piso atual do estado é R$ 660 e deve chegar R$ 700 em junho.


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Após intervenção do Itesp, Secretário e Cooperativa sugerem rediscussão de portaria Após denúncia, órgão autuou proprietários de lotes por terem ultrapassado limite permitido para o plantio de soja Após a intervenção do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) em quatro lotes do Assentamento Monte Alegre por terem ultrapassado o limite de 50% no plantio de soja, o Secretário de Agricultura do município, Jair dos Santos, e a Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região Centro Paulista (Cooperfasc) sugeriram uma rediscussão da Portaria 77/2004, promulgada pelo órgão, que disciplina o plantio de culturas agroindustriais em ambientes de reforma agrária do estado de São Paulo. Após denúncia, o Itesp realizou laudo de vistoria em dezembro e, com a constatação da irregularidade, notificou os titulares dos lotes do Monte Alegre para fazerem a correção, sob pena de abertura de processo administrativo em caso de des-

cumprimento. “A gente observa um equívoco, pois a soja está sendo produzida pela Cooperativa, que é uma empresa dos assentados”, aponta Santos. Segundo ele, a Granol, que desde setembro investe R$ 700 mil no plantio de oleaginosas voltado para o biodiesel, atua no

projeto na forma de parceira dos produtores. O engenheiro agrônomo Alexandre Guerra, gerente de operações agrícolas da Cooperfasc, diz que a soja deve receber tratamento diferenciado de outras culturas agroindustriais. “Ela é de contrato anual, com

duração de quatro meses do plantio a colheita, enquanto a cana o contrato é de até cinco anos”, aponta. De acordo com ele, a plantação foi realizada entre novembro e dezembro em 70 lotes, totalizando 700 hectares. A colheita está prevista para ser realizada em março.

Cooperativa sabia do limite, afirma Itesp Segundo Coordenador, independente das interpretações, é preciso seguir Portaria O coordenador regional do Itesp, Afonso Curitiba Amaral, afirma que a Cooperativa sabia das regulamentações da Portaria 77/2004 e que o órgão cumpriu a determinação, pois considera a soja uma cultura agroindustrial. “Se o assentado tivesse plantando por conta própria seria diferente, mas existe uma empresa que investe

na produção da cultura para fins industriais”, argumenta. Sobre a rediscussão da Portaria, Amaral diz que o Itesp está aberto, pois “todos têm o direito de se manifestar, mas nós, enquanto funcionários públicos , devemos seguir o que está regulamentado, independente das interpretações que existam”, aponta.

Ele acrescenta, ainda, que a Cooperativa não apresentou projeto técnico do cultivo de soja para análise prévia do escritório regional do Itesp e da diretoria estadual, outra determinação da Portaria. “A partir dele, é possível saber com antecedência como serão os tratos culturais e o envolvimento dos assentados no cultivo”, diz.

Momento histórico, por Fábio Falvo

Os velhos bailes de salão Numa época em que não haviam pagode e nem axé, as marchinhas reinavam absolutas nos salões de baile do Brasil inteiro. Em Motuca não era diferente Numa época em que não haviam pagode nem axé, as marchinhas reinavam absolutas nos salões de baile do Brasil inteiro. Em Motuca não era diferente. O carnaval foi dançado em vários salões da cidade, sendo os mais

Arquivo pessoal

reinava sadia. Os bailes duraram até o inicio da década de 90. O Momento histórico termina igual, como terminavam as noites de baile, numa canção de André Filho composta para o carnaval de 1935: “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, cidade maravilhosa, coração do meu Brasil...”

As músicas eram tocadas em discos de vinil e completava a diversão confetes, serpentinas e bisnagas d´agua

marcantes a estação de trem, o barracão da máquina de arroz (em frente ao banco Bradesco), o galpão paroquial e o Salão da Usina Santa Luiza. Em todos eles as músicas eram tocadas em discos de vinil

e completava a diversão confetes, serpentinas e bisnagas d´agua. A cerveja ainda não tinha muito consumo e entre as bebidas mais comuns ficavam a Cuba Libre e o Gin Soda, além do lança perfume, já proibido na época. Cecília Oliveira e Regina Veronezi Arruda, folionas assíduas nos carnavais de salões, garantem que a bebida não era um item de grande consumo. “O carnaval, por si já possuia uma alegria contagiante”, complementa Silvia Gomes Freitas. Lembram também que as casa da dona Angelina e dona Zefina ficavam como lugares de concentração dos grupos, para saírem

rumo ao salão. As fantasias mais comuns ficavam para as camisas de time de futebol. No início da década de 80, o salão da Usina se abriu para os bailes carnavalescos que seriam os mais famosos da história de Motuca. Com a presença da maioria das famílias do município, além dos ônibus que vinham da fazenda Aquidaban, os bailes recebiam a região inteira. Os foliões embalados dançavam num grande círculo, formando trenzinhos e rodas. Ricardo Baesso lembra que entre os festivos, Natanael Braga era o mais animado e que a brincadeira por todo momento

Os foliões embalados dançavam num grande círculo, formando trenzinhos e rodas


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Time do Monte Alegre goleia e lidera Campeonato municipal 2ª rodada da competição será no próximo domingo (3), no campo da Área de Lazer Ronaldo Vicente

O Monte Alegre e o Molecada da Vila venceram a primeira rodada do 14º Campeonato Municipal de Futebol Amador, que teve início no último domingo (26), na Área de Lazer de Motuca. Ao todo, sete equipes disputam a competição: Assentamento 4, Família Esporte Clube, Jovem Futebol Clube, Molecada da Vila,

Lance de um dos jogos ocorrido na primeira rodada

Monte Alegre, Olho D’Água e Vila Nova. O Monte Alegre venceu o Vila Nova por 4x2; Molecada da Vila ganhou de 1x0 do Olho D’água e Jovem Futebol Clube empatou em 2x2 com a Família Esporte Clube. “Nesta primeira rodada, apenas o Assentamento 4 ficou de fora. A equipe joga na segunda rodada, que acontece dia 4”, explica o

chefe de esportes Sidney Ferreira, o Iei. A competição tem início às 8h30, na Área de Lazer. No final da competição, também será eleito o melhor atacante e o goleiro menos vazado. No ano passado, o Argentina, time convidado de outra cidade, foi o campeão da competição, seguido do Olho D’Água, segundo colocado.

Vôlei participará de torneio em Altinópolis Equipe que disputará competição é a mesma que conquistou prata em Liga no ano passado O vôlei masculino sub-18 disputará um torneio de voleibol em Altinópolis, em março. “O dia exato ainda não está definido, mas a equipe usará esse torneio também como preparo para os

Regionais, em julho”, explica o chefe de esportes Sidney Ferreira, o Iei. A equipe que disputará o campeonato é a mesma que conquistou o vice-campeonato

na Liga Pró-Voleibol de Orlândia, na categoria Infantil, no final do ano passado. Na ocasião, mesmo sem treinos freqüentes e regulares, o time chegou à final invicto, perdendo o jogo que valia o título por 3x2, com parcial do tie-break por 16x14. A mesma equipe disputará os Jogos Regionais desse ano, que acontece em Bebedouro (SP), no mês de julho.

Arquibancada deve ser reconstruída em março Estrutura foi totalmente danificada por forte vento em janeiro Ronaldo Vicente

Público acompanha partida da primeira rodada do campeonato

A cobertura da arquibancada do campo de futebol da Área de Lazer “Leandro Ferreira de Araújo” deve ser reconstruída em março, afirma o chefe de esportes Sidney Ferreira, o Iei. A cobertura foi parcialmente

destruída em janeiro, por conta de uma forte tempestade com ventos fortes que atingiu a cidade em janeiro. “A estrutura ficou comprometida e precisamos retirar tudo”, aponta o diretor de esportes.


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