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TEORIA E PRÁTICA O estudo do Núcleo de Conjuntura Econômica, da Unesp de Araraquara, publicado no Cenário deste mês, revelou o que todos já sabiam: Motuca perdeu muitos empregos, principalmente no setor industrial e agropecuário, em decorrência do fechamento da usina Santa Luiza, em dezembro de 2007. Os números também demonstram uma retomada no crescimento da formalidade a partir de 2009, impulsionado, principalmente, pelo setor têxtil, que saltou de uma empresa em 2007 para quatro neste ano. Concebido a partir de informações de órgãos governamentais, o estudo se restringe ao emprego formal, de trabalhadores contratados por empresas da cidade. O número de pessoas que estão na informalidade ou fora do mercado de trabalho, por falta de pesquisas específicas, deixa de ser conhecido. Sem estes parâmetros, é impossível constatarmos o real problema do desemprego em Motuca, o que dificulta a criação de estratégias para a atuação no desenvolvimento econômico e social. Outras informações que fogem do estudo são de trabalhadores de Motuca que atuam em empresas da região. Conforme revelou o Cenário, somen-

te as usinas possuem quase 300 moradores da cidade em seus quadros de funcionários. Na época do fechamento da Santa Luiza, as indústrias firmaram compromisso de recolocar os funcionários para evitar problemas sociais. Mesmo com número menor de trabalhadores que os admi-

tidos inicialmente, as indústrias continuam com ônibus na cidade, umas mais, outras menos. As autoridades locais devem lutar para conseguir mais vagas para pessoas da cidade, mas é um erro caírem na ilusão que existe uma dívida eterna, pois as indústrias possuem seus próprios inte-

resses. A cidade tem que caminhar com as próprias pernas, a partir de um planejamento de médio e longo prazo. O atual governo deu continuidade ao fortalecimento do setor têxtil, que nos últimos anos aumentou o número de empresas e empregados, a partir de incentivos e programa de qualificação. É preciso atuar para dimensionálo e melhorá-lo, sem cair na tentação de focar apenas nele, pois já sentimos na pele o problema da falta de diversificação de atividades. A compra do novo distrito industrial foi só o primeiro passo para atuarmos na criação de empregos na cidade. Agora, é preciso ocupar o espaço com empresas, reconhecendo que Motuca tem limitações, como a localização pouco atrativa por estar longe dos grandes centros e a falta de mão de obra qualificada para certos setores. Uma das formas para solucionar este problema, apontada pelo economista Elton Eustáquio Casagrande, em entrevista ao Cenário, é apostar nos próprios empreendedores locais, a partir de projetos como um protótipo de incubadora, aliado ao desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre as potencialidades locais e regionais.

EXPEDIENTE: Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP

Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Leonardo Chaves

Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara

Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail :cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06


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ÁGUAS DE MARÇO

DROGAS

IRINEU FERREIRA

EMAIR JUNIO DE FREITAS "As dificuldades são como as montanhas: elas se aplainam quando avançamos sobre elas" - provérbio japonês

A urbanização é um prosuficientes para construir E mais, nestes locais encontra-se medidas corretivas de processo de mudança que de tudo: latas, pneus, cacos de pode provocar grandes beteção para a população, prinnefícios, trazendo praticicipalmente quando ocorrem vidro, vasos de plantas, até dade ao dia a dia da popuchuvas torrenciais, como as carcaça de "tatu" lação, porém, por outro lado, chuvas de verão, simbolizapode desencadear consedas na melodia de Tom qüências bastante desagraJobim "Águas de Março". proliferação do Aedes Aegypti, o dáveis, afetando a qualidade de Em outras palavras o planemosquito da dengue. E mais, vida de cada cidadão. Uma das jamento da drenagem urbana nestes locais encontra-se de principais causas dos malefícios deve ser encarado tudo: latas, pneus, cacos de vidro, oriundos da urbanização está limodernamente como uma soluvasos de plantas, até carcaça de gada à falta de planejamento inção a ser gerenciada de forma "tatu". tegrado de toda a infra-estrutura integrada e não apenas como um A realidade brasileira mostra urbana, tal como transporte, saconjunto de ações isoladas, conainda dificuldades para encontrar neamento, habitação, entre oucentrando esforços simplesmennovas abordagens operacionais tros; o que deveria ser feito semte na implantação de obras hino que tange a planejamento e pre de forma antecessora ao cresdráulicas. concepção de sistema de drenacimento urbano. Portanto, mais eficiente seria, gem. Quando o Município é novo, As conseqüências indesejárealizar o controle preventivo de esses problemas são quase imveis estão muitas vezes relacioforma a prever os impactos da perceptíveis, mas quando há uma nadas a problemas ambientais, água no meio urbano, e com resperspectiva de crescimento ecodentre eles se destacam aqueponsabilidade e conhecimento, nômico, de transformação sociles diretamente associados a rever medidas de controle por al, de Município "pequeno porte" "drenagem urbana"; no caso, a meio do plano diretor de drenapara "médio porte" ou mais, se água excessiva na superfície das gem urbana, administrado pelos faz necessário um plano modercidades. municípios com apoio técnico do no de drenagem urbana, que reA proliferação de loteamentos Estado, sempre contemplando o conheça outros aspectos como a executados sem condições adeplano diretor de desenvolvimento integração com os planos de esquadas, ocupação de áreas imurbano e as legislações estadugotamento sanitário, resíduos próprias, favelas e invasões, difial e municipal. sólidos, coleta seletiva, a assim cultam a construção de canalizaNo contexto desta nova conpor diante. ções (denominadas como galecepção de planejamento urbano Penso que o planejamento da rias de águas pluviais ou esgoe com as realidades já visíveis, é drenagem urbana é um procestos pluviais) e elimina as áreas que se insere este artigo. so que deveria iniciar-se com o de armazenamento natural da Município ainda pequeno, antes água escoada, provocando a crique se crie uma cidade ausente ação de buracos e valetas, que de normas e, conseqüentemenmais tarde se tornam depósitos Irineu Ferreira (Neu), te, mal planejada. O custo para de lixo e água parada, acarretanPós-Graduação "Lato-Sensu" em Gescontrolar os excessos de água do sérios problemas de saúde tão Pública-Gerência de Cidades - FCL/ superficiais nas cidades é tão alto pública, abrigo natural de larvas, UNESP E-mail: motuca_city@hotmail.com que muitos municípios não disinsetos e mosquitos; nestes capõem de recursos financeiros sos criadouros naturais para a

do das drogas. O artigo 28, da De uma forma Claro que o Lei 11.343 / 2006 implícita a nova lei Estado tem uma (Lei de Entorpecenimensa parcela tes), aboliu a postende a banalizar a de culpa nesta sibilidade da apliquestão do uso de questão, pois se cação de pena de drogas combatesse com prisão para pessorigor e precisão o as que são pegas tão famigerado na posse de drotráfico de entorpecentes, não teria gas para consumo próprio, pois droga disponível para viciar e abasas penas dessa conduta, com o tecer o "mercado consumidor" que advento da mencionada Lei pastem aumentado consideravelmensaram a ser: advertência, prestate, até mesmo em cidades pequeção de serviços a comunidade e nas e pacatas como a nossa e as comparecimento a programas da região, tornando a vida de muieducativos, descartando-se qualtas famílias uma incessante luta quer tipo de prisão, bem diferenpara que os filhos não se envolte da revogada Lei 6.368 / 76 que vam com drogas, pois se antes, tino artigo 16, previa pena de denha uma reprimenda legal, que tenção de 6 (seis) meses a 2 queira ou não queira, era um fator (dois) anos para quem fosse que contribuía para que os usuáricondenado pelo uso próprio de os de entorpecentes não extraposubstâncias entorpecentes. lassem, pois poderiam sofrer sanFora o aspecto do direito em ções, tal como, a prisão, ainda que si, e adentrando na área social e remota. moral; Fica a pergunta, a nova Lei O que, também, contribui para melhora ou agrava a situação dos o aumento de usuários e depenusuários e dependentes químidentes químicos são as drogas cos, de seus familiares e da somuito baratas, e, essas substânciciedade como um todo? as têm um grande poder de viciar e Ora, de uma forma implícita a tornar os usuários dependentes nova Lei tende a banalizar a quesem um breve período de tempo, o tão do uso de drogas, que infelizque de certa maneira impede a famente na maioria das vezes é a mília, mesmo aquelas mais vigicausa da prática de diversos oulantes, de perceber que o ente quetros crimes graves, tais como, larido esteja trilhando o caminho das trocínio, roubo, furto, sequestro e drogas, e aqui utilizando a sábia principalmente fomenta o trafico expressão popular, "muitas vezes de drogas, pois não pune exemsem volta". plarmente o usuário, que sabenPortanto, apesar de ser um dedo da complacência da lei não ver do Estado coibir a venda e uso hesita em fazer uso dos alucinóde entorpecentes, nós cidadãos, genos ilícitos, já a lei anterior retambém temos o dever de vigiar, vogada, previa a condenação a estar sempre atentos a prática do pena de detenção, que em tese tráfico de drogas que assola todas poderia levar a prisão, amenizanas camadas sociais e informar as do em parte o uso indiscriminaautoridades a ocorrência de tais fatos, podendo a população denunciar sem ser identificada por meio de telefone no número 181, ou até mesmo, diretamente na Delegacia da Policia Civil e Destacamento Militar ou ainda no telefone 190. Assim, se começarmos a denunciar ao invés de ficarmos inertes assistindo a proliferação de drogas, com certeza toda a população ganhará.

Emair Junio de Freitas, advogado, contato emairjfreitas@adv.oabsp.org.br


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Município não possui local adequado para descarte de construção civil Jairo Falvo

Secretário afirma que já solicitou permissão à Cetesb para direcionar material ao aterro

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MP arquiva ADIN contra lei que fixa os subsídios de secretários O Ministério Público (MP) do Estado arquivou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a lei 440/09, que fixa os subsídios dos secretários municipais, que apresentava vício de iniciativa, após a revogação do texto pela Câmara Municipal no mês passado. A atribuição da remuneração dos secretários, assim como do prefeito, vice-prefeito e vereadores é de competência do legislativo e não do executivo, como enunciava a

lei 440/09. O MP também anulou o descumprimento da liminar que determinava a suspensão do pagamento dos secretários. O despacho mencionava remuneração de vereadores, quando deveria tratar da remuneração dos secretários. Segundo a Procuradoria, autoridades políticas municipais oficializaram o erro ao desembargador-relator da liminar, que não corrigiu o despacho.

Prefeitura irá demitir ao menos 41 funcionários comissionados

Entulho é jogado próximo ao distrito industrial juntamente com restos de podas de árvores

Motuca não possui um local adequado para receber os descartes resultantes da construção civil. Atualmente, são direcionados para uma área próxima ao distrito industrial, onde também são depositados restos de podas de árvores e outros materiais. De acordo com o secretário de meio ambiente Jair dos Santos, a prefeitura utiliza o local provisoriamente e já solicitou junto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) autorização para levar este tipo de material ao aterro sanitário, bem como restos de podas. "É um problema que vem de vários anos e temos que resolver", afirma. O gerente Amauri da Silva Moreira, da CETESB de Jaboticabal, explica que o descarte da construção civil exige um

tratamento especial, por conta da mistura de outros materiais. "Este tipo de rejeito, por si só, não é perigoso, o problema é o que vem junto", diz. "As caçambas costumam se transformar numa grande lata de lixo, onde são jogadas várias coisas como latas de tintas, que são poluentes, animais mortos e madeiras. Para Moreira, o ideal seria realizar uma triagem e reutilizar parte dos materiais descartados. "A prefeitura deveria encontrar um local apropriado para alojar o entulho e disponibilizar um funcionário para separar o que pode ser utilizado para posteriormente tapar buracos de estradas ou até mesmo retornar para a construção civil", propõe. Segundo ele, existe tecnologia barata e disponível para a realização do procedimento.

O direcionamento ao aterro sanitário, conforme solicita a prefeitura, deve ser realizado em um local diferente de onde é depositado o lixo domiciliar, segundo Moreira, a partir de um licenciamento. Podas de árvores

O gerente explica que, diferentemente dos descartes da construção civil, a prefeitura não precisa de licença ambiental para depositar as sobras das podas das árvores em um determinado local, salvo em áreas de preservação, onde é proibido. O problema, segundo ele, é que este tipo de material é altamente inflamável e pode provocar algum tipo de acidente dependendo do lugar onde está sendo acumulado. "Os galhos e as folhas também podem ser reaproveitados na forma de adubo", destaca.

A prefeitura de Motuca irá demitir ao menos 41 funcionários comissionados em cumprimento a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT). A medida busca regularizar as contratações, realizadas a partir da criação das leis 108/ 09 e 111/10, elaboradas pelo executivo e aprovadas na Câmara Legislativa, consideradas inconstitucionais pelo Ministério Público Estadual. Os cargos não correspondem a fun-

ções de direção, chefia e assessoramento, conforme preconiza a legislação. A prefeitura tem 90 dias para cumprir a determinação. De acordo com o assessor jurídico do município, Thiago Rodrigo Lobrigatti, a prefeitura irá realizar uma reestruturação administrativa completa. “Vamos trabalhar junto com o Ministério Público para regularizar esta situação”, diz. Segundo ele, a prefeitura irá realizar um processo de seleção para preencher as vagas prioritárias.

Prefeitura prorroga programa que facilita quitação de dívidas Os moradores que se encontram inadimplentes com a Prefeitura nas contas como IPTU, ISS, água e esgoto podem realizar o pagamento em até 48 parcelas (ver box), com desconto de juros e multas relativos aos exercícios de 93 a 2010, a partir do Programa de Recuperação de Créditos Fiscais (Refis). Os interessados em participar do Refis devem se inscrever na Prefeitura, portando RG e CPF.


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Número de furtos aumenta 76% no ano passado Sargento da PM local diz que houve falha de interpretação e que ocorrências são menores; índices de roubos e furtos e roubos de veículos caem no período

O número de furtos registrados em Motuca no ano passado cresceu 76% em relação a 2009, de acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, divulgado em janeiro. No total, foram 23 ocorrências, a maior desde 2004, quando aconteceram 30. Com relação aos números de roubos e furtos e roubos de veículos, os índices caíram (ver Box). Segundo o sargento Marcílio de Souza Ortiz, os números de furtos no ano passado foram menores do que os divulgados pela Secretaria. "Houve falha na interpretação de alguns casos, que deveriam ter sido registrados como apropriação indébita, pois os bens

foram devolvidos". Os furtos são realizados, na maior parte dos casos, por causa das drogas, de acordo com o sargento. "São pessoas que praticam os crimes para sustentar o vício", afirma. Câmeras

O sargento Ortiz aponta melhorias na segurança após as instalações das câmeras de monitoramento, pela prefeitura municipal. "Existe o fator inibidor", destaca. "Além disso, conseguimos resolver situações de brigas e de vandalismos a partir das imagens". No total, foram instalados 10 pontos na cidade, ligados à polícia e à guarita de segurança da prefeitura.

Saúde demonstra preocupação com nova epidemia de dengue, após 1º registro do ano Caso é considerado autóctone, quando a doença é contraída no próprio município A Secretaria de Saúde de Motuca registrou neste mês o primeiro caso de dengue no município este ano. A doença foi confirmada em um jovem, morador do Jardim Bela Vista, a partir de exame de sorologia comprobatória. Existem ainda duas pessoas com suspeita da enfermidade, uma no Centro e outra no Jardim Canavieiras. No ano passado, Motuca passou por sua segunda epidemia de dengue, com 32 registros, o maior da história da cidade. O caso é considerado autóctone, quando a doença é contraída no próprio município. O paciente disse que não se locomo-

veu para outras localidades nos últimos quinze dias, período que antecede o surgimento dos sintomas. "Provavelmente existem mais pessoas com a doença, mas por apresentarem sintomas leves não procuram ajuda médica", explica a enfermeira Laís Cristina Gasparini. A enfermeira demonstra preocupação com uma nova epidemia de dengue este ano no município. "O quadro de contração se assemelha ao do ano passado, quando mais ou menos nesta data começou a se espalhar pela cidade", relata. Por isso, de acordo com Laís, é importante

que as pessoas com sintomas como febre, dor no corpo e náusea procurem a Unidade Básica de Saúde do município. "Muitos acham que é uma gripe ", aponta. Bloqueio

Após a confirmação do primeiro caso de dengue, a vigilância epidemiológica bloqueou 25 quarteirões a partir da residência do infectado. "Estamos passando de casa em casa a procura de criadouros", explica Roberta Caroline Augusto, assessora de vigilância epidemiológica e sanitária do município. Segundo ela, já foram encontrados três focos de larvas do mosquisto da dengue em casas da cidade. Na terça, a vigilância iniciou trabalho de vaporização por inseticida para eliminar os mosquitos adultos. “É importante que as pessoas abram as casas para realizarmos o procedimento”, destaca. No mês passado foram realizados arrastões nos assentamentos e gincana com alunos da escola Adolpho, pelos quais foram coletados criadouros do mosquito.


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Ramazini desiste de explorar linhas após pressão da ARTESP Paraty e Rápido D'Oeste passam a operar trajetos que antes eram realizados pela empresa nas regiões de Araraquara e Ribeirão Preto

Após pressão da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP), que exigia regularizações de ordem administrativa/gerencial, a Viação Macir Ramazini Turismo desistiu de explorar as 16 linhas sob sua concessão nas regiões de Araraquara e Ribeirão Preto, que a partir do dia dezenove deste mês passaram a ser operadas respectivamente pela Viação Paraty e Rápido D'Oeste em caráter provisório. Uma nova licitação está prevista para ocorrer em até seis meses, prorrogável por igual período. "Quando acontece algum problema legal ou a empresa desiste da permissão, para que os usuários não tenham prejuízos, a ARTESP autoriza outra a operar a linha de forma emergencial

até que se faça uma nova licitação", explica a assessoria de imprensa do órgão. A ARTESP vinha desde o ano passado buscando na justiça a retomada das linhas operadas pela Ramazini, em virtude do não cumprimento de determinações administrativas. Um dos principais problemas observados pelo órgão é a defasagem da frota, composta por 57,7% dos veículos com mais de dez anos de uso, quando o permitido pela legislação são de até 20%. Em janeiro, a empresa foi multada e teve veículo apreendido por explorar sem autorização trajeto direto para Araraquara via Bueno de Andrada. Garantias

Segundo o gerente geral da

Estudos definirão novos horários, diz Paraty De acordo com a Viação Paraty, por meio de sua assessoria de imprensa, de início a atuação da empresa será voltada para atender aos passageiros e as alterações nos horários ocorrerão de acordo com es-

tudos e pesquisas. A principal mudança, segundo a empresa, é com relação à qualidade dos veículos. "Na linha Rincão/Araraquara estamos com ônibus ano 2010 e em outras linhas 2006", diz a assessoria.

Ônibus da Paraty estacionado na rodoviária local no dia 19 a espera dos primeiros passageiros

empresa, Raul José Savaretto, existe uma forte fiscalização da ARTESP e poucas garantias no retorno de investimento preconizado pelo órgão. "Todas as concessões do estado estão vencidas há mais de dez anos porque está em curso um processo de transformação drástica no setor e ninguém sabe o que poderá acontecer", afirma. "Existe exemplo de empresa na região de Ribeirão que investiu R$ 15 milhões na compra de veículos novos e não possui previsão de retorno", complementa.

Ramazini em uma de suas últimas viagens no município


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Município fecha década com déficit de 536 empregos formais Jairo Falvo/Arquivo

Queda de 43% no período está ligada às paralisações das atividades da usina Santa Luiza; agropecuária e indústria foram os setores que sofreram as maiores perdas

Trabalhador em atividade numa empresa de Motuca

Motuca fechou a década com 536 empregos formais a menos, de acordo com estudo do Núcleo de Conjuntura e Estudos Econômicos, do curso de Ciências Econômicas, da Unesp de Araraquara. Em 2000, existiam 1.225 trabalhadores registrados no município. No ano passado, até novembro, o número foi de 719, queda de 43%, ocasionada pela paralisação das atividades

da usina Santa Luiza, em dezembro de 2007. A agropecuária e a indústria, setores explorados pela empresa, foram os que sofreram os maiores déficits de emprego no período. Na época do fechamento da usina, segundo o grupo que a controlava, existiam 1.169 funcionários efetivos em seu quadro. A maior parte, moradores de Motuca.

Têxtil

O crescimento das empresas têxteis em Motuca, que saltou de uma em 2007 para quatro em 2010, ajudou a retomar o crescimento de empregos no setor da indústria, que fechou 2010, até novembro, com 206 trabalhadores no total. A agropecuária, que em 2008 teve 37 empregos, chegou a 103 no ano passado.

Trabalho com carteira cresce 18% em 2010 Setor de serviços foi o principal empregador no período, seguido de indústria e agropecuária

O número de empregos com carteira assinada em Motuca cresceu aproximadamente 18% em 2010, comparando com o ano anterior, totalizando 766 trabalhadores registrados, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

(Cagede). O setor de serviços foi o principal empregador no período, seguido pela indústria e agropecuária. Já na construção civil e no comércio, o número de funcionários foi menor que em 2009 (ver Box). Segundo o professor/doutor

Elton Eustáquio Casagrande, do Departamento de Economia da Unesp de Araraquara, existe uma retomada no crescimento do número de empregos formais no município a partir de 2009, mas não dá para afirmar que esses dados demonstram uma recuperação do trauma do fechamento da usina. "Para responder totalmente a questão é importante considerar outros fatores", explica Casagrande, em entrevista por e-mail ao Cenário.

É preciso instigar empresas locais e jovens a buscar alternativas, aponta economista O município deve estimular empresas locais e jovens a buscarem alternativas para promover o desenvolvimento econômico e social, aponta o economista Elton Eustáquio Casagrande. Para isso, segundo ele, é preciso prover e aplicar estudos sobre a possibilidade de criação de novas atividades. "Uma das formas é propor um protótipo de incubadora para favorecer a formação de empresas por jovens empresários, de acordo com as possibilidades de interação

de atividades produtivas na região de Motuca", explica. Com a finalidade de elevar as oportunidades de emprego, de acordo com o economista, é essencial o desenvolvimento de um planejamento de médio prazo, como o estímulo às empresas locais. "O investimento em capital humano dá resultado, como é possível observar no setor têxtil em Motuca", destaca. "Este movimento deve obrigatoriamente caminhar junto com o desenvolvimento na cidade, que é o capital social", finaliza.


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Usinas são as principais empregadoras de trabalhadores de Motuca Jairo Falvo

As indústrias da região Santa Cruz, São Martinho, Bonfim e Santa Fé possuem juntas 298 trabalhadores da cidade em seus quadros de funcionários

indústria, existe a possibilidade de ampliar o número de funcionários neste ano. Convocação

Após oito meses de desemprego, Marcos Roberto Carlos, 34, aguarda ansioso a convocação da usina Santa Fé, de Nova Europa. Ele já realizou vários exames e testes e avalia como "praticamente certa" a sua admissão para motorista de ônibus. O último emprego com carteira registrada foi numa empresa que reformava asfalto na região. "Depois que fomos dispensados em julho, fiz alguns "bi-

cos" em propriedades rurais da cidade, o que me ajudou", diz. No período, enviou currículo para vários locais. "Alguns ligaram e pediram para aguardar, mas depois não retornaram", revela o motorista, que possui alguns cursos como transporte de produtos perigosos e coletivo. Falta de oportunidade

Já Antônio Rodrigues Pinheiro, 40, também fora do mercado de trabalho desde julho, ainda procura um emprego. "Falta oportunidade em Motuca", relata. "Possuo experiência, cursos, mas percebo que para conseguir

emprego nas usinas da região também precisa de uma pessoa de dentro para indicar", relata Antônio, que "não sabe mais para quem enviar currículos", lamenta. Ele trabalhou por dez anos na Santa Luiza até as paralisações da atividade da indústria, em 2007. Sua última função na empresa foi de lubrificador de máquinas. "Na época optei pelo acerto e fui trabalhar no sul de Minas, onde fiquei por três anos", relata. Agora, não quer mais sair de Motuca. "No período que fiquei fora não vi meu guri crescer e agora quero ficar perto dele", finaliza.

Marcos comemora a provável admissão em uma usina da região

As usinas Santa Cruz, de Américo Brasiliense, São Martinho, de Pradópolis, Bonfim, de Guariba e Santa Fé, de Nova Europa, empregam juntas 298 trabalhadores de Motuca, de acordo com o Departamento de Recursos Humanos (RH) das empresas. As quatro primeiras formaram a Holding Etanol Participações em 2007 para adquirir e depois fechar a usina Santa Luiza em dezembro do mesmo ano. Na época, firmaram compromisso de recolocar os 1.169 trabalhadores efetivos da indústria para evitar problemas sociais no município. Além de Motuca, a Santa Luiza também empregava

trabalhadores das cidades vizinhas. Do total, muitos fizeram acordo ou foram dispensados após serem admitidos. De acordo com o RH da São Martinho, a empresa não faz distinção de trabalhadores e valoriza aquele que se enquadra em sua filosofia de trabalho. Do total de 177 pessoas de Motuca empregadas na usina, 95% atuam no setor agrícola. Já a Santa Cruz, com 78 trabalhadores, é a segunda que mais emprega moradores do município. A usina Bonfim, com 8 pessoas, é a que possui o menor número de funcionários da cidade. A Santa Fé possui 35 trabalhadores daqui. Segundo o RH da

Procura por moradias está em alta no município Segundo proprietária de casas para aluguel, momento é melhor agora que no período em que existia usina

O fechamento da usina Santa Luiza, em dezembro de 2007, que empregava mais de mil funcionários, a maioria de Motuca, levantou uma série de preocupações, entre elas, a de que a cidade sofreria uma diminuição do número de habitantes. O último censo demonstrou que realmente a ci-

dade desacelerou o ritmo do crescimento populacional, mas que não prejudicou a procura por moradias no município. Silvia Marina Mendes Veronesi, proprietária de casas para alugar, diz que o número de pessoas que procuram um imóvel é maior agora do que quando existia a usina. "Quando desocupa

uma casa não faço mais nada, pois só fico atendendo as pessoas". Segundo ela, o que impede de ter imóveis vazios são os funcionários de empreiteiras que trabalham em Motuca, "mas também existe gente de fora vindo morar aqui", afirma. É o caso do gerente Efraim Vieira Gomes, que veio de São José do Rio Preto para trabalhar em uma empresa têxtil em Motuca. Durante dois meses ele ficou em um hotel da cidade, enquanto procurava uma casa para alugar. "Foi difícil encontrar", destaca. "Tinha alguns imóveis vazios, mas os proprietários se interessavam apenas em vender". Valor do aluguel

Depois de tanto procurar, Gomes conseguiu encontrar uma casa com três quartos, sala e cozinha, considerada por ele adequada para morar com a esposa e os três filhos. Um dos pontos questionados pelo gerente é o valor do aluguel. "Em minha opinião é muito caro para uma cidade pequena como Motuca", aponta Gomes, que mesmo assim, diz estar satisfeito com a moradia.


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Alta taxa de inadimplência penaliza comércio local Prática da venda informal à crédito, conhecida como “fiado”, é considerada tradicional em Motuca

Caderninhos, cadernões, folhas soltas, fichários... Cada comerciante de Motuca possui a sua maneira de marcar as vendas informais à crédito, mais conhecidas como "fiado". O que deveria ser uma facilidade nas compras, por muitas vezes, acaba sendo uma dor de cabeça para o vendedor, por conta da inadimplência de boa parte dos clientes que realizam a prática, considerada tradicional no município. "É muito comum as pessoas pedirem para "marcar" até mesmo quantias pequenas que não pagam nem a emissão da nota", revela o farmacêutico Carlos Leandro do Nascimento, proprietário de um estabelecimento na cidade. Ele calcula que cerca de 30% das ven-

das são pagas fora do prazo. "Boa parte desta porcentagem a gente nunca mais recebe", diz. De acordo com a lojista Maria Regina Veronezi de Arruda, a alta taxa de inadimplência vem a somar com outras dificuldades enfrentadas pelo comércio local, como o aumento da concorrência e o fechamento da usina Santa Luiza, em dezembro de 2007. "Temos que trabalhar com uma margem apertada de lucro e muitos consumidores bons que moravam em Motuca foram embora", analisa. Para o diretor-superintendente do Sebrae em São Paulo, Ricardo Tortorella, os comerciantes precisam ficar atentos, já que a inadimplência é um fator de ris-

co para o negócio. "Os empresários precisam dos recursos para cumprir com suas obrigações e fazer a empresa crescer, repondo as mercadorias e pagando os fornecedores", destaca. Seleção

Quando abriu seu negócio em Motuca, há pouco mais de três anos, o padeiro Adavaldir Prado Teixeira enfrentou dificuldades em receber pelas vendas. "As pessoas vencem pelo cansaço e a gente começa a marcar", diz. Depois de ouvir outros comerciantes, começou a selecionar para quem oferecer crédito. Com isso, segundo ele, conseguiu resolver o problema. "Hoje, a maioria dos meus clientes paga em dia", afirma.

Estabelecimentos aderem ao cartão para diminuir perdas Serviço é realizado por meio de pagamento de uma taxa mensal e porcentagem do valor da venda

Lanchonete no Jd. Nova Motuca instalou máquina no final do ano passado

"Se pudesse, realizaria todas as vendas no cartão", enfatiza Jhonatan Donizete Mendonça, gerente de uma loja local. Segundo ele, os custos do serviço são mínimos se comparados com as perdas decorrentes da inadimplência. Atualmente, boa parte das vendas à crédito da loja que administra é realizada por meio de notas promissórias. "Com a solução deste problema o cliente também ganha, pois

o comércio terá mais recursos para investir em campanhas e promoções", destaca. A comerciante Yolanda Chiquitani, proprietária de uma lanchonete no Jardim Nova Motuca, decidiu instalar uma máquina de cartão de crédito e débito no fim do ano passado. Para utilizar o serviço, ela paga uma taxa mensal, além de 2% do valor da venda. "É muito mais seguro do que o fiado, pois

se a gente perder será na porcentagem e não na compra inteira", analisa. "E hoje em dia praticamente todo mundo possui cartão", complementa. É o caso do operador de máquinas Edilândio Paiva Cardoso. Atualmente, ele diz que o cartão é o seu principal meio de pagamento. "Eu utilizo constantemente há mais de dez anos e nunca tive problemas", explica. Uma das principais vantagens, segundo ele, é a segurança. "É perigoso andar com dinheiro", acentua. "Se um ladrão roubar o cartão, basta ligar e cancelar". De acordo com o professor de economia do Centro Universitário de Araraquara (UNIARA), Eduardo Róis Morales Alves, o crescimento da utilização do cartão se deve à sua praticidade, comparando com outros meios de pagamento. Para ele, no entanto, é importante o uso consciente para evitar o acumulo de dívidas.

Falta de pagamento prejudica a reposição de mercadorias

Comerciantes articulam criação de uma associação Iniciativa busca diminuir inadimplência e fortalecer o setor

Alguns comerciantes de Motuca iniciaram neste mês a articulação para a criação de uma associação do comércio local. A proposta surgiu com o objetivo de diminuir as perdas com a inadimplência, considerada alta no município, mas também para fortalecer o setor a partir da organização e união entre os empresários. "Desta forma é possível criarmos um cadastro com as pessoas inadimplentes da cidade para sabermos para quem vender a crédito", explica o comerciante Gustavo de Mello

Falvo. De acordo com ele, a associação também viabilizaria a criação de campanhas para estimular os moradores a comprar mais no município. A proposta de uma associação já foi levantada por comerciantes há alguns anos, mas não se concretizou. Segundo o gerente Jhonatan Donizete Mendonça, o principal motivo foi a falta de união no setor. "O comércio em Motuca ainda pensa pequeno", destaca. "É preciso caminhar no ritmo lá de fora, pois muitos saem para comprar porque não se sentem satisfeitos aqui", finaliza.


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“Parecia que ia acabar o mundo!” Motuquense que estava no Japão no momento do maior terremoto da história do país revela o que presenciou em entrevista exclusiva ao Cenário

arquivo pessoal

banco de imagens

Tragédia antecipou retorno para Motuca

Epicentro no fundo do mar provocou tsunami que destruiu costa leste japonesa

11 de março 2011. 14h46 hora local. 2h46 no horário de Brasília. Enquanto trabalhava operando uma empilhadeira na linha de montagem da empresa automobilística Subaru, o motuquense Luciano Mendes começou a sentir a terra tremer. De início, não deu tanta atenção, já que em 14 anos no Japão acostumouse a pequenos terremotos. Passados alguns instantes, percebeu que aquele era diferente de todos que havia presenciado. Os pneus caindo e tudo em volta se mexendo fizeram com que saísse apressado para encontrar um local seguro. "A terra se movia de uma maneira que era difícil ficar de pé. Parecia que ia acabar o mundo", lembra Luciano, que percebeu o grau de gravidade do acontecimento quando viu os japoneses apavorados. "Eles geralmente são muito calmos por causa da educação e da cultura, mas o medo era eviden-

te nos olhos de todos", observa. Não era para menos. O terremoto que atingiu o Japão foi o maior de sua história, de magnitude 8,9, com epicentro no fundo do mar, cuja dimensão provocou uma onda gigante de 10 metros (tsunami) que devastou a costa leste do país. Até o momento, o governo japonês contabiliza aproximadamente 30 mil mortos e desaparecidos. A maior preocupação agora é resfriar os reatores da usina nuclear de Fukushima, danificados pelo tsunami, que provocou vazamento de material radioativo contaminando o meio ambiente. "O governo convocou pessoas da região onde eu estava para ajudar no trabalho de emergência, mas todos estavam com medo de ir por causa da radioatividade", conta Luciano. A província de Gunma Ken, onde morava, fica cerca de seis horas das áreas mais

afetadas pelo terremoto e o tsunami. Ele teve conhecimento de apenas uma pessoa da localidade que morreu vítima da tragédia. Muros caídos e casas com telhados pelo chão foram alguns dos estragos que viu na cidade onde estava. Superação

A tragédia provocou um caos no Japão, até mesmo em localidades distantes do epicentro. "Ficamos sem energia e telefone e já não conseguíamos encontrar comida, água mineral e combustível", relata Luciano. O trânsito também era lento, o que acarretava em grandes engarrafamentos. "O poder de superação dos japoneses me chamou a atenção", diz. "Mesmo com os semáforos desligados pela falta de energia, eles continuavam parando normalmente e mantendo a ordem", complementa.

Luciano com a filha no Japão

Depois de estar longe da cidade por vários anos, o retorno de Luciano para Motuca com a esposa e a filha de dois anos já estava programado: 30 de abril. O caos que assolou o Japão após a tragédia fez com que decidissem antecipar a viagem para o dia 24 de março. "Foi muito difícil conseguir passagem, pois muitos brasileiros estavam saindo do país", relata. Luciano foi trabalhar no Japão quando tinha 19 anos, em 1994. Depois, voltou para que sua primeira filha do primeiro casamento nascesse no Brasil, em 1998, retornando sete meses depois. Voltou mais uma vez ao Bra-

sil, para gerenciar uma lanchonete adquirida em Rincão, quando ficou por mais dois anos no país. No Japão, trabalhou em seis empresas realizando serviços variados como na linha de montagem de autos, intérprete, motorista de empilhadeira. Também aproveitava os horários de folga para fazer "bicos" como mecânico de automóveis e barman. Luciano demonstra tristeza com o que ocorreu no Japão, um país que aprendeu a gostar. "Considero minha segunda casa", destaca. "Acostumei com o ritmo de vida de lá e ao contrário da maioria dos brasileiros que só vão para acumular dinheiro, aproveitei muito minha permanência, desfrutando de restaurantes, choperias e demais atratividades que o país oferece". Ele diz que nunca sofreu preconceito por ser brasileiro e que se tornou amigo de muitos japoneses. "Não é como antes, mas ainda existe um pouco de rejeição com estrangeiros, principalmente daqueles que não conhecem o idioma, pela falta de diálogo", analisa. Ele diz que não fez nenhum curso, mas "se vira bem" com a língua japonesa. "Só não sei escrever, aprendi a conversar na convivência com os colegas de trabalho", finaliza.


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Jairo Falvo

Futsal feminino fica em 1º na fase de classificação da Copa Record Equipe conquista feito inédito ao passar para a etapa eliminatória

Momento do gol da Argentina em jogo da semifinal

Final do Campeonato Municipal de Futebol será neste domingo

Argentina e Olho D’água disputam o título no campo da área de lazer

A equipe Argentina enfrenta o Olho D'água na final do Campeonato Municipal de Futebol, neste domingo (3), às 10h30, no campo da área de lazer. A Argentina conseguiu a vaga na disputa pelo título após vencer o Ovos S. Francisco / Nutri-Suco por 3x1, na semifinal que aconteceu no último domingo (27). O Olho D'água também conquistou a sua vaga após vencer o Vila Nova por 1x0,

também no último domingo. A disputa pelo terceiro lugar será entre Ovos S. Francisco / Nutri-Suco x Vila Nova, às 8h45, na Área de Lazer. A competição teve início dia 13 de fevereiro, com nove equipes: Argentina, Carrapicho, Monte Alegre A, Monte Alegre B, Olho D'Água, Prefeitura S. Franc/Nutri-suco, Vila Nova e Vitória.

A equipe de futsal feminino de Motuca ficou em 1º lugar em sua chave na fase de classificação da Copa Record. O time empatou a primeira partida jogando em casa contra o Itápolis em 3 x 3, na última quinta feira (24). Na terça (29), as jogadoras da cidade venceram Guariba na casa do adversário pelo elástico placar de 6 x0. "É um feito inédito para o futsal feminino de Motuca, pois nunca havíamos passado da 1ª fase nesta competição, que possui ótimos times", exalta a técnica da equipe, Rosa Mara Fernandes.

A equipe de Motuca ainda não sabe quem será o adversário da próxima etapa, que será eliminatória. A Rede Record esteve na cidade no dia 24 para filmar o empate entre Motuca e Itápolis e a vitória de Araraquara sobre Gavião Peixoto por 4 x 1. "Foi um evento histórico e muito importante para Motuca. É a primeira vez que a cidade recebe jogos de uma competição do tamanho da Copa Record", comemora a técnica da equipe, Rosa Mara Fernandes.

Futsal sub-11 fica em terceiro em torneio de Araraquara Atleta de Motuca foi o artilheiro da competição, com três gols

A equipe de futsal sub-11 conquistou o terceiro lugar do torneio comemorativo realizado pelo Clube Colorado, no último domingo (27), em Arara-

quara. A equipe de futsal sub-15 também participou da competição. O artilheiro do torneio foi o atleta Victor Hugo dos Santos, 10 anos, com três gols.

Victor Hugo recebe a premiação


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