cenário 23 edição agosto 2010

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Para os supersticiosos, acontecimentos obscuros permeiam a sexta feira 13. Coincidência ou não, a data conhecida popularmente como o “dia do azar” deste mês de agosto marcou a história recente de Motuca. O incêndio de grandes proporções em canaviais ao redor do município assustou a população pela proximidade das chamas com as residências e trouxe sérios prejuízos ambientais, cuja proporção ainda está sendo avaliada. Como em todo episódio traumático, algo precisa ser feito para evitar que se repita novamente. O cultivo da cana-deaçúcar é a principal atividade econômica de toda a região onde está localizada Motuca. Ao mesmo tempo em que aquece a economia, proporcionando desenvolvimento e progresso, por muitas vezes também traz prejuízos ambientais, sociais e de saúde pública. A desativação da usina Santa Luiza trouxe desemprego e déficit social. Além disso, as fuligens emanadas pelas queimadas da palha sujam a cidade e as fumaças aumentam os casos de doenças respiratórias. Isso não significa, no entanto, que deva ser tratada como vilã, pois não existem alternati-

banco de imagens

SEXTA-FEIRA TREZE

vas em nossa região que superem a cana economicamente. Felizmente, avanços significativos estão sendo realizados no setor sucroalcooleiro, que precisa demonstrar responsabilidade social e ambiental para aumentar sua participação no mercado externo. Em São Paulo, existe um

EXPEDIENTE Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Conselho Editorial: Fábio de Mello Falvo, Jairo Falvo Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06

compromisso assinado entre o governo estadual, usineiros e produtores para terminar com as queimadas até 2014 em terrenos mecanizáveis, além de outros avanços em questões ambientais e trabalhistas. Este é o caminho a seguir. As autoridades públicas, em suas atribuições legais, devem

procurar adequar o cultivo de forma que o interesse da sociedade prevaleça sobre o privado, sem abusos de poder, mas com estudos e diálogo, ampliando as discussões entre todos os envolvidos. O projeto 34/2010, do executivo municipal, que disciplina o cultivo da cana próximo à área urbana, é uma boa iniciativa, pois algumas plantações tornaram-se verdadeiros quintais de residências, colocando em risco a segurança dos moradores, como foi observado. Mas como em outros vários projetos enviados pelo executivo, faltou ampliar a discussão. O governo insiste em centralizar as decisões e, mais grave, procura colocá-las em prática na base da pressão. Na elaboração do texto, importante para a cidade, não foram ouvidos os vereadores, a população, os afetados pela lei e nem mesmo o Conselho Municipal do Meio Ambiente, criado neste ano com a participação de vários setores da sociedade. Desta forma, é inevitável que surjam erros. Diálogo, compreensão e união são fatores fundamentais para que os fluídos negativos da sexta-feira treze não extrapolem a data e, como uma nuvem de fumaça, cubra nossa cidade.


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BULLYNG NAS ESCOLAS EMAIR JUNIO DE FREITAS Bullying é um termo inglês que ainda não tem tradução no Brasil, mas que tem gerado ampla discussão na sociedade, em especial e principalmente na comunidade escolar, onde a incidência tem ocorrido com maior freqüência. Sendo que, o termo Bullying compreende atos de violência física, moral e psicológica que é praticado de forma reiterada e intencional por um indivíduo ou mais, contra uma pessoa ou grupo de pessoas causandolhes sofrimento e dor. O Bullying de maneira geral é moralmente e socialmente reprovável, pois é uma forma de intimidação, pela violência física, moral e psicológica causando às vítimas um mal muito grande e quando ocorre nas escolas o rendimento escolar é bastante prejudicado na medida que, o aluno não consegue mais prestar atenção na aula, nem interagir com os colegas, ficando só ou em redutos de alunos que sofrem com as investidas e o medo que têm dos potenciais agressores. No Brasil ainda não existe uma norma capaz de coibir a pratica do Bullying e na verdade uma norma neste sentido não terá o condão de fazer cessar a prática de tal ato, pois essa violência que ocorre principalmente no meio escolar tem se difundido infelizmente, por meio de uma ferramenta muito importante na atualidade que é a internet, pois os vídeos que são colocados na rede mundial de computadores (internet) com agressões entre alunos incentivam outros indivíduos que tenham propensão a praticar os mesmos atos para mostrar que são os valentões, como forma de auto-afirmação ou até mesmo, o que me parece mais grave, como forma de diversão. Então dificilmente uma norma terá o condão de fazer cessar a violência que vem se alastran-

do no seio da comunidade, em especial como já foi narrado na escolar. A existência na escola de agressores em potencial que exerçam efetivamente o comportamento agressivo, influenciará nas atividades dos outros alunos, promovendo a violência, medo, perseguição e subjugando os mais fracos e indefesos, cujo trauma poderá acarretar distúrbios sociais ou até mesmo psíquicos pela vida inteira. Deve ficar claro e evidente que a violência não é só necessariamente a física, mais a moral e psicológica, que se caracterizam pela prática reiterada de chamar o estudante de burro, feio, entre outros adjetivos pejorativos e discriminatórios, tais como os de cunho racista. Nos deparamos também, algumas vezes, com casos onde os autores das agressões são os próprios professores despreparados, que não sabendo lidar com alguém que tenha dificuldade, humilhandoo em sala de aula, o que em tese pode abrir duas vertentes, ou seja, a primeira é de que essa criança ou adolescente diante da sua limitação comece a agredir os demais para se auto-afirmar pela força, a segunda é que seja agredida pelos demais, visto que, se o próprio professor pratica atos que humilha o aluno diante de todos, os outros alunos também acham-se no direito de praticar, fazer e falar as mesmas coisas que constrange de forma gra-

tuita e banal a vítima. Muitas vezes os profissionais que atuam na área da educação para não enfrentarem uma situação polêmica e que possa causar transtorno, pois provavelmente terá que se posicionar a favor de alguém, e esse alguém como medida de justiça é a vítima, preferem tratar como se fosse uma simples brincadeira, quando na verdade a vítima está sendo humilhada, maltratada, coagida e assim se isola, ou em outros casos passa a se defender com agressões, pois a vítima tem vergonha de expor suas dificuldades e medos. Concluindo, é importante que pais, professores e profissionais que atuam na área de educação estejam atentos para eventual mudança de comportamento que possa ocorrer com o aluno, pois pode estar sofrendo BULLYING que, repito, é caracterizado pela prática intencional e repetitiva de atos agressivos intimidadores, como ofensas verbais, humilhações, exclusão e discriminação. É uma brincadeira que não tem graça e que deixa marcas e traumas em suas vítimas. Sendo o diálogo franco e aberto, entre todos os envolvidos no processo de educação o caminho para evitar as agressões.

Emair Junio de Freitas, advogado. contato: emairjfreitas@adv.oabsp.org.br

FUTEBOL E ELEIÇÕES, DO MONTE CABURAI AO ARROIO DO CHUÍ IRINEU FERREIRA “Quando perco a esperança na Câmara Baixa, minha única alternativa é acreditar na Câmara Alta”

Nós brasileiros, em época de Copa, nos apaixonamos pelo Brasil, incondicionalmente. Vestimos a cor do Brasil, hasteamos a bandeira brasileira, nos emocionamos com o Hino Nacional. Nos dias dos jogos do Brasil as cidades, grandes, pequenas e pequeninas, param. Tudo fica imobilizado e mobilizado para o grito de vitória: do Brasil! Esta Copa não teve o encantamento das outras, talvez pela ausência de criatividade e de grandes jogadas individuais, ou pela semelhança de sistemas defensivos e ataques nivelados entre os competidores. Porém foi uma festa bonita, houve a integração dos continentes... A África tão distante e tão sofrida recebendo países ricos, sólidos, em desenvolvimento, com o sorriso e as cores alegres todo tempo. A Copa acabou. O sonhado hexa não emplacou. O frenesi passou! Pena... Porque as eleições mais importantes do país estão próximas. No dia três de outubro, devemos escolher nosso Presidente, Senadores, Deputados Federais, Estaduais e Governador. E é justamente no período que antecede as eleições, que nós deveríamos estar mobilizados, vestindo verde e amarelo e, principalmente, amando muito mais nossa pátria. Porque neste dia vamos dar a eles uma procuração, por quatro ou oito anos, para que cuidem do nosso país, dos brasileiros, dos nossos anseios, sonhos e projetos... Até da conquista do Hexa no Brasil! O “Soccer City Stadium” para as eleições está pronto, das co-

xias os marqueteiros conduzem o espetáculo, script estudado e texto adocicado, tudo que nós e o mercado queremos ouvir. Portanto, temos que repensar nossa maneira de votar. É preciso analisar a vida do candidato, seu currículo e sua trajetória política. Nosso candidato deve ter, se possível, história nacional, que conheça da “Ponta do Seixas ao Rio Moa e do Monte Caburai ao Arroio do Chuí”, na mesma proporção de habilidade que o nosso boleiro conduz a “jabulani” ao gol. Precisamos de candidatos que tenham certeza e clareza em suas posições, que acreditem na possibilidade da transformação social, que invistam no ser humano para a sua formação plena e que, consequentemente, invistam na preservação do meio em que vivemos. Precisamos de candidatos comprometidos com a verdade, transparência e moralidade, porque estamos desanimados com a corrupção e a perda de valores. Tratemos, cada um de nós, de estudar profundamente as razões e conseqüências de nosso voto, lembrando sempre que o bom da democracia não é apenas o privilégio da opção da escolha certa, mas sim, de podermos ter o direito permanente de corrigir a escolha errada. Então todos juntos: Prá frente Brasil! Salve a Seleção... E os brasileiros! Consulte os sites www.fichalimpa.org.br ou www.fichalimpaja.org.br. eles contém informações de candidatos, que estão disponíveis para acesso de qualquer internauta.

Irineu Ferreira (Neu). Pós-Graduação “Lato-Sensu” em Gestão Pública-Gerência de Cidades – FCL/UNESP Delegado do PV - Motuca-SP motuca_city@hotmail.com


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Incidência de focos de incêndio em Motuca é a maior da região

Acesso à cidade ficou impedido pela falta de visibilidade

A incidência de focos de incêndio no mês de agosto em Motuca é a maior da região. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre os dias 1º e 17, foram contabilizados 37 queimadas no território municipal. No ano passado, foram apenas duas no mesmo período. O tempo seco é considerado o principal fator para o aumento. Este mês apresenta a segunda maior estiagem desde 1945, de acordo com a Compa-

nhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb ). No último dia 13, um incêndio de grandes proporções atingiu canaviais ao redor do município. O foco iniciou em uma plantação da usina Bonfim, de Guariba, por volta das 11h30, e se alastrou em direção à Motuca por conta dos fortes ventos existentes no momento. A cidade foi tomada pela fumaça e durante algum tempo os moradores ficaram sem energia elétrica e água

potável. As duas escolas do município liberaram com antecedência os alunos por causa do incômodo ocasionado pela fumaça, que tomou conta das salas de aula. A falta de visibilidade levou a Polícia Militar e a defesa Civil do município a controlar as vias de acesso aos municípios vizinhos de Rincão e Guariba. “Em 47 anos que moro em Motuca nunca vi um incêndio com esta proporção”, revela o aposento Geraldo dos Santos, 59. Grande parte das pessoas que transitava pelas ruas no momento do incêndio cobria o rosto com a camisa para melhorar a respiração, como o aposentado Francisco Rafael de Andrade, 66, que possui bronquite. “Assim que a fumaça começou a me incomodar, peguei a bicicleta e comecei a buscar um local com ar mais puro”, relata. Residências

O incêndio chegou a atingir algumas residências. “Parte da cerca do fundo de minha casa foi queimada e alguns vizinhos também tiveram prejuízos”, lamenta a assessora administraJairo Falvo

Fábio Falvo/Alexandre Guerra

Queimada de grandes proporções em canaviais próximos ao município assustou a população no dia 13

Andrade, que possui bronquite, procurou local com ar puro

tiva Angelina dos Santos, que mora próxima a um canavial. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do município, o incêndio atingiu reservas ambientais e áreas de preservação. Alguns animais silvestres foram encontrados

carbonizados. A pasta diz que irá realizar estudo para avaliar o impacto ambiental ocasionado pelo incêndio, o segundo de grandes proporções em canaviais ao redor de Motuca neste ano. O primeiro foi no início de junho.

Consultoria emite parecer favorável ao projeto para recuo do plantio da cana O projeto do executivo municipal que disciplina a distância do plantio da cana-de-açúcar próximo à área urbana apresenta viabilidade técnica-jurídica, segundo parecer emitido pela consultoria IGAM, de Porto Alegre, que prestou serviços à Câmara Municipal por conta de dúvidas explanadas na última sessão ordinária, realizada em 16 de agosto. Na ocasião, o presidente José Carlos Francisco de Arruda retirou a matéria de votação, enviada em caráter de urgência juntamente com outros seis projetos, alegando inconstitucionalidade. O texto foi elaborado com a justificativa de proporcionar maior segurança à população em razão de dois incêndios de grandes proporções que atingiram canaviais ao redor do município nos últimos meses. Ele estabelece a distância mínima de 100 metros para o plantio da cana em relação a prédios residenciais e comerciais e duzentos metros para o uso de vinhaça. De acordo com o departamento jurídico da prefeitura, o interesse público de proporcionar segurança à população por meio de limitação ao plantio da cana na área urbana é superior ao interesse privado em continuar com o cultivo.

Já o secretário Jair dos Santos, de desenvolvimento econômico, agricultura e meio ambiente, diz que a lei é fundamental para a segurança da população. “Está sendo feita uma polêmica porque existem diferentes interesses envolvidos”, diz. Do outro lado, o presidente José Carlos Francisco de Arruda afirma que sua preocupação foi com o trâmite correto do projeto. “Não podemos agir pela emoção, mas com fundamentos, pois fomos eleitos para respeitar as leis”. Segundo Arruda, o Tribunal de Justiça do Estado analisa a constitucionalidade de três matérias aprovadas na Câmara. Discussão

O vereador Renato Luis Rateiro considerou oportuna a iniciativa de proteger a população, mas, segundo ele, a complexidade do projeto exigia mais discussão antes de ser votado. “É preciso apresentar o que irá substituir a cana nestes espaços, pois poderá crescer mato, que assim como a palha possui alto poder de combustão”. O vereador observou, ainda, que sítios também foram atingidos com o incêndio, e que o projeto se limitou a proteger a área urbana.


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Arruda aponta irregularidade em terreno voltado a programa habitacional O presidente do legislativo José Carlos Francisco de Arruda afirma que o terreno disponibilizado pelo município para a construção das 30 residências do programa “Minha Casa, Minha Vida” está irregular. Segundo ele, a prefeitura violou a “área verde”, registrada em cartório e obrigatória por lei, pertencente ao Jardim Bela Vista. “Não houve a preocupação em encontrar um terreno totalmente disponível e retiraram os ipês que se encontravam no local”, relata. O secretário Jair dos Santos, de desenvolvimento econômico, agricultura e meio ambiente, ex-

Jairo Falvo

Segundo presidente do legislativo, prefeitura violou “área verde” obrigatória por lei

Perda em repasse estadual é reflexo do fechamento da usina

Ipês retirados para a construção das casas

plica que o terreno era a única área disponível do município e que a retirada das árvores foi em caráter emergencial. “A área verde substituída em outro local”,

Funcionários da prefeitura se mobilizam para criar sindicato Funcionários da Prefeitura de Motuca se mobilizam para fundar um sindicato que represente a categoria no município. Cerca de 70 interessados já assinaram um documento reivindicando a criação da organização. “Estamos procurando criar um sindicato para termos um respaldo maior na busca por nossos direitos e benefícios”, declara a técnica de enfermagem Aparecida Pereira dos Santos, uma das articuladoras da iniciativa. Segundo ela, desde 2007 a Prefeitura não concede aumento salarial e neste ano foram cortadas as horas extras e períodos de folga. Outras reivindicações são ticket alimentação e valetransporte. “Muitos deixam de assinar com medo de sofrer represálias”, conta Aparecida.

IPM de Motuca é o menor desde 1993

Lei do afastamento

Tramita na câmera projeto do executivo que altera a lei do afastamento dos servidores municipais. Se aprovado, o tempo longe da função será menor, de quatro para dois anos, e o governo terá poder para convocar o funcionário afastado quando considerar necessário, além de não poder substituí-lo no período. “A proposta não vem em boa hora”, relata o vereador Fábio de Menezes Chaves. Segundo ele, os funcionários da prefeitura estão trabalhando desmotivados. “Entendo que o município passa por um momento difícil, mas não existe qualquer iniciativa para melhorar a situação dos servidores”. O Cenário procurou saber a posição do prefeito municipal, mas não houve retorno.

diz. “Não podíamos perder a oportunidade de construir casas para pessoas carentes do município”, complementa. Tramita na Câmara projeto do executivo para transformar o terreno em Área de Especial Interesse Social, com a justificativa de adequar o processo de urbanização e evitar desmembramentos. Segundo a prefeitura, por meio da medida, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) fornecerá gratuitamente as instalações elétricas no local. O presidente da câmara retirou o projeto de votação na sessão realizada no último dia 16 alegando inconstitucionalidade. Prazo

A prefeitura não cumpriu o prazo determinado pela financeira responsável pela liberação dos créditos para entregar os serviços de infraestrutura, que representam a contrapartida do município no programa “Minha Casa, Minha Vida”. A data estipulada era 15 de agosto. Até o momento, foram realizadas raspagem da grama, nivelamento do terreno e demarcações de lotes e ruas.

O Índice de Participação do Município (IPM) teve queda de aproximadamente 28% em relação ao ano passado, chegando ao menor patamar desde 1993, segundo dados disponibilizados pela Secretaria Estadual da Fazenda. O IPM representa a cota-parte destinada aos municípios do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A prefeitura entrou com recurso para amenizar a perda, a segunda seguida, reflexo da desativação da usina Santa Luiza. O ICMS é a

segunda maior receita de Motuca, atrás do Fundo de Participação do Município (FPM). A previsão de queda do repasse neste ano é de R$ 1,5 milhão. Segundo o assessor de finanças da prefeitura, Marcos Antônio Peruzza, ainda não é possível avaliar o impacto no orçamento municipal, cujas diretrizes para o ano que vem devem ser enviadas à câmara até de 30 de setembro. “O país vem crescendo economicamente, o que ajuda a amenizar as perdas”, avalia.


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Segurança em Motuca está sob controle, afirma comandante Braga discursa na tribuna do legislativo

De acordo com o comandante interino da 4ª Companhia da Polícia Militar, Tenente Richard Braga de Oliveira, a segurança em Motuca está sob controle. “Em termos estatísticos, os registros criminais do município não fogem da normalidade”, declarou o comandante, em audiência pública realizada na Câmara Municipal no dia três de agosto, por iniciativa do presidente José Carlos Francisco de Arruda, motivada pela série de ocorrências nos últimos meses. Somente de maio a julho aconteceram um assalto na agência dos Correios e cinco furtos, sendo dois na única Casa Lotérica do município, na forma de

Jairo Falvo

Série de ocorrências nos últimos meses motivou realização de audiência pública na Câmara Municipal com a participação dos moradores e autoridades locais

arrombamento. “O que se criou foi uma sensação de insegurança pelos acontecimentos em um curto espaço de tempo”, frisou. O ápice de registro de furtos no município ocorreu em 2004, com 30 no total, de acordo com o site da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, com levantamentos de 2001 a 2010. Já o de roubo é considerado estável, com média de 1,3 por ano. O último homicídio registrado em Motuca foi em 2004. Uma das principais preocupações das autoridades policiais é com relação ao furto e roubo de veículos. A quantidade de ocorrências saltou de duas em 2008 para seis em 2009. Neste

ano já somam duas. O comandante anunciou medidas para fortalecer a segurança em Motuca como estender o envio da Força Tática para o horário da noite, aumentar o patrulhamento durante a madrugada e intensificar o policiamento na área rural. Com relação ao aumento de efetivo policial, considerado insuficiente pelo sargento local, Braga se comprometeu a estudar, ressaltando que, proporcionalmente, Motuca é privilegiada comparando a Dobrada, Tabatinga, Nova Europa, Matão e Ibitinga, cidades que também integram a 4ª companhia. “Não dá para afirmar, pois existem limitações orçamentárias por parte do estado e o envio e distribuição de efetivos são criteriosos”. O aposentado José Luiz Lavezzo não concorda com a dificuldade do poder público em investir mais em segurança. “Se está aumentando os bandidos, como podemos observar neste ano, tem que aumentar o policial”. O aposentado teve camionete furtada no mês passado em frente de sua casa. Política de crescimento

Segundo o presidente do Con-

selho Comunitário de Segurança (CONSEG), Fábio de Menezes Chaves, que também atua como vereador no município, é preciso que as autoridades locais discutam a política de crescimento de Motuca para evitar aumento

na criminalidade. “Estamos construindo 30 novas casas e já existe o pedido para mais 60, o que acarreta na imigração de mais pessoas para Motuca, que possui déficit de empregos”, analisa.

Prefeitura instala câmeras de segurança em vias públicas Projeto prevê 32 pontos de monitoramento até o final do ano A prefeitura de Motuca instalou neste mês nove câmeras de segurança com a finalidade de monitorar as principais vias de entrada e saída do município, além de pontos de maior acesso e fluxo de pessoas. Os equipamentos, orçados em R$ 7 mil, captam imagens com nitidez de 50 a 100 metros de distância e são munidos de tecnologia nobreak, para evitar desligamento em caso de queda de energia. Além da delegacia de polícia, o sistema também será ligado à guarita de segurança da prefeitura. O projeto prevê 32 pontos de monitoramento até o final do ano, com capacidade para armazenar gravações de até três meses. O número é maior que o projeto de Araraquara, onde estão sendo instaladas 25 câmeras. “Este é um passo importante para melhorar a segurança

pública, pois o sistema de monitoramento comprovadamente reduz a criminalidade”, destaca o comandante interino da 4ª Companhia da Polícia Militar, Tenente Richard Braga de Oliveira. “Em Ibitinga, após a instalação de 27 câmeras no início do ano, o número de ocorrências diminuiu em 40%”, conta.


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Pré-natal traz segurança para a mãe e o bebê A partir do acompanhamento, é possível detectar doenças a tempo de serem tratadas A costureira Edilanea Bastos Simão, 28, aguarda ansiosa os quatro meses que ainda faltam para a chegada de sua segunda criança. Por ser hipertensa, sua gravidez é considerada de risco. Ela já sofreu dois abortos. Ao menos três vezes por mês, realiza o acompanhamento pré-natal em um consultório particular de Araraquara. Ela ainda não sabe o sexo do bebê. “Meu marido disse que gostaria de ter um menino para formar um casal, mas eu não tenho preferência”, revela Edilanea, que possui cuidados especiais com a alimentação, medicação e atividade física. Segundo o médico ginecologista Celso Teixeira Assunção Neto, que trabalha na Unidade Básica de Saúde do município, o pré-natal é fundamental para a Edilanea tem cuidados seguespeciais na gestação

rança da mãe e do bebê. “Desta forma é possível detectar doenças a tempo de serem tratadas”, diz. O acompanhamento deve ser realizado assim que for descoberta a gravidez. “A periodicidade depende de cada caso”, explica o médico. “Nas gestações normais, as consultas devem ser realizadas mensalmente até o sétimo mês e ir encurtando até o parto”. No pré-natal são realizados exames de sangue e urina para detectar doenças como sífilis, infecção urinária e toxoplasmose, além de ultra-som, para ava-

liar a formação do feto. As gestantes devem ingerir complexos vitamínicos para aumentar a resistência imunológica. Acolhimento

De acordo com a cirurgiã dentista do município Silvia Cristina Sano, que integrou um grupo de pesquisa sobre a saúde das gestantes na região, realizado pelo hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, é fundamental que as equipes de saúde foquem no bom atendimento para diminuir problemas na gestação. “Muitas vezes a gestante deixa de fazer o pré-natal por falta de acolhimento”, diz.

Encontro orienta e tira dúvida das gestantes Reuniões acontecem nos dias 3, 10 e 13 de setembro com participação de diferentes profissionais da saúde Nos dias 3, 10 e 13 de setembro a Secretaria de Saúde do Município promoverá curso direcionado às gestantes, realizado por profissionais de diferentes áreas da saúde. O objetivo é orientar e tirar dúvidas desta importan-

te fase da vida da mulher. “Nos encontros são realizadas palestras sobre a importância do prénatal, da amamentação, da saúde bucal, do período pós-parto, além de outras informações”, explica a enfermeira Lais Cristina Gasparini.

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Atleta classifica para os Jogos Paraolímpicos Estudantis Arquivo pessoal

Na última edição da competição, Marielle Legramandi conquistou ouro e bronze

A atleta com as medalhas

Gabriela Marques Luiz

A atleta Marielle Legramandi Falvo, 18 anos, classificou-se

para os Jogos Paraolímpicos Estudantis, após seletiva na Praia Grande (SP), no dia 1º de agosto. Em cada categoria, foram classificados dois atletas. “Foi muito concorrido e a seletiva foi muito rigorosa”, conta Marielle, que disputou a vaga na categoria 50 metros livre e 50 metros costas. A jovem representará a escola Adolpho Thomaz de Aquino pela última vez na competição, pois está no terceiro colegial. Os Jogos Paraolímpicos Estudantis acontecerá de 6 a 11 de setembro, em São Paulo. “Espero alcançar um resultado ótimo, igual ou melhor que do ano passado”, almeja. Em 2009, Marielle foi campeã brasileira na categoria 100 metros livres,

mesmo disputando com atletas que enxergavam parcialmente. Além do ouro, a jovem faturou uma medalha de bronze na categoria 50 metros livre.

Futsal feminino disputa final da Copa Sesc Jogo será contra Tabatinga pelo segundo ano seguido A equipe de Motuca disputará a final da 5ª Copa Sesc de Futsal Feminino contra Tabatinga no próximo domingo, dia 4, às 11h, em Araraquara. A vaga foi conquistada após vitória sobre a equipe de Matão, por 5 x 2, no último domingo. Esta é a segunda final consecutiva entre as duas equipes.

Vôlei masculino classifica para a semifinal da Liga de Orlândia As três categorias do vôlei masculino que disputam a Liga Pró-Voleibol de Orlândia já garantiram vaga na semifinal antes mesmo do fim do campeonato. No dia 4, as três equipes enfrentam São Joaquim da Bar-

ra, na casa do adversário. O Infantil precisa vencer e subir para a segunda colocação para garantir a vantagem de disputar a semifinal em casa. Garantia que as categorias Sub-21 e Infanto já conquistaram, estando em pri-

meiro e segundo lugar, respectivamente, em suas chaves. O Infantil terá uma segunda chance no dia 5, quando enfrenta Brodowski, às 10h, no Ginásio de Esportes de Motuca. G.M.L

No ano passado, Motuca perdeu nos pênaltis após empate em 6 x 6 no tempo normal. “As meninas estão motivadas porque ganharam de Matão, que é um time forte, e também porque querem descontar a derrota do ano passado”, relata a técnica Rosa Mara Fernandes.

Técnicos de vôlei participam de curso com Seleção Brasileira O assessor de programas esportivos, Rodolpho Milani, e o professor de Educação Física, Marcos Rogério Luzia, ambos funcionários da prefeitura de Motuca, participaram de um curso de Técnico de Voleibol, em Poços de Calda (MG), de 13 a 15 de agosto. O curso foi ministrado pelo técnico da Seleção Brasileira de Vôlei Infanto Juvenil Feminino, Prof. Ms. Antonio Rizola

Neto. As aulas práticas aconteceram com toda a equipe da seleção. “Deu pra gente aprender bastante coisa”, conta Milani. G.M.L


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