Cenário
Após observar a perspectiva de grande arrecadação, um dos assessores contratados pela prefeitura para realizar o trabalho de transição fez o seguinte comentário na área do cafezinho do paço municipal: “É muito dinheiro para uma cidade tão pequena”. A frase foi dita no início de 2009, último ano que receberíamos os volumosos recursos da usina Santa Luiza, desativada em dezembro de 2007. Como era de se esperar, os recursos encolheram e, um ano depois, o município passa por sérias dificuldades financeiras, ainda que o desenvolvimento econômico do país tenha amenizado as perdas. Para o ano que vem, segundo previsão otimista da prefeitura, o orçamento se manterá estável em relação aos dois últimos anos. Uma ótima notícia, já que muitos esperavam um caos, com demissões e dificuldade na prestação dos serviços. Até mesmo porque o IPM do município, índice utilizado para calcular o ICMS, um dos principais repasses da prefeitura, teve a pior queda das cidades da região em virtude do fechamento da usina. Afastada as previsões apocalípticas, é preciso saber até quando a prefeitura irá suportar a estrutura construída nos tempos de riqueza. Mesmo com artifícios utilizados para aumen-
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ADEQUAÇÃO A UMA NOVA REALIDADE Kandinsky (1866 / 1944), pintor russo
tar a receita, os gastos da máquina continuam aumentando. A despesa com pessoal subiu de 46,1% no ano passado para 50,35% neste ano, cálculo realizado sobre o orçamento. Além disso, eventos grandiosos como o rodeio, marca do atual governo, representam um grande impacto aos cofres públicos. Desta forma, é impossível atender às reivindicações por aumento salarial dos servidores municipais, que trabalham desmotivados, nem mesmo realizar investimentos importantes para a cidade. Se já não bastasse o problema financeiro, o município enfrenta uma crise político-administrativa. Algumas ações estão
EXPEDIENTE Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Conselho Editorial: Fábio de Mello Falvo, Jairo Falvo Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06 Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara
sendo contestadas politicamente e judicialmente. Entre elas, a criação de cargos comissionados supostamente de forma inconstitucional, que pode levar a várias demissões, além da violação de “área verde” para a construção de residências. Assim como a prefeitura, a câmara legislativa deve assumir a responsabilidade pela aprovação de projetos, que passaram sem a devida apreciação. Tais fatos demonstram a necessidade de maior participação dos vereadores nas matérias enviadas pelo executivo, respeito aos prazos e atenção adequada aos requerimentos. A postura incisiva e centralizadora do prefeito também só
faz aumentar o número de descontentes, até mesmo entre aliados. Alguns deles mudaram de posição. Enquanto prevalecer a velha prática de tratar adversários políticos como inimigos, as coisas não vão melhorar. É preciso saber ouvir e respeitar as opiniões. Da mesma forma, a oposição deve ser responsável e evitar a política do “quanto pior melhor”. Aproveitar o período de dificuldade para tirar vantagens eleitoreiras é agir contra o município. O momento é de reflexão. É preciso que a administração reconheça os erros e os acertos. Que atue com mais transparência e maior participação, senão com a população, ao menos com o legislativo, que deve ser incluído nas discussões importantes para o município, fato que não vem ocorrendo. Temos vários desafios. O principal, sem dúvida, é criar um plano para o desenvolvimento econômico para o município, por meio de atração de empresas e conseqüente geração de emprego e renda. É preciso enaltecer, no entanto, as ações corretas da administração, como a continuidade de investimentos no setor têxtil, que gerou dezenas de empregos, além do apoio na realização de cursos de qualificação profissional. Mas ainda há muito por fazer.
Cenário
ABUSO SEXUAL DE MENORES E PEDOFILIA
carnal ou ato libidinoso o crime ocorrerá por absoluta impossibilidade do menor de 14 (catorze) anos consentir, pois não tem capacidade para esse consentimento, tendo em vista, a pouca idade. Portanto, para efeito de esclarecimento, deve ficar claro que o crime não ocorre somente com a penetração, mas o simples fato de bolinar, passar a mão com lascívia em uma criança caracteriza o ato libidinoso, dentre diversos outros atos que o caracteriza, tal como, sexo oral. Outros fatos graves e que são considerados crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, e que muitas pessoas talvez não saibam, é o simples fato de adquirir, possuir, armazenar, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explicito envolvendo crianças ou adolescentes. Assim, o simples fato, de ter em poder uma fotografia que contenha cena de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente é caracterizado crime, independentemente de quem tenha produzido a fotografia ou quem seja a criança nela retratada. Portanto, apesar da legislação ser bastante abrangente no sentido de prever e tipificar como crime diversas condutas, para
SANTIAGO E SEU DESTINO IRINEU FERREIRA
EMAIR JUNIO DE FREITAS Pedofilia consiste basicamente em atração sexual de adultos por crianças, que não necessariamente será crime, caso essa atração fique somente no desejo, no intimo do individuo que possui esse distúrbio. Mas na maioria das vezes as pessoas que praticam crimes sexuais contra menores não são considerados, clinicamente, pedófilos, porque simplesmente aproveitam da vulnerabilidade casual da criança, tal como, o exemplo que rotineiramente vemos nos jornais, do pai, padrasto, tio ou até vizinho que abusa sexualmente da criança quando a mãe está ausente. Assim, tem-se uma ilicitude eventual, motivada não pelo distúrbio sexual de ter atração por crianças, mas pelas circunstâncias. Na legislação brasileira não temos uma tipificação própria e específica de crime de pedofilia, pois o contato sexual entre adultos e crianças, enquadram-se nos crimes de Estupro e ou Atentado Violento ao Pudor descrito hoje no Artigo 217-A., do Código Penal - “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”, sendo a Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. Assim, o Artigo 217-A, deixa claro que a violência sexual praticada contra menores de 14 (catorze) anos é presumida, portanto, mesmo que a vítima permita ou queira a conjunção
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preservar a integridade das crianças e dos adolescentes ainda falta informação e principalmente diálogo entre pais e filhos. Atualmente pedofilia e os abusos de menores vêm aumentando consideravelmente, e uma das formas mais eficazes de combate é o diálogo. Infelizmente os pais, geralmente não têm tempo para os filhos, sendo que, um diálogo rápido e amigável no sentido de perguntar: O que está acontecendo? Como foi na escola? Quais são seus amigos? Por onde andou? Com quem esteve? E principalmente deixar claro para a criança que sempre estará disposto a ouvi-la, seja qual for o assunto, por mais grave que seja. Os pais, também, devem dar orientação necessária para que as crianças possam identificar um eventual abuso de contesto sexual, pois na maioria das vezes os autores do crime são pessoas que convivem cotidianamente com as vítimas. Portanto, orientar, dialogar e explanar o que seria um abuso de cunho sexual, onde ultrapassa os limites de carinho e afeto entre amigos e ou familiares é fundamental para que a criança possa se defender e relatar tal ocorrência. E quando estes relatos acontecerem a criança não deve ser repreendida, mas devese averiguar com cautela para também não incriminar uma pessoa inocente, que realmente possa estar externando um carinho fraternal, talvez um pouco mais exacerbado.
Emair Junio de Freitas, advogado. contato: emairjfreitas@adv.oabsp.org.br
“Levanta seu olhar, senão somente o chão verás” PROVÉRBIO TIBETANO
Gabriel García Márquez – agraciado com Nobel de Literatura em 1982, autor de várias obras importantes, mas aqui a pertinência é a sua obra que tem o título de “Prenúncio de uma morte anunciada”. A obra conta, na forma de uma reconstrução jornalística, a história do assassinato de Santiago Nasar pelos dois irmãos Vicario. Acusado por Ângela Vicário de tê-la desonrado, o jovem Santiago Nasar é morto a facadas pelos irmãos de Ângela, os gêmeos Pedro e Pablo. Toda a localidade fica sabendo antes da vingança iminente, mas nada salva Santiago de seu trágico destino, anunciado logo à primeira linha do romance. É desta crônica que me recordo quando vejo os canaviais em chamas, pois sempre me chamou a atenção que a cana em nosso Município é cultivada até “praticamente” dentro de nossos quintais. Portanto, esta crônica é que norteia meu pensar, e dá sentido a estas minhas considerações: A monocultura da cana-de-açúcar é a nossa principal atividade econômica, alavanca o progresso; em contrapartida tem para si todos os problemas inerentes desta cultura: animais peçonhentos (aranhas, cobras), ratos silvestres. A poeira, ventos e a fumaça das queimadas fazem parte do dia a dia do povo. A cidade está a mais de 600 mts acima do nível do mar, sem nenhuma proteção natural. Recentemente em toda a região, e inclusive em Motuca, talvez pela longa estiagem, houve um incêndio de grandes proporções que queimou toda a cana, boa para corte ou não. A cidade sofreu com o calor, fumaça, e com o eminente perigo de verem suas casas incendiadas, algumas até sofreram com prejuízos materiais. A zona rural, os bairros afastados foram os mais prejudicados, perderam pastos e até animais. Como poderíamos ter evitado tudo isso? Criar uma proteção contra as intempéries da natureza; muitas cidades encravadas em serras, vales, onde as montanhas, matas ou florestas já se tornam uma proteção natural, não há necessidade da intervenção humana. Em cidades onde
não há, é preciso criar. Então, por que não criar um Cinturão Verde, ou algo semelhante? Que fique claro que Cinturão Verde não nos protege contra prováveis incêndios, pois afinal, ele também esta sujeito às queimadas. Mas em compensação, contra os ventos fortes, vendavais e outras intempéries semelhantes, as matas, florestas nativas ou não, tornam-se as melhores proteções para as cidades. Podemos compreender a expressão Cinturão Verde de duas maneiras: uma que são as faixas de terra ao redor de grandes cidades que são responsáveis pelo cultivo de verduras e legumes; a outra define como faixas de florestas nativas, e é responsável pela qualidade de vida da metrópole ou cidade que se faz rodeada, na medida que apresenta vários benefícios: abriga os mananciais que abastecem a cidade, as cabeceiras e afluentes dos rios que cortam a área urbana; estabiliza o clima, impedindo o avanço das ilhas de calor em direção à periferia... Penso que a compensação social em todos os níveis deve ser pensada e priorizada, pois o direito a propriedade é um direito constitucional, mas em situações de perigo eminente, o poder público tem o direito e o dever de interferir. A função social tem que ser muito bem equacionada, e amplamente discutida. A cultura do Eucalipto tem dado ótimos resultados, pois além de serem árvores de grande porte, que é fundamental, elas resistem aos ventos fortes, apenas se dobram, são renováveis, e podem servir de contra-partida em eventuais desapropriações. Nos aeroportos existem as áreas de escape, onde os pilotos podem decidir se freiam ou se “arremetem” suas aeronaves, nas rodovias “bem” planejadas, temos longas faixas de terrenos livres para quaisquer eventualidades. Porque não pensar em algo semelhante? Fica aí a sugestão! Se você se assustou com o fogo deste fatídico agosto, imagine ventos de mais de 100 km/h. - urge soluções, o contribuinte agradece.
Irineu Ferreira (Neu). Pós-Graduação “Lato-Sensu” em Gestão Pública-Gerência de Cidades – FCL/UNESP motuca_city@hotmail.com
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Cenário
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Vice-prefeito entra com processo de desfiliação do partido
Prefeito será investigado por lesão corporal dolosa
Decisão para saída do PT surgiu após divergências políticas com o prefeito Fascineli
TJ autorizou abertura de inquérito policial no início do mês
O vice-prefeito Álvaro Thomaz de Aquino (Fiapo) ingressou no último dia 17 com processo de desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT) junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP). A decisão para sua saída surgiu após divergências políticas com o prefeito João Ricardo Fascineli, presidente do partido no município. A relação entre ambos está rompida desde os primeiros meses do governo. Segundo apurou o Cenário, Fascineli estava insatisfeito com a aproximação de Aquino com
O prefeito João Ricardo Fascineli será investigado pela Delegacia Seccional de Polícia de Araraquara por suposto crime de lesão corporal dolosa praticado contra um morador da cidade no ano passado. Por ter foro privilegiado, a abertura de inquérito foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) no início deste mês.
políticos considerados opositores e chegou a cogitar sua expulsão do PT. Para contornar a crise, o diretório municipal do partido realizou reunião com a participação de membros, vereadores aliados, dois secretários e familiares do Histórico
Aquino ingressou no PT em 2003. No ano seguinte, candidatou-se ao cargo de vice-prefeito, compondo a chapa com o então postulante a prefeito Fascineli, que na época era filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Derrotados por apenas 180 votos, sagraram-se vitoriosos quatro anos depois, em 2008, com a confiança de aproximadamente 70% dos eleitores. Enquanto mantinha laços com o prefeito, atuou com mais ênfase no auxílio a agricultores do Assentamento Monte Alegre, principalmente no programa do cultivo de cana-de-açúcar,. Aquino também é produtor.
vice, pela qual ficou decidida sua permanência. Aquino, no entanto, mudou de ideia. “Já não há clima para continuar”, afirma. “Existe um descontentamento de ambas as partes, então é melhor sair”. O vice se diz decepcionado com o governo municipal. Ele afirma que ainda não escolheu outro partido.
O departamento jurídico da prefeitura afasta a possibilidade do prefeito ser penalizado por suposto crime de responsabilidade, que colocaria o mandato em risco, por quebra de decoro. “O episódio envolveu o cidadão e não o gestor público, pois não estava dentro da prefeitura”, relata o advogado do município Thiago Rodrigo Lobrigatti.
Procurador pede a anulação de cargos comissionados Prefeitura não informou número de demissões, caso decisão do TJ seja favorável a ação O Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo Dr. Fernando Grella Vieira reconheceu a inconstitucionalidade parcial das Leis Complementares nº 108/ 09 e 111/10, elaboradas pelo executivo e aprovadas na Câmara Legislativa, que criaram juntas 47 empregos em comissão na prefeitura. Caso o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) considere a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADINI) procedente, pedirá a anulação dos 36 cargos que não correspondem funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, conforme preconiza a legislação, além dos outros onze por também estarem irregulares. De acordo com o departamento jurídico do município, a prefeitura ainda não foi notificada sobre a posição do procurador. O prefeito municipal reuniu na última semana os funcionários em cargos de comissão para informá-los sobre
o processo judicial. O Cenário perguntou à prefeitura o número de funcionários atingidos, caso a decisão do TJ seja favorável à ação, mas não houve retorno. Se a decisão do TJ for favorável à ADINI, as cinco secretarias municipais criadas a partir da lei complementar nº 108/09 também poderão ser afetadas.
Denúncia foi realizada por funcionário afastado da prefeitura A denúncia sobre a suposta inconstitucionalidade das leis foi protocolada no Ministério Público (MP) pelo engenheiro agrônomo da prefeitura Paulo Roberto do Amaral, residente em Matão, afastado do cargo desde o início do atual governo em razão de um processo trabalhista. Ele diz que sofreu perseguição política. Amaral trabalhou por 10 anos no município. Em 2008, foi candidato ao cargo de vereador pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mas não con-
seguiu se eleger. Ele afirma que não existe motivação política nas denúncias contra a administração municipal. “Não pretendo me candidatar a nada, o diretório do PSDB já nem existe mais em Motuca. Quero que se faça justiça, que se cumpra a lei, pela ética e pelos preceitos constitucionais”, afirma. O Cenário enviou questões à prefeitura para saber a posição sobre as denúncias realizadas pelo engenheiro agrônomo, mas não houve retorno.
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Prefeitura estuda outra área para programa habitacional JAIRO FALVO
Proposta é construir moradias do “Minha Casa, Minha Vida” em área recém negociada com a família Malzoni
Terreno onde seriam construídas as residências populares
Após irregularidade constatada no terreno direcionado inicialmente para a construção das 30 moradias do Programa “Minha Casa Minha vida”, por ser “área verde”, pertencente ao Jardim Bela Vista, e obrigatória por lei, a prefeitura pretende realizar as obras em parte da área de 13 alqueires recém negociada com a família Malzoni, localizada ao lado do anel viário, onde há cana plantada. Por ter retirado sem autori-
zação ipês para a construção das casas, a prefeitura terá que plantar 750 árvores nativas no local, onde já tinham sido realizados serviços de terraplanagem, raspagem de grama e demarcações de lotes e ruas. O prazo estipulado pela financiadora responsável pela liberação dos créditos para a conclusão dos trabalhos de infraestrutura, que representam a contra-partida do município, era 15 de agosto. Segundo o
departamento jurídico da prefeitura, está sendo realizado processo de aditamento e a possibilidade de não concretização do programa está descartada. A irregularidade apontada pelo presidente da Câmara no mês passado está sendo investigada. “Para realizar a análise da área, tivemos, antes, que encontrar a planta do bairro e verificar se ela era legal ou não. O Bela Vista é um bairro regular. Agora falta saber se a construção das casas está sendo realizada nessa área ou em alguma área de preservação ambiental. Acredito que dentro de um mês teremos o resultado em mãos”, explica o gerente da Cetesb de Jaboticabal Amauri da Silva Moreira. Distrito industrial
A prefeitura iniciou a negociação para a compra da área de 13 alqueires pertencente à família Malzoni em abril do ano passado. A câmara municipal autorizou suplementação de verbas, proveniente do superávit primário da gestão anterior para a compra, pelo valor de R$ 500 mil, com a justificativa de criar novo distrito industrial no local. Segundo o departamento jurídico da prefeitura, o acordo já estava assinado há algum tempo, mas não estava formalizado porque existe um processo de divisão da área entre os membros da família. Por isso, faltavam alguns documentos. Em entrevista por email ao Cenário, o advogado da família Malzoni afirmou que falta apenas a assinatura do contrato de compromisso de compra e venda. Colaboração: Gabriela Martins, Tribuna Impressa, Araraquara
Projeto para recuo da cana ainda não foi votado Presidente alega falta de esclarecimentos de alguns pontos da matéria
Por decisão do presidente do legislativo José Carlos Francisco de Arruda, o projeto do executivo para recuo de 100 metros do plantio da cana em relação a prédios residenciais e comerciais ainda não foi colocado em votação. O motivo, segundo ele, foi o não posicionamento do prefeito municipal com relação a um requerimento, solicitando esclarecimentos sobre alguns pontos da matéria. “Precisamos saber o que será plantado neste espaço e porque a matéria só se limita a abranger a área urbana, deixando de lado a zona rural, que também pode sofrer com as queimadas”, relata Arruda. “Estamos solicitando esclarecimentos
daquilo que poderia ser melhorado”. Se aprovada, a medida atingirá sete propriedades, que serão obrigadas a deixar de produzir cana no espaço, assim que terminar o último corte da cultura. O vereador José Aguinaldo da Silva não concorda com a iniciativa do presidente. “O projeto tem que ser colocado em votação, cabe aos vereadores decidir se está adequado ou não”, argumenta. O projeto foi elaborado pelo executivo após dois incêndios de grandes proporções que atingiram os arredores do município nos últimos meses com a justificativa de proteger os moradores.
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30% do parque industrial da usina já foi desmontado, segundo procurador Cerca de 30% do parque industrial da extinta usina Santa Luiza já foi desmontado e levado pelo grupo comprador, proprietário da Usina Santa Helena, de Mato Grosso, de acordo com o procurador Sidnei Roberto Ferreira, da Usina São Martinho. “Eles tinham um projeto de utilizar os equipamentos para montar outra unidade, mas abortaram em virtude da crise de 2008”, aponta. “Agora estão retirando e vendendo aos poucos”, completa. Segundo Ferreira, não há previsão para término dos trabalhos. Após a desativação da indústria, em dezembro de 2007, o grupo que adquiriu a indústria, formado pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Bonfim, cri-
ARQUIVO CENÁRIO - DEZ 2007
Ideia inicial de aproveitar os equipamentos para montar outra unidade foi abortada por causa da crise
Empresas demonstram interesse em espaços físicos da usina Família adquire construções para utilizar como área de lazer
Área da indústria em foto tirada no dia do anúncio da desativação
aram a empresa Santa Luiza Armazenagem Geral, aproveitando os tanques e depósitos, com capacidade para estocar 52 mil
metros cúbicos de álcool e 82 mil e quinhentas toneladas de açúcar. Atualmente, dez funcionários trabalham no local.
Servidores municipais realizam Assembleia para criação de Sindicato Na ocasião, foi apresentado aos presentes o estatuto da entidade e realizada votação para a escolha dos membros da diretoria Servidores municipais realizaram no último dia 25 Assembleia Geral Ordinária com a finalidade de criação de sindicato dos servidores da prefeitura e da câmara municipal. Na ocasião, foi apresentado aos presentes o estatuto da entidade e realizada votação para a escolha dos membros da diretoria, com mandato de cinco anos. No total, 76 funcionários assinaram documento demonstrando interesse na fundação. Para a organização ser efetivada, é necessária a obtenção do CNPJ e a realização de um ca-
dastro na prefeitura. Também é obrigatório ter um endereço fixo, que funcione em horário comercial, com telefone, além de um advogado. A proposta da contribuição sindical é de R$ 13, descontada mensalmente da folha de pagamento dos servidores. A ideia inicial era criar uma extensão de base, por meio de um acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), com sede em Araraquara, que não aceitaram alegando baixo número de funcionários. “Sei que não vai ser fácil, mas esta é a forma
A presidente indicada Aparecida lê a ata para os presentes
que encontramos para lutar por nossos direitos”, destaca a técnica em enfermagem Aparecida Pereira dos Santos, indicada como presidente da organização.
Neste mês, uma empresa de Araraquara do ramo de metalurgia com potencial para oferecer 70 empregos chegou a negociar a utilização de um dos barracões da extinta Usina Santa Luiza, mas desistiu antes de se instalar. “Eles observaram maiores dificuldades trabalhistas por causa da distância com o município”, explica o presidente da Câmara José Carlos Francisco de Arruda, um dos políticos que intermediaram a negociação. Outra empresa, de Batatais,
fabricante de implementos agrícolas, também visitou as instalações e, segundo o Cenário apurou, ainda não definiu a aquisição. Lazer
Uma família de Matão adquiriu neste mês seis casas, o ambulatório, o bocha, o salão de festas, a quadra e a igreja, construções localizadas na área da extinta Usina Santa Luiza. O Cenário entrou em contato com um dos compradores. Segundo ele, os locais serão utilizados para lazer da própria família.
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Programas qualificam mão de obra local para o mercado de trabalho PEQ, desenvolvido pelo governo estadual, e RenovAção, pela UNICA e Feraesp, contam com apoio do município JAIRO FALVO
conhecimentos gerais e cidadania) e informática. O público alvo são pessoas desempregadas. Além de estudarem gratuitamente e receberem material didático e lanche, os participantes ganham uma bolsa auxílio de R$ 330. “O curso é muito bom, só não aprende se não quiser”, destaca o aluno Amauri Bazarin. “Enquanto não consigo emprego, continuarei estudando”, acrescenta. Desemprego no campo
O programa RenovAção, desenvolvido pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) em parceria com a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), iniciou no dia 23 de agosto curso de mecânico de colhedora, com a participação de 18 alunos, que estudam gratuitamente e ainda recebem material didático. O público alvo são trabalhadores rurais. “O programa foi idealizado a partir de um amplo acordo para minimizar o desemprego
Além do curso de costureira, realizado pelo Senai em parceria com a prefeitura de Motuca desde outubro de 2009, que já qualificou 252 pessoas, outras duas iniciativas prepararam mão de obra local para o mercado de trabalho. Ambos contam com apoio do município e estão sendo realizadas na Escola Adolpho Thomaz de Aquino. O Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ), realizado pelo governo do estado, iniciou no final de julho curso de eletricista resi-
dencial. A primeira turma, com 22 alunos, irá concluir a capacitação em cinco de outubro. “São noções básicas que proporcionam sustentação para que ingressem no mercado de trabalho. Depois depende deles aprimorarem o aprendizado para continuarem na profissão”, explica o instrutor Thiago Moraes Prado, da ETEC, do Centro Educacional Paula Souza, de Matão, que desenvolve o curso. Além das aulas práticas, são realizados reforços do ensino básico (português, matemática,
JAIRO FALVO
22 pessoas realizam curso de eletricista residencial
no campo em virtude do processo de mecanização que se desenvolve no setor sucroalcooleiro”, explica o instrutor Robson Roberto Galvão França, do Senai de Matão, entidade que desenvolve o curso em Motuca. Segundo ele, existe a perspectiva que 40% das 80 pessoas que estão sendo capacitadas na região sejam absorvidas. A Usina Santa Cruz, de Américo Brasiliense, também é parceira do programa. As aulas práticas serão realizadas na indústria. O aplicador de herbicida Everaldo Martins dos Santos, 38, revela que quer aproveitar a oportunidade de se capacitar para melhorar a qualidade de emprego e a renda. “A tecnologia está avançando e temos que acompanhá-la”, observa.
Curso de mecânico de colhedora é direcionado a trabalhadores rurais
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População estimada pelo IBGE não é atingida JAIRO FALVO
Município possui 4.286 moradores, de acordo com Censo demográfico, finalizado ontem do Município (FPM). “Estou decepcionado com estes números, pois acahava que poderíamos ultrapassar a estimativa”, destaca o vereador Renato Luiz Rateiro, que acompanhou o trabalho de recenseamento. “Ainda mais sobre o número de casas desocupadas. Tive conhecimento de várias pessoas que procuraram um lugar para alugar e enão encontraram”.
Autoridades esperavam um crescimento populacional maior
O município de Motuca possui 4.286 moradores, de acordo com pesquisa do censo demográfico, iniciada em julho e cuja coleta de dados terminou ontem (01/ 10). A quantidade é inferior à população de 4.691, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2009. O número de domicílios previstos também caiu, de 1.422 para 1.357. Segundo o censo, o município possui 74 casas desocupadas. (ver box ao lado). O fechamento da usina, em dezembro de 2007, é considerado o principal motivo pelo déficit. Autoridades políticas do município esperavam um crescimento populacional maior, que
ajudaria a aumentar os valores do repasse do Fundo de Participação
Dificuldade Segundo o agente censitário municipal Ricardo Pereira da Silva, a principal dificuldade encontrada no trabalho foi encontrar pessoas nas residências. “Em alguns domicílios, tivemos que voltar várias vezes para fazer a pesquisa”, relata.
Secretaria de Meio Ambiente atuará em programa de coleta seletiva O Programa de coleta seletiva “Recicla Motuca” passou a ser gerenciado neste mês pela Secretaria de Meio Ambiente do Município. Antes, a responsabilidade era da Assistência Social, que terá menor atuação. “Fizemos uma primeira reunião para conhecermos as reivindicações. Procuraremos melhorar o programa porque entendemos que é importante para o município”, aponta o secretário Jair dos Santos. A primeira iniciativa, segundo ele, foi oferecer gratuitamente às cinco integrantes do programa verduras e ovos produzidos no projeto “Eu no Sítio” duas vezes na semana. “Pretendemos
discutir com o prefeito a possibilidade de oferecermos um subsídio, além de a coleta também ser realizada nos assentamentos”, diz. O secretário também pretende estudar outro local para abrigar os materiais coletados, uma das principais reivindicações das integrantes. Esperança
A integrante Vani de Fátima Soares da Silva demonstra satisfação nesta nova etapa do projeto. “Esperamos que as coisas melhorem, pois nos falta apoio”, diz. “Esta é nossa última esperança. Se não der certo, buscaremos melhorias por nossa conta”, complementa.
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Lei estimula moradores a preservar arborização urbana Plantio, poda e supressão devem ser realizadas somente após autorização de secretaria JAIRO FALVO
sujeitos à multa ou prestação de serviços comunitários. A lei também preconiza aos interessados em obter o “habitese”, certidão emitida pela prefeitura para a construção de residências, a apresentarem projeto para plantio de árvores na calçada. Estudo realizado em abril demonstrou déficit de plantas no perímetro urbano. A prefeitura deverá criar viveiro de mudas ou firmar convênio com entidades para fornecê-las gratuitamente à população. “Esta é uma lei avançada para o presente, mas adequada para o futuro”, explica o técnico agrícola Pedro Vaz de Lima, responsável pela área ambiental na Secretaria. Viabilidade
Responsáveis por poda drástica poderão ser punidos com multa
A partir do mês de outubro, os moradores do perímetro urbano terão que respeitar diretrizes voltadas à preservação de árvores e áreas verdes, conforme lei aprovada pelo legislativo municipal, em oito de agosto.
Procedimentos como plantio, poda e supressão devem ser realizados somente após autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a partir de análise técnica. Aqueles que desrespeitarem a determinação estarão
Parecer da Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento, da Câmara Legislativa demonstrou preocupação quanto à viabilidade da lei, considerada complexa para Motuca. “O município tem condições de colocá-la em prática”, afirma o Secretário de Meio Ambiente Jair dos Santos. A pasta tem como objetivo conquistar o Selo Verde Azul, do governo do estado, que premia os municípios que conseguem atingir metas ambientais.
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Relógio da Igreja São Sebastião é substituído neste mês após 40 anos de uso
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Carlos Zocca, da Zocca Indústria e Comércio de Relógios, de Jaboticabal, empresa responsável pela substituição. Seu pai, o relojoeiro Laert Zocca, 81, foi quem construiu e instalou o antigo relógio, à corda. Para mantê-lo em funcionamento, era preciso subir a cada 15 dias um peso de aproximadamente 60 quilos utilizando uma manivela. Após a morte do colaborador da Igreja Nico Silva, em dezembro do ano passado, a tarefa passou a ser realizada pelo Padre Benedito, de 74 anos. “Eu não me importava em dar a corda. Para mim era um exercício”, relata o padre. Segundo ele, o antigo relógio representava a tradição da igreja. Iniciativa tem o objetivo de diminuir custos com manutenção
totalmente informatizado, pelo qual agora é possível incluir centenas de músicas e programar a execução. “Esta é uma tendência geral, pois além das facilidades proporcionadas pelo novo equipamento, evita-se gastos excessivos com manutenção”, aponta Luiz
Invenção
Segundo Laert Zocca, o relógio foi instalado por volta de 1971. A tecnologia foi inventada por ele, em 1958. “Adaptei a mecânica de um aparelho de parede, que tocava de forma programada, para um de sino. Um martelo acoplado ao equipamento o fazia soar”, Zocca revela que construiu e comercializou ao menos 90 relógios, em diferentes estados do país. “Toda cidade queria ter um relógio com sino, pois chamavam a atenção, mas agora está acabando”, lamenta.
“Tenho vergonha de dizer que fabrico relógios” JAIRO FALVO
Mecânico por eletrônico
Após aproximadamente 40 anos de uso, o relógio da Igreja São Sebastião, que funcionava mecanicamente, foi substituído neste mês por um eletrônico. Também foram trocados os mostradores, com números em alto relevo e iluminação própria, e o sistema de som passa a ser
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O relojoeiro Laert Zocca
Uma forte tradição familiar, proveniente do interior da Itália, levou Laert Zocca a seguir a profissão de relojoeiro, aos 14 anos, na empresa fundada por seu pai e um tio, no ano de 1926. “Certo dia, observei que
eles ficaram horas tentando, sem sucesso, consertar um relógio. Resolvi me esconder no banheiro da firma e quando saíram para descansar, fiz o aparelho trabalhar”, revela. Assim que retornaram e observaram o relógio funcionando, Zocca diz que teve medo de apanhar. “Naquele tempo, os jovens não se misturavam com os mais velhos”, diz. Para sua surpresa, porém, o pai lhe convidou a ajudá-lo na empresa, atualmente administrada por ele, juntamente com o filho. Segundo o Zocca, os avanços tecnológicos trouxeram prejuízos para a profissão. “Para dizer a verdade, hoje em dia tenho vergonha de dizer que fabrico relógios”, aponta. “A gente quebra a cabeça para construir um aparelho e um chip bem pequenininho faz todo o serviço”, lamenta.
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Copa dos Comerciários de futsal terminou ontem (1)
Atleta conquista duas pratas nos Jogos Paraolímpicos Estudantis Nadadora disputou com atletas que enxergavam parcialmente
Gabriela Marques Luiz
A final do da 1ª Copa dos Comerciários de Futsal, realizada pelo departamento de esportes do
município, terminou ontem (1), com a final entre S.S. Construtora e Bar do Gelson. Até o término desta edição do Cenário, a partida não tinha terminado. Construtora conquistou a vaga na final após vencer Bar da Cida por 3x2, na
última terça-feira (28). No mesmo dia, o Bar do Gelson venceu por 1x0 o Bar do Chapolim e também garantiu a disputa pelo título. A competição teve início no começo de setembro com dez equipes: Açougue do Batista, Ângelo Cabeleireiro, Auto Peças, Bar da Cida, Bar do Chapolim, Bar do Gelson, Bar do Jovito, Bar do Miguê, Bio Petro e S.S. Construtora. “É um dos melhores campeonatos que já tivemos”, acredita uma das organizadoras, Rosa Mara Fernandes. “Não ocorreram problemas com jogadores e nem árbitros”, ressalta. Os jogos aconteciam às terças, quartas e quintas-feiras, das 19h30 às 22h, no Ginásio de Esportes. “A população lotou o ginásio”, conta.
GABRIELA M. LUIZ
Competição “foi a melhor que já tivemos”, acredita uma das organizadoras do evento
Marielle representou pelo último ano a escola Adolpho
A atleta Marielle Legramandi Falvo, 18 anos, conquistou duas medalhas de prata nos Jogos Paraolímpicos Estudantis, que aconteceu de 7 a 10 de setem-
bro, em São Paulo. A jovem disputou nas categorias 100 m. costas e 50 m. livre com atletas que enxergavam parcialmente. “Esse ano foi o mais difícil para mim. A categoria 100 m costas é a que mais exige”, conta Marielle. Segundo a atleta, os Jogos Paraolímpicos é o maior evento do mundo na categoria. “Esse ano, teve cerca de 800 atletas de todo o Brasil”, afirma. A jovem representou pela última vez a escola Adolpho Thomaz de Aquino. Em 2009, Marielle foi campeã brasileira na categoria 100 metros livre, mesmo disputando com atletas que enxergavam parcialmente. Além do ouro, a atleta conquistou uma medalha de bronze na categoria 50 metros livre. G.M.L
Vôlei disputa semifinais da Liga de Orlândia Jogos podem acontecer a partir do dia 16 de outubro
Futsal Feminino é vice-campeão da Copa SESC Time disputou a final contra Tabatinga, dia 4 de setembro A equipe de futsal feminino de Motuca conquistou o vice-campeonato da 5º Copa SESC de Futsal Feminino, no último dia 4 de setembro. O título de campeão ficou com Tabatinga, que venceu Motuca na final por 4x3. A equipe da cidade saiu ganhando por 2x0, mas no final do jogo, Tabatinga virou e conquistou a vitória. “Nosso time cansou. Perdemos no pre-
paro físico”, acredita a técnica Rosa Mara Fernandes. Para Rosa, a final foi bem disputada. “O time titular de Tabatinga é o time da Ferroviária (de Araraquara)”, conta. Com a conquista do vice-campeonato, a técnica acredita que o resultado foi excelente e que a equipe precisa investir no físico. “Precisamos melhorar no preparo físico”, diz. G.M.L
O vôlei masculino de Motuca está classificado para as semifinais da Liga Pró-Voleibol de Orlândia. As categorias Sub-21 e Infanto classificaram-se em segundo lugar nas suas respectivas chaves e garantiram o direito de
disputar as semifinais em casa. Já o Infantil ficou em terceiro na chave e jogará as semifinais fora de casa. Os jogos acontecerão a partir do dia 16 de outubro, quando a organização da Liga marcar as datas das disputas. G.M.L