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Adriano Ribeiro POLÍTICA
Os “candidatos a vice” Nas bases
Considerando que o atual prefeito Alencar Mendes (União Brasil) vá à reeleição, resta na sua base de apoio a incógnita de quem poderia compor a chapa na condição de candidato a vice-prefeito. Independente de cenários, perfis e outros pesos na escolha, três nomes já desencadearam uma silenciosa queda de braço por espaços. Todos da Câmara de Vereadores.
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O primeiro deles na bolsa de apostas da polícia local é o vereador e secretário de Infraestrutura, Nego Tessaro (PSDB). A escassez de novas lideranças no campo de direita, transformou aquele que no passado era um simples cabo eleitoral das campanhas do ex-vereador Telmo Silva, no principal player na disputa pela vice no atual grupo político que comanda Caçador há anos. Tem envergadura política, capilaridade popular, equipe sob seu comando e, principalmente, condição financeira para bancar.
Também vereador, o ex-presidente do Legislativo Moacir D’Agostini (UB) igualmente está na disputa. Soube usar a presidência da Casa para ter visibilidade na classe mais alta da cidade e conta com um poderio político baseado em indicações políticas. São seus espaços valiosos como a secretaria de Educação, a Secretaria de Administração e a secretaria de Esporte e Turismo, além de dezenas de outros cargos. Mas, para se viabilizar, precisaria trocar de partido, uma vez que pertence ao mesmo que o prefeito.
Por fora, mais silenciosamente, mas com muita articulação corre o vereador Jean Carlo Ribeiro (PSD). Ribeiro, ao lado da vereadora Lidiane Cattani (PP) são os campeões em viagens na atual legislatura.
Sua estratégia é construir um mandato de resultados e de respaldo da política extra município para se viabilizar. Com uma estratégia mais agressiva na política local capitaliza desafetos, mas não se preocupa com isso. Pensa que a política deve ser do macro e não do micro. Alguns reveses da eleição do ano passado como a não eleição do ex-governador Moisés podem lhe atrapalhar.
Esses são alguns dos postulantes a vice do Alencar. Diria que são os mais comentados nos bastidores. Mas, há outros também, dentro da Câmara e fora dela. A eleição está distante ainda. Precisam entender eles que em política não existe “candidato a vice”. Existe candidato a prefeito que lá na frente vira vice. Esse erro na estratégia pode fazer dos três, defuntos nas agitadas ondas do mar da pré-campanha. Aguardemos!
Os detalhes mais simples mostram a diferença do político que faz política com vontade e porque gosta do que faz, daquele que faz por fazer. O deputado federal, Valdir Cobalchini (MDB) desde que assumiu em Brasília tem sentido na pele a distância da Capital Federal da sua base, que é toda Santa Catarina. Cobalchini sempre foi um político próximo das bases, adepto ao café, ao chimarrão e olho no olho de seus apoiadores e eleitores em todos os municípios do Estado. O mandato em
Brasília tornou essa rotina mais difícil, mas não a impossibilitou. Nesta semana Cobalchini retornou para SC como toda semana faz na quinta-feira e no mesmo dia à noite já estava em Macieira recebendo o título de Cidadão Honorário da cidade. Sabe que nunca pode perder esse contato com as bases e os municípios. Afinal de contas, político que não cuida da paroquia e que se afasta do povo, perde a bússola.
Estacionamento rotativo
A implantação do estacionamento rotativo nas ruas centrais de Caçador voltou ao debate na Câmara, após indicação do vereador Johny Marcos Tibes de Souza (MDB). Segundo ele, a falta deste serviço tem gerado caos no trânsito e prejuízos aos comerciantes locais. Para o vereador, há a necessidade de um estudo aprofundado sobre o trânsito e um planejamento efetivo para que as ações tenham êxito. Lembrou que a prefeitura chegou a reativar o estacionamento rotativo em 2020, com a fiscalização sendo feita por câmeras e sob a gestão da Guarda Municipal, mas que o modelo se mostrou ineficiente pelo pouco efetivo e tempo depois foi desativado.