Informe Verde - Edição Agosto 2019

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MEIO AMBIENTE

Comunidade celebra aniversário de 4 anos do Jardim Botânico de São José

Crianças recolhem lixo em praia da Capital PÁGINA 8

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PESQUISA

INFORME

Verde

Suplemento do Jornal Informe para divulgar as boas práticas de conservação ambiental na Região Metropolitana AGOSTO 2019 FLORIANÓPOLIS

Audiência sobre emissário submarino do Sul da Ilha será dia 10 de setembro PÁGINA 6

CAIXAS DE LEITE REUTILIZADAS VIRAM ELEMENTO DE CONTROLE SOLAR Desenvolvida pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Univali, em Florianópolis, técnica controla iluminação natural e garante melhoria do desempenho térmico PÁGINA 3


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COMCAP

Ensaio fotográfico no Museu do Lixo Artista Mhirley Lopes expôs durante o mês de agosto, no Jardim Botânico, coleção de imagens de trabalhadores da autarquia

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ensaio fotográfico “Os Essenciais” foi exposto no Jardim Botânico de Florianópolis, durante este mês de agosto. A artista Renata Domingues Mhirley Lopes fotografou empregados da Comcap no ambiente do Museu do Lixo. Com a técnica fotográfica lightpainting, que ilumina formas e faces, Mhirley duplicou os protagonistas. “Eles são mais do que o uniforme, são vários: garis, educadores, pedagogos, psicólogos, técnicos de informática, etc. Gostaria de os ter multiplicado, mas a dificuldade da técnica só permitiu a duplicação imediata. Uma restrição técnica, mas que gerou poesia”, aponta a atriz, dançarina, professora, com formação em Educação Artística e pós em Teatro. Os fotografados, na maior parte, são monitores da Divisão de Gestão Ambiental da Comcap que mantém os servi-

RETRATADOS NA DESCRIÇÃO DA ARTISTA MHIRLEY LOPES Valdinei Marques, auxiliar operacional Nascimento 16/10/1978 Admissão na Comcap 16/09/2002 “Nei, como todos o conhecem, é antes de tudo um artista visual. Faz esculturas de madeira, metal, plástico e qualquer outro material que chegar em suas mãos. É considerado o criador do Museu do Lixo - como ele mesmo diz, foi-lhe dado uma missão, e ele a cumpre com paixão e sapiência. É também pedagogo, criou uma dinâmica recreativa para envolver as crianças que visitam o museu, acredita no potencial do lúdico para esse momento de aprendizado, e se utiliza de técnicas teatrais para atrair a atenção de todos que por ali passam. Local: ateliê do Museu do Lixo.” Ricardo da Conceição, auxiliar operacional Nascimento 12/01/1974 Admissão na Comcap 03/11/2008 “Ricardinho para os colegas, é músico e educador ambiental. Um intelectual de sensibilidade admirável, procura tocar os corações dos visitantes, alertando sempre para a causa ambiental e a nossa responsabilidade em exigir mudanças da indústria. Trabalha apaixonadamente e não mede esforços em plantar uma sementinha de consciência ambiental nos corações dos visitantes. Sua veia artística enobrece a visitação, fazendo crianças e adultos perceberem a importância de uma mudança de visão de mundo, para uma sociedade menos injusta e mais sustentável. Local: biblioteca do Museu do Lixo.”

ços de sensibilização ambiental, cuida do Museu do Lixo e do Jardim Botânico de Florianópolis. “O trabalho tem essa qualidade porque eles foram

generosos comigo, compartilharam um pouco de sua história e de seus pensamentos. Foi uma troca, acho que isso é importante” diz o artista.

Adriana Luzia Fernandes, gari Nascimento 1º/04/1976 Admissão na Comcap 15/07/2002 “Drica é ex-gari, faz parte das primeiras levas de mulheres a entrarem na Comcap no serviço da coleta de lixo, junto com quatro mulheres que entraram no ano de 2002. É uma guerreira, trabalhou 13 anos no caminhão e hoje em dia faz parte da equipe do Ecoponto, onde recebe os materiais recicláveis, dos quais, alguns passam a complementar o acervo itinerante do Museu do Lixo. Tem um olhar apurado para o que possa ser interessante para o museu, é uma pessoa extremamente acessível e que às vezes sente falta do caminhão, como ela mesma diz: "a adrenalina que se tem naquele trabalho, não se encontra em lugar nenhum". Local: Ecoponto, área externa do descarte de materiais volumosos.” Marcelo Luiz Zapelini, auxiliar operacional Nascimento 26/10/1977 Admissão na Comcap 1º/10/2008 “Fotojornalista do Portal Desacato, Marcelo é, como dizem seus colegas, das mídias. Tem um linguajar técnico, de extrema importância, transmite dados concretos apurados, estatísticas meticulosas sobre a nossa realidade ambiental que nos chocam e levam-

nos imediatamente à reflexão do nosso modus operandi . Faz uma análise crítica da nossa atual situação ambiental e instrui, por meio de estratégias eficazes, os visitantes do impacto econômico e ambiental que causamos quando não separamos o lixo em nossas casas. Local: coleção de vinis do Museu do Lixo.” José Carlos Silva, o “Amado”, gari Nascimento 23/08/1964 Admissão na Comcap 1º/04/1986 “Amado, como todos o chamam, é patrimônio histórico e cultural da Comcap. Trabalha ali há 31 anos, dos quais 25 foi gari. Trabalhou nos morros e na coleta seletiva, hoje em dia faz a divulgação da Coleta Gratuita de Resíduos Volumosos na cidade de Florianópolis, chega a percorrer dezesseis quilômetros por dia, comunicando as datas de coleta, para que os cidadãos se programem e não joguem em ribanceiras sofás, geladeiras, armários, etc. Todos os colegas exprimem enorme carinho ao falar de Amado, conferem-lhe uma personalidade radiante, e manifestam um profundo respeito à sua pessoa. Quando faz atendimento às instituições que vêm visitar o Museu do Lixo, mostra todo o trabalho de recuperação ambiental que tem sido feita naquela área há mais de 15 anos. Local: Museu do Lixo, biblioteca.” Murilo Manoel Silva, gari Nascimento 18/01/1976 Admissão na Comcap 24/04/1997 “Também ex-gari, trabalha na Comcap há 21 anos, e passou 18 no caminhão da coleta de lixo. Viu a sociedade mudar a sua relação com o lixo e com os profissionais que gerenciam resíduos, o que antes era vergonhoso, passou a ser procurado e disputado: "hoje em dia, quando abre concurso para gari, tu vês a quantidade de gente querendo entrar". Trabalha no Centro de Valorização de Resíduos, faz de tudo, varre, faz manutenção do local, etc. Como ex-gari, é de grande consciência ambiental e está sempre preparado para informar e auxiliar as pessoas que chegam no Ecoponto. Local: Ecoponto, área interna.” Leonardo Maboni, foi estagiário da Comcap entre 14/12/2017 e 30/11/2018 “Leo é o estagiário, graduando em Engenharia Ambiental, esteve por quase um ano. Aprendeu com cada um deles, tenta fazer da sua dinâmica, um resumo das três abordagens, e dessa forma empenha-se em maximizar a visitação. No entanto tem o seu próprio jeitinho, incorporando as referências artísticas de Nei e Ricardinho, sem deixar de passar os dados categóricos que Marcelo informa. Já se sente parte da história do museu, e sempre busca no Ecoponto, algo interessante que possa integrar o acervo itinerante daquele lugar. Local: corredor com máscaras e mídias do Museu do Lixo.


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PESQUISA

Caixas de leite reutilizadas viram elemento de controle solar

Desenvolvida pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Univali, em Florianópolis, técnica controla iluminação natural e garante melhoria do desempenho térmico

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lunos e professores do Laboratório de Conforto Ambiental (Laca) do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Escola de Artes, Comunicação e Hospitalidade, do Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Florianópolis, desenvolveram uma solução criativa para impedir a incidência direta de radiação solar. Os jovens reutilizaram caixas de leite e suco para criar um quebra-sol (ou brise-soleil). Normalmente esse tipo de dispositivo arquitetônico integra a fachada das edificações. Na solução desenvolvida por Rafael Prado Cartana, professor e coordenador do Laca/Univali, e aplicada pelo grupo de alunos do laborató-

rio, durante uma oficina, as caixas de suco e de leite foram cortadas e coladas, em ângulo, para promover, pela área interna do ambiente, a obstrução da radiação solar direta, causar o mínimo de restrição visual e permitir boa admissão de luz natural. Por meio de modelagens e simulações computacionais o grupo calculou qual o efeito da aplicação dos modelos na janela do espaço. "Consideramos as características do material utilizado, suas possibilidades geométricas de montagem e composição, associadamente ao seu desempenho térmico e lumínico"", diz Rafael Prado Cartana, professor e coordenador

do Laca/Univali. Ele explica, ainda, que as simulações demonstram, para diferentes datas e horários, que o sistema proposto evita a admissão direta de sol e que os testes já realizados demonstraram que, com a aplicação do método, tanto a iluminação quanto a sensação térmica do ambiente foram melhoradas. Em 2018, o mesmo grupo utilizou técnicas de dobraduras de papel para reduzir a incidência direta de radiação solar em seu próprio laboratório<https ://www. univali.br/noticias/Paginas/ dobradura-de-papel-vira-elemento-de-controle-solar-em-laboratorio-da-univali.aspx>.

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POR MEIO DE MODELAGENS E SIMULAÇÕES COMPUTACIONAIS O GRUPO CALCULOU QUAL O EFEITO DA APLICAÇÃO DOS MODELOS NA JANELA DO ESPAÇO FOTO DIVULGAÇÃO

CONTINUA A RENOVAÇÃO DE FROTA DA COMCAP

Recuperação da frota da Comcap Já estão no pátio dois caminhões caçamba que serão usados pela Divisão de Remoção da Comcap. Fazem parte do lote de investimentos com recursos próprios autorizado à Comcap pela

Prefeitura de Florianópolis no início do ano. “A recuperação da frota da Comcap se dá a olhos vistos. Com novas aquisições e com consertos feitos pela talentosa equipe do Departamento

de Manutenção e Transporte”, elogiou o presidente Márcio Alves. Na oficina, já estão prontos dois reboques e está entrando em linha o terceiro. “Estamos nos preparando para o verão”, assegura ele.

ton/25 ton em produção 1 caminhão sucateiro vidro 23 ton/30 m³em produção 3 caminhões compactadores 23 ton/19 m³ em produção 2 retroescavadeira 4x4 já em uso Mais: 4 quadriciclos 4x4 já em uso

3 caminhonetes cabine simples para fiscalização 4x2 já em uso 6 reboques metálicos 500 kg já em uso 100 contentores de 240 litros para uso na limpeza pública já em uso 2 caminhonetes para coleta de orgânicos em processo de aquisição.

SAIBA MAIS: Total R$ 5,3 milhões 20 veículos, seis reboques, 50 roçadeiras e 65 caixas estacionárias Destes, 10 equipamentos são de grande porte: 2 caminhões caçamba 16 ton/5 m³ acabam de chegar 2 caminhões roll-on-roll-off 23


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MEIO AMBIENTE

Comunidade celebra aniversário de 4 anos do Jardim Botânico de São José

Festividade foi marcada pela entrega do Jardim Sensorial, além de programação cultural e de lazer

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oradores, visitantes e autoridades participaram das comemorações do aniversário do Jardim Botânico Municipal de São José, que celebrou quatro anos de existência na tarde do último dia 17 de agosto, em Potecas. O evento foi marcado pela entrega oficial do Jardim Sensorial, composto por mais de 50 espécies com o objetivo de oferecer inclusão social por meio de um passeio repleto de sensações e novas experiências para pessoas com deficiência e toda a comunidade. O procurador Geral do Município, Rodrigo João Machado, que representou a prefeita Adeliana Dal Pont durante a festividade, lembrou a importância da Fundação Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FMADS), órgão responsável pelo Jardim Botânico e também pelas ações de desenvolvimento sustentável. “A entrega do Jardim Sensorial representa mais um passo importante que a FMADS dá para ir ao encontro daquilo que São José deseja para o seu futuro: o desenvolvimento sustentável, ambientalmente correto e, agora, também inclusivo”, disse Rodrigo. O evento foi ainda marcado pela realização da edição especial do Bairro em Movimento que trouxe atrações culturais, artísticas e de lazer para a sede do Jardim Botâ-

saltou o presidente da Câmara, Michel Schlemper.

nico. Durante a tarde festiva, foram distribuídas mudas de espécies variadas e o público pode conferir uma feirinha de produtos orgânicos, além da apresentação das contadoras de histórias Lígia Barreto da Silva e Vera Lucia Sabino que apresentaram no anfiteatro as histórias das personagens Tic e Tac - As Fadas do Tempo. “É uma alegria imensa festejar este dia tão especial junto com a comunidade josefense, pois o Jardim Botânico é um espaço de todos. É um ambiente importante, instrumento de estudo e preservação de espécies nativas em nossa cidade e deve ser desfrutado por toda a comunidade. Por isso, meu desejo é que vocês usufruam deste espaço e também ajudem a preservá-lo”, reforçou a superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Fernanda Diniz Farias, ao agradecer a sensibilidade da prefeita Adeliana Dal Pont em apoio

às ações da FMADS, além do empenho e trabalho de todos os servidores da Fundação. O público presente pode experimentar as sensações provocadas pelas experiências do Jardim Sensorial. Formado por 50 espécies cultivadas, o novo espaço foi projetado com comunicação visual feita em Braile e acessibilidade para que deficientes visuais e cadeirantes possam visitá-lo, explorando o tato, olfato, audição e paladar ao longo do túnel de parreiras e plantas comestíveis. “A entrega do Jardim Sensorial é uma ação muito bonita, importante, de respeito, inclusão e que traz dignidade. Por isso, compartilho com a comunidade o reconhecimento da Câmara Municipal ao trabalho que a gestão e toda a equipe da FMADS desenvolvem no município. Parabenizo ainda os avanços e conquistas para o meio ambiente da cidade, frutos do trabalho de todos vocês”, res-

NOVO JARDIM SENSORIAL Dezenas de famílias, que participaram da programação festiva de aniversário do Jardim Botânico, chegaram curiosas e ansiosas para conhecer o novo Jardim Sensorial. A família da moradora de Potecas, Melissa Valim, de 39 anos foi uma delas. “Gostamos muito do Jardim Sensorial, principalmente, pela experiência que ele proporcionou para as nossas crianças fazendo com que elas tivessem contato direto com a natureza, assim como tínhamos quando éramos crianças na casa da vó. É isto que este espaço me faz lembrar; da casa minha vó. As crianças adoraram e eu achei incrível”, disse Melissa, que estava acompanhada do marido Márcio e dos filhos Giovana e Pedro. O Jardim Sensorial foi construído por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a iniciativa privada. A empresa Bassas Empreendimentos Imobiliários foi responsável pela confecção e instalação das placas de identificação dos canteiros com sistema de leitura em português e braile. A terraplanagem foi feita pela empresa Brasil Entulhos e a OK Construções e Incorporações executou a pavimentação e a proteção de guarda corpo no local. Já o Grupo Cassol implantou os

canteiros e floreiras. A celebração de aniversário do Jardim Botânico contou com a presença do vereador Orvino Coelho de Ávila; do diretor de Unidade de Conservação, Sérgio Stähelin; secretários e servidores municipais; moradores; visitantes; imprensa, e demais representantes da comunidade. O JARDIM BOTÂNICO O Jardim Botânico de São José possui 160 mil m² de mata atlântica preservada e foi inaugurado no dia 14 de agosto de 2015 sendo o primeiro Jardim Botânico de Santa Catarina. O espaço é reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente e integrante do Sistema Nacional de Jardins Botânicos (SNJB), o espaço é um importante instrumento de estudo e preservação de espécies nativas da flora brasileira. A unidade conta com uma sede administrativa, anfiteatro para eventos de educação ambiental, trilhas ecológicas, estufa com vegetação nativa e um herbário, além de uma coleção científica composta por amostra de plantas secas, semelhante a um museu de espécies. O Jardim Botânico de São José fica aberto à visitação de segunda a sábado, das 9h às 17h, sendo que as visitas em grupos devem ser agendadas pelo telefone (48) 3381-0040. A unidade está localizada na Rua Cauassu s/nº, no bairro Potecas. A entrada é gratuita.


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CAR

Customização do sistema avança e deve ser concluída em setembro

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Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) avança mais uma etapa para a customização do sistema do CAR, o Cadastro Ambiental Rural, fundamental para regularizar a situação das propriedades rurais perante a lei, o que possibilita benefícios como redução de multas e liberação de créditos rurais. O desenvolvimento do sistema entra na reta final com cerca de 70% concluído. Para isso, a equipe do IMA e da Universidade de Lavras, de Minas Gerais, contratada para desenvolver o sistema, atuam em parceria. Durante os dias 20 a 23 de agosto, na sede do Instituto, em Florianópolis, o grupo trabalhou nas etapas de análise dinamizada, retificação automática e PRA, bem como discussão da estratégia de treinamento para utilização do sistema pelos analistas. A customização é necessá-

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NOS DIAS 20 A 23 DE AGOSTO, NA SEDE DO INSTITUTO, EM FLORIANÓPOLIS, O GRUPO TRABALHOU NO PROCESSO

ria porque o sistema nacional não atende às características de Santa Catarina. A plataforma exclusiva é construída de acordo com as especificidades do estado. Contém informações como banco de dados com imagens de alta resolução, refinamento da base

hidrográfica estadual, dados das unidades de conservação estaduais e municipais, terras indígenas, entre outros. O sistema começou a ser desenvolvido em março de 2019 e deve encerrar em setembro. Com o sistema concluído, o IMA vai iniciar o processo de

análise dos cadastros. O que deve ocorrer de forma automática e, consequentemente, mais rápida. O Serviço Florestal Brasileiro selecionou os estados do Pará e de Santa Catarina para participar do projeto piloto da análise dinamizada do CAR. Desta forma, o sistema custo-

mizado do IMA será integrado ao sistema dinamizado, o que vai possibilitar maior agilidade na análise dos cadastros, sem afetar a qualidade e segurança da verificação. Todo crédito rural vai ser liberado a partir desta análise do CAR. CAR CAR é o cadastro ambiental rural, todas as propriedades rurais precisam cadastrar as Apps, reserva legal, remanescentes florestais, áreas consolidadas existentes em suas propriedades. As áreas a serem recuperadas também serão cadastradas e os proprietários terão um tempo para fazer a recuperação, em contrapartida, as propriedades que estão cadastradas e que aderiram ao programa de regularização ambiental (PRA), terão acesso a créditos bancários rurais e diminuição de multas.

18 mil estudantes participam de hortas escolares em Florianópolis Salsa, alface, cebolinha, tomate, cenoura, beterraba, couve, pimentão, rúcula, agrião, alecrim. Esses são alguns dos produtos das 69 hortas escolares da rede municipal de ensino de Florianópolis. Uma ferramenta pedagógica para trabalhar a educação ambiental e alimentar com 18 mil estudantes da educação básica. “Trata-se de um laboratório vivo, que proporciona que o conhecimento seja construído de forma interdisciplinar, com significado real, unindo teoria e prática”, destaca o Secretário de Educação Maurício Fernandes Pereira. A horta escolar, pelo manuseio com a terra e do cultivo, permite aos estudantes perceberem todo o processo, do plantio até a colheita, e a necessidade do constante cuidado com as plantas. Conforme a nutricionista do Departamento de Alimentação Escolar (DEPAE) da Secretaria de Educação da Capital, Renata Faust, os estudantes também podem degustar os alimentos, sendo estimulados a experimentar verduras e legumes que eles mesmos plantaram, estimulando a adoção de hábitos alimentares saudáveis, a responsabilidade com o consumo consciente e a redução e descarte adequado dos resíduos. No trabalho com a horta, to-

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NEIM IRMÃO CELSO, NA AGRONÔMICA

das as pessoas que compõem a comunidade escolar podem contribuir, são necessárias e desempenham uma importante função: cozinheiras, professores, corpo técnico-pedagógico, gestores públicos, estudantes, agricultores familiares e a comunidade externa da escola. Das 69 hortas escolares, 16 estão localizadas nas escolas básicas municipais, 48 nos núcleos municipais de educação Infantil (NEIM’s) e 5 nos núcleos de Educação de Jo-

ESCOLA INTENDENTE ARICOMEDES DA SILVA, NA CACHOEIRA DO BOM JESUS

vens, Adultos e Idosos (EJA). HORTAS URBANAS A Secretaria Municipal de Educação (SME) participa do Colegiado do Programa Municipal de Agricultura Urbana (PMAU), criado pelo Decreto Municipal nº 17.688 de 2017, que tem como uma de suas prioridades o incentivo ao cultivo de hortas urbanas em espaços públicos, comunitários ou residenciais, como quintais, terraços, tetos, sacadas, esco-

NEIM MARIA ELENA DA SILVA, NOS INGLESES

las, creches, centros de saúde, centros de assistência social, entre outros. Além do desenvolvimento de atividades pedagógicas, lúdicas e terapêuticas para a população geral, priorizando estudantes, idosos e pessoas com deficiências. Pensando na temática ambiental, a SME criou o Comitê Intrassetorial de Educação para Sustentabilidade através da Portaria SME nº 179/2019 para normatizar os procedimentos relativos à organização de temas

relacionados ao assunto na rede municipal de ensino. SAIBA MAIS: Vantagens de ter uma horta na escola - Promove estudos, pesquisas, debates e atividades sobre as questões ambiental, alimentar e nutricional; - Estimula o trabalho pedagógico dinâmico, participativo, prazeroso, inter e transdisciplinar; - Proporciona descobertas; - Gera aprendizagens múltiplas; - Integra os diversos profissionais da escola por meio de temas relacionados com a educação ambiental, alimentar e nutricional.


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Quatro corujas são tratadas no CETAS Hora de voltar para casa. Após dois meses recebendo os cuidados e carinho da equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) quatro corujas-da-igreja ou suindaras, mãe e três filhotes, retornaram à natureza. Os animais chegaram ao Cetas, localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis, no dia 1º de junho e foram os primeiras pacientes atendidos pela equipe do Instituto Espaço Silvestre, organização que na mesma data assumiu a gestão do Centro. Segundo relatos, as corujas foram resgatadas no município de Massaranduba, no norte catarinense. Ao chegar, a mãe estava bastante apática. No período de reabilitação fêmea e filhotes permaneceram o tempo todo juntos. Os pequenos aprenderam, in-

clusive, a caçar. Agora devidamente recuperados e maiores voltaram para a natureza. CETAS As corujas são apenas alguns dos cerca de três mil animais que chegam por ano ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), no Parque Estadual do Rio Vermelho, Unidade de Conservação Estadual administrada pelo IMA. Os animais são encaminhados ao local por diversas situações, principalmente, apreensão por tráfico, cárcere, animais machucados ou entregas voluntárias. No CETAS recebem todo tratamento e cuidado necessários. Muitos, após a reabilitação, são devolvidos ao habitat natural. Alguns não podem mais retornar e são encaminhados para locais adequados e seguros.

NA FOTO, A EQUIPE DO INSTITUTO ESPAÇO SILVESTRE REALIZANDO O PRIMEIRO ATENDIMENTO

SOCIAL

Comcap conta com grupo de ajuda mútua “Mulheres e Vivências” A médica Maria Rosa Pacheco coordena o grupo de mulheres e misto para dependentes químicos

A

médica do trabalho Maria Rosa Pacheco reativou neste mês de agosto o grupo “Mulheres e Vivências” da Autarquia de Melhoramentos da Capital (Comcap). Desta sessão, participaram 11 mulheres e o principal tema tratado foi o perdão. Maria Rosa abre um espaço de conversa sobre sentimentos, pensamentos e vivências das mulheres que trabalham com limpeza pública e coleta de resíduos. “Ela é uma médica de verdade, cuida da saúde das pessoas”, comentou Rita de Cássia Martins. “É nota mil, melhor investimento da Comcap”, completou Samanta Mariano Rodrigues. Hoje as trabalhadoras já percebem o reconhecimento das pessoas pelo papel que desempenham na sociedade, mas ainda se sentem invisíveis sob o uniforme. “Tem gente que vem pra cima, nem nos enxerga varrendo a rua. A gente olha para o chão e quando vê já foi meio que atropelada”, contou uma das participantes. “Outro dia, pesquei um cidadão com o cabo da vas-

FOTO DIVULGAÇÃO

GRUPO LEVA UMA SÉRIE DE INFORMAÇÕES PARA MULHERES

soura. Fiquei envergonhada, me desculpei, mas ele reconheceu que estava desatento”, acrescentou Magnólia Laurentino. “Trabalhamos muito sozinhas, sentimentos falta de comunicação”, disse Lucélia Rasveiler Souza. No grupo também são partilhadas vivências pessoais e familiares com o propósito de ajuda mútua. No encontro, por sugestão da gerente de Segurança e Medicina do

Trabalho, Cléria Winck Dias, foi trabalhado o texto A vida , do alemão Bert Hellinger, psicoterapeuta e escritor de 93 anos, pioneiro das Constelações Familiares. A médica também coordena na Comcap o Grupo de Apoio Mútuo (GAM) que reúne dependentes químicos em recuperação ou que desejam se tratar. Esse grupo, para homens e mulheres encontra-se uma vez ao mês.

Audiência sobre emissário submarino do Sul da Ilha será dia 10 de setembro O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) realiza no dia 10 de setembro, às 19h, Audiência Pública para apresentação e discussão do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do projeto do Sistema de Disposição Oceânica do Sul da Ilha, mais conhecido por emissário submarino. O encontro que ocorre no Colégio do Campeche, localizado na SC-405, é o momento em que o IMA conhece e registra as manifestações da população sobre o empreendimento. A audiência pública sobre o Sistema de Disposição Oceânica do Sul da Ilha vai ocorrer no dia 10 de setembro, a partir das 19h, no Colégio do Campeche, localizado na SC 405. Emissário Submarino é uma tubulação que leva o efluente

final de uma Estação de Tratamento de Esgotos até um local que tenha condições ambientais favoráveis para sua assimilação pela natureza. O emissário não é uma estação de tratamento, mas sim um equipamento para disposição final de efluente já devidamente tratado. O Sistema de Disposição Oceânica do Sul da llha, segundo projeto apresentado pela Casan ao IMA, visa ampliar a rede de esgotamento sanitário de Florianópolis e das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) por meio da implantação de tubulação subterrânea com comprimento de aproximadamente cinco mil metros, em um eixo perpendicular à linha da costa localizado ao norte da Ilha de Campeche e distante 5.300 metros da mesma.

O Projeto Segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a construção do sistema será feita pelo método não destrutivo

“Pipe Jacking”, devido ao seu menor impacto socioambiental. Na faixa inicial, entre as dunas e a zona de arrebentação, a tubulação é de concreto,

enquanto após a zona de arrebentação a tubulação inserida será de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), ancorada no assoalho marinho com a ajuda de blocos de concreto. O diâmetro da tubulação será de 90 cm. Os últimos 175 metros serão utilizados para alocação de 50 difusores, espaçados a cada sete metros, que farão a dispersão do efluente tratado de forma a evitar passivos à hidrodinâmica local. Estima-se que a construção do Sistema de Disposição Oceânica tenha um custo de R$ 190.000.000,00 e ocorra em um prazo de 27 meses. O EIA/RIMA que apresenta as características do projeto está acessível em http://www. ima.sc.gov.br/index.php/licenciamento/consulta-eia-rima.


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OBRA

Prefeitura inicia alargamento da faixa de areia de Canasvieiras O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, entregou dia 21 de agosto a ordem de serviço pra iniciar a obra do engordamento da praia de Canasvieiras FOTO DIVULGAÇÃO

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prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido), entregou a ordem de serviço pra iniciar a obra do engordamento da praia de Canasvieiras dia 21 de agosto. O ato ocorreu na pizzaria “Sabor Pizza”, no bairro. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) emitiu a licença final de autorização no dia 20. “Nossa equipe trabalhou incansavelmente todos os dias para obter essa autorização e darmos início, finalmente, a essa obra tão importante para a nossa cidade, tanto no aspecto turístico quanto de oportunidades e geração de renda para a próxima temporada de verão. É uma obra histórica e pioneira em Florianópolis”, acrescenta o prefeito Gean Loureiro. O projeto a ser executado em um prazo de até 120 dias pela empresa DTA Engenharia Ltda prevê o “engordamento” da praia de Canasvieiras no trecho que vai de

os técnicos realizaram a análise de forma célere visando a importância do projeto para a região Norte da Ilha. A próxima etapa é a Licença Ambiental de Operação (LAO) que deve ser solicitada durante o prazo de validade da LAI, 24 meses. Após cumpridas as condicionantes ambientais, o IMA emite a LAO, terceira e última licença necessária para o empreendimento.

PREFEITURA INICIA OBRA DE ALARGAMENTO DA FAIXA DE AREIA DE CANASVIEIRAS

Canajurê até o Rio do Brás, beneficiando 2.325 metros. A estimativa é a de que a orla receba um volume total de 344.685,97 m³ de areia fina de cor e espessura semelhantes à existente, material que será dragado de jazida submarina localizada a uma distância de 1,4 km da praia. Com isso, a faixa de areia utilizada para lazer passará a ter, inicialmente, em torno de 40 a 50

metros de largura, e de 30 a 35 metros, quando estabilizada. A obra tem investimento de R$ 10.517.610,60. LICENÇA DO IMA O IMA emitiu dia 20 de agosto a Licença Ambiental de Instalação (LAI) para o projeto de engordamento da Praia de Canasvieiras. A licença possibilita o início das obras de alimentação artifi-

cial da orla. Para a emissão da Licença Ambiental de Instalação, a segunda de três licenças que são necessárias para a operação do projeto, a equipe do IMA realizou uma força tarefa, convocando, inclusive, reunião extraordinária da Comissão Regional de Licenciamento. Após a entrega de boa parte da documentação no final de julho e o restante em agosto,

O PROJETO Em Florianópolis, a proposta de engordamento da Praia de Canasvieiras, uma das mais procuradas do litoral catarinense, consiste na execução de um aterro hidráulico, ao longo de toda a orla, numa extensão total de 2.325 metros. Com isso, a faixa de areia chegará a ter, inicialmente, em torno de 40 a 50 metros de largura e, depois de estabilizada, de 30 a 35 metros. A área para o aterro será proveniente de uma jazida submersa situada na mesma baía, a cerca de 1,5 km da praia. FOTO DIVULGAÇÃO

Crianças recolhem lixo em praia da Capital A segunda-feira foi divertida e de conscientização para um grupo de estudantes do Ensino Infantil do Colégio Energia Florianópolis. A turma composta por crianças com idade entre 2 e 5 anos, viveu uma aventura cheia de aprendizados na praia de Jurerê. Eles passaram a tarde recolhendo lixos como plástico, madeira, re-

síduos que não oferecessem perigo e encontraram, até mesmo, uma carcaça de tartaruga. “Foi uma tarde animada e produtiva, os alunos colocaram em prática tudo aquilo que conversamos em sala de aula. Eles são importantes multiplicadores de uma nova consciência ambiental”, explica Rosemeri Linhares, coordenadora pe-

dagógica do Colégio Energia. Esta atividade faz parte do projeto investigativo Tudo fica aqui dentro, no Planeta não tem lá fora! A saída a campo é uma das atividades mais aguardada pelos alunos. “Queremos mostrar às crianças que o consumo exagerado é prejudicial ao meio ambiente e que cada um de nós pode transformar o futuro”, completa Rosemeri. ROSEMERI LINHARES

PROJETO DO COLÉGIO ENERGIA ESTIMULA A CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL EM ALUNOS DE 2 A 5 ANOS

Mutirão limpa a Praia do Leal, no Estreito A comunidade se uniu e com apoio da Comcap e demais órgãos governamentais realizou dia 24 de agosto um grande mutirão de limpeza da Praia do Leal, bairro Estreito, na região Continental da Capital. Com a remoção de palafitas e casebres que existiam naquela região, restaram os entulhos das antigas moradias, além de lixos variados. “O povo atendeu ao chamado e se reuniu cedo: às 7h da manhã já tinha gente.

Quando o cidadão se une, a cidade muda! Vamos em frente”, comentou um dos organizadores, Gonzalo Pereira. “Agradecimentos também para os pescadores da Ponta do Leal; gurizada da UFSC; Rede Somar; moradores do Residencial Ponta do Leal; trabalhadores da Comcap; Floram, Fundação Municipal do Meio Ambiente, SMDU, PMF; entre tantos outros que botaram a mão na areia e ajudaram a limpar a praia”, complementa.


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