
3 minute read
Orquestra da Slan prepara turnê musical pelo estado
Naquele início, foi possível comprar alguns instrumentos e logo a iniciativa foi consolidada.
LAJEADO
Em consulta pública, Lajeado recebeu mais de 100 demandas culturais
Imigrante R$ 50,4 mil
Lajeado R$ 730,8 mil
VALE DO TAQUARI
Ogoverno de Lajeado e o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) promoveram consulta pública sobre a Lei Paulo Gustavo, que encerrou no dia 2 de julho. O município deve receber mais de R$ 730 mil em razão da lei, sendo R$ 520 mil destinados ao setor do audiovisual e R$ 210 mil para as demais manifestações culturais.
De acordo com o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Reckziegel, a consulta teve mais de 100 respostas. A maioria, para a área audiovisual. As propostas foram apresentadas na quinta-feira, 6, na Casa de Cultura de Lajeado. Ao todo, o valor destinado aos municípios do Vale é de R$ 3,9 milhões. Com a inscrição dos projetos na lei, eles serão avaliados, para então receber a verba. “Eles têm alguns dias para aprovar e depois temos um prazo para elaborar os editais e publicar os chamamentos”, destaca Reckziegel. O edital deve ser publicado ainda em julho e o repasse feito até o fim do ano.
A normativa foi criada para incentivar a cultura e garantir ações emergenciais, em especial para trabalhadores que foram afetados pelas consequências da pandemia de covid-19 no Brasil. A consulta teve o objetivo de mapear a cena cultural do município que se enquadra na lei e servir de subsídio para a elaboração do projeto submetido à análise do Ministério da Cultura para o posterior repasse das verbas federais.
O valor será destinado a artistas, produtores, agentes culturais, entidades, empresas, espaços culturais e sociedade civil.
Saiba a lei
A Lei Complementar (LC) nº 195, de 8 de julho de 2022, é conhecida popularmente como Lei Paulo Gustavo (LPG), em homenagem ao artista de mesmo nome que foi vítima de covid-19. A sua morte gerou comoção nacional
Marques de Souza R$ 56,5 mil
Muçum R$ 63,3 mil
Nova Bréscia R$ 52,1 mil
Paverama R$ 88,1 mil
Poço das Antas R$ 43,5 mil
Pouso Novo R$ 39,9 mil
Progresso R$ 72,1 mil
Putinga R$ 55,6 mil
Relvado R$ 43,2 mil
Roca Sales R$ 118,6 mil
Santa Clara do Sul R$ 75,7 mil
Sério R$ 42, mil
Tabaí R$ 62, 3 mil
Taquari R$ 253,9 mil
Teutônia R$ 314,6 mil
Travesseiro R$ 45 mil
Vespasiano Corrêa R$ 41,2 mil
Westfália R$ 50 mil
VALE DO TAQUARI R$ 3,9 milhões com forte atuação da classe artística e da sociedade em defesa da categoria. A criação desta lei teve como principal motivação a crise econômica vivida pelo setor cultural como consequência do contexto de pandemia.
Dar oportunidade a crianças e adolescentes e ensinar um novo instrumento é o objetivo da Orquestra da Slan. Criado há 10 anos, o projeto contempla cerca de 50 alunos que também se apresentam pela comunidade. Com ensaios nos três centros da instituição, agora, o grupo se prepara para uma turnê, financiada pela Lei Rouanet de incentivo à cultura, do governo federal.

A iniciativa “Slan Música Instrumental” foi inscrita no programa no ano passado e começou a funcionar em junho de 2023. Além das oficinas, que também permitem a participação de outros músicos iniciantes da instituição, que não se apresentam, o projeto foi contemplado com valores para a compra e manutenção de instrumentos, transporte e lanche para os estudantes. O valor do repasse é de cerca de R$ 457 mil, para execução em 12 meses, com o pagamento de três profissionais para os ensaios e oficinas, e a turnê com seis apresentações pelo estado. Ainda, os participantes recebem uniforme e mochila.
Visibilidade e reconhecimento
Instrutor da orquestra desde o primeiro ano, Alex Fabiano Duarte conta que o grupo começou como um projeto do Banco do Brasil, renovado com os anos.
O objetivo era compartilhar conhecimento e trabalhar organização, comprometimento e trabalho em grupo com a formação da orquestra. Ao longo dos anos, o projeto foi contemplado com outras iniciativas e incentivos para continuar em funcionamento.
Bateria, guitarra, contrabaixo, violão, saxofone, teclado, trompete, entre outros instrumentos fazem parte da orquestra, assim como o coral. Com alunos dos três centros da Slan: Nora Oderich, Lenira Klein e Pedro Albino Müller, os ensaios eram feitos de forma separada.
Agora, o novo projeto permite o transporte dos estudantes até o bairro Centro, duas vezes no mês, para que tenham a oportunidade de aprender em conjunto. Duarte também organiza a agenda para a turnê, com o contato e escolha dos municípios que recebem a apresentação.
“Para a instituição, esse projeto resulta em visibilidade e reconhecimento, já que a gente pode levar o nosso trabalho para fora, para ser conhecido”, destaca o professor.
Ele diz que para as crianças, as apresentações são recompensas pelos ensaios durante tantos meses. “Elas aguardam desde o primeiro dia esse momento. Quando começam, já perguntam o dia que vão se apresentar”.
O projeto tem o patrocínio de Faros, Docile, Atlas Brasil Calçados, Calçados Beira Rio e Bebidas Fruki.