Lajeado, sexta-feira, 2 de setembro de 2016 Ano 14 - Nº 1670 Avulso: R$ 2,00 Fundado em julho de 2002 Fechamento da edição: 21h
ZONEAMENTO URBANO DE LAJEADO
COLINAS
Candidatos realçam agricultura Irineu Horst (PMDB) e Sandro Herrmann (PP) apresentam propostas de governo. Postulantes defendem importância do setor primário e necessidade de ampliar oferta turística como formas de desenvolver cidade. Página 9
Promotoria invalida audiência sobre uso do solo no Carneiros
A
polêmica aprovação do zoneamento no bairro Carneiros autorizaria a construção de prédios com até nove metros de altura. Para o Ministério Público, encontro só poderia ser realizado após o trâmite de projeto na
câmara de vereadores. Algo que não ocorreu. Apesar do parecer da promotoria, moradores estão insatisfeitos. Grupo solicita que audiência pública seja anulada em definitivo pela Justiça. Página 12
Decreto evidencia crise prisional ANDERSON LOPES
EMPRESAS E NEGÓCIOS
Docile completa 25 anos DIVULGAÇÃO
Empresa de Lajeado, especializada em candies, tem hoje 750 funcionários. Com faturamento previsto em R$ 210 milhões no ano, Docile amplia atuação. Tanto que em 2013 abriu a segunda unidade fabril, no estado de Pernambuco.
ESTADO DE EMERGÊNCIA: após conclamar ajuda da Força Nacional, governo gaúcho adota medida para amenizar superlotação das casas prisionais Páginas 16 e 17
GESTÃO ESTADUAL
TEMPO NO VALE Sol entre nuvens Mínima: 13°C - Máxima: 20ºC FONTE: CIH/UNIVATES
MPC aponta 40 erros nas contas de José Ivo Sartori O Ministério Público de Contas (MPC) sugere a reprovação das contas referentes ao exercício de 2015 do governador José Ivo Sartori. Entre os problemas apontados, a abertura de créditos suplementares sem amparo legal e a contratação de operação de crédito com instituição financeira do Estado. Pleno do Tribunal de Contas (TCE) avalia parecer nesta terça-feira. Página 6
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A HORA · SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2016
A HORA · SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2016
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A HORA · SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2016
EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)
Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS
INDICADORES ECONÔMICOS
MOEDA
COMPRA
VENDA
Dólar Comercial
3,2490
3,2495
Dólar Turismo
3,1800
3,3800
Euro
3,6390
3,6397
Libra
4,3079
4,3107
Peso Argentino
0,2183
0,2185
Yen Jap.
0,0315
0,0315
Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.
Editorial
Pretextos para fugir da responsabilidade
O
governador José Ivo Sartori tem mais do que a segurança pública para resolver. Precisa dar explicações. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta possíveis manobras de gestão. Erros muitos semelhantes, para não dizer iguais, aos que derrubaram Dilma Rousseff. O assunto está publicado na página 6 desta edição. Talvez o principal problema da administração do governador hoje seja a segurança pública. Houve muita demora para alguma atitude. Durante os quase dois anos de governo, Sartori frisava a impossibilidade de alguma ação diferente devido à falta de dinheiro. Chavões repetidos comprovando a falta de política para a segurança pública. Justificativas insuficientes confirmadas quando foi pedido o auxílio à União. A chegada da Força Nacional, a formação do gabinete de crise e o decreto de si-
Carta do leitor
Em vista do crescimento populacional, da criminalidade e da complexidade social, fica exposto que não houve planejamento estatal. Entrou e saiu governo, sem medidas eficientes para cumprir com a responsabilidade de manter a ordem e a paz social.
medidas eficientes para cumprir com a responsabilidade de manter a ordem e a paz social. Ficam os pretextos. A falta de efetivo, de dinheiro para os salários, o número de aposentadorias sem reposição. Nada imprevisto. Todas questões de ordem gerencial, que deveria estar sobre a mesa dos governadores para resolver. Por inércia dos agentes políticos, a população sofre com o avanço da criminalidade. Importante avaliar também que só o policiamento não resolve o problema da insegurança. É preciso reduzir a desigualdade. Ocupar os locais dominados pelo tráfico, proporcionar à juventude atividades diversas, esporte e lazer, além de formação profissional. Está comprovado com a falência do sistema penitenciário que cadeia não resolve o problema e não recupera criminosos. Na verdade, presídio virou um curso superior para profissionalizar criminosos.
tuação de emergência no sistema prisional são uma amostragem do que pode ser feito. Demorou, governador. Mas, enfim, uma atitude prática frente a um problema recorrente. Foi necessário o RS virar o estado com mais latrocínios para o chefe do Piratini dar uma resposta à sociedade. O alerta foi repetido por especialistas em segurança pública, pelos policiais. Inclusive por editoriais do A Hora. Por pior que esteja a prestação do serviço aos gaúchos, existe a tendência de mais deficiência. Até o fim do ano, estima-se que três mil policiais militares se aposentam. Nas páginas do A Hora, integrantes dos órgãos de segurança comprovaram que na década de 80 havia mais servidores do que hoje. Em vista do crescimento populacional, da criminalidade e da complexidade social, fica exposto que não houve planejamento estatal. Entrou e saiu governo, sem
Direção do Clube Tiro e Caça
Prezados diretores, editores, vendedores e repórteres do Jornal A Hora ÍNDICE
MÊS
ÍNDICE MÊS (%)
ACUMULADO ANO (%)
ICV Mes (DIEESE)
07/16
0,21
4,94
IGP-DI (FGV)
07/16
-0,39
5,59
IGP-M (FGV)
07/16
1,18
6,10
INPC (IBGE)
07/16
0,64
5,76
INCC
07/16
1,09
4,93
07/16
0,52
4,96
IPC-A (IBGE)
Salário Mínimo/2016 R$ 880,00
TAXAS E CERTIFICADOS (%)
MÊS
ÍNDICE MÊS (%)
7,5
Selic
14.25%(meta)
TR
08/16
0,2545
1,3570
CDI (Mensal)
07/16
1,1074
7,9015
Prime Rate
08/16
3.25
3,25 (Previsto)
Fed fund rate
08/16
0.50
0,25 (Previsto)
Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1306.9 cotação do dia 01/09/2016
PONTO
Ibovespa (BRA)
58236
VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)
0,58
Dow Jones (EUA) 18.401
-0,29
S&P 500 (EUA)
2.171
-0,24
Nasdaq (EUA)
5.213
-0,19
DAX 30 (ALE)
10.534
-0,55
Merval (EUA)
15.735
0,55
sobre as pessoas que participaram e participam desta bela história. Ainda queremos enfatizar o carinho empenhado em cada página, no capricho da diagramação e das palavras escolhidas. Nos sentimos muito honrados em sermos lembrados desta
forma por este representativo jornal, que cumpre seu papel social de forma tão inspiradora. Que possamos continuar comemorando juntos muitos aniversários e também muitas conquistas!
História e evolução perpassam gerações O CTC é muito mais do que um clube social ou esportivo. É uma instituição com ligações umbilicais com Lajeado. Guarda a história própria e de tantos lajeadenses que transformam o CTC na extensão de seus lares e empregos.
Nosso sincero obrigado!
ACUMULADO ANO (%)
TJLP
BOLSAS DE VALORES
Viemos por meio desta carta agradecer a vocês pela produção da revista dos cem anos do nosso Clube Tiro e Caça (CTC). Mais do que isso, enaltecer cada hora de trabalho dedicada a conhecer mais sobre a nossa instituição, sobre o trabalho desenvolvido aqui e, principalmente,
cotação do dia anterior até 17h45min
Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 46,89 em 01/09/2016
Na rede
Comentários postados na página do facebook e no site do A Hora. Participe e deixe sua opinião
Comentários sobre a matéria “Após seis anos, desafio é reerguer uma comunidade” Nasci ali na comunidade, é um lugar muito bonito, muitos de meus parentes já foram embora desse lugar. Alguns ainda residem no local. Espero que um dia tudo isso volte a ser o que era antes. Sinto saudade...
Logo, logo vai ficar bonita de novo.
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A HORA · FIM DE SEMANA, 27 E 28 DE AGOSTO DE 2016
Reportagem: Rodrigo Martini e Giovane Weber FOTOS RODRIGO MARTINI
ENXURRADA DE 2010
Em janeiro de 2010, a atípica enxurrada nos rios Fão e Forqueta devastou casas, chiqueirões, campings, olarias, galpões, estradas, comércios, aviários e lavouras. A força das águas derrubou pontes e pontilhões. Entre elas, a ligação entre Progresso, Fontoura Xavier e Pouso Novo.
Enfim, a nova ligação
Essas comunidades vão se unir novamente!
“F
oi terrível. Em um domingo eu tinha tudo e era um empresário. No outro, não tinha mais nada e precisava buscar emprego. Como se o dia virasse noite”. A tragédia do dia 4 de janeiro de 2010 segue viva na memória de Juarez Trombini, 49, testemunha da mais potente enxurrada já documentada nos rios Fão e Forqueta na região do Vale do Taquari. Ele estava em casa no início da tarde daquele domingo. Juarez
Esta ponte faz a comunidade renascer.” Leda Trombini Professora
morava com a mulher, Leda, a pouco mais de 200 metros do leito do Rio Fão, em Pouso Novo. A chuva era intensa, mas não preocupava. Apesar de recorrentes, as cheias nunca haviam atingido a residência dos Trombini. Naquele dia tudo foi atípico. “O rio costumava subir lentamente em épocas de cheias, mas naquele dia foi horrível. Ele subiu seis metros em menos de 40 minutos. Só deu tempo de fugir com algumas poucas coisas”, lembra. A família perdeu um carro, 250 arrobas de fumo, paiol, forno, mercadorias, uma vaca e demais
pertences. O prejuízo estimado em juízo foi mínimo perto das perdas: R$ 40 mil. “Da noite para o dia perdi tudo que levei anos para conquistar. Ficamos três dias sem água, luz elétrica e sinal de celular.” Abrigados no alto de um morro próximo, Juarez e a família conseguiam avistar o leito do Rio Fão subir ainda mais. Estima que o nível da água ultrapassou em pelo menos três metros a altura da única ponte responsável pela ligação das comunidades.
Por consequência da força da correnteza, que trazia junto troncos, animais mortos e entulhos, toda a estrutura de concreto e ferro desabou por inteira e foi arrastada. Até hoje, a base da ponte repousa sobre o leito, a poucos metros dos antigos pilares das cabeceiras. Durante toda a madrugada daquela fatídica segunda-feira, a família não conseguiu sequer voltar para a já devastada propriedade. No dias e meses seguintes, iniciou um martírio ainda mais doloro-
Cronologia
so para os poucos moradores da Barra do Duduia. Isolados sem a ponte, viram suas economias minguarem com o tempo e a distância dos grandes centros. “Para se ter uma ideia, tínhamos que levar as arrobas de fumo de caíco para o outro lado do rio para manter a renda da família. Mas não deu para seguir assim. A distância da minha casa, na Barra do Duduia, e do meu pai, na Barra de Tocas, por exemplo, era de quatro a cinco quilômetros e passou a ser 60 sem a ponte.”
14
Monica Gottardi
Prédio escolar, salão comunitário e igreja resistem ao abandono
SAIBA MAIS
A HORA · SEXTA-FEIRA E FIM DE SEMANA, 5, 6 E 7 DE AGOSTO DE 2011
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O desabafo de quem perdeu R$ 3 milhões
Correnteza arranca túmulos e expõe restos mortais
Rio Taquari atinge 23,8 metros
Famílias perdem casa e não têm mais onde morar
Moradores esperam por solidariedade
O drama drama de de quem quem ficou ficou O ilhado ee precisou precisou ser ser resgatado resgatado ilhado
Cidades
A HORA · TERÇA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2016
DIVULGAÇÃO/PROGRESSO
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IMÓVEIS
Passados 18 meses da tragédia, as primeiras famílias começam a deixar a localidade. Antes, um jovem, Jocinei de Brun, então com 19 anos, morreu afogado ao tentar cruzar o Rio Fão no mesmo ponto onde ficava a ponte de 108 metros de comprimento.
A
queda de duas pontes com a força das águas, no dia 4 de janeiro de 2010, trouxe um prejuízo de R$ 8,5 milhões aos municípios de Progresso, Fontoura Xavier e Barros Cassal. As estruturas construídas por volta de 1970 eram a principal ligação entre as cidades. Há 18 meses esperando por uma solução, os motoristas são obrigados a trafegar por caminhos alternativos que chegam a cem quilômetros. Os moradores estão isolados e se arriscam atravessando o rio de barco e até a nado. Apesar das reclamações das famílias, nenhum recurso foi liberado para iniciar a obra. Em Progresso, a reconstrução da ponte, localizada na comunidade de Barra do Duduia, está estimada em R$ 5 milhões. O prefeito Edegar Cerbaro diz que a administração aguarda a liberação de verbas dos governos estadual e federal para reconstruir a estrutura. “Esta semana estive em Brasília para agilizar a liberação dos recursos, mas não temos data para que as obras iniciem. Será muito difícil a ponte ser reconstruída, tendo em vista as poucas famílias que moram nas localidades.” Outro projeto que foi elaborado e enviado ao governo do estado é a construção de estiva na comunidade de Três Lagoas. O custo está orçado em R$ 500 mil. “Caso não seja liberado este valor, tentaremos fazer uma
IMÓVEIS APTOS
12/1/2016
Vale do Taquari
Willian e o pai Claudiomiro esperam que a ponte que tinha extensão de 108 metros seja reconstruída. Caso contrário pensam em deixar a localidade
parceria com a administração de Pouso Novo para construir a ligação.”
Estiva é alternativa Cerbaro garante que o recolhimento de leite e o transporte escolar seguem normalmente. Lamenta que as pessoas estejam isoladas. “Temos pouco a fazer para resolver o problema. O município não tem
recursos para realizar a obra. Resta ter paciência.” Situação semelhante ocorre na divisa entre os municípios de Barros Cassal e Fontoura Xavier. A ponte, com extensão de 75 metros, foi destruída pela força das águas, causando um prejuízo de R$ 3,5 milhões. O trajeto de 30 quilômetros, que antes ligava as duas cidades, foi estendido para mais de 130. O prefeito de Barros Cassal, Ivo Francisco Fachi calcula que depois da queda das pontes, cerca de 500 pessoas deixaram as comunidades próximas. “Nem o leiteiro consegue recolher a produção. Sem alternativa de lucro e isolados, muitos agricultores deixaram o campo. Se nada for
feito, esse número continuará crescendo.” Fachi observa que o município começa a registrar perdas na arrecadação depois que muitos agricultores abandonaram suas propriedades. “Até agora só escutamos promessas. Está na hora de os discursos darem lugar a atitudes práticas.”
Para facilitar a passagem das pessoas de um lado para o outro do rio, a administração providenciou a construção de uma pinguela. Para chegar às cidades, os motoristas precisam utilizar outro acesso. Um pela rodovia Barros Cassal-Soledade, pela BR153 ou Soledade-Fontoura Xavier, pela BR-386.
Recursos dependem da União O projeto de reconstrução das pontes foi encaminhado ao Ministério da Integração Nacional, em janeiro de 2010. Apenas em abril deste ano ele foi relacionado para inspeção in loco pela Defesa Civil, conforme o Ministério. De acordo com o secretário de Administração de Barros Cassal, Wagner de Oliveira, o valor necessário para reconstruir o acesso é de R$ 3,5 milhões.
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Duas pontes destruídas em janeiro de 2010 deixam centenas de famílias sem acesso em Progresso, Fontoura Xavier e Barros Cassal
5/8/2011
atingidas pela pela enchente enchente que que causou causou estragos estragos em em toda As fortes chuvas registradas na segunda-feira elevaram atingidas toda aa região. região. Enquanto contabilizam contabilizam prejuízos, prejuízos, moradores moradores ainda assustadoramente o nível do Rio Forqueta em toda a sua Enquanto ainda vivem vivem oo drama da da falta falta de de luz, luz, água, água, utensílios utensílios domésticos, domésticos, roupas extensão em poucas horas, culminando num desastre em drama roupas ee Marques de Souza e Travesseiro. Elas foram as cidades mais alimentos. Páginas 3 a 11
localizada em Fontoura Xavier. Elas custearam uma perícia que aponta a empresa como a causadora da enxurrada; – A nova ponte interligando Progresso, Pouso Novo e Fontoura Xavier é cerca de quatro metros mais baixa do que a estrutura derrubada pela enxurrada, e não tem proteção para pedestres. Tem 2,5 metros de altura, 2 de largura e 96 de extensão.
– A enxurrada de janeiro de 2010 causou mais de R$ 20 milhões em prejuízos em Pouso Novo, Progresso, Marques de Souza, Travesseiro, Arroio do Meio, Forquetinha, entre outras. Só em Progresso, foram 15 pontes danificadas e quatro arrancadas pela correnteza; – Pelo menos 12 famílias da Barra do Duduia processam uma cooperativa de distribuição de energia
Isolados
3710-4200
Cenário foi de terror por toda a cidade de Marques de Souza, principalmente no distrito de Tamanduá, onde os túmulos do cemitério católico foram destruídos
três anos. Sem ponte, a única forma para chegar ao mercado, no centro de Pouso Novo, é usar uma canoa ou tentar atravessar a pé. “Uso quando o nível da água é baixo. Em dias de cheia, ficamos isolados”, conta Aduir. Mesmo com todas as dificuldades de viver longe do centro, ele não pensa em migrar para a zona urbana ou qualquer outra localidade. O fumo, 15 mil pés por safra, é a principal alternativa de renda.
bois. Será um dia histórico para todos. Quero comprar uma área de terras e construir uma casa aqui. Aqui é nosso lugar, onde somos felizes e vivemos sossegados”, resume Trombini. A nova passagem é ainda mais comemorada por quem chegou depois de janeiro de 2010 e sofreu com o isolamento desde então. É o caso de Aduir Henicka, 43, Juraci Henicka, 42, e o filho João Paulo, de 12 anos. Eles moram na localidade faz
Reportagem Especial
Avulso Mensal R$ 1,50 R$ 13,50 N° 431 - ANO 7 - Lajeado, quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
RODRIGO MARTINI
Entre o meio-dia e o início da noite daquele domingo, quase 200 milímetros de chuva inundam os rios Fão e Forqueta. Uma enxurrada violenta derruba e arrasta dezenas de casas, galpões e demais edificações às margens dos leitos. Moradores acusam uma cooperativa de distribuição de energia de ser a causadora do desastre.
Além do fechamento da casa comercial dos Trombini, a família lamenta que os encontros no salão comunitário se resumem, hoje, a uma missa por mês, reunindo só dez famílias. Com a construção da nova ponte – orçada em R$ 1,1 milhão e prevista para ser inaugurada em quatro semanas – o otimismo surge rejuvenescido no olhar do casal. “Esta ponte faz a comunidade renascer”, cita Leda. A ponte é a principal ligação entre as comunidades de Campo Branco, Cabeceira de Tocas e Constantino. Até a BR-386, os motoristas percorrem uma distância de 14 quilômetros. Sem a estrutura, o trajeto chega a 60 quilômetros. O movimento de comerciantes, vendedores e transportadores de leite foi prejudicado. O ato de reinauguração da estrutura será uma grande festa, apostam os moradores. “Assaremos dois
Parte da antiga estrutura, construída na década de 70 pelo então prefeito de Lajeado, Alipio Hüffner, ainda repousa sobre o leito do Rio Fão. Concreto e ferros retorcidos formam até uma pequena cachoeira a poucos metros da nova ponte. A inuguração da passagem entre Progresso, Fontoura Xavier e Pouso Novo ocorre no dia 24 de setembro. Atuais e antigos moradores da Barra do Duduia planejam grande festa para reerguer a comunidade
UMA CIDADE DEVASTADA EVASTADA
4/1/2010
Antoninho Castro da Silva
Em 2012, a despedida Dois anos depois da tragédia, os Trombini sucumbiram às dificuldades e deixaram a comunidade onde Juarez manteve uma casa comercial por mais de 14 anos. Foram morar no centro de Pouso Novo. “Me criei aqui e foi muito difícil deixar tudo para trás. Sinto muito saudade dos amigos. Um dia eu volto a morar aqui”, emociona-se. As tradicionais festas de Nossa Senhora dos Navegantes, assim como os encontros de amigos na sede da comunidade, foram caindo no esquecimento, na mesma intensidade com que outras dez famílias deixavam a isolada localidade. O salão deixou de ser cuidado com o capricho característico do interior, e as flores que embelezavam o jardim deram lugar ao barro vermelho e ao mato.
Após seis anos, desafio é reerguer uma comunidade Vale do Taquari
Tania Johann
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A HORA · FIM DE SEMANA, 27 E 28 DE AGOSTO DE 2016
Seis anos depois da queda da ponte, os governos municipais anunciam o início das obras da nova estrutura, com 96 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e 2 de largura. A empresa, paga com recursos do Ministério das Cidade, estimava concluir o serviço em três meses.
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Municípios inauguraram ponte entre Fontoura Xavier e Barros Cassal, destruída por enchente há seis anos
Pontes refazem ligação entre três comunidades Estrutura reinaugurada nesse domingo ruiu em 2010 Vale do Taquari
A
rotina das famílias residentes nas divisas entre Fontoura Xavier, Barros Cassal e Progresso volta ao normal depois de seis anos. Nesse fim de semana, os municípios inauguraram uma das duas pontes destruídas pela enxurrada em 4 de janeiro de 2010. Agora construtora licitada inicia a obra da segunda estrutura sobre o Rio Fão. Juntas, custarão cerca de R$ 1,1 milhão, oriundos do Ministério da Integração. Solenidade na manhã de domingo marcou a entrega da ponte na ligação entre Barros Cassal e Fontoura Xavier, em Picada Rosa, investimento de quase R$ 400 mil. A estrutura tem 56 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e 2 de largura. A obra demorou pouco mais de quatro meses para ser feita. Desde ontem, a construtora trabalha na edificação da passagem na comunidade de Barra do Duduia, divisa entre Progresso e Fontoura Xavier. Com as mesmas dimensões de largura e altura, a ponte terá 96 metros de extensão. A empresa pretende concluir a obra em três meses. A liberação do recurso foi anunciada pelo governo ainda em fevereiro. A parte burocrática do projeto ficou a cargo de Fontoura Xavier. Enquanto isso, Progresso e Barros Cassal ficaram responsáveis por auxiliar na construção das cabeceiras. Apesar das pontes serem menores
em comparação às antigas, as administrações acreditam na resistência das estruturas em caso de enchentes. Em Fontoura Xavier, por exemplo, passagem semelhante existe na divisa com Putinga faz 45 anos.
Solução às famílias A passagem cujas obras começam nesta semana havia sido edificada na década de 70 e servia de ligação para dezenas de famílias. Após as quedas das pontes, moradores da região ficaram isolados. Muitos acabaram se mudando. Houve, inclusive, a interrupção
da linha de ônibus no trajeto entre Fontoura Xavier, Barros Cassal e Soledade. O atendimento médico também ficou prejudicado. Muitos moradores das localidades cruzavam o rio para buscar atendimento no hospital de Progresso. Sem ligação, motoristas são obrigados a trafegar por caminhos alternativos, que chegam a cem quilômetros. Moradores ficaram isolados e se arriscam a fazer a travessia do rio a nado ou de barco. Com as novas passagens, a distância encurta em quase 93 quilômetros.
RELEMBRE O CASO 14
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Reportagem e fotos : Giovane Weber e Estevão Heisler
Reportagem Especial
Isolados Duas pontes destruídas em janeiro de 2010 deixam centenas de famílias sem acesso em Progresso, Fontoura Xavier e Barros Cassal
“Meu filho morreu por descaso dos políticos” A agricultora Ivani da Silva de Brum, da comunidade de Barra de Tocas, em Progresso, diz que pela inércia dos políticos seu filho Jocinei, 19, morreu afogado tentando atravessar a nado o rio depois que a ponte caiu há um ano. “Ele tentou buscar um caíque que estava do outro lado da margem para ajudar a atravessar a sua irmã”,
lembra. “Esta perda nenhum político conseguirá trazer de volta. É um descaso. Uma vergonha. Estamos isolados e esquecidos.” Com a queda da ponte, a única alternativa de lucro da família foi prejudicada. Eles fabricavam queijo colonial e o vendiam para mercados do município de Pouso Novo em troca de outros alimentos.
“Os comerciantes deixaram de passar. Apenas o transporte escolar continua.” Há cinco meses, outra tragédia assola a família. Ivani quebrou a perna e devido ao acesso precário, teve que aguardar 33 dias para fazer a cirurgia. “Nem a ambulância vem me buscar. Temos que contratar um carro particular e pagar R$ 70 por
viagem para chegar ao centro de onde sigo para o tratamento em Arroio do Meio.” O marido Nelson diz que uma das saídas seria deixar a localidade. “Se tivéssemos estudo, teríamos nos mudado para a cidade há muito tempo. Estamos largados à própria sorte. Acho que os políticos nem sabem mais que vivemos isolados aqui.”
Vale do Taquari
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queda de duas pontes com a força das águas, no dia 4 de janeiro de 2010, trouxe um prejuízo de R$ 8,5 milhões aos municípios de Progresso, Fontoura Xavier e Barros Cassal. As estruturas construídas por volta de 1970 eram a principal ligação entre as cidades. Há 18 meses esperando por uma solução, os motoristas são obrigados a trafegar por caminhos alternativos que chegam a cem quilômetros. Os moradores estão isolados e se arriscam atravessando o rio de barco e até a nado. Apesar das reclamações das famílias, nenhum recurso foi liberado para iniciar a obra. Em Progresso, a reconstrução da ponte, localizada na comunidade de Barra do Duduia, está estimada em R$ 5 milhões. O prefeito Edegar Cerbaro diz que a administração aguarda a liberação de verbas dos governos estadual e federal para reconstruir a estrutura. “Esta semana estive em Brasília para agilizar a liberação dos recursos, mas não temos data para que as obras iniciem. Será muito difícil a ponte ser reconstruída, tendo em vista as poucas famílias que moram nas localidades.” Outro projeto que foi elaborado e enviado ao governo do estado é a construção de estiva na comunidade de Três Lagoas. O custo está orçado em R$ 500 mil. “Caso não seja liberado este valor, tentaremos fazer uma
“Ele tentou buscar um caíque que estava do outro lado da margem para ajudar a atravessar a sua irmã. Esta perda nenhum político conseguirá trazer de volta. É um descaso. Uma vergonha. Estamos isolados e esquecidos.”
Ivani diz que até tratamento médico foi prejudicado depois da queda das pontes, dificultando a chegada da ambulância
Famílias abandonam as propriedades em busca de qualidade de vida Willian e o pai Claudiomiro esperam que a ponte que tinha extensão de 108 metros seja reconstruída. Caso contrário pensam em deixar a localidade
parceria com a administração de Pouso Novo para construir a ligação.”
Estiva é alternativa Cerbaro garante que o recolhimento de leite e o transporte escolar seguem normalmente. Lamenta que as pessoas estejam isoladas. “Temos pouco a fazer para resolver o problema. O município não tem
recursos para realizar a obra. Resta ter paciência.” Situação semelhante ocorre na divisa entre os municípios de Barros Cassal e Fontoura Xavier. A ponte, com extensão de 75 metros, foi destruída pela força das águas, causando um prejuízo de R$ 3,5 milhões. O trajeto de 30 quilômetros, que antes ligava as duas cidades, foi estendido para mais de 130. O prefeito de Barros Cassal, Ivo Francisco Fachi calcula que depois da queda das pontes, cerca de 500 pessoas deixaram as comunidades próximas. “Nem o leiteiro consegue recolher a produção. Sem alternativa de lucro e isolados, muitos agricultores deixaram o campo. Se nada for
feito, esse número continuará crescendo.” Fachi observa que o município começa a registrar perdas na arrecadação depois que muitos agricultores abandonaram suas propriedades. “Até agora só escutamos promessas. Está na hora de os discursos darem lugar a atitudes práticas.”
Para facilitar a passagem das pessoas de um lado para o outro do rio, a administração providenciou a construção de uma pinguela. Para chegar às cidades, os motoristas precisam utilizar outro acesso. Um pela rodovia Barros Cassal-Soledade, pela BR153 ou Soledade-Fontoura Xavier, pela BR-386.
Recursos dependem da União O projeto de reconstrução das pontes foi encaminhado ao Ministério da Integração Nacional, em janeiro de 2010. Apenas em abril deste ano ele foi relacionado para inspeção in loco pela Defesa Civil, conforme o Ministério. De acordo com o secretário de Administração de Barros Cassal, Wagner de Oliveira, o valor necessário para reconstruir o acesso é de R$ 3,5 milhões.
No dia 6 de agosto de 2011, o jornal A Hora publicou reportagem retratando as dificuldades enfrentadas pela comunidade de Barra do Duduia após a destruição das pontes. Em um dos casos, a agricultora Ivani da Silva de Brum disse que pela inércia do governo federal seu filho Jocinei, 19,
Claudiomiro Trombini perdeu a conta de quantos vizinhos e conhecidos se mudaram para a a cidade ou outras localidades onde o acesso é mais fácil. Seu próprio irmão, esta semana, se mudou para a cidade de Pouso Novo, onde começou a gerenciar uma churrascaria. “Plantávamos fumo em parceria, mas como ele morava do outro lado do rio, decidiu largar tudo e se mudar para a cidade. Se nada for feito, outros moradores farão o mesmo.” O filho Willian pensa em seguir os passos do tio. “Não temos como ficar. Nem uma ponte conseguem construir. Que futuro teremos aqui?” Assim como a maioria das famílias, atravessam o rio de caíque ou a nado quando precisam se deslocar aos municípios localizados do outro lado da margem como Pouso Novo e Fontoura Xavier.
Desde 2010, após a queda das pontes, cerca de 500 pessoas deixaram as localidades que estão isoladas nos três municípios
morreu afogado na tentativa de atravessar o rio a nado. Com a queda da ponte, a única alternativa de sustento da família foi prejudicada. Eles fabricavam queijo colonial e vendiam para mercados dos municípios vizinhos. Sem o acesso, os comerciantes pararam de comprar.
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Ney Arruda Filho ney@jornalahora.inf.br
Verbos e vírgulas
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pensador francês Michel Foucalt afirmou que o século XX se caracterizou pela organização da sociedade disciplinar. Ela se caracterizava por escritórios, fábricas, quartéis, presídios, asilos e hospitais. Basta um olhar no entorno para concluirmos que muita coisa mudou. Já faz tempo que vivemos uma realidade expressada em shoppings, bancos, prédios de escritórios e farmácias. A sociedade do século XXI não é mais uma sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. E a mudança mais radical que se observa é justamente na presença dos verbos, enquanto formas de ação. Se a sociedade disciplinar era definida pela negatividade, pelos limites, pelo não ter o direito ou pelo fazer o que se é mandado, a sociedade do desempenho se desvincula cada vez mais da negatividade. Ela se define pelo verbo poder, pois nela se tem a impressão que tudo podemos, tudo para termos mais, para fazermos mais, para produzirmos mais. Aí entra em cena o novo sujeito, o sujeito do desempenho. É que, nos novos tempos, a positividade do poder se mostra bem mais eficiente que a negatividade do dever. O sujeito do desempenho se diz mais rápido, mais produtivo. E isso tudo porque ele se sente livre das
amarradas do domínio externo, da disciplina que o escravizava, das ordens do chefe, que o obrigaria a trabalhar ou que poderia explorá-lo. Ele se sente senhor de si mesmo. Assim, não se vê submisso a ninguém que não a si mesmo e aos seus verbos. Acordar, plugar, conectar, postar, curtir, ficar, trabalhar, empreender, lutar, vencer e tantos outros. Mas ainda que a sua submissão se limite ao seu próprio eu e aos seus verbos, a suposta ausência de domínios
Não se engane, elas não são apenas um pequeno risquinho depois de um verbo. São bem mais do que isso .”
não o leva à liberdade. Ao contrário, faz com que a sensação de liberdade e a coação compartilhem do mesmo espaço. Ele se entrega à liberdade de maximizar seu desempenho, gerando um ciclo de autoexploração. O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. E o verbo parar soa como uma heresia, quase um crime, uma transgressão. Não se pode parar. É aí que entram as vírgulas. Não se engane, elas não são apenas um pequeno risquinho depois de um verbo. São bem mais do que isso. Elas representam uma pausa. A necessária parada para outras ações, outros verbos. Olhar, pensar, perceber, contemplar, sentir, refletir, criar, compartilhar. Verbos que representem mais o ser do que o simples poder. Os desempenhos da humanidade e a sua capacidade de criação, especialmente nas artes e na filosofia, se devem muito à capacidade reflexiva, a uma atenção mais profunda, à contemplação. Eu quero, eu desejo o poder de decidir, de ser positivo, de conjugar os verbos que escolher, de ser o senhor do meu próprio desempenho. E sem as amarras da negatividade, poder escolher o momento de inserir as vírgulas, de fazer as pausas. Quero uma vida repleta de verbos e de vírgulas.
Ajuizamento de ação: advogado faz, mas o cliente é quem manda Um advogado que ajuizou ação sem a anuência e entendimento do seu cliente, quanto ao conteúdo do processo, deve pagar multa de 1% e indenização de 20% sobre o valor da causa, fixado por ele mesmo em R$ 35 mil. A condenação ocorreu por litigância de má-fé e foi imposta pelo juiz Thiago Boldt de Souza, da 4ª Vara do Trabalho de Novo Hamburgo. O advogado recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, mas os desembargadores
da 2ª Turma mantiveram a condenação. Cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Conforme argumentou o juiz na sentença, a petição inicial da ação trabalhista apresentou uma lista de pedidos genéricos, sem detalhes dos quantitativos pleiteados. Além disso, segundo o magistrado, é prática recorrente do profissional apresentar petições com os mesmos pedidos, mesmo no caso de empresas de ramos diferentes de atividades e com trabalhadores diferentes.
Geral do Grêmio suspensa por 180 dias O Juizado do Torcedor e Grandes Eventos renovou a proibição de funcionamento da torcida organizada Geral do Grêmio por 180 dias, contados a partir dessa quarta feira, 31. A decisão tem justificativa no tumulto ocorrido no domingo passado na Arena, durante a partida entre Grêmio e Atlético/MG, em que uma briga entre alguns torcedores acabou virando pancadaria em poucos minutos. Quatro pessoas foram responsabilizadas e punidas já no domingo, logo após o ocorrido. Durante o período da suspensão, caberá ao Grêmio manter
armazenado e lacrado todo o material utilizado pela Geral e que a identifique. A banda que atua nos jogos, administrada pelo clube, poderá atuar normalmente. “Os atos de violência estão provados por vídeo”, declarou o juiz Marco Aurélio Martins Xavier, “sendo perfeitamente clara a manifestação orquestrada por um dos líderes da torcida Geral, Rodrigo Rysdyk, que teve envolvimento no início dos fatos e foi visto mobilizando um grupo significativo de torcedores ligados à torcida Geral, para praticar novos atos de violência”. Segue a cruzada pela paz nos estádios.
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Câmara aprova lei de vigilância 24 horas
Política
BOM RETIRO DO SUL – O projeto que exige vigilância 24 horas em agências bancárias foi aprovado. Com a medida, os bancos deverão contratar profissionais para fazer a segurança em tempo
integral dentro do estabelecimento. O objetivo das exigências é inibir tentativas de arrombamentos a terminais eletrônicos. O documento foi encaminhado ao Executivo para sanção.
GERALDO MAGELA/AGÊNCIA BRASIL
MPC quer reprovação das contas de Sartori Parecer será avaliado terça-feira pelo TCE DIVULGAÇÃO/PIRATINI
Estado Empossado definitivamente, Temer enfrentará briga judicial pelo poder
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Ministério Público de Contas (MPC) emite parecer prévio apontando 40 falhas e recomendando ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a reprovação das contas do primeiro ano de gestão do governador José Ivo Sartori. O documento é assinado pelo procurador-geral do órgão, Geraldo Da Camino, e será avaliado pelo pleno da corte nesta terça-feira. Entre os problemas, estão a abertura de créditos suplementares sem amparo legal, e a contratação de operação de crédito com instituição financeira controlada pelo Estado para o pagamento do 13º aos funcionários públicos. De acordo com o parecer, Sartori autorizou abertura de créditos suplementares no montante de R$ 1,9 bilhão em desacordo com os dispositivos legais. O gestor alega que a medida teria sido embasada na tendência de “excesso de arrecadação”, projetada a partir do acompanhamento mensal da evolução das receitas. O governo defende, ainda, que o uso da nomenclatura “previsão de arrecadação” constituiu precaução, na medida em que o excesso só poderia ser efetivamente verificado no fim do ano. No entanto, segundo o relatório técnico do MPC, foi constatado que dois decretos – os de nº 52.830 e 52.8343 –, responsáveis por 87,35% do valor apontado, datam de 28 e 29 de dezembro de 2015. Para o procurador, “não é crível que a dois ou três dias do encerramento do exercício o Executivo ainda tivesse expectativa de atingir excesso de arrecadação,
Dilma tenta reverter, no STF, cassação País
Entre os erros, governador teria aberto créditos sem autorização parlamentar
então absolutamente impossível.” O parecer solicita a recomposição, às contas de origem, de R$ 2,2 bilhões sacados do Caixa Único, e o repasse, ao IPE, de R$ 8 milhões em contribuições previdenciárias retidas dos servidores. Da Camino ainda reclama de problemas na prestação de con-
tas. Sobre o Fundopem e outros três programas, o MPC reclama de “obstaculização ao controle externo, considerando-a como ação caracterizadora de desrespeito do poder público a direitos constitucionais, de violação do princípio republicano e do dever de prestar contas”.
OUTROS APONTAMENTOS Pendências de R$ 75,4 milhões com os municípios, referente às quotas na arrecadação de impostos, multas e salário-educação; Carteira de contratos de obras do Daer com R$ 2,5 bilhões a executar; Problemas de gestão do Fundoprev; Aplicação indevida de R$ 815,6 milhões do Fundeb em despesas de contribuição patronal de inativos ao RPPS; Falta de recursos ao Financiamento do Ensino Superior Público e do Ensino Superior Comunitário; Extrapolou limite das despesas com pessoal em 0,18%; Falta de contabilização de R$ 333,9 milhões de incentivos do Fomentar-RS a GM-Chevrolet de Gravataí.
A votação que determinou a cassação de Dilma Rousseff não colocou um fim ao processo iniciado em dezembro do ano passado. Duas ações protocoladas ontem no Superior Tribunal Federal (STF) podem estender ainda mais o processo. No início da manhã de ontem, a defesa de Dilma protocolou um mandado de segurança no qual pede uma liminar para anular a votação de quarta-feira. Os advogados argumentam que a lei usada como base para cassação é anterior à Constituição de 1988, a qual não prevê “a guarda de empregos” como crime de responsabilidade. A defesa também argumenta que os atrasos de repasses ao Banco do Brasil para garantir o pagamento do Plano Safra não constituem operação de crédito. Segundo os advogados, sequer havia um prazo definido para o dinheiro ser repassado ao banco. O pedido está nas mãos do ministro Teori Zavaski.
Oposição reage O pedido de anulação da ex-presidente não é o único processo sobre o qual o STF terá de se debruçar. Duas outras ações foram protocoladas poucas horas depois questionando o desmembramento das acusações contra Dilma. Com isso, mesmo cassa-
da, a petista manteve os direitos políticos. A proposta foi apresentada pouco antes do início da votação pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP). Com 41 votos a favor da retirada dos direitos políticos, 36 contra e três abstenções, os opositores de Dilma não atingiram 1/3, mínimo exigido para a retirada dos direitos. O primeiro a contestar a decisão foi o senador Álvaro Dias (PV/PR). Ele questiona o fato de o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, não ter posto em votação o fatiamento das denúncias, mesmo tendo declarado ser o Senado soberano para decidir a questão. Entre os argumentos usados por Dias, está o de que a medida pode beneficiar outros políticos, como Eduardo Cunha (PMDB/RJ). O deputado federal está afastado e a votação sobre a cassação do seu mandato ocorre na próxima semana. Além do pedido de Dias, o PSDB também entrou com recurso solicitando a anulação de medida que permite à Dilma manter os direitos políticos. O partido havia desistido de recorrer da medida, mas o senador Aloysio Nunes (SP) manifestou ontem que a sigla contestará a medida no Supremo. O tucano classificou o desmembramento da acusação como uma “afronta à Constituição.”
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Política
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Biondo aposta na continuidade de projetos Candidato da situação apresenta propostas de governo durante evento da CIC MACIEL DELFINO
Teutônia
de Teutônia, na construção da nova sede. Nesse quadrante funcionará a sala de monitoramento, facilitando trabalho da polícia.”
O
candidato a prefeito Evandro Biondo (PMDB) e a vice Mariane Scherer (PP) abriram o ciclo de almoços empresariais da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC). O encontro de ontem reuniu 80 pessoas, entre empresários, candidatos e líderes comerciais. Em 55 minutos de apresentação, os postulantes explicaram propostas e responderam às perguntas organizadas pela entidade promotora. Biondo destacou a série de projetos em andamento e os interesses da coligação Juntos por Teutônia (PMDB, PP, PPS e PT do B). A separação da Secretaria de Indústria e Comércio do Setor de Planejamento é uma das iniciativas. Segundo o postulante, os empresários terão suporte técnico na administração, além de incentivos como destinação de terras para instalações de indústrias. Como exemplo,
Infraestrutura turística
Evandro Biondo destacou projeto de sinalização e concha acústica
citou os nove hectares para a construção da queijaria da Languiru. O objetivo é contribuir com o comércio existente e atrair novos segmentos preocupados em desempenhar atividade social, ofertando empregos e com olhar atento sobre a responsabilidade ambiental, afirmou. A malha viária, em especial no Distrito Industrial, terá aten-
ção especial, prometeu Biondo. “Vamos buscar parcerias com o Estado.” Segundo Biondo, 18 câmeras de videomonitoramento estão projetadas pela administração. A plataforma de governo deve ser executada no próximo ano, após a conclusão do prédio para a Brigada Militar. “Investimos R$ 200 mil, em parceria com o Conselho Pró-Segurança
Outra proposta, ressaltada como novidade, é a construção de uma concha acústica. O projeto prevê a edificação às margens da avenida 1 Leste, onde é instalado palco alternativo em eventos municipais. A obra já está empenhada pelo Executivo e conta com o incentivo do Ministério do Turismo. Durante a explanação, o candidato apresentou documento com 48 páginas, destacando o planejamento de sinalização na cidade. Para orientar a rota turística e os principais pontos, serão instaladas placas. No pacote, ainda constam o embelezamento de trevos e a construção de dois pórticos na Via Láctea. Outro questionamento ressaltado pela CIC é o investimento
em decoração natalina e melhorias na malha viária em áreas comerciais. Em Languiru, a Major Bandeira e Três de Outubro receberam ampliação e melhorias das calçadas, além de recapeamento asfáltico na pista. Segundo Biondo, os demais bairros serão contemplados assim que a situação econômica melhorar.
PRÓXIMOS ENCONTROS No dia 14, o candidato Jonatan Bronstrup (PSDB) e o vice Valdir do Amaral (PSB) são os convidados a explanar sobre plano de governo. Celso Forneck (PDT) e Sandra Tiggemann (PDT) usam a tribuna da CIC no dia 27. Os postulantes têm direito a 45 minutos de esclarecimentos sobre as demandas apresentadas pela entidade. Outros 10 minutos são acrescentados para considerações finais.
Debate reúne candidatos no Centro Comunitário RENATA LEAL/DIVULGAÇÃO
Lajeado Os três candidatos ao Executivo participaram de debate organizado por integrantes da comunidade evangélica. O evento, no Centro Comunitário Evangélico, foi o primeiro organizado pelo grupo a reunir os postulantes à prefeitura. Para o coordenador ministerial da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), pastor Eric Nelson, a ideia de trazer Luís Fernando Schmidt, Marcelo Caumo e Márcia Scherer para apresentar suas propostas e esclarecer dúvidas da plateia é um serviço público à cidade. Cada candidato teve cerca de 20 minutos de apresentação. O limite de duração do evento era de duas horas. Os respectivos candidatos a vice-prefei-
to acompanharam a programação da plateia. Segundo Nelson, o foco do encontro foi o diálogo com os candidatos. Para garantir a fluidez da sabatina, as regras foram apresentadas e acordadas com as coordenações das campanhas. O encontro não tinha um tema pré-definido, possibilitava a apresentação dos planos de campanha e proibia ataques pessoais ou às coligações adversárias. “Queríamos um debate mais aprofundado com mais reflexão, proporcionar um espaço onde fosse possível ouvir uns aos outros.” O modelo, afirma, foi adotado, após a experiência com os candidatos das eleições anteriores. Na época, cerca de dez candidatos ao Legislativo haviam parti-
Pastor Nelson definiu o evento como um serviço público à cidade
cipado. Com a medida, afirma, os concorrentes adotaram uma postura propositiva e precisaram de uma preparação prévia maior.
Temas ligados à segurança, saúde e educação acabaram sendo mais recorrentes. Para Nelson, a diversidade de
opiniões entre os frequentadores da igreja permitiu a criação de um ambiente neutro para o debate. Segundo ele, a participação de cerca de 300 pessoas demonstrou o interesse no tema e sua relevância para a comunidade. “Não queremos só ser uma igreja que tem um culto no domingo, mas contribuir com a cidade. Todos somos corresponsáveis pela nossa política.” Com os resultados das programações, afirma, a tendência é que esse tipo de debate seja mantido e ampliado, com a participação de outras entidades com perfil semelhante. De acordo com ele, esse tipo de iniciativa ajuda a tornar o entendimento sobre política mais próximo do dia a dia das pessoas e despertar a atenção sobre o tema.
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Candidatos querem superar rusgas políticas
COLINAS
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epois da cassação do prefeito eleito em 2012, os candidatos pretendem esquecer as desavenças. A meta é buscar união da comunidade, romper as rus-
Irineu Horst (PMDB) Atual prefeito, é natural de Estrela e tem 59 anos.
gas políticas e facilitar a governabilidade. Agricultura é um dos segmentos que será intensificado. Segundo eles, política de atração de empreendimentos será impulsionada para ampliar
GIOV ANE
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Nosso incentivo ao setor primário é muito forte. Somos um município agrícola. Maior parte do retorno do ICMS vem do setor primário. Criaremos programas cada vez melhores para ampliar produção. Nosso objetivo é instalar uma escola técnica. Isso poderá manter o jovem no campo. É possível qualificar ainda mais. Não temos todas as especialidades que a população precisa. Aquelas que não temos, encaminhamos para atendimento em outras cidades. Se dependêssemos do Estado, estaríamos desamparados. São poucas as consultas e cirurgias autorizadas pelo SUS. Tem pacientes que estão esperando mais de dois anos por uma prótese.
oferta de empregos. O atual prefeito Irineu Horst (PMDB) tenta a reeleição com o vice, Ademar Rieger (PT). Sandro Herrmann (PP) e Regina Sulzbach (PTB) compõem a
Quais medidas prevê para o setor primário?
Município se destaca no Idese no bloco saúde. Como manter esse índice positivo?
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coligação oposta. Eles contam com o apoio de cinco partidos – PP, PTB, DEM, PDT, PSDB. Texto: Cássia Colla
Sandro Herrmann (PP) Empresário, natural de Estrela e tem 52 anos.
Setor primário corresponde por mais de 80% do retorno do ICMS do município. Por isso, é importante promover essa expansão. Supriremos a falta de veterinários. Precisamos buscar alternativas para o tratamento de dejetos suínos. Pretendemos remodelar o pacote agrícola, criar ferramentas para manter o jovem no campo. A saúde já esteve melhor, quando os repasses não atrasavam. Temos projetos voltados aos idosos, como a criação do Centro de Convivência. Nesse espaço, os idosos poderão passar o dia, acompanhados de profissionais da administração, e retornam para casa à noite. Um projeto visa a formação de cuidadores de idosos.
Tenho um projeto elaborado para colocar um sistema de videomonitoramento em todo o município. Uma empresa faz essa instalação e precisamos apenas pagar por mês pelo serviço. Nessa modalidade, se estragar uma câmera, a própria empresa repõe. Ela monitora as imagens. Ano que vem teremos e iremos implantar.
O tema insegurança tem sido muito debatido. Sem policiamento, cidades do interior têm virado alvo. Quais medidas o governo municipal pode implementar?
Temos carência na oferta de hotéis e pousadas. Mas Colinas está situado em um ponto privilegiado: perto de Estrela, Lajeado e Teutônia. Nesses locais, há hotéis com vagas. O que precisamos é criar atrativos para que o turista possa passar tempo aqui. Segunda-feira teremos uma audiência com a ANTT para agilizar a legalização do trem turístico.
Tendo em vista que Colinas é a Cidade Jardim, quais suas propostas para qualificar o turismo?
O turismo é uma excelente fonte de renda, mas precisamos diversificar ações. Nosso Rio Taquari é uma fonte ainda não explorada. Precisamos incentivar o turismo rural. Outra ação que pretendemos adotar será a diversificação das datas. Hoje temos duas principais que atraem turistas: a Páscoa e o Natal. O trem turístico precisa ser implementado.
A primeira preocupação é manter os serviços funcionando. Vamos evitar os gastos. Reduzimos muito despesas em compra de remédios por meio do Consisa. As despesas com exames também reduziram. Meta é ampliar arrecadação com aplicação de incentivos. O programa da nota fiscal ajudou nesse processo.
Como manter serviços e investir quando fontes de receita diminuem?
Colinas precisa de um choque de gestão. Deve reduzir a folha de pagamento. Nossa receita não cresceu. Pretendemos reestruturar a administração. Município precisa fazer mais com menos. Isso será feito por meio da redução de CCs, atração de novos empreendimentos e com a diversificação na agricultura.
Vamos dar maior apoio à Brigada Militar e ao Corpo de Bombeiros Voluntários. Pretendemos implantar um sistema de videomonitoramento. Colinas tem poucas entradas então fica fácil e teria um custo relativamente baixo. Maioria das cidades está adotando esse mecanismo. Para o interior, criaremos um canal de comunicação entre população dessa área com a Brigada Militar.
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Município recupera vias sem pavimentação
Cidades
LAJEADO - Equipes da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Sosur) atuam na recuperação de vias. No bairro São Bento, as vias recuperadas se situam nos loteamentos Alles Guth e Baviera. Já em Carneiros, a rua Pedro
Ruschel Sobrinho e Lindolfo Labres. No Jardim do Cedro, a via recuperada foi a Frederico Dellbrugge, sendo que no bairro Santo Antônio a manutenção de estradas ocorreu na rua Bernardino Pinto.
Pavimentações do PAC reiniciam neste mês Acordo entre Executivo, Justiça e MPF mantém R$ 2,2 mi do orçamento sob juízo RODRIGO MARTINI
Lajeado
O
Executivo garantiu o aval da Justiça Federal para dar sequência às obras de pavimentação financiadas pelo PAC. Os repasses da Caixa Econômica Federal (CEF) estavam suspensos desde janeiro a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que aponta possível superfaturamento de 11,09% sobre os R$ 20,5 milhões orçados para o asfaltamento de 14 trechos de vias urbanas. Nessa quarta-feira à tarde, na sala de audiência da 1ª Vara Federal, representantes do governo, da CEF e do consórcio formado pelas empresas Construtora Giovanella e Coesul se reuniram com o procurador da República, Cláudio Terre do Amaral, e a juíza federal, Ana Paula Martini Tremarin Wedy. Conforme acordo homologado pela magistrada, o MPF aceitou manter em depósito judicial o montante de R$ 2,2 milhões referentes ao suposto superfaturamento de 11,09%. Com isso, a CEF ganha autorização para reiniciar os repasses ao consórcio e, ao fim do julgamento da Ação Civil Pública (ACP), o valor retido será devolvido aos cofres
Entre os 14 trechos, o município cita a Arnoldo Uhry como uma das prioritárias em função dos apartamentos populares
da União, ou às empresas. Hoje, de acordo com os autos do acordo, 27,7% – ou R$ 5,6 milhões – do valor global do contrato já foi pago ao consórcio contratado. Além disso, o município e a CEF ainda precisam quitar cerca de R$ 1,5 milhão
referente a serviços já finalizados e ainda não pagos. Desse montante, R$ 170 mil ficam retidos pela Justiça. Além da retenção dos valores, o acordo exige uma fiscalização mais eficiente dos serviços de “escavação, carga e transporte” de terra. Segundo o parecer técnico assinado pela enge-
nheira civil do MPF, a análise pericial apontou a previsão de gasto desnecessário de R$ 980 mil com esse item do contrato. A administração já anunciou uma empresa terceirizada para os serviços de topografia.
“Confiamos na câmara” O secretário de Governo (Se-
gov), Auri Heisser, estima em dez dias o prazo de reinício das obras. Segundo ele, engenheiros da prefeitura finalizam auditoria para aferir os valores estimados para cobrir os prejuízos gerados com a suspensão. Nesta semana, um projeto de lei foi encaminhado à câmara de vereadores, solicitando crédito suplementar de R$ 980 mil para aditivar o contrato. “A nossa primeira estimativa ficou em torno de R$ 700 mil. Acreditamos que ficará um pouco acima desse valor, mas abaixo dos R$ 980 mil. O valor solicitado aos vereadores é para cobrir eventuais reajustes”, diz, citando certa prioridade à rua Arnoldo Uhry, onde a pavimentação é exigência para a liberação dos 448 apartamentos construídos pelo Minha Casa Minha Vida. Heisser cita também a necessidade de garantir, junto à CEF, o desbloqueio de outro R$ 1,5 milhão que o consórcio tem a receber. Na audiência, o empresário, Nilson Giovanella, afirmou que não reiniciaria os serviços sem a garantia dos aditivos. “A empresa não é obrigada a reiniciar as obras. Por isso confiamos na câmara para aprovar o projeto, evitando assim prejuízo ainda maior.”
União libera recursos para reforma da Escadaria Estrela A administração municipal recebeu a confirmação sobre liberação de verbas para a terceira etapa das obras de reforma da Escadaria de acesso
ao Rio Taquari. O aporte foi confirmado após a seleção de emenda no Orçamento da União pelo Ministério do Turismo. O valor empenhado é de R$ 243,7 mil e o município deve
entrar com contrapartida de R$ 2,4 mil. A próxima etapa da reforma inclui renovação de toda a praça, envolvendo o mirante, passeios e ajardinamento da área localizada acima do quiosque.
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Cidades
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Zoneamento urbano vira briga jurídica Moradores do bairro Carneiros querem anular resultado da audiência de junho EDUARDO AMARAL/ARQUIVO A HORA
Moradores contestam resultado de audiência no fim de junho. Alegam participação de pessoas de outros bairros
é apenas um canal de escuta da comunidade.”
Moradores insatisfeitos Foi muito planejado para favorecer um setor só. Um jogo de cartas marcadas, já estava definido o que ia ser feito.” Milton Brauwers Presidente da Associação do Bairro Carneiros
Apesar do entendimento de que a audiência de junho não teve poder para a mudança de zoneamento, os moradores estão insatisfeitos com a medida. Segundo o presidente da Associação, Milton Brauwers, o principal problema da reunião foi a participação de moradores de outros bairros. “Veio muita gente de fora dar opinião e é revoltante. Nós do bairro não podemos opinar porque o pessoal de fora vem e manda.” Segundo ele, essa participação externa foi uma estratégia de empresas interessadas na exploração comercial da área. “Foi muito planejado para favorecer um setor só. Um jogo de cartas marcadas, já estava definido o que ia ser feito.” Brauwers diz estar decepcionado com a decisão do MP. “Nós esperávamos a reverção ou nos dar outra oportunidade para a população de Carneiros decidir.” De acordo com o presidente, a decisão do MP ainda pode ser questionada. “Passei isso para o nosso assessor jurídico para ver o que podemos fazer ainda. Estamos estudando o que podemos fazer ainda.”
Entenda o caso No dia 30 de junho, os morado-
RELEMBRE A polêmica envolvendo a mudança de zoneamento no bairro Carneiros gerou uma série de reportagens do A Hora. 4
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Reportagem: Eduardo Amaral EDUARDO AMARAL
Audiência no clube Corinthians, do bairro Carneiros, apresentou as possíveis alterações para uso do solo. Presença de moradores de outros bairros gerou críticas
MUDANÇAS NO PLANO DIRETOR
Investidores e moradores divergem sobre uso do solo As alterações no Plano Diretor apresentadas nessa quinta-feira, 30, gera controvérsias. Durante audiência pública, investidores e moradores do bairro Carneiros debateram por mais de duas horas a liberação para construção em um terreno de 68 mil metros quadrados localizado no bairro. Lajeado
D
e um lado, investidores defendem o projeto de um condomínio de casas como forma da cidade “se voltar” para o rio Taquari. Na outra ponta estão moradores temerosos pelos impactos ambientais e sociais da obra, e o risco de uma “invasão imobiliária” às margens do rio. A proposta, aprovada por 166 votos a 53, modifica a denominação de Unidade Territorial Especial (UTE) para Unidade Territorial Residencial Unifamiliar (UTRU). Com isso, seria liberada a construção de resi-
dências de até nove metros de altura, contando com o telhado. Para a mudança ser efetivada é necessário a apresentação, e consequente aprovação, de um projeto na câmara de vereadores, o que deve ocorrer nos próximos meses.
Grupo quer anular audiência Ao longo do encontro os moradores do Carneiros criticaram a presença de residentes de outras localidades. “Só vota quem é do bairro”, reivindicaram os contrários a mudança. Insatisfeitos com o resultado da audi-
Sendo uma mudança no Plano Diretor, quem deveria primeiro opinar são os moradores do bairro.” Cristiano Danieli Geólogo
ência pública, o grupo contrário a decisão promete recorrer a Justiça para cancelar a decisão. Para o advogado Adriano Luiz Schwingel, a condução do encontro será usada como argumento na defesa. “Ela foi feita de forma a confundir os participantes e sem levar em conta o interesse dos moradores, mas de um empreendedor”, avaliou Schwingel, que se diz “nascido” no Carneiros e hoje reside em outro bairro da cidade. Outra crítica foi o rito do processo de alteração. Diferente de outras propostas do gênero, esta foi apresentada direto para o Conselho de Política Urbana
(Copur). Somente após o conselho dar parecer favorável a mudança, é que a proposta foi levada para a audiência pública. Um dos mais contundentes crítico das medidas, o geólogo Cristiano Danieli, reclama pelo fato os moradores não terem sido ouvidos. “Sendo uma mudança no Plano Diretor, quem deveria primeiro opinar são os moradores do bairro.” Outra preocupação apresentada pelos moradores é o risco de construção em áreas com risco de alagamento. “Já foi feito estudos apresentados no Condema e, pelo menos, 70% da área é alagável, e as porções que não ficam ilhadas todo o ano durante a enchente”, afirma Danieli, que além de geólogo é morador de Carneiros. Os atuais moradores temem não poder mais criar animais e plantações com a chegada dos novos vizinhos. Além disso, existe também o receio dos moradores de deixar de lado as atividades agrícolas desenvolvidas hoje. “Com o tempo e pessoas vão morar lá e vão reclamar das atividades que estão ocorrendo em volta das residências e elas vão acabar ganhando.” De acordo com o geólogo, com as reclamações os atuais residentes vão abandonar as atividades. Outro temor é a desvalorização da região com a vinda de novos moradores. “A previsão para 40 anos é alguns núcleos de habitações de nível alto e em volta disso um monte de favelas”, avalia Daminai. Na avaliação dele, esse risco acontece porque as áreas alagadas serão ocupadas de forma irregular.
Empresários defendem o projeto
REPRODUÇÃO
Demarcação é a área aproximada a ser alterada por novo zoneamento, que depende de aprovação da câmara
Alberto Pasqualini
A
audiência pública de mudança no zoneamento de área no bairro Carneiros foi contestada no Ministério Público pela Associação dos Moradores. Na ação, o grupo pedia a suspensão do encontro, alegando falta de prazo para convocação de moradores e do mapa da área onde o zoneamento seria alterado. No dia 11 de agosto, o promotor Sérgio Diefenbach indeferiu o pedido de investigação e arquivou o processo. Porém, a medida não significa a mudança definitiva da área e liberação para construções. Na avaliação do promotor, como não há um projeto de lei tramitando na câmara de vereadores, a audiência não tem valor. “Esta audiência não está vinculada a nenhum projeto, ou seja, não está dentro de nenhum processo legislativo. Desse modo não entendi ser necessário anular algo que não tem efeito jurídico”, explica Diefenbach. O entendimento do promotor é diferente do apresentado durante o encontro realizado no dia 30 de junho. Na época, os moradores foram informados de que um projeto seria encaminha ao Legislativo para confirmar a decisão tomada naquele momento. A polêmica audiência autorizou a mudança na área, a qual permitira construções em uma região até então considerada rural. Para Diefenbach, o encontro deveria ser realizada com o projeto
já em andamento na câmara de Lajeado. “Não me parece que ela tenha tanto efeito jurídico, por isso arquivei o expediente. Se houver o projeto, vamos verificar o andamento.” Para ele, caso o projeto de mudança seja apresentado, uma nova audiência precisará ser agendada. “Vou sugerir à câmara uma nova consulta à população.” O promotor é cauteloso ao analisar a possibilidade dos vereadores não acatarem a sugestão. “Teremos de analisar, não tenho como afirmar agora que eu, ou algum cidadão, vai ajuizar alguma ação.” Diefenbach ressalta um entendimento diferente em relação ao poder de decisão de uma audiência pública. “Tenho convicção muito pessoal que ela não tem nenhum caráter deliberativo, ele
Av. Senador
Lajeado
Univates
Av. Sabiá
Carneiros neiros
ENTENDA O IMBRÓGLIO Como é: Atualmente a área marcada no mapa é considerada uma Unidade Territorial Especial (UTE). Dessa forma, as construções na região dependem de autorização do Poder Público. Como passa a ser: A proposta prevê a mudança para Unidade Territorial Residencial Unifamiliar (UTRU). Com isso, são autorizadas construções residenciais de até nove metros de altura, incluindo o telhado. Principal impasse: Moradores do bairro Carneiros são contra a mudança por temerem perder o direito de manter a produção rural da região. Outro problema apontado por eles é o risco de favelização do bairro, com construções irregulares ao redor de condomínios legais. Próximos passos: Para a mudança ser efetivada um projeto de lei deve ser apresentado na Câmara de Vereadores nos próximos meses. Caso aprovada, a proposta vai para a sansão do prefeito.
e eles elogiaram a proposta”, garante o arquiteto. Na avaliação de Nesselo e do sócio da DNW, André Damiani, a reação contrária vista na reunião é resultado de pressões e desinformação sobre as “nossas boas intenções.” Damiani garante que a ideia do investimento é revitalizar a área, a qual hoje estaria com o acesso restringido em razão das
propriedades. Os empresários garantem que 32% da área comprada será disponibilizada à comunidade. De acordo com ele, muitos dos que votaram contra na quinta-feira, foram favoráveis inicialmente ao projeto. Quanto a acusação de ter inflamado moradores de outros bairros para votar a favor do projeto, Damiani é taxativo. “A
audiência pública é aberta para todos, não só os moradores do bairro. Eu não comprei ninguém para ir lá.” Sobre o andamento do processo, confirma ter realizado o procedimento legal. “O primeiro passo apresentar ao Copur e depois levar a audiência pública. Pela primeira vez fizemos o processo correto.”
A mudança é necessária” Segundo o presidente do Copur, Leandro Vernei Eckert, a alteração de zoneamento é necessária para garantir o desenvolvimento da cidade. A Hora – Por que o Copur enviou para a análise uma área de mudança de zoneamento maior do que o pedido pelos empreendedores? Leandro Vernei Eckert – Porque a gente não pode tratar por interesses privados de cada empreendedor. Ou a gente faz uma mudança que o Copur entende ser benéfica para o município ou a gente não faz nada. Foi uma aprovação unânime do Conselho. A gente está tirando de uma área especial para botar uma área muito restrita que é o de Unidade Familiar, que é o uso mais restrito que tem no Plano diretor. Os moradores temem perder o espaço usado para atividade agrícola. Isso pode acontecer? Eckert – Não, porque enquanto eles não decidirem fracionar a área deles permanecem como estão. Uma coisa é bom lembrar, ali é perímetro urbano. Com o passar do tempo, um empresário vai fazer um empreendimento, outro empresário vai querer fazer outro empreendimento, os outros proprietários vão querendo vender. Isso vai acontecer naturalmente. Outro temor dos moradores é o risco de “favelização” do local com
ocupações irregulares? Eckert – Jamais vai haver uma favelização ali, a menos que eles deixem invadir as áreas deles. Toda a área ali tem propriedade. Favelização existe quando não tem propriedade, quando tem área pública, que não tem destinação nenhuma. Segundo um dos moradores, que é geólogo, 70% da área é alagadiça. Eckert – Isso é uma fantasia. Não é todo esse volume de água que invade aquela região, não acredito nisso. Área alagada não significa construção, ninguém pode construir abaixo da cota estipulada pelo Plano Diretor. Ninguém vai utilizar essa área para fazer edificação, ninguém vai poder invadir APP. - Como vocês estão pensando em equilibrar desenvolvimento e preservação ambiental? Eckert – Hoje lá não existe nenhuma preservação ambiental, muito pelo contrário, o que existe é um dano ambiental enorme. O que existe lá? Lavoura, que colocam veneno e quando chove vai todo para o rio, criação de animais e uma grande quantidade de dejetos que vão diretamente para o rio, não existe corredor ecológico, não existe 100 metros de mata nativa, é lavoura até a beira do rio. Então é uma fantasia de que lá hoje tem um cuidado ambiental. Lá existe exploração agrícola com aplicação de veneno.
A ideia de construir às margens do Taquari começou um ano e meio atrás, quando a empresa DNW comprou três áreas no bairro Carneiros. Começou a elaboração do projeto, assinado pelo arquiteto Marcos Nesello, que hoje prevê a construção de aproximadamente 14 lotes residenciais. De acordo com Nesello, antes mesmo de levar a ideia ao Copur, o projeto foi apresentado aos moradores do bairro. “Nós mostramos para os moradores e para o presidente da associação,
No dia 2 de julho moradores e investidores foram ouvidos 4
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Reportagem: Eduardo Amaral
ça pode ser boa para um todo, mas ela vai desagradar outros.” Quando a frente da pasta de Planejamento, no início dos anos 2000, Kieling viu o projeto do novo Plano Diretor ser travado pelo Legislativo. “Discutimos isso 20 anos atrás. Poderíamos ter sido pioneiros, mas não houve esse entendimento na época.” Ele é um dos defensores de uma readequação ampla da atual legislação. Entre as propostas sugeridas estão estudos sobre a taxa de ocupação, índice de aproveitamento e uma nova lei de zoneamento. Conforme Kieling, é necessário pensar nas mudanças capazes de unir o crescimento urbano aos interesses da população. “Ampliar algumas áreas é necessário. Uma cidade que restringe muito acaba trancando o desenvolvimento econômico.”
O Plano Diretor precisa ser discutido de forma ampla e não pontual” Urbanista e professora no curso de Arquitetura da Univates, Alice Rauber, ressalta a importância da população decidir como será a ocupação da cidade nos próximos anos. A Hora – A polêmica em Carneiros foi a decisão do Copur definir a área de alteração no uso do solo devido ao pedido de empreendedores. Como a senhora avalia essa questão? Alice Rauber – Se fosse apenas o caso de alteração de uma área em função só de um empreendimento já estaria completamente errado, EDUARDO AMARAL
Norma federal, a partir do Estatuto das Cidades, exige que os governos municipais atualizem os Planos Diretores. Em Lajeado, propostas para revisão geral da lei dividem opiniões e provocam conflitos
Impasse alerta necessidade de atualizar o Plano Diretor A mudança no zoneamento do bairro Carneiros trouxe à tona os problemas do Plano Diretor. Especialistas apontam a necessidade de um debate amplo e modificações profundas na lei. Soma-se a isso a norma do Estatuto das Cidades, que obriga atualização dos planos até o fim deste ano
Lajeado
O
caso de Carneiros é mais um capítulo no complexo processo de definição das diretrizes sobre o uso do solo. A polêmica da vez ocorre porque os moradores do bairro não concordam com a mudança proposta pelo Conselho de Política Urbana (Copur) de transformar a área de Unidade Territorial Especial (UTE) para Unidade Territorial Residencial Unifamiliar (UTRU). A alteração, aprovada em Audiência Pública no dia 30 de junho, permite a construção de casas de até nove metros de altura. O Copur propôs as mudanças após receber o pedido de construção de um condomínio fechado em 6,8 hectares do bairro. Ao invés de se ater a modificar apenas a área onde o empreendimento será construído, o Conselho optou por definir uma área maior para a mudança, facilitando assim futuros investimentos imobiliários no bairro. O mestre em planejamento urbano e regional, Augusto Alves, avalia positiva-
mente a postura do Copur. “É coerente, se a demanda partiu de um investidor, está correto o Conselho em não modificar apenas a área do empreendimento.” Apesar disso, o urbanista ressalta que o caso Carneiros faz parte de uma discussão maior, na qual a ocupação da cidade nos
Discutimos isso 20 anos atrás. Poderíamos ter sido pioneiros, mas não houve esse entendimento.” André Kieling Arquiteto e ex-secretário de planejamento
próximos anos deve ser debatida. Para Alves, a população precisa estar mais atenta às mudanças na cidade. “Há muito pouca reflexão nos assuntos da sua cidade e o plano diretor afeta todo mundo, e esse debate não acontece.” Para Alves, esse cenário cria uma situação negativa, com mudanças pontuais de acordo com desejos privados. “Quem quer fazer alguma coisa pede para mudar a área, então muda-se aquela área e a pessoa é beneficiada. Mas isso não é o correto, porque se beneficia um grupo.”
porque vai atender o interesse de um empreendedor. Mas os Planos Diretores não são leis fixas e imutáveis, então há margem para mudanças pontuais. O problema em Lajeado é que o plano está defasado. Ele tem a data de 2006, mas na verdade é mais antigo. Ele se chama PDDI (Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado). Até o nome dele já remete a década de 1960 e 1970. Desde então, ele foi remendado para atender normas federais. Em 2006, teve essa adequação ao Estatuto da Cidade. Ele é atrasado porque tem um conjunto de regras mas não tem uma visão estratégica, não se sabe o que se quer para a cidade. Questões fundamentais como para onde a cidade deve crescer, o que é mais importante ser preservado, a gente quer concentrar a cidade ou que ela se espalhe. Então a gente vê vários problemas no zoneamento, e um deles é o que dá essa polêmica toda. Essas Unidades Territoriais Especiais não têm definições sobre o que seriam, a princípio não pode nada e pode tudo. É aberto a interpretações, o que não é bom, pois ocasiona conflitos. Por isso acho que ambas as reivindicações são legítimas, e é como um jogo em que as regras não estão claras, então ambos se acham no direito de reivindicar. E como tem um problema de clareza do Plano Diretor, que não define se a área é urbana e rural.
A arquiteta Alice Rauber destaca as medidas apontadas no Estatuto das Cidades como forma de garantir o crescimento econômico preservando o ambiente e a qualidade de vida da população.
Prazo chegando ao fim Aprovado em 2001, o Estatuto das Cidades determinou até o fim deste ano a atualização dos Planos Diretores. Pela tendência, Lajeado deve terminar o ano sem apresentar a nova lei. Para o arquiteto e ex-secretário de planejamento, André Kieling, o plano não foi efetivado devido ao pensamento individualista de setores da sociedade. “Sempre devemos pensar no macro. Claro que a mudan-
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Cidades
A HORA · TERÇA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2016
Governo posterga término do Plano Diretor
ANDERSON LOPES
Qual seria a saída para esses problemas? Alice – O Plano Diretor precisa ser discutido integralmente e não pontualmente. Eu dou aula de planejamento urbano e uso o plano de Lajeado como material e a cada ano eu baixo uma atualização, e isso não é um bom sinal. Não pode pode ser totalmente inflexível, mas também não pode ser uma coisa banal mudar o zoneamento de uma área. E isso tem acontecido em Lajeado, toda a hora tem alterações baseadas em questões pontuais. Tem que se tomar uma decisão em relação ao território abrangente, global definindo o que se quer para a cidade. O crescimento populacional é inevitável, até mesmo pelas boa situação econômica da região. Para onde essa nova população pode ir, impedindo ocupações irregulares e inseguras? Alice – Essa é uma questão complexa e entramos no problema de déficit habitacional. Existe um mercado formal de habitação e nem todo mundo tem acesso a esses imóveis, e tem se tornado muito difícil em razão da especulação imobiliária. O Estatuto da Cidade prevê instrumentos para combater a especulação, formas de controlar o preço da terra. Estes instrumentos são bem polêmicos e poucas cidades se arriscaram a implementar. Mas a saída é controlar o valor da terra. Lajeado está crescendo muito e provavelmente vai continuar assim. E ao contrário do que muitas vezes se diz, aqui tem bastante área para crescer, mas caras.
Ano eleitoral e complexidade na elaboração da norma impedem apresentação do texto ANDERSON LOPES
Lajeado
mendos. O governo garante que a demora é justificada em razão do cuidado com o texto do próximo Plano
A
pontada por especialistas como fundamental para o desenvolvimento municipal, a nova versão do Plano Diretor não deve ficar pronta em 2016. Mesmo com o prazo dado pelo Estatuto das Cidades para a alteração encerrando no fim do ano, o poder público garante ser inviável a conclusão. Os altos custos para a elaboração das novas regras aliados ao período eleitoral são os principais entraves apontados pelo governo. Sem a perspectiva de uma nova lei, alterações pontuais são feitas, o que causa controvérsia. A mudança de zoneamento no bairro
Diretor. Espera conseguir projetar o crescimento municipal pelos próximos dez anos. A ideia é evitar mudanças recorrentes nas regras.
RELEMBRE O CASO 4
A HORA · FIM DE SEMANA, 9 E 10 DE JULHO DE 2016
ANDERSON LOPES
Nova lei deve prevalecer por dezanos, de acordo com o Ministério das Cidades
Carneiros, aprovada em audiência pública há duas semanas, foi uma das mais polêmicas. A saída encontrada pelo governo gera críticas entre especialis-
tas, como relatado em matéria do A Hora no fim de semana. Estudiosos apontam a alternativa como problemática, e classificam as mudanças paliativas como re-
O Plano Diretor de Lajeado foi o tema da reportagem do A Hora de sábado.Especialistas apontaram a necessidade de finalização da lei para definir o futuro das ocupações na cidade.
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Reportagem: Eduardo Amaral
ça pode ser boa para um todo, mas ela vai desagradar outros.” Quando a frente da pasta de Planejamento, no início dos anos 2000, Kieling viu o projeto do novo Plano Diretor ser travado pelo Legislativo. “Discutimos isso 20 anos atrás. Poderíamos ter sido pioneiros, mas não houve esse entendimento na época.” Ele é um dos defensores de uma readequação ampla da atual legislação. Entre as propostas sugeridas estão estudos sobre a taxa de ocupação, índice de aproveitamento e uma nova lei de zoneamento. Conforme Kieling, é necessário pensar nas mudanças capazes de unir o crescimento urbano aos interesses da população. “Ampliar algumas áreas é necessário. Uma cidade que restringe muito acaba trancando o desenvolvimento econômico.”
O Plano Diretor precisa ser discutido de forma ampla e não pontual” porque vai atender o interesse de um Qual seria a saída para esses empreendedor. Mas os Planos Direproblemas? Alice – O Plano Diretor precisa tores não são leis fixas e imutáveis, então há margem para mudanças ser discutido integralmente e não pontualmente. Eu dou aula de pontuais. O problema em Lajeado é que o plano está defasado. Ele tem a planejamento urbano e uso o data de 2006, mas na verdade é mais plano de Lajeado como material e a cada ano eu baixo uma atualiantigo. Ele se chama PDDI (Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado). zação, e isso não é um bom sinal. Até o nome dele já remete a década Não pode pode ser totalmente inflexível, mas também não pode de 1960 e 1970. Desde então, ele foi remendado para atender normas feser uma coisa banal mudar o derais. Em 2006, teve essa adequação zoneamento de uma área. E isso tem acontecido em Lajeado, toda ao Estatuto da Cidade. Ele é atrasado porque tem um a hora tem alterações baseadas função só de um empreendimento conjunto de regras mas não tem uma em questões pontuais. Tem que se tomar uma decisão em relação já estaria completamente errado, visão estratégica, não se sabe o que Norma federal, a partir Cidades, exige municipais atualizem global os Planos Diretores. Em Lajeado, propostas para revisão geral da lei dividem opiniões e provocam conflitos se quer paradoaEstatuto cidade.dasQuestões fun-que os governos ao território abrangente, EDUARDO AMARAL damentais como para onde a cidade definindo o que se quer para a cidade. deve crescer, o que é mais importante ser preservado, a gente quer concentrar a cidade ou que ela se espalhe. O crescimento populacional é inevitável, até mesmo pelas Então a gente vê vários problemas no zoneamento, e um deles é o que dá boa situação econômica da essa polêmica toda. Essas Unidades região. Para onde essa nova população pode ir, impedindo Territoriais Especiais não têm definições sobre o que seriam, a princípio ocupações irregulares e insenão pode nada e pode tudo. É aberto guras? Alice – Essa é uma questão a interpretações, o que não é bom, pois ocasiona conflitos. Por isso acho complexa e entramos no probleque ambas as reivindicações são lema de déficit habitacional. Existe um mercado formal de habitação gítimas, e é como um jogo em que as Lajeadoe nem todo mundo tem acesso a mente a postura do Copur. “É coerente, se a próximos anos deve ser debatida. Para Alregras não estão claras, então ambos esses imóveis, e tem se tornado demanda partiu de um investidor, está cor- ves, a população precisa estar mais atenta se acham no direito de reivindicar. E muito difícil em razão especucomo tem um problema de clareza caso de Carneiros é maisdaum ca- reto o Conselho em não modificar apenas a às mudanças na cidade. “Há muito pouca do Plano Diretor, que não define se a lação Estatutode da área do empreendimento.” reflexão nos assuntos da sua cidade e o plapítuloimobiliária. no complexoOprocesso Cidade prevê área é urbana e rural. Apesar disso, o urbanista ressalta que o no diretor afeta todo mundo, e esse debate definição das instrumentos diretrizes sobrepara o combater a especulação, formas uso do solo. A polêmica da vez caso Carneiros faz parte de uma discussão não acontece.” de controlar o preço da terra. EsPara Alves, esse cenário cria uma situaocorre porque os moradoressão do bairro não maior, na qual a ocupação da cidade nos tes instrumentos bem polêmição negativa, com mudanças pontuais de concordam a mudança proposta pelo coscom e poucas cidades se arriscaacordo com desejos privados. “Quem quer Conselho ram de Política Urbana Mas (Copur) de é a implementar. a saída fazer alguma coisa pede para mudar a transformar a área odevalor Unidade Territorial controlar da terra. A arquiteta Alice Rauber destaca as meLajeado está crescendo muito área, então muda-se aquela área e a pessoa Especial (UTE) para Unidade Territorial Re- e didas apontadas no Estatuto das Cidades vai continuar asé beneficiada. Mas isso não é o correto, porsidencial provavelmente Unifamiliar (UTRU). como forma de garantir o crescimento sim. Eaprovada ao contrário do que muitas que se beneficia um grupo.” A alteração, em Audiência Púeconômico preservando o ambiente e a vezes diz, aqui temabastante blica no dia 30 desejunho, permite construqualidade de vida da população. área para crescer, mas caras.
Urbanista e professora no curso de Arquitetura da Univates, Alice Rauber, ressalta a importância da população decidir como será a ocupação da cidade nos próximos anos.
A Hora – A polêmica em Carneiros foi a decisão do Copur definir a área de alteração no uso do solo devido ao pedido de empreendedores. Como a senhora avalia essa questão? Alice Rauber – Se fosse apenas o caso de alteração de uma área em
Impasse alerta necessidade de atualizar o Plano Diretor
A mudança no zoneamento do bairro Carneiros trouxe à tona os problemas do Plano Diretor. Especialistas apontam a necessidade de um debate amplo e modificações profundas na lei. Soma-se a isso a norma do Estatuto das Cidades, que obriga atualização dos planos até o fim deste ano
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ção de casas de até nove metros de altura. O Copur propôs as mudanças após receber o pedido de construção de um condomínio fechado em 6,8 hectares do bairro. Ao invés de se ater a modificar apenas a área onde o empreendimento será construído, o Conselho optou por definir uma área maior para a mudança, facilitando assim futuros investimentos imobiliários no bairro. O mestre em planejamento urbano e regional, Augusto Alves, avalia positiva-
Discutimos isso 20 anos atrás. Poderíamos ter sido pioneiros, mas não houve esse entendimento.” André Kieling Arquiteto e ex-secretário de planejamento
Prazo chegando ao fim
Aprovado em 2001, o Estatuto das Cidades determinou até o fim deste ano a atualização dos Planos Diretores. Pela tendência, Lajeado deve terminar o ano sem apresentar a nova lei. Para o arquiteto e ex-secretário de planejamento, André Kieling, o plano não foi efetivado devido ao pensamento individualista de setores da sociedade. “Sempre devemos pensar no macro. Claro que a mudan-
[...] como vai se fazer um trabalho tão delicado em ano eleitoral.” ser feito nos novos loteamentos, essa é uma das coisas que vai mudar o futuro. Outra questão é a densidade demográfica, o novo Plano tem de pensar a questão da mobilidade urbana e distribuição da população.
A Hora – Por que é tão difícil elaborar um novo Plano Diretor? Marta Peixoto – Não é que seja difícil, o Plano Diretor é uma coisa muito trabalhosa, custa caro, leva mais de um ano para ser feito. Então é uma coisa extensa. E exatamente o que temos de evitar são essas mudanças de menos de dez anos. Tu compra o terreno e não tem nenhuma garantia, porque no mês que vem alguém pode mudar o Plano Diretor, e isso não pode acontecer. Ele tem que ser mais cuidado, mais duradouro, e existe uma aconselhamento do Ministério das Cidades que a cada dez anos se faça um novo estudo. Não é jogar tudo fora e começar de novo. Nós já estamos no limite desse prazo, não foi feito porque é ano eleitoral, como vai se fazer um trabalho tão delicado em ano eleitoral. Mas, durante a nossa administração, a gente fez toda a revisão da Lei dos Loteamentos, que está dentro do Plano Diretor. E o que rege a cidade não é só o Plano, é também o Código de Edificações. Então tudo isso é um conjunto de instrumentos para ordenar o crescimento e o dia a dia da cidade. Como é projetado o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e crescimento populacional, com qualidade de vida e preservação ambiental? Marta – Acho que o primeiro passo foi dado com a Lei dos Loteamentos, porque até então tínhamos o mínimo de regramento. Para conservar e manter o rio, temos que tratar o esgoto, esse foi o primeiro passo. Vamos levar anos para que isso seja efetivado e não se tenha mais nenhuma contaminação nos rios e córregos. Lajeado é cortada por córregos, então o esgoto é tratado com fossas e sumidores, mas a terra satura. Isso agora já não vai
O Estatuto das Cidades prevê formas de combate a especulação imobiliária, como o IPTU progressivo, entre outras. Elas são medidas muito polêmicas. Podem ser implementadas em Lajeado? Marta – Acho que nós temos condições de implantar porque temos uma sociedade muito participativa. Uso como exemplo o estudo dos loteamentos. Lógico que tem especulação imobiliária, não somos ingênuos. Mas temos de achar a melhor maneira de conviver. Eu acho que é possível. Existe uma previsão para finalizar o novo Plano Diretor?
O vereador hoje tem o poder de mudar, quando alguém tem uma necessidade, procura o vereador e muda”
Marta – O plano que nós temos não é ruim, o problema foram as alterações feitas pontualmente, o que cria uma malha fragmentada, e isso vem sendo feito. E nesses últimos anos, houve muito mais intenção de modificação. O vereador hoje tem o poder de mudar, quando alguém tem uma necessidade, procura o vereador e muda. E eles mesmos (atual legislatura) estão sentido que não deve ser feito assim. Mas eles têm de ser pessoas com consciência, que não devem propor essa mudança a bel prazer, pois tem um Conselho de Políticas Urbanas. Não tem a participação da comunidade, que só vai quando tem muito interesse. Não é só culpa dos vereadores. A comunidade, o poder público, todo mundo tem sua parcela de culpa.
No dias 9 e 12 de julho, o jornal discutiu a importância de alterar o Plano Diretor de Lajeado
res foram chamados para uma audiência pública, realizada na sede de Clube Corinthians. Na ocasião, foi debatida a mudança no zoneamento de parte da região, a qual seria transformada de Unidade Territorial Especial (UTE) para Unidade Territorial Residencial Unifamiliar (UTRU). O encontro foi marcado por embates e muitas discussões, mas mesmo com protestos a mudança foi aprovada por 166 votos a 33.
Com a mudança ficaria autorizada construção de condomínios residenciais com casas de até nove metros de altura. A alteração foi pedida por um grupo de empresários interessado em investir no local. Depois da aprovação na audiência um projeto deveria ser encaminhado à câmara de vereadores para efetivar a alteração. Segundo o levantamento feito pleo MP, isso não ocorreu até agora.
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A HORA · SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2016
“Tudo que procuramos fazer, temos em mente que queremos fazer bem-feito”
Docile completa 25 anos e prevê novidades ARQUIVO A HORA
Lajeado
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produção de doces faz parte da identidade da família Heineck. O trabalho é realizado desde 1936, quando Natalício iniciou a fabricação de balas em uma garagem de caminhão. Foi dessa tradição que surgiu a vontade dos netos Alexandre, Fernando e Ricardo de fundarem a Docile. O fato ocorreu no dia 2 de setembro de 1991. Em um primeiro momento, o objetivo deles era revender glucose e amido (matéria-prima para produção de balas e biscoitos). Por isso, a empresa se chamava Glucoamido. Tudo mudou em 1994, quando os empresários adquiriram a primeira máquina e passaram a produzir refrescos em pó nos sabores abacaxi, maracujá, guaraná, limão, laranja e uva. Quatro anos depois, a Glucoamido mudou de nome e passou a se chamar Docile. “Queríamos um nome que fizesse referência ao doce”, relembra o atual diretor industrial, Fernando Heineck. Além disso, a empresa ganhou um novo parque industrial nas proximidades da RS-130 (local onde funciona hoje). Em 1999, iniciou-se a produção das balas de goma (produto mais prestigiado da Docile).
Empresa fundada em setembro de 1991 projeta faturar R$ 210 milhões neste ano
Docile em números 750 funcionários 2 unidades (Lajeado/RS e Vitória de Santo Antão/PE) 2,2 milhões de quilos por mês 50 países compram os produtos 6 linhas de produtos (balas de goma, chicles de bola, refrescos em pó, pastilhas, balas de gelatina e marshmallows) R$ 210 milhões (faturamento previsto em 2016)
O maquinário foi adquirido de uma empresa de Erechim em troca de glucose. Junto, os empresários conseguiram equipamentos para produzir também pastilhas de açúcar – processo que iniciou em 2001 com o sabor hortelã. Último grande passo da empresa foi a instalação de uma unidade industrial no estado de Pernambuco, em 2013. “Foi um desafio para nós levar a produção para outro estado”, destaca Fernando. Neste ano, a empresa começou a funcionar em prédio próprio, na cidade de Vitória do Santo Antão.
A Hora – Quais os projetos para o futuro? Fernando Heineck – A Docile adquiriu a área de terras ao lado da empresa. Estamos em fase final de licenças ambientais para a construção de um prédio de 7,5 mil metros quadrados. Queremos atuar em outros segmentos do mercado. Até agora, focamos no segmento atacadista. Hoje, começamos a buscar espaço para atender o mercado de festas, redes de supermercados, distribuidores. A Docile também começa a analisar a possibilidade de aquisição de outras empresas. Estudamos algumas ofertas de aquisição de outras empresas dentro do nosso segmento de alimentação. Fale das maiores dificuldades nos 25 anos de empresa? Heineck – As maiores dificuldades sempre ocorreram quando o país oferece uma estabilidade política e econômica como a que ocorre nos últimos tempos. No começo da empresa, a escassez de recursos também foi um limitador das possibilidades e sonhos que tínhamos.
Com 25 anos, a diretoria da Docile (composta pelos três irmãos e pela diretora administrativa Leonita dos Santos Boufet) projeta novidades para
Olhando para o mercado, a gente sempre procurou produzir linhas de produtos não muito comuns, um portfólio diferenciado dos fabricantes de doces brasileiros. Logicamente isso gerou uma dificuldade extra. Foi necessário muita pesquisa e estudo para aprimorar os produtos. Na sua opinião, quais foram os fatores fundamentais para a Docile se consolidar no mercado? Heineck – O fator que a gente julga o mais forte é fazer bem-feito. Ou seja, tudo que procuramos fazer, temos em mente que queremos fazer bem-feito. Nós divulgamos isso muito internamente. Tem a gestão das pessoas. Os colaboradores têm acesso às informações da empresa, podendo contribuir com o dia a dia numa gestão participativa. Primamos também pela responsabilidade em todas as ações, desde a produção, até o envio da mercadoria e colocação nas prateleiras do mercado. Também trabalhamos com o foco da responsabilidade social, cuidando das questões ambientais.
o futuro. Entre elas, a construção de um prédio para atender o mercado de festas, redes de supermercados e distribuidores e a aquisição de novas empresas.
Jucergs anuncia mais agilidade e modernização nos serviços Vale do Taquari Menos burocracia e mais agilidade na prestação de serviços da Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs) são anseios da classe contábil. E foi para apresentar os avanços previstos pela autarquia estadual que o Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Vale
do Taquari (Sincovat) promoveu ontem reunião-almoço com o tema: “A Junta Comercial na era digital”. O assunto foi abordado pelo presidente Jucergs, Paulo Roberto Kopschina. Cerca de 70 profissionais contábeis da região acompanharam o evento. O dirigente anunciou para novembro o novo portal da Jucergs, mais moderno, prático e fácil de
usar. Também comentou sobre o trabalho de ampliação dos atuais 58 escritórios regionais e postos de atendimento para cem até o fim de 2017. Ao mapear o universo de empresas existentes no cadastro da Jucergs, Kopschina informou que são 3,2 milhões de organizações, sendo cerca de 1,3 milhão ativas. Com a implantação da Junta
Digital/Sem Papel, os contadores gaúchos poderão abrir uma empresa sem saírem do escritório, via digital. As mudanças incluem a disponibilização, pela internet, dos serviços como abertura de empresas, alteração e extinção. De janeiro a julho, a intenção do órgão é ainda receber os documentos em papel. A partir de então, apenas no formato
eletrônico. A programação contou com o apoio da Associação das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Vale do Taquari (Aescon) e da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), que também participaram do evento com seus presidentes e associados.
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A HORA · SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2016 ANDERSON LOPES
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Além da ajuda financeira, encontro também serviu para divulgar atividades
Evento arrecada verbas à FundeF Happy Hour ocorreu ontem à noite Lajeado
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erca de 200 pessoas participaram ontem à noite da 3ª edição do Happy Hour Solidário, promovido pela empresa Capital Verde. Realizado no All In Pub, o evento beneficiou a Fundação para Reabilitação das Deformidades Craniofaciais (FundeF). A instituição atende mensalmente cerca de duas mil pessoas. De acordo com a consultora e gestora de capital da Capital Verde, Raquel Winter Reali, a proposta surgiu após a empresa realizar uma consultoria junto à direção da FundeF. “Vimos como é incrível o trabalho desenvolvido por eles, mesmo com dificuldades de estrutura.” Raquel destaca a importância do Happy Hour para divulgar as ações da instituição.“Mais do que o valor arrecadado é fazer com que as pessoas conheçam e sejam parceiras para manter a FundeF operando.” Horas antes do evento, ela comemorava o sucesso antecipado. “Recebi diversas ligações ao longo do dia de pessoas querendo participar, mas os ingressos estavam esgotados.” O valor arrecadado será revertido integralmente à FundeF.
Oportunidade de divulgação Além do dinheiro arrecadado durante o Happy Hour, a gerente administrativa da FundeF, Graziela Finatto, destaca a oportunidade para divulgar o trabalho. “Muitas pessoas participam
desse evento, e assim conhecem melhor nossa atuação.” Graziela ressalta os atendimentos realizados em outros municípios. “Nós temos pacientes em todo estado, atendemos muitas pessoas da região e de localidades mais distantes.” De acordo com Graziela, o fato de a FundeF ter sido escolhida como beneficiária foi muito comemorado entre os profissionais. “Todos estamos lisonjeados e vemos isso como uma homenagem aos funcionários e pacientes da instituição.”
Saiba mais sobre a FundeF Idealizada por Wilson Dewes, a primeira reunião do que viria a ser a FundeF foi realizada no dia 11 de julho de 1991. Junto com outros profissionais da saúde, Dewes decidiu criar em Lajeado um centro especializado na reabilitação de pacientes com deformidades craniofaciais em especial fissuras labiopalatais. O primeiro atendimento ocorreu no ano seguinte, inicialmente no escritório particular de Dewes. Com a demanda crescente de pacientes, eles conquistaram em 1993 instituir a FundeF, e a instituição mudou a sede para o Hospital Bruno Born. Hoje são mais de 60 profissionais, entre contratados e voluntários, atuando na reabilitação dos pacientes. A equipe interdisciplinar conta com cirurgiões, assistente social, psicóloga, nutricionista, fonoaudiólogas, pediatra, enfermeira, entre outros especialistas.
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Ações estimulam preservação ambiental Seminário do Viva o Taquari Vivo une brincadeiras e conversa para conscientizar MARCELO GOUVÊA
Lajeado
sobras de alimento criada com as estruturas. Há dois anos, ela acompanha a experiência da escola Vitus André Morschbacher, no bairro Universitário. De acordo com ela, as orientações repassadas no seminário
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m grupo de 439 estudantes da rede pública participou do Seminário Viva O Taquari Vivo, na Univates. Na 8ª edição do evento, dez oficinas reuniram crianças e jovens com idades entre 8 e 14 anos. Também ocorreu a VII Jornada Técnica Ambiental, com mesa-redonda sobre o zoneamento urbano, apresentação teatral e palestra. Por meio de uma peça teatral, estudantes como Andressa dos Santos, 10, e Natália dos Passos, 7, também puderam aprender mais sobre a preservação ambiental. “Vi que é importante cuidar para não poluir a água. Quando ela fica com lixo, é ruim para as pessoas e os animais, como as tartarugas morrem”, resume a mais nova. Já Andressa reforça a necessidade da destinação correta do lixo como forma de evitar a contaminação da água e do solo. Em uma das oficinas, os alunos conheceram sobre as etapas de funcionamento e a importância das composteiras domésticas. A professora Daniela Rockenbach reforçava com os estudantes a possibilidade de aproveitar as
são importantes para fixar as abordagens sobre sustentabilidade trabalhadas na escola. O tema, afirma, focou as atividades nos últimos três anos. “Se a escola não trabalha isso, acaba se perdendo muito rápido.”
RESULTADOS AMPLIADOS Segundo a integrante do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Lajeado (Condema) e bióloga, Cátia Viviane Gonçalves, o evento auxilia na aproximação dos resultados e ideias do Viva o Taquari Vivo. Ela ressalta os trabalhos de conscientização desenvolvidos nas escolas como complemento ao evento. A cada edição do seminário, afirma, a organização busca abordagens diferentes para sensibilizar grupos com interesses variados. “Sempre pensamos em algo para ser um atrativo. Muitos estudantes nos conhecem do trabalho com as escolas, mas não propriamente da ação.”
O panorama é semelhante ao percebido pela coordenadora do Projeto Geração V, Solange Catto. Na avaliação dela, o seminário serve como uma forma de disseminar os ensinamentos entre as famílias do município. Mesmo com a medida, ela reconhece a dificuldade da mudança cultural. “Se percebe que tem apresentado resultados na cultura da cidade, ainda que mais lento que o esperado. É um trabalho de formiguinha.” Ela salienta o contato das crianças com alternativas sustentáveis nas escolas da rede pública. Dos 40 colégios, entre Educação Infantil e Ensino Fundamental, 12 têm composteiras e oito, cisternas.
Preservação foi abordada com jogos para estudantes da rede pública
Jantar no CTC celebra 50 anos da CDL Lajeado Lajeado Os 50 anos da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) foram comemorados com um jantar nessa quarta-feira, 31. O evento, no Salão Panorâmico do Clube Tiro e Caça (CTC), teve a participação de 180 pessoas entre autoridades e pessoas com passagem pela presidência e representantes de entidade de classe. Os ex-dirigentes foram homenageados pelo trabalho à frente da CDL Lajeado. Desde a criação, 27 empresários desempenharam a função. Para o atual presidente, o empresário Heinz Rockenbach, a comemoração é uma forma de valorizar a tra-
jetória de sucesso da CDL. Destacou a atuação voluntária dos homenageados e a importância do trabalho para o crescimento do comércio local. Durante o ano em que comemora seu cinquentenário, a CDL Lajeado, afirma, comemora seus cerca de 600 associados e o reconhecimento dado à cidade por ser um polo comercial e de serviços.” A instituição é merecedora do respeito e admiração que tem do seu quadro social, e também fora daqui, por suas iniciativas e espírito de liderança sempre tão enaltecidos.” Para o presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvi-
SIMONE ROCKENBACH
Para Heinz Rockenbach, reconhecimento sobre atuação da CDL é motivo de orgulho
mento do Varejo (AGV), Vilson Noer, o trabalho dos diretores e
das equipes envolvidas ao longo dos anos e na instituição é
motivo de orgulho para o movimento lojista estadual. Reforça o espírito empreendedor e a capacidade de evolução perante as adversidades do mercado. “A CDL Lajeado trabalha para se renovar e reinventar, contribuindo para o crescimento do setor e da cidade.” Entre os homenageados da noite, estava Rogério Cunha Rocha, que presidiu a entidade nos anos de 1988 e 1989. Para ele, a CDL sempre se preocupou em tornar Lajeado uma referência para o Vale do Taquari. O perfil, segundo ele, é um atrativo que deve continuar reunindo pessoas com foco em desenvolver o comércio local.
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CRISE NA SEGURANÇA
Estado decreta situação de emergência nos presídios Medida assinada pelo governador José Ivo Sartori elimina a necessidade de licitação para obras emergenciais e contratação de serviços. Intenção de criar seis mil vagas nas penitenciárias gaúchas ocorre em meio à ameaça de novas paralisações dos servidores da segurança pública. Estado
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situação caótica dos presídios gaúchos obriga à adoção de medidas drásticas por parte do Piratini. Nessa quarta-feira, 31, o governador José Ivo Sartori decretou situação de emergência no sistema prisional, na tentativa de amenizar o déficit de 11 mil vagas nos presídios. O decreto elimina a necessidade de licitação para contratação de obras e serviços emergenciais. A intenção do governo é agilizar a criação de seis mil vagas, principalmente para condenados da capital e Região Metropolitana. Metade está em construção. Dois projetos de lei foram enviados à Assembleia Legislativa em regime de urgência. O primeiro cria o Programa de Aproveitamento e Gestão dos Imóveis. A intenção do Executivo é avaliar os bens do Estado em desuso, além de cortar gastos com o pagamento de aluguéis e estimular parcerias com o setor privado. O texto prevê a negociação dos imóveis por meio de leilão, permutas ou cessões de bens pertencentes à administração direta, autarquias e fundações. Outro projeto encaminhado permite permuta do prédio da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), em Porto Alegre. A intenção é trocar o prédio pela construção de novas unidades prisionais capazes de somar até mil vagas. De acordo com a superintendente da Susepe, Ana Stock, par-
te dos investimentos será disponibilizada por meio de convênios com o Departamento Penitenciário Nacional (DPEN) e o apoio financeiro do Ministério Público, Judiciário e dos conselhos das comunidades carcerárias. Segundo ela, alguns projetos terão apoio logístico do setor de engenharia do Exército. Além de novas penitenciárias para a Região Metropolitana, o governo pretende construir dois centros de triagem. Na avaliação do Piratini, um dos motivos para a crise nos presídios é o aumento da população carcerária. Em 2016, o número de presos no RS chegou a 34.568. São cinco mil a mais na compa-
Sindicato dos servidores da Susepe alerta para a falta de efetivo e de condições de trabalho aos servidores, que ainda enfrentam parcelamento nos salários
ração com o ano passado.
Déficit de servidores O aumento no número de presos se torna ainda mais dramático diante do déficit de servi-
dores da Susepe. Administrador da penitenciária de Encantado, Gustavo Hamann afirma que o presídio não enfrenta problemas comuns às outras casas prisionais gaúchas, mas relata a falta
de servidores. “Trabalhamos com o mínimo do mínimo”, alerta. Segundo ele, a situação fica mais difícil à noite, quando o número de servidores cai ainda mais. “Por enquan-
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Reportagem: Thiago Maurique
to está dentro do controle, mas se houver uma situação atípica será difícil.” Conforme Hamann, o número de detentos na ala masculina atingiu o máximo da capacidade. Já na feminina existem cinco presas a mais do que o número de vagas. “Os números são positivos diante da realidade do estado.” Para o administrador substituto do presídio de Lajeado, David Horn, a falta de servidores é o principal entre os vários problemas enfrentados na casa prisional. Segundo ele, a superlotação alcança 2,8 presos por vaga e o prédio, construído nos anos de 1970, não tem pavilhão para trabalho ou cursos técnicos. “O pessoal veste a camisa, corre atrás para dar conta de todo o serviço, mas existe um limite porque o efetivo é muito baixo”, aponta. Conforme le-
Desde março de 2015 estamos desestimulados e angustiados. Ninguém trabalha bem com fome, doente ou sem receber” Cláudio Fernandes
na cidade ocorrem normalmente devido à proximidade entre a casa prisional e o fórum. “Os dois prédios ficam lado a lado e, como a grande maioria dos detentos é da região, não existe a necessidade de deslocar viaturas.” Em nota, a Amapergs ressalta os efeitos danosos do não comparecimento nas audiências. Conforme o sindicato, como os juízes precisam cumprir os prazos legais para a prisão de criminosos, mesmo detentos de alta periculosidade acabam soltos. Em Lajeado, 518 detentos ocupam espaço construído para receber 186 pessoas
vantamento da Susepe, o presídio de Lajeado tem capacidade para receber 186 presos. Hoje, 518 pessoas cumprem pena na maior casa prisional da região.
Vice-presidente da Amapergs
Descontentamento FOTOS ANDERSON LOPES
Vice-presidente do sindicato dos servidores da Susepe (Amapergs), Cláudio Fernandes defende o decreto de situação de emergência pela chance de novos investimentos no setor. Porém alerta para o descaso com a estrutura dos presídios. “Apostamos em uma solução e inclusive indicamos medidas possíveis porque nossa classe sofre o reflexo das péssimas condições de trabalho.” Para Fernandes, os agentes seguem realizando o melhor serviço possível dentro das condições oferecidas. Porém critica a forma como os servidores são tratados pelo governo desde o início dos parcelamentos nos salários. “Desde março de 2015 estamos desestimulados e angustiados. Ninguém trabalha bem com fome, doente ou sem receber”, alerta. Segundo ele, o número de agentes afastados do trabalho por problemas de saúde aumentou drasticamente neste último ano. “Isso tem um efeito devastador na prestação do serviço. É ruim para o servidor, para o preso e para a sociedade como um todo”, aponta. Conforme o dirigente, o decreto deixa claro para a população a deterioração do sistema prisional e as dificuldades enfrentadas pelos agentes do cotidiano.
Redução de audiências A crise financeira do Estado também reduz o número de audiências judiciais com os detentos. De acordo com Susepe, anualmente são realizadas 50 mil audiências, ao custo médio de R$ 540. Em 2016, 49% dos procedimentos agendados no RS não ocorreram. O principal motivo alegado pela Susepe é a falta de servidores. A redução nos recursos para compra de gasolina e manutenção das viaturas também atrapalham o cumprimento dos compromissos no Judiciário. Em alguns casos, a demora para o procedimento resulta na soltura do preso. Nos dois maiores presídios do Vale, a redução no número de audiências é pequena na comparação com a média gaúcha. Em Lajeado, a falta de pessoal resultou no cancelamento de nove das 111 audiências marcadas para agosto. Outras 13 foram canceladas pelo Judiciário e uma devido a paralisação da categoria. Conforme o administrador de Encantado, os procedimentos
Novas paralisações O depósito de R$ 1,2 mil aos servidores gaúchos na quarta-feira confirmou novo parcelamento nos salários e deflagrou reação das entidades de classe da segurança pública. Representantes da Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e Instituto-Geral de Perícias (IGP) prometem paralisação e a adoção de operação padrão até o depósito integral dos vencimentos. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da PC (Ugeirm) afirma que apenas casos graves serão registrados nas delegacias. Ontem, representantes da entidade organizaram piquete em frente ao Palácio Piratini. Em reunião na quarta-feira, líderes dos sindicatos indicaram medidas junto ao Legislativo e Judiciário para tentar acabar com o que classificam como desmonte da segurança pública. As entidades apontam falta de investimento em equipamentos, demora na nomeação de novos servidores, redução na cota de combustíveis das viaturas e o fechamento de postos de polícia, delegacias e quartéis do Corpo de Bombeiros.
MEDIDA ADOTADA EM 2008 A medida assinada pelo governador é a segunda a reconhecer a situação de emergência do sistema prisional gaúcho. Em 2008, a então governadora Yeda Crussius publicou decreto semelhante
diante da situação caótica em que se encontrava o presídio Central de Porto Alegre. Dois anos depois, em novembro 2010, a maior penitenciária do estado foi interditada pela Justiça.
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Feira do Produtor completa 6 anos de atuação neste fim de semana Iniciativa também propaga consumo de alimentos orgânicos DIVULGAÇÃO
Canal direto com o cliente valoriza produção de agricultores familiares
Arroio do Meio
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mpulsionadas pela busca de hábitos saudáveis, as feiras do produtor crescem na região. Na cidade, a venda iniciou em 2010, sendo uma das únicas feiras orgânicas em funcionamento ininterrupto no Vale do Taquari. O projeto integra 12 produtores, que comercializam frutas, verduras, legumes, doces, schmiers, artesanato e demais produtos.
A programação alusiva aos seis anos de criação da feira ocorre amanhã, a partir das 8h, na Rua de Eventos, ao lado da praça. Além da venda de produtos, haverá apresentações artísticas, mateada, serviços de saúde e o lançamento da 5ª Festa do Leitão no Tonel, programada para o dia 25, no distrito de Palmas. Em paralelo ocorre a 17ª edição da Campanha de Descarte Ambientalmente Correto Jogue Limpo com Arroio do Meio.
Helena Warken Weizenmann, de Forqueta, enaltece a importância do local para divulgar a produção ecológica e mudar os hábitos alimentares dos consumidores. A família Ferrari produz hortigranjeiros faz 13 anos. Conforme a proprietária Márcia, a feira incrementa as vendas e oportuniza destacar a forma de cultivo sem agrotóxicos. “Valoriza nosso pro-
duto, incentiva o cliente a consumir um alimento saudável e garante mercado para continuarmos na atividade.” Além da feira, há três anos, Márcia lançou o Projeto Colhe e Pague, no qual o cliente se desloca até a propriedade em Forqueta e escolhe o produto que pretende levar para casa. São oferecidos temperos, couve-chinesa, repolho, beterraba, chás e demais itens.
SAÚDE NA MESA O assistente técnico regional em Manejo de Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar Regional de Lajeado, Marcos Schäfer, destaca o aumento do consumo devido a uma mudança cultural. “As pessoas buscam alimentos cultivados de forma natural, sem agrotóxicos, em harmonia com a natureza e sem riscos para a saúde.” Em Arroio do Meio, existem dois grupos ecológicos.
O primeiro foi criado no distrito de Forqueta, onde a produção é certificada pela Ecovida. Com o selo orgânico, é atestada a procedência e permitida a venda em supermercados. O segundo grupo é formado por sete produtores. Mesmo certificada, a venda é permitida apenas em feiras, para programas do governo federal, restaurantes ou direto ao consumidor.
Produtores devem retirar talões Santa Clara do Sul O setor de ICMS comunica que os agricultores a seguir relacionados devem retirar os respectivos talões de produtor no Centro Administrativo em, no máximo, um mês. São eles: Adir José Pellegrini, Antônio Rambo, Arsélia Uhry, Celso Ornélio Salin, Clarice Noll, Dilci Brand, Dorival Schuster, Edson Richter, Ernesto Lottermann, João Adair Schuster, Lenise Andreia Baum, Marcos José Müller, Natalício Garcia da Rosa, Oscar Paulo Morschbacher, Paulo Peruguria dos Santos, Reneo Abelino Conrad, Romeu Otalício Endler, Silvério Schmitz e Silvino Wagner.
Sementes de milho Lajeado A Secretaria da Agricultura informa que os produtores que encomendaram sementes de milho troca-troca do estado podem retirá-las. De segunda a quinta-feira, das 7h30min às 11h e das 13h às 15h30min. Na sexta-feira, das 7h30min às 12h.
Agro
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Safra de verão é estimada em 29,1 milhões Emater divulga expectativa de incremento de 1,6% na área e de 13,6% no volume GIOVANE WEBER
Estado
confirmação ou não dos números dependerá, basicamente, das condições meteorológicas e da tecnologia empregada durante o ciclo das culturas. Com a possibilidade de um volume menor de chuvas, devido à ocorrência do fenômeno La Niña, a produtividade de algumas lavouras pode ser afetada.
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safra de grãos no verão deve alcançar 29,1 milhões de toneladas, um crescimento de 2,20% em relação ao ciclo 2015/16. A estimativa é da Emater, tendo por base o primeiro levantamento sobre intenção de plantio. O estudo aponta um aumento de 1,6% na área plantada, alcançando 7,463 milhões de hectares. Destaque para o milho, que no ciclo passado foi de 739 mil hectares e nesta safra poderá chegar a 805 mil, com produção de 4,8 milhões de toneladas. Entretanto, o volume ainda é insuficiente para atender à demanda do estado, que é de seis milhões de toneladas. Segundo o secretário do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, para motivar os produtores de milho, o governo oferecerá recursos para
Lenhard destinou 32 hectares para cultivo de milho, usado como silagem
Destaque para o arroz
o Programa Troca-Troca, que distribui semente aos agricultores familiares. Pelo menos 220 mil hectares da cultura serão garantidos por meio do programa. Caso os números apresentados se confirmem, destaca Minetto, o faturamento bruto poderá chegar a R$ 30 bilhões. Para o diretor técnico da Emater, Lino Moura, mais do que números definitivos, esse primeiro levantamento indica uma tendência quanto ao comportamento do produtor em
A maior elevação é esperada no arroz, com uma colheita prevista de 8,35 milhões de toneladas. Já na soja, principal cultura agrícola, a menor quantidade de chuvas deve reduzir a produção em 2,1% neste ano, fazendo com que a colheita alcance 15,85 milhões de toneladas. No milho, é esperada uma alta de 2,6% na produção, chegando a 4,85 milhões de toneladas. A área destinada à produção de silagem terá aumento de 1,60% em relação à safra anterior, passando para
relação à área a ser cultivada com esses cereais na safra de 2016/17. De acordo com o presidente da Emater, Clair Kuhn, os produtores apresentam boas condições para expandir as lavouras neste ano. “Estão capitalizados, pois tiveram uma safra cheia e com bons preços. A boa oferta de crédito rural ajuda”, destaca. A produção de arroz, feijão, milho e soja poderá ser 13,6% maior em relação ao volume médio de grãos colhidos nos últimos cinco anos. A
371 mil ha. O feijão deve apresentar diminuição tanto de área plantada (39,88 mil hectares) quanto de produção (53,3 mil toneladas).
Otimismo Junior Blume, de Teutônia, ampliará a área destinada ao milho devido à valorização. Foram semeados 54 hectares. No último ciclo, a produtividade média por hectare alcançou 7,5 mil quilos. A saca foi negociada a R$ 40. “Se o clima colaborar, teremos uma safra muito boa.” Pedro Lenhard, de Estrela, semeou 32 hectares de milho, destinado para alimentar o rebanho de 190 vacas e novilhas. A produção chega a três mil litros por dia. Projeta uma produtividade média de 35 toneladas por hectare. “As sementes aumentaram de preço, mas precisamos investir em qualidade. Elas são o segredo de uma lavoura rentável.”
PATROCÍNIO:
A HORA · SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2016
Categorias de base
Lajeadense busca recuperação amanhã em duas partidas
Competição registra três jogos MACIEL RODRIGUES
Juvenil enfrenta o Internacional em POA. Sub-19 recebe o Torino, às 15h EZEQUIEL NEITZKE
A
s categorias de base do Lajeadense vivem situação semelhante na competição. Ambas vêm de tropeço na última rodada e precisam vencer amanhã para melhorar a posição na tabela de classificação. Comandada por Serginho Almeida, a equipe sub-19 espera contar com o apoio do torcedor para voltar a vencer. Na última rodada, o time enfrentou o Internacional, em Porto Alegre, e perdeu por 5 a 0. Amanhã, o time recebe o Torino, de Caxias do Sul, às 15h, na Arena Alviazul. As equipes têm 4 pontos e dividem a terceira colocação. A liderança da chave A é do Caxias, com 10 pontos, seguido de Internacional (6), Lajeadense e Torino (4), Veranópolis (3), Internacional-SM (1) e EC Passo Fundo (sem pontuar).
Juvenil A Depois de perder em casa por 1 a 0 para o Três Passos Atlético Clube, o Lajeadense busca a re-
Copa Integração movimenta seis clubes de quatro cidades do Vale
Copa Integração
Lajeadense enfrenta o Internacional, em POA, pelo Estadual Juvenil A. Jogo ocorre no CT Morada dos Quero-Queros às 15h
cuperação no Estadual Juvenil A, diante do Internacional, em Porto Alegre, amanhã. O jogo ocorre no CT Morada dos Quero-Queros, a partir das 15h. Na outra partida da chave, Três Passos Atlético Clube e Progresso se enfrentam em Três Passos. Ambos dividem a
liderança da chave com 3 pontos. Após o confronto na capital, o Lajeadense realiza mais quatro partidas na segunda fase. No dia 10, recebe o Progresso, e no dia 14 encara o Progresso, em Pelotas. No dia 17, a equipe recebe o Internacional e fecha a rodada no dia
24, contra o Três Passos Atlético Clube, em Três Passos. Nesta fase, as equipes foram divididas em três chaves com quatro clubes. Os dois primeiros colocados e os dois melhores terceiros colocados avançam às quartas de final.
Com a ideia de movimentar as praças esportivas, seis clubes, que não disputam o Regional Aslivata, criaram a Copa Integração – Taça Via Esporte. A segunda rodada ocorre neste domingo, no campo do Guaíba, em Paverama. Participam do certame, com jogos apenas pela categoria titular, Floriano, de Bom Retiro do Sul, Independente, de Paverama, Alto Taquari, Boa Vista e Atlético Gaúcho, de Teutônia, e Rui Barbosa, de Colinas. Neste domingo, o Boa Vista encara o Alto Taquari, no clássico de Teutônia. Às 14h, se enfrentam Floriano e Rui Barbosa. Às 16h, o Independente recebe o Atlético Gaúcho. DIVULGAÇÃO
Quarta rodada inicia com três jogos Copa Univates A quarta rodada da Copa Univates de futebol de campo ocorre amanhã no Estádio Olímpico da Univates. Participam alunos e professores dos cursos de gradua-
ção, pós-graduação e técnicos da instituição. Às 20h15min, o CE MPE/ADM encara o Sotilli FC. Após, o Condutores da Bola enfrenta o Decom. Os jogos são pelo grupo A. Na terça-feira, as partidas são
pela chave D. Canela de Pedreiro versus Logísticos FC e 11 OHMS versus ADmitos. No dia 9, a chave C entra em campo com Gorózinho versus Bom de Copo, Derivaetoca FC versus Base Legal e Kaxa – Baxa versus Alfa FC.
Gorózinho FC volta a campo no dia 9 contra o Bom de Copo
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Ezeq ui e l N ei t z ke
Inovando
Internacional/Coorevat enfrenta o Brochier Futsal em busca de vaga à final
Regional de futsal
O dentista Carlos Alberto de Mari, apaixonado pelo futebol amador, resolveu inovar. Diretor do EC Brasil, foi a campo, no domingo passado, de camisa e gravata. “Um homem moderno tem que saber como se vestir. Então resolvi adotar a ideia de inovar no futebol amador, a torcida e os jogadores gostaram da ideia, então, seguirei me vestindo assim.”
Semifinalistas são conhecidos hoje à noite Partidas ocorrem em Teutônia, às 20h
A
s outras duas equipes semifinalistas do regional de futsal são conhecidas hoje. A partir das 20h, o Ginásio da Associação da Languiru, no bairro Languiru, em Teutônia, sedia as primeiras partidas das quartas de final. No primeiro jogo, o Internacional/Coorevat, de Lajeado, encara o Brochier Futsal, de Brochier. O outro jogo é entre Vespasiano Corrêa e Libofa, de Boa Vista do Sul.
Até o momento, foram marcados 137 gols. O melhor ataque é do Saidera, autor de 23 gols. O pior é do Encantado Futsal, com seis gols marcados. A melhor defesa é do Libofa, com quatro gols sofridos. A pior é do Encantado Futsal, com 20 gols. A artilharia está dividida entre Maiquel Kalkmann, do Saidera, e Moisés Ballarini, do Vespasiano Corrêa. Ambos marcaram sete gols.
Destaque O atacante Murilo Corbellini parece ter encontrado o caminho das redes. No domingo, o centroavante foi o destaque do Ser São Cristóvão na vitória sobre o EC Brasil. Marcou um gol e participou da jogada dos outros dois na vitória do time por 3 a 1.
Goleiros
De parabéns
Franco Burgel Xavier e Marcos Samuel Flach fazem história no Regional Aslivata. Goleiros do Ser São Cristóvão na categoria aspirante, ficaram cinco rodadas sem sofrer gols. No domingo, na vitória por 3 a 1 diante do EC Brasil, tiveram a meta vazada pela primeira vez. No total, foram 510 minutos sem tomar gols. Um fato inédito para a competição.
Os irmãos Juliano e Adilson Brand prestigiaram a Alaf na última partida pela Liga Nacional. Eles acompanharam os jogadores na viagem até Bebedouro, interior de São Paulo. Que a atitude dos irmãos sirva de exemplo e incentive a torcida a participar dos jogos nesta reta final da Série Ouro.
ACBF vence Assoeva de virada por 2 a 1 Série Ouro Mesmo com seis desfalques, a Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF) venceu na primeira rodada da segunda fase da Série Ouro. O time laranja recebeu a Assoeva, nessa quarta-
-feira à noite, e venceu de virada por 2 a 1. Os gols saíram apenas no segundo tempo. Com um minuto de jogo, Igor abriu o placar para o time de Venâncio Aires. A ACBF empatou aos 9 minutos com Júlio e virou com Zico aos 12 minutos.
ezequiel@ jornalahora.inf.br
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Internacional
Nico e Aylon podem ficar no time titular Jogadores foram os destaques na vitória de quarta sobre o Fortaleza pela Copa do Brasil
A
pós dar fim ao jejum de 75 dias sem vencer, o Internacional parece ter encontrado uma nova dupla de ataque. Aylon e Nico López, autores dos gols sobre a vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza pela Copa do Brasil, podem ser mantidos por Celso Roth como titulares na equipe. “Os dois foram bem, fizeram uma partida muito boa. O futebol é assim, joga quem está melhor e quem aproveita as oportunidades. Agora é com eles”, declarou o comandante em entrevista após o jogo. Outro atleta que teve um bom rendimento foi o venezuelano Luis Manuel Seijas, que também recebeu elogios do comandante. “O Seijas é um jogador que está no ápice da sua maturidade. É um atleta inteligente”, relatou. O grupo de jogadores voltou
DIVULGAÇÃO
Aylon foi o destaque do Internacional ao marcar dois gols na vitória contra os nordestinos pela Copa do Brasil
aos trabalhos ontem à tarde, no CT Parque Gigante. O Colorado
enfrenta o Santos, na quinta-feira, no Estádio Beira-Rio, pela
23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Sub-20 dá adeus ao Brasileiro O Corinthians venceu o Internacional e está na final do Brasileirão Sub-20. Com gols de Rodrigo Figueiredo e Carlinhos, o Timão fez 2 a 0, nessa quarta-feira, na Arena Barueri, e garantiu a classificação. Na decisão, a equipe enfrenta o Botafogo, que superou o Coritiba. Com derrota por 1 a 0 no jogo de ida, o Timão abriu o placar cedo, com Rodrigo Figueiredo. Após toque de calcanhar do atacante Léo Jabá, o camisa 10 encheu o pé e acertou o ângulo. Com o resultado, a vaga seria decidida nos pênaltis, mas no último lance do segundo tempo, já nos acréscimos, Dhawan cobrou falta na barreira e a bola sobrou para o atacante Carlinhos, que bateu firme e superou o goleiro colorado.
Douglas tem renovação contratual encaminhada DIVULGAÇÃO
Grêmio Um dos destaques do time nesta temporada, o meia Douglas, está com a situação contratual bem encaminhada. Com o contrato até a metade do ano que vem, já prevista no atual vínculo, o atleta pode ter o prazo estendido até dezembro de
2017. Essa é a tendência a partir das negociações em andamento entre o Grêmio e os representantes do atleta. O contrato atual do jogador prevê um mínimo de jogos para que seja automaticamente estendido até o meio de 2017. Agora, o clube negocia para fazer com que esse prazo seja não junho, mas dezem-
MARATONA DE JOGOS Além do prejuízo de não contar com três jogadores convocados para a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo, o Grêmio enfrentará outro problema a partir do duelo com o Botafogo, neste domingo, às 16h, no Rio de Janeiro. A partida adiada da última rodada do primeiro turno inicia uma maratona de sete jogos em 21 dias para o Tricolor. Entre os dias 4 e 25, o Grêmio encara Botafogo,
Coritiba, Palmeiras, Ponte Preta, Fluminense e Chapecoense pelo Campeonato Brasileiro, e o jogo da volta contra o Atlético-PR, pela Copa do Brasil. Entrará em campo a cada três dias. Sequência de jogos que pode se estender, já que as quartas de final da Copa do Brasil serão disputadas nos dias 28 de setembro e 19 de outubro, e o Brasileirão seguirá depois com partidas no meio da semana.
Um dos destaques do time nesta temporada, o meia Douglas está com a situação contratual bem encaminhada
bro da próxima temporada e a permanência de Douglas esteja garantida por mais um ano no Tricolor.
O camisa 10 vive fase diferente no Grêmio. Conta com o apoio da torcida e é jogador da confiança
do técnico Roger, que modifiou o esquema para mantê-lo ao lado de Bolaños e Luan no ataque.
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AGENDA 3ª rodada
Informe
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Atual campeão lidera a Série Ouro Passadas duas rodadas, a Copa Sete/CBM/STR de minifutebol começa a apontar os favoritos para se classificar à fase eliminatória. Amanhã, a partir das 12h15min, ocorre a terceira rodada. Confira os destaques: FOTOS EZEQUIEL NEITZKE
Líder isolado na elite O líder da Série Ouro é o atual campeão Viracopos/Lebber Imóveis (foto). A equipe venceu os dois compromissos até o momento – 6 a 0 sobre o Alcatraz e 1 a 0 diante do Renegados. Amanhã a equipe folga. Próximo jogo é no dia 10.
1ª divisão 12h15min Série Ouro
Galera
x
Mercenários
13h15min Série Prata
Viracopos/Imobiliária Antares
x
R7
14h15min Série Ouro
Real Madruga
x
Tabajara B
15h15min Série Prata
Dinamite
x
FuteBar Avaí
16h15min
Tabajara A
x
Renegados
Futebolzinho
x
JéDuCa
Série Ouro
17h15min Série Prata
2ª divisão 12h15min Série Ouro
EC Coringa
x
Barsemlona
13h15min Série Prata
Renegados
x
Mercenários
14h15min Série Ouro
Cervejetarianos
x
Sobras
15h15min Série Prata
Só Pela Ceva
x
Copeiros
16h15min
UFC
x
Dogs United
Debilitados
x
Alcatraz
Série Ouro
17h15min Série Prata
Resultados Primeira divisão
Segunda divisão Viracopos/Imobiliária Antares
FuteBar Avaí
1
x
6
Tabajara B
2
x
3 Galera
Cataluña
2
x
2 Futebolzinho
Alcatraz
2
x
0 Tabajara A
JéDuCa
4
x
4 Polêmicos
x
Viracopos/ 1 Lebber Imóveis
Renegados
0
Série Ouro
Arranca Toco se destaca na segunda divisão Quem dita o ritmo na segundona é o Arranca Toco (foto). A equipe venceu os dois jogos e abriu 2 pontos para o segundo colocado, UFC.
Com 1 ponto, o Dinamite está na lanterna e bem próximo de ser confirmado como a primeira equipe rebaixada para a segunda divisão. O outro time na zona de rebaixamento é o Cataluña (foto), com 10 pontos. O primeiro fora da zona é o JéDuCa, com 13 pontos.
4
x 1
Renegados
Sobras
1
x 1
Coringa
Galáticos
1
x 4
Debilitados
Kamikaze
5
x 5
UFC
Alcatraz
1
x
3
Só Na Sorte
Dogs United
3
x 4
Arranca Toco
Classificação Segunda divisão
Primeira divisão
Briga contra o rebaixamento
Copeiros
Série Prata
Série Ouro
Série Prata
Equipe
PG
Equipe
PG
Equipe
PG
Equipe
PG
Viracopos/Lebber Imóveis
6
Futebolzinho
4
Arranca Toco
6
Debilitados
6
UFC
4
6
3
Polêmicos
Só Na Sorte
Galera
4
Barsemlona
3
3
3
JéDuCa
Mercenários
Alcatraz
4
Sobras
1
Copeiros
3
3
Viracopos/ Imobiliária Antares
3
EC Coringa
1
Renegados
0
Kamikaze
1
Alcatraz
0
0
Galáticos
0
Só Pela Ceva
0
Real Madruga Mercenários
1
Cataluña
1
Dogs United
Renegados
1
R7
0
Cervejetarianos 0
Tabajara A
0
FuteBar Avaí
0
Tabajara B
0
Dinamite
0
Jantar-baile de aniversário O Clube Esportivo Sete de Setembro organiza mais uma edição do jantar-baile de aniversário. O evento comemorativo aos 82 anos da entidade ocorre nesta terça-feira, 6, com recepção a partir das 20h30min, no ginásio. Os convites podem ser adquiridos na secretaria do Sete, com os di-
retores do clube ou 3726-3050 (com Gilberto). O valor por casal é de R$ 150 com direito ao jantar e bebida liberada (chope da Prost, cerveja sem álcool, refrigerante e água). A animação fica por conta do Grupo Adam de Santa Cruz do Sul e do DJ Fabinho do Kharisma Som. A venda dos convites será mediante aquisição de mesa para três ou quatro casais. Mais informações na secretaria do Sete.
Lajeado, sexta-feira, 2 de setembro de 2016
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