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Lajeado, quinta-feira, 7 de julho de 2016 Ano 13 - Nº 1629

Fundado em julho de 2002

Avulso: R$ 2,00

Fechamento da edição: 21h

LAJEADO

Executivo muda trânsito no Montanha ANDERSON LOPES

BINGO, CASSINO E JOGO DO BICHO

Legalidade dos jogos de azar entra em votação no Senado

O

presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), pretende colocar em votação até a próxima semana o projeto para legalizar e regularizar a exploração dos jogos de azar. Entre as atividades previstas, estão o jogo do bicho, bingos, cassinos, caça-níqueis e loterias esInstalação de três semáforos e mudanças no sentido das ruas visam dar mais fluidez ao trânsito e segurança aos condutores. Medidas também modificam ingresso na ERS-130. Página 8

taduais. Visando arrecadação de R$ 15 bilhões ao ano, governo interino é favorável à proposta. Para Ministério Público Federal, medida pode ampliar atuação de quadrilhas especializadas em lavagem de dinheiro. Os três senadores gaúchos ainda não adotaram uma posição. Páginas 4 e 5

Lei sobre uso de faróis entra em vigor ANDERSON LOPES

TEUTÔNIA

Famílias descumprem ordem judicial MACIEL DELFINO

Responsável pela ferrovia na região, a ALL ganhou na Justiça o direito de reintegração de posse das margens dos trilhos. Das oito famílias moradoras das proximidades, apenas uma deiPágina 11 xou a área.

FARÓIS LIGADOS NAS ESTRADAS: aprovada em maio, regra que obriga o uso de faróis durante o dia em rodovias começa a valer amanhã. Quem descumprir a norma pode ser multado em até R$ 85. Alteração pretende reduzir o número de colisões frontais Página 8

ARROIO DO MEIO

TEMPO NO VALE Sol entre nuvens Mínima: 7°C - Máxima: 16ºC FONTE: CIH/UNIVATES

Grupo de agricultores quer ampliar atividade ecológica Cultivo de orgânicos já ocupa um milhão de hectares no país, o que representa 0,3% da área agrícola. Faturamento dos 10,5 mil produtores cresce em média 10% ao ano. O RS tem hoje 930 agricultores ecológicos cadastrados. Com consumidores cada vez mais

exigentes e preocupados com a procedência dos produtos, cuidado com a natureza se tornou diferencial de mercado. Encontro Dia de Campo, realizado hoje em Picada Arroio do Meio, busca estimular a produção orgânica. Página 10


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Editorial

EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida

REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br

COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,2411

3,2422

Dólar Turismo

3,1900

3,3700

Euro

3,6000

3,6013

Libra

4,3802

4,3823

Peso Argentino

0,2172

0,2174

Yen Jap.

0,0316

0,0316

Jogos de azar. Oportunidade ou ameaça

A

proposta de legalizar e regulamentar cassinos, jogo do bicho e bingos no país, inclusive o funcionamento de máquinas de vídeo-bingo e caça-níqueis, divide opiniões e merece análise diante da polêmica. Ainda que contra a lei, a exploração dessas atividades é corriqueira país afora. Pelas cidades, a imagem do “bicheiro” faz parte do cotidiano popular. O bloquinho na mão, as correntes reluzentes e os anéis integram um esteriótipo usado para muitas brincadeiras. Saindo da ironia e ingressando na realidade, a sociedade precisa debater o tema, conhecer pontos positivos e negativos para ter clareza diante das possibilidades abertas a partir da possível mudança. Os bingos e cassinos clandestinos funcionam apesar do esforço dos órgãos de fiscalização em coibir as atividades. A proibição carrega outro problema: o fortalecimento das facções criminosas. Elas se apropriam das ilicitudes e constroem suas fundações. Ganham dinheiro sem garantir retorno ao erário.

No papel, parece funcionar bem. Por outro lado, a retórica tupiniquim está cheia de exemplos negativos

Um negócio perigoso, ilegal, mas rentável. Caso aprovado, o projeto autorizaria o funcionamento nas casas de bingo em estabelecimentos próprios, em jóqueis clubes e também em estádios de futebol com capacidade de 15 mil lugares. A proposta também autoriza os estados a criarem suas próprias loterias. Abre-se a possibilidade de gerar arrecadação aos setores públicos. Para a regra funcionar na prática, a fiscalização deve ser atuante e eficaz. O texto prevê a criação de uma agência reguladora. Todas as casas de jogos deverão estar conectadas em tempo real com o órgão. A perícia das máquinas ficaria a cargo de instituições internacionais. E apostas, só com dinheiro em espécie. Outras medidas também estão previstas. Criar um cadastro de viciados em jogos para proibir a entrada nos estabelecimentos, uma verificação intensiva dos nomes de jogadores que ganharem mais de R$ 10 mil e também uma anistia a todos acusados da prática de exploração ilegal.

No papel, parece funcionar bem. Por outro lado, a retórica tupiniquim está cheia de exemplos negativos. Mesmo com o aparato de fiscalização, atividades consolidadas não escapam da atuação criminosa. Nesse aspecto, os contrários à liberação apontam para a dificuldade de contabilizar lucros e dividendos dos proprietários desses jogos. Os críticos antecedem problemas como a formação de esquemas para ludibriar os apostadores e manter o lucro sem garantir o pagamento aos vencedores, formação de cartéis para defender interesses de pequenos grupos. O próprio Ministério Público Federal (MPF) alerta para a relação entre os exploradores dos jogos de azar e ilicitudes como lavagem de dinheiro, sonegação, evasão de divisas e corrupção. Como a liberação ainda está imersa em uma série de dúvidas, é fundamental debater o tema. Tanto que os senadores gaúchos não se posicionam nem contra nem a favor. De certo, parece que a votação prevista para esta semana dificilmente entrará no plenário do Congresso Nacional.

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE

ÍNDICE MÊS (%)

MÊS

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 05/2016

0,67

4,25

IGP-DI (FGV)

05/2016

1,13

4,31

IGP-M (FGV)

05/2016

0,82

4,15

INPC (IBGE)

05/2016

0,98

4,60

INCC

05/2016

0,19

2,25

05/2016

0,78

4,05

IPC-A (IBGE)

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

TJLP

ACUMULADO ANO (%)

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

05/16

0,2043

CDI (Mensal)

05/16

1,1074

5,4955

Prime Rate

05/16

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

05/16

0.50

0,25 (Previsto)

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

51002

1,99

Dow Jones (EUA)

16.027

-1,10

S&P 500 (EUA)

1.853

-1,42

Nasdaq (EUA)

4.779

1,86

DAX 30 (ALE)

9.612

1,75

Merval (EUA)

11.400

0,00

Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião.

Comentário sobre a matéria “Público prestigia edição do Arte na Escadaria” Estamos felizes em ver o movimento Arte na Escadaria se fortalecendo e a comunidade acolhendo a ideia. Levar a arte para a rua, ocupar os espaços públicos e movimentar a consciência – com amor, gratidão e solidariedade – faz parte da fórmula para um mundo melhor. Lindo de viver!

Que matéria bacana! Nós ficamos muito felizes com a participação da comunidade de Estrela e até de outros lugares. A arte transforma a vida das pessoas e esse é um dos nossos objetivos com o Arte na Escadaria! Obrigada!

0,9361

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1314.9 cotação do dia 29/06/2016

BOLSAS DE VALORES

Na rede

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 48,58 em 29/06/2016

Ane Mallmann

Lylian Cândido

FELIPE NEITZKE

Boqueirão do Leão

Festa enaltece imigração 1461

Terça-feira, 5 de julho de 2016

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EDUARDO AMARAL

O dia ensolarado atraiu centenas de pessoas às margens do Rio Taquari no domingo

Público prestigia edição do Arte na Escadaria Atrações culturais e gastronômicas deram o tom do evento realizado no fim de semana Estrela

O

dia quente e ensolarado levou dezenas de pessoas às margens do Rio Taquari em Estrela em mais um Arte na Escadaria. Mais uma vez, o público pôde conferir apresentações artísticas, fazer empréstimo de livros e visitar bancas com produtos variados. A cultura do veganismo foi um dos destaques de domingo, com duas bancas oferecendo produtos naturais. Enquanto a família Surya vendia material de higiene e cosméticos naturais, na banca ao lado, a nutricionista Michelle Hunecke comercializava bolos sem ingrediente de origem animal. Junto com a mulher Jéssica e o filho Gael, de 1 ano e 8 meses, Odilon Surya explicava aos

visitantes sobre a produção dos cosméticos. Segundo ele, ter um espaço como o Arte na Escadaria tem sido fundamental para divulgar a cultura vegana. “O evento é muito bom, pois é diferente de outros lugares. Aqui as pessoas param para conversar e entender sobre o produto. É mais intimista.” Entre os itens, estão desodorantes, enxaguantes bucais, shampoos, entre outros. “Tudo completamente natural e produzido por nós”, garante Odilon. Além dos cosméticos, livros e revistas também são vendidos pelo casal. A opção por uma vida natural levou Odilon e Jéssica a deixarem a carreira como cientistas sociais para se dedicar exclusivamente à produção e venda dos produtos. Já a nutricionista Michelle aliou a formação acadêmica com a mudança nos hábitos alimentares.

A preocupação com os maustratos de animais foi o incentivo para ela mudar os hábitos. A recepção dos produtos vem surpreendendo positivamente a nutricionista. “Muita gente é des-

O evento é muito bom [...]. É mais intimista

Odilon Surya Vendedor

confiada no início, mas elas estão vendo que não precisa de leite e ovo para o bolo ficar gostoso.”

Espaço para músicos locais Além do espaço culinário, a música também se fez presente durante o Arte na Escadaria. Cantando sucessos do pop rock nacional, o estrelense Régis Silva foi um dos que cativou o público. As apresentações durante o evento vem garantindo o reconhecimento do artista. “Na primeira vez que me apresentei um pessoal passou, me escutou e gostou, e me contrataram.” A possibilidade de reconhecimento e de negócios faz o músico projetar oferecer mais ao público nas próximas edições. “Pretendo produzir um CD e disponibilizar para a venda aqui mesmo. Por enquanto é

mais mostrar o trabalho.” Para as composições, Silva promete mesclar o pop reggae e blues. “Voltei a estudar guitarra agora e quero colocar elementos de blues nas minhas próximas músicas.”

O que é o evento O Arte na Escadaria é uma realização de um grupo de moradoras de Estrela que pretende fazer com que a população tome o espaço público. As atividades são organizadas pelo Facebook e são realizadas no primeiro domingo de cada mês, na rua Arnaldo Diel, à beira do Rio Taquari, em frente da antiga Polar.


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Rodrigo Martini martini.jornal@gmail.com lentem.wordpress.com

“...pela minha filha...”

A

morte precoce de Vitor Hugo Gerhardt, o “Kokinho”, trouxe uma série de reflexões. A nós, jornalistas. E aos leitores em geral. Inevitavelmente, a condenação antecipada dele na Operação Gota D’Água ficará marcada na história. Kokinho era conhecidíssimo no meio esportivo regional. Exímio goleiro – quando em boa forma –, seguia fazendo inúmeros amigos nos clubes e associações esportivas. Na política, atuava pelo terceiro partido em pouco mais de cinco anos. Em nossas conversas particulares, Kokinho sempre deixou clara sua visão política. Pregava pelo bom caráter e honestidade. Insistia na transparência. Medidas que pouco ou nada condizem com o cenário político nacional. Ao menos na média geral. E justamente por estar acima da média, acredito, Kokinho não deveria ter aceito o cargo de chefia de uma coordenadoria regional de Saúde. Ao aceitar, colocou-se numa posição frágil diante dos seus ideais. Suscetível a pressões que ele não estava acostumado a receber. O erro não está propriamente no Kokinho, cuja capacidade intelectual o qualificava para cargos mais promissores. E, sim, na permissão legal para que tal função esteja à disposição de siglas partidárias, em detrimento

A velocidade com que a notícia se propaga costuma colocar os envolvidos em situações constrangedoras

aos profissionais técnicos formados na área da saúde. Veja bem. Por mais que eu acredite na inocência dele nesse caso, por mais que eu acredite que ele não aceitou tais pressões, havia, sim, grande margem para ele recebê-las. Tudo graças à indicação – e ligação – partidária. E essa deve ser a primeira correção a ser feita. A segunda reflexão está relacionada aos medíocres pré-julgamentos aos quais Kokinho foi submetido entre a quinta-feira, 23 de junho, dia da operação do Ministério Público, e o meio-dia de domingo, 26 de junho, momento em que ele tombou em casa vitimado por um infarto

fulminante. Muito desse excesso tem como culpados o próprio MP, pela forma talvez precoce como lançou o nome dele aos fervorosos repórteres, e também nós, profissionais da imprensa. A velocidade com que a notícia se propaga costuma colocar os envolvidos em situações constrangedoras. Aliada a uma breve – e nem sempre atenta – compreensão dos fatos, os pré-julgamentos acabam sendo inevitáveis. Nas redes sociais, então, são desumanos. Diante disso, fica claro que a nós, jornalistas, cabe uma reflexão interna sobre essa nobre profissão. Afinal, até qual ponto é possível ir para não deixar de informar? Quais os limites da exposição alheia? Por fim, e pessoalmente, Kokinho me deixou um sentimento de que ainda é possível acreditar na boa política e no bom caráter das pessoas. Falamos, dois dias antes de sua morte. Ele me pediu para não publicar o conteúdo da nossa conversa. Pretendia conversar com advogados antes. Mas não houve tempo. E essa é outra reflexão necessária. Sendo assim, peço licença a você, amigo Kokinho, para reproduzir sua última frase, na íntegra: “..Prometo, assim que tiver acesso ao processo, me manifestar. Porque eu preciso fazer isso, e muito, pela minha filha... Valeu!”

Jogos Olímpicos da discórdia Contrários ou favoráveis aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro têm seus motivos. Dá para entender a revolta contra os mais de R$ 30 bilhões gastos em um evento de poucos dias, e dá para entender quem vê com bons olhos a promoção nacional. Eu só comemoro os mais de 480 atletas – recorde – da delegação. E senti falta de André Barbieri na condução da tocha em Lajeado.

Tiro Curto – O Monumento dos Imigrantes, na entrada de Lajeado, segue com a estrutura da base danificada. Um carro colidiu naquele local em janeiro deste ano; – Em 2016, nós, brasileiros, já gastamos mais de R$ 750 milhões para custear o “auxílio-moradia” concedido aos juízes. Por mês, cada um ganha R$ 4,3 mil para alugar uma mansão; – Força para a população de Fazenda Vilanova, deixada de lado pelo Estado com o possível fechamento do único quartel da Brigada Militar. Não desistam. Mesmo que venham lhes dizer que “manifestação é coisa de baderneiro”; – Sempre é bom lembrar: o papel de vereador é fiscalizar os gastos públicos. Homenagear juízes, delegados, professores e demais serve só para perpetuar votos com pessoas próximas aos homenageados; – Em Estrela, Executivo pagou mais de R$ 100 mil para advogado recuperar contribuições previdenciárias incidentes junto à Justiça Federal. O credor desse contrato chama-se Yascha Pereira Costa. Golubcik; – De 2008 para 2012, o número de candidatos a vereador em Lajeado aumentou em 50%. Neste ano, o alto salário e a facilidade de se esquivar de CPIs devem atrair ainda mais concorrentes; – A implantação do Regime Jurídico único em Lajeado gera discussões internas. A pouca estrutura – faltam contadores –, o nome de André Johann para presidir a gestão do fundo previdenciário, e a negativa da superintendência da Caixa Econômica Federal de Novo Hamburgo em liberar de imediato o FGTS são pontos da discórdia. “Sempre que me perguntavam como eu gostaria de ser lembrado, respondia: Com um sorriso”. PAUL MCCARTNEY


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Reportagem: Thiago Maurique

PROPOSTA CONTROVERSA

ENQUETE

Você é contra ou a favor da legalização dos jogos de azar? “Sou contra porque já fui viciada em bingo. Perdi muito dinheiro com o jogo, mas consegui me libertar do vício, com muito esforço. Na época era legalizado e cheguei a reduzir minha jornada de trabalho para poder acompanhar sempre a primeira rodada. Deve permanecer proibido.” Lúcia Maciel, 64, cozinheira

“Dá para legalizar algumas atividades, mas não todas. O jogo do bicho acho possível porque não vicia tanto, já os caça-níqueis nem pensar. Conheço muita gente que perdeu tudo porque ficou nas máquinas. De uma forma geral, sou contra o jogo, mas alguns são muito mais prejudiciais que os outros.”

Senado vota legalização dos jogos de azar Projeto de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI) visa regulamentar atividades como jogo do bicho, bingos, cassinos, caça-níqueis e loterias estaduais. Governo prevê arrecadar R$ 15 bilhões por ano com a legalização. Contrário à proposta, Ministério Público alerta para lavagem de dinheiro.

Wellington da Silva,

ANDERSON LOPES

38, autônomo

“Hoje é proibido e o jogo funciona igual. Existem bingos e cassinos clandestinos, sem contar o jogo do bicho. Se legalizar, ao menos ajuda na arrecadação do governo. Porque as pessoas jogam da mesma forma, seja escondido ou não.” Evandro Finatto, 44, comerciário

“Deveria ser regulamentado, mas tem o problema da lavagem de dinheiro, que é difícil de controlar. Também ocorre de pessoas mais vulneráveis perderem tudo com o vício no jogo. Poderia ser algo destinado apenas às zonas de fronteiras e cidades turísticas, locais propícios para as atividades.”

Pela proposta, municípios regulamentariam o jogo do bicho e seriam responsáveis pela arrecadação dos tributos

Jorge Tadeu da Silva, 62, administrador de empresas

“Não adianta legalizar se não houver fiscalização. No Brasil temos muitas atividades legalizadas que não funcionam e também muita verba pública desviada para a corrupção. Aumentar a arrecadação dessa forma não resolveria os problemas.” Albertina Borba, 27, assistente de Recursos Humanos

País

A

tividade proibida desde 1946, a exploração dos jogos de azar pode voltar à legalidade. Plenário do Senado define se proposta de regulamentação da atividade será admitida, em votação prevista para ocorrer até a próxima semana, antes do recesso parlamentar. Cálculos do Planalto apontam que a mudança representaria um aporte de R$ 15 bilhões até R$ 25 bilhões ao ano para os cofres da União. Parte dos recursos

seria destinada ao INSS. O projeto integra a chamada Agenda Brasil, estabelecida pelo governo interino para restabelecer o equilíbrio fiscal e melhorar o ambiente de negócios no país. Para o autor do projeto, é incoerente dar tratamento diferenciado às loterias federais na comparação com outras modalidades. Conforme Nogueira, o Estado tem o dever de criar regras para disciplinar e fiscalizar a exploração dos jogos de azar, uma vez que as apostas clandestinas movimentam mais de R$ 18 bilhões por ano no país.

O texto define os tipos de jogos que podem ser explorados, os critérios para autorização e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos. A proposta estipula que somente será permitida uma casa de bingo para cada 150 mil habitantes de um município. Cassinos seriam autorizados apenas em complexos turísticos construídos para esse fim. O projeto também define critérios de idoneidade para interessados em trabalhar com o negócio e criminaliza a atividade clandestina. Hoje, a exploração


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de jogos de azar é considerada uma contravenção, punível com prisão de três meses a um ano, além de multa. A apreciação da medida causou reação no Ministério Público Federal. Em nota, o órgão se posicionou contrário a qualquer atividade considerada de azar, com exceção da loteria e do turfe, já autorizados no país. O MPF afirma que o posicionamento ocorre por questões de ordem técnica. Com base na experiência da instituição, aponta ligação entre a exploração dos jogos de azar e atividades como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação de impostos e corrupção. Outro problema indicado pela procuradoria é em relação à estrutura dos órgãos de fiscalização e controle do país, considerada insuficiente para acompanhar bingos e cassinos que seriam abertos. Para o MP, ainda faltam mais estudos aprofundados sobre o tema, comparando leis existentes em outros países cujas atividades são regulamentadas e um maior esforço na contenção do contrabando garantiria o aumento da arrecadação.

Ilegalidade persiste Ex-presidente da Associação Gaúcha de Entidades Esportivas e Administradores de Bingo (Agebi), Márcio Augusto da Silva é um dos defensores da legalização dos jogos. O principal argumento é que as atividades continuarão existindo, regulamentadas ou não. Conforme Silva, os bingos e caça-níqueis clandestinos estão espalhados em todas as cidades brasileiras, rendendo dinheiro

Diante desses argumentos, estou indeciso. Como sou um senador independente, mesmo com o pedido do PDT para votar a favor, vou escolher conforme minha consciência.” Lasier Martins Senador pelo PDT

para organizações criminosas. Também relata a existência de sites de apostas com base em outros países que resultam em evasão de divisas. O ex-presidente da Agebi rebate a alegação do MPF sobre as dificuldades de fiscalização das atividades. Para ele, a tecnologia empregada pela Receita Federal nos sistemas de controle fiscal inviabiliza os desvios e a lavagem de dinheiro. Os bingos eram regulamentados até 2004, quando passaram a ser proibidos por lei federal. Segundo Silva, os altos tributos da atividade, o imposto cobrado nos prêmios e as taxas de funcionamento praticamente inviabilizavam qualquer tipo de operação para mascarar recursos de origens escusas. Para ele, a ilegalidade tirou os empresários do ramo e entregou a atividade para os contraventores. Afirma ainda que o proje-

to pretende aumentar as penas para os clandestinos e dará tranquilidade aos interessados em investir na atividade, gerando emprego e renda.

Indefinição Os três senadores da bancada gaúcha ainda não definiram posição sobre o projeto. Para Lasier Martins (PDT), a proposta é controversa, com bons argumentos para ambos os lados. “Diante da necessidade do governo de ampliar a receita, legalizar pode gerar R$ 15 bilhões em impostos por ano. Se não permitir, continua na clandestinidade.” Por outro lado, considera que os estabelecimentos seriam usados para lavagem de dinheiro. Para ele, diferente de países desenvolvidos onde o jogo é liberado, a maioria da população brasileira é pobre e, na falta de expectativas para melhorar de vida, apostará na esperança de

enriquecer. “Diante desses argumentos, estou indeciso. Como sou um senador independente, mesmo com o pedido do PDT para votar a favor, vou escolher conforme minha consciência.” Por meio de sua assessoria, a senadora Ana Amélia Lemos afirma que a aprovação é uma das bandeiras das frentes em defesa dos municípios e das santas casas e hospitais beneficentes. “Será uma nova fonte de arrecadação capaz de amenizar a crise enfrentada por esses dois setores.” Por outro lado, a senadora também avalia os motivos para o MPF ser contrário à proposta. “A decisão virá a partir dos debates em plenário e do esclarecimento das informações.” A assessoria do senador Paulo Paim se limitou a informar que o parlamentar ainda não tem um posicionamento definido sobre o tema.

DETALHES DO PROJETO Requisitos para investidores * Interessados em explorar um dos tipos de jogos previstos precisam estar em dia com a Receita Federal. * Não será permitida a exploração da atividade por detentores de mandatos eletivos. Sócios das empresas não poderão ter antecedentes criminais. * O estabelecimento deve informar ao governo federal o pagamento de todas as premiações superiores a R$ 10 mil. Cassinos * Só será permitido o funcionamento dentro de complexos de lazer obrigados a oferecer “acomodações hoteleiras de alto padrão”,

restaurantes e bares, centros de compras e espaço para eventos sociais e artísticos de grande porte. * O projeto prevê um máximo de 35 cassinos em todo o território nacional, com o limite de três por estado. * Um mesmo grupo empresarial poderá controlar, no máximo, três cassinos. * O credenciamento terá prazo de 30 anos, podendo ser renovado após o vencimento. Bingos * Os estabelecimentos terão capacidade mínima de 250 pessoas. Será credenciada uma

casa de bingo para cada 150 mil habitantes de uma cidade. * Em cidades com menos de 150 mil habitantes, apenas uma empresa do setor será permitida. * Não será permitida a instalação de outras modalidades de jogos nos estabelecimentos. Jogo do bicho * Pelo projeto, a atividade deixará de ser contravenção penal e passará a ser regulamentada pelas administrações municipais. Os municípios também ficarão responsáveis pela tributação do jogo.


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Cidades

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Governo instala semáforos no Montanha Alteração também limita ingresso de veículos da Benjamin Constant para a ERS-130 Lajeado

O

1.Três semáforos

trânsito intenso na av. Benjamin Constant e as dificuldades no deslocamento de veículos no bairro Montanha motivam alterações no trecho. Entre as mudanças, está a instalação de três semáforos, além de modificações no sentido das ruas e no acesso à ERS-130. Coordenador do Departamento de Trânsito, Euclides Rodrigues afirma que as medidas melhoram o fluxo de veículos. Segundo ele, a decisão de restringir o acesso à ERS-130 para motoristas vindos do Montanha é uma tentativa de dar mais segurança ao ingresso na rodovia estadual. Agora, os condutores devem utilizar um acesso à direita, na rua Nicolau Junges. Conforme o coordenador, um trecho da rua ainda sem pavimentação receberá o serviço nos próximos dias. “Pela forma como está o trânsito hoje, ou nós otimizamos as ruas existentes ou vamos ter problemas maiores.” Para Rodrigues, as medidas também facilitam o acesso à avenida Benjamin Constant para motoristas vindos da ERS-130. No caso deles, destaca o ganho de tempo e segurança com a instalação dos semáforos no cruzamento com a Irmando Weisheimer.

foram instalados próximos ao entroncamento da avenida Benjamin Constant e da rua Irmando Weisheimer. A medida tenta facilitar o acesso aos bairros Montanha e Florestal e dar mais segurança a pedestres.

2.

ANDERSON LOPES

Mudanças nos semáforos Desde a instalação dos novos semáforos, agentes de Trânsito acompanham a movimentação no local e repassam orientações aos condutores. Os equipamentos de LED também recebem ajustes, devendo ser sincronizados nos

Acesso à ERS-130 fica proibido no sentido bairro/centro pela Benjamin Constant

próximos dias. Desde a implantação, as sinaleiras próximas à rodoviária e ao entroncamento com a avenida Sete de Setembro causam problemas. A sincronização, segundo Rodrigues, deve ser feita até o semáforo do entroncamento com avenida Alberto Pasqualini. A partir dela, os sinais seguem configuração diferente. Os modelos escolhidos são os mesmos licitados há dois anos. Na época, a substituição de todos os semáforos com iluminação incandescente para LED teve custo estimado em R$ 800 mil. A iniciativa foi desenvolvida com recursos do Fundo Municipal de Trânsito, desde o fim do ano passado. Com a troca, Rodrigues estima uma queda de 10% no consumo de eletricidade. Além dos gastos com energia para o serviço, o coordenador salienta redução da necessidade de manutenção com o novo modelo de semáforos.

Condutores com rota em direção a Arroio do Meio e à BR-386 ficam proibidos de utilizar o acesso e manobrar sobre a pista da ERS130. Com as mudanças, eles passam a utilizar a rua Nicolau Junges para fazer o retorno no trevo da rodovia.

3.

Usuários da Benjamin Constant no sentido centro-montanha continuam podendo utilizar o acesso à ERS-130 para seguir para Cruzeiro do Sul ou para rua Irmando Weisheimer.

Os equipamentos com sincronização mecânica ainda serão trocados por sistema de GPS, que permite aferição dos horários de forma remota. Hoje, o desgaste dos relógios demanda correções periódicas, assim como a queima das lâmpadas.

Projeto busca qualificar alimentação nas escolas Teutônia Merendeiras de escolas municipais participam de uma de atividade com o objetivo de incrementar os cardápios e difundir a utilização e o cultivo de ervas condimentares, aromáticas

e medicinais na alimentação dos alunos. As ações, que ocorrem desde junho, são parte do Projeto Saberes e Sabores: Adicionando Saúde à Alimentação Escolar. As atividades são coordenadas pela Emater/RS-Ascar e Secreta-

ria de Educaçãoe e contam com a participação de diretores e professores das escolas. O objetivo de envolver o maior número de integrantes das equipes pedagógicas de cada instituição. Na terça-feira, 5, foi realizada a oficina para identificação

e cultivo de plantas aromáticas e condimentares. A atividade ocorreu na cozinha demonstrativa do Centro Municipal de Ensino Fundamenta Leonel de Moura Brizola. Na ocasião, foram apresentadas características de plantas

variadas, como salsa, cebolinha, alecrim, manjericão. Os participantes também foram orientados sobre as condições ideais de clima, temperatura, luminosidade e irrigação para seus cultivos. Após esta etapa, realizaram o cultivo de mudas.


Cidades

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Fungo ocasiona morte de peixes Técnicos apuram causas do incidente DIVULGAÇÃO

Mudança brusca na temperatura pode ter acelerado proliferação dos fungos

Encantado

D

evido ao aparecimento de peixes mortos na Lagoa da Garibaldi, a Secretaria da Saúde e Meio Ambiente buscou junto a Emater/RS-Ascar um técnico para analisar o motivo. Deoclésio Piccoli, acompanhado da bióloga do município Marieli Zanchett Stefenon e da agente epidemiológica Marina Agostini, fez ontem as análises na lagoa. O técnico, que é especialista em Peixes, realizou análises de pH, turbidez, alcalinidade e temperatura da água, bem como avaliação dos peixes mortos. Conforme Piccoli, a mortandade de peixes é ocasionada pelo fungo saprolegnia, que provoca enfermidades em peixes e anfíbios. No caso dos peixes, provoca o aparecimento de hifas nas barbatanas. Em relação aos anfíbios, ataca os girinos. Os peixes ficam com manchas brancas ou tufos semelhantes a algodão por todo o corpo. O técnico explicou que o fun-

go está no ambiente e é oportunista, ou seja, em condições favoráveis, ele se prolifera e pode se desenvolver. Para Piccoli, a mudança de temperatura ocasionou a proliferação desse fungo, levando em consideração que o pH da água, assim como a turbidez, a alcalinidade e a temperatura, foram consideradas normais. “Esse tipo de problema, quando ocorre, sempre é nesta época do ano devido à variação de temperatura”, explica. O técnico prevê que aparecerão mais peixes mortos em função da ação do fungo, sendo que ele desaparecerá conforme o aumento da temperatura e, como a Lagoa da Garibaldi tem uma grande extensão de área associada ao volume de água armazenada, não há tratamento eficiente para controlar o fungo. Em relação ao ser humano, o fungo normalmente não é prejudicial no contato com a água, porém, não é recomendado consumir peixes que possam estar contaminados.

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Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Lei exige faróis sempre ligados nas estradas Norma aprovada em maio entra em vigor amanhã. Descumprimento gera multa ANDERSON LOPES

País

C

om a justificativa de reduzir colisões frontais, motoristas devem, a partir de amanhã, manter os faróis ligados mesmo durante o dia. A medida já era obrigatória para motos. Quem descumprir a regra será multado em R$ 85 e perderá quatro pontos na carteira. A proposta vem sendo bem aceita pelos motoristas, como o servidor público Eloir Miguel Hister. Habilitado para conduzir três tipos de veículos: moto, carro e caminhão, avalia de forma positiva a mudança. “Trará mais segurança e mais visibilidade. O pessoal vai conseguir enxergar bem mais.” Hister garante já ter tido problemas para enxergar outros veículos na estrada. “Tem muitos carros e caminhões que não andam com os faróis acesos e fica difícil enxergar.” A lei também é bem avaliada pela operadora de produção Franciele Candido da Silva. Motociclista, ela garante se sentir mais segura com a mudança. “Tem lugares que têm cerração, a gente não vê direito. É bom, consigo ver melhor e de longe os veículos.” Para não ter problemas com a nova legislação, o caminhoneiro Cleomar Blanco se antecipou. “Faz uns 15 dias eu comecei a usar os faróis ligados para me adaptar antes da lei.” Com a experiência de rodar por diversas estradas do país, Blanco avalia positivamente a medida. “De longe já vai ser possível ver o farol e é bom para evitar acidentes.”

Motoristas que não ligarem os faróis durante o dia em rodovias serão multados em R$ 85. Exigência já era cobrada para os condutores de motocicletas

Colisões frontais lideram acidentes Dos 607 acidentes fatais até maio, foram 223 por colisões frontais. Entre 2007 e 2013, no Vale do Taquari, esse tipo de acidente matou 230 pessoas, segundo os dados do Detran. O número equivale a 40% das mortes em trânsito da região no período. Em seguida, foram atropelamentos, que representam 21% dos óbitos no trânsito. Durante os seis anos, 650 pessoas morreram em acidentes no Vale.

Especialistas divergem A mudança coloca tica uma orientação do Conselho Nacional sito (Contran). Entre

em práde 1998 de Trânespecia-

listas, a lei gera divergências. O engenheiro especialista em Segurança do Trânsito, Mauri Panitz, foi um dos críticos da proposta quando ela foi aprovada no Senado. Na avaliação do engenheiro, a lei terá pouca efetividade, pois a maioria dos acidentes seria consequência de imprudência dos condutores e não por problemas de visibilidade. Ao contrário do engenheiro, o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ronaldo Brito, avalia positivamente a mudança na lei. “É extremamente bem-vinda porque traz mais segurança. Com isso a visibilidade melhora durante o dia, especialmente para pedestres, ciclistas e motociclistas.” De acordo com o inspetor,

Suspenso encaminhamento de carteira de trabalho Estado A direção da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) suspendeu o encaminhamento de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) nas Agências FGTAS/SINE. A decisão foi tomada em fun-

ção das frequentes oscilações e quedas do sistema do Ministério do Trabalho, que tem gerado demanda reprimida, extensas filas em frente às agências FGTAS/ Sine e, reiteradamente, impossibilitou a prestação do serviço. O atendimento será retomado quando encerrar a migração do

sistema off-line para on-line em todo o Brasil. Os trabalhadores que fizeram pré-agendamento de encaminhamento da carteira de trabalho serão atendidos, mas com restrições, uma vez que a instabilidade do sistema não garante o atendimento na hora marcada.

RELEMBRE A obrigatoriedade do uso de faróis foi tema de duas reportagens do A Hora. Medida quer evitar colisões frontais Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

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Uso de faróis será obrigatório em julho Regra, que já era exigida para motociclistas, prevê multa e perda de 4 pontos ANDERSON LOPES

País

em Segurança do Trânsito, Mauri Panitz, que avalia a nova lei como pouco efetiva. Para ele, o governo deveria investir em conscientização ao invés de usar a multa para mudar os hábitos dos motoristas.

C

omeça a valer em 45 dias a regra que obriga os motoristas a usarem os faróis ligados ao trafegar em rodovias durante o dia. A lei, publicada ontem no Diário Oficial da União, determina multa de R$ 85 para quem descumprir a lei. A proposta foi apresentada em 2015 pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS/PR) e foi aprovada no Senado no fim de abril. Considerada infração média, o texto determina a perda de quatro pontos na carteira aos infratores. O presidente interino Michel Temer vetou o trecho que estabelece o começo logo após a publicação da matéria. A justificativa é que os faróis ligados trarão mais segurança aos motoristas. Segundo eles, isso reduzirá as colisões frontais. Apesar de ter se tornado lei apenas ago-

Relembre O A Hora do dia 3 abordou a proposta. Especialistas divergem quanto à obrigatoriedade. 16

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2016

EDUARDO AMARAL

Município presta mais de 70,5 mil atendimentos Estrela

Condutores precisarão manter os faróis dos automóveis ligados inclusive durante o dia. Descumprimento gera multa

ra, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) orienta a utilização dos itens desde 1998. No Vale do Taquari, 40% das mortes no trânsito acontecem em razão de colisões frontais. Entre

2007 e 2013, foram 230 vítimas fatais em acidentes do tipo, segundo os dados do Detran/RS. Os atropelamentos são a segunda maior causa de mortes no tráfego da região, com 21% dos óbitos no

mesmo período. Apesar da avaliação positiva da medida por parte dos parlamentares e professores de autoescola, a proposta é criticada por estudiosos. É o caso do especialista

Totalizou em 70.572 o número de atendimentos prestados pela Secretaria de Saúde, por meio das Unidades Básicas, nos três primeiros meses de 2016. É o que afirma o secretário Elmar Schneider. Desses, 54.850 se referem aos atendimentos da equipe multidisciplinar e 15.722 na farmácia. O aumento no número de consultas e a implantação dos ESF nos bairros das Indústrias, Imigrantes e Moinhos, contribuíram para a ampliação dos serviços, diz Schneider. Os números mais expressivos se referem à Unidade Básica Central, com 22.715 atendimentos no trimestre. Desses, 5.115 foram com médico clínico-geral, 876 com ginecologista e 1.320 com pediatra. Na área da enfermagem, foram 1.602 com enfermeiro e 13.572 com os técnicos, além de 228 por assistente social.

Consulta a planos de saúde País A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou no portal uma ferramenta para consulta aos dados dos planos de saúde. A Sala de Situação é um painel que apresenta uma visão global e um panorama das operadoras. “Com isso, interessados em obter informações ganham um instrumento mais completo e de fácil acesso, que permite consultas a dados atualizados mensalmente pela ANS”, informou a agência. A Sala de Situação tem recursos visuais – mapas e gráficos – que possibilitam melhor avaliação e comparação dos dados disponibilizados.

Para entrar em vigor, texto aprovado pelos senadores na semana passada precisa ser sancionado. Profissionais do setor divergem sobre efetividade da medida

Senado aprova lei que obriga o uso de faróis durante o dia Norma já cobrada para motocicletas valerá para os demais veículos Vale do Taquari

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rojeto aprovado pelo Senado na semana passada obrigará os condutores a dirigirem com os faróis baixos durante o dia. De acordo com a proposta, quem não cumprir a determinação será multado em cerca de R$ 85 e perderá quatro pontos na carteira. A proposta depende de sanção presidencial. O texto não é uma novidade, pois desde 1998 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) orienta o uso dos faróis durante o dia. Os autores da matéria defendem que a medida, já obrigatória para os motociclistas, reduzirá os riscos de acidentes fatais. O diretor de ensino de motoristas, César Luís Schardong, vai na mesma linha e defende a obrigação como necessária.

“No Brasil um dos maiores índices de acidentes são de colisões frontais. Em 2011 no RS, 97 pessoas morreram nesses choques. Os faróis ligados podem diminuir isso”, acredita. No Vale do Taquari, 230 pessoas morreram em colisões frontais entre os 2007 e 2013 segundo os dados do Detran. O número equivale a 40% das mortes em trânsito da região no período. Logo atrás vem as mortes por atropelamento, que representam 21%. Durante os seis anos, 650 pessoas do Vale morreram em acidentes de trânsito. Na avaliação de Schardong, isso comprova a necessidade de adotar a medida aprovada no Senado. “Traz mais segurança, pois normalmente as pessoas não identificam o veículo que está a vindo a uma distância considerável”, diz.

Para o diretor, a aplicação de multa também é uma forma de melhorar a educação dos condutores. “No momento que falha o processo educativo, o processo punitivo acaba prevalecendo”, afirma. Schardong ressalta ain-

da a pouca preocupação dos candidatos a motoristas com as questões de segurança. “O aluno de autoescola se preocupa mais com a prova e não em assimilar o processo de proteção individual.”

ESPECIALISTA CONTESTA MEDIDA O otimismo de Schardong não encontra eco na avaliação do engenheiro especialista em Segurança do Trânsito, Mauri Panitz. Na avaliação dele, a aplicação de multa não evitará acidentes. “Acredito que terá pouca efetividade, pois a maioria não acontece por problemas de visibilidade, mas sim por imprudência.”

Panitiz também critica o uso da punição financeira como principal meio de conscientização do motorista. “Vai criar mais uma forma de faturamento e não de educação. Se ao invés de aplicar multa, optassem por dar advertência verbal e por escrita, o efeito seria mais positivo”, afirma o engenheiro.

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Cidades

EDUARDO AMARAL

Estrela Totalizou em 70.572 o número de atendimentos prestados pela Secretaria de Saúde, por meio das Unidades Básicas, nos três primeiros meses de 2016. É o que afirma o secretário Elmar Schneider. Desses, 54.850 se referem aos atendimentos da equipe multidisciplinar e 15.722 na farmácia. O aumento no número de consultas e a implantação dos ESF nos bairros das Indústrias, Imigrantes e Moinhos, contribuíram para a ampliação dos serviços, diz Schneider. Os números mais expressivos se referem à Unidade Básica Central, com 22.715 atendimentos no trimestre. Desses, 5.115 foram com médico clínico-geral, 876 com ginecologista e 1.320 com pediatra. Na área da enfermagem, foram 1.602 com enfermeiro e 13.572 com os técnicos, além de 228 por assistente social.

Consulta a planos de saúde País A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou no portal uma ferramenta para consulta aos dados dos planos de saúde. A Sala de Situação é um painel que apresenta uma visão global e um panorama das operadoras. “Com isso, interessados em obter informações ganham um instrumento mais completo e de fácil acesso, que permite consultas a dados atualizados mensalmente pela ANS”, informou a agência. A Sala de Situação tem recursos visuais – mapas e gráficos – que possibilitam melhor avaliação e comparação dos dados disponibilizados.

o uso de faróis de neblina não será aceitos em substituição aos faróis baixos nas rodovias

A HORA · TERÇA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2016

Município presta mais de 70,5 mil atendimentos

Para entrar em vigor, texto aprovado pelos senadores na semana passada precisa ser sancionado. Profissionais do setor divergem sobre efetividade da medida

Senado aprova lei que obriga o uso de faróis durante o dia Norma já cobrada para motocicletas valerá para os demais veículos Vale do Taquari

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rojeto aprovado pelo Senado na semana passada obrigará os condutores a dirigirem com os faróis baixos durante o dia. De acordo com a proposta, quem não cumprir a determinação será multado em cerca de R$ 85 e perderá quatro pontos na carteira. A proposta depende de sanção presidencial. O texto não é uma novidade, pois desde 1998 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) orienta o uso dos faróis durante o dia. Os autores da matéria defendem que a medida, já obrigatória para os motociclistas, reduzirá os riscos de acidentes fatais. O diretor de ensino de motoristas, César Luís Schardong, vai na mesma linha e defende a obrigação como necessária.

“No Brasil um dos maiores índices de acidentes são de colisões frontais. Em 2011 no RS, 97 pessoas morreram nesses choques. Os faróis ligados podem diminuir isso”, acredita. No Vale do Taquari, 230 pessoas morreram em colisões frontais entre os 2007 e 2013 segundo os dados do Detran. O número equivale a 40% das mortes em trânsito da região no período. Logo atrás vem as mortes por atropelamento, que representam 21%. Durante os seis anos, 650 pessoas do Vale morreram em acidentes de trânsito. Na avaliação de Schardong, isso comprova a necessidade de adotar a medida aprovada no Senado. “Traz mais segurança, pois normalmente as pessoas não identificam o veículo que está a vindo a uma distância considerável”, diz.

Para o diretor, a aplicação de multa também é uma forma de melhorar a educação dos condutores. “No momento que falha o processo educativo, o processo punitivo acaba prevalecendo”, afirma. Schardong ressalta ain-

da a pouca preocupação dos candidatos a motoristas com as questões de segurança. “O aluno de autoescola se preocupa mais com a prova e não em assimilar o processo de proteção individual.”

ESPECIALISTA CONTESTA MEDIDA O otimismo de Schardong não encontra eco na avaliação do engenheiro especialista em Segurança do Trânsito, Mauri Panitz. Na avaliação dele, a aplicação de multa não evitará acidentes. “Acredito que terá pouca efetividade, pois a maioria não acontece por problemas de visibilidade, mas sim por imprudência.”

Panitiz também critica o uso da punição financeira como principal meio de conscientização do motorista. “Vai criar mais uma forma de faturamento e não de educação. Se ao invés de aplicar multa, optassem por dar advertência verbal e por escrita, o efeito seria mais positivo”, afirma o engenheiro.

federais. Os motoristas podem utilizar os faróis de rodagem diurna (DRL).

Secretaria de Obras faz melhorias na sinalização na av. Rio Branco Estrela Equipe da Secretaria de Obras Públicas trabalha nas melhorias da sinalização horizontal, com a pintura das faixas de segurança, redutores de velocidade, demarcação dos

espaços para estacionamento de veículos e dos cordões. No início desta semana, o trabalho foi feito na altura da rodoviária. O serviço terá continuidade na área central da cidade, nos pontos onde houver necessidade de melhorias.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

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Governo quer rapidez para ocupar presídio Sem definir prazos, secretário de Segurança garante efetivo para receber detentas DIVULGAÇÃO

Vale do Taquari

Projetado para receber 75 detentas, a construção do presídio feminino foi feita sem recursos do Governo do Estado. Metade do mobiliário está sendo comprada

A

reunião entre representantes dos órgãos de segurança do Estado e líderes locais, realizada ontem, terminou com promessas, mas sem previsão de data. O debate girou em torno da ocupação do presídio feminino de Lajeado. De acordo com um dos representantes do Vale do Taquari, foi garantido o deslocamento de dez agentes penitenciárias para atuar no local e a ocupação inicial com 20 presas. O processo de ocupação começaria dentro de 60 dias. A informação não é confirmada nem pela Secretaria da Segurança nem pela Susepe. De acordo com a assessoria do secretário Vantuir Jacini, ele teria exigido celeridade para o início de envio

VEÍCULOS

IMÓVEIS

Secretário de Segurança cobrou rapidez para iniciar a ocupação do presídio

de presas para o local. O processo agora está nas mãos da Susepe. Em relação aos números e datas, a Susepe garante que são apenas projeções. O órgão confirma apenas que as agentes

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pelo Conselho Popular de Assistência ao Preso e Associação Lajeadense de Segurança Pública (Alsepro). Em reunião realizada no fim de maio, o governo garantiu pagar os outros 50%.

POSTO AVANÇADO DO IGP ESTÁ DISTANTE

serão realocadas de outros presídios para atuarem em Lajeado. Ainda ontem à tarde, foi realizada a primeira reunião para elaborar o plano de ocupação do espaço.

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Em outro encontro, foi debatido o projeto de um posto avançado do Instituo Geral de Perícias (IGP) na região. Na reunião, foi apresentado o projeto de construção do local, que contaria com o apoio da Univates. Mesmo bem recebida pelos representantes do governo, a proposta esbarra na falta de pessoal. O IGP estadual trabalha hoje com 35% do efetivo necessário. Esse déficit deve ser reduzido com a reali-

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zação do concurso para a contratação de 106 agentes, anunciado no pacote de segurança na semana passada. A única garantia dada ontem é a manutenção do atual posto IGP. Todos os órgão de segurança foram taxativos ao dizer que o fechamento é “boato.” Com isso, novos agentes devem ser encaminhados para atuar na região após o concurso, ainda sem data para ser realizado.


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Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Agroecologistas querem ampliar oferta Dia de campo destaca modelos sustentáveis e apresenta formas de iniciar o cultivo ANDERSON LOPES

Arroio do Meio

orgânico, é atestada a procedência e permitida a venda em supermercados. O segundo grupo é formado por sete produtores. Mesmo certificada, a venda é permitida apenas em feiras, para programas do governo federal, restaurantes ou direto ao consumidor. “Se vender para o mercado, não terá o selo de orgânico”, esclarece.

T

odos os dias, o produtor José Valdir Schmitz, de Picada Arroio do Meio, observa a lavoura e aplica receitas caseiras para fazer o controle de pragas e doenças. Após trabalhar na indústria por 27 anos, voltou para a roça e se dedica à produção de alimentos. Na propriedade de cinco hectares, cultiva aipim, batata-doce, laranja, banana, couve-flor, alface, couve-chinesa, temperos e outras variedades. “A diversidade garante uma renda estável durante o ano todo e segurança alimentar para nós.” O cultivo é feito sem agrotóxico e conquista cada vez mais clientes. A realidade é bem diferente da época em que começou as vendas. “Chegaram a me mandar embora. Fiquei desanimado, mas não desisti. Hoje as pessoas reconhecem o valor do meu alimento e sabem como é produzido. Aquilo que comemos em casa é o mesmo oferecido ao cliente.” Por ciclo, mais de 30 mil mudas são cultivadas em estufas e a céu aberto. As vendas mensais chegam a R$ 2,5 mil. Ressalta a importância da orientação técnica por parte da Emater e os incentivos oferecidos pela Secretaria da Agricultura. A propriedade de Schmitz será uma das visitadas hoje, durante o Dia de Campo organizado pela

SAIBA MAIS

Schmitz cultiva hortaliças e frutas sem agrotóxicos. Busca por alimentos saudáveis faz demanda crescer

Organização de Controle Social Defensores da Natureza, Articulação de Agroecologia do Vale do Taquari (AAVT) e Escritório Municipal da Ascar/Emater-RS. O evento inicia às 9h com recepção no Bar do Dirceu, em Picada Arroio do Meio. Às 9h30min, ocorre a apresentação do trabalho realizado na região para estimular a produção, seguido de visita à propriedade de Schmitz. Às 11h30min, haverá almoço ao custo de R$ 12. À tarde, a programação segue com visita à propriedade de Gelci Beschorner para conferir o sistema agroflo-

restal em formação na cultura de citrus. Em seguida, o grupo conhece a produção de morango orgânico em bancada do produtor Delmar Kappler. Após haverá roda de conversa e encerramento das atividades.

Consumidor busca alimento saudável O assistente técnico regional em Manejo de Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar Regional de Lajeado, Marcos Schäfer, destaca o aumento do consumo devido a uma mudança cultural. “As

pessoas buscam alimentos cultivados de forma natural, sem agrotóxicos, em harmonia com a natureza e sem riscos para a saúde.” Para ele, o encontro será uma oportunidade para produtores da região trocarem experiências, conhecerem novas formas de cultivo, de controle de pragas e doenças, além de conquistarem novos adeptos e aumentarem a oferta. Em Arroio do Meio, existem dois grupos ecológicos. O primeiro foi criado no distrito de Forqueta, onde a produção é certificada pela Ecovida. Com o selo

O cultivo de orgânicos ocupa um milhão de hectares no país (0,3% da área agrícola). São 10,5 mil produtores em todo país, cujo faturamento cresce em média de 10% ao ano. No estado, são em torno de 930 agricultores ecológicos que priorizam técnicas naturais ao produzir alimentos. Estão em funcionamento 89 feiras e 69 supermercados, lojas e restaurantes que utilizam produtos, segundo pesquisa da Emater e Ufrgs. Em 2013, o governo federal criou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). São medidas articuladas em dez ministérios, formando 125 iniciativas nas áreas de produção, uso e conservação de recursos naturais, conhecimento, venda e consumo.

Governo divulga preços mínimos da safra de verão

Entidades recebem doação de agasalhos

País

Vale do Taquari

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira, 6, os novos valores mínimos das culturas de verão, que passam a vigorar nesta safra 2016/2017. Os novos valores foram fixados na última reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), no dia 30 de junho. O preço mínimo do arroz longo fino em casca para o Rio Grande

do Sul e Santa Catarina, teve aumento de 17,86%, saindo de R$ 29,67 para R$ 34,97 a saca de 50 quilos. Outro destaque foi o preço mínimo do milho, com alta de 21,68%, passando R$ 13,56 para R$ 16,50 a saca de 60 quilos nos estados de Mato Grosso e Rondônia. O algodão em pluma aumentou 8,93%, saindo de R$ 54,90 para R$ 59,80/15 quilos. Já o feijão em cores foi reajustado em 8,46%, passando de R$ 78 para R$ 84,60/60 quilos. As culturas fazem parte da Po-

lítica de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) – instrumento de comercialização de apoio à renda do produtor rural. Quando a cotação de mercado está abaixo do preço mínimo, o governo federal atua para amparar o agricultor. Outros produtos que tiveram seus preços mínimos publicados regionais foram, como o alho, borracha natural cultivada, cacau cultivada, carnaúba, castanha de caju, casulo de seda, guaraná, laranja, leite, mamona e sisal.

Cerca de 500 peças foram doadas para a Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan) e Associação da Assistência à Infância e Adolescência (Saidan). As peças foram arrecadadas por meio do projeto “Seja solidário. Doe”. O projeto foi realizado pelo Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Vale do Taquari (Sincovat), em parceria com a As-

sociação das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Vale do taquari (Aescon). Além dos agasalhos, também foram realizadas doações de pastas para escolas da região. O material é remanescente do 12º Seminário do Sincovat, realizado ano passado. A Escola Comunitária de Educação Infantil Raio de Sol, de Arroio do Meio, a Saidan e a Escola de Igrejinha, de Lajeado, foram contempladas com 50 pastas para cada instituição.


Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

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Famílias ignoram ordem da Justiça Município tem dificuldade em convencer moradores a deixar área próxima da ferrovia MACIEL DELFINO

Teutônia

A

América Latina Logística (ALL) briga na Justiça para retirar moradores da faixa de domínio às margens da ferrovia que cruza a cidade. Desde julho do ano passado, sete famílias do bairro Canabarro, próximo ao Loteamento Oito, foram notificadas. Água e luz foram instaladas, garantindo os direitos constitucionais, mas a contrapartida em IPTU não chega aos cofres públicos. A administração ofereceu moradias pelo financiamento coletivo no Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Foram construídas 180 unidades no residencial Morada do Sol, em Canabarro. Apenas uma família da área de risco foi beneficiada. As demais não atendiam os requisitos. O Executivo ofertou terrenos aos fundos do Morada do Sol para

Casebres irregulares permanecem às margens do trilho de trem. Responsável pela malha, a ALL exige a saída dos moradores

solucionar o problema. Dos três moradores que aceitaram a proposta, apenas um reside em novo endereço. As áreas de terra foram

MACIEL DELFINO

cedidas com dois anos de carência e depois vendidas por parcelas de R$ 113 mensais. Adriano Bento da Silva residiu

Funcionários da Elebat aprovam reajuste salarial Teutônia

Ao todo, 391 trabalhadores votaram e 61% se manifestaram favoráveis a proposta

às margens da ferrovia por dez anos e aproveitou a oportunidade de comprar um terreno. A casa de 63 metros quadrados demorou seis

meses para ser concluída. Foram investidos R$ 4 mil em materiais. A maioria das madeiras da antiga moradia foi reaproveitada. Silva foi o primeiro morador a deixar às margens da ferrovia e comemora a oportunidade. “Hoje estou à vontade. Se eu planto uma verdura, sei que é no meu terreno, lá eu não era dono. Muitos receberam a mesma chance, mas poucos aceitaram. Estou tranquilo e satisfeito em saber que pago algo que será da minha família.” Apesar da distância, o autônomo não vê motivos para reclamar. Segundo ele, o importante é ensinar aos três filhos o caminho certo e que as oportunidades surgem poucas vezes, mas podem mudar muito a vida, diz. Jair da Fontoura Oliveira está construindo casa de alvenaria desde o ano passado no terreno ofertado. A moradia é edificada com as economias da família e não tem prazo para conclusão.

Reajuste salarial e de benefícios foi aprovado pelos trabalhadores da empresa de laticínios Elebat. A segunda assembleia realizada em frente à fábrica, no bairro Alesgut reuniu 391 votantes. Desses, 61% foram favoráveis e 39% contrários à proposta.

Na primeira assembleia, realizada no final do mês passado, 272 votos contrários foram computados e 116 favoráveis. Diante da ameaça de greve, nova reunião com a direção da empresa foi marcada. A proposta inicial reajustava o salário e congelava os demais benefícios ofertados. Com a mudança o aumento será geral. Segundo presidente

do Sindicato da Alimentação de Estrela, Pedro Mallmann, as atividades continuam normais na fábrica. Caso a direção não cumpra as cláusulas definidas, os trabalhadores podem voltar ao estado de greve. Os valores reajustas não foram liberados devido a mudanças no quadro funcional de outra planta industrial da Elebat.


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Polícia

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Empresa retoma obra de quadra poliesportiva Falta de máquinas motivou interrupção por 30 dias MACIEL DELFINO

Teutônia

A

lunos e professores da Escola Estadual de Ensino Médio Reynaldo Affonso Augustin comemoram a retomada da construção na quadra coberta. Depois de 30 dias sem atividades no canteiro de obras, os funcionários da CTA Engenharia Associados, de Canoas, trazem a esperança de conclusão à infraestrutura aguardada faz 20 anos. A empresa havia deixado o serviço no fm de maio devido à falta de máquinas para construção de rampa. A obra iniciou em fevereiro e, apesar do prazo final ter passado, o mestre de obras Vanderlei Silveira Dias afirma que a obra não está atrasada. Segundo cronograma estipulado pelo Ministério da Educação, com base no projeto pelo Fundo Nacional de Educação (FNDE), a quadra deveria estar pronta no dia 21 de junho. “Temos prazo sobrando. A obra não vai parar mais”. Quatro funcionários produzem amarrações de ferro e retiram os escombros da quadra. Após a conclusão dessa etapa, uma empresa terceirizada

Pelo cronograma do Ministério da Educação, obra está 15 dias atrasada

colocará a cobertura. O projeto contempla apenas as estruturas metálicas e o telhado. Novo piso deverá ser colocado.

Relembre o caso O pleito pela quadra coberta na segunda maior escola do Vale iniciou em 2008. O governo estadual anunciou que R$ 400 mil seriam destinados ao educandário para a construção. A direção conseguiu verba para financiar o projeto, mas o recurso aguardado não foi depositado na conta. Apenas a quadra foi construída. Seis anos depois, a direção solicitou novo projeto para pleitear recursos. No ano passado o governo federal liberou R$ 474 mil para investimento em estrutura metálica e telhado. Entretanto, problemas de infiltração podem comprometer o andamento e a qualidade da obra. O mesmo modelo foi implan-

tado nas escolas Jacob Arnt, em Bom Retiro do Sul, e Guararapes, em Arroio do Meio.

PARCERIA QUER RESOLVER IMPASSE A umidade na quadra é problema antigo. Em dias de chuva o local fica alagado, impedindo os alunos de praticarem esportes. Isso ocorre porque a quadra está abaixo do nível da rua e recebe o escoamento da água oriunda de calhas da escola e ginásio da comunidade católica. Para solucionar, ambas entidades estudam meios de canalizar a água e evitar alagamentos.


A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Taça Encantado PATROCÍNIO:

Chapecoense se destaca no torneio Equipe catarinense ficou campeã com 100% e teve todos prêmios individuais FÁBIO KUHN

F

ormada por atletas profissionais e até jogadoras da seleção brasileira de base, a Chapecoense conquistou o título da primeira edição da Taça Encantado de Futebol Feminino. Os jogos ocorreram na sede do E.C Lambari, em Encantado, durante o fim de semana. Além da equipe catarinense, disputaram a competição a Fênix, de Encantado, Capitão F.F, de Capitão, e Santa Cruz do Sul, de Santa Cruz do Sul. Ao total, foram disputadas sete partidas nos dois dias de campeonato (veja resultados no boxe). Chapecoense ficou com a taça ao vencer quatro jogos, marcar 20 gols e não sofrer nenhum. Na final, goleou o segundo colocado Capitão por 5 a 0 (gols de Laura Brustolin (dois), Julia Daltoé Lordes e Yasmin Cosmann. O time de Chapecó também levou todos os prêmios individuais. Laura Brustolin foi eleita a destaque da final. Fernanda Delazere ganhou a medalha de goleira menos vazada, Yasmin Cosmann foi a goleadora com seis gols e Júlia Lordes se sagrou a craque da competição.

Valorização do futebol feminino A competição foi organizada pela equipe Fênix em parceria com Adair Lordes. Conforme uma das representantes da equipe, Simone Bigliardi, o campeonato serve para evidenciar o talento das jogadoras de futebol da região. Para Simone, é necessário mais interesse dos órgãos públicos e empresas no esporte

Competição disputada na sede do Lambari, em Encantado, contou com a participação de quatro times femininos

feminino. “É preciso ter mais investimento, principalmente com competições organizadas por prefeituras ou federações esportivas, porque a maioria de campeonatos e torneios que existem são organizados pelos próprios times.” Simone destaca a presença de cerca de 500 pessoas nos

dois dias de competição como um dos fatores que demonstram o interesse pela prática esportiva. “O diferencial do feminino é que se vê muito mais famílias no estádio.” Para 2017, os organizadores programam a segunda edição da Taça Encantado. A meta é dobrar o número de equipes participantes.

RESULTADOS Capitão 3 x 2 Fenix Santa Cruz 0 x 3 Chapecoense Chapecoense 7 x 0 Capitão Santa Cruz 3 x 0 Fênix Chapecoense 5 x 0 Fênix Capitão 5 x 2 Santa Cruz Chapecoense 5 x 0 Capitão


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Intercomunitários

Lenz A goleia e fica com a taça do futsal feminino Equipe venceu Costão na decisão da modalidade DIVULGAÇÃO

Fábio Kuhn

Sobre os Jogos Olímpicos Foi oportuna a frase do professor de Educação Física e condutor da tocha em Lajeado, Adilvo Battisti (foto): “Como seria legal ter um atleta da região nas Olimpíadas. ” Com certeza, esse é o sentimento de todos os moradores do Vale do Taquari. Espero que a passagem da chama olímpica inspire empresários e administrações municipais a investir mais nos esportes alternativos.

De parabéns Com vitória por 5 a 0 sobre o Costão, Lenz A ficou com o título do futsal feminino. Delfina ficou na terceira colocação

O

rganizado pela Administração Municipal de Estrela, o Intercomunitários conheceu mais uma equipe campeã. No fim de semana, o Lenz A derrotou o Costão por 5 a 0 e conquistou o título no futsal feminino. A terceira colocação ficou com o Delfina que ven-

ceu o Lenz B por 3 a 0. Mesmo de folga, o Arroio do Ouro comemorou o título no futebol de campo. Disputado em pontos corridos, o time ficou a frente de São Luís e Glória. Amanhã ocorre a terceira rodada do campeonato de futsal masculino. Em Costão, jogam Geraldo

Alta versus Lenz (master), Costão C versus Arroio do Ouro A (livre), Costão A versus Delfina A (livre) e Costão B versus Geraldo Alta A (livre). Em São Jacó, jogam Arroio do Ouro B versus Glória (livre), Lenz B versus Delfina B (livre), Delfina versus Lenz (senior) e São Luís versus Lenz A (livre).

Participantes da Taça Encantado de Futebol Feminino, evento organizado para evidenciar as potencialidades das atletas da região (mais informações na página 13 do A Hora).

Emoção em Bom Retiro do Sul Técnico do Rudibar, Carlos Eliseu Costa Santiago, o “Berbela”, chorou depois de conquistar o título do amador de Bom Retiro do Sul. Foi a primeira participação do Rudibar no municipal. Agora, a equipe se prepara para jogar o Regional da Aslivata e pode ser uma das surpresas da competição.

fabio@ jornalahora.inf.br


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2016

Informe

AGENDA 17ª rodada

www.soges.com.br

Primeira divisão – Campo 1

Guilheme Zart é o autor do gol mil

12h30min

Sem Bronca FTA

x Manguaça

13h30min

Os Kururus NC

x Patriots SB

14h30min

Fúria FC

x

15h30min

Hooligans

x Thundercats

16h30min

Bud FC

x Capote FC

17h30min

Geral Estrela

x

18h30min

LDU

x Tsunami FA

ARQUIVO PESSOAL

A

os 5 minutos do primeiro tempo, Guilherme Zart, do Brocadores, empatou o jogo contra o Super 10. O gol foi o milésimo marcado na Soges nesta temporada. Zart conta que marcar o gol mil da temporada é de alguma forma fazer parte da história da Soges. “Fui pego de surpresa durante o jogo, pois não sabia que estava perto do gol mil, mas na semana eu li matéria no A Hora que falava que o gol mil podia sair no sábado, eu tirei foto disso e botei no grupo do nosso time e ainda brinquei que alguém de nós podia ser o felizardo a marcar o gol. Acabou sendo eu.” Com 20 anos, Zart é natural de Fazenda Vilanova e lidera a artilharia da ter-

Os Kururus GR

Terceira divisão – Campo 2

EQUIPES CLASSIFICADAS À PRÓXIMA FASE A primeira divisão tem três equipes classificadas à segunda fase – Xernobyl, Anjos da Noite e Alambique. Quatro times não têm mais chance de classificação e disputarão a repescagem. São eles: Cevaria, Xtotz United, Meninos da Vila e Passa Bola B. Pela segundona, Thundercats e LDU disputarão a repescagem. O restante briga por vaga para a segunda fase.

12h30min

Renegados FC x

Só Pela Ceva

13h30min

Cevaria B

x

Sokanelinhas

14h30min

Falkatrua FCE x Brocadores

15h30min

Firma FC

x Super 10

16h30min

Ser Nata

x Falcons

17h30min

Gunners FC

x Finotrato

18h30min

Cetudos

x Galácticos

DIVULGAÇÃO

RESULTADOS

Artilheiro da terceira divisão, atacante Guilherme Zart, do Brocadores, é o autor do milésimo gol

Primeira divisão

ceira divisão com 14 gols. Logo atrás, vem o colega de time Alex de Andrade com 13 gols. A equipe tem também o melhor ataque entre todos os times com 47 gols marcados.

Demonhos JR 2

x 0 Sokanelas

Meninos Da Vila

2

x 2 Cevaria

Passa Bola B

0

x 1 Saídera

Sombras

1

x 1 Xtotz United

Anjos da Noite

1

x 0 Xernobyl

Al Qaeda JR.

2

x 2 Sangue Frio

Boka Bier

4

x 2 Alambique

Terceira divisão

CLASSIFICAÇÃO

1

x 4

Falkatrua FCE

Gunners FC 4

x 0

Cevaria B

1

x 1

Renegados

Ser Nata

Primeira divisão

Donos da Bola

Segunda divisão

Terceira divisão

Equipes

PG

Equipes

PG

Equipes

PG

Cetudos

Xernobyl

24

Furia

24

Brocadores

24

2

x 2

Anjos da Noite

22

Capote FC

22

Sokanelinhas

21

Galácticos FC

Alambique Original

Alambique

22

Smoking FC

22

Firma

16

Finotrato

4

x 1

Só Pela Ceva

Demonhos Jr

19

Donos da Bola

20

Cetudos

16

Falcons

1

x 5

Sokanelinhas

Boka Bier

19

Manguaça

18

Falkatrua

15

Super 10

1

x 8

Brocadores

Sokanelas

18

Patriots SB

16

Galácticos FC

14

Sangue Frio

14

Geral Estrela

15

Gunners FC

13

Al Qaeda Jr

14

Bud FC

14

Falcons

12

Saidera

14

Sem Bronca

13

Só Pela Ceva

12

Sombras

10

Hooligans

13

Cevaria B

12

Cevaria

8

Tsunami FA

10

Xtotz United

7

Os Kururus GR

8

Alambique Original

11

Meninos da Vila

6

Os Kururus NC

5

Renegados

11

Passa Bola B

4

Thundercats

1

Super 10

10

LDU

1

Finotrato

9

Ser Nata

4

Equipes da primeira divisão folgam na rodada deste sábado


Lajeado, Quinta-feira, 7 de julho de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br

Futsal

Alaf inicia preparação para clássico gaúcho Partida contra a ACBF ocorre neste sábado, às 20h15min, no Complexo Esportivo da Univates

D

epois de derrotar o Juventude pela Série Ouro, a Alaf volta as atenções para a partida diante da ACBF, de Carlos Barbosa, pela Liga Nacional de Futsal. A partida ocorre neste sábado, às 20h15min, no Complexo Esportivo da Univates. Ingressos estão à venda na Sede Social do clube, DMF Esportes, Bruxellas Esportes, Imprimix e Comercial São Cristóvão, ao preço de R$ 10. Na hora, custam R$ 15. Depois do clássico gaúcho, a Alaf disputa mais uma partida pela Liga Nacional neste mês. No dia 16, o time recebe o líder Copagril, do Paraná. Em agosto, realiza mais quatro partidas:

EZEQUIEL NEITZKE

Ala Dídi marcou um dos três gols da vitória da Alaf sobre o Juventude

Cascavel (dia 3) e CAD (dia 6), ambas em casa; Corinthians (dia 15) e ADC Intelli (dia 22), ambas em São Paulo.

Vitória pelo Gaúchão No Complexo Esportivo da Univates, a Alaf superou o Juventude por 3 a 1. O time de La-

jeado abriu o placar aos 8 minutos, quando Lucas Selbach rolou para Bruninho, livre de marcação, fazer o gol. Dois minutos depois, Vini Scola chutou, a bola desviou em Lucas Selbas e Tatão, atento ao lance, empatou a partida. Nem deu tempo para o time da Serra comemorar e a Alaf voltou a ficar à frente do placar. Em bela jogada individual, Dídi passou por dois marcadores até fazer o gol. Na segunda etapa, as duas equipes buscaram o gol a todo momento, mas quem marcou foi a Alaf. No último minuto, o Juventude estava com o goleiro-linha, Carlão roubou a bola e tocou por cobertura, dando números finais ao jogo.

CLASSIFICAÇÃO

Chave A Juventude – 14 pontos Alaf – 13 pontos ACBF – 10 pontos Asif – 10 pontos AES – 8 pontos BGF – 7 pontos Cachoeira Futsal – Sem pontuar

Chave B Atlântico – 18 pontos Assoeva – 18 pontos ADS/ATF – 10 pontos AGF – 10 pontos América – 7 pontos ASTF – 7 pontos Assaf – Sem pontuar


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