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Lajeado, quinta-feira, 21 de julho de 2016 Ano 13 - Nº 1639

Fundado em julho de 2002

Avulso: R$ 2,00

Fechamento da edição: 21h GIOVANE WEBER

GREVE DOS INDUSTRIÁRIOS

FUMICULTURA

Ministro visita produção Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, visitou lavouras de tabaco e reforçou a importânPágina 11 cia da atividade.

Paralisação chega no 4º dia e sindicato busca mais adesões

I

ndustriários participam hoje de reunião com a direção da BRF em Marau. Dependendo do resuldado, sindicato não descarta greve na unidade de Lajeado. Desde segunda-feira, trabalhadores da Minuano

mantêm paralisação. Ontem, cerca de 1,4 mil pessoas integraram ato. O impasse sobre o reajuste da categoria ocorre desde março. Manifestantes pedem reposição da Página 4 inflação. Empresa oferece 5,7%.

Superlotação dificulta atendimentos ANDERSON LOPES

PREFEITURA DE LAJEADO

Reforma no prédio custa R$ 126 mil Edital de licitação está em fase final de homologação. Pintura e manutenção do prédio podem durar até 90 dias. Página 8

CRUZEIRO DO SUL

Município retira lombadas Redutores instalados após atropelamento de criança estariam fora do padrão. Executivo atende Página 9 orientação do MP.

INSTITUIÇÕES EM DIFICULDADES: o Hospital Bruno Born, de Lajeado, e o Hospital Estrela trabalham acima da capacidade. Leitos de emergência e de UTI estão sempre ocupados. Redução dos serviços na capital e falta de leito em outras casas da região provocam percalço Página 5

ESTRELA

TEMPO NO VALE

Comunidade pede redutores de velocidade na ERS-129

Manhã de muito frio. Tarde com predomínio do sol Mínima: 5°C - Máxima: 15ºC

O anúncio das obras de asfaltamento em trecho de três quilômetros da rodovia anima moradores de Arroio do Ouro. Por outro lado, suscita o alerta sobre o excesso de velocidade. Famílias relatam abusos cometidos principalmente por caminhões, e sugerem a ins-

FONTE: CIH/UNIVATES

talação de lombadas. Além do risco de acidentes e atropelamentos, ressaltam os estragos na estrada causados pelo fluxo de veículos pesados. Aguardada faz mais de 30 anos, a pavimentação custeada pelo município foi autorizada pelo governo do Estado. Página 6


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Editorial

EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida

REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br

COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,2479

3,2485

Dólar Turismo

3,1900

3,3800

Euro

3,5782

3,5783

Libra

4,2820

4,2851

Peso Argentino

0,2166

0,2169

Yen Jap.

0,0305

0,0305

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE)

06/16

0,45

4,72

IGP-DI (FGV)

06/16

1,63

6,01

IGP-M (FGV)

06/16

1,69

5,91

INPC (IBGE)

06/16

0,47

5,09

INCC

06/16

1,52

3,80

IPC-A (IBGE)

06/16

0,35

4,42

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

07/16

0,1621

1,0997

CDI (Mensal)

06/16

1,1605

6,7198

Prime Rate

07/16

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

07/16

0.50

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1326.5 cotação do dia 20/07/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

56578

Dow Jones (EUA)

16.027

-0,21 -1,10

S&P 500 (EUA)

1.853

-1,42

Nasdaq (EUA)

5.023

0,00

DAX 30 (ALE)

9.964

0,00

Merval (EUA)

11.400

0,00

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 46, 66 em 20/07/2016

Uma visita política para marcar terreno

N

a visita ao Vale do Rio Pardo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, falou aquilo que integrantes da cadeia produtiva do tabaco queriam ouvir. Na linguagem popular, jogou para a torcida. Prometeu defender os interesses dos produtores, realçou a importância de manter as receitas dos municípios que dependem da atividade. Ficou no raso e no comum. Um ato político para marcar território e aproveitar para denegrir um pouco mais o antigo governo petista. A importância econômica no cultivo é indiscutível. Apesar dos esforços para diversificação, falta encontrar uma atividade paralela com a rentabilidade semelhante ao tabaco, cultura responsável pelo sustento de milhares de famílias. Sobre o hábito de fumar, a sociedade conhece seus malefícios. Agora pouco se fala sobre o impacto na saúde do produtor. O agrotóxico usado nas folhas do fumo causa diversos problemas. Atinge o sistema nervoso central, além de provocar danos no

Na rede Comentário sobre a matéria “Vereador protela verba à Casa de Acolhimento” Gostaria de saber onde está a prestação de contas de todas as entidades que recebem/receberam dinheiro público. Qual o local público, link, que o cidadão deve usar para ter acesso a esses documentos. Eduardo Thomas

fígado, nos rins e está associado a diversos tipos de câncer. Além da aplicação do veneno, a colheita também é nociva. Como ocorre nas primeiras horas do dia, as folhas úmidas pelo orvalho soltam uma toxina. Ao entrar em contato com o trabalhador, pode causar a doença da folha verde, um tipo de intoxicação aguda provocada pela absorção de nicotina pela pele. Os sintomas parecem com os da leptospi-

Sobre o hábito de fumar, a sociedade conhece seus malefícios. Agora pouco se fala sobre o impacto na saúde do produtor.

rose e confundem no momento do diagnóstico. Contato com folha do fumo faz o nível de nicotina no sangue deles ser até 700% maior que o de fumantes. Estudos comprovam essa interferência da produção na qualidade de vida dos fumicultores. O agrotóxico interfere na saúde mental de muitas pessoas. Em alguns casos, estudiosos acreditam no desenvolvimento de depressão. No estágio mais elevado do mal, estão os suicídios. Venâncio Aires, por exemplo, lidera o número de casos no país. É preciso encontrar um equilíbrio entre a renda dos agricultores e a saúde. As famílias envolvidas no cultivo precisam conhecer os riscos. A partir disso, é uma escolha. Implementar a diversificação de culturas exige trabalho. Mais do que na lavoura de fumo, pois em três meses de cultivo se alcança uma renda suficiente para o sustento em um ano. Em média, são R$ 20,3 mil gerados por hectare de tabaco. A cadeia produtiva tem números expressivos. Gera para

os cofres públicos mais de R$ 13 bilhões em impostos. O país é o segundo maior produtor do mundo. Mas os métodos impostos na atividade precisam ser questionados e debatidos. O ganho financeiro vem carregado de malefícios. É claro que, enquanto houver fumantes, haverá plantio. Talvez tenha sido esse o principal motivo da visita de Maggi. Posicionar o governo interino como defensor da produção. O ministro, um dos maiores produtores de soja do país, não falou sobre a indústria fumageira. Se ateve à produção primária. Poderia ter avançado sobre o tema e prometido interferir na negociação desigual dos agricultores com as multinacionais que dominam esse mercado. Essa seria uma atitude que caberia manchete. “Ministro interfere em defesa dos fumicultores na queda de braço com a indústria.” Mas, estranhamente, nenhuma linha sobre esse assunto. Pois a cada ciclo, a cada plantio, a imposição empresarial se sobrepõe ao interesse das famílias de agricultores.

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Política

A HORA · QUARTA-FEIRA, 20 DE JULHO DE 2016

Vereador protela verba à Casa de Acolhimento Na sessão, foi aprovado R$ 188 mil destinados para a decoração natalina RODRIGO MARTINI

Lajeado

ARGUMENTOS DE EQUIPE DO FÓRUM

O

projeto que autoriza o repasse mensal de R$ 8 mil para a segurança dos usuários da Casa de Acolhimento não contou com acordo entre os líderes de bancada na sessão de ontem. Só Antônio Schefer, do PMDB, negou. A proposta prevê recurso próprio do Legislativo para atender solicitação feita pela coordenadoria do Fórum de Enfrentameto à Drogadição. No local, a Secretaria de Assistência Social (Sthas) atende moradores em situação de vulnerabilidade. A estimativa é que a proposta seja votada na próxima sessão ordinária, marcada para terça-feira, às 17h. Mesmo assim, a decisão de não apreciar a matéria na sessão de ontem gera fortes críticas por parte da equipe do Fórum. “Com a negativa, há risco da casa fechar e essas pessoas terão que passar a noite na rua”, reclama Bruna Martins, da coordenação do Fórum. Durante a sessão, alguns usuários do local foram até o plenário acompanhar a votação. Conforme o projeto de lei, o repasse será por um período de até seis meses, totalizando ao fim do contrato um montante de R$ 48 mil para uma empresa de vigilância atuar no local. O imóvel

– Cerca 80% dos moradores estão em processo de redução de danos, pois diminuíram o uso de álcool e outras drogas, passando dias sem uso de substâncias; – A Casa de Acolhimento diminuiu o movimento de moradores de rua na Praça da Matriz; – 16 moradores de rua passaram por desintoxicação ambulatorial até o momento. Desses, seis estão em tratamento no Centro Terapêutico São Francisco; Base do governo pediu acordo para votar, mas projeto de lei deve ser avaliado só na próxima sessão, na terça-feira

foi alugado no mês passado pela administração municipal, que pagará cerca de R$ 3,5 mil mensais de aluguel. Outras quatro propostas de lei encaminhadas pelo Executivo estavam na ordem do dia da sessão plenária de ontem. O primeiro projeto em pauta previa alterações na legislação que rege sobre o Conselho Municipal de Trânsito, com a dispensa e chamamento de entidades civis. Ele foi aprovado

pela maioria dos parlamentares. Também foram votados mais dois projetos de lei, todos prevendo aberturas de crédito suplementar e especial, totalizando o manuseio de R$ 334,2 mil. Um dos recursos previstos, no montante de R$ 188 mil, servirá para custear a programação natalina de 2016, com decoração, logística operacional e apresentações. Em 2015, foram gastos R$ 254 mil.

– Com a renovação do convênio com a Clínica Central, quatro moradores, incluindo uma gestante, estão fazendo tratamento contra álcool e outras drogas;

Verba para academias O Executivo encaminhou ontem um projeto de lei solicitando autorização para abertura de crédito suplementar no valor de R$ 200 mil. Esse recurso, oriundo da câmara de vereadores, servirá para instalação de dez academias ao ar livre nos bairros Americano, Conventos, Imigrante, Olarias, Centro, Santo André, São Bento e duas no bairro Floresta, além do Loteamento Visão.

– Mais de 60 voluntários auxiliam na produção e doação de alimentos.

TRE absolve Felipe Schossler por troca de partido THIAGO MAURIQUE/ARQUIVO

Estrela Os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgaram na segunda-feira, 18, ação movida pelo PPS contra o vereador Felipe Schossler. O pedido ocorreu devido ao processo de mudança de sigla do parlamentar, que se filiou ao PTB. De acordo com o coordenador regional do PTB, Fabiano Diel, o PPS entrou com pedido de cassação no TRE porque Schossler não havia se desfiliado do partido antes de ingressar na nova sigla, durante a janela aberta em março para transferên-

Comentário sobre a coluna de Fernando Weiss, publicada nessa quarta-feira, 20 de julho

ma. Conforme Diel, o entendimento resultou em decisão unânime na Justiça Eleitoral, que julgou improcedente o pedido de cassação. O vereador alega que o resultado

era o esperado. Segundo ele, a decisão do tribunal encerra a questão. “Aconteceu o que era para acontecer e a justiça foi feita”, alega. Schossler foi eleito em 2012 pelo PPS, com 311 votos.

Esse deputado mesmo festejou o aumento do ICMs no RS. Agora sei por que tanta alegria.

NOVO JULGAMENTO

Schossler se candidatou a vereador em 2012 pelo PPS. Fez 311 votos e se elegeu

cias partidárias. “Porém, uma nova resolução afir-

ma que, na coexistência de duas filiações, prevalecesse a última”, afir-

No dia 1º de agosto os desembargadores do TRE se reúnem para julgar situação semelhante, envolvendo o vereador Paulo Schereen. Ele também foi eleito em 2012 pelo PPS e ingressou no PTB

em março deste ano. Para Fabiano Diel, o resultado do julgamento deve ser o mesmo, tendo em vista a equivalência das ações. Lembra que ambos se filiaram ao PTB no dia 5 de março.

Valmir Osterkamp

Opinião

A HORA · QUARTA-FEIRA, 20 DE JULHO DE 2016

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Fernando Weiss fernandoweiss@jornalahora.inf.br

Serenata aos ouvidos dos prefeitos

O

discurso de posse do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Alexandre Postal, soa como serenata aos ouvidos de prefeitos gaúchos. Eleito deputado estadual pelo PMDB, Postal assume a 53ª cadeira do TCE por indicação do governador José Ivo Sartori. Nomeação meramente política, que permite e sempre permitiu, intepretações sobre a ingerência demasiada e fisiológica dos chefes de Estado sobre os órgãos de fiscalização e regulação estabelecidos. Nessa segunda-feira, quando assumiu o cargo, Postal falou que o TCE não deve ser meramente punitivo, mas orientar os gestores para que não incorram

em erros. Inclusive, criticou sanções aplicadas principalmente aos gestores municipais, pois, em muitos casos, as prefeituras não dispõem de corpo técnico especializado para encaminhar procedimentos ao TCE. Postal tem boa parcela de razão. Um olhar mais cirúrgico sobre determinados apontamentos do TCE mostra exagero ou inconveniência. Nesse sentido, a ideia de Postal é construtiva. Por outro lado, a proposta de estabelecer um modelo mais conciliador não pode e nem deve parecer um alívio para práticas obscuras ou conluios, que, sabe-se, Brasil afora são costumeiros quando há determinação político/partidário na ocupação de cargos em instituições públicas.

Precisava? A contragosto do governador José Ivo Sartori, e provavelmente de boa parte da população gaúcha, a presidente da Assembleia Legislativa, Silvana Covatti (PP), promulgou reajustes salariais ao servidores do Judiciário, Legislativo, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas.

Todos os reajustes haviam sido vetados pelo governador Sartori, mas ignorados pela presidente. O impacto no caixa do Piratini será de R$ 193 milhões ainda neste ano. Diante da situação caótica das finanças do Estado, era hora de conceder esse reajuste de 8,13%?

ANDERSON LOPES

REPETIÇÃO: Júlio de Castilhos, ontem à tarde, 16h. Número de ambulantes aumenta a cada dia

Mais do mesmo Na Júlio de Castilhos, em Lajeado, os ambulantes continuam gerando debate e controvérsias. Cada vez em maior número, a atuação comercial na calçada central alimenta discórdia entre corações e mentes lajeadenses. Lojistas reclamam de concorrência desleal. Para os ambulantes – maioria haitianos e nordestinos – alternativa derradeira de renda. É o típico caso que requer

interferência do poder público. Sabemos que existe lei que regulamenta a atuação. Agora, reprimir os ambulantes mediante “arastão”, como ocorreu há poucos meses, já se mostrou medida insuficiente. Até porque todos estão de volta. Fechar os olhos, como parece fazer o governo de Lajeado, em nada contribui para ordenar o serviço. Permitir que a Júlio se

transforme em comércio a céu aberto é no mínimo temerário. Sair prendendo e acabar com a única forma de renda dos ambulantes é arriscado também. Ou seja, o assunto merece ser ampliado e debatido com mais profundidade. O que não dá é empurrar com a barriga e permitir chegar a proporções incontroláveis. Exemplos em cidades maiores não faltam.

Disputa pelo padroeiro de Lajeado A Paróquia Santo Inácio de Loyola, segundo consta no boletim interno deste mês, quer abrir campanha para assumir protagonismo na nomeação do padroeiro para Lajeado. A ideia é consolidar Inácio de Loyola como padroeiro

oficial. Os líderes da paróquia apoiam-se na tradição, na história e na força social para justificar a nomeaçãol. Resta saber como a ideia será aceita pelos líderes das demais paróquias, a citar São Cristóvão e Moinhos.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

MP e o alimento vencido

Rodrigo Martini martini.jornal@gmail.com lentem.wordpress.com

Só o constrangimento não será suficiente

M

oral é o conjunto de regras adquiridas por meio da cultura, tradição, educação e cotidiano. Deveria orientar o bom comportamento do ser humano na sociedade. Na política, não passa de um termo frívolo e esquecido no fundo do bolso do paletó. Faz pouco mais de dois meses escrevi sobre o constrangimento pairando sobre os ocupantes dos Cargos Comissionados (CCs) de Lajeado, outra vez questionados pelo Ministério Público Estadual. Esperava que a simples divulgação dos fatos fosse suficiente para cada um dos citados deixar de forma espontânea o emprego. Um amargo engano. Como era de se esperar – já que uma mesma decisão judicial fora tomada um ano antes –, o Tribunal de Justiça acatou o pedido do procurador-geral do Estado. A exigência é pela exoneração de 127 CCs, e posterior extinção desses cargos. Em um português inculto, o MP e a Justiça consideram “inúteis” tais funções. Um fardo para os cofres do município. Há, claro, formas mais brandas de descrever os cargos. “Inconstitucionais” ou “irregulares” são termos mais adequados. Até por respeito aos ocupantes, pois muitos têm capacidade para prosperar na iniciativa privada. Basta querer. Mas como é a segunda vez – em

dois anos – que o pleno do Tribunal gaúcho decide pelas exonerações, não há como ser sutil com o governo. É de se concluir, sem sombra de dúvidas, que 66 cargos de “chefe” em uma administração com 14 secretarias municipais é um despropósito. Além desses, Lajeado tem mais 92 CCs disponíveis à farra dos partidos coligados, com salários que vão de R$ 1 mil a R$ 9,5 mil. São 158 no total. É muito. E como todos estão carecas de saber, a maioria é ocupada pelos “cumpádis” que vão às ruas buscar votos para o gestor. São aqueles mesmos que você vê nas redes sociais – ou botecos – defendendo com “unhas e dentes” o governo. Nada diferente das gestões passadas. Essas, da mesma forma, sempre utilizaram da vulgar artimanha para torrar o dinheiro do contribuinte em detrimento aos concursos públicos para profissionais formados. Aliás, ações do MP do Estado pedindo a extinção de CCs também foram ajuizadas contra a ex-prefeita. E ela nada fez. Mas esse descompromisso com a moralidade e o bom uso dos recursos dos contribuintes não pode ser jogado só no colo dos prefeitos. É preciso – e muito – apontar o dedo para os nove vereadores que, no fundo, estavam bem cientes da ilegalidade ao aprovarem a recontratação dos CCs em setembro pas-

sado, só quatro dias após o governo demiti-los a mando da Justiça. É incrivelmente constrangedora a situação em que esses parlamentares – e o prefeito – colocaram nossa Lajeado perante a Justiça estadual. Pensavam, eles, ser suficiente mudar algumas letras da antiga legislação para tornar tais CCs moralmente e juridicamente aceitáveis. Diante desse “jeitinho” utilizado pelos agentes públicos para manter empregados seus fiéis correligionários, era óbvia a nova condenação do município. E o que fará o nosso gestor diante de tal imoralidade? Vai recorrer. Fará de tudo para não prejudicar aqueles que lhe ajudarão. Estamos vendo claramente a forma politiqueira como a gestão pública é conduzida e, pior, fiscalizada. Afinal, como esperar uma análise mais apurada do projeto que recontratou os CCs se muitos vereadores são justamente os responsáveis pelas indicações de nomes para esses cargos? Mais uma vez, a falta de probidade dos vereadores e do gestor ficou perceptível. E por mais que o constrangimento tenha sido insuficiente para evitar a nova lei, ao menos o embaraço transpareceu na sessão passada do Legislativo, quando nenhum parlamentar teve a hombridade de tocar no assunto.

Segundo informações extra-oficiais, a lista prometida pelo MP sobre a Operação Lavoisier – que investiga a venda de alimentos vencidos em Lajeado – não trará restaurantes, pizzarias, minimercados e afins. O único estabelecimento comercial que supostamente comprou produtos estragados seria aquele já divulgado. Os demais compradores seriam só pessoas físicas.

Tiro Curto – O pastor Eric Nelson, da Comunidade Evangélica de Lajeado, puxa minha orelha: “Na coluna de 14/7/16, onde falas do PSC, dizes ‘a saída dos cristãos da base governista’. Fiquei quase chocado com o uso do termo. Sei que o ‘C’ significa ‘cristão’, mas não fica bem usar um termo tão caro, rico historicamente e abrangente para se referir a partido político.” – Reiterando: na sessão filmada da câmara de vereadores de Lajeado do dia 5, que não foi ao ar, teve vereador fazendo campanha para pré-candidato a chefe do Executivo. Se o promotor eleitoral quiser, as gravações ainda existem. Ainda...; – O Conselho Superior do MP homologou o arquivamento do inquérito que investigava irregularidades nos contratos de limpeza urbana de Lajeado no período de 2009 a 2013. E faz um ano que o promotor local pediu – e não levou – o rompimento do contrato com a Mecanicapina; – Em Bento Gonçalves, o Ministério Público Eleitoral ajuizou duas representações por propaganda eleitoral antecipada de pré-candidato a prefeito e de pré-candidato a vereador. Isso porque ambos mantinham páginas no Facebook com caráter patrocinado; – Ctrl C + Ctrl V? Projeto de lei protocolado pela mesa diretora da Câmara de Vereadores de Colinas estabelece subsídios. Mas, com uma gafe monstruosa. No artigo 1º da proposta, consta: “Os ocupantes de cargo em comissão de secretários municipais de Estrela”; – O escrivão designado do cartório da 2ª Vara Judicial da comarca de Teutônia mandou bem ao revelar publicamente o déficit de servidores. Espero que não sofra punição por isso; – Na câmara de Lajeado, alguns vereadores estão atordoados com a suspensão das filmagens. Muito porque cada um tem direito a dez minutos de fala após as votações. E, com a transmissão na íntegra, esse tempo extra se tornou uma boa plataforma de campanha. É impressionante como tudo vira artimanha eleitoreira. “Os que vencem, não importa como vençam, nunca conquistam a vergonha.” Maquiavel


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Tráfego na avenida 28 de Maio é liberado

Cidades

SANTA CLARA DO SUL – A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Rural informa a liberação do tráfego de veículos na avenida 28 de Maio. O trânsito estava interrompido devido à

colocação da camada asfáltica sobre a base de paralelepípedo, no trecho entre as ruas Otmar Jacob Ely e Capitão Nicolau Klein. A próxima etapa da obra prevê a pintura do local.

Reunião em Marau define futuro da greve Após quatro dias na Minuano, sindicalistas cogitam ampliar mobilização para BRF MARCELO GOUVÊA

Lajeado

rios à greve. Pelas redes sociais, representantes do Stial reclamam da postura adotada durante a mobilização. Em uma das publicações de ontem, acusam dirigentes da Minuano de limitar o uso de transporte para trabalhadores que aderiram à paralisação. Na terça-feira, a queixa era pelo envio de mensagens por celular para oferecer bonificação a quem tivesse trabalhado na segunda-feira e mantivesse a carga horária. De acordo com o registro, também houve a divulgação de vagas de emprego para a unidade. As oportunidades constam nos perfis oficiais da Minuano.

O

resultado da rodada de negócios marcada para a manhã de hoje, em Marau, pode desencadear greve em setores da BRF. A afirmação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Avícolas e de Alimentação de Lajeado e Região (Stial), Adão Gossmann. Ontem, no terceiro dia de paralisação na Minuano, foi feito um ato em frente à multinacional. Cerca de 1,4 mil trabalhadores participaram, segundo os organizadores. As tentativas de um acordo para o reajuste da categoria ocorrem desde março. Enquanto sindicalistas pedem a reposição da inflação, 9,8%, empresários oferecem 5,7% imediatos e outros 0,5% em janeiro. Além do encontro de hoje, com a BRF, uma nova rodada de negociações é prevista para amanhã, com a Minuano. Segundo Gossmann, os valores são considerados baixos e as propostas de representantes das duas empresas estão atreladas pela relação de prestação de serviços entre ambas. O fator, afirma, motivou o manifestação em frente da BRF. “Como as negociações são as mesmas, resolvemos fazer esta mobilização. Dependendo do resultado, teremos greve. Este é um ato é simbólico.” Em frente da unidade, o grupo usou carros de som e cartazes na tentativa de mobilizar trabalhadores. Representantes também mantinham mobilização em frente à Minuano. A BRF tem cerca de 3,2 mil trabalhadores na unidades, de acordo com estimativa do sindicalista. Com as linhas de produção ligadas à avicultura em férias coletivas, cerca de mil mantêm as atividades no abatedouro de suínos.

Quatro dias de greve A concentração de trabalhado-

Empresa se posiciona Grevistas da Minuano caminharam até a sede da BRF para tentar sensibilizar trabalhadores e aumentar adesão

res em frente à Minuano completa, hoje, o quarto dia. As mobilizações iniciam logo na madrugada, com o uso de carros de som para reunir os trabalhadores. Apesar de não haver registros por perturbação, reclamações quanto a barulho são relatadas por integrantes da Brigada Militar (BM). Entre o início da mobilização e a tarde de ontem, existe o histó-

Colegas têm recebido ligações sobre perturbação, mas as pessoas desistem de representar.” Karine Brum Capitã da BM

rico de duas ocorrências por fato atípico e uma por briga no entorno da concentração. Segundo a capitã Karine Brum, um dos motivos é a falta de representação das testemunhas. A exigência de apresentação de uma testemunha para esse tipo de caso pelo Ministério Público tem dois anos. “Colegas têm recebido ligações sobre perturbação, mas as pessoas desistem de representar.” Entre os moradores das proximidades da empresa, também existem percepções divergentes. Mesmo com o início da mobilização na madrugada, a moradora Miriam Fantoni, 56, vê o ato como parte da rotina de um município em desenvolvimento. Faz 30 anos que ela reside a meia quadra da unidade e classifica a ação como uma reivindicação de direitos. O aposentado Valdir Becker, 59, vê a situação com normalidade. Vizinho da empresa, acompanhou pelo menos quatro greves. “Eles estão certos. Não estão pedindo nada mais que o merecido e a movimentação está dentro do tolerável.”

Pedido negado A ação de interdito proibitório feita pela Minuano à Justiça foi negada pela 1ª e 2ª Varas Cíveis. O recurso é utilizado para evitar a concretização de ameaças contra o patrimônio. A alegação da empresa era que havia a restrição do acesso à empresa de mercadoria ou funcionários contrá-

Desde o início da mobilização, a Companhia Minuano de Alimentos tem restringido os posicionamentos sobre a greve a comunicados oficiais. Ontem, foi emitido o segundo. No documento, a empresa confirma reunião para tratar sobre o reajuste de salários. Destaca dificuldades no setor agropecuário, principalmente o avícola, assim como o andamento das atividades da unidade no município e com a cadeia produtiva.

CONFIRA A NOTA A Companhia Minuano de Alimentos, visando garantir a transparência com seus funcionários e parceiros, vem a público comunicar que já tem agendada reunião de negociação para discutir o Acordo Coletivo com o sindicato da categoria, para reajustamento de salários dos seus empregados. A reunião acontecerá nessa sexta-feira, dia 22 de julho, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas

Indústrias de Alimentação (Stial). O setor agropecuário, principalmente o avícola, está enfrentando um dos momentos mais difíceis da sua história. A Minuano preocupa-se, não só com o andamento das atividades da sua unidade em Lajeado/RS, mas com uma cadeia de produção que gera renda para milhares de famílias que dependem direta ou indiretamente desse setor.


Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Hospitais lotados e endividados expõem situação da saúde Em Lajeado e Estrela, instituições trabalham acima da capacidade ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

A

s baixas temperaturas trouxeram à tona a dificuldade de atendimento nos hospitais da região. Com poucas opções nos demais municípios, pacientes do Vale recorrem ao Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado, ou ao Hospital Estrela. Além de atender a população do Vale, o HBB tem recebido pacientes de outras regiões. De acordo com a administração, entre os dias 4 e 14, foi registrada superlotação nas UTIs em diversas ocasiões. A situação chegou a comprometer os atendimentos eletivos nos dias mais críticos. O principal problema acontece nas UTI adulto, neonatal e pediátrica, todas registrando superlotação ao longo dos últimos meses. A emergência também precisou oferecer um serviço além da capacidade, como explica o diretor-executivo do HBB, Cristiano Dickel, “A sala crítica da emergência também estava lotada ao máximo, o que restringia o acesso de casos graves, e com pacientes em espera nos outros ambientes do hospital.” Até ontem à tarde, os atendimentos na emergência tinham sido normalizados. Para tentar garantir o atendimento nos períodos mais críticos

A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Sosur) executou ontem, uma operação tapa buracos na Av. Senador Alberto Pasqualini. O trecho recuperado abrange toda extensão da avenida que corta o trevo de acesso principal à cidade, no sentido do Bairro

Capacidade das UTIS HBB

UTI adulta

15 leitos SUS e 5 privados UTI Neonatal

4 leitos SUS e 2 privados UTI pediátrica

3 leitos SUS e 1 privado

ridos aos leitos. De acordo com a administração, a ocupação dos leitos ultrapassa a capacidade do hospital. Os setores mais procurados e com picos de lotação são as clínicas médica e cirúrgica, além do Pronto Socorro.

Projetos precisam sair do papel Falta de UTIS em outros hospitais da região gera superlotação nos atendimentos do HBB e do Hospital de Estrela

Estamos tentando ampliar o tempo de permanência na UPA [...] Glademir Schwingel Secretário de Saúde de Lajeado

do HBB, os respiradores da UPA são emprestados para a emergência crítica. Outras medidas de curto prazo têm sido tomadas de acordo o secretário da Saúde, Glademir Schwingel. “Estamos tentando ampliar o tempo de permanência na UPA, além disso precisamos aperfeiçoar as informações de ocupação nas UTIs.” Schwingel lembra que o problema não é exclusividade do Vale. “Não é um problema fácil de resolver, porque todo o estado

Operação tapa buracos em execução na Av. Senador Alberto Pasqualini Lajeado

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São Cristóvão ao Centro. Segundo o titular da pasta, Osmar Rossner, foram utilizadas 19,82 toneladas de asfalto para recuperação de uma das pistas do trecho. Fiscais do Departamento de Trânsito auxiliaram na sinalização das obras bem como na orientação dos motoristas. Nos próximos dias, a Av. Beira

Rio, no Bairro Conservas, receberá operação semelhante. Também há previsão para operação ocorrer na Av. Henrique Stein Filho,no Bairro Jardim do Cedro. Paralelamente, outra equipe da Sosur dá andamento à recuperação de estradas não pavimentadas nos bairros Centenário e Conventos.

está esgotado”, destaca. O secretário ressalta que as dificuldades aumentaram com a redução de internações nos hospitais de Porto Alegre. “É um efeito cascata, falta leitos na capital e isso acaba estourando aqui.” Mesmo com as dificuldades, o secretário garante que o problema está equalizado neste momento em Lajeado. O problema se repete no município vizinho. No Hospital Estrela, pacientes aguardam na emergência para serem transfe-

Em reunião com representantes do governo do Estado na quinta-feira passada, algumas medidas foram apontadas para tentar resolver o problema. A principal cobrança é que os projetos de UTIs previstos para Teutônia, Arroio do Meio e Encantado saiam do papel. Na avaliação de Schwingel, a realização desses projetos é fundamental para reduzir a sobrecarga dos hospitais regionais. “Nossa orientação é que a verba da Consulta Popular, totalizada em R$ 500 mil, seja usada para dar andamento a esses processos.”

RAFAEL SCHEEREN GRÜN/DIVULGAÇÃO

Trecho recuperado abrange extensão do trevo principal de acesso à cidade


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

THIAGO MAURIQUE

Obra interdita rua DIVULGAÇÃO

Pavimentação ocorre em trecho de 850 metros

Cruzeiro do Sul Um trecho de 850 metros das ruas Laura Centeno de Azambuja e Albino Fleck, a chamada rua do Morro, está interditado. No local, são realizadas obras para a pavimentação asfáltica. As máquinas preparam o solo. Segundo a responsável pelo Departamento do Meio Ambiente, Cristiane Welter, também estão sendo retiradas algumas árvores. Conforme a coordenadora do Departamento de Trânsito, Camila Scheibel, é necessário que os usuários procurem vias alternativas. Os ônibus também mudam o roteiro.

Moradores lindeiros à rodovia sugerem a instalação de quebra-molas para reduzir riscos de acidentes e atropelamentos em localidade do interior de Estrela

Excesso de velocidade alerta moradores de Arroio do Ouro Comunidade aponta perigos do tráfego intenso de caminhões Estrela

G8 pede doação de veículos Santa Clara do Sul Prefeitos dos municípios que integram o Consórcio Cipae G8 entregaram, na terça-feira, ofício ao delegado da Receita Federal de Santa Cruz do Sul, auditor fiscal Leomar Padilha. No documento, eles pedem a doação de um caminhão adaptado com uma prancha para transportar uma escavadeira hidráulica e um ônibus a ser utilizado para passeios turísticos dentro da rota Caminhos das Cascatas. Devido ao ano eleitoral, o delegado informou ser inviável fazer a doação neste momento. Há possibilidade de ela ser reavaliada no início de 2017.

A

s futuras obras de asfaltamento na ERS-129, em Arroio do Ouro, prometem suprir uma demanda de mais de 30 anos. Convênio assinado com o governo do Estado permite a execução da obra por parte do município e renova as esperanças da comunidade. Porém, os moradores também demonstram preocupação com o excesso de velocidade na via. A agricultora Sandra Petry Weber, 50, mora às margens da rodovia faz 29 anos. Segundo ela, todas as vezes em que a estrada é arrumada, motoristas exageram na velocidade deixando a população em perigo. “Esses dias fui jogada para fora da estrada por um caminhão que seguia no sentido contrário”, alega. Conforme Sandra, o fluxo de veículos é intenso, mas as carretas são o principal foco das reclamações. A preocupação aumenta devido ao grande número de crianças que aguardam o ônibus escolar às margens da rodovia,

relata. A moradora afirma que, além da ERS- 129, os excessos também acontecem na rua das Acácias, onde fica a propriedade dos pais dela. “É uma via com curvas acentuadas, mas mesmo assim insistem em dirigir rápido”, ressalta. Para ela, a chegada do asfalto acabará com a poeira, mas pode gerar ainda mais casos de abusos na velocidade. “Será preciso ao menos dois quebra-molas”, acredita. Nascido e criado na localidade, Nelson Hauschild, 54, concorda com Sandra. Para ele, se não houver a possibilidade de instalar lombadas, será necessário pensar em outros tipos de redutores. “Se hoje ninguém respeita, imagina com o asfalto”, aponta. Segundo Hauschild, o excesso de velocidade só não ocorre quando a estrada apresenta poucas condições de trafegabilidade.

Promessa antiga Também morador das margens da ERS-129, Dirson Hauschild, 57, afirma que o excesso de velocidade se tornou assunto

na comunidade. Para ele, os quebras-molas são a melhor forma de evitar acidentes ou mesmo atropelamentos. Conforme o morador, além da alta velocidade, os caminhões também passam carregados com excesso de peso, a ponto de estragar a via. “As conservações nunca duram por causa do fluxo intenso de veículos pesados”, assinala. De acordo com Hauschild, é preciso uma forma de evitar o problema para garantir a conservação do asfalto. “Esperamos por

muitos anos por essa conquista. Tem que fazer durar”, ressalta. Lembra que ouviu falar sobre a obra pela primeira vez ao fazer 18 anos e tirar o título de eleitor. “Meu pai dizia para votar em candidatos daqui para conseguirmos a pavimentação. Ainda estou aguardando”, alega. Mesmo com as diversas promessas ao longo dos anos, o morador confia na execução dos trabalhos ainda neste ano, principalmente após o convênio para municipalizar o trecho.

PROJETO EM ANDAMENTO A administração municipal informa que o projeto para o asfaltamento do trecho está em elaboração. A permissão para a obra foi obtida por meio de um convênio assinado com a Secretaria Estadual de Transportes e o Daer no fim de junho. A proposta inclui a pavimentação em um trecho de três quilômetros. O valor total da obra é de R$

3.083.995,09 e os recursos são próprios do município. O Daer ficará responsável pela fiscalização da execução do convênio, com a prerrogativa de orientar e administrar os trabalhos. A ERS-129 é uma das principais vias de escoamento da produção. A rodovia também é uma ligação entre Estrela e Bom Retiro do Sul.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Justiça concede recuperação Credores receberão em dez anos MACIEL DELFINO

Empresa retomou atividades depois de concluir reforma na unidade fabril

Imigrante

A

Justiça concedeu recuperação judicial a Laticínios Hollmann. A sentença foi expedida pela juíza da 1ª Vara de Teutônia, Ângela Lucian. A empresa será acompanhada por dois anos durante a implementação do plano de recuperação. Se não houver descumprimento, o processo é arquivado após o período. O plano de recuperação determina prazo de dez anos para o pagamento de R$ 15 milhões as três categorias de credores e demais encargos. A proposta foi aprovada em assembleia geral com 51,03% dos votos. Apenas a Caixa Econômica Federal e o Bradesco foram contrários à proposta. Segundo o advogado, Alexander Froemming, os encargos dos ex-funcionários já foram acertados. Para os outros credores, os pagamentos terão um ano de carência, sendo feitos a partir de 2017. O total de desembolso mensal destinado para os credores será de R$ 125 mil. Cada um receberá valor proporcional ao valor do crédito pendente. Conforme Froemming, a empresa oferece de 5% a 7% a mais no valor da parcela mensal aos credores que voltarem a atuar como fornecedores da empresa.

A empresa A Hollmann chegou a negociar o arrendamento da área industrial para a Languiru, mas o declinou da negociação. Logo após, um incêndio destruiu 40% das instalações da fábrica. Segundo Froem-

ming, a estrutura foi reformada e as atividades foram retomadas.

Plano de pagamento As assembleias foram conturbadas. A primeira, realizada em março, foi suspensa por falta de credores habilitados. No segundo encontro, durante simulação, a Caixa demonstrou insatisfação com o plano e pediu prazo para rediscutir contrapropostas. Na terceira, a instituição bancária teve voto em duas classes e junto com o Bradesco rejeitou o plano, representando 48,97% dos credores.

COMO CREDORES VOTARAM • Classe 1 (composta pelos trabalhadores) – Houve aprovação em 100%, por meio da representação de único credor. • Classe 2 (fornecedores) – Dos três representantes, dois foram favoráveis e apenas a Caixa foi contra, com crédito estimado em mais de R$ 2,3 milhões. O voto representou 57,38% dos créditos habilitados na categoria. • Classe 3 (garantia real) – Dos 84 credores presentes, 61 aprovaram, 20 se abstiveram e três representantes (Caixa com dois votos e Bradesco) rejeitaram.

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Governo prevê R$ 126 mil para reforma Processo licitatório para melhorias na prefeitura foi lançado no início deste mês RODRIGO MARTINI

Lajeado

A

prefeitura vai passar por uma série de reformas até o fim de 2016. O Executivo estima investimento de até R$ 126 mil em serviços de pintura externa e consertos no reboco, nas infiltrações, divisórias e demais estruturas do prédio concluído em 1991, ano de comemoração do centenário do município. O processo licitatório foi aberto no dia 4 e aguarda homologação. De acordo com a secretária de Planejamento (Seplan), Marta Peixoto, não há informação exata de quando foi realizada a última pintura externa do prédio. “Seguramente faz mais de dez anos, segundo servidores mais antigos da Seplan.” Hoje, são diversas falhas verificadas na fachada principal da prefeitura, resultado do desgaste causado pelo tempo. Pela planilha de orçamento global do processo licitatório, a manutenção do prédio está orçada em R$ 129 mil, diferente do texto do edital. Desse valor, o maior montante se refere à “pintura acrílica sobre paredes e beirais 2 demãos”, com um investimento previsto de R$ 49,7 mil para pintar uma área total de 2,6 mil metros quadrados.

formática, o Controle Interno, a Ouvidoria, o Setor de Pessoal, além da garagem, recepção e um auditório.

HISTÓRICO DO PRÉDIO

Pintura e manutenções em rebocos, telhado e divisórias estão orçadas em até R$ 129 mil pelo governo municipal

O projeto orçamentário, assinado pelo engenheiro civil da administração municipal, Carlos Alfredo Gerhardt, também prevê outros R$ 15,8 mil para fixação de “brise soleil de alumínio”, e mais R$ 12,2 mil com pintura esmalte sobre o alumínio. Conforme a proposta apresentada às empresas concorrentes, dos R$ 129 mil previstos na planilha orçamental, R$ 62,7 mil servirão para o custeio da matéria-prima necessária às obras de manutenção, e R$ 66,5 mil para a mão de obra. O prazo para conclusão dos

serviços será de até 90 dias após a ordem de início dos serviços.

Estrutura atual

Em 15 de junho de 1982, o então prefeito Darci José Corbelini anunciava início das obras

Hoje, segundo a secretária de Planejamento, cinco secretarias funcionam no prédio principal do governo. Além da Seplan, o contribuinte tem acesso às secretarias de Segurança e Cidadania, de Governo, de Administração e da Fazenda, Além disso, informa Marta, a prefeitura abriga também o Departamento de Trânsito e Serviços Concedidos, o Gabinete do Prefeito, a Procuradoria Geral, o Setor de In-

A obra de construção da prefeitura iniciou em 15 de junho de 1982, durante a gestão do prefeito Darci José Corbelini. Na época, a previsão era construir um prédio com até oito andares. Mas, com o tombamento da Casa de Cultura – onde antes funcionava a sede administrativa da cidade –, em 1984, houve limitações na altura. Com isso, só três pavimentos foram permitidos. Os novos espaços foram inaugurados em etapas. De acordo com as placas comemorativas dispostas nas paredes da prefeitura, o terceiro e último piso foi inaugurado em 12 de maio de 1988, pelo então governo formado pelo prefeito Erni Ilmo Petry e vice Cláudio Schumacher. Outra placa, comemorativa aos cem anos de Lajeado, cita que "Esta obra foi concluída em 1991".

Projeto ensina alunos a cultivar chás e verduras DIVULGAÇÃO

Cruzeiro do Sul Por meio do projeto Educação Qualificando Vidas, a Secretaria de Educação incentiva os educandários a criar espaço para o plantio de chás e verduras. Coordenadora das Escolas Municipal, Roselene Marmitt, a Nina, destaca os benefícios da prática. "É uma questão de sustentabilidade. Por

exemplo, o lixo orgânico pode ser utilizado no próprio educandário, tendo-se a certeza de que terá um destino correto. Algumas escolas, que possuem espaço suficiente, inclusive construíram a sua composteira. Certamente é um ótimo exemplo para as crianças. Educando para a vida.” Com a produção própria de chás, a escola não precisa mais adquirir

os produtos industrializados. "O principal objetivo é mostrar para as crianças que é possível produzir em qualquer lugar e educar para uma alimentação saudável", destaca a nutricionista Catia Dullius. Um exemplo de aproveitamento de espaço está na Escola Doce de Infância, no bairro Vila Rosa. Uma horta foi adaptada com a reutilização de pneus.

Na escola, pneus foram adaptados para produção de chás e hortaliças


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Executivo remove redutores de velocidade

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IMÓVEIS

VEÍCULOS

Medida segue orientação do Ministério Público MARCIO STEINER/DIVULGAÇÃO

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SERVIÇOS Município estuda instalação de outros recursos para garantir segurança

de medidas é uma demanda de anos da população. O Conselho de Pais e Mestres da escola infantil protocolou dois abaixo-assinados solicitando mais segurança no local. Um em 2012 e outro em 2014.

Estopim No fim do mês de março, depois da morte da menina Neyla Karlana, 4, os moradores protestaram exigindo a implantação de seis tachões na rua. Os pontos

reivindicados ficam em frente à escola, estabelecimentos comerciais e travessas. A partir da manifestação, o governo municipal instalou tachões em dois pontos do trecho e dois redutores de velocidade. Os acidentes na via eram constantes. Na mesma semana em que a menina foi atropelada, outras duas colisões aconteceram na mesma rua. A via liga o município a Lajeado e tem tráfego intenso de veículos.

Assinatura de adesão para asfaltamento Santa Clara do Sul A administração municipal informa que a assinatura dos contratos de adesão à obra de

asfaltamento da rua Padre João Kreuz ocorre nos dias 28 e 29. A assinatura será feita entre os donos de terrenos e a empresa vencedora da licitação, no Centro

Administrativo. Na quinta-feira, 28, o atendimento ocorre das 9h às 11h30min e das 13h30min às 16h. Na sexta-feira, 29, das 9h às 14h.

Assistência Social apresenta projetos DIVULGAÇÃO

Encantado O Auditório Brasil sediou encontro da Assessoria Regionalizada, promovido pelo Departamento de Assistência Social (DAS) do RS. Representantes de 29 municípios do Vale participaram. Integrantes do governo de Encantado apresentaram trabalhos realizados na área da Assistência Social. Após houve orientações sobre questões eleitorais e sobre o Cadastro Único.

IMÓVEIS TERRENOS

D

ois redutores de velocidade foram retirados da rua Ruben Feldens, na Vila Zwirtes. A remoção foi feita pelo Executivo e segue orientação do Ministério Público. A instalação foi considerada irregular. Segundo o secretário da Administração e Finanças, Leandro Johner, tudo iniciou a partir de uma denúncia por parte de um servidor público, alegando que o material colocado no local não estaria em acordo com a determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “Nós entendemos que o material está de acordo. O MP acatou a denúncia e orientou a retirada. Coube ao município seguir.” Conforme o secretário, a Administração faz um estudo de viabilidade para a instalação de dois quebra-molas no local. Os equipamentos haviam sido instalados a 200 metros da escola de Educação Infantil no fim do mês de março depois de um apelo da comunidade. A adoção

Encontro reuniu representantes de 29 municípios do Vale do Taquari

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

“Não temos mais como recolher animais” Número de cães no abrigo da Apaam é quase três vezes maior do que a capacidade FÁBIO KUHN

Arroio do Meio

A Apaam é uma ONG sem fins lucrativos. Ela tem parceria com a administração municipal, responsável pelo custeio da água e luz. O poder público ainda cede o veterinário Eduardo Chiarelli para realizar as castrações. Os gastos com alimentação são pagos com auxílio de cer-

O

abandono de cães preocupa os voluntários da Associação de Proteção aos Animais Arroio-Meenses (Apaam). No mês passado, 11 cachorros foram deixados pelos donos e apenas um animal foi adotado. “Não temos mais como recolher os animais”, lamenta a presidente Solange Beneduzi, 56. Conforme ela, na situação atual, o abrigo localizado no bairro Dom Pedro II está com 80 cachorros. A capacidade é para 32 animais. Com a superlotação, os voluntários da Apaam precisam improvisar casinhas ou até agrupar vários animais nas baias. “Isso é muito ruim, pois facilita a transmissão de doen-

Município troca telhado do ginásio DIVULGAÇÃO

Complexo tem nova cobertura desde a semana passada

Santa Clara do Sul O ginásio municipal de esportes, localizado no centro, tem uma nova cobertura desde a semana passada, quando os serviços de substituição de dois mil metros quadrados de telhado foram encerrados. A obra soluciona os problemas das goteiras que atrapalhavam a prática esportiva nos dias de chuva. A estrutura antiga foi avariada pelo vendaval registrado em outubro de 2014 e pela queda de granizo ocorrida em outubro de 2015. Também foi trocado o telhado na escola Frei Henrique de Coimbra, em Nova Santa Cruz. Os serviços iniciaram na segunda-feira.

Dificuldades financeiras

ca de 20 sócios da Apaam. Eles doam valores entre R$ 5 a R$ 50 mensalmente. Conforme Solange, são necessários 28 quilos de ração por dia. Com o aumento no número de cães, a presidente percebe dificuldades financeiras em manter a entidade. Interessados em ajudar ou adotar um animal podem contatar pelo 9269-7403.

SOBRE A APAAM Sem espaço, voluntários da Apaam improvisam casas no caminho até o abrigo

ças, além de deixar o cão sem um espaço adequado”, argumenta Solange. Ela classifica como irresponsáveis os donos que renunciam os

animais. “Eles deveriam vir aqui conhecer a realidade do abrigo.” O abandono ou maus-tratos aos animais é considerado crime. Pena é de detenção ou multa.

A entidade foi fundada em 2004 e visa o bem-estar dos animais abandonados, além de incentivar a adoção. O abrigo da Apaam chegou a funcionar em uma cancha de bocha ao lado do campo do Bela

Vista e no pátio da antiga empresa Ellfen, no bairro Bela Vista. Em 2011, foi transferido para uma área cedida pelo Executivo, no bairro Dom Pedro II. No local, foram construídas 32 baias.

Diretoria do BC mantém juros básicos em 14,2% ao ano País Pela oitava vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 14,2% ao ano. Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob

controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em comunicado, o Copom informou que as projeções para a inflação estão em queda. No entanto, o órgão aponta riscos de curto prazo, como a persistência nas elevações nos preços de alimentos, incertezas quanto à aprovação e à implementação dos ajustes necessários na economia e a indexação da economia, com a inflação passada alimentando a futura caso os índices de preços permaneçam

altos e acima da meta. Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o IBGE, o IPCA acumulou 8,8% nos 12 meses encerrados em junho, depois de atingir o recorde de 10,7% nos 12 meses terminados em janeiro. No Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 6,9%. O mercado está mais

pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,2%. Apesar da queda do dólar, o impacto de preços administrados, como a elevação da conta de água em várias capitais, tem contribuído para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. Nos próximos meses, a expectativa é que a inflação desacelere por causa do agravamento da crise econômica.

Congresso recebe reforma trabalhista até o fim do ano País A proposta de reforma trabalhista será encaminhada ao Congresso até o fim do ano. Um projeto para regulamentar a terceirização também será enviado pelo governo federal. O anúncio foi feito ontem pelo ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, durante café da manhã com jornalistas. Ele lembrou que a legislação trabalhista brasileira data dos anos 40 e que, de lá para cá, novas atividades econômicas

foram incorporadas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) fato que permite interpretações subjetivas. Segundo o ministro, a proposta de reforma trabalhista vai valorizar a negociação coletiva e tratar de assuntos como salário e jornada, mas não vai permitir, por exemplo, o parcelamento de férias ou do 13o salário. “A CLT será atualizada com o objetivo de simplificar, para que a interpretação seja a mesma para o trabalhador, o empregador e o juiz.” Conforme ele, direitos não

serão revogados. Terceirização Sobre regulamentar a terceirização, será criado um grupo de trabalho para definir o que são e quais serviços especializados poderão ser terceirizados. Ele declarou que a discussão sobre a atividade-fim e atividade-meio é “irrelevante neste momento”.

Proteção ao emprego O governo pretende tornar permanente o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Um projeto de lei será encaminhado ao

Congresso para garantir. A ferramenta foi criada para proteger empregos em momentos de redução temporária da atividade econômica e prevê, por exemplo, a redução de até 30% na jornada e no salário por meio de acordo coletivo. O prazo de validade inicialmente previsto para o programa é até o fim de 2017. “As empresas não vão precisar do PPE, mas será um programa que estará à disposição para todos os setores que estiverem em crise”, concluiu.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

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Maggi promete defender cultivo do tabaco Ministro visitou propriedade e indústrias para conhecer etapas do ciclo produtivo GIOVANE WEBER

Vales do Rio Pardo e Taquari

como marceneiro. Por ciclo são cultivados 100 mil pés em parceria com o filho. Com apenas 11 hectares, diz ser a única cultura viável e lucrativa. Vani José Gaertner, plantou 50 mil plantas na última safra. Graças ao lucro obtido com a cultura,

A

comitiva do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, chegou às 10h43min à propriedade do casal Sanges Klafke e Roselene Seidel, em Linha Tangerinas, interior de Venâncio Aires. Foi recebido por líderes regionais e do setor fumageiro. Em seguida Maggi, acompanhado do casal fez um roteiro para conhecer todas as etapas do ciclo produtivo, desde a formação de mudas, cuidados na hora de aplicar os agrotóxicos, o plantio, a colheita, cura, classificação e venda. Ao lado dos canteiros comeu duas bergamotas enquanto conversava com representantes do setor. Cercado de produtores e autoridades, dirigiu-se à lavoura onde replantou uma muda em sinal de apoio ao setor. “Vou defender a fumicultura sempre”, afirmou. Após deixar a lavoura, o produtor Celso Krämer, de Venâncio Aires, destacou a importância econômica e social da fumicultura para a pequena propriedade familiar, com média de cinco hectares. “Temos filhos que se formaram médicos. O dinheiro do curso veio do tabaco.” O prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst diz que 52% da arrecadação de ICMS dos cofres públicos provém do setor. “Ao conhecer de perto o processo, o ministro saberá da importância de manter este cultivo.” Para Iro Schünke, presidente do Sinditabaco, a visita fez o ministro entender o lado social e econômico, essencial para milhares de famílias no campo e na cidade. “Ele, com certeza, ajudará a formatar a posição

o único filho, Maicon, permanece na lavoura. “Por hectare o rendimento com o tabaco chega a R$ 15 mil, enquanto o milho alcança apenas R$ 1 mil. Seria possível investir e se manter na propriedade sem o fumo?”, questiona.

PRODUÇÃO EM NÚMEROS Maggi esteve no Vale para conhecer de perto a realidade da cadeia produtiva

do governo a ser levada à COP 7, em novembro, na Índia”, afirma. Segundo Airton Artus, presidente da Câmara Setorial do Tabaco e prefeito de Venâncio Aires, o fato do ministro querer conhecer a cadeia produtiva desde a lavoura até a indústria demonstra a preocupação do governo federal em ajudar o setor, frisou. No início da tarde, a comitiva liderada pelo ministro da Agricultura visitou a indústria Souza Cruz e a fábrica de cigarros da Philip Morris, em Santa Cruz do Sul.

“Sem o tabaco, o interior seria um deserto” Cledoir e Cleci da Rosa, da Linha Mangueirão – interior de Venâncio Aires, cultivaram no último ciclo 400 mil pés de fumo em parceria com outras cinco famílias. Produtores faz 40 anos, destacam que sem o cultivo de tabaco, as comunidades do interior virariam um deserto. “Estas famílias que nos ajudam na lavoura teriam que morar debaixo da ponte. Em áreas pequenas, inexiste outra cultura tão rentável”, afirma Cleci. Com o lucro obtido, um dos filhos conseguiu cursar uma faculdade de

Medicina. O outro retornou à propriedade para dar sequencia ao trabalho depois de três anos. Nada disso seria possível com outras culturas pois a renda é muito baixa. “Nós não teríamos terras, casa ou sequer um automóvel”, resume Cledoir. O vizinho Clécio Goettens, voltou a cultivar tabaco após atuar 24 anos

Área plantada – 271 mil hectares Produção no Sul do Brasil – 557,6 mil toneladas Pessoas ocupadas na produção – 577 mil Produtores – 144 mil famílias Municípios – 614 na região Sul Valor bruto – R$ 5,5 bilhões injetados na economia com a venda Receita bruta – R$ 20,3 mil por hectare Tributos – R$ 13 bilhões Faturamento total do setor – R$ 25 bilhões em 2014 Empregos na indústria – 40 mil Fonte – Afubra

Estou muito surpreso com o que vi e ouvi” Qual a impressão que o senhor leva do tabaco? Ministro da Agricultura, Blairo Maggi – Saio daqui surpreso com o que vi e conheci. Vou defender a fumicultura sempre. O ministério da Agricultura é o órgão indicado para tratar sobre este assunto com o produtor rural, independente do tamanho. Nós somos apoiadores da cadeia produtiva do tabaco, tendo em vista sua importância social e econômica. Existe um viés ideológico contra o fumo. Sempre vai haver embates sobre isso dentro do governo, mas nossa inclinação ideológica é diferente do governo anterior. O que mais chamou atenção? Maggi – A quantidade de agrotóxicos utilizados durante todo ciclo produtivo. Pelo que me falaram é apenas 1,1 quilos e isso ainda

é aplicado nos canteiros, enquanto na lavoura se usa apenas um dessecante e nada mais. Tinham me contado que os produtores tomavam banho com veneno todos os dias. Diante da situação atual da fumicultura, que tipo de considerações o senhor faz? Maggi – Nossa preocupação é com a saúde dos produtores, de quem está na propriedade e mexe direto com as plantas. Quanto aos males causados pelo cigarro, isso quem fuma sabe. Não vamos proibir. É um direito. Todos tem o livre arbítrio. Deputados e senadores, representantes aqui do Sul do país defendem muito a atividade. Repito aqui que o ministro da Agricultura e o governo querem entender o segmento. Eu, como produtor rural, reafirmo meu apoio.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Menino autista permanece sem escola Justiça solicita que administração disponha de locomoção até Apae em Lajeado Teutônia

A

udiência transfere ao município a responsabilidade de conduzir menino autista à Apae

de Lajeado. A juíza Patrícia Stelmar Netto definiu nessa terça-feira que o Executivo precisará garantir o transporte. Em abril, a família solicitou via Ministério Público (MP) o

afastamento da professora para que o menino continuasse na instituição. O pedido foi negado pela Justiça. A segunda opção foi pedir transporte ao Executivo. Por meio de documento protocolado, assinado pelo prefeito Renato Airton Altmann, o município não dispunha de veículo para a finalidade. A terceirização de um carro para condução seria onerosa. Além disso, alega que Arthur poderia frequentar o educandário na cidade por não ter contato direto com a suposta agressora. Como último apelo, abriram processo paralelo pleiteando vaga em escola regular. Para a mãe, Karen Vargas, 30, Arthur

precisa frequentar alguma instituição de ensino e não pode esperar mais. Desde os 8 anos, o menino deixou de frequentar a Apae de Teutônia. A professora acusada de agressão é coordenadora pedagógica do educandário e no processo declarou que apenas se defendia do aluno.

Karen deixou o trabalho e passou a cuidar do filho em tempo integral. Hoje paga sessões com pedagoga e psicopedagoga, três vezes por semana. “Estamos tentando de várias formas. Isso não pode ficar assim. Tudo ocorreu dentro da Apae, na frente de duas monitoras”, desabafa.

RELEMBRE

Cidades

A HORA · FIM DE SEMANA, 16 E 17 DE JULHO DE 2016

Mãe clama por direito de educar filho autista Menino teria sofrido maus-tratos na Apae MACIEL DELFINO

Karen Vargas deixou o emprego para cuidar do filho. O receio e as necessidades de Arthur impedem que cuidadoras assumam a responsabilidade.

Teutônia

A história sobre a dificuldade de encontrar uma escola para Arthur foi tema de matéria do A Hora. Na edição desse fim de semana, a mãe, Karen, contou os motivos para o afastamento dele da Apae de Teutônia.

A Hora – Qual a principal dificuldade que Arthur apresenta? Karen Vargas – Precisa de mim pra tudo. Desde o banho até a alimentação. A pessoa para trabalhar com eles tem que amar o que faz, ter carinho. Depois que começa a conviver com a criança, cada avanço é algo maravilhoso, porque é muito trabalhoso e difícil até ter resultados.

F

az um ano e sete meses que Karen Vargas, 30, tenta matricular o filho Arthur, 10. Aos 8 anos, o menino autista teria sido agredido por funcionária da Apae. Tapas e gritos foram presenciados por duas monitoras. Elas serviram de testemunha-chave para o processo e depois pediram demissão devido a represálias. O comportamento de Arthur denunciava rotinas atípicas. O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre confirmou alterações de humor devido à estresse emocional. Entretanto, a acusada não foi afastada. Com medo de novas agressões, Karen decidiu afastar o filho da instituição. Audiência no dia 19 busca amparar o direito constitucional de acesso à educação ao menino. Hoje a família paga consultas particulares com psicopedagoga, três vezes por semana. Cada sessão de duas horas contribui para o desenvolvimento da criança. Karen e a família vieram de Camaquã faz dois anos e notaram evolução significativa de Arthur. A primeira professora dele na Apae trabalhava métodos para adequação e socialização. Em poucos meses, conseguiram ensinar o menino a ir no banheiro, deixando de usar fraldas. Outra batalha vencida foi na alimentação. Arthur não comia frutas, mas o incentivo na escola o fez mudar. A educadora deixou a instituição por motivos pessoais e os problemas começaram, relata Karen. Antes, Arthur chegava em casa e se dedicava aos brinquedos. Com a troca, chorava sem motivos aparentes. O quarto se transformou em refúgio. Para ir à Apae, sempre era difícil. De pacífico e tranquilo, passou a empurrar e morder as pessoas que se aproximavam. A mãe não entendia todas as alterações no humor do menino. Por meio de anotações na agenda, relatava os fatos à educadora. A fome excessiva em

Desde os 8 anos, o menino não frequenta escola. Mãe quer garantir direito

determinados dias ressaltaram problemas. “Ele chegava em casa com muita fome, parecia que ele não ganhava comida. Depois descobri o que acontecia”. Com a nova educadora, o sistema era diferente. Ao invés de incentivar à alimentação, substituindo itens que o aluno não gostava, obrigava a comer conforme o cardápio. Caso não quisesse, passava o dia sem comida. A situação foi confirmada pelas monitoras.

Ele chegava em casa com muita fome, parecia que ele não ganhava comida. Depois descobri o que acontecia Karen Vargas Mãe de Arthur

Testemunhas confirmam agressões Karen descobriu que as agressões da professora ocorriam dentro da sala de aula na presença de duas monitoras. Outros alunos com necessidades especiais recebiam tratamento semelhante, mas ninguém intervia. Arthur sofria mais. Preocupada, a mãe procurou respostas. Uma funcionária aceitou contar detalhes. No entanto, o receio de perder o emprego atrasou o encontro em semanas. Em dezembro de 2014, registraram boletim de ocorrência por maus-tratos e coação. Foram ouvidas 12 testemunhas. O inquérito foi concluído em junho do ano seguinte e encaminhado ao Ministério Público (MP). Exames do IGP confirmaram agressões físicas e verbais. O processo aguarda julgamento. “Não tenho nada contra a instituição. Luto pelo direito de estudar e para que os responsáveis sejam punidos.”

13

“Jamais acreditei que isso fosse acontecer dentro da Apae”

O que o Arthur mais gosta de fazer? Karen – Ele prefere ficar no quarto, olhar Fórmula 1, desenhos no You Tube e fotos. Os carrinhos que ele coleciona são o passatempo

preferido. Ele adora e tem mais de cem. O que você nota de regresso na aprendizagem? Karen – Estaria bem avançado, porque a última professora estava conseguindo que ele ficasse sentado, que era bem difícil. Estava começando a mostrar as letras do nome deles. É demais o retrocesso que ele está tendo este tempo todo em casa. É um descaso muito grande. Jamais acreditei que isso fosse acontecer dentro da Apae. O que você sonha para ele? Karen – Sonho que ele frequente uma escola, seja incluído de verdade. Não só porque tem a lei, mas que a professora queira, que a escola queira, que tenhamos um objetivo só: o avanço, mesmo no tempo dele.

SAIBA MAIS O autismo é um distúrbio no desenvolvimento que afeta, principalmente, a habilidade de interagir com pessoas, dificuldade de domínio da linguagem e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. A intensidade varia. Sintomas mais leves permitem ao indivíduo a possibilidade de se expressar e manter raciocínio lógico. Casos extremos geram

comportamento agressivo e retardo mental. Em geral, o autismo pode ser identificado na infância. Atinge mais meninos do que meninas e o tratamento é individual. Criar vínculo de contato e comunicação é fundamental para o desenvolvimento de autistas. As mudanças ou alterações de rotinas, por menores que sejam, podem afetar pacientes.

Apae nega conivência Embora a funcionária acusada continue trabalhando no educandário, a direção nega conivência. Segundo integrante do colegiado da Apae, Valdir Picinini, o caso segue em segredo de Justiça e somente o assessor jurídico da federação está autorizado a se manifestar. “É um assunto delicado, porque a Apae não faz parte. Foi uma denúncia pessoal. Temos que aguardar”, resume.

Autista precisa de atenção especial A psicopedagoga Rosangela Moraes de Moraes comenta sobre as necessidades de Arthur e a importância de ensino constante. A Hora – O que é o autismo? Tem cura? Rosangela – O transtorno do espectro autista se caracteriza por alterações significativas em três eixos do desenvolvimento. São eles: comunicação, interação social e comportamento do indivíduo. A pessoa nasce com autismo e os primeiros sinais surgem durante os primeiros 36 meses de vida. Porém, esses sinais geralmente são sutis em função do próprio desenvolvimento da criança, no entanto, depois dos 2 anos, são mais visíveis. Estudos atuais indicam uma forte relação entre o autismo e a hereditariedade, no entanto, as causas ainda não estão claramente identificadas. Sabe-se, porém, que o autismo é mais comum em crianças do sexo masculino e independente da etnia, origem geográfica ou situação socioeconômica. Pode-se identificar ainda o autismo como uma comorbidade em outras síndromes ou transtornos. O autismo não tem cura,

mas a intervenção precoce e os atendimentos especializados, não só ao indivíduo acometido, mas à sua família e ao ambiente escolar, podem conferir ao mesmo um grau de desenvolvimento mais próximo do que consideramos como típico. Essa intervenção poderá oferecer um prognóstico de vida mais funcional, produtiva e adaptada socialmente. Para que essa intervenção precoce aconteça, é necessário que, sendo o pediatra o primeiro médico a estabelecer contato com a criança, tenha um olhar mais apurado acerca dos desvios do desenvolvimento manifestados pelo paciente. Em geral, qual o ritmo de aprendizado de uma criança autista? Rosangela – O ritmo de aprendizado está diretamente relacionado com as manifestações comportamentais de cada indivíduo. É importante salientar que cada pessoa dentro do transtorno do espectro autista responde de maneira diferente às intervenções feitas. Portanto, não existe um padrão de aprendizagem a seguir, existe, sim, a possibilidade de, por meio de um ensino estruturado, com

rotina estabelecida, uso da linguagem alternativa quando necessário e adaptações, tanto na família como na escola, melhorar a qualidade e o aproveitamento no processo de aprendizagem. Na avaliação de vocês, como é o comportamento do Arthur e quais as demandas dele? Rosangela – O Arthur está hoje com 10 anos completos e no momento já observamos muitos avanços em seu comportamento e aquisições cognitivas. Como todo o autista, a previsibilidade das atividades ajuda a mantê-lo mais organizado, diminuindo a ansiedade. Todas as mudanças que se fazem necessárias são previamente trabalhadas com o aluno, o que tem contribuído para seu melhor desempenho. Hoje o avanço mais significativo e importante nesses dois anos de atendimento pedagógico e psicopedagógico é a permanência de Arthur sentado e realizando jogos estruturados através do TEACCH. As demandas atuais de Arthur são uma metodologia de aprendizagem estruturada e adaptada às suas necessidades e linguagem alternativa.


Geraldo Alta e Lenz sediam rodada do Intercomunitários

Elite da Soges define primeiros classificados Página 15

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PATROCÍNIO:

EZEQUIEL NEITZKE

A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Brasileiro de Bolão Veterano

Equipe feminina fica em terceiro lugar Representante do Clube Sete de Setembro conquistou a medalha em junho

D

epois de oito anos em busca de uma posição de destaque em âmbito nacional, os esforços das representantes do Clube Esportivo Sete de Setembro foram recompensados. Os 1.660 quilômetros percorridos no trajeto de ida e volta a Marechal Cândido Rondon (PR), de 16 a 19 de junho, tiveram um gostinho especial. A equipe do Vale do Taquari conquistou a terceira colocação no Campeonato Brasileiro de Bolão Veterano. Ficou 22 pinos atrás da Associação Atlética e Cultural Copagril, de Marechal Cândido Rondon, e 47 do campeão, o CTG Gaudérios do Oeste, de Cascavel (PR). O Sete já havia participado do certame em quatro ocasiões: duas em Cascavel, uma em São Miguel do Oeste (SC) e outra em Blumenau (SC), mas não havia se destacado.

A competição A disputa era entre cinco representantes de cada estado da Região Sul. No primeiro dia de competição, a equipe do Sete ficou entre as oito melhores. No segundo, terminou a rodada em sexto lugar. No úl-

DIVULGAÇÃO

Equipe feminina do Clube Sete de Setembro conquistou prêmio inédito. Atletas comemoraram o título no dia 28

timo dia de competição, o clube ficou na terceira colocação. O capitão Eugenio Pandolfo avaliou de forma positiva a campanha da equipe “Foi uma conquista expressiva em âmbito de Brasil. Já tínhamos conquistas no estado, mas essa foi inédita. A receita foi a união e a parceria dentro e fora das quadras.”

Confraternização Para comemorar a campanha inédita no Campeonato Brasileiro de Bolão Veterano, as integran-

tes da seleção, o coordenador, os diretores de bolão e o presidente

do clube confraternizaram no dia 28 de junho.

ELENCO O grupo foi formado pelas bolonistas: Neusa B. Nunes, Alaíde Morschheiter, Rejane Giovanella, Sandra Mara Gisch, Melitina Vettorazzi, Cledi da Silva, Adilse da Silva,

Elaine Diedrich, Maria Luisa Ribeiro, Elaine Schneider, Regina Maria Purper, Ivoni Pandolfo, Delci Ulsenheimer, Elisa Rieth, Valesca Gallas, Iraci Becker. Coordenador: Eugenio Pandolfo.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Inscrições seguem até o dia 2

Intercomunitários

Rodadas ocorrem em duas comunidades

Cafusal Maior competição de futsal do Vale do Taquari, o Campeonato de Futsal Lajeado (Cafusal) recebe inscrições até 2 de agosto. O certame inicia uma semana depois, dia 9, nas categorias força livre, feminino e sub-17

As inscrições da sub-17 e feminino custam R$ 250, mais caução de R$ 750. Na força livre, o valor é de R$ 450, mais caução de R$ 750. Além de troféus e medalhas, os melhores colocados receberão premiação em dinheiro. Mais informações pelo 3982-1140 (Vanusa) ou pelo sejel@lajeado.rs.gov.br.

Município prepara competição Geraldo Alta e Linha Lenz recebem os jogos do futsal infantil de minifutebol

O

Intercomunitários, competição promovida pela Secretaria de Esportes e Lazer (Smel), realiza amanhã mais uma rodada da fase classificatória do futsal masculino. Os jogos ocorrem em Geralda Alta e Linha Lenz, a partir das 19h30min. Em Geralda Alta, jogam Costão versus Delfina (sênior), Lenz A versus Geraldo Alta (veterano) e Geraldo Alto B versus Lenz A (livre). Em Linha Lenz, os jogos são Arroio do Ouro versus Lenz B (veterano), Lenz versus Arroio do Ouro (máster) e Costão C versus São Luís (livre). Na semana passada, os resultados foram: Arroio do Ouro 5 a 4 Lenz (máster), Arroio do Ouro 4 a 4 Costão (sênior), Lenz A 2 a 8 Arroio do Ouro (veterano), Lenz B 3 a 4 Geraldo Alto (ve-

EZEQUIEL NEITZKE

Copa Garoto A Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer de Bom Retiro do Sul convida todos os interessados, com idade até 15 anos, para participar da Copa Garoto de Futebol 7. As inscrições gratuitas podem ser feitas até o dia 12 de agosto na secretaria.

Só podem participar atletas de Bom Retiro do Sul. Os jogos iniciam no dia 20 de agosto e ocorrem todos os sábados de manhã. As inscrições podem ser feitas nas categorias pré-mirim ( até 7 anos), mirim (8 a 9 anos), infantil (10 a 12 anos), infanto (13 a 14 anos) e feminino (até 15 anos).

Lilafa transfere data de festa Amador de Lajeado

Arroio do Ouro disputa a categoria máster do Intercomunitários

terano), Arroio do Ouro A 4 a 6 Geraldo Alto B (livre) Costão C 1

a 17 Lenz A (livre) e Glória 6 a 2 Costão A (livre).

A festa de encerramento do amador de Lajeado – Copa Gastão Valandro marcada para o dia 26 foi transferida para o dia 27. Conforme o presidente da Liga Lajeadense de Futebol

Amador (Lilafa), Danrlei Christ, o local do evento, o Clube dos Quinze, já tinha outra programação agendada para o dia 26. Christ informa que estão convidados três representantes de cada clube e os atletas premiados.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2016

Informe

AGENDA 19ª rodada

RESULTADOS DA ÚLTIMA RODADA

www.soges.com.br

1ª divisão

Seis equipes garantidas na próxima fase EZEQUIEL NEITZKE

2ª divisão – Campo 1

Cevaria

2

x 3

Xtotz United

12h30min Hooligans

x Os Kururus NC

Anjos da Noite

1

x 1

Saidera

13h30min Bud FC

x

Sokanelas

3

x 5

Sangue Frio

14h30min Geral Estrela

x Smoking

Xernobyl

3

x 0

Alambique

15h30min LDU

x Manguaça

Demonhos Jr

0

x 2

Boka Bier

16h30min Tsunami

x Patriots SB

Meninos da Vila

0

x 7

Al Qaeda Jr

17h30min Os Kururus GR

x

Passa Bola B 0

x 5

Sombras

18h30min Capote

x Thundercats

Sem Bronca FTA

Donos da Bola

3ª divisão – Campo 2

2ª divisão Bud FC

4

x 0

Fúria FC

12h30min

Super 10

x Finotrato

Geral Estrela

4

x 0

Os Kururus NC

13h30min

Brocadores

x Galácticos

14h30min

Sokanelinhas

x Cetudos

LDU

0

x 2

Sem Bronca

15h30min

Só Pela Ceva

x Gunners

Tsunami

1

x 3

Smokinh

Os Kururus GR 4

x 2

Manguaça

16h30min

Alambique Original

x Ser Nata

Capote

3

x 1

Patriots

17h30min

Renegados FC x Firma

Thundercats

0

x 11

Donos da Bola

18h30min

Cevaria B

x Falkatrua

CLASSIFICAÇÃO Primeira divisão

Segunda divisão

Equipes

PG

Equipes

PG

Equipes

PG

Xernobyl

27

Capote

25

Brocadores

24

Meninos da Vila e Passa Bola B disputam a repescagem.

Anjos da Noite

23

Smoking

25

Sokanelinhas

21

Boka Bier

22

Furia

24

Firma

16

Fuga do rebaixamento

Alambique

22

Donos da Bola

23

Cetudos

16

Demonhos Jr

19

Geral Estrela

18

Falkatrua

15

Sokanelas

18

Manguaça

18

Galácticos

14

Sangue Frio

17

Bud FC

17

Gunners

13

Al Qaeda Jr

17

Sem Bronca

16

Falcons

12

Saidera

15

Patriots

16

Só Pela Ceva

12

Sombras

13

Hooligans

13

Cevaria B

12

Xtotz United

10

Os Kururus GR

11

Cevaria

8

Tsunami

10

Alambique Original

11

Meninos da Vila

6

Os Kururus NC

5

Renegados

11

Passa Bola B

4

LDU

1

Super 10

10

Thundercats

1

Finotrato

9

Ser Nata

4

Anjos da Noite é uma das seis equipes garantidas, de maneira antecipada, na segunda fase da elite, da Copa Soges

M

ais quatro equipes classificadas à segunda fase na primeira divisão da Copa Soges de Minifutebol foram conhecidas no fim de semana. Elas se juntam a Xernobyl e Anjos da Noite. A última rodada da fase classifi-

catória desse naipe ocorre no dia 6 de agosto. Boka Bier, Alambique, Demonhos Jr e Sokanelas não podem ser alcançados por outros times e estão garantidos na segunda fase. Sangue Frio, Al Qaeda Jr e Saidera disputam as duas últimas vagas. Já Sombras, Xtotz United, Cevaria,

Meninos da Vila e Passa Bola B, com 6 e 4 pontos respectivamente, estão na zona do rebaixamento para a segunda divisão. A equipe mais próxima é o Cevaria, com 8.

Segundona equilibrada

Click Soges Geral Estrela, do treinador Carlos Augusto Ruschel, goleou os Kururus NC na rodada passada. EZEQUIEL NEITZKE

A quatro rodadas do fim da primeira fase, apenas três times não têm mais chances de classificação – LDU, Thundercats e Os Kururus NC. Eles disputam a repescagem a partir do dia 27 de agosto.

Terceira divisão


Lajeado, Quinta-feira, 21 de julho de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br


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