AH - Principal | 07 de outubro de 2016

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Lajeado, sexta-feira, 7 de outubro de 2016 Ano 14 - Nº 1695 Avulso: R$ 2,00 Fundado em julho de 2002 Fechamento da edição: 21h

DIVULGAÇÃO

MUDANÇA NO CURRÍCULO

COPA CTC DE TÊNIS

Tenista visita Lajeado Parceria entre o A Hora e o CTC traz o tenista André Sá. O atleta faz palestra e participa de jogo festivo. Esporte

GREVE DOS BANCOS

Agências retomam atendimento

Ensino Religioso ganha mais espaço nas escolas A

rede pública estadual terá um novo currículo a partir de 2017. A disciplina Seminários Integrados deixa de ser uma matéria exclusiva e será integrada aos demais conteúdos. Já o Ensino Religioso terá mais espaço. Fará parte de uma das cinco grandes áreas do conhecimento, ao

lado de Matemática, Linguagens e Ciências da Natureza. Coordenadoria Regional de Educação (CRE) promove reuniões nos municípios do Vale. Nessa quarta-feira, o assunto foi debatido por diretores e coordenadores pedagógicos dos coléPáginas 14 e 15 gios de Lajeado.

Princípio de rebelião mobiliza BM EDUARDO AMARAL

Bancários aceitaram proposta de reajuste oferecida pela Fenaban. Acordo também garante que não haverá greve em 2017. Página 12

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

CRIExp apresenta exemplos ANDERSON LOPES

Especialistas de renome nacional e internacional abriram o primeiro dia do evento voltado à indústria criativa. Página 6

TEMPO NO VALE Sol com períodos de nebulosidade Mínima: 13°C - Máxima: 23ºC FONTE: CIH/UNIVATES

PRESÍDIO DE LAJEADO: uma fuga gerou confusão. Policiais foram apedrejados e precisaram se esconder na guarita até a chegada do reforço

Página 16

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

União deve mais de R$ 17,5 milhões à Univates Atrasos nos repasses iniciaram antes de junho, e só nos últimos quatro meses já acumularam um déficit de R$ 13 milhões por parte do governo federal. Cerca de 2,3 mil estudantes estão matriculados no centro uni-

versitário de Lajeado por meio do programa de Fundo do Financiamento Estudantil (Fies). Reitoria pressiona deputados e senadores gaúchos pela liberação de recursos. Página 10


A HORA · SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2016

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Editorial

EXPEDIENTE

Gestores transferem a conta pelos erros administrativos do INSS

Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS

MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,22

3,22

Dólar Turismo

3,17

3,36

Euro

3,59

3,59

Libra

4,08

4,09

Peso Argentino

0,21

0,21

Yen Jap.

0,03

0,03

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE)

07/16

0,21

4,94

IGP-DI (FGV)

08/16

0,43

6,04

IGP-M (FGV)

08/16

0,15

6,26

INPC (IBGE)

08/16

0,31

6,09

INCC

08/16

0,26

5,20

08/16

0,44

5,42

IPC-A (IBGE)

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

09/16

0,1575

1,5166

CDI (Mensal)

09/16

0,2600

9,5000

Prime Rate

09/16

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

09/16

0.50

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1265.2 cotação do dia 06/10/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

60644

0,65

Dow Jones (EUA) 18281

0,62

S&P 500 (EUA)

2160

0,43

Nasdaq (EUA)

5307

-0,17

DAX 30 (ALE)

10569

-0,16

Merval (EUA)

17143

0,43

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 51,86 em 06/10/2016

A

mudança previdenciária planejada pelo governo Michel Temer alerta trabalhadores país afora. Sob alegação de a seguridade social entrar em colapso, o presidente e seus ministros lançam ao público prioridades diferentes dos trabalhadores. Entre os anúncios, implantar a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. Uma virada de mesa com o jogo em andamento. Essa ameaça ao direito coletivo antecipa o pedido de aposentadoria para segurados que estão próximos de completar a fórmula 85/95, implementada em julho do ano passado. O fato da necessidade de uma reforma previdenciária é indiscutível. Mas transferir para a população a responsabilidade pelos erros administrativos na gestão do INSS é um contrassenso, além de uma injustiça. O governo cobra dos trabalhadores pelos próprios desacertos. Implantar a idade mínima significa reduzir ou até acabar com a chance de muitas pessoas se aposentarem. Em estados das regiões

Artigo

Nordeste e Norte, onde a média de vida não chega a 70 anos, a maioria das pessoas vai pagar para o INSS, mas não terá a contrapartida da seguridade. Morrerá trabalhando. Diferente de países europeu, onde a média de idade na inserção no mercado de trabalho se dá entre 24 e 25 anos, no Brasil – nação pobre e desigual – há pessoas que começam a trabalhar com 16 anos, principalmente nos estados das regiões citadas. A gestão da Previdência deve primar pela transparência.

[...] transferir para a população a responsabilidade pelos erros administrativos na gestão do INSS é um contrassenso, além de uma injustiça

As informações sobre as contas trazem dúvidas. O governo diz que o orçamento é deficitário, mas os números da seguridade podem dar uma outra leitura. De 2007 a 2015, houve um saldo positivo de R$ 439,5 bilhões. Para 2017, pelos dados oficiais do Ministério do Planejamento, há uma estimativa de deficit superior a R$ 183 bilhões. Analistas e pesquisadores contestam essa informação. Na tese de doutorado da professora de Economia da UFRJ, Denise Gentil, há uma demonstração de como os cálculos das receitas e despesas são feitos de forma contrária ao previsto na Constituição federal. Nos artigos 194 e 195, consta o Sistema de Seguridade Social, dentro do qual está o “tripé da proteção social”, que compreende Saúde, Previdência Social e Assistência Social. Para garantir esse direito, os textos definem que o governo deve vincular a arrecadação desses gastos. Para a doutora, há uma “fraude fiscal” sobre esse suposto deficit. Como o dinheiro das deduções salariais em vez de ir direto à conta

do INSS é dividido. Essa renúncia fiscal e desoneração em nove anos (de 2007 a 2015) chegaram a R$ 735,9 bilhões. No ponto de vista da pesquisadora, a Previdência teria superávit. O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, alertou sobre esse assunto em artigo publicado ontem na Folha de S. Paulo. Pós-graduado em Administração pela PUC, defende que as receitas e despesas da seguridade devem formar um orçamento próprio, separado do orçamento fiscal do governo. “Como a lei não é obedecida, embaralha-se tudo. Fica fácil montar uma gigantesca farsa contábil”, sentenciou. Em meio a tantas dúvidas quanto à administração da seguridade, há uma certeza. O país passa por transformações demográficas. O número de idosos cresce e hoje está em 13% da população e seguirá essa tendência até 2030. Ainda assim, não é a transição no perfil demográfico que cria o deficit. Portanto, a reforma previdenciária deveria partir do cumprimento da lei e não do aumento da idade mínima para a aposentadoria.

Thiago Maurique – Jornalista

Qual sul é o seu país? A enquete realizada no sábado, 1º, sobre uma hipotética separação dos três estados da Região Sul mexeu com os brios da população. Aqueles que propagam a superioridade do gauchismo se encheram de orgulho bairrista para votar em nome do mito de um país sulista. Nada contra as fantasias infantis de cada um. O problema é realmente acreditar no Plebisul. Não é sério um processo em que se pode votar sem apresentar documento, assinar listas ou algum tipo de fiscalização que não seja dos próprios aplicadores. Dois dias antes da consulta, entrevistei a coordenadora gaúcha do movimento. Ouvi falas vazias e explicações pouco convincentes sobre a segurança da votação e as intenções do movimento. Os pensa-

mentos são muito semelhantes aos escritos pelos seguidores do grupo nas redes sociais. Achei bem diferente da entrevista que fiz com Celso Deucher, presidente do movimento O Sul é o Meu País. Notadamente letrado e de fala mansa, critica outros movimentos que propõem um elemento étnico ao separatismo. Bem diferente dos seguidores de outros extremistas tupiniquins, como Jair Bolsonaro, para ficar em um exemplo conhecido. Voltamos aos seguidores da internet. Nas páginas de apoio à “República Sulista”, boa parte deles é, também, simpatizante das ideias do deputado federal mais amado e odiado do Brasil. Os comentários assustam por exaltar a origem europeia. Falam de povo puro e superior pela menor existência de

outras “raças”. Isso sem contar as citações homofóbicas. Deucher sabe disso. Ao exaltar a separação do Sul como país, usa dados desprovidos de contexto para convencer pessoas que têm boas intenções e estão cansadas dos problemas da nossa sociedade. Da mesma forma, aceita o radicalismo dos protofascistas assumidos para ganhar popularidade. Assim, escorrega justamente no problema que alega negar. A enquete em si foi um fracasso, convenhamos. Para quem esperava atingir um milhão de pessoas, um número modesto para os três estados, poucos mais de 600 mil é decepcionante. Os mais de 95% de aprovação eram esperados em meio a urnas rodeadas de exaltação ao movimento. Alguns amigos votaram não e foram

constrangidos pelos “fiscais”. Mas a maior parte da população nem se importou com o barulho. Caso contrário, teria feito do sábado uma prévia das eleições de domingo, doa a quem doer. No fim, o tal plebiscito serviu apenas para exaltar os chavões do sulismo e recrutar mais soldados para um movimento que andava moribundo antes da crise. Ao meu ver, a defesa do separatismo não é o problema. Por mais que eu não concorde com ideia, sua expressão não deixa de ser legítima em uma sociedade livre. Mas não quero viver em um país onde a xenofobia e o preconceito sejam aceitos com normalidade. O Sul que se manifesta nas redes e em muitas rodas de conversa neste canto do Brasil não é o meu país.

Erramos Diferentemente do publicado na edição dessa quarta-feira, na matéria: “PT perde 12 vereadores no Vale”, o Partido dos Trabalhadores ficou com três vagas no Legislativo de Lajeado e não duas como foi divulgado.


Opinião

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Ney Arruda Filho ney@jornalahora.inf.br

As prioridades de uma cidade

N

esta semana, Lajeado sediou o 5º Encontro Estadual dos Observatórios Sociais do RS. Foi a primeira vez que um evento do gênero ocorreu no interior do estado, reunindo pessoas das mais variadas formações, estudantes, funcionários públicos, empresários, trabalhadores, profissionais liberais. Todos focados em um objetivo comum, em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos. São pessoas que, de forma voluntária e sem vinculação partidária, se entregam à causa da cidadania e da busca pela justiça social. E justamente nos dias do encontro era executada uma obra de capeamento asfáltico na rua Silva Jardim. Fui então questionado por um cidadão de outro município, que participava do evento: “Vocês têm um calçamento tão bonito! Precisa colocar asfalto em cima?” Fiquei pensando no que responder, pois de fato não tenho conhecimento técnico para avaliar se a obra era ou não necessária, urgente, prioritária, por questões de mobilidade urbana ou outra razão relevante. Decidi, então, responder a partir do que vejo, sinto e penso, de opiniões que já emiti anteriormente neste mesmo espaço. Respondi não, não precisa

A voz das urnas indica o desejo de novos rumos na gestão de nossas cidades.”

colocar asfalto em cima do calçamento em nenhuma via urbana, especialmente naquelas que têm baixo fluxo de veículos. Prosseguimos no diálogo, ele me contando que havia se negado a assinar um abaixo-assinado na sua cidade que pleiteava o asfaltamento da rua onde mora. Mas a rua fora asfaltada mesmo assim. Ele afirmou que via Lajeado como uma cidade rica e que, portanto, deveria ter um orçamento equilibrado para investir suficientemente em cada área, sem que faltasse dinheiro para outros

gastos. Novamente, disse a ele que não, que não era bem assim. Que o cobertor aqui também é curto, que, se cobrimos a cabeça, os pés ficam de fora. Que houve implantação de turno único, para economizar em folha de pagamento e que compartilhamos dos mesmos problemas de violência, mobilidade urbana, drogadição, saneamento e tantos outros comuns às cidades brasileiras. Acabamos por concluir que aqui se vive bem, de um modo geral, e que há muito a fazer, como de resto no estado e no país. Com o resultado das eleições municipais, são esperadas importantes mudanças na condução dos governos. A voz das urnas indica o desejo de novos rumos na gestão de nossas cidades. Um administrar mais transparente, mais voltado às necessidades desatendidas da população. Uma gestão participativa de fato e não apenas no discurso, menos demagógica. A atuação dos setores organizados da sociedade civil, associações, sindicatos e o próprio Observatório Social, sem bandeiras partidárias, será determinante para a melhoria da gestão dos serviços públicos e da aplicação dos recursos públicos. Não é o povo que decide o que fazer com o dinheiro. O povo apenas escolhe quem deve decidir.

Atraso em voo: empresa aérea deve indenizar A empresa aérea Emirates foi condenada pela Justiça gaúcha a indenizar cliente, após atraso em voo, que o fez perder um dia de trabalho. O caso foi julgado no dia 29/8. O cliente estava com viagem de trabalho marcada para Dubai, nos Emirados Árabes. O voo partiria de Porto Alegre, com escala em São Paulo, mas, ao chegar na capital paulista, o cliente teve de esperar por várias horas sem conseguir dar continuidade ao seu itinerário. O passageiro teve de pernoitar em hotel, custeado pela companhia, e foi realo-

cado em voo no dia seguinte, chegando a seu destino com um dia de atraso. No julgamento, o autor sustentou o descaso da empresa, tanto pela falta de informações quanto pela falha de fornecimento de alimentação, já que teve de arcar com as despesas. A empresa ré alegou ter informado que houve problemas técnicos na aeronave e que prestou a assistência necessária ao autor, oferecendo um novo itinerário. A indenização por danos morais foi fixada em R$ 4 mil.

Trabalhador é indenizado por amputação de dedo Um trabalhador, que teve parte do dedo mínimo da mão esquerda amputada quando operava uma guilhotina, deve receber indenização. Conforme o entendimento da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), a Samil Indústria Comércio e Serviços Industriais, de Caxias do Sul, teve culpa no ocorrido, já que a máquina operada pelo trabalhador apresentava problema técnico e não estava adaptada aos requisitos da Norma Regulamentadora

nº 12 (NR-12) do Ministério do Trabalho. A decisão confirma sentença da 6ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul, com aumento dos valores das indenizações por danos morais para R$ 20 mil, por danos estéticos para R$ 10 mil e pensionamento em cota única para R$ 22,7 mil. No julgamento de primeira instância, o juiz da 6ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul, Marcelo Silva Porto, levou em conta laudo técnico que afirmou que a guilhotina apresentava defeito.

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Câmara aprova lei sobre vigilância em bancos

Política

ARROIO DO MEIO – Proposta do Legislativo que obriga à contratação de vigilância armada 24 horas nas agências bancárias do município, inclusive nos fins de semana e feriados, foi aprovada

em sessão nessa quarta-feira, 5. A intenção é garantir a segurança de clientes e coibir a ação de criminosos. Aloísio Schwarzer e Carlos Hollmann foram contrários ao projeto.

Três vereadores apoiam redução de salários Sete candidatos, procurados por ONG, aderiram a projeto de iniciativa popular Estrela

O

debate sobre a redução do subsídio dos agentes públicos pode ser retomado a partir de 2017. A ONG Cidadão Convicto divulgou na página do Facebook cinco representantes, entre os 13 eleitos, comprometidos com a iniciativa. De acordo com o grupo, sete vereadores foram procurados e assinaram, durante a eleição, documento afirmando compromisso com a causa. Segundo a ONG, Márcio Mallmann (PP), João Braun (PP), Débora Martins (PMDB), Norberto Fell (PPS), Darlã Bellini (PSB) e Volnei Zancanaro (PR) apoiam o tema. Porém, apenas três confirmaram ter assinado documento. Débora da Saúde e Volnei Zancanaro não foram encontrados pela reportagem. Alguns dos novos parlamentares abordaram o tema durante o período eleitoral. Conforme Márcio Mallman (PP), durante a campanha, percebeu que a população considera muito alto o valor pago aos vereadores, e concorda com a redução. “Assinei o abaixo-assinado e um documento me comprometendo a retomar o assunto e tentar reduzir os subsídios. Fiz várias postagens no Facebook sobre o tema. Estou feliz que vamos compor um grupo maior que defende esse assunto.” No próximo mandato, os parlamentares receberão R$ 6,6 mil por mês. Mallmann considera a remuneração alta diante das exigências que o cargo requer. “Para concorrer, precisei comprovar que sei ler e escrever. Essa situação não se aplica a outras áreas do setor público. Um professor, por exemplo, precisa de qualificação e os profissionais da saúde também. Existe uma disparidade, por isso, defendo a redução.”

valores.”

Parlamentares comprometidos com o tema

Assinaram o documento

João Braun (PP)

Parlamentares sem posição conhecida

Cristiano Nogueira*** (PMDB)

Ernani de Castro*** (PMDB)

José Alves*** (PTB)

Marcio Mallmann (PP)

Darlã Bellini* (PSB)

Marcelo Braun*** (PSDB)

Norberto Fell (PPS)

Débora da Saúde** (PMDB)

Marco Wermann*** (PV)

Subsídios

Élio Kunzler*** (PTB)

Pinho*** (PTB)

Volnei Zancanaro** (PR)

* Parlamentar não assinou documento e não foi procurado pelo movimento. ** Vereadores teriam assinado documento, mas não foram localizados pela reportagem para confirmar. *** Vereadores reeleitos. Não foram citados pela ONG.

Segundo ele, os recursos devem ser direcionados para os serviços essenciais, atendendo as demandas da população. Ele considera que será difícil alterar a remuneração, já que os vereadores definiram no início do ano o subsídio para o próximo mandato. “Até onde se sabe, a definição ocorre no último ano de cada legislatura. Analisarei a legislação sobre a possibilidade de mudar essa situação antes do último ano.” De acordo com ele, se não for possível, os vereadores terão quase quatro anos para articular e consolidar a proposta. Norberto Fell (PPS), advogado, foi procurado por um representante do grupo e assinou o documento. Ele ressalta que não abordou o assunto com seus eleitores. “Conquistei os votos com base nas minhas propostas. Os subsídios não faziam parte delas.” De acordo com ele, assinou o documento, mas deixou claro que irá procurar cada membro

Subsídio dos vereadores de Estrela é de R$ 6,6 mil por mês

da ONG Cidadão Convicto, dia 2 de janeiro, e convidá-lo a participar dos trabalhos. “Se eles são convictos podem participar e ajudar a construir a boa política.” Fell considera o salário dos vereadores exagerado, mas destaca que outros gastos públicos também precisam ser revistos. Um dos casos são as vantagens asseguradas aos servidores de livre nomeação. A defesa pela redução dos salários é uma luta histórica de João Braun (PP). Ele é um dos cinco vereadores eleitos que assinou o documento com o compromisso de retomar a discussão no Legislativo. “Durante o mandato vamos reunir os parlamentares que assinaram o documento.” Darlã Bellini (PSB) disse que não foi procurado pela ONG e não assinou o documento. Ele considera o tema importante. “Ainda não consegui pensar sobre o assunto, mas considero inevitável a redução dos

Os vereadores de Estrela definiram, em fevereiro, a manutenção dos próprios salários (R$ 6,6 mil) e dos vencimentos do Executivo para o próximo mandato. A proposta foi aprovada por unanimidade. Com base nela, o salário do prefeito se mantém em R$ 24 mil, o do vice em R$ 12 mil e o dos secretários em R$ 9 mil entre janeiro de 2017 e dezembro de 2020. O projeto sugerido pela ONG foi enviado em maio ao Legislativo e quer equiparar o subsídio dos vereadores ao dos professores da rede municipal com carga horária de 20 horas semanais. Com isso, o salário dos parlamentares passaria para menos de R$ 1,2 mil. A matéria foi arquivada pela câmara de vereadores e considerada inconstitucional pela assessoria jurídica da casa. Apenas a mesa diretora poderia apresentar a proposta. A ONG conseguiu reunir cerca de duas mil assinaturas.

Na região Movimentos em defesa da redução dos salários ocorreram em diversas cidades da região. Apesar do clamor popular, em todas as situações, as propostas foram arquivadas e não foram discutidas em plenário.

RENOVAÇÃO Durante o processo eleitoral, a ONG fez uma campanha orientando a população a não reeleger parlamentares para incentivar a renovação do Legislativo.


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CRIExp aborda novos modelos de negócio Palestrantes nacionais e internacionais apresentam avanço na produção de games FOTOS ANDERSON LOPES

Lajeado

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o primeiro dia de palestras e cursos do Crie Experience, os participantes puderam escutar profissionais de renome nacional e internacional. Pela manhã, o destaque foi Henrik Scheel, integrante da Satatup Experience, empresa localizada no Vale do Silício, berço de gigantes como Apple, Microsoft e Google. A empresa do dinamarquês, radicado nos Estados Unidos, realiza workshops interativos. Os eventos são voltados para resolução de problemas sociais por meio do empreendedorismo. Pela primeira vez no Brasil, Scheel ministrou a palestra “Por que programas de inovação corporativos dão errado e o que fazer para resolver isso”. Durante a fala, destacou a velocidade das mudanças vividas na sociedade atual. Uma das projeções feitas pelo palestrante é o fim dos carros dirigíveis nos próximos 15 anos. Na avaliação dele, isso reduzirá em até 90% a frota atual de automóveis. Hoje, Scheel palestra novamente no Criexp. Outro participação foi da designer e produtora de jogos Thais Weiller. Com experiência em empresas como Black River Studios e Samsung, ela é um dos destaques da Dash Games e falou para um público com predominância de jovens. De forma bastante direta, Thais abordou a necessidade de boas relações em equipes de desenvolvedores de jogos para concluir projetos. A produtora apresentou resultados de uma pesquisa em que foi demonstrada a necessidade de montagem de equipes mistas. “Foi comprovado que as equipes mais inteligentes são as que resolvem problemas mais rápidos, e grupos mais diversos são os mais qualificados.”

Troca de experiências O programador e estudante, Rudá Moreira, veio de Curitiba para tentar levar a experiência gaúcha ao Paraná. “Quero

Designer de jogos, Thais Weiller foi um dos destaques da programação de ontem. Ela falou sobre as relações interpessoais como forma de garantir bons resultados

um cenário nacional pouco unificado. Eu aprendo muito com as associações mais bem organizadas, como no Rio Grande do

Sul.” Para ele, a união de empresas, produtores e universidades é fundamental para o mercado crescer no país.

RESUMO DA PROGRAMAÇÃO 10h45min/12h – CRIExp Palestra – Cabeça de startup e coração de ONG. Entenda o mundo do empreendedorismo social! Palestrante: Gustavo Fuga Setor D – Prédio 20 – Auditório

Rudá Moreira realça o modelo de associação do RS para produção de games

A união das regionais é importantíssima, ainda mais com um cenário nacional pouco unificado.” Rudá Moreira Programador

achar as empresas da cidade e tentar fazer com que o mercado de jogos da cidade cresça.” Organizar um mercado não é novidade para Moreira. Carioca, o jovem de 24 anos já realizou eventos unificando as empresas de jogos do estado natal antes de mudar-se para o Paraná. Moreira vê a experiência da Associação Gaúcha de Jogos (Adjogos) como um exemplo para todo país. “A união das regionais é importantíssima, ainda mais com

10h45min/12h – CRIExp Palestra – Por que programas de inovação corporativas dão errado e o que fazer para resolver isso Palestrante: Henrik Scheel Setor C – Prédio 15 – Auditório 17h/18h – Dash Games – Blizzard – USA Palestrante: Grayson Chalmers Arena do Complexo Esportivo 14h/18h – CRIExp Oficina – Engenharia e criatividade Palestrante: Emanuele Amanda Gauer Setor A – Prédio 7 – Sala 115 14h/18h – CRIExp Oficina Robótica Palestrante: Fábricio Pretto Setor B – Prédio 11 – Sala 413


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“Não foi desonra”, diz proprietário da Blip Luís Eidelwein revela que há dinheiro empenhado para pagar os ex-funcionários MACIEL DELFINO

Teutônia

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ex-dono da Blip, Luís Eidelwein, 56, diz lamentar o drama vivido pelos ex-funcionários sobre o pagamento dos direitos trabalhistas. Segundo Eidelwein, a empresa se preocupava na valorização do quadro funcional para garantir qualidade e produtividade. Vale-rancho e refeitório eram diferenciais, assim como a parceria firmada com o Reifer para trazer a unidade do Sesi para a cidade. A fábrica produzia calçados em couro com foco na exportação. A dependência da estabilidade do dólar para manter os negócios foi a causa do declínio. Em 2001, Bertholdo Heirich anunciou o desligamento da sociedade. Ele deixou a empresa com a matrícula de um dos prédios como garantia real de que receberia sua parte na empresa. Eidelwein acreditava na recuperação das vendas e na estabilidade da moeda americana. Na primeira remessa, foram demitidos 400 funcionários que tiveram os direitos acertados. O restante dos trabalhadores ficou dividido entre o parcelamento e a rejeição de qualquer proposta. Irritados com a situação, os remanescentes fizeram greve e impediram o ingresso de outros trabalhadores na industria. Para Eidelwein, foi a gota d’água que acarretou na decisão considerada mais dolorosa. “Fizemos uma reunião quando ainda tínhamos cerca de cem funcionários. Alguns faziam greve e estavam prejudicando até os clientes que haviam permanecido conosco. Tinha fechado um pedido três dias antes. Havia um projeto com um

Planta industrial da Blip é a garantia de pagamento dos ex-funcionários. Prédio pegou fogo duas vezes neste ano

Talvez deveria ter diminuído o tamanho da fábrica. Pensava que perderíamos mais do que poderíamos recuperar. Isso eu faria diferente.” Luís Eidelwein Proprietário da Blip

cliente que não foi como queríamos. Chegou no fim e eles disseram que não daria mais. Em três dias, ligamos para o advogado e dissemos: chega”. Os funcionários receberam a semana de dispensa e, quando retornaram, encontraram as portas fechadas e a notícia que não esperavam. “Não foi desonra. Peço até desculpa se entenderam dessa forma, mas quando a gente fecha uma empresa com 25 anos aquilo é mais do que a vida.” A esperança de retomar a produtividade e rentabilidade da empresa ainda levou Eidelwein a buscar parceria com outras marcas. Era tarde demais, diz. O resultado está nas dívidas com fornecedores, amigos e parentes. O segundo passo depois da falência foi alinhar formas para quitar os débitos com os funcionários.

DIVULGAÇÃO

Eidelwein admite equívocos na gestão da empresa de calçados

Eidelwein questiona poder público Com a falência da Blip, a direção da empresa solicitou a liberação do montante referente ao Pis/Cofins que havia em crédito. Os valores foram deposita-

dos em conta no Banrisul, em nome da Vara Cívil de Teutônia, e serviria para pagar os funcionários. Além disso, foram acrescidos valores oriundos das vendas de máquinas e utensílios. A direção também abriu dois processos exigindo retorno de impostos. Uma das causas foi vencida, totalizando R$ 892 mil que foram repassados para a massa falida. O outro está tramitando. “Deixamos o prédio como garantia. Conseguimos o dinheiro para saldar a dívida que não foi paga. A planta industrial pertencia a meu sogro muito tempo antes e foi dada como garantia de pagamento, mas ele não tem o prédio e os funcionários não receberam”. Para Eidelwein, a lei deve ser cumprida, dando prioridade para os funcionários, seguidos dos impostos e agências bancárias. A Justiça está há mais de seis anos com o dinheiro, mas não há definição de pagamento, afirma. Como alternativa, sugere mais transparência e agilidade dos administradores da massa falida. “Até hoje não há lista de credores. Ninguém sabe quem tem direito a receber, nem os valores certos”. Avaliando a gestão da Blip, Eidelwein destaca que o olhar sobre o mercado interno deveria ter começado antes da crise com o dólar. A construção de uma marca para deixar de depender da exportação é outro ponto ressaltado. Três empresas foram procuradas para incluir o produto no portfólio deles, conta. Uma aceitou. “Talvez deveria ter diminuído o tamanho da fábrica. Pensava que perderíamos mais do que poderíamos recuperar. Isso eu faria diferente.” Eidelwein está aposentado faz mais de um ano.

Executivo instala academia de saúde para cadeirantes Mato Leirão A administração municipal projeta a instalação uma academia de saúde na avenida

Alfredo Pilz, no loteamento Boa Vista. Ela terá três equipamentos para exercícios físicos voltados a cadeirantes. A Secretaria de Obras, Viação

e Trânsito executou a preparação do terreno. O recurso para a construção do novo espaço será do Estado, por meio do valor enviado para as Oficinas

Terapêuticas. O pleito foi aprovado durante reunião do Conselho Municipal de Saúde. Além dos três aparelhos adaptados, a academia conta-

rá com a instalação de mais dez equipamentos. Com a finalização, Mato Leitão terá 13 academias de saúde instaladas.


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Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2016

Univates tem R$ 17,5 milhões a receber Maior parte do valor é referente aos meses de julho, agosto, setembro e outubro RODRIGO MARTINI

Lajeado

Univates participa de grupos de trabalho organizados pelas associações as quais pertence, como a Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc) e Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung). Conforme o pró-reitor, a reitoria busca formas para “agilizar o máximo possível a abertura do prazo de aditamento dos atuais contratos do Fies.”

O

Centro Universitário Univates também é atingido com os seguidos atrasos de repasses do governo federal. Hoje, segundo o pró-reitor administrativo e professor, Oto Moerschbaecher, a direção aguarda por aproximadamente R$ 17,5 milhões referentes ao Fies. Pouco menos de 10% dos alunos matriculados são beneficiados pelo programa. De acordo com Moerschbaecher, do montante de R$ 17,5 milhões, cerca de R$ 4,5 milhões se tratam de um saldo contabilizado até junho de 2016. Já os outros R$ 13 milhões são referentes aos meses de julho, agosto, setembro e outubro de 2016. A Univates tem em torno de 2.300 alunos pagando o ensino privado com auxílio do Fies, de um total de 12.616 matriculados. A reitoria busca, junto a congressistas e parlamentares, formas de pressionar o governo federal a liberar créditos extraordinários para abater as dívidas com os centros universitários. “A Univates, assim como todas as outras universidades do país, está trabalhando junto aos deputados e senadores do seu estado,

Só 58 vagas no semestre

Cerca de 2,3 mil dos 12,3 mil estudantes dependem da verba do financiamento

no sentido de informá-los dos reais prejuízos causados com esse

Iniciativa auxilia colégio Lajeado A Escola Estadual de Ensino Fundamental Otília Corrêa de Lima, no bairro São Cristóvão, promove hoje bufê de cachorro-

-quente gigante. Os lanches são vendidos entre 10h e 20h, a R$ 11. É preciso trazer vasilhames. Segundo a diretora, Maristela Secco, a ação busca arrecadar recursos para melhorias no edu-

atraso no repasse.” Moerschbaecher comenta que a

O Ministério da Educação (MEC) disponibilizou 58 vagas das 548 requeridas pela instituição para o segundo semestre deste ano. A solicitação corresponde ao número máximo de vagas que a Univates pode requerer, conforme os critérios estabelecidos pelo MEC. Entre as 58 vagas disponibilizadas, o curso de Medicina foi o que mais recebeu: 11. Também foram beneficiados alunos de outros 29 cursos de graduação e técnicos. Em 2015, a reitoria havia solicitado 449 vagas para o primeiro semestre de 2016, e recebeu 206, das quais 201 foram preenchidas. O MEC, além de determinar quantas vagas cada curso da instituição pode oferecer, é res-

Construção de novas salas custa mais de R$ 140 mil Arroio do Meio O novo espaço da Escola Municipal de Ensino Fundamental Princesa Isabel, do bairro Rui Barbosa, está com as paredes erguidas e a laje de cobertura em fase de conclusão. A ampliação de 180 metros quadrados é executada sobre o auditório construído em 2012. O investimento atual é de R$ 140 mil, e soma-se aos R$ 150 mil investidos na primeira etapa, ambos provenientes de recursos próprios do município. A obra é executada pela Fontana & Orsolin Ltda Me, contratada via processo licitatório. O novo espaço poderá ser adaptado a quatro salas de aula, atendendo principalmente os alunos do programa de turno integral Mais

DIVULGAÇÃO

ponsável por classificar ou não os candidatos.

Votação no Congresso Estava prevista para essa quarta-feira a votação, no Congresso, de um projeto de lei que liberaria créditos extraordinários de R$ 1,1 bilhão para o Fies. Mas, por falta de quórum, a reunião de deputados e senadores foi suspensa pelo presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB). O senador vai sugerir a Michel Temer a publicação de medida provisória para liberar as verbas.

SAIBA MAIS O Fies é um programa do MEC para concessão de financiamento estudantil a alunos regularmente matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. A seleção dos estudantes é efetuada com base nos resultados do Enem. A taxa efetiva de juros do Fies é de 6,5% ao ano.

Audiências discutem obras Mato Leitão

Representantes do Executivo e direção escolar acompanham o andamento da obra

Educação. A escola tem 267 alunos matriculados do Nível A ao 9º ano, sendo 67 em turno integral.

Nesta segunda-feira, 10, o Executivo realiza duas audiências, no auditório da Unidade Básica de Saúde, no centro, para tratar dos valores a serem pagos pelos moradores beneficiados pelas obras de pavimentação. Às 13h, será com os proprietários de imóveis das vilas Sampaio e Arroio Bonito. Às 19h, com os donos de áreas nas ruas Santa Inês, João Aurélio Wildner, Arnaldo Bourscheid e Ervino Leopoldo Kuhn.


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2016

Bancários decidem encerrar paralisação Assembleia na tarde de ontem definiu reabertura das 19 agências do Vale hoje ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

A

pós 31 dias de paralisação, os bancários encerraram a greve. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, com a presença de 75 filiados do Sindbancários do Vale do Taquari. Os funcionários aceitaram, por unanimidade, a oferta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O reajuste oferecido foi de 8% nos salários, 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição. De acordo com o presidente do sindicato, Edson Leidens, o reajuste ainda é insatisfatório. “Ficou abaixo do INPC, mas o abono garante a reposição inflacionária.” Os bancos aceitaram pagar R$

3,5 mil de abono salarial, valor que complementa os salários e alcança a reposição inflacionária. O reajuste nos salários ficou cerca de 1% abaixo do pedido inicialmente pela categoria. Na região, 19 agências estavam em greve desde setembro. A maior adesão foi dos funcionários do Banrisul (oito agências paradas) seguida da Caixa (seis) e Banco do Brasil (quatro). Cerca de 300 bancários aderiram à paralisação.

Prejuízos econômicos O longo período de paralisação trouxe prejuízos para o comércio e dificuldades para clientes. Gerente de compras de uma loja no centro de Lajeado, Tiago Müller projeta uma queda de 5% nas vendas

juste da inflação, que é o mínimo, e quem acaba sofrendo é a população”, ressalta Müller.

SEM GREVE EM 2017

Bancários retiraram na tarde de ontem os materiais do movimento grevista

no mês de setembro. “Antes da greve, estávamos com um bom movimento, mas ele caiu muito após ela ter iniciado.” Além da redução nas vendas, o gerente enfrentou outros problemas. “Sofremos com atrasos tanto para pagar débitos quanto

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receber de clientes. Além disso, foi preciso pagar os funcionários com dinheiro em espécie, o que é bastante inseguro.” Mesmo com os problemas, Müller mostra-se favorável aos grevistas. “Os bancos anunciam lucro de milhões e não oferecem nem o rea-

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No acordo está previsto o reajuste para 2017. A patronal garante a reposição inflacionária, mais 1% de aumento real no próximo ano. Em contrapartida, os bancários se comprometem a não fazer greve em 2017. O acordo está registrado na Justiça e não há possibilidade de descumprimento por nenhuma das partes.


Cidades

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Novos hábitos favorecem o cultivo orgânico Mercado em expansão atrai agricultores. Emater quer ampliar produção regional ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

me, mas também para que haja um maior equilíbrio ambiental, observa. No RS, são em torno de 930 agricultores ecológicos que priorizam técnicas naturais ao produzir alimentos. Estão em funcionamento 89 feiras e 69 supermercados, lojas e restaurantes utilizam produtos, segundo pesquisa da Emater e UFRGS. No Vale do Taquari, são 25 famílias produtoras.

O

alimento cultivado sem uso de agrotóxicos conquista cada vez mais clientes. Produtores aprimoram técnicas e enxergam um mercado promissor. Para ampliar a oferta, a Emater de Lajeado, com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedei), promoveu ontem o curso de Produção Orgânica de Hortaliças e Frutas. As aulas teóricas e práticas ocorreram no Jardim Botânico e tiveram a participação de agricultores do Vale do Taquari. Além de qualificar o ciclo produtivo, técnicos buscam conscientizar as famílias sobre a importância de adotar um sistema de cultivo limpo, livre de agroquímicos. Nesse segundo encontro, o assistente técnico regional em Sistema

Vale tem 25 produtores de orgânicos. Meta é ampliar número de famílias no cultivo

de Produção Vegetal da Emater/ RS-Ascar, Lauro Bernardi, abordou os passos para transitar de um modelo tradicional para um ecológico na produção de olerícolas, com ênfase no controle de insetos, pragas, doenças e fabricação de biofertilizante. Para o assistente técnico regional em Manejo de Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar, Marcos

Schäfer, o consumidor tem mudado seus hábitos, optando por uma alimentação mais saudável. “E nada melhor para conquistar mais mercados do que uma relação de confiança, em que possamos falar com orgulho daquilo que produzimos.” A adoção de cultivos mais limpos contribuem não apenas para a nossa saúde e de quem conso-

Mercado promissor Os produtores Leandro Lange e Rafael Cunha têm como meta alcançar o selo para atestar os produtos como orgânicos. Faz dois anos, eles mantêm uma propriedade no bairro Conventos, onde cultivam alface, repolho, couve-flor, beterraba, cenoura e rabanete, entre outros. O casal Elisa e Nestor Bender, residente no mesmo bairro, quer ampliar o cultivo de olerícolas.

Hoje a pequena produção de salsa, brócolis e cenouras é muito bem recebida pelos consumidores. “Enxergamos um mercado em crescimento”, pondera. A produtora Dorli Presser, do bairro Imigrante, cultiva morangos sem agrotóxicos e conta que a atividade representa uma alternativa de renda para a família — especialmente no caso dela, que trabalha na cidade. “Minha ideia é investir, futuramente, em hortaliças”, afirma.

AGENDE-SE O terceiro encontro do grupo ocorre no dia 13. A reunião será feita por inscrições. Uma excursão será organizada e o local ainda será definido.


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FOTOS THIAGO MAURIQUE

Alterações foram debatidas, no colégio Otília Corrêa de Lima. Conforme o coordenador pedagógico da 3ª CRE, Fábio Mallmann, imposições não geram resultados efetivos no sistema educacional

Governo ajusta mudanças para o currículo escolar Disciplina de Seminários Integrados deixa de ser uma matéria separada e Ensino Religioso ganha espaço como uma área específica do conhecimento. Alterações passam a valer já em 2017. MUDANÇAS RECENTES Os dois últimos governos gaúchos também estabeleceram planos para mudar a educação nas escolas estaduais.

2007 – Governadora Yeda Crussius (PSDB) criou o Lições do Rio Grande. O projeto custou R$ 30 milhões aos cofres públicos e visava formar 21 mil professores, além de distribuir livros e cadernos de referência curricular para toda a rede estadual. 2011 – Com a mudança de governo, o Lições do Rio Grande foi descontinuado. No ano seguinte, o governo Tarso Genro (PT) estabeleceu uma reestruturação no Ensino

Médio, com a criação do Politécnico. A proposta organizou o currículo de acordo com as áreas de conhecimento e alterou o método de avaliação, eliminando as notas e estabelecendo o desempenho conforme conceitos.

2015 – Abertamente criticadas pelo atual secretário estadual de Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, as mudanças estabelecidas por Genro começaram a perder força no ano passado. Em setembro deste ano, Freitas culpou o modelo pelos resultados insatisfatórios das escolas gaúchas no Enem e prometeu mudanças no currículo para 2017.

Vale do Taquari

D

iretores e coordenadores pedagógicos das escolas estaduais de Lajeado participaram nessa quarta-feira de uma reunião com representantes da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Foram debatidas alterações na grade curricular para o próximo ano, entre elas, o fim das aulas específicas de Seminários Integrados e a transformação do Ensino Religioso em uma grande área de conhecimento. De acordo com a coordenadora da 3ª CRE, Greicy Weschenfelder, a mudança foi planejada com base em estudos. “Agora chegou a hora de pegar os regimentos, refletir, ver erros e acertos, sempre pensando no nosso aluno.”

Segundo ela, a nova grade curricular busca estabelecer uma educação integral ao estudantes, visando a formação de um cidadão crítico, além de melhorar o desempenho em avaliações como o Enem e os vestibulares. Conforme Greicy, as reuniões com as equipes diretivas visam discutir e estabelecer as altera-

Se não pararmos para pensar e reconstruir, vamos continuar usando um modelo defasado Maristela Secco Diretora da Otília Corrêa de LIma

ções para o próximo ano. Coordenador pedagógico da 3ª CRE, Fábio Mallmann defende a atualização do ensino diante da velocidade das mudanças sociais e do avanço tecnológico. “O momento exige uma avaliação do trabalho e do currículo da escola e daquilo que a instituição de ensino e do seu significado na comunidade onde está inserida”, afirma. Segundo ele, o debate com os educadores e o corpo diretivo viabiliza o tempo necessário para os colégios se atualizarem. “Reforça a concepção de uma educação que atende um projeto de país, de uma sociedade capaz de realizar seus sonhos sem perder do horizonte a responsabilidade social”, acredita. De acordo com Mallmann, o papel da CRE é alertar as escolas sobre a legislação para que as instituições


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Reportagem: Thiago Maurique tenham o suporte jurídico para implementar as mudanças de acordo com a realidade de cada comunidade. Para a diretora da escola Otília Corrêa de Lima, Maristela Secco, os debates com representantes de diferentes instituições ajudam a estabelecer consensos e conflitar ideias divergentes. “Se não pararmos para pensar e reconstruir, vamos continuar usando um modelo defasado.” Para a diretora, o principal desafios dos educadores hoje é como construir o conhecimento em jovens cada vez mais inseridos no ambiente virtual. Esse trabalho pode evitar a defasagem do ambiente escolar, diz a educadora.

Reforma horizontal A diretora da Otília Corrêa de Lima enaltece as diferenças entre a proposta discutida no RS e a tentativa de reforma educacional proposta pelo governo federal. Considera lamentável a tentativa de imposição de um modelo sem consultar os profissionais do setor. O coordenador pedagógico da

Queremos formar um aluno cidadão, que veja sentido na escola.” A Hora – Que mudanças serão estipuladas a partir do ano que vem? Greicy – O Seminário Integrado deixa de ser uma disciplina da grade curricular e se torna uma forma de prática. Ele buscava fazer pesquisa para tornar esse aluno mais crítico, mais leitor e apto a fazer projetos. Essa prática ocorrerá em todas as disciplinas, mas não será uma aula em separado. Teremos o Ensino Religioso como a quinta grande área do conhecimento. É uma área que vem com força total, ligada aos direitos humanos. Também vamos refletir a avaliação. Nossos pais, alunos e

CRE pensa ser inviável qualquer tipo de alteração curricular sem essa discussão. “Ninguém muda por decreto ou por força de lei”, enfatiza. Segundo ele, a educação é um processo cuja efetividade depende da inclusão de toda a comunidade escolar.

professores ainda não entendem a prática de competências e habilidades. O nsino de religião nas escolas é polêmico e motiva debates históricos diante do direito à liberdade de crenças. Como isso será trabalhado? Greicy – A disciplina é de suma importância diante da sociedade contemporânea. As pessoas fazem tudo pelo imediatismo, pautado no individualismo e não no coletivismo. Existe uma falta de crença, não religiosa, mas

“Esse movimento reforça uma política de autonomia para as escolas”, ressalta. Para ele, as instituições têm mais capacidade para entender como o trabalho deve ocorrer para dar conta das particularidades de cada aluno e comunidade.

crença nas relações, no amor e na possibilidade de transformação da sociedade. Também tem a questão do respeito aos direitos humanos. Isso é ensino religioso. De forma alguma devemos trabalhar algum tipo de religião, seja católica ou evangélica, ou qualquer outra. Não vamos priorizar a religião, e sim a espiritualidade e valores que estão em falta na sociedade. Qual sua avaliação sobre os resultados do Enem na região e de que forma essa

Nova base nacional A ascensão do Ensino Religioso como uma das cinco grandes áreas do conhecimento foi definida durante os debates do Plano Nacional de Educação. Em debate desde junho de 2014, ele estipula a Base Na-

reestruturação pode melhorar esse desempenho? Greicy – Estamos construindo uma nova forma de pensamento. É cedo para colhermos resultados. Claro que não estamos satisfeitos com o desempenho atual. Mas não podemos culpar a escola, tão somente. É culpa de toda a sociedade. Nós precisamos apostar mais na educação e fazer com que nosso aluno encontre sentido na escola. A pessoa mais motivada vai ter melhores resultados nas avaliações. Não precisamos apontar o dedo, e sim pensarmos juntos outras estratégias e envolver toda a comunidade escolar nisso.

cional Comum Curricular, prevista desde 1988 na Constituição. A mudança deverá ser implementada em todas as escolas a partir de 2018. Hoje o Ensino Religioso é uma disciplina da área de Ciências Humanas, junto com História, Geografia, Sociologia e Filosofia.


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Polícia

A HORA · SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2016 THIAGO MAURIQUE

Pelotão de Operações Especiais da BM e o bombeiros foram chamados para ajudar a controlar o princípio de motim

Fuga causa princípio de rebelião no presídio Detento escapou pulando muro e BM foi chamada DIVULGAÇÃO/BM

Lajeado

U

m preso fugiu do presídio estadual da cidade e motivou um princípio de rebelião no fim da tarde de ontem. Pablo Lemos Santana Júnior estava no pátio, subiu para o telhado e pulou o muro. No momento da fuga, outros detentos começaram a jogar pedras, telhas e cadeiras contra a guarita de controle para dificultar a ação dos policiais militares. O Poe foi chamado para ajudar a conter os detentos. Os agentes usaram balas de borracha e granadas de gás de pimenta para controlar a confusão. O Corpo de Bombeiros também foi chamado. Como não houve incêndio, a guarnição atuou no recolhimento de duas bombas de efeito moral que não foram detonadas. Junior fugiu pela avenida Benjamin Constant. Machucado nas

Pedras, telhas e cadeiras foram arremessados pelos detentos contra a guarita

mãos e com escoriações devido à fuga, atravessou o pátio da rodoviária e seguiu em direção à avenida Castelo Branco. Em seguida, se dirigiu ao bairro Montanha. Populares avistaram o preso correndo em direção à fábrica da Florestal e avisaram o policiamento. Os policiais encontraram Júnior em uma esquina próximo ao Clube dos Quinze. Três viaturas cercaram o detento, que não resistiu à abordagem. Ele foi encaminhado à delegacia para registro da ocorrência e reconduzido à casa prisional.

Ataques frequentes De acordo com o comandante da BM de Lajeado, capitão Luciano Johann, os ataques contra a guarita se tornaram comuns durante as tentativas de fuga. Segundo ele, o policiamento da casa prisional é dificultado pela falta de estruturas de proteção aos agentes. “Está praticamente impossível trabalhar no presídio”, alega. Afirma que os detentos perceberam a fragilidade e que os policiais não conseguem efetuar disparos ou fazer qualquer outro tipo de ação durante os ataques.

Farmácia é assaltada no centro Lajeado Uma homem roubou uma farmácia localizada na avenida Benjamin Constant por volta das 16h de ontem. Segundo as funcionárias do estabelecimen-

to, um homem chegou no local e anunciou o roubo. Segundo as funcionárias, que não quiseram se identificar, o homem ameaçou atirar contra a atendente caso ela não entregasse o valor do caixa. Ele não

mostrou arma “apenas o celular”. Mesmo assim, ela entregou o dinheiro ao assaltante. As vítimas garantem que está não é a primeira vez que o local é roubado. A quantia levada não foi informada.


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2016

Copa CTC de Tênis

Tenista André Sá é a atração da 5ª edição Atleta palestra hoje, a partir das 20h. Amanhã participa de jogo festivo contra Felipe Brandão

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DIVULGAÇÃO

m 2014, Fernando Meligeni e Orlandinho Luz foram as atrações da Copa CTC de Tênis realizada no Clube Tiro e Caça (CTC), em Lajeado. Em 2016, ano em que completa o centenário, a entidade conta com a presença de um jogador que faz parte da história do tênis brasileiro. O mineiro André Sá, 39, prestigia a 5ª Copa CTC, que inicia hoje. O evento é válido pela 4ª etapa do Super Tênis RS. Sá já foi 55º do ranking de simples da ATP e 17º no ranking de duplas, no qual esta semana aparece na 55ª colocação. Ele chega hoje ao RS, vindo de um torneio na China. À noite palestra no Clube Tiro e Caça. Amanhã, por volta das 11h, participa

de uma partida exibição contra o tenista Felipe Brandão. “É a primeira vez que estarei na cidade e estou supermotivado para este evento. Poder passar minhas experiências e histórias para tenistas de todas as idades é fantástico. A expectativa é grande”, comenta.

Sobre o torneio A Copa Tênis CTC, com três dias de duração, reúne 207 tenistas divididos em 16 categorias. O sistema de classificação será por mata-mata. Ao total, os organizadores distribuem cerca de R$ 12 mil, além de troféus e medalhas. Os oito melhores colocados no ranking da 1ª classe ganham a hospedagem no Imperatriz Hotel, apoiador da Copa CTC.

André Sá (à esquerda), que formou dupla com Thomaz Bellucci na Olimpíada do Rio de Janeiro, chega hoje a Lajeado

[...]Muita gente adora ser campeã, adora ganhar, mas não gosta de se preparar[...]” Tenista profissional, André Sá relata em entrevista exclusiva as principais dificuldades que a modalidade enfrenta no Brasil. Também fala um pouco da carreira e dos torneios disputados. Jorna A Hora – No Brasil não há um planejamento estratégico para a formação de atletas, o resultado disso se viu na Olimpíada. Que tipo de medidas/projetos devem ser implementados para descobrir novos talentos no esporte brasileiro? André Sá – É uma pergunta complicada. No esporte, principalmente no tênis, a confederação está fazendo um esforço gigante para tentar cobrir esse buraco na formação de atletas, mas não é uma coisa fácil. Na minha visão, o principal foco deve ser o desenvolvimento de professores e treinadores, para esses profissionais inspirarem e ensinarem as crianças os melhores métodos, melhores maneiras de

Nesta semana a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou o fim da parceria com a Confederação Brasileira de Tênis. Quais os riscos que isso pode trazer para a modalidade? Sá – O principal risco é o corte de investimento no infanto-juvenil e o corte de investimento na formação de treinadores, são dois pontos que são os mais importantes. Espero que a confederação consiga dar a volta por cima e encontre outros apoiadores.

Sá – É outra questão muito delicada. No nosso país, o tênis só pode ser jogado em clubes, então, a gente vê poucas quadras públicas, podemos contar nos dedos quantas têm no Brasil e é isso aí que dificulta muito esporte. Existem também vários outros fatores, o tênis também é um esporte muito difícil. Tecnicamente, para se aprender, você precisa de uma ajuda, precisa de professor nos primeiros anos, e isso também aumenta o custo consideravelmente do esporte, então, fica mais difícil que as classes sociais mais baixas tenham acesso a esse tipo de treinamento. Para popularizar o esporte, temos que tentar colocar o tênis na televisão e nas escolas.

No ponto de vista popular, o tênis é visto como um esporte de elite. Em vários setores da sociedade pouco se sabe sobre o esporte. O que fazer para ele se tornar mais popular?

Quais seus conselhos para as pessoas que pretendem seguir carreira no tênis? Sá – Lógico que o principal é se preparar bem, treinar bem, investir bem o seu

se aprender o esporte. No tênis a gente tem feito isso, a confederação tem o projeto que faz isso, só que é a longo prazo.

tempo na questão de preparação. Muita gente adora ser campeã, adora ganhar, mas muita gente não gosta de se preparar, de treinar, então, isso é principal, ter foco e ter a consciência que você precisa treinar forte para alcançar os objetivos. Como foi participar da Olimpíada no Rio de Janeiro? Sá – Foi uma experiência fantástica. Já tinha disputado outros três jogos, mas jogar em casa, com a torcida como estava, com o ambiente fantástico, foi uma experiência totalmente diferente. Acho que dá para comparar um pouco com a Copa Davis, quando jogamos em casa, mas na Olimpíada foi incrível, veio todo mundo para torcer e é um público que não é do tênis, o pessoal queria torcer para o Brasil e isso traz uma energia, uma força diferente. A gente usava essa energia da torcida e era uma sensação incrível, realmente foram dias incríveis na minha carreira.


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Enduro

Ezeq u i e l N e i t zke

Município sedia etapa no domingo

Festa de aniversário

Prova ocorre no interior de Santa Clara do Sul a partir das 10h

A

sexta etapa do Campeonato Gaúcho de Enduro ocorre neste domingo, no clube XV de Novembro, em Picada Santa Clara, Santa Clara do Sul. Também haverá a participação de trilheiros. A largada ocorre às 10h. As categorias que disputam o nduro fazem três voltas de 39 quilômetros cada, com 27,6 quilômetros cronometrados. Já os trilheiros percorrem duas voltas de 39 quilômetros cada, com 13,8 quilômetros cronometrados. Os interessados podem se inscrever e obter mais informações

DIVULGAÇÃO

O EC Brasil, de Marques de Souza, comemora neste domingo o 83º aniversário. O evento inicia de manhã com dois jogos de veterano. Ao meio- dia será servido almoço, ao preço de R$ 25. A tarde ocorrem brincadeiras e reunião-dançante com o conjunto Garotos do Vale. Mais informações com Renato Simonetti pelo 9141-1001.

Faz tudo Daniel Lienemann, o “Pinigol”, é conhecido na região pela dedicação ao esporte. É comum vê-lo ajudando diversos clubes amadores e profissionais do Vale do Taquari.

Inscrições antecipadas podem ser feitas até hoje com valores de R$ 106 e R$ 86

pelo www.agpe.com.br ou 97124906. O investimento é de R$ 106

para quem disputa o campeonato e de R$ 86 para os trilheiros.

Pitacos do Regional Com a chegada das oitavas de final, decidi retomar o espaço Pitacos do Regional. A cada duas semanas, opinarei sobre quem avança à próxima fase. Deixo aqui também o espaço para o leitor participar. Quem tiver interesse pode contatar comigo pelo e-mail abaixo deste espaço ou mensagem no WhattsApp 05195046896. Vamos aos palpites:

Titular Ser São Cristóvão x Forquetense – Forquetense leva nos pênaltis 25 de Julho x Saidera – 25 de Julho Rui Barbosa x Aimoré – Rui Barbosa Imigrante x Monterey – Monterey 11 Amigos x 7 de Setembro – 7 de Setembro leva nos pênaltis Brasil x União Campestre – Brasil Juventude-West x Assespe – Juventude-West Canarinho x CAN – CAN leva nos pênaltis

Aspirante São Cristóvão x Forquetense – São Cristóvão Ribeirense x 25 de Julho – Ribeirense Ecas x Aimoré – Aimoré Imigrante x Monterey – Imigrante leva nos pênaltis 11 Amigos x Colorado – Colorado Brasil x União Campestre – União Campestre Danados x Assespe – Danados Juventude-Brochier x CAN – CAN

ezequiel@ jornalahora.inf.br


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2016

AGENDA

Informe

www.setelajeado.com.br

Tarde de definições

A

FOTOS EZEQUIEL NEITZKE

última rodada da segunda fase da Copa Sete/CBM/ STR Supermercados ocorre amanhã, a partir das 12h15min. Das 24 vagas para as quartas de final, restam quatro. Confira os destaques:

1ª divisão 12h15min

Série Ouro

Tabajara B

x

Renegados

13h15min

Série Prata

JéDuCa

x

Viracopos/Imobiliária Antares

14h15min

Série Ouro

Mercenários

x

Real Madruga

15h15min

Série Prata

Cataluña

x

FuteBar Avaí

16h15min

Série Ouro

Tabajara A

x

Viracopos/Lebber imóveis

17h15min

Série Prata

Polêmicos

x

Futebolzinho

x

Dinamite

18h15min Série Prata R7

2ª divisão 12h15min

Série Ouro

Sobras

x

Dogs United

13h15min

Série Prata

Alcatraz

x

Renegados

14h15min

Série Ouro

Barsemlona

x

Cervejetarianos

15h15min

Série Prata

Galaticos

x

Copeiros

16h15min

Série Ouro

UFC

x

Arranca Toco

17h15min

Série Prata

SNS

x

Debilitados

Mercenários

x

Só Pela Ceva

18h15min Série Prata

Primeira divisão Na Série Ouro, Alcatraz, Real Madruga e os Tabajaras A e B brigam pelas últimas três vagas. A situação mais delicada é a do Alcatraz. Nesta rodada, a agremiação folga e torce por resultados paralelos para continuar na disputa pelo título. Logo atrás, vem o Real Madruga, com os mesmos 9 pontos, mas enfrenta o lanterna e já eliminado Mercenários. O multicampeão Tabajara A encara o líder Viracopos/Lebber Imóveis às 16h15min já sabendo o que necessita fazer para se classificar. Isso porque na primeira partida da tarde o Tabajara B, 7º colocado com 6 pontos, encara o Renegados e, se perder ou empatar, estará eliminado. Pela Série Prata, o destaque fica por conta da disputa pela última vaga à próxima fase

Classificação

Farelinho foi o destaque do FuteBar Avaí ao marcar os três gols sobre o JéDuCa

e também para ver quem será o segundo time rebaixado – com 3 pontos, Dinamite é a primeira equipe que disputará a segundona em 2017. Com 7 pontos, o JéDuCa entra em campo às 13h15min. Precisa de um empate contra o Viracopos/ Imobiliária Antes para permanecer na elite e se classificar às quartas de final. Se perder, torce para um tropeço do R7 no confronto

contra o Dinamite.

Primeira divisão

Segunda divisão

Série Ouro

Os classificados para a segunda fase estão definidos na séries Ouro e Prata. Nesta rodada, resta saber quem se classificará direto às semifinais e quem jogará as quartas de final. Hoje, os dois melhores de cada naipe são Arranca Toco e UFC (Série Ouro), Mercenários e Debilitados (Série Prata).

Equipe

PG

Equipe

PG

Equipe

PG

Equipe

PG

Viracopos/Lebber Imóveis

18

Polêmicos

13

Arranca Toco

14

Mercenários

15

UFC

13

12

13

FuteBar Avaí

Debilitados

Galera

12

Barsemlona

12

SNS

12

Renegados

Viracopos/ 10 Imobiliária Antares

Cervejetarianos

11

Renegados

12

EC Coringa

7

Copeiros

9

Segunda divisão

Série Prata

Série Ouro

12

Série Prata

Alcatraz

9

Futebolzinho

10

Kamikaze

6

Galáticos

7

Real Madruga

9

Cataluña

8

Sobras

2

Só Pela Ceva

4

Tabajara

7

JéDuCa

7

Dogs United

1

Alcatraz

0

Tabajara B

6

R7

4

Mercenários

1

Dinamite

3

Dia da Criança no Sete Mercenários é o líder da Série Prata da segundona com 15 pontos

O Clube Sete de Setembro prepara para 12 de outubro, quarta-feira, um dia de muitas atividades para as crianças que estiverem no clube. Durante os jogos, estarão montados brinquedos infláveis elas crianças se divertirem.


Lajeado, sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br

LUCAS DAUBERMANN/DIVULGAÇÃO

Futsal

Quatro competições movimentam o Vale Imigrante e Progresso iniciam certames hoje à noite

P

assado o período eleitoral, os jogos dos campeonatos de futsal de duas cidades continuam hoje à noite. Já em Imigrante e Progresso, ocorrem as rodadas de abertura. Em Progresso, o Ginásio de Esportes do Grêmio Esportivo Gaúcho recebe as partidas da competição municipal sub-21 e veterano. Os jogos iniciam às 19h com BS

Precisão versus Center Plus (sub21), Alto Constantino versus MG Carregamentos (veterano), Joalheria Pontual versus Inter de Campo Branco A (veterano), ASG versus Flamengo Cabeceira de Tocas (veterano) e Leicester City versus Flamengo de Xaxim (sub-21). Em Imigrante, as disputas são por cinco categorias – voleibol, sub-16, veterano, feminino e força livre. Iniciam às 19h30min no gi-

násio municipal. O primeiro jogo é de voleibol entre Pois É e Sem Nome. Após ocorrem partidas de futsal: Pokémon versus Bola da Vez (sub-16), SPC versus Canarinho (veterano), 100 Noção versus Ecas (feminino), Sacolé United versus Rosenthal UFC (força livre).

Cruzeiro do Sul A sétima rodada do municipal ocorre no Ginásio Orlando Eckert,

Jogos em Arroio do Meio ocorrem no ginásio da escola João Beda, no bairro Aimoré

no centro, a partir das 19h30min. Aldeia versus Bom Fim (veterano), Top 10 versus FF Capitão (feminino), Bom Balanço versus MacGyver (força livre) e Só Saúde versus CL Führ (força livre).

Arroio do Meio O ginásio da Escola Municipal

João Beda Körbes, no bairro Aimoré, sedia cinco jogos hoje à noite. O primeiro, pela categoria veterano, é entre Ser Massa e Só Barulho. Após ocorrem quatro partidas pela força livre: Só Ceva versus Amigos do Shrek, Só Barulho versus Máquina do Mal, Virakopus B versus Glória e Só Nó versus Só Fumaça.


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