OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI
Preocupação legítima do Fórum
Definição sobre o saneamento de Lajeado deve sim passar pela análise das entidades.
SANEAMENTO BÁSICO
Diretor de Relações Institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen, afirma que relatório do Fórum das Entidades está sustentado em equívocos.
PÁGINAS | 8 e 9
Termos da proposta para prorrogar contrato para os próximos 40 anos, será tema de audiência pública chamada pelo MP para 11 de novembro.
OPINIÃO | RODRIGO MARTINI
Futuro do saneamento em Lajeado
Cenário mais provável aponta para renovação do contrato entre município e Corsan/Aegea.
CINCO ANOS DA TRAGÉDIA
Em abrigos desde a enchente de maio, moradores vivem entre a tentativa de manter uma rotina, de reconstruir a vida e, manter a fé e a resiliência em meio aos desafi os
Meio ano após as enchentes que atingiram o estado no início de maio, pelo menos 280 pessoas continuam em abrigos no Vale, nas cidades de Encantado e Cruzeiro do Sul.
Sem opção, moradores buscam resiliência e encontram alternativas para passar o tempo. A exemplo de Rene Pinto (foto) muitos passam os dias conversando e tomando chimarrão. Ainda, aguardam as moradias prometidas.
PÁGINAS | 6 e 7
OPINIÃO | VINI BILHAR
Nova fábrica à Lajeadense Vidros
Atingida pelas cheias, empresa projeta concluir novo espaço no primeiro semestre de 2025. grupoahora.net.br
A chacina que terminou com quatro mortes em novembro de 2019 mudou a rotina no Morro do União. Todas as famílias que
moravam no entorno do salão comunitário deixaram o local. A área hoje faz parte de um empreendimento avícola.
PÁGINAS | 10 e 11
Seis meses se passaram e pouco - ou quase nada - mudou. No Vale do Taquari, cerca de 280 pessoas vivem diariamente em abrigos após perderem suas residências na tragédia climática que assolou o estado em meio deste ano. Adaptações foram feitas dentro dos ginásios para garantir o mínimo de dignidade e privacidade a essas famílias. Mas o mínimo, ainda é pouco.
Essa realidade é percebida em Cruzeiro do Sul e Encantado. E, em meio à espera pela sua vez na fila de uma residência, nem que sejam as provisórias, moradores encontram alternativas para passar os dias. A rotina tenta se aproximar ao máximo da que levavam antes das enchentes. Mas a realidade é totalmente outra.
As mudanças acontecem, mas a passos lentos. Já passou da hora dessa realidade mudar.”
A busca por emprego e, por vezes, a aceitação de salários mais baixos para garantir uma renda deixam os moradores preocupados com o futuro. Para passar o tempo, conversa na frente dos abrigos e roda de chimarrão. O relato de quem vive há meio ano entre tantas pessoas que não são sua família e mantém rotinas diferentes é um desafio. Os próprios desabrigados tentam organizar escalas, deixar os ambientes limpos e organizar seus espaços. Mas a rotina se tornou cansativa e ainda mais difícil àqueles que lidam com problemas de saúde ou já passaram da idade de recomeçar. No fim, a esperança é o que todos eles têm em comum. De dias melhores, de uma casa para terem autonomia, escolha e até mesmo tranquilidade. As mudanças acontecem, mas a passos lentos. Já passou da hora dessa realidade mudar.
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“A saúde mental dos adolescentes, de forma geral, é preocupante”
Há 22 anos atuando na psicologia,MônicaKatz, 45, natural de Encantado, relataquedesdeo estágionafaculdade até os dias atuais, sua trajetóriaémarcadapor uma busca constante emajudaradolescentes a encontrarem seu caminho em meio às complexidadesda vida moderna. Entre atendimentos clínicos eprojetosemescolase comunidades, Mônica observacomatençãoo aumento dos desa os enfrentadosporessa geração.
Brayan Bicca brayan@grupoahora.net.br
Por qual motivo decidiu se envolver mais na área psicológica dos jovens?
Sempre me identifiquei com essa faixa etária. Sou curiosa e gosto de desenvolver ideias sem julgamento, procurar possibilidades e construir caminhos. O adolescente é ávido por isso, mas precisa ser mobilizado e se sentir num ambiente seguro. Acredito muito no nosso papel como agente de orientação e mudança nesta fase de vida, para organizar a bagunça interna (comum nesta etapa), ressignificar experiências e trilhar um caminho mais saudável.
Como tu vê o estado mental dos jovens de uns anos para cá?
Infelizmente, a saúde mental dos adolescentes, de forma geral, é preocupante. Quadros de ansiedade e depressão aumentaram de forma considerável. Sintomas de isolamento social, alterações emocionais e comportamentais, autolesões, dificuldades com a imagem corporal têm sido acompanhadas com frequência. O uso excessivo da tecnologia tem significativo impacto na piora da saúde mental. Lidar com frustrações, sentir-se pertencente e construir independência vêm como grandes desafios. Um adolescente com sua saúde mental prejudicada terá consequências importantes para sua vida adulta.
O que mais lhe chama a atenção nos jovens de hoje em dia?
O imediatismo, falta de iniciativa e dificuldade em questionar. O adolescente vive um momento de transformações físicas, confusão emocional, mas tem uma energia incrível para transformação. Pensa estimularmos esse potencial para o bem e para a saúde. Surge uma potência.
Como surgiu o convite para participar dos círculos de cons-
trução de paz nas escolas?
Quem me apresentou aos círculos foi a Raquel Cadore pelo Espaço Flore.Ser. Ela trouxe uma formação para Encantado que foi muito intensa e me encantou. A partir dali, fui acompanhando ela e outros colegas nas vivências tanto nas escolas, como em outros grupos (órgãos públicos, comunidades).
O que mais lhe marcou nesse projeto?
Os círculos transformaram muito minha forma de estar com as pessoas. Aprimorou a arte da escuta, o treino da espera e, com isso, ter o tempo necessário para reavaliar o que falo. Me marcou perceber o quanto as pessoas convivem uma vida com seus colegas e conhecem tão pouco as dores e amores que cada um passa. E o quanto conhecer o outro (sem julgar) permite uma interação mais respeitosa e verdadeira. Percebi o quanto os adolescentes são carentes, querem diálogo e aproximação, mas precisam de alguém que se interesse e os estimule nessa tarefa. Quando o círculo é verdadeiramente vivido, não há como sair dele sem ser impactado pelo encontro.
Os últimos debates sobre o futuro do contrato entre Lajeado e Corsan/Aegea apontam para a renovação com a atual concessionária, muito em função de uma instigante e pouco saudável realidade: o município parece não ter outra saída se quiser, de fato, atender às ousadas metas do Marco Regulatório do Saneamento Básico. Eu reforço. Tudo leva a crer que o governo municipal tem uma só opção para atender a universalização do tratamento de esgoto dentro do curto prazo estipulado pelo marco, que vence em 2033. E essa opção, de acordo com todos os pormenores avaliados até o momento, é a renovação – via aditamento do acordo original firmado em 2008 – com a Corsan/Aegea até 2062. Neste cenário complexo e sem mais opções, os lajeadenses parecem estar diante de um monopólio velado. Mesmo após as privatizações. É uma realidade pouco saudável, reforço. As demais propostas ventiladas por entes públicos, privados e associativistas tendem a esbarrar em milionárias indenizações, angustiantes e intermináveis litígios, e muitas incertezas acerca do cumprimento ou não das metas básicas. E isso desequilibra o mercado. Diante disso, a única saída para um caminho alternativo ao processo “natural” de renovação com a Corsan/Aegea, ao meu ver, seria a prorrogação em âmbito nacional dos prazos estipulados pelo polêmico Marco Legal do Saneamento. Desta forma, uma nova concessionária (ou mesmo a Corsan/Aegea, caso vença um eventual processo licitatório) teria tempo suficiente para cumprir as ousadas metas. Sobre isso, aliás, já há quem aposte na prorrogação do prazo final para as cidades atingirem 99% de abastecimento de água e 90% de tratamento de esgoto. Segundo os apostadores, o prazo passaria de 2033 para 2040.
O assunto é sério e envolve cifras bilionárias. Por óbvio, o debate sobre o contrato entre Lajeado e a Corsan/Aegea exige uma dose ainda maior de seriedade, tecnicidade e responsabilidade. Dito isso, e pelo fato da insinuação ter ocorrido no respeitável ambiente do plenário da câmara de vereadores de Lajeado, é preciso dar luz aos fatos. E vamos a esses. O vereador Waldir Blau (MDB) afirmou, em plenário, que o prefeito Marcelo Caumo (PP) estaria com um emprego garantido na Corsan/Aegea. “Já está negociado”, afirmou o parlamentar. Nessa sexta-feira, durante o programa Frente e Verso, o ex-procurador geral do RS e atual diretor da Corsan/Aegea, Fabiano Dalazzen, respondeu à insinuação do vereador lajeadense. “É um absurdo. Não há fundamento. Absolutamente inverídica.”
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Estado vê com “bons olhos” a ponte elevada na 386
O vice-governador Gabriel Souza (MDB) recebeu, de um grupo de empresários, o projeto da ponte elevada sobre a BR-386, no trecho entre Lajeado e Estrela. A proposta sugere estrutura paralela ao traçado original da rodovia federal, mas cinco metros mais alta em relação às atuais pontes sobre o Rio Taquari e o Arroio Boa Vista. Ainda de acordo com o projeto, as pistas e pontes existentes seriam mantidas para o fluxo interno entre cidades. E o governo estadual gostou da ideia. O custo da obra é estimado em R$ 120 milhões, e o prazo de conclusão em 18 meses. Para isso, basta uma leve fatia dos R$ 14 bilhões previstos ao Fundo de Reconstrução do RS (Funrigs). E o principal: isso não impede que o Vale também reivindique junto ao Fundo a construção de um anel viário.
O governador Eduardo Leite (PSDB) retorna ao Cristo Protetor após três anos. Nesse período, e apesar das piores tragédias naturais do Rio Grande do Sul, as obras do complexo turístico avançaram e muitas frentes estão em fase final de conclusão. Entre essas, o acesso asfáltico à estátua, custeado pelo governo estadual. E a inauguração do trecho está marcada para o dia oito de novembro, às 10h, com a presença de Leite e secretários de Estado. E poucos dias depois ocorre a inauguração do imponente e moderno Boulevard Encantado, entre o Cristo e a Lagoa da Garibaldi.
- A conclusão do novo viaduto da BR386, nas proximidades da fábrica de ração da Languiru, em Estrela, é um avanço e tanto à logística regional. E só foi possível antecipar a obra de R$ 27 milhões graças ao empenho e pressão do prefeito Elmar Schneider (MDB) junto à CCR Viasul.
- Ainda em Estrela, o governo municipal anuncia para o dia 20 de dezembro, às 9h, a sessão pública para contratação da empresa responsável pela construção modular (e pelo método construtivo off-site) da nova Escola Municipal de Ensino Fundamental Leo Joas, no Bairro das Indústrias.
- O curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates firmou parceria com a Universidade Técnica de Viena para estudar cidades afetadas por cheias no Vale do Taquari. As ações ocorrem por meio do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau).
- Sobre saneamento básico e contratos com concessionárias, uma ideia interessante que vem de Passo Fundo. Por lá, o governo municipal alinhou com a empresa responsável pelo abastecimento de água o repasse de 5% das contas pagas pelos contribuintes para o Fundo Municipal de Gestão Compartilhada. Um recurso gerido por representantes públicos e privados da sociedade, e que serve para atender demandas mais pontuais.
- Ainda sobre o Marco Legal do Saneamento, que exige 99% de abastecimento de água e 90% de tratamento de esgoto em todo solo brasileiro, a dificuldade de encontrar mão de obra em âmbito nacional será um dos principais argumentos para a provável prorrogação do prazo. Para diversos especialistas, é impossível finalizar tudo até 2033. E eu também penso assim. Infelizmente...
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Entre final de março e agosto de 2025, a Lajeadense Vidros estará de casa nova. A estrutura fabril deve ficar pronta no primeiro semestre e a conclusão de 100% das obras, ficará para agosto do ano que vem. A empresa foi duramente atingida pelas enchentes dos últimos anos. A partir desses eventos, buscou no bairro Imigrante, em Lajeado, um lugar para sua nova planta fabril, próximo a BR-386.
A parceria com o governo municipal garantiu a continuidade da indústria em Lajeado. Serão 12 mil metros quadrados de área construída na nova sede. Segundo os diretores da empresa, os investimentos triplicarão a capacidade
produtiva da fábrica.
A Lajeadense Vidros continuará a produzir vidros para construção civil e movelaria - vidros laminados, temperados, duplos, jumbos,
multi laminados e espelhos. O investimento também foi direcionado ao novo maquinário, que vai manter e aprimorar os serviços prestados pela empresa.
Na próxima terça-feira, acontece a terceira edição do Empreen-
dedorismo 360º - Inovar para Transformar. Organizado pelo
Sebrae e com o apoio do Sicredi, o evento será no auditório central da Unisc, em Santa Cruz do Sul. Inicia às 18h30min e tem previsão de encerramento às 21h30min. O propósito é que o evento, presencial, desmistifique a inovação e incentive sua aplicação nos pequenos negócios, com foco na retomada econômica. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo forms.office.com/r/tESupSAu02. A noite será dividida em dois momentos: Inovação e Modelagem de Negócios; Ambientes de Negócios, Economia e Impactos Ambientais.
No momento de conclusão do evento, os participantes terão oportunidade de interagir e fazer perguntas aos palestrantes.
A eleição presidencial americana adiciona volatilidade. A desaceleração econômica da China e os conflitos no Oriente Médio também contribuíram para a alta do dólar.”
• Desemprego - A taxa de desemprego do Brasil caiu para 6,4% no trimestre encerrado em setembro. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse é o menor índice da série histórica, iniciada em 2012.
• Energia - Começou a valer na sexta, a bandeira amarela sobre as contas de luz. Ela é mais barata que a vermelha, que vigorou entre setembro e outubro. Dessa forma, o valor extra cobrado para cada 100 kwh consumidos passa de R$ 7,877 para R$ 1,885.
A DC Projeto D, fundada em 2019 pelo arquiteto e urbanista Douglas Alberto Arend e o topógrafo Carlos Júlio Schmidt, está presente em grandes obras pela região, nas áreas de Arquitetura e Topografia. Focados nas necessidades individuais de cada projeto, a empresa lajeadense se destaca pelos equipamentos de última geração, que garantem a qualidade e precisão dos projetos executados. Na obra da Lajeadense Vidros, a empresa realizou o levantamento topográfico do terreno com a marcação de fundação, estacas e pilares. A DC Projeto D esteve à frente da locação da obra. Equipe qualificada, recursos tecnológicos, equipamentos e softwares modernos, assim a DC Projeto D oferece serviços com informações precisas para cada projeto, observando as particularidades e singularidades em cada um deles.
Entre a tentativa de manter uma rotina, de deixar a “casa” organizada e reconstruir a vida, moradores que perderam residências nas cheias de maio passam os dias à espera da mudança
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Na porta do Ginásio do Esporte Clube XV de Novembro, uma roda de chimarrão. É ali que cerca de 40 famílias de Cruzeiro do Sul ainda vivem, depois de terem perdido suas casas nas enchentes. Há seis meses, o pavilhão se transformou em abrigo e ali, em espaços improvisados, quase 60 pessoas passam os dias. Na região, além do município, Encantado também mantém abrigos ativos. Ao todo, pelo menos 280 pessoas permanecem fora de casa no Vale. No ginásio, divisórias de madeira criam pequenas separações. No interior, ficam cama, geladeira e fogão. A chave do cômodo está sempre nas mãos dos moradores, que zelam pelo que conquistaram depois da tragédia. O banheiro e a cozinha
A gente já está acostumado, vai pra casa, volta, a água corre com a gente, perde tudo. Só Deus sabe para onde vamos depois”
RENE PINTO MORADOR DE CRUZEIRO DO SUL
são compartilhados, e uma escala, feita pelos próprios inquilinos, dá conta da limpeza. Longe de se parecer com suas casas, no ginásio, tentam manter a rotina, com a esperança de se mudarem o mais breve possível. A expectativa é que as famílias sejam realocadas na metade deste mês. Uma reunião entre município e Estado na próxima semana deve definir detalhes. No abrigo, ainda estão ex-moradores de bairros como Vila Zwirtes, Glucostark, Bom Fim e Passo de Estrela.
Entre eles, Serenita Zwirtes, 68. Natural de Bom Retiro do Sul, ela morou, nos últimos anos, na Vila Zwirtes. As cheias destruíram a casa dela já em setembro de 2023
Mais de 60 histórias diferentes são contadas dentro do abrigo.
e a aposentada passou a viver em uma casa por meio do aluguel social. A enchente de maio também atingiu a residência alugada e, à espera de reformas, o local ainda não pode voltar a ser habitado. Desde então, os dias são passados na companhia de muitas pessoas que, até então, não conhecia, mas que se tornaram amigos. “Um conversa com o outro, sentados aqui. O tédio vai e volta. Não tem outra coisa pra fazer”.
Ao lado dela, Andréa da Costa, 49, compartilha essa rotina. Mas na próxima semana, ela espera poder sair do abrigo. A ex-moradora da Vila Zwirtes teve a casa condenada depois das enchentes de maio, e foi contemplada com R$ 200 mil do Governo Federal para a aquisição de uma nova moradia. A partir dos próximos dias, leva suas coisas a um apartamento próximo ao Parque dos Dick, em Lajeado. Apesar das amizades feitas no abrigo, Andréa diz que a organização não funciona entre todos os moradores, e muitas brigas acontecem. Além disso, o barulho, música alta e os costumes diferentes entre os “vizinhos” são dificuldades superados a cada dia.
“Todas as famílias tinham uma casinha. Era feinha, pequeninha, grande, mas era sua. Hoje não temos nada. Só esperança”, afirma outro morador, Edson José de Araújo, 54.
Para recomeçar
Entre doenças, idade avançada ou necessidade de cuidar das crianças, muitos dos abrigados não conseguem manter um emprego, o que deixa os dias ociosos e os preocupa. Aos 66 anos, Edevar Porto da Cruz veio de Tramandaí ao Vale do
Taquari para construir uma casa e ter estabilidade. Esse sonho foi concretizado no bairro Bom Fim, em Cruzeiro do Sul, mas, em pouco tempo, também foi levado pelas águas. Nesta idade, não esperava ter que recomeçar. “A gente não tem idade mais para estar pulando muito. Eu perdi tudo, minhas ferramentas, a betoneira. Estou trabalhando a um preço mais barato e consigo uns trabalhos só de vez em quando”. Pedreiro de profissão, ele diz que o trabalho está difícil e que tem a esperança de se aposentar por idade em breve. Aos 67 anos, Rene Pinto também espera melhorar de
vida e aguarda as novas casas prometidas pelo governo. Ele conta ter adquirido novos mobiliários nesses seis meses e que muita coisa também veio de doação. Quando sair do ginásio, espera recomeçar. “O que eu tenho no meu barraco hoje, vou levar comigo”.
Enquanto isso, busca formas de
Todas as famílias tinham uma casinha. Era feinha, pequeninha, grande, mas era sua. Hoje não temos nada. Só esperança”
passar o tempo, entre conversas, descanso e chimarrão. “A gente já está acostumado, vai pra casa, volta, a água corre com a gente, perde tudo. Só Deus sabe para onde vamos depois”.
Para outros moradores, o tempo no abrigo serviu como oportunidade de iniciar uma nova profissão. Com a presença de voluntários da Aliança Evangélica Brasileira na cidade desde o início das enchentes, oficinas são oferecidas no ginásio. Entre elas, a de confeitaria.
Voluntária do Rio de Janeiro, Regina Borges da Paula é psicóloga, formada em teologia, e ministra a oficina. Ela já esteve no abrigo em junho para ensinar as mulheres a fazerem bolos, tanto para consumo, quanto para comercialização. A iniciativa deu resultado e faz quatro meses que
uma das moradoras começou a produzir bolos e vender o doce em fatias e potinhos.
Graziele Mallmann, 39, conta que gostava de fazer doces em casa, mas nunca tinha pensado em profissionalizar as produções. “Aqui, eu passei a me interessar. Faço aqui na cozinha e vendo para outras pessoas abrigadas, para os moradores, e para fora também”, afirma.
Um pouco abaixo do ginásio, ainda no bairro São Gabriel, 28 residências provisórias foram montadas pelo estado em setembro, em uma espécie de container. Apesar de mais conforto e dignidade, moradores ainda aguardam a possibilidade
de se mudarem para moradias definitivas.
Maria Amelia Schabat, 43, foi uma das contempladas. Ela não pode trabalhar por conta da saúde, e o marido mantém um emprego como jardineiro, dependendo do clima para poder trabalhar. “Não temos como comprar uma casa, mas estamos bem. Fazer o que, estamos todos no mesmo barco. Todo mundo perdeu, não fomos só nós”.
A rotina de quem vive em abrigo há mais de meio ano, também é encontrada em Encantado. O município mantém abertos os pavilhões do parque municipal e uma creche na Vila Moça para os moradores que perderam suas residências nas cheias.
Maria Luísa Machado, 36, está entre eles. Morando com o marido e o filho de 5 anos no parque
João Batista Marchese, ela torce para uma vida melhor não estar muito distante. “A rotina é quase normal, os maridos saem para trabalhar e algumas mulheres também, à noite retornam, a sensação é de estarmos em um condomínio”, descreve.
Os abrigados no parque recebem uma cesta básica por mês, a visita de um médico a cada 15 dias e as assistentes sociais passam semanalmente para auxiliar nas dificuldades das famílias.
“É muito cansativo, todos gostaríamos de estar em nossas casas agora. Tem várias situações
que incomodam. Barulheira, gritaria, som alto. Nós percebemos que as coisas estão sendo feitas, mas é bem devagar. Quanto antes pudermos sair, melhor”, afirma. Os desafios também são constantes para Fabiana de Paula, 37, que reside com o esposo e duas crianças autistas no abrigo do parque. “Não é fácil e se tornou bem exaustivo depois de todos esses meses. Por enquanto vivemos na expectativa, não temos respostas, então só podemos esperar que cumpram o que prometeram”. A família residia no bairro Navegantes e teve a casa completamente destruída na cheia.
O município de Encantado planeja desativar os abrigos temporários até o fim deste ano, com a chegada de 50 módulos habitacionais até o dia 20 de novembro. Essa medida permite a realocação das 84 famílias ainda desabrigadas. No total, 221 pessoas estão fora de casa, além de 460 aluguéis sociais em andamento. O município já recebeu 30 unidades provisórias do governo do Estado.
É muito cansativo, todos gostaríamos de estar em nossas casas agora”
O município adota como prioridade um projeto possível de ser aplicado, realista e com prazos de execução factíveis para universalização do abastecimento de água e 90% de tratamento de esgoto. A proposta mais recente estabelece:
Atingir 90% dos efluentes domésticos tratados até 2028. Cinco anos antes do previsto no marco regulatório.
Por meio de três formatos: absoluto (com ligação direta em rede exclusiva de esgoto da casa até a estação); misto (com uso da rede pluvial, também sendo levada até a central de tratamento); e por meio da limpeza periódica da fossa doméstica (Corsan fazendo a coleta).
Suspensão da tarifa de esgoto para moradores do Bairro Moinhos até 2028.
Autorizar o uso de poços artesianos onde há sociedades de água e rede administrada pelo município.
Nas localidades atendidas pelo município, a comunidade terá dois anos para seguir com a tarifa cobrada pelo poder público.
Corsan/Aegea será a responsável por negociar com as sociedades de água.
Investimento estimado em R$ 290 milhões.
Indenização pelas redes do município estimada em R$ 10 milhões.
Outorga por economias atingidas estimada em R$ 20 milhões.
Com isso, o município receberia com a assinatura do aditivo algo em torno dos R$ 30 milhões.
Diretor de Relações Institucionais da Aegea afirma que dados divulgados pelo Fórum das Entidades apresenta equívocos sobre outorga e redução na tarifa
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
LAJEADO
Em meio ao debate público entre governo municipal e Fórum das Entidades, o diretor de Relações Institucionais da Aegea Saneamento e Participações, Fabiano Dallazen, defende a continuidade das negociações para consequente aditivo contratual para serviços de água e esgoto em Lajeado.
Nesta semana, a representação de 13 associações e câmaras temáticas da cidade emitiu um comunicado. No documento, o Fórum se posiciona contra o acerto com a Corsan/Aegea para a prorrogação por mais 40 anos do acerto com a empresa.
Conforme o entendimento do grupo, seria possível levar o contrato para licitação, o que traria uma arrecadação maior em termos de outorga (pagamento ao poder público por permitir a exploração do serviço), além de redução na tarifa paga pela população.
O processo poderia ser de duas formas: abertura de processo para romper o acordo (por meio da caducidade pelo não cumprimento das metas); ou esperar o fim do contrato
romper o contrato ou esperar ele terminar, sem saber o que vai acontecer é colocar o município em uma aventura, com o perdão da palavra, mas essa é minha avaliação.”
atual, em 2032, para abrir a concorrência pública no futuro. Para ele, as alternativas sugeridas pelo Fórum das Entidades são uma “aventura”.
“Me perdoe, mas romper o contrato ou esperar ele terminar, sem saber o que vai acontecer
Audiência pública marcada para 11 de novembro debate termos do aditivo do contrato, formato de indenizações para associações de água e tarifa de esgoto para moradores do bairro Moinhos
é colocar o município em uma aventura, com o perdão da palavra, mas essa é minha avaliação.”
O Ministério Público promove no dia 11 de novembro, às 14h,
audiência pública para debater dois assuntos: o aditivo contratual e as taxas na cobrança do esgoto dos moradores do bairro Moinhos.
No caso de um aditivo, o contrato prevê que a Corsan/ Aegea atue como única prestadora de serviços de abastecimento e saneamento básico, eliminando a necessidade de associações de água. Em cima disso, o MP expressa preocupação com o ressarcimento de prestadores de serviços, solicitando a inclusão de uma cláusula no contrato que mencione eventuais indenizações e prazos de pagamento.
Entendimento do Fórum
Licitação traria benefícios econômicos ao município e menor tarifa à população
Outorga: Pelo estudo do grupo, municípios que fizeram licitações obtiveram valores de outorga entre R$ 900 e R$ 2,5 mil por habitante, com média de R$ 1,7 mil. A proposta da Corsan/Aegea é menor, entre R$ 350 a R$ 500 por economia/hidrômetro.
Tarifa Média: Em Lajeado, a média é de R$ 13,29 por metro cúbico. Municípios que fizeram licitações conseguiram tarifas médias com descontos de 20%.
Fatura de água: Para um consumo de 10 m³, a conta em Lajeado é 301% maior do que em municípios como Lorena/SP. Exemplo: Em Lajeado, a fatura seria R$ 114,42, enquanto em Lorena seria R$ 37,96.
Arrecadação: Projeção de R$ 3,6 bilhões em 40 anos. Com a licitação, a economia estimada para os cidadãos seria de R$ 734,4 milhões e a receita adicional para o município seria de R$ 160,1 milhões. O Fórum defende que a licitação traria uma uma economia de R$ 894 milhões.
Romper o contrato:
• Procedimento administrativo complexo.
• Necessidade de indenização à Corsan por investimentos não amortizados (mais de R$ 200 milhões).
• Possível aumento nas tarifas devido à inclusão da indenização na nova licitação.
Esperar o fim do contrato em 2032:
• Atraso de 5 a 6 anos nos benefícios de proteção ambiental, saúde pública e infraestrutura.
• Necessidade de grandes investimentos em pouco tempo para cumprir o Marco Regulatório Nacional até 2032.
• O contrato atual seria cumprido, mas ele não prevê a universalização dos serviços, em especial os 90% de tratamento do esgoto.
Comparações com outras cidades:
• Comparações consideradas inadequadas devido ao contrato vigente em Lajeado.
• Municípios comparados não tinham contratos anteriores e fizeram novas concorrências.
Conforme Dallazen, há comparações e dados apresentados pelo Fórum das Entidades que estão “equivocados”. “São apresentados parâmetros comparativos com outras cidades de fora do estado, de quem fez licitação. São municípios que
não tinham nenhum contrato e fizeram uma nova concorrência. Aqui, existe contrato em vigor.” Pelo processo de leilão da Corsan, a Aegea pagou mais de R$ 4 bilhões ao governo gaúcho para compra dos serviços em vigor para 317 municípios gaúchos, relembra. Essa situação garante segurança
jurídica para a companhia. “Qualquer iniciativa de romper o contrato abriria um procedimento administrativo complexo. Estamos amparados pela lei e, em qualquer hipótese, a Corsan teria de ser indenizada devido a investimentos não amortizados.”
Esse pagamento pelo erário público passaria dos R$ 200 milhões. “Mesmo que coloque essa indenização na concorrência pública, para a futura vencedora pagar, evidentemente o valor da outorga e dos investimentos seriam menores”, frisa Dallazen e complementa: “aconteceria o contrário que diz a carta. Com a licitação é que teríamos aumento nas tarifas à população.”
O diretor da Aegea ainda destaca o cumprimento do Marco Regulatório Nacional. A lei estabelece que até 2032 o abastecimento de água precisa estar universalizado e o tratamento do esgoto disponível para 90% das moradias. “Todos os benefícios de proteção ao ambiente, de ganhos em saúde pública, de melhoria na infraestrutura do município teriam mais 5 ou 6 anos de atraso. Seria necessário um volume muito grande de investimentos e em pouco tempo para atender o marco nacional.”
Cinco anos depois, todas as famílias das vítimas do crime no Morro do União deixaram o local. Hoje, área abriga empreendimento avícola
felipeneitzke@grupoahora.net.br
Alocalidade de Arroio Abelha sofreu uma drástica transformação após o crime brutal em novembro de 2019. Um jovem atirou e matou três pessoas e feriu outras duas no salão comunitário de Morro do União. Ele também morreu durante confronto com a Brigada Militar.
Hoje, a pequena vila deu espaço a um empreendimento avícola. Todos as famílias deixaram o local e a propriedade foi vendida. O salão onde o grupo de moradores se reunia no dia da chacina agora é local de moradia.
Como forma de tentar superar o trauma, deixar o local foi a alternativa encontrada. A viúva de Imério Ferri se mudou para
Arroio do Meio. Já um dos sobreviventes da tragédia, Eldemar Krohn foi morar na área urbana de Sério, a mesma decisão da viúva de César Werruck.
O crime completa cinco anos neste dia 3 de novembro e a localidade nunca mais foi a mesma. “A área do antigo campo do União era do meu pai. Nós já não morávamos mais lá”, conta Carla Ferri, prima e sobrinha de vítimas da chacina. Ela vendeu há três anos a propriedade para um produtor rural. “O emocional dessas pessoas foi muito abalado, não havia mais clima para estarem ali. Hoje é um novo lugar, o comprador transformou o espaço.”
Além do salão que virou moradia, o traçado da estrada é outro. O gramado em frente ao local do crime virou lavoura. A casa de madeira onde Krohn residia ruiu. Em frente à casa em que moravam Imério e Odair Ferri, foram construídos dois aviários.
Odair Ferri, 38 Filho de Imério, morava com a mãe e com o pai em Arroio Abelha. Ajudava na administração da propriedade.
Imério Ferri, 66
Agricultor da localidade. Cultivava eucalipto, feijão e milho. Também hortaliças para abastecer o restaurante de duas filhas em Arroio do Meio.
A chacina aconteceu por volta das 16h, do domingo, 3 de novembro de 2019. Oito pessoas estavam no local. Três morreram na hora, dois foram socorridos, outros dois poupados pelo atirador e um conseguiu fugir enquanto Vanderlei Matthes (com 32 anos) tentava recarregar a pistola .380. O local era o ponto de encontro para a conversa após a semana de trabalho. Eles chegaram pouco depois das 14h.
filho
Os pais do atirador Vanderlei Matthes moram em localidade próxima. Até hoje, não entendem o que passou na cabeça do filho em atirar contra os frequentadores do salão, pessoas do convívio diário. Valdemiro - pai do atirador - também foi atingido por disparos. Perdeu parte dos movimentos do braço esquerdo e a sensibilidade nos dedos do pé. No peito, a cicatriz de um dos projéteis.
A menos de 100 metros do salão, morava Eldemar Krohn, 70. Ele era quem cuidava do bolicho, o ponto de encontro entre amigos aos fins de semana. Vendeu os seis hectares de terra e foi morar na área urbana de Sério. Do momento do ataque, recorda que estava indo buscar uma cerveja quando o atirador entrou no salão. “Sem falar nada disparou a arma. O pai dele gritou para ele parar e, nisso também foi atingido. Abaixei e só ouvia os tiros.” Quando Krohn acreditava ser a próxima vítima, Matthes falou para ele ir embora. Antes, pediu um abraço. No dia seguinte, quando retornou para casa, encontrou um projétil da troca de tiros com a polícia, que perfurou a parede, atingiu um bule de café e caiu sobre o fogão à lenha.
César Werruck, 46
Casado e pai de uma filha. Nascido e criado na localidade, era produtor de suínos de uma cooperativa regional. Para a comunidade, era uma pessoa sempre disposta a ajudar os vizinhos e também na organização de Arroio Abelha.
Em casa, os pais lembram do filho como uma pessoa dedicada ao trabalho. Segundo eles, não demonstrava agressividade. Era quieto e não gostava de sair. Dias antes ao crime trocou de moto. A mãe Lourdes sente pelas famílias e por não ter tido a oportunidade de se despedir.
Em 3 de novembro de 2019, um jovem entrou em um salão comunitário e disparou contra frequentadores. Três pessoas morreram. O atirador foi morto no confronto com a BM
Salão onde aconteceu a chacina é hoje uma moradia que faz parte de empreendimento avícola. Área foi comprada há três anos
Tinha 32 anos. Nasceu e se criou na localidade de Arroio Abelha. Conhecia todas as vítimas desde criança. Estudou na escola Humberto Corbelinni. Era uma pessoa reservada, de poucos amigos e sem nenhum relacionamento amoroso conhecido. Trabalhava com o pai na lavoura de tabaco. Juntos administravam a propriedade com produção de 25 mil pés de fumo. Nos fins de semana, costumava frequentar o mesmo bar onde cometeu os assassinatos. Os vizinhos viam ele como uma pessoa tranquila, de pouca conversa, mas amigável. A pistola .380 usada na chacina estava no nome do atirador. Ele havia comprado fazia cerca de um mês e tinha o direito de manter a arma em casa.
A área do antigo campo do União era do meu pai. Nós já não morávamos mais lá (...). O emocional dessas pessoas foi muito abalado, não havia mais clima para estarem ali.”
Entre 15h30min e 16h do domingo, 3 de novembro de 2019, oito homens estavam na antiga sede da associação União de Arroio Abelha. Eles jogavam canastra quando Vanderlei Matthes entrou no estabelecimento.
Ele sacou uma pistola .380 se dirigiu até a primeira mesa, onde estavam quatro pessoas. Ele chegou nas costas de César Werruck e disparou na nuca. A vítima caiu e levou mais seis tiros. Em seguida atirou no próprio pai, Valdemiro Matthes.
Sobreviventes contam que ele disparava para acertar. Em seguida, foram alvejados Imério e Odair Ferri (pai e filho).
No momento em que foi trocar o pente da pistola, Evandro Schmitz saiu de trás do balcão e conseguiu fugir pelo matagal. Eldemar Krohn e Erno Nelson Berghahn ficaram escondidos.
O atirador encontrou os homens e poupou a vida deles. Pediu para eles saírem e chamarem a Brigada Militar, pois ia “levar” um policial junto.
Após quase 30 minutos do início do atentado, os policiais chegaram ao local. Eram dois soldados, um desceu antes e o outro chegou com a viatura. Ele foi recebido a tiros. No confronto, Matthes foi morto. Nenhum policial se feriu.
Processo ficou parado mais de dois anos, após adiamento do leilão previsto para o segundo semestre de 2022.
Intenção do governo é de que a licitação seja aberta até o fim do primeiro trimestre de 2025
Etapa importante na concessão das rodovias estaduais, as consultas públicas serão retomadas neste mês na região. É o que projeta o governo do Estado, a partir do novo cronograma elaborado para o processo que envolve os trechos do bloco 2. A pesquisa deve durar 30 dias e vai incluir audiência para contribuir na discussão.
Em entrevista à Rádio A Hora 102,9 nessa quintafeira, o secretário estadual da Reconstrução, Pedro Capeluppi, destacou a importância da reabertura das discussões sobre o futuro das rodovias hoje administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Reforçou, ainda, a intenção de fazer o leilão ainda no segundo semestre de 2025. “Após a consulta, vamos concluir o processo de análise e regulamentação em até 90 dias. Nosso objetivo é iniciar o processo de licitação até o final do primeiro trimestre do próximo ano”, comentou.
A projeção é de que a empresa vencedora do leilão invista mais de R$ 6 bilhões nas rodovias do bloco 2, que compreende, além do Vale do Taquari, trechos localizados na região
a proposta e contribuírem. É isso que devemos fazer para que tenhamos o melhor projeto para a sociedade”, frisa.
Norte do RS. “Isso reflete nosso compromisso com a infraestrutura e as demandas da comunidade”.
Serão concedidas quatro rodovias que cruzam o Vale do Taquari: as ERSs 128, 129 e 130 e a RSC-453. Líderes regionais lutam também para incluir a ERS-332 (Encantado-Soledade) no pacote de concessões. A etapa da consulta é um ponto importante dentro do processo, para a presidente do Codevat, Cintia Agostini. “Nós estávamos monitorando essa temática. É agora que nossa organização e as nossas entidades precisam estar atentas. E, já de pronto, avaliarem
Um dos pontos centrais da discussão do Estado com autoridades locais também é sobre a reestruturação do modelo free flow (cobrança automática).
A ideia é a implementação do sistema para possibilitar tarifas mais justas aos usuários.
A colocação de pórticos também será analisada como parte dessa abordagem. “Tentamos considerar todas as demandas da região. As lideranças podem ficar tranquilas de que as discussões terão a participação de todos, via conselho de usuários”, observa Capeluppi.
Antes da inundação, o número
previsto de pórticos para a cobrança era entre 15 a 17 estruturas. O entendimento do Estado é que quanto mais locais de cobrança, mais possível diluir a tarifa. O valor pago pelo condutor também deve mudar em relação ao que foi projetado inicialmente.
Visitas técnicas
Técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição responsável pela modelagem do contrato, fazem as últimas visitas técnicas para elaboração do diagnóstico. Segundo Capeluppi, eles também avaliam as rodovias do Vale do Taquari.
“Será uma última vistoria às rodovias após as inundações, para ver o que é preciso considerar em investimentos em resiliência. São pontos fundamentais para termos um modelo mais maduro na audiência pública”.
Etapas do plano de concessões
CONSULTAS PÚBLICAS
Após o término dos estudos, uma primeira versão será apresentada à comunidade. Os encontros estão previstos para começarem neste mês
MODELO DE EDITAL
Após coletar e analisar os pedidos da população e de representantes regionais, a Secretaria da Reconstrução estabelece o modelo final do edital.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
O texto final ainda passa por uma segunda rodada de participação social. Momento em que está prevista apresentação das obras prioritárias, prazos e tarifas.
LANÇAMENTO DO EDITAL E LEILÃO
Com os parâmetros estabelecidos, a concessão vai a leilão.
ASSINATURA DO CONTRATO E SUBSTITUIÇÃO DA EGR
Homologação do processo de concorrência e a definição da nova responsável pelas rodovias do bloco 2. Caso tudo esteja dentro das normas jurídicas, a assinatura do contrato ocorreria nos primeiros três meses de 2026.
Tentamos considerar todas as demandas da região. As lideranças podem car tranquilas de que as discussões terão a participação de todos. Temos compromisso com a infraestrutura e as demandas da comunidade.”
PEDRO CAPELUPPI SECRETÁRIO ESTADUAL DE RECONSTRUÇÃO
Ao todo, serão destinados R$ 7 milhões, repartidos entre cinco instituições de saúde. Lajeado terá recursos para o Hospital Bruno Born e para a Fundef
ASecretaria da Saúde do RS anunciou nessa quinta-feira, 31, um investimento de R$ 7 milhões em hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite e pela secretária da Saúde, Arita Bergmann em evento no Palácio Piratini.
Os recursos fazem parte do programa Avançar Mais, que, na área da saúde, tem um de seus focos na qualificação da rede hospitalar. Serão contemplados cinco hospitais nos municípios de Bom Retiro do Sul, Estrela, Lajeado
e Venâncio Aires, com obras de reforma e ampliação e compra de equipamentos.
Em nível estadual, foram anunciados R$ 128,7 milhões para 52 hospitais, em 48 municípios. Com o valor confirmado, o governo
do Estado atingiu a marca de R$ 952,1 milhões investidos na rede de saúde gaúcha desde o início do programa Avançar, em 2021.
“Cada vez que vamos ao interior e que visitamos algum desses hospitais, percebemos como os
recursos estão fazendo a diferença na vida das pessoas. Essas instituições cumprem um papel importante de retaguarda, evitando que a população precise seguir para procedimentos de maior complexidade”, pontua Arita.
Principais aportes
O Hospital São Mártir, de Venâncio Aires, foi contemplado com R$ 2,6 milhões. Os valores irão para adequações da lavanderia, do serviço de nutrição e da unidade de saúde mental. Já em Lajeado, os investimentos serão para duas instituições. O Hospital Bruno Born receberá R$ 575 mil voltados para a aquisição de equipamentos para realizar exames na área da oncologia.
Outros R$ 2,1 milhões serão destinados para a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio Faciais e Reabilitação Auditiva (Fundef), visando à compra de equipamentos e mobiliários para o ambulatório de fissuras labiopalatinas e reabilitação auditiva.
Veja para onde vai os recursos do Estado na região:
BOM RETIRO DO SUL
Hospital de Caridade Sant’Ana R$ 375 mil Torre de videocirurgia
ESTRELA
Hospital Estrela R$ 1,2 milhão Tomógrafo
LAJEADO
Hospital Bruno Born R$ 757 mil
Equipamentos para exames de mucosectomia (oncologia): colonoscópio e endoscópios
Ambulatório da Fundef
R$ 2,1 milhões
Equipamentos e mobiliários: cadeiras odontológicas, cabine audiométrica, raio-x panorâmico, scanner intraoral, entre outros
VENÂNCIO AIRES
Hospital São Sebastião Mártir
R$ 2,6 milhões
Adequação da lavanderia, do serviço de nutrição e da unidade de saúde mental
Inundações foram causadas por um fenômeno climático destrutivo conhecido como Dana. Região de Valência, uma das mais populosas do país, é a mais afetada pelas cheias
ESPANHA
Aforça das correntes de água e a intensidade dos ventos surpreenderam os espanhóis nesta semana. As inundações que devastaram diversas regiões da Espanha deixaram ao menos 205 mortes, de acordo com um comunicado oficial do governo local, emitido nesta sexta-feira, 1. Localizada na costa leste, a cidade de Valência, uma das mais populosas do país, foi a mais afetada. Segundo as autoridades espanholas, o número de mortos deve aumentar, pois há dezenas de desaparecidos. A tempestade começou na terça-feira, 29, provocada por uma frente fria e agravada pelo aumento da temperatura do Mar Mediterrâneo, de acordo com meteorologistas. O fenômeno climático, conhecido como Danasigla em espanhol para Depressão
Inundações na Espanha remetem tragédia de maio no Vale do Taquari. Alertas imprecisos estão entre os pontos semelhantes diante do cenário de catástrofe climática
Isolada de Alta Altitude - transformou ruas de vilarejos em rios, arrastou carros, interrompeu estradas e linhas ferroviárias.
“As pessoas sabiam que ia ter uma tormenta, mas não imagi-
naram que seria tão grande por não ter uma referência. Antes não tinha acontecido nada parecido”, conta Guilherme Zagonel, artista de Lajeado que vive na Espanha. “Na autovia, uma espécie de free-
way, que passa ao lado de um rio desviado, muita gente passou toda noite em cima dos carros. Tiveram que esperar o dia amanhecer para serem resgatados”.
Municípios vizinhos, como
Turís e Utiel, registraram índices pluviométricos equivalentes ao esperado para o ano inteiro. Em Paiporta, cidade conurbada com Valência, a prefeita afirmou que o município está “incomunicável” e pode ter “dezenas” de vítimas. Castilla-La Mancha e Andaluzia também sofreram com a catástrofe climática, considerada a pior do século no país europeu. Dezenas de pessoas seguem desaparecidas. Chefe do governo, Pedro Sánchez voltou a pedir, em rede nacional, que a população não saia de casa até que as tempestades cessem. Durante a quinta, ele visitou as regiões mais afetadas.
A tragédia espanhola se assemelha, em alguns pontos, com as catástrofes do Vale do Taquari. A exemplo, estradas desabaram em algumas áreas, impossibilitando o acesso. As inundações também afetaram a cadeia de abastecimento de suprimentos, sendo que água potável engarrafada e alimentos estavam acabando em alguns lugares.
Em uma comparação impactante, imagens de satélite mostram o antes e depois das enchentes na Espanha e na grande Porto Alegre, em maio deste ano. Conforme a Metsul Meteorologia, em termos de densidade populacional, duração, tipo de inundação e características hidrológicas, a situação no RS foi ainda mais grave.
LOGÍSTICA
Estrutura foi adequada às cheias e está em fase nal de construção
Estrutura está em fase final de construção e entrega está prevista para dezembro. Cronograma precisou ser adequado em função das cheias que atingiram a região
ESTRELA
Avança mais uma parte das obras de construção da nova ponte entre os bairros Boa União e São José. A instalação das vigas de concreto, para sustentação da estrutura, iniciou nessa quinta-feira, 31. Após adequações no projeto e estudos hidrológicos sobre o Arroio Boa Vista, a entrega da estrutura está prevista para o dia 15 de dezembro. O içamento dos materiais de concreto ocorre com apoio de caminhões de elevação de carga. Ao todo, são nove vigas para quatro pilares, que são colocadas em meio a estrutura já montada sobre o Arroio Boa Vista.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis), Andressa Traesel, após a finalização desta etapa, a construção da estrutura chega à fase final. “A partir de
agora começa a ser trabalhado o restante da estrutura. Até a metade de novembro iniciam os aterros laterais”, comenta.
A partir da liberação do fluxo entre as duas localidades, ciclistas e pedestres também poderão utilizar a travessia. As intervenções iniciaram em abril de 2023, com a retirada da antiga ponte e bloqueio no acesso à via. O investimento na nova ponte é superior a R$ 8 milhões.
Além de avaliar a estrutura da ponte sobre o Arroio Boa Vista, também foi necessário adaptar o projeto aos cálculos na última inundação e fazer a análise do solo nas proximidades, visto que a obra ficou completamente submersa.
Os projetos iniciais foram elaborados com base nas cotas dos últimos 100 anos. Após a cheia de setembro, foi ajustado para 31
metros de altura. No entanto, foi novamente adequado para uma cota de 23 metros, porém com uma estrutura mais robusta para suportar a força da água. A alteração foi feita para garantir a vazão do Arroio Boa Vista.
A travessia terá passagem para pedestres e ciclistas, uma vez que será o ponto inicial da ciclovia intermunicipal, que vai até Imigrante. São duas faixas com largura de 3,5 metros, com uma barreira rígida para proteção dos automóveis, pista específica para ciclistas com largura de 3 metros e calçada de passeio com 1,2 metro.
A ordem de início das obras foi assinada no mês de julho de 2023 e a inauguração da nova estrutura estava prevista para março de 2024. A ponte antiga, feita em ferro e madeira, tinha cerca de 70 anos. Com apenas uma pista, tinha capacidade limitada para a passagem de veículos, especialmente os de maior porte. O investimento total é superior aos R$ 7 milhões.
Serviços podem sofrer alterações por conta do feriado deste sábado
Neste sábado, 2, supermercados, serviços de atendimento e entretenimento e linhas de ônibus podem ter horários alterados
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
O feriado de Finados é celebrado nesta quinta-feira, 2, e altera o horário de atendimento de diversos serviços da região. Serviços de atendimento, entretenimento e mercados têm horários alterados. Por cair no fim de semana, escolas e repartições públicas já não teriam atendimento.
Na área da saúde, em caso de necessidade de auxílio médico, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lajeado ou o Pronto Atendimento Ambulatorial Pro Vale (P.A.+) deverão ser procurados. Outras unidades de Pronto Atendimento e hospitais do Vale atendem normalmente.
Segundo a empresa Expresso Azul, os horários de ônibus urbanos estão todos suspen-
sos durante o feriado. Apenas funcionam algumas linhas intermunicipais, como entre Lajeado e Porto Alegre. Os itinerários podem ser verificados no telefone da concessionária (51) 3710-1011.
A praça de alimentação do Shopping Lajeado funciona em horário de domingo, das 11h às 22h, e as lojas das 13h às 19h neste sábado. Jardim Botânico e Parque Histórico Municipal abrem em horário habitual.
Em Lajeado, as lojas da rede Imec atendem em horário normal, das 7h30 às 21h. No sábado, o Desco terá horário estendido, das 7h às 22h. O Passarela, instalado no Shopping, recebe clientes das 8h às 20h. No Prass Super e Atacado, o atendimento é das 8h às 20h, sem fechar ao meio-dia.
A Rede Super atende normalmente, das 8h às 21h, na BR-386. A sede de Encantado do mercado Dália atende em horário normal, já a de Arroio do Meio estará aberta das 8h ao meio-dia.
As duas unidades do Atacadão, em Lajeado e Estrela, trabalham em horário normal das 8h às 21h. O STR tem todas as unidades fechadas neste feriado.
CARLOS MARTINI Administrador
Ás vezes me dá a impressão que a CCR-Viasul foi meio otimista na abertura de várias frentes de trabalho simultâneas ao longo da concessão da BR-386.
Talvez para cumprir prazos e obras pré-estabelecidos no contrato com o DNIT/ANTT até antecipadamente, e sei lá, mostrar serviço como se diz no popular. Começou muito bem, agora parece que embolou o meio de campo e complicou mais ainda com as recentes interpéries, não previstas em contrato. Como diz o meu Cumpádi Belarmino: parece
que virou tipo um nó cego, difícil de desatar.
Tá levando chumbo e é natural que isso ocorra, quem tá sofrendo na pele tem mais é que chiar mesmo. Mas não custa conferir obras muito importantes, algumas esperadas há décadas, que estão sendo finalizadas, tipo o recém inaugurado viaduto de conexão entre a BR-386 e o novo acesso à Rota do Sol, outro viaduto importante lá em Tabaí, mais uma dúzia de obras de arte em andamento, preparação de leito para duplicação da subida serra, e agora já iniciando as obras das terceiras
Com todo esse tradicional pepinódromo logístico, agora severamente ampliado pelas recentes enchentes, na minha modesta avaliação muitas obras poderiam ser agilizadas através de um mecanismo fiscal relativamente simples.
O ressarcimento de parte do investimento necessário, a ser realizado por empresas privadas, com a compensação de redução proporcional em parcelas futuras do ICMS e outros tributos.
Se não tem amparo legal, essa é uma boa hora de criar.
vias nas travessias norte e sul do eixo ¨Lajestre¨, que também não é pouca banha.
Não sou muito entendido no assunto e só tenho procuração registrada em cartório prá falar em nome próprio, mas olhando pelo retrovisor (e dando uma de profeta do passado...), creio que devia ter concentrado esforços em etapas e focado em trechos específicos, um de cada vez, a começar pela terceira pista/novos acessos e saídas nesses problemáticos cinco quilômetros na travessia e várzeas do rio Taquari, entre Lajeado e Estrela.
Pelo jeito isso voltou a entrar na moda lá pelas bandas do Planalto Central: o lançamento de balões de ensaio e pseudo-notícias.
Na divulgação pra teste ou consumo sai assim a manchete, com o verbo pouco muito afirmativo: pensamos, avaliamos, estudamos, projetamos, entre outros ¨amos¨ em geral.
Em muitos casos é prá sentir as possíveis reações e medir a temperatura, sem se comprometer muito a princípio.
Em outros é prá aproveitar a divulgação propagandeada, afinal muitos neófitos vão confundir esses ânimos como se já fossem fatos concretos.
Faz parte...
Comentário ouvido numa cancha de bochas: se o Príncipe Encantado inventasse hoje em dia de
dar um beijo na Bela Adormecida pra despertá-la do sono profundo induzido pela maçã enfeitiçada
pela bruxa, capaz de depois ser processado por assédio sexual. Melhor nem se meter...
MARCOS FRANK
Médico Neurocirurgião
“Se quiseres poder suportar a vida, ca pronto para aceitar a morte.”
Sigmund Freud
Nesse recém findado dia onde celebramos a memória de nossos mortos, convém parar para pensar um pouco. Se existe uma única certeza nesse mundo e a de que um dia partiremos.
O que vira depois e uma grande incerteza,com as religiões dando diferentes caminhos mas sempre nos dizendo: há algo depois! Essa incerteza sempre assustou a humanidade e fez com que criássemos rituais, alguns respeitosos,outros tristes e até alguns alegres e divertidos. Lembro ainda com espanto da alegre festa que os mexicanos fazem no dia de “los muertos”,sua tradicional celebração para os finados.
As cidades ficam repletas de alegres caveiras,pois segundo a tradição indígena local esse e o dia em que os mortos vem visitar seus parentes. E essa visita é motivo de alegria, razão pela qual se faz festa e comidas especiais.
A igreja católica teve ter olhado com o nariz torcido para essa festa, mas o máximo que conseguiu foi traze-lá para a data oficial do catolicismo.
Por lá a visão católica de céu e inferno não colou, visto que o destino não estava ligado a uma vida mais ou menos virtuosa, mas sim ao tipo de morte de cada um, com um obvio lugar especial aos que morriam nos campos de batalha e o pior local para os que pereciam de morte natural.
No Brasil predominantemente católico temos o dia dos finados. Trata-se de uma antiga tradição que remonta ao século V, quando a igreja instituiu um dia para rezar pelos mortos dos quais ninguém se lembrava ou ninguém rezava, era o dia de todos os mortos.
Apenas por volta do ano 1000 que a data dessa celebração passou a ser o dia dois de novembro ,um dia depois do dia de todos os santos.
Essas datas ajudam a explicar uma festa tradicional nos países de língua inglesa e que aos poucos chega até nos, o Halloween.
Fica mais fácil entendemos essa festa se formos até a origem da palavra inglesa “All-hallow-even”, a noite de véspera do dia de todos os santos,ou seja a noite de 31 de outubro.
Embora hoje seja chamado de dia das bruxas o termo e uma imprecisão histórica pois jamais se quis homenagear essas temíveis criaturas.
A data na verdade é uma mescla do festival celta de fim do verão, o Samhain onde entre outras coisas também havia a festa dos mortos.
Acredita-se que os disfarces do Halloween nasceram na França, nos tempos pós peste bubônica, onde havia uma multidão de mortos para homenagear. Algumas dessas homenagens ficaram conhecidas como danças da morte e eram executadas com disfarces onde a própria morte vinha lembrar a todos de nossa finitude.
LIVRE PENSAR
Reunião de conselho:
Tudo certo! Mas nada resolvido...
Neto pro nôno:
- Vô, o senhor e a vó ainda praticam esporte?
- Sim, cada um na sua especialidade!
- Qual é a sua?
- Corrida de 50 metros com obstáculos.
- E a da vó?
- Arremesso de rolo de polenta à distância...
Já a aparentemente inocente pedida de uma gostosura ou uma travessura remonta do tempo em que os católicos eram perseguidos pelos protestantes ingleses. Houve uma tentativa dos católicos de matar o rei protestante que foi descoberta em 1605 e após a execução dos acusados houve uma grande festa que passou a ser repetida anualmente e perdura até hoje. Nesse dia muitos protestantes vestiam máscaras e visitavam a casa dos católicos pedindo por comida e cerveja e lhes diziam: “trick or treat”, travessura ou gostosura!
Como se vê a antiga festa dos druidas acabou por caminhos tortos se tornando a festa das bruxas. E o único elo em comum de todas as tradições que resultou no Halloween continua apenas a ser a morte. A mesma morte que reverenciamos, tristes e aterrorizados nesse dia dois de novembro.
www.coquetel.com.br
Ligação
Muito pequeno (pop.)
Parte de trás do pescoço
Necessidade frequente da bateria
Conjunto como o MPB-4
Produto perolado usado em joias
Perigo do mar agitado
Câmera, em inglês (abrev.)
Problema dental Modelador de cabelos
EstadoMaior do Exército (sigla)
Zona (?), área mais oleosa do rosto
Código que identifica sites brasileiros
Símbolo de autoridade sacerdotal
1.550, em números romanos (?)-amado: amargurado
Siri (?), prato Festa duradoura
Animal morto na arena espanhola
Campeão da Libertadores 2018
Causa comum de queda de aviões
Aquela que comete crime de assédio
Cor básica da impressora
Berço da era disco
Profissionais que fazem cartazes de rua
Árvore de crescimento rápido Capitular
"Mata", em "caatinga" Pintor de "Olympia" Museu do Rio (sigla)
Barco da elite
Parte do sapato Necessidade da criança
Primeira vértebra Torto; arqueado
Sucessor do disco de vinil
Peça que compõe o "tailleur"
Aqueles que são julgados em tribunal (?) culpa, reconhecimento de erro
Quociente de Inteligência (sigla)
Banda inglesa que gravou "Radio Ga Ga"
3/caa — cam. 5/atlas — ciano — queen. 7/inicial. 9/covalente.
ÁRIES: Aproveite as próximas quatro semanas para encontrar respostas íntimas e existenciais e desenhe planos para o futuro.
TOURO: A fase será positiva para ampliar conexões em outro ambiente. Cumplicidade no amor!
GÊMEOS: Aproveite as próximas quatro semanas para aumentar a produção e consolidar a carreira com novos projetos.
CÂNCER: Conexões com estrangeiros, autoridades e mestres estarão abertas, invista no seu desenvolvimento.
LEÃO: Fortaleça a autoestima e as bases afetivas. A Lua Nova inaugurará uma fase mais gostosa na vida familiar.
VIRGEM: Firme acordos e promova a união familiar. Reencontros especiais e oportunidades na carreira à vista!
Alimento em que o leite é substituído por maisena
Matérias de revistas de turismo
Visitante de outro mundo
LIBRA: Conte com melhores resultados financeiros. A Lua Nova iluminará caminhos de maior estabilidade material e afetiva.
ESCORPIÃO: Um novo ciclo de vida começará para valer com Lua Nova em seu signo, o que trará autoestima, vitalidade e segurança nas escolhas.
SAGITÁRIO: Finalize um longo ciclo e supere mágoas passadas. Decisões de moradia ou de mudanças eliminarão velhas angústias.
CAPRICÓRNIO: Aproveite as próximas quatro semanas para se associar ou firmar amizades em outro ambiente.
AQUÁRIO: Espere por sucesso dos empreendimentos e conquistas pessoais relevantes nas próximas quatro semanas.
PEIXES: Conte com maior autoconfiança, fé e apoios poderosos. A Lua Nova trará otimismo e cenário positivo para o futuro.
Jogos iniciam às 9h45min e são válidos apenas pela segunda divisão
Oferiadão será de jogos apenas no Clube Sete de Setembro. A Copa Sete/C2B de Minifutebol conhece os classificados para as semifinais nas série Ouro e Prata, a partir das 9h45min. Na Ouro, o Lendas enfrenta o Copeiros necessitando apenas de um empate para terminar com a melhor campanha da fase classificatória. O destaque da rodada fica para o confronto direto entre Afusi e Smoke. Quem vencer se classifica para semifinal. O empate favorece a Afusi, pois está em quarto lugar com quatro pontos, enquanto que o Smoke é o quinto colocado com três.
Na Série Prata, todos os quatro times classificados para semifinal já estão definidos. O que está em jogo é apenas as colocações e vantagens para semifinal. Kanxeiros e Coringa já estão classificados e disputam nesta rodada para ver quem fica com a primeira colocação. Já o Brothers pode terminar em terceiro caso vença o já eliminado Kitufo.
Em razão do feriadão, CTC e Soges não terão rodada neste sábado.
Segunda divisão 9h45min
Copeiros x Lendas (Série Ouro) 11h
Kanxeiros x Coringa (Série Prata) 12h10min
Smoke x Afusi (Série Ouro) 13h20min
Brothers x Kitufo (Série Prata) 14h30min
Dinamite x Lesionados (Série Prata)
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
ORegional Aslivata entra na fase decisiva. Neste domingo ocorrem os jogos de ida das semifinais da Série A. Os duelos ocorrem em Guaporé e em Taquari. Aspirantes jogam às 14h e os titulares às 16h.
Taquariense e Tiradentes se enfrentam pela terceira vez na temporada. Nos outros jogos, duas vitórias do Tiradentes por 2 a 1. Para o jogo, o time de Taquari tem todos os jogadores a disposição. Já o Tiradentes não conta com três titular. Nathan Soares, está no futsal alemão, Sebastian e Falcão, estão suspensos. Na outra partida, em Guaporé, o Juventude recebe o Canabarrense. Único campeão entre os quatro semifinalistas, o time de Teutônia chega invicto nessa fase. Já o Juventude vem embalado após eliminar o Serrano, atual vice-campeão. Na fase classificatória os times se enfrentaram em Guaporé, na abertura da competição, e ficaram no 0 a 0.
Pela categoria aspirante, em Guaporé, o Juventude recebe o Estudiantes. Os times se enfrentaram na fase classificatória. No dia 15 de setembro, na Serra Gaúcha, o time visitante venceu por 2 a 0. No outro jogo, o 7 de Setembro, de Capitão, encara o 11 Unidos, de Venâncio Aires, ambos chegam pela primeira vez em uma semifinal de Regional na categoria.
O Grupo A Hora transmite em live na página do Youtube do
Jogos ocorrem em Taquari e Guaporé com transmissão do Grupo A Hora
A Hora Esportes e no facebook do Grupo A Hora, os dois jogos aspirantes e titular. No dial 102,9 FM a partida transmitida será entre Taquariense e Tiradentes. O Concentração inicia às 14h e a jornada abre às 15h40min.
Em Venâncio Aires teremos dois jogos. Em Santa Emília, o atual campeão São Luiz necessita vencer o Flamengo para chegar novamente a semifinal. Como o jogo de ida terminou empatado, uma nova igualdade leva a decisão aos pênaltis. Já em Linha Grão Pará, a Assespe está na mesma situação do rival São Luiz, precisa ganhar do União Estrela, pois no confronto de ida, as equipes empataram.
Em Encantado e Cruzeiro do Sul, Serrano e Canarinho estão a um empate da semifinal. Já União e Penharol necessitam vencer no tempo normal para forçar a decisão da vaga aos pênaltis.
Os jogos desse domingo começam a encaminhar os classificados para final na Série A
Titular – semifinal/jogo de ida
Taquari – Taquariense x Tiradentes
Guaporé – Juventude x Canabarrense
Aspirante – semifinal/jogo de ida
Taquari – 7 de Setembro x 11 unidos
Guaporé – Juventude x Estudiantes
Veterano – Quartas de final/ jogo
Venâncio Aires – São Luiz x Flamengo
Venâncio Aires – Assespe x União Estrela
Encantado – Serrano x União Guaporé
Cruzeiro do Sul – Canarinho x Penharol
Copa Vale do Boa Vista – última rodada Brochier – Juventude x Atlético Gaúcho
Imigrante – Riograndense x Juventude Teutônia
Na categoria titular todos os classificados estão definidos. O que resta saber são apenas os cruzamentos das quartas de final. Já no aspirante, o Juventude, de Brochier precisa apenas de um empate contra o Atlético Gaúcho para confirmar a classificação para semifinal. Caso perca, estará eliminado.
Classificação:
Titular: Juventude Teutônia (16 pontos), Juventude Brochier (13), 11 Amigos (12), Riograndense (9) e Atlético Gaúcho (3);
Aspirante: Riograndense (15 pontos), Atlético Gaúcho (14), Juventude Teutônia (12), 11 Amigos e Juventude Brochier (4).
Maior competição da região e uma das maiores do estado, evento chega às finais neste fim de semana
Maior competição da região e uma das maiores do estado, o Lajeado Open ITF M25 chega às finais neste fim de semana. Entre o sábado e o domingo serão definidos os campeões dos torneios de simples e duplas. Evento dedicado às mulheres, o “Ladies Day” também é atração no sábado.
Evento criado em 2022, o Lajeado Open chega à terceira edição consolidado e com avanços no nível técnico dos atletas e também na estrutura. Eventos para as crianças, para as mulheres e também integrações com patrocinadores e o “Sunset” ao fim da tarde foram realizados pela organização.
A crescente do nível técnico foi evidente. Campeão na primeira edição, o gaúcho Eduardo Ribeiro foi eliminado na primeira rodada da atual competição. O mesmo aconteceu com o atual vice-campeão, Wilson Leite. Até às quartas de final, que foram disputadas na sexta-feira, 1º, quem despontavam eram os tenistas argentinos. Dos oito
atletas que lutavam para chegar à semifinal, quatro eram “hermanos”. Nas chuvas de duplas, três das quatro duplas semifinalistas também eram formadas por argentinos.
“O torneio está melhor a cada ano. Está com várias atividades extras, Kids Day, Sunset, Ladies Day, momentos para os tenistas mas também para os sócios e os patrocinadores. Quanto ao nível técnico, notamos uma melhora no nível dos jogos, isso faz com que os tenistas que aqui estão queiram voltar, assim como outros que não vieram passam a olhar para Lajeado como uma boa oportunidade de evoluir no tênis”, destaca o coordenador da competição, Ney Arruda Filho.
Aos 17 anos, o lajeadense Bernardo Born foi o único representante da região participando
do Lajeado Open. Ele disputou o torneio qualificatório, mas não conseguiu chegar na chave principal. Iniciando a jornada no tênis, ele valoriza o momento. “É um momento especial da minha carreira estar vivenciado este ambiente, participando de uma partida oficial, mas também fazer trocas com os tenistas que aqui estão e até os ajudar nos treinos”, diz.
Caminho muito utilizado por jovens tenistas, Bernardo irá ainda no fim do ano participar de competições nos Estados Unidos, país onde a partir de 2026 pretende estudar e seguir carreira no esporte.
O Lajeado Open premia os tenistas com 25 mil dólares. O campeão leva $ 3.600, enquanto que o vice-campeão fatura $ 2.120. Para as duplas a premiação é de $ 1.550 aos campeões e $ 900 aos vice-campeões.
por Raica Franz Weiss
Natural de Lajeado, Paulo Roberto Bagatini participava do Audax 1200, na Austrália. Ele era o único ciclista do Brasil inscrito na prova, uma das mais desafiadoras do ciclismo mundial. Eram 1,2 mil quilômetros pelo interior da Austrália, em menos de quatro dias.
Considerada uma prova de resistência, os participantes enfrentavam um trajeto em que as temperaturas variavam entre os 2ºC e os 30ºC. Na época, Paulo tinha 30 anos. Com ele, participavam ciclistas dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Bélgica e Austrália, eram 19 homens e uma mulher. Para se classificar para
o Audax, Bagatini teve que disputar quatro Brevets. Foram 200 km em Porto Alegre, 300 km em Caxias do Sul, 400 km em São Paulo e 600 km, também em São Paulo. Na Austrália, antes do Audax, ele pedalou 1,5 mil km entre Sydney e o ponto de partida da prova, em Anglesa. O brasileiro era conhecido como “Brazilian Yeti”.
A estrelense Francine dos Santos Horn participava da final do concurso Miss Rio Grande do Sul, em Gramado. Ela concorria com outras 62 candidatas pelo título. Na época, era estudante de Publicidade e Propaganda na Univates e representava o município de Estrela, onde tinha sido coroada Miss Estrela em maio. Como Miss RS de 2005, foi coroada Eunice Vieira Pratti, de Pelotas.
O tradicional Baile do Comerciário, promovido pela CDL Lajeado, ocorria no Clube Sete de Setembro. Entre as ações da noite, havia distribuição de prêmios e indicação da Balonista do Ano, concurso realizado por meio da opinião pública. A população votava nas balconistas dos estabelecimentos comerciais de acordo com o atendimento e a simpatia. O título de 1974 ficou com Ilse Koefer, funcionária da Casa Americana. Em 1973, a vencedora foi Cristina Volken. Outras candidatas eram Marlize Schwertner, das Lojas Hexsel, Cristina Wolschick, da Calçados Heemann, Clarice Gerhardt, da Casa Americana, Tânia Feldens, da Loja Rainha, Julieta Dhein da Loja Hüffner, Lourdes Appel, da Ótica Otto e Angela Eckert, da Loja Hüffner.
é Domingo é
Finados
Dia dos Mortos
Dia Nacional do Quilo
Dia da Instituição do Direito de Voto da Mulher
Dia do Cliché
1º dia de prova do Enem
Jornalista
Oimpasse entre Lajeado, Corsan/Aegea e o Fórum das Entidades não é político, é inteiramente técnico e jurídico. E o movimento do grupo de associações lajeadenses em questionar o eminente acordo é muito importante e louvável.
O governo de Lajeado negocia com a Corsan/Aegea um aditivo ao contrato sobre o fornecimento de água e tratamento de esgoto. O Fórum das Entidades não aprova os termos e teme mais um período de poucos investimentos
na estrutura do município.
O diretor da Aegea, Fabiano Dallazen, classifica como “equivocados” os argumentos dos líderes de Lajeado. O gestor acena com o contrato válido até 2033 e avisa que um rompimento acarretaria em uma indenização de R$ 200 milhões aos cofres públicos. Por sua vez, o Fórum das Entidades discorda e se vale do mesmo contrato para questionar benfeitorias não feitas no município.
Entramos aqui numa barreira que só se supera, na prática, com
Domingo das eleições, este colunista indaga o governador Eduardo Leite da seguinte forma enquanto ele se dirigia ao local de votação em Pelotas: “Daqui a dois anos o senhor voltará aqui votar como candidato?”. Para quem conhece jornalismo, há a resposta e o que se entende dela, as entrelinhas. Leite respondeu em tom de indefinição, disse que o momento é de buscar a reconstrução do Rio Grande do Sul. O tom de voz, o olhar e a firmeza não são os mesmos do que na oportunidade em que ele
delegou o cargo ao vice, o Delegado Ranolfo para disputar dentro do partido o espaço para concorrer à presidência.
Sem possibilidade de nova candidatura ao governo estadual, Leite pode e, acredito que assim será, ficar fora do próximo pleito enquanto candidato. Até mesmo em Pelotas, Leite não conseguiu emplacar seu candidato, Fernando Estima, para o segundo turno. Aliás, ela tem tudo para integrar o governo estadual e, provavelmente, na área de educação.
ROGÉRIO WINK
Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9
um cálculo que considere o tempo de contrato a ser cumprido e os investimentos consolidados. Não se vislumbra muitas saídas ao governo a não ser assinar o tal aditivo e assegurar o fornecimento de água durante os próximos anos. Agora, todo e qualquer movimento pelo Fórum das Entidades é compreensível, legítimo e necessário pela relevância do tema e impacto imediato para todos de Lajeado. A decisão será sempre do gestor público. Mas as entidades precisam ser ouvidas.
- Em Lajeado, caso o vereador Luis Benoitt seja escolhido (e aceite) integrar o secretariado de Gláucia Schumacher, o primeiro suplente do partido é Professor Ramatis, que somou 579 votos, 14 a mais do que Jair Hemming, que recebeu 564 votos e ficou na segunda suplência do partido. Sobre Benoit, a especulação é que ele possa assumir a secretaria do Meio Ambiente ou até de Obras.
- O Estado retoma em novembro o debate sobre o modelo de concessões de rodovias, aquela discussão mesmo que gerou polêmica no ano passado, antes das enchentes. Os prefeitos e demais líderes do Vale precisam se organizar quanto a isso. Na outra oportunidade, o governo articulou de forma paralela com cada microrregião, de forma habilidosa. É uma oportunidade para a mobilização regional se fazer valer.
- Quem final de ano vive o prefeito de Encantado, Jonas Calvi. Reeleito com uma vitória esmagadora, prestes da cidade que ele comanda inaugurar o complexo do Cristo Protetor, o Boulevard e outros projetos. E tem o reforço que ele tanto enfatizou na campanha, um vice-prefeito. Baixinho Orsolin do MDB será este “braço direito” de Calvi no governo de 2025-2028 nos holofotes e nos bastidores.
Desapego no mundo empresarial é um desafio enfrentado por muitos empreendedores, especialmente aqueles que construíram suas empresas do zero. Esses negócios crescem, se tornam bem-sucedidos e, muitas vezes, carregam consigo o peso da história, das conquistas do fundador, onde “cpf e cnpj “muitas vezes se fundem. No entanto, o mercado muda, os clientes evoluem e as tecnologias transformam a forma como os negócios são feitos. Nesse cenário, chega o momento de reavaliar o futuro da empresa e tomar decisões. Para muitas empresas, o grande obstáculo nessa transição é o apego. Apego às origens, à história, ao peso exagerado do ego. Quando o empreendedor criou o negócio, ele não só fundou uma empresa, mas também construiu uma parte importante de sua identidade. O negócio abriu portas, trouxe visibilidade e prestígio. No entanto, manter-se amarrado às tradições pode impedir o crescimento e a adaptação do negócio às novas realidades do mercado. O ego, por sua vez, desempenha um papel central nesse processo. Muitos empreendedores acreditam que ninguém mais pode gerir a empresa tão bem quanto eles próprios. Essa sensação de indispensabilidade é compreensível, mas pode ser perigosa. O apego ao controle impede que a empresa se renove. Em alguns casos, o empreendedor prefere ver o negócio estagnar, ao invés de renunciar ao controle. No entanto, desapegar não significa abandonar o legado ou ignorar o trabalho árduo de anos. Pelo contrário, o desapego é um ato de responsabilidade. Quando o fundador permite que novas lideranças assumam, ele está direcionando que a empresa continue próspera, mesmo em um mercado que muda constantemente. Reestruturar a governança, trazer novos executivos ou considerar passar adiante pode ser a melhor saída para garantir o crescimento. Empresas que não passam por essas transições acabam sofrendo com a falta de inovação e adaptação. Para muitos, o desapego pode parecer uma ameaça ao legado pessoal, mas, na verdade, é uma oportunidade de garantir que esse legado continue. O que fazer, então, para superar esse desafio? O primeiro passo é fazer uma autoavaliação honesta. O valor de um empreendedor não está somente no controle do negócio, mas na capacidade de garantir sua continuidade. Planejar a sucessão de maneira adequada, preparando a próxima geração ou trazendo novos gestores, é crucial. Também é importante aceitar que o mercado mudou e estar aberto a novas ideias, tecnologias e formas de gestão. E, em alguns casos, considerar passar adiante o negócio pode ser a melhor maneira de garantir que continue ampliando. A verdadeira grandeza de um empreendedor está em reconhecer o momento certo de desapegar, permitindo que o negócio evolua e prospere, mesmo sem ele. Isso garante que o legado continue vivo e relevante. O desapego consciente é difícil, mas, é também um caminho para novas oportunidades.
Para muitas empresas, o grande obstáculo nessa transição é o apego. Apego às origens, à história, ao peso exagerado do ego.”
Fim de semana, 2 e 3 novembro 2024
Fechamento da edição: 18h
MÍN: 22º | MÁX: 33º O sol ainda aparece na região. Mas, no decorrer do dia, a nebulosidade se intensifica e ocorrem pancadas de chuva irregulares no vale.
Residência de madeira veio pré-montada e foi finalizada após dois dias de trabalho
ENCANTADO
Em um gesto de solidariedade e mobilização, voluntários e empresários catarinenses da empresa de construção civil Bolfe, uniram forças e construíram uma nova residência para uma família de Encantado, que perdeu a casa nas cheias. Residente de Linha Azevedo, a família de Haroldo Orlandini, que é cadeirante, em breve será acomodada em uma casa de madeira com estrutura adaptada e acessível para suas necessidades.
Segundo Cleber Alba, um dos empresários da Bolfe, a iniciativa começou após se sensibilizarem com as histórias das vítimas das enchentes. “Levamos a ideia para os parceiros e colaboradores, e com o apoio de conhecidos, fomos atrás de uma família que realmente tivesse perdido tudo e precisava de ajuda”, disse Alba. A casa, com área de 63 metros quadrados, foi projetada e prémontada em São Miguel do Oeste, onde a Bolfe conta com uma equipe voluntária dedicada. Essa estratégia permitiu que a montagem no local fosse concluída em dois dias. “A previsão é de que em alguns dias a família possa ocupar a residência, considerando ajustes como ligações de energia e esgoto”, acrescentou Alba.
A estrutura da casa foi adaptada para atender às necessidades especiais de Orlandini, com acessibilidade total, incluindo banheiros adaptados e nivelamento do piso para permitir a movimentação segura com cadeira de rodas. Parceiros locais também contribuíram com doações de mobília, tornando o novo lar mais acolhedor e pronto para uso.
A família Orlandini teve sua história marcada por um deslizamento de terras que destruiu sua residência. Haroldo Orlandini e sua esposa foram gravemente afetados pelo desastre. Presente durante a chegada dos materiais para a construção, o prefeito
Jonas Calvi ressaltou que mesmo com Encantado tendo seu plano habitacional e fazer parte dos projetos dos governos estaduais e federal, ações como essa merecem ser exaltadas pela iniciativa e resultado.
“Com os deslizamentos foi preciso realizar uma terraplanagem para conseguirmos auxiliar a família que perdeu tudo, principalmente na parte básica do alicerce. Foi um grupo de empresários e voluntários de Santa Catarina e isso demonstra o quanto que a nossa comunidade, a nossa região, também foi abraçada por outros municípios e por outros estados. É um momento importante para que a gente possa passar e lembrar todas as dificuldades que nós tivemos”, salientou Calvi.
A previsão é de que em alguns dias a família possa ocupar a residência, considerando ajustes como ligações de energia e esgoto”
diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI
A Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) reuniu os novos prefeitos eleitos para conhecerem a estrutura da entidade. Dos 17 municípios associados, nove terão novos gestores a partir de 2025: Roca Sales, Coqueiro Baixo, Dois Lajeados, Guaporé, Arvorezinha, Putinga, Ilópolis, Itapuca e São Valentim
do Sul. Apenas o futuro administrador da Cidade da Amizade, Mazinho, não participou. Prestes a completar dois anos de atuação (foi fundada em janeiro de 2023), a Amat se consolida como importante movimento a favor das demandas da região alta. Agora em dezembro, será escolhido o sucessor de Edmar Rova-
doschi na presidência, além dos demais integrantes da diretoria para o mandato de 2025. Em breve, deve inaugurar sua sede, em uma das salas da Galeria Peretti, no centro de Encantado. Recuperação e manutenção das rodovias, avanços nos serviços de saúde e retomada do turismo estão entre as prioridades.
É grande a expectativa para a inauguração do Boulevard Encantado, no próximo dia 21. Além dos espaços deslumbrantes de gastronomia e lazer localizados no entorno da Lagoa da Garibaldi, o Multiverso promete impressionar os visitantes com experiências tecnológicas inesquecíveis. Curioso também para conhecer a
programação de Natal, inspirada nas atrações de Gramado, com Papai Noel e seus ajudantes, e personagens circenses.
Outra atração que deve atrair as famílias é o Valentino, um veículo adaptado no formato de trem, que fará passeios do Boulevard até o complexo do Cristo Protetor.
Aliás, o investimento milionário no Boulevard (e no futuro, no Hotel Laghetto), liderado pelo médico e empresário Fábio Vitória, representa muito daquilo que se projetava para Encantado e a região após a construção do Cristo Protetor, ou seja, uma verdadeira transformação econômica e social impulsionada pelo turismo.
Excelente a iniciativa do “Terceirão” do Colégio Cenecista Mário Quintana de Encantado. Disposta a arrecadar recursos para custear a viagem de formatura, a turma optou por organizar um evento de âmbito regional. Os detalhes foram apresentados pelos representantes dos pais, Mônica Katz e Marciana Masiero, e pelos estudantes Mariana Bagatini e Miguel Maziero, em entrevista na Rádio A Hora 102,9 FM (foto).
Na próxima quinta-feira, 7, o respeitado psicólogo Renato Caminha, especialista em educação parental e socioemocional, palestra em Encantado, às 19h, no Auditório Sicredi. “Relação familiar: um guia para pais e educadores” é o tema. Aliás, assunto sempre atual e cada vez mais necessário de ser aprofundado. Os ingressos custam R$ 50,00 e podem ser adquiridos na secretaria do colégio, na ACI-E ou com os próprios alunos. Sem dúvida, uma ideia para ter continuidade!
- O governador Eduardo Leite estará em Encantado no próximo dia 8 para inaugurar a pavimentação asfáltica da Estrada do Cristo Protetor.
- Em breve deveremos ter novidades sobre a obra do Jardim do Acolhimento, espao público em meio à natureza que antecede a chegada ao complexo do Cristo.
- Já no clima do futuro mandato, os eleitos Nego Samu e Claudinho, ambos do MDB, e Daniel Passaia, do União Brasil, têm “batido ponto” nas cadeiras da plateia nas sessões da Câmara de Encantado.
- A assinatura do aditivo de Encantado com a Corsan/Aegea ainda gera polêmica no Legislativo. Um dos mais indignados é Diego Pretto (PP), que prometeu assinar um ato de sustação do documento.
- Ainda sobre esse assunto, recomendo ouvir a entrevista esclarecedora do diretor da Aegea, Fernando Dallazen, ao programa Frente e Verso da Rádio A Hora, ontem, 1º. Está disponível no canal A Hora TV do YouTube e na página o cial no Facebook.
- Em Encantado, a demanda de mão de obra supera as 250 vagas nas empresas. O número foi exposto a empresários durante workshop do SENAI na ACI-E.
- Em Arvorezinha, desde ontem, dia 1º, vigora o turno único na Prefeitura de Arvorezinha. O atendimento é das 7h às 13h.
- O governo de Encantado busca áreas de terra para construir o novo posto de saúde do bairro Jacarezinho. A ideia é encontrar um local afastado do risco de inundações e que viabilize também a nova escola Antônio de Conto.
- A trajetória do empresário Jorge Ongaratto, um dos fundadores da renomada churrascaria Fogo de Chão, reconhecida internacionalmente, será registrada em livro. O lançamento de “Fogo e Paixão” está previsto para ocorrer ainda este ano. Jorge é irmão do prefeito eleito de Coqueiro Baixo, Luciano Ongaratto. O estado precário da rodovia da ERS 332 traz prejuízos financeiros para motoristas. Um dos últimos “premiados” foi o prefeito de Encantado, Jonas Calvi. Dois pneus do carro dele estouraram na semana passada, quando retornava de reunião da Amat em Ilópolis.
- Em Doutor Ricardo, os alunos da rede municipal receberam o livro e a cartilha do projeto EDUCAME, idealizado pelo Grupo A Hora em parceria com as associações municipais, Amat e Amvat.
Você concorda com a ideia de proibir o uso de celulares nas escolas públicas e privadas?
Otema “Cultura” foi a pauta do no sétimo episódio de “O Segredo da Infância”, produção especial do Grupo A Hora, em parceria com o Espaço Flores.Ser, de Encantado. O programa apresentado no estúdio da Rádio A Hora 102,9 FM em Encantado, no dia 24 de outubro, contou outra vez com alunos e professores da Escola de Ensino Fundamental Mundo Encantado, do Bairro Jardim da Fonte.
Participaram estudantes do 8º ano, João Pedro Tavares de Jesus, Gabrielli Pelegrini Zanetti e Letícia Bertoti Agnoletto, e do 5º ano, Carlos Augusto da Costa e Fernanda Bertuol. A diretora Kaíse Radaelli e a professora Selma Buffet acompanharam o bate-papo, que teve mediação da facilitadora de processos de inovação social, Ana Fausta Borghetti. A conversa projetou a realização da 6ª Semana Cultural, tradicional evento da escola que ocorrerá de 11 a 14 de novembro. Aberta à comunidade, a programação terá oficinas literárias, roda de conversa com autores de livros, feira do livro, lançamento de livros e o Encontro da Família. “É um momento muito rico e esperado por todos, em que a gente coloca o
trabalho dos alunos na vitrine. Estamos há algum tempo nos preparando para viver a cultura nas suas mais diversas formas de se expressar por meio da arte, da literatura e da música”, comentou a diretora Kaíse.
Os alunos falaram sobre os trabalhos que cada turma vem desenvolvendo em sala de aula e que serão apresentados na Semana Cultural. “Estamos colocando toda nossa energia nessa atividade. Um dos nossos objetivos é criar memórias com os alunos”, salientou Letícia. “Desde o início me coloquei à disposição para ser oficineiro. Trabalhamos o projeto ‘Meu Horizonte na Pirâmide’, em que desenhamos um lugar que nos marcou”, contou João Pedro. “Trabalhos os livros Um Amor Florescente e Uma Viagem Inesquecível, fizemos autorretrato em duplas e também, com as
obras de Romero Britto, criamos paisagens turísticas de Encantado, como o Cristo Protetor e a Lagoa da Garibaldi, usamos tintas e recortes. Vamos expor tudo isso”, acrescentou Gabrielli. Outra atração será o lançamento do livro “Memórias Escolares”, produzido pelos alunos do 5º ano, no formato de quadrinhos desenhados pela própria turma. São 42 histórias. Uma das coordenadoras, a professora Selma Buffet, enfatizou que a inspiração surgiu do relato dos próprios alunos sobre vivências em sala de aula ao longo do tempo. “Eu me inspirei na medalha de prata da Olimpíada de Matemática que recebi para desenhar e escrever minha história”, contou Carlos. “Meu tema foi a pandemia, nos dias que ficava em casa nas aulas remotas, até reencontrar minhas colegas na escola”, disse Fernanda.
Patrocínio: Realização:
Edição especial do evento iniciou ontem, 1º, e segue até o dia 10 na Rua Coberta
MUÇUM
Aapresentação teatral da Associação Muçunense de Artes e o show com Tchê Barbaridade marcaram a abertura da 33ª Semana Farroupilha. A programação
iniciou ontem, 1º, e vai até o domingo, 10, na Rua Coberta. O evento, realizado pelo Ministério da Cultura e Secretaria do Estado da Cultura, com o apoio do governo municipal, é gratuito e aberto ao público. A programação será diversificada com apresentações artísticas, oficinas culturais, espetáculos de dança, e shows com grandes nomes da música tradicionalista.
Realizado de maneira inédita no mês de novembro, o evento
Estrutura para receber os shows e o público foi montada na Rua Coberta
precisou ser transferido por conta das enchentes de 2023 e 2024 e, neste ano, além de celebrar a cultura gaúcha, será também uma oportunidade para apoiar a reconstrução do município.
Entre os destaques estão os shows do Tchê Barbaridade, Baitaca, Os Serranos, Tchê Guri, Grupo Bate Casco, Garotos do Surungo, César Oliveira e Rogério Melo, e João Luiz Corrêa e Grupo Campeirismo.
DIA 2 – SÁBADO
12h: Oficina gastronômica com Grupos de Fortalecimento de Vínculos do CRAS
19h: Missa Crioula com homenagem ao Dia dos Finados
20h: Espetáculo de Danças com o CTG Giuseppe Garibaldi
21h: Espetáculo de Danças com a Cia de Artes Caripaiguarás
DIA 3 – DOMINGO
17h: Espetáculo de Danças com GAN Anita Garibaldi
19h: Show com Baitaca
20h: Show com Os Serranos
DIA 4 – SEGUNDA-FEIRA
15h: Oficina de Nó de Lenço
16h: Oficina de Dança de Salão
DIA 5 – TERÇA-FEIRA
14h: Show com a Banda Contagem Regressiva – Baile Regional da 3° Idade
DIA 6 – QUARTA-FEIRA
9h: Apresentação do Grupo Oigalê (Escola Jardim do Trabalhador de Encantado)
Dia Crioulo com as escolas municipais, estadual e a APAE de Encantado
DIA 7 – QUINTA-FEIRA
19h: Apresentação do CTG Galpão do Gaitaço
20h: Show com Tchê Guri
DIA 8 – SEXTA-FEIRA
20h: Espetáculo de Danças com o Grupo de Projeção Folclórica
Ana Terra
21h: Show com Grupo Sistema Antigo
22h30min: Show com Grupo Bate Casco
DIA 9 – SÁBADO
16h: Apresentação do Coral Infantil do CRAS
18h: Apresentação do CTG Guapos de Sentinela
19h: Apresentação do CTG Última Tropeada
21h: Show com Lorenzo Lavoratti e Marco Vieira
22h30min: Show com Os Garotos do Surungo
DIA 10 – DOMINGO
14h às 15h30min: Encontro de Gaiteiros e Trovadores –Organização Claiton Miranda
17h: Show com César Oliveira e Rogério Melo
18h: Cerimônia de Encerramento da 33ª Semana Farroupilha de Muçum
18h30min: Apresentação Teatral de Encerramento com a Associação Muçunense de Artes
19h30min: Show com João Luiz Corrêa & Grupo Campeirismo
Jovens puderam aprender sobre educação financeira e praticar graffiti em um painel interno
OHospital Beneficente Santa Terezinha de Encantado (HBST) recebeu recentemente
o Projeto Coop&Arte, iniciativa da Unicred Premium que visa inspirar, educar e conectar jovens por meio da arte e do cooperativismo.
O Coop&Arte surge como espaço para jovens com ou sem deficiências, inclusivo e desenvolvedor de habilidades criativas, enquanto proporciona a aprendizagem sobre a importância de trabalhar colaborativamente no dia a dia. Além de promover a arte e a cultura, o projeto incentiva
debates e trocas de experiências entre os participantes.
No HBST, as atividades reuniram 11 participantes (entre jovens aprendizes da instituição e filhos de colaboradores da Casa de Saúde) que estiveram na oficina artística e roda de conversa e receberam cartilha de educação financeira.
A oficina prática de graffiti foi realizada para a execução de um painel em área interna do hospital, sendo coordenada pelo professor e muralista, Samuel Hergesell, da Graffo Arte. O tema principal da atividade foi o cooperativismo, e o professor compartilhou seu conhecimento, orientando os participantes a explorarem a criatividade por meio de cores e formas, contribuindo para um ambiente hospitalar ainda mais acolhedor e inspirador.
“Nossa intenção com o Coop&Arte é oferecer aos jovens um espaço criativo, inclusivo e educacional, onde eles possam desen-
volver suas habilidades e aprender mais sobre como o cooperativismo pode ser uma força de transformação em suas vidas”, afirma o coordenador de Comunicação e Marketing da Unicred Premium, Eduardo Fulginiti. “Acreditamos que esse projeto reforça o compromisso da Unicred Premium em apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional de nossa comunidade, promovendo valores como colaboração, equidade e educação.”
A assistente administrativa do HBST, Marilene Daltoé, destaca a importância da iniciativa para os participantes. “Essa ação enriquece o aprendizado dos jovens e fortalece os laços na comunidade hospitalar, promovendo um sentimento de pertencimento e engajamento essencial para o crescimento pessoal e coletivo dos participantes, além de embelezar nossa instituição. Com certeza, foi uma tarde especial para todos”, diz.
O Coop&Arte abrange 10 ações que ocorrerão em nove municípios, sendo, na sua maioria, realizadas em hospitais, ONGs e associações, todas entidades voltadas para a promoção da saúde e bem-estar.
A oficina prática de graffiti foi realizada para a execução de um painel em área interna do hospital
DOS VALES
Campanha já contemplou 200 associados nas duas etapas dos sorteios
REGIÃO ALTA
Asegunda rodada de sorteios da Promoção
Cooperação Premiada do Sicredi Região dos Vales foi realizada. Nesta etapa, foram contemplados 100 associados com cartões presente no valor de R$ 4 mil cada.
Os sorteios ocorreram nas 21 agências que integram o Sicredi Região dos Vales, garantindo a distribuição de prêmios nos 18 municípios onde a Cooperativa de
DISTRITO DE PALMAS
Crédito atua. Os cartões presente podem ser utilizados no comércio local para a aquisição de diversos produtos ou serviços, incentivando a economia local.
Ao todo, serão 400 cartões presente, totalizando R$ 2 milhões em prêmios. Quanto mais negócios os associados realizarem com o Sicredi Região dos Vales, mais cupons recebem para concorrer aos prêmios. Fazem parte da promoção produtos como: crédito, investimentos, cartões, seguros, consórcios, entre outros.
Após os sorteios, os cupons retornam para as urnas e serão válidos para as demais etapas que serão realizadas em dezembro de 2024 e nos meses de fevereiro e março de 2025. A lista completa de ganhadores e mais informações sobre a promoção estão disponíveis no site.
Defesa Civil Nacional disponibilizou aporte superior a R$ 1 milhão
ENCANTADO
Os muros de gabiões nas localidades da Linha Azevedo e do Distrito de Palmas, no interior do município de Encantado, estão finalizados. As estruturas foram implementadas com o aporte de R$ 1,1 milhão, obtidos através da Defesa Civil Nacional, para a estabilização de encostas.
Os locais que receberam a instalação dos muros haviam
sido afetados por movimentações de massa durante os desastres climáticos de novembro de 2023 e maio de 2024.
Construídos a partir de malhas de arame preenchidas com pedras, os muros de gabiões são projetados para prevenir a erosão e redistribuir uniformemente as cargas do solo e da água. Essa característica é importante para reduzir a probabilidade de deslizamentos de terra.
A permeabilidade intrínseca dos gabiões permite que a água da chuva seja drenada de maneira adequada, minimizando a acumulação e a saturação do solo.
CENTRO EMPRESARIAL
Evento terá como principal foco o Contrato Intermitente
ENCANTADO
O Núcleo Turismo em Ação, da Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E), realizará dia 11 de novembro, às 19h, na sala 203 do Centro Empresarial, o painel “Legislação trabalhista e o turismo”.
O evento contará com a participação do advogado, Luciano Moresco, da responsável pelo setor de RH da Conzatti Contabilidade,
Caroline Sangalli, e da diretora de Logística do Cristo Protetor, Vanessa Goldoni.
O painel tem como principal foco o tema do Contrato Intermitente, conforme explica a coordenadora do grupo de trabalho do painel, Cristiane Moresco. “Esse modelo traz uma nova forma de contratação para suprir a demanda que o setor de turismo tem na admissão eventual de pessoal, por exemplo, em finais de semana, feriados, eventos e em dias de maior movimento no seu estabelecimento. Então, essa contratação dá um contorno jurídico para esse serviço eventual”, explica.
Cristiane também destaca que será apresentado ao público o case da Associação Amigos do Cristo, pelo fato da entidade fazer essa contratação nas visitas guiadas. “O advogado Luciano falará sobre a parte jurídica do processo, a Caroline do RH explanará a parte contábil e a Vanessa, que é diretora de logística da Associação, fará o fechamento da apresentação do processo, na prática”, salienta. O evento é aberto e as inscrições podem ser realizadas pelo link disponível nas redes sociais da ACI-E. O investimento é de R$ 20,00 para associados e R$ 30,00 para não associados.
Tradição é resgatada com missa, almoço e apresentações musicais
Com cerca de 100 pessoas trabalhando na organização do evento, a festa em honra ao padroeiro São João Batista e a Madre Assunta Marchetti lotou o Salão Paroquial do município e contou com 500 almoços servidos. A programação iniciou pela manhã com uma missa festiva na igreja matriz com a presença das comunidades do interior e as zeladoras das capelinhas. Durante a tarde, a festividade contou com a apresentação da orquestra municipal e da banda Werner e Cia.
Segundo o padre Silmar Antônio Possa, essa comemoração
em homenagem as duas figuras é importante por manter vivo os ideais que eles representam. “Assunta passou por aqui no início do século 19 e veio justamente para acompanhar os imigrantes italianos e trazer essa assistência religiosa e presença junto as famí-
lias. Ela foi essencial no cuidado com as pessoas, na educação e saúde também. É muito significativo poder ressaltar a memória dessa figura”, disse o padre. Para a religiosa das irmãs missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, Ana Conceição
Programação inicia dia 8 pela manhã e segue durante todo o dia
ILÓPOLIS
A Associação dos Amigos e Parceiros da Erva-mate do Polo do Alto do Vale do Taquari (AA Erva-Mate) promoverá um seminário importante para debater a Indicação Geográfica (IG) do produto, reunindo produtores, especialistas e autoridades dos municípios de Anta Gorda, Arvorezinha, Dr. Ricardo, Fontoura Xavier, Itapuca e Putinga. O evento ocorre dia 8 de novembro e planeja discutir os impactos positivos da certificação de IG para a erva-mate local, que será a primeira do Vale a buscar esse reconhecimento. A Indicação Geográfica é um importante selo de qualidade que agrega valor aos produtos originários de regiões específicas, evidenciando aspectos como tradição, território e métodos de produção.
Experiência da comitiva no Vale do Vinhedos será um dos pontos tratados durante o seminário
Festividade no Salão Paroquial teve 500 chas de almoço vendidas
Sales, o momento é ainda mais importante dado ao reconhecimento atribuído a madre pela igreja católica. “É alguém que viveu, sobretudo, essas virtudes por amor a Cristo, por amor ao evangelho. Não foi apenas uma filantropia, um ato de altruísmo,
mas baseado na fé, saiu da sua terra e veio a Nova Bréscia também servir aqui os imigrantes. Então é bom, também junto com as irmãs, que tem uma história nessa comunidade, recordar e celebrar as pessoas que aqui fizeram e fazem história”, salientou a freira.
Maria Assunta Caterina Marchetti (1871–1948) foi uma missionária italiana, cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, uma ordem religiosa dedicada ao cuidado dos migrantes. Em 1895, ao lado de seu irmão, o Padre José Marchetti, e de um grupo de irmãs, Maria Assunta partiu para o Brasil. Em São Paulo, se dedicou a atender as necessidades espirituais e materiais de imigrantes italianos, especialmente órfãos e crianças abandonadas. Ela administrou o Orfanato Cristóvão Colombo, que seu irmão fundou, e continuou esse trabalho após a morte prematura dele, em 1896. Em reconhecimento a sua santidade e exemplo de vida, Maria Assunta Marchetti foi beatificada pela Igreja Católica em 2014.
8h – Recepção e boas-vindas
Prefeito de Ilópolis, Edemar Pedro Rovadoschi
Presidente da AA Erva-Mate, Clovis Roberto Roman
9h - Impactos da IG como estratégia de agregação de valor e desenvolvimento territorial local/regional
André Bordignon – Coordenador de projetos de Agronegócios - SEBRAE
9h30 - Aspectos legais de Indicações Geográficas no Brasil
Dra. Kelly Lissandra Bruch – Advogada e Professora
UFRGS
10h - Pausa para o Mate
10h20 - Indicação Geográfica: Impulsionando a
Inovação e a Valorização Regional
Mauro Celso Zanus – Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho
10h50 - Mobilização de produtores e associações: exemplos nacionais
José Cleber Dias de Souza – Superintendente Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura (MAPA) no RS 11h20 - Resultados de Pesquisa de Avaliação do Potencial da IG para a Erva-mate do Alto Taquari
Dr. Dilson Bisognin – Professor/Pesquisador - UFSM
12h – Almoço
13h30 - Análise dos Compostos Voláteis e Não Voláteis da Erva-Mate: Indicadores da futura IG do Alto Taquari
Dra. Rosangela Assis Jacques – Professora/Pesquisadora UFRGS
Dra. Helen Hackbart – Pesquisadora AA Erva-Mate/ UFRGS
15h - Subsídios para a Indicação Geográfica Alto Taquari e sua produção de Erva-mate
Larissa Bueno Ambrosini – Pesquisadora/Técnica DDPA/ SEAPI
14h30 - Subsídios para Indicação Geográfica Alto
Taquari:
Aspectos relacionados aos solos e material de origem da região
Bruno Lisboa – Pesquisador/Técnico - DDPA - SEAPI
15h30 - Pausa para o Mate 15h45 - Projeto Biovales e sua contribuição para a IG do Alto Taquari
Dra. Roberta Santos – Pesquisadora UNIVATES
16h45 - A Experiência do Vale dos Vinhedos: contribuições para Erva-Mate do Alto Taquari
Ademir Brandelli – Enólogo, Fundador da Vinícola Dom Laurindo e sócio-fundador da Aprovale
16h15 - Caminhos para a IG: Superando Desafios e Garantindo a Consolidação de Territórios.
Jaime Milan – Consultor Técnico Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos), membro da ABRIG (Associação Brasileira de Indicações Geográficas)
17h30 - Encerramento
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
FÁBIO KUHN
Cidade encanta os visitantes com pontos turísticos diversificados na área central. Na companhia da Kondor Turismo, visitamos a Vinícola San Castello, o Parque da Revolução Federalista e a Avenida Emancipação
Vinícola San Castello
Quem passa pela área central de Santa Clara do Sul percebe num dos pontos mais altos o prédio parecido com um castelo medieval. Lá está localizada a Vinícola San Castello, empreendimento que une boa gastronomia e paisagens panorâmicas. O ponto turístico oferece tábuas de petiscos salgadas e doces. A carta de bebidas conta com vinhos da casa, drinks e sucos. O visitante pode degustar essas delícias no amplo gramado com vista ampla para nove cidades dos vales. O atendimento ocorre fins de semana e feriados a partir das 15h.
Uma das principais vias de Santa Clara do Sul, a Avenida Emancipação encanta com os jardins floridos. Tem um letreiro com nome da cidade para fotografias e uma estátua de Santa Clara de Assis, a padroeira do município.
Com 2,8 mil metros quadrados, o novo espaço público eterniza a vitória de colonos santa-clarenses contra os maragatos em combate ocorrido no dia 28 de maio de 1895. A principal homenagem é uma estátua de três metros do Coronel José Diel (militar que comandou a vitória), além de placa com o nome de todos os envolvidos na batalha. Com áreas floridas, praça infantil e espaços para se sentar, o Parque Urbano da Revolução Federalista é muito frequentada no fim do dia por visitantes que escolhem o destino para aproveitar o pôr do sol.
O Jantar de Negócios promovido pela Cresol na sexta-feira passada marcou a reabertura do Moinho 332, de Encantando. O empreendimento gastronômico estava quase cinco meses fechado devido aos estragos causados pela enchente histórica de maio. Mais imagens desse momento emblemático pro turismo encantadense podem ser conferidas no QR Code.
O Jonathan Decker registrou como está o curioso Túnel Furado de Roca Sales atualmente. O ponto na Ferrovia Tronco Principal Sul atrai a atenção por ter uma perfuração na parte superior, permitindo a entrada da luz solar.
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