A Hora – 25/07/24

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200 anos IMIGRAÇÃO ALEMÃ

Passados dois séculos da chegada dos primeiros imigrantes alemães ao RS, o Vale cultiva a herança cultural, gastronômica, os costumes e o espírito empreendedor dos germânicos. Descendentes e historiadores contam desde as duras lembranças do período de colonização às conquistas ao longo dos anos.

PÁGINAS | 6 e 7

As construções no estilo enxaimel têm suas peculiaridades como é o caso do encaixe das peças de madeira e numeração delas. Isso facilita a montagem”

A edução é um dos legados que deixam. Além da culinária. Faziam milagres com as coisas que encontraram aqui, como o aipim e o feijão, isso não conheciam”

A imigração alemã deixou marcas profundas para construção do que seria o Vale do Taquari. Toda a influência se estende até os dias atuais. Se no século XIX, os colonos alemães desbravaram matas e estabeleceram as bases da região, hoje, a herança cultural, social e econômica é visível no cotidiano.

Para além das tradições dos imigrantes, esse legado moldou características contemporâneas. Uma das principais é o espírito empreendedor, uma força impulsora da economia local. A organização e a dedicação ao trabalho, características dos primeiros colonos, se refletiram na criação de pequenas e médias empresas. Hoje, a região é conhecida pela diversidade econômica, com forte presença nos setores agrícola, industrial e de serviços.

Para além das tradições dos imigrantes, esse legado moldou características contemporâneas. Uma das principais é o espírito empreendedor, uma força impulsora da economia local. A organização e a dedicação ao trabalho, características dos primeiros colonos, se refletiram na criação de pequenas e médias empresas.

A história dos imigrantes alemães no Vale do Taquari é um exemplo de resiliência. A capacidade de superar adversidades e transformar desafios em oportunidades é uma característica que continua a inspirar a comunidade local.

Para o futuro, a adaptação é a palavra chave. Isso envolve inovação e colaboração. O fortalecimento das redes comunitárias, a promoção de atividades inclusivas e sustentáveis e o incentivo à economia circular são caminhos possíveis para enfrentar os desafios futuros. As histórias do passado devem servir como um alicerce para garantir um futuro próspero e sustentável.

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“Foi amor à primeira vista. Sou literalmente viciada no jogo”

Aos

70 anos,Teresinha BitdingerHornseprepara paraparticipardoMundial deEisstocksportqueocorre emKapfenberg,Estíria,na Áustria,em2025.Paraela, seráumgrandedesafio, considerandoqueas disputasserãonoinverno europeu,praticadasem pistasdegelo,nasquais nuncajogou.Mesmoassim, estáconfiantedequetrará maisumamedalhapara Lajeado

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

Como surgiu o interesse no Eisstocksport. Há quanto tempo pratica?

Desde 2015, quando uma amiga me convidou para conhecer o jogo. Meu marido já praticava este esporte que até então julgava ser exclusivamente masculino. Foi amor à primeira vista.

O que mudou na sua vida após começar a praticar esse esporte?

Houve grandes alterações na minha rotina, tendo em vista os treinos quase diários. Sou literalmente viciada no jogo. É um desafio após o outro. Sempre tenho em mente o calendário dos jogos. Fisicamente, me sinto com maior disposição e energia. O esporte me proporcionou novas amizades e viagens.

Acredita que para prática dessa modalidade existe limite de idade?

Hoje tenho setenta anos. Na minha opinião, os limites de cada atleta são flexíveis. Lamentavelmente sei que a minha hora de parar vai chegar, mas por hora, não me vejo parando.

A senhora já participou de diversos campeonatos, quais foram as conquistas/medalhas que ganhou?

Sim, as conquistas mais recentes foram em Santa Cruz do Sul, na Oktoberfest, onde conquistei o segundo lugar no Individual e a equipe de Lajeado sagrou-se Campeã. Ainda, no mesmo ano, participei da Primeira Copa “Head to Head de Stocksport” ficando em segundo lugar. Em Lajeado, no Primeiro Campeonato Interno de Individual, conquistei o primeiro lugar.

A concentração agora está voltada para o Mundial de Eisstocksport na Áustria

O Mundial vai acontecer em Kapfenberg, Estíria, na Áustria. Os treinos em equipe ainda não começaram. Além da nossa

equipe feminina, de Lajeado, o Brasil será representado por uma equipe masculina e uma juvenil, sendo essa mista.

O que representa o Mundial para a senhora?

Será um enorme desafio, considerando que as disputas serão no inverno europeu (março/25), praticadas em pistas de gelo, nas quais nunca joguei.

Pretendes continuar a praticar a modalidade?

Com certeza, até que minha saúde permitir, vontade não falta. Deus no comando de tudo. Quanto ao Eisstocksport, as canchas no Parque Histórico estão a disposição oportunizando o surgimento de novos atletas.

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URNAS REALOCADAS

Enchente força mudança em 81 seções eleitorais

Microrregiões de Encantado e Lajeado registram maior quantidade de trocas em locais de votação. Substituições também ocorrem em Estrela, Bom Retiro do Sul, Colinas, Arroio do Meio e Taquari

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Consequência da enchente histórica de maio, a destruição de estruturas como escolas, ginásios e salões interfere sobre o panorama eleitoral na região. Desafiada a garantir a realização do pleito de outubro, a Justiça Eleitoral trabalha na realocação de seções para áreas seguras e com capacidade para absorver a demanda.

Em todo o Vale, são pelo menos 81 seções realocadas em virtude da catástrofe climática, conforme levantamento feito pela reportagem a partir de informações divulgadas por cartórios eleitorais. Um terço desses locais (27) estão na área de abrangência da 67ª Zona Eleitoral, espalhados em Doutor Ricardo, Encantado, Muçum, Relvado e Roca Sales.

Só Encantado contabiliza seis locais diferentes que ficavam a disposição da Justiça Eleitoral e, agora, serão substituídos por outros pontos. Um deles é o salão comunitário de Navegantes, uma das regiões da cidade mais castigadas pela cheia. Os eleitores terão de se dirigir

à Associação Pró_Menor de Encantado, na Vila Popular. Em Roca Sales, as quatro seções da Escola Padre Fernando, que representava o maior colégio eleitoral da cidade, foram redistribuídas em dois locais: a unidade Região Alta do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) e o Salão da Comunidade Evangélica.

Impactos no maior colégio eleitoral

Em Lajeado, são 14 seções realocadas em virtude da enchente. Dez delas funcionavam no Colégio Castelinho, que concentra o maior número de eleitores da cidade. Conforme a chefe do Cartório da 29ª Zona Eleitoral, Betânia Rohde, as urnas serão transferidas para o prédio 3 da Univates, local que já sedia parte das aulas da instituição estadual, cuja sede está fechada desde a cheia de setembro. Outro local impactado pela cheia e impossibilitado de receber eleitores é a Escola Estadual Fernandes Vieira, também localizada no Centro. Todas as quatro seções serão deslocadas para o ginásio de esportes do Colégio Madre Bárbara, na rua Borges de Medeiros.

Já a sede do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), embora não tenha sido atingido pela inundação, não sediará a votação este ano. “A unidade está em reformas e não terá condições de receber as duas seções”, frisa Betânia. O local escolhido para substituir a autarquia é o Salão da Capela do bairro Florestal.

Locais de votação afetados

ARROIO DO MEIO

– Seções 4, 11, 50, 76 e 82

Eeem Guararapes > Colégio Bom Jesus

– Seções 8, 32 e 41

Secretaria de Educação e Cultura > Seminário Sagrado Coração de Jesus

– Seções 1, 45, 56 e 64

Emef Construindo o Saber > Ginásio poliesportivo do Salão Paroquial

BOM RETIRO DO SUL

– Seções 29 e 92

Emef Genny de Souza > Emef Otávio Augusto de Faria

– Seção 192

Associação Comunitária Nilo Barth > Emef Anita Ferreira

– Seção 184

Fazenda Espanhola > Emef Anita Ferreira

COLINAS

– Seções 49 e 72

Eeem Colinas > Emef Ipiranga – Seção 55

Centro Comunitário de Linha Ano Bom Alto > Sociedade Esportiva e Cultural de Linha Ano Bom Baixo

CRUZEIRO DO SUL

– Seções 299, 352 e 422

Comunidade Católica de Passo de Estrela > Emef Anita Garibaldi – Seção 35

Emef Antônio Domingos Ciceri Filho > Emef Anita Garibaldi

– Seções 412 e 413

Comunidade Católica de Santarém e Escola Estadual Itaipava Ramos (São Miguel) > Salão Comunitário de Sant’Ana (Maravalha)

– Seção 411

Ginásio do Esporte Clube XV de Novembro > Apae

DOUTOR RICARDO

– Seção 42

Linha Barra do Zeferino > Eeem Doutor Ricardo.

ENCANTADO

– Seções 66 e 83

Salão Comunitário do Lago Azul > para a Emei Lagoa Azul

– Seções 5 e 50

Salão Comunitário Navegantes > Associação Pró_Menor de Encantado

– Seção 16

Clube Esportivo União > Emef Batista Castoldi

– Seções 8, 49 e 93

Eeef Antônio de Conto > Salão

Comunitário São Carlos (Jacarezinho)

– Seção 22

Clube União Barrense > Posto de Saúde da Linha Barra do Guaporé

– Seção 25

Escola Oswaldo Aranha > Salão Comunitário de Barra do Coqueiro

ESTRELA

– Seção 157

Emei Pingo de Gente > Eeem Estrela

– Seções 32 e 33

Comunidade Católica São Pedro

Canísio (Arroio do Ouro) > Eeem Estrela

– Seções 44, 77 e 131

Escola Estadual Moinhos > Colégio

Martin Luther

– Seção 108*

Eeef 20 de Maio > Colégio Martin Luther

– Seções 39, 80, 95, 130 e 142

Emef Leo Joas > Emei Paulo Freire

– Seções 156 e 167

Emei Estrelinha > Emei Paulo Freire

LAJEADO

– Seções 1, 9, 96, 115, 120, 135, 159, 167, 318 e 341

Colégio Castelinho > Univates (prédio 3)

– Seções 17, 18, 130, 172

Eeef Fernandes Vieira > Ginásio do Colégio Madre Bárbara

– Seções 114 e 168*

Daer > Salão da Capela do Florestal

MUÇUM

– Seção 121 (antiga 13)

Salão Comunitário da Linha Caravágio

> Clube Alegrense

– Seções 132 (antiga 20), 135 (antiga 22) e 136 (antiga 24)

Escola Souza Doca > Emei Pingo de Gente

– Seções 105 (antiga 4) e 117 (antiga 11)

Colégio Alternativo > Salão Paroquial de Muçum

RELVADO

– Seções 57 e 147

Emef Amiguinhos da Natureza > Salão Paroquial de Relvado

– Seções 34 e 87

Emef Santo Antônio > Salão Paroquial de Relvado.

– Seção 33

Salão Comunitário de Linha São João > Igreja da mesma localidade

ROCA SALES

– Seção 96

Escola Padre Fernando > Ceat Região Alta

– Seções 36, 72 e 109 (antiga 7)

Escola Padre Fernando > Salão da Comunidade Evangélica

– Seção 129 (antiga 18)

Salão Comunitário Nossa Senhora dos Navegantes (Picão) > Igreja da mesma localidade

TAQUARI

– Seção 37

Capela São Bento > Emef Timóteo Junqueira dos Santos

(*) Sem relação com a enchente

Em Lajeado, toda as seções que funcionavam na Fernandes Vieira foram transferidas para o ginásio do Madre Bárbara
BIBIANA FALEIRO

Expectativa e influência

Oex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve passar pelo Vale do Taquari na tarde desta quinta-feira, por volta das 15h. A promessa de líderes regionais é garantir um encontro entre o líder da direita nacional e os apoiadores locais em um posto de combustível localizado junto à Rota do Sol, em Teutônia. Ou seja, e isso restou claro para todos, será uma breve passagem do principal cabo eleitoral do PL. Mesmo assim, os correligionários e pré-candidatos do partido estão mobilizados para aproveitar ao máximo a rápida visita de Bolsonaro. Afinal, toda foto, selfie ou vídeo curto pode representar ganhos eleitorais. Resta saber, porém, até que ponto a influência desses líderes de âmbito estadual ou nacional – e aqui eu poderia citar as duas visitas de Lula (PT) ao Vale em 2024, ou as diversas aparições de Eduardo Leite (PSDB) – será predominante ou relevante no pleito municipal de outubro. Há quem aposte que isso será determinante. E há quem aposte, por meio de pesquisas, que a opinião e o tradicional aperto de mão dos velhos – ou novos – “caciques” locais será outra vez preponderante no resultado final das urnas.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

Foco total nas áreas para desabrigados

A busca por terrenos para a construção das casas populares anunciadas pelas governos federal e estadual é um dos principais entraves para o retorno da dignidade no Vale. Portanto, e por óbvio, os agentes públicos e os órgãos de fiscalização – que já têm feito muito – precisam demonstrar e aplicar muito mais esforço para atender a delicada demanda. E os problemas são diversos. Preconceito, leis ambientais, planos diretores, garantias bancárias, custos, disputas jurídicas, propostas baixas e outros tantos embaraços travam e muito a compra por parte dos entes públicos. Enquanto isso, os municípios perdem moradores e esses moradores deixam sonhos para trás.

E a “Iluminação Inteligente”?

O governo de Lajeado anuncia novo adiamento da licitação para a parceria público-privada que visa implementar a “iluminação inteligente” no município. A modalidade da concorrência pública é a “concessão administrativa” e visa contratar uma empresa responsável pela “implantação, operação, manutenção, eficientização da iluminação pública” e, também, a “implantação, operação e manutenção da infraestrutura de telecomunicações (smart city)”, além da instalação de uma usina de geração elétrica na cidade. Com o adiamento, a sessão pública deve ocorrer no dia 12 de agosto. E o contrato prevê investimentos de mais de três centenas de milhões de reais. Aguardemos!

TIRO

- O governo de Lajeado sancionou a lei que concede o Título de Cidadão Lajeadense Benemérito ao empresário Roberto Lucchese, diretor da Lyall Construtora e principal responsável pela reconstrução da histórica Ponte de Ferro.

- Na câmara de Lajeado, tramitam três projetos de lei para novas concessões de títulos de Cidadão Benemérito. As homenagens estão previstas para João Batista Gravina, Ernany Bender, e o ex-reitor da Univates e atual presidente da Fuvates, Ney Lazzari

- Aliás, e também sobre a Universidade do Vale do Taquari, a nova presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini, também deve assumir em breve a posição de Vice-Reitora da Univates.

Jonatan fechou com Sandra

Ex-prefeito de Teutônia e ex-chefe de gabinete da Casa Civil do RS, Jonatan Brösntrup (PSDB) confirmou a companheira de chapa para concorrer na majoritária. Pré-candidato a prefeito, o tucano estará ao lado da empresária Sandra Tiggemann (União Brasil), que já concorreu ao cargo de vice-prefeita em 2016, à época ao lado do atual prefeito, Celso Forneck (PDT).

Câmaras e redes sociais

Diversas câmaras de vereadores cessaram com as gravações e transmissões dos encontros legislativos – e também as reuniões das comissões – para atender à legislação eleitoral e evitar ruídos junto aos promotores e eleitores. Da mesma forma, muitas Mesas Diretoras dos mais diversos poderes legislativos optaram por cessar com as publicações em páginas oficiais. E a justificativa é a mesma: atender à legislação eleitoral.

COLÉGIO EM LAJEADO

Exército auxilia na limpeza do Castelinho

Batalhão de infantaria de Santa Cruz do Sul foi convocado para retirada de entulhos após 80 dias da inundação de maio

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

LAJEADO

Militares assumiram a limpeza da maior escola pública da região, o Colégio Presidente Castelo Branco.

O 7º Batalhão de Infantaria Blindado, de Santa Cruz do Sul, comanda os trabalhos desde sexta-feira da semana passada. O Castelinho sofreu com três inundações em oito meses. Devido aos danos, o prédio está interditado desde setembro e as aulas para cerca de 900 alunos foram transferidas para a Univates. Na catástrofe mais recente,

a água passou de dois metros no segundo andar. Os soldados iniciaram a limpeza de salas, de mobiliários e descarte de entulhos. A informação inicial da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) era que uma empresa seria contratada para o serviço. Passados 80 dias da inundação de maio, foi

solicitado pelo Estado um auxílio do Exército. O governo faz uma avaliação sobre as condições das escolas atingidas pela água. O diagnóstico visa dar embasamento técnico sobre a viabilidade de reformas e o risco de novos episódios.

Em cima disso, não há definição sobre quais as escolas

serão fechadas em definitivo. Nesta lista estão colégios do Vale do Taquari, tais como a Padre Fernando, de Roca Sales e duas de Lajeado. Além do Castelinho, a Fernandes Vieira.

Futuro do Castelinho

A resposta da Seduc é protocolar: “qualquer decisão relacionada ao Castelinho será avaliada com as comunidades envolvidas”. A diretora, Jurema de Oliveira, afirma que não há risco de fechamento integral do Colégio.

Em cima disso, a proposta é criar uma escola resiliente, a partir de um projeto de adaptação climática, para que o prédio seja mais resistente a episódios de enchentes. “Não temos previsão. Talvez seja de um ano e meio até dois anos. Tudo depende do que será feito.” Sem uma previsão de prazo para as obras, a Seduc solicitou à Univates a prorrogação do convênio para uso de salas na universidade. O pedido foi feito pela secretária de Educação, Raquel Teixeira, durante visita ao Vale do Taquari na semana passada. O assunto foi levado à mantenedora da Univates e o pedido segue em análise.

Resumo da notícia

- O 7º Batalhão de Infantaria Blindado, de Santa Cruz do Sul, foi convocado para auxiliar na limpeza do Colégio Presidente Castelo Branco.

- A escola sofreu três inundações em oito meses.

- A inundação de maio resultou em água atingindo dois metros no segundo andar do prédio.

- Aulas para cerca de 900 alunos foram transferidas para a Univates devido à interdição da escola.

- A Seduc avalia a viabilidade de reformas e o risco de novos episódios em escolas atingidas.

- O futuro do Castelinho inclui a proposta de torná-lo uma escola resiliente, adaptada a situações climáticas extremas.

- A prorrogação do convênio com a Univates está sendo analisada pela mantenedora da universidade.

- Professores reclamam de condições de trabalho e ensino nas áreas destinadas ao Castelinho na Univates, especialmente devido à distância entre prédios e alimentação.

Soldados de Santa Cruz do Sul limpam classes, salas e recolhem entulhos
FILIPE FALEIRO

IMIGRAÇÃO ALEMÃ

De duras lembranças à evolução em 200 anos

RS celebra nesta quintafeira, o bicentenário da imigração alemã no RS. Data marca os desafios da colonização e destaca as heranças de um povo que ajudou a construir o estado e a região

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Raica Franz Weiss raica@grupoahora.net.br

Em uma viagem que levou 120 dias pelo oceano Atlântico, as primeiras famílias vindas da Alemanha chegaram ao Brasil. Motivados por melhores condições de vida e incentivados pelo Império Brasileiro, chegaram em províncias de diferentes regiões do país. Mas foi a colônia gaúcha a que mais prosperou. Hoje, o estado e a região comemoram 200 anos dessa história que ainda preserva heranças, seja na educação, na cultura, na culinária ou na arquitetura.

No Rio Grande do Sul, a imigração é marcada pelo dia 25 de julho, quando os colonos desembarcaram em São Leopoldo, em 1824. Foi lá que abriram as primeiras picadas e construíram as primeiras civilizações. Com famílias numerosas, a região do Vale dos Sinos e do Vale do Caí ficou pequena para a população que crescia e os filhos de imigrantes passaram a procurar novas terras para também

Faziam milagres com as coisas que encontraram aqui, como o aipim, isso não conheciam, assim como o feijão”

WOLFGANG COLLISCHONN

HISTORIADOR

constituírem famílias. Em maioria, foi a segunda ou terceira geração de imigrantes que povoou o Vale do Taquari, a partir do fim da década de 1850. Na região, abriram estradas, construíram escolas e desenvolveram um dialeto próprio que, ainda hoje, é conhecido e utilizado por moradores de localidades rurais.

Arquitetura enxaimel

No interior do bairro Conventos, em Lajeado, uma casa centenária

Em casa nós só falávamos alemão e eu tinha uma professora que só falava português”

NOÉLIA HAMMES

DESCENDENTE DE FAMÍLIA ALEMÃ

conta essa história. Na família Rosenbach e Hammes por mais de 100 anos, a estrutura em enxaimel não deixa dúvidas de que naquela região viveram famílias de imigrantes.

A estrutura ainda pertence aos filhos de Francisca e Aloísio Hammes, e mantém as características originais. Duas das filhas, Noélia e Leoni Hammes, moram na casa e lembram das histórias contadas pela mãe. Construído por August Beuren, o prédio, no início, era coberto por tábuas que, mais tarde, foram

Por mais de 70 anos, a navegação era o principal meio de transporte da região

substituídas por zinco. Antônio Rosenbach e Maria Engster, pais de Francisca, adquiriram a propriedade em 1921 e lá criaram os filhos e netos. Noélia conta que a casa possuía um típico porão onde o avô guardava vinhos feitos pela família.

“Não temos precisão da data em que foi construída, mas quando meus avós vieram, a casa já tinha

Da Alemanha ao Vale

Superpopulação nos reinos germânicos e empobrecimento motiva emigração da Europa

1822

Brasil proclama independência e incentiva vinda de imigrantes ao país

1824

Chega o primeiro navio de alemães em São Leopoldo no dia 25 de julho

1830

Falta de recursos para trazer os imigrantes, junto à eclosão da Guerra dos Farrapos, freia a imigração ao RS até 1845

entre 30 e 50 anos”, conta Noélia. Ela e os irmãos estudavam em uma pequena escola a cerca de 1,5 km da casa. “Comecei a estudar com 6 anos, onde hoje é a Escola São José. A dificuldade era que em casa nós só falávamos alemão e eu tinha uma professora que só falava português”, comenta. Outra recordação está na culinária. Foi com a mãe que

1850 A Lei de Terras é instituída no Brasil e o Império permite que empresas privadas loteiem terrenos e vendam aos imigrantes, antes o lote era concedido pelo governo aos colonos

VALE DO TAQUARI

historiador

Noélia aprendeu a cozinhar. Entre os pratos que a família mais gostava, estava a galinhada, além de um doce feito à base de ovos e leite.

Força na educação

O historiador Wolfgang Collischonn destaca a educação como um legado da colonização alemã na região. Ele conta que quando os primeiros alemães chegaram à região, não havia escolas. Como alternativa, imigrantes alfabetizados ainda na Alemanha se propuseram a ensinar os mais jovens. Mais tarde, as escolas portuguesas foram construídas e o ensino em alemão passou a ser proibido pelo Império. Os imigrantes também construíram hospitais e deixam como herança, a navegação. “Por 75 anos, esse era o transporte que se tinha”, destaca Collischonn. Na culinária, a introdução da batata inglesa na mesa brasileira também é resquício da colonização. Por outro lado, aqueles que chegaram ao Brasil vinham de regiões pobres da Alemanha e não tinham pratos sofisticados. Muitos dos alimentos encontrados aqui, inclusive, não eram conhecidos. “Faziam milagres com as coisas que encontraram aqui, como o aipim e o feijão, isso não conheciam”.

Diversidade

Assim como Lajeado, Estrela está entre as cidades do Vale com fortes características da colonização alemã. No município, a cultura é preservada pelas danças, pela gastronomia e pelos cantos.

Historiador e coordenador do Memorial de Estrela, Airton Engster afirma que no censo agropecuário de 1920, havia, nas colônias de Estrela e Teutônia, 2,8 mil famílias residindo nas propriedades rurais. Todas de origem alemã.

No contexto da vinda dos primeiros imigrantes, eram encontrados no estado, indígenas, portuguese e negros que vieram ao Brasil escravizados. Depois na colonização alemã, ainda vieram os italianos que também povoaram os territórios. Hoje, toda essa herança cultural se mistura. Engster diz que das comunidades alemãs, fica o exemplo de determinação, superação e resiliência, de um povo que veio ao Brasil com promessas que nem sempre foram cumpridas. No país, enfrentaram dificuldades, em uma realidade em que a mata nativa tomava

do Memorial

Contextos da imigração alemã

NA ALEMANHA – No início do século XIX, a Alemanha não existia como um país unificado e era composta por diversos reinos. Com o início da industrialização, a antiga estrutura feudal germânica se dissolveu, motivando a ida de camponeses para as cidades. Essas se tornaram superpopulosas e as fábricas não conseguiram absorver toda a mão de obra, tornando a emigração para novas terras uma alternativa aos mais pobres.

conta e as colônias tinham que ser construídas do zero. Por outro lado, as marcas deixasas também são de conquistas e desenvolvimento.

Preservação

Professor e historiador, Waldemar Richter também é um dos estudiosos sobre a colonização alemã no Vale do Taquari. Morador de Forquetinha, ele guarda memórias da própria família, sendo autor de diversos livros sobre o tema.

Richter também foi um dos fundadores do Parque Histórico de Lajeado, que guarda dezenas de casas no estilo enxaimel, características das comunidades alemãs, que contam a história dos imigrantes na região. Na residência dele, uma miniatura do parque foi construída e ele é um dos responsáveis por compartilhar parte dessa cultura com as novas gerações.

Programação especial

Para celebrar a data, a Rádio A Hora tem programação especial nesta quinta-feira. A partir das 8h10min, o programa Frente e Verso entrevista José Paulo Rischter, CEO na Richter Gruppe, Waldemar Richter, professor e historiador e o também professor e pesquisador Lucildo Ahrlet, tendo como cenário o Urban Center, em Conventos.

O tema é o Bicentenário da Imigração Alemã. O historiador Jéferson Luís Schaeffer e o diretor do Colégio Sinodal de Conventos, Rui Griesang também serão entrevistados.

NO BRASIL – O Império Brasileiro recém tinha sido instituído, em 1822, e havia o desejo pelo branqueamento da população, então formada em maioria por portugueses, negros escravizados e indígenas. Também havia interesse em povoar as partes mais meridionais do território e garantir a soberania sobre o sul. Além disso, como a imperatriz Dona Leopoldina era de origem germânica, incentivou a vinda de imigrantes alemães para o país.

NO RS – O dia 25 de julho de 1824 marca a data do primeiro navio de alemães que chegou a São Leopoldo. Antes disso, outras colônias tinham sido estabelecidas na Bahia e no Rio de Janeiro, mas foi a do Rio Grande do Sul que prosperou. Para atrair os imigrantes, o governo brasileiro prometeu terras e insumos para iniciarem uma nova vida na América. Depois de meses em navios transatlânticos em condições precárias, chegaram ao Brasil e encontraram uma realidade muito diferente da prometida. A ajuda do governo foi quase nula e os imigrantes tiveram de abrir as colônias em matas fechadas.

NO VALE DO TAQUARI – A colonização do Vale do Taquari se deu a partir da décadas de 1850. Isso porque de 1824 até então, as novas gerações de teuto-brasileiros já tinham nascido nas colônias de São Leopoldo e novos imigrantes também chegavam ao Estado. As terras no Vale do Rio dos Sinos começaram a ficar escassas e motivaram o desbravamento de novas colônias, seguindo os cursos hídricos. Assim, as terras do Vale do Taquari, na época sob posse de senhores de origem portuguesa, foram sendo loteadas e vendidas aos colonos. Em Lajeado, os primeiros imigrantes se instalaram no atual bairro Conventos. Em Estrela, a comunidade de Novo Paraíso é uma das mais antigas.

1860

Nessa década, a escassez de terras nas colônias mais antigas, no Vale do Sinos, motiva a busca por novos territórios, atraindo imigrantes para o Vale do Taquari

1871

A Alemanha se torna um país unificado e o governo passa a incentivar a imigração italiana em detrimento da alemã

Além disso, o programa O Vale em Pauta será transmitido da Praça Menna Barreto, em Estrela, onde fica um monumento em homenagem à imigração alemã. Entre os entrevistados, estão o pesquisador Airton Engster, o instrutor dos Grupo Folclóricos de Estrela, Andréas Hamester, os dançarinos Anelise e Enio Schwingel, e o professor de história, Joel Mallmann.

FOTOS:
O
Waldemar Richter preserva a história da imigração e se dedica a estudar o tema ao longo dos anos
Coordenador
de Estrela, Airton Engster
Dança e música são heranças da colonização alemã

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

Rede Fascina recebe prêmio na Croácia

Rede de postos de combustíveis com matriz em Lajeado, a Fascina foi uma das vencedoras do tradicional prêmio Clube do Milhão Ipiranga. Com mais de duas décadas de história, a premiação faz parte do programa de excelência e metas da marca, que reconheceu 306 revendedores dentro de uma rede com mais de 7,2 mil postos em todo o Brasil.

A distinção foi recebida na cidade de Dubrovnik, na Croácia, por Tiago Johann e Simone Boni. Além da viagem para o país do leste Europeu, incluiu também uma passagem pela Grécia e Itália. Conforme Tiago Johann, a edição desse ano levou em conta critérios como volume de vendas de combustíveis e lubrificantes, além da penetração do aplicativo Abastece Aí entre

os clientes da empresa. “Estamos muito orgulhosos de conquistar novamente este prêmio, que demonstra o compromisso da rede Fascina com

a excelência”, destaca. No ano passado, premiação do Clube do Milhão foi entregue na Noruega e incluiu uma viagem para a Inglaterra.

Estudante da Univates recebe destaque internacional

O estudante do curso de Engenharia de Controle e Automação da Univates, Natã Eduardo Ourives de Vargas, ficou em terceiro

lugar na maior competição de empreendedorismo do mundo. Vargas representou a startup LimbX na final do Global Student Entrepreneur Awards (GSEA), realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, após passar pelas etapas nacional e regional (América Latina e Caribe).

Com sede em Santa Cruz do Sul, a LimbX desenvolve protótipos de próteses mioelétricas e biônicas para pessoas que perderam membros superiores. A etapa final do concurso ocorreu em formato de reality show, com transmissão global pelo canal Disney +.

Mercado de pets alcança novo recorde

Brasil possui cerca de 160,9 milhões de animais de estimação. A estimativa é da Abinpet e do Instituto Pet Brasil, e atualiza os últimos dados disponíveis, que davam conta de 155,7 milhões em 2022 – uma alta de 3,33% na população em um ano. Todas as espécies monitoradas pela pesquisa apresentaram crescimento: cães, aves ornamentais, gatos, peixes, e répteis e pequenos mamíferos.

Projeções indicam que o mercado pet brasileiro chegará a um faturamento de R$ 76,3 bilhões em 2024, de acordo com os dados da Abinpet e do Instituto Pet Brasil. O faturamento do segmento de pet food, que é a venda de alimentos industrializados para animais de estimação, foi de R$ 41,7 bilhões (54,7% do total do setor). Esse valor corresponde a mais da metade do mercado. Em 2023, o seu percentual de crescimento ficou atrás dos segmentos de pet vet, pet care, serviços veterinários e de vendas totais de animais.

FRASE DO DIA

Sem medo de não ter o que comer, as pessoas conseguem realizar mais e contribuir mais com a sociedade? Estou confiante que, à medida que a tecnologia elimina os trabalhos tradicionais e novas fortunas são criadas, vamos ver alguma versão da Renda Básica Incondicional em escala nacional.”

Assembleia Ocergs – A Ocergs convoca as cooperativas gaúchas para Assembleia Geral Extraordinária. O encontro ocorre em formato híbrido, no dia 1° de agosto, a partir das 11 horas. A reunião presencial será no auditório da Casa do Cooperativismo no Parque de Exposições Assis Brasil, na Expointer, em Esteio, com transmissão digital na Plataforma Microsoft Teams. O principal tema da assembleia é o estatuto social, objeto de discussão submetido à pré-assembleias que prevê alteração substancial no modelo de governança.

Cursos técnicos Senac – Estão abertas as inscrições para o 4º ciclo dos cursos técnicos do Senac EAD. São 14 qualificações nas áreas de Comércio, Design, Gestão, Meio Ambiente, Qualidade, Saúde, Segurança, Tecnologia da Informação, Turismo e a Especialização Pós-técnica em Segurança do Trabalho em Meio Ambiente. As inscrições vão até o dia 19 de agosto de 2024 no endereço ead.senac.br/cursos-tecnicos. No site, os interessados têm acesso ao conteúdo programático e à metodologia de ensino de cada qualificação.

TRAVESSIA DA AMIZADE

Força comunitária prioriza construção de ponte baixa

Campanha para reconectar Marques de Souza e Travesseiro tem novo foco e objetivo é captar mais de R$ 2 milhões

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Após 80 dias da maior cheia que a região já enfrentou, a comunidade une forças para restabelecer acessos. Esse é o caso de moradores de Marques de Souza e Travesseiro. A ponte sobre o Rio Forqueta colapsou no início de maio. Desde então, movimentos locais buscam alternativas a fim de construir uma nova passagem. A ideia inicial da Associação Travessia da Amizade era arrecadar valores para uma nova ponte do porte da anterior. Contudo, a estrutura está orçada em mais

de R$ 15 milhões e o recurso anunciado pelo governo ainda não chegou. Diante do cenário, a prioridade passa a ser uma ponte baixa. A obra deve custar cerca de R$ 2 milhões. Segundo a presidente da associação Katia Lammers, a doação

Estrutura provisória é montada enquanto comunidade prepara construção de ponte baixa

de R$ 1 milhão confirmada pela Sicredi Integração RS/MG faz o projeto avançar. “A campanha é

realizada desde maio. Somando o recurso repassado pela cooperativa, alcançamos em torno de R$ 1,2 milhão.”

A estrutura que será construída é considerada uma ponte baixa e terá como limite de peso 30 toneladas. Doações para construção da estiva podem ser feitas por meio da chave pix travessiadaamizade@gmail. com. A intenção do grupo é poder iniciar os trabalhos nas próximas semanas. Enquanto isso, outra frente da iniciativa privada trabalha para viabilizar a passagem por meio de estrutura improvisada que utiliza três contêineres (preenchidos com pedras e concreto) e pranchas de madeira.

Impacto nas propriedades

A falta da ponte gera sérios desafios para os produtores rurais da região. O suinocultor da

Granja Kunz, Eduardo Kunz e o produtor rural em Travesseiro, Edson Essig, compartilharam suas dificuldades durante o programa Frente e Verso, da Rádio A Hora. Para Essig, que trabalha com lavoura e produção de leite, a ausência da ponte tem sido um desafio diário.

“Durante 20 anos que usamos essa estrutura era só alegria.” Lamenta que agora o tempo de deslocamento para outros municípios aumentou de forma considerável. “O trajeto antes feito em 45 minutos para Lajeado, agora leva quase metade do dia”.

Na propriedade de Essig, parte da área dos galpões foi alagada, resultando na perda de silagem e dificultando o acesso de tratores devido ao barro persistente. Ele enfatiza os impactos econômicos e operacionais significativos que enfrentam desde o ocorrido.

Para Kunz, a situação foi ainda mais severa. Dos 10 chiqueirões, apenas dois não foram destruídos pela enchente, resultando em perdas significativas de matrizes e leitões. Cerca de 500 matrizes e mais de 3,5 mil leitões não sobreviveram à força das águas. “Não adianta baixar a cabeça. É preciso criar forças e seguir em frente”, afirma Kunz.

FELIPE STEFANI/DIVULGAÇÃO

OBITUÁRIO

HELMUTH ECKHARDT , 86, faleceu ontem, 24. O velório ocorre na Igreja Evangélica Luterana de Roca Sales. O sepultamento ocorre hoje, 25, às 9h, no Cemitério da Linha 21 de Abril, em Roca Sales.

JOSÉ DE AMARAL , 72, faleceu ontem, 24. O velório e sepultamento ocorrem hoje, 25, em Guarulhos, São Paulo. Ele era pai do colaborador do Grupo A Hora, Kleber Fabiano de Amaral. José deixa os filhos Amaral Júnior Neves de Amaral, Daniele de Amaral e Kleber Fabiano de Amaral.

NICANOR LUIZ

GIOVANELLA, 58, faleceu ontem, 24. Os atos fúnebres ocorreram no Crematório Regional Memorial Organização Kist, em Venancio Aires.

ODETE DA SILVA , 77, faleceu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeidas, em Taquari.

SELGA KORT, 70 , faleceu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Westfália.

AVELINO BAGATINI, 75, faleceu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério São Pedro, em Encantado.

INA KORTZ WOLF , 88, faleceu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Colinas.

SEMILDA SCHOLZ , 82, faleceu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico da Paz, do bairro Teutônia, em Teutônia.

SIDÔNIA TERESINHA

RUSCHEL , 78, faleceu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Wink, em Teutônia.

Lembrança de falecimento a José de Amaral

Os filhos de José de Amaral, Kleber Fabiano de Amaral, Amaral Júnior Neves de Amaral e Daniele de Amaral comunicam e lamentam a morte do pai, de 72 anos, residente de Guarulhos (SP). Lembraremos dos bons momentos com saudade e amor e pedimos a Deus paz e luz ao seu espírito.

Agradecemos o carinho da família e amigos.

LOGÍSTICA

Danos em ferrovias afeta transporte de etanol ao RS

Pelo menos 80% do combustível destinado ao Estado chega por trilhos. Presidente da Sulpetro critica atuação de concessionária, que deve apresentar diagnóstico até o começo de agosto ESTADO

Quase três meses após a catástrofe climática de maio, a condição das principais ferrovias gaúchas permanece preocupante. Inundações e deslizamentos de terra danificaram pelo menos quatro trechos diferentes. Entre eles, a Ferrovia do Trigo, que passa pelo Vale do Taquari. E os impactos logísticos são imensos.

Um dos principais prejuízos causados pela interdição dos trilhos é o transporte de combustíveis. Estima-se que pelo menos 80% do etanol transportado ao RS chega por vias ferroviárias, o que compromete, por exemplo, o abastecimento de veículos e a produção de plástico verde. Hoje, as rodovias se tornaram a única alternativa.

Conforme o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do RS (Sulpetro), João Carlos Dal’aqua, o custo adicional é “inevitável” e afeta desde as empresas que atuam no setor até o consumidor final. Por isso, frisa que o problema precisa de solução urgente.

“Pela ferrovia, era um custo bem menor. Agora é outra coisa, vindo de caminhão. E quem compra esse combustível é a distribuidora, que vai repassando. E, claro, vai chegando na ponta. Isso é muito ruim para todos nós”, lamenta Dal’Aqua. Segundo ele, é difícil estimar um percentual de aumento no preço do etanol, pois há variações.

Produções fora do RS

Diferente de outros combustíveis, o etanol não tem produção própria no RS. Segundo Dal’aqua, o combustível chega de regiões com o Sudeste e o Centro

Oeste de vagão, com um custo muito inferior se comparado ao transporte rodoviário. “E chegava para nós tanto na adição da gasolina quanto no próprio combustível puro”.

Um dos principais motivos de queixa, conforme o dirigente, é a falta de um projeto concreto de recuperação por parte da Rumo Logística, empresa que detém a concessão das ferrovias no RS, ao passo que até mesmo no setor aeroportuário se vê movimentações, após a interdição do Salgado Filho.

“O produto continua vindo, nunca faltou. Mas com outro custo. E a impressão é de que a empresa não estão muito interessada em uma solução rápida. Parece querer se livrar desse problema. É angustiante”, pontua.

Prejuízos ao turismo

Os problemas nas ferrovias gaúchas também prejudica o turismo estadual. Na Ferrovia do Trigo, por exemplo, o projeto Trem dos Vales teve seus passeios de 2024 cancelados em virtude das condições dos trilhos em diversos pontos e sem um crono-

Ferrovias possuem importância sobretudo pelo transporte de combustíveis

Diagnóstico

Até o começo de agosto, a Rumo deve apresentar um diagnóstico completo da situação das ferrovias gaúchas. O acerto se deu em reunião semana passada, com o vice-governador Gabriel Souza. A concessionária afirmou, também que está mobilizada no levantamento e avaliação de todos os danos causados pelas chuvas, e que mantém diálogo com o governo federal e autoridades competentes para avaliação conjunta.

grama concreto de recuperação dos trechos. Em entrevista recente à Rádio A Hora, o presidente da Associação dos Municípios para o Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Charles Rossner, classificou como uma “grande sacanagem” o silêncio e falta de posicionamento da concessionária sobre o futuro das ferrovias.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
FÁBIO KUHN

SÓ DEPENDE DE SI

NOITE PARA DEIXAR A ZONA DE REBAIXAMENTO

LUCAS UEBEL/DIVULGAÇÃO

Esperançoso após voltar a vencer, Grêmio encara o Corinthians na Neo Química Arena precisando de uma vitória simples para respirar fora do Z4

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

OGrêmio só depende de si para sair da zona de rebaixamento ainda no primeiro turno do Brasileirão. Na noite de hoje, vitória simples sobre o Corinthians, na Neo Química

Arena, faz o time respirar fora do Z4. A partida, às 20h, tem transmissão da Rádio A Hora. A vitória na última rodada, aliada às contratações que chegaram em grande número nas últimas semanas, fizeram o torcedor tricolor voltar a ter esperanças de que o ano pode ser positivo. Com 14 pontos, e ocupando a 18ª colocação, o Grêmio encara um adversário direto. O Corinthians é o 14º colocado, com quatro pontos a mais. Entre os dois times estão Criciúma e Cuiabá, com 17, e o Vitória, com 15. Como Criciúma e Cuiabá não jogam na rodada, uma vitória simples faz o Grêmio

os ultrapassar, uma vez que igualaria nos pontos, mas teria uma vitória a mais. Para isso, o técnico Renato Portaluppi tem importantes acréscimo ao elenco.

O meia Cristaldo está recuperado de lesão e pode aparecer no time titular. Ele pode ser escalado no meio-campo, à frente de dois volantes, ou no ataque no lugar de Nathan Pescador. Quem também pode jogar são os recém contratados Arezo, Aravena e Monsalve. O primeiro estreou contra o Vitória, enquanto que os outros dois ainda procuram os primeiros minutos em campo. Na zaga, Jemerson também deve estrear e logo na titularidade. Por outro

Renato Portaluppi tem falado com tranquilidade que conseguirá tirar o Grêmio da zona de rebaixamendo do Campeonato Brasileirão

lado, Carballo, destaque no jogo passado, está suspenso. O provável time titular para encarar o Corinthians na Neo Química Arena tem: Marchesín; João Pedro, Rodrigo Ely, Jemerson e Reinaldo; Villasanti, Dodi e Edenilson; Soteldo, Cristaldo e Pavón.

CORINTHIANS RECUPERADO

Com duas vitórias nos últimos dois jogos, o Timão ganhou um fôlego na briga contra o rebaixamento. Para o confronto, o técnico Ramon Diaz deve ter o retorno de Igor Coronado, desfalque contra o Bahia. Ele, no entanto, não poderá contar com o zagueiro Gustavo Henrique e o volante Alex Santana, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. O time titular deve ter: Hugo Souza; Félix Torres, André Ramalho e Cacá; Matheuzinho, Raniele, Ryan, Rodrigo Garro e Hugo; Romero e Yuri Alberto.

ALAF VOLTA ÀS QUADRAS PARA AMISTOSO NA SERRA

Equipe de Lajeado intensifica preparação para competições estaduais

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Quase um mês após voltar aos treinos, e duas semanas antes de retomar às competições, a Alaf entra em quadra hoje para um amistoso preparatório. Às 20h, enfrenta a BGF, no Ginásio Darcy Pozza, em Bento Gonçalves.

A partida é preparatória para a Taça Farroupilha e a Segunda Divisão do Gauchão de Futsal. Os campeonatos tiveram mudanças de cronograma devido aos acontecimentos do mês de maio, impactando também na prepração da equipe.

A Alal voltou a treinar no dia 2 de julho e desde então intensifica a preparação. As primeiras partidas oficiais ocorrem no dia 10 de agosto, fora de casa, contra o Filtradores, e no dia 17, em casa, contra a ANPF, ambas pelo Gauchão. Na Taça Farroupilha, a equipe está nas semifinais e enfrentará o Santa Cruz Futsal, em data ainda a ser definida. Nas últimas semanas, o time de Lajeado apresentou alguns reforços. O ala Girão, fixo Cisso, e o ala japonês Takumi.

Alaf voltou aos treinos no dia 2 de julho e neste sábado enfrenta a BGF, em amistoso na cidade de Bento Gonçalves

DEPARTAMENTO MÉDICO

ALAN PATRICK É MAIS UMA BAIXA NO ELENCO

Eliminado da Sul-Americana e da Copa do Brasil, e mal no Brasileirão, o Internacional ainda acumula baixas. A mais nova é Alan Patrick. O meia deixou o Beira-Rio após o empate em 1 a 1 com o Rosario Central com suspeita de lesão nos ligamentos do joelho esquerdo e fará exames para avaliar o possível período afastado.

Caso seja confirmada a lesão, restará saber o período de recuperação do capitão colorado. O que causa preocupações. Após a venda de Mauricio ao Palmeiras, são poucas as opções para a posição. Roger Machado conta com Gabriel Carvalho, Gustavo Prado e Hyoran para o setor. Este último convive com as críticas da torcida e sequer entrou na queda para os argentinos. Os dois primeiros são garotos. Carvalho, principal joia da base, renovou

contrato até 2028 e pode ganhar mais espaço no Brasileirão. A tendência é que a direção observe o mercado e veja se há como trazer uma alternativa para a posição. Os colorados já procuram zagueiro e um homem de frente.

Além de Alan Patrick, o departamento médico segue lotado. Vitão se recupera de lesão na coxa esquerda, mesmo problema de Thiago Maia. Fernando teve a lesão na coxa direita. Aránguiz está com edema ósseo nos dois tornozelos, enquanto Lucca apresentou um desconforto muscular. Ivan, que passou por cirurgia no joelho direito, dificilmente volta nesta temporada.

Eliminado nas copas, o Inter só tem o Brasileirão a disputar no restante da temporada. No sábado, às 20h, enfrenta o Bahia na Fonte Nova

LUIS FELIPE AMORIN

O início da colonização alemã em Lajeado

O dia 25 de julho de 1824 marca a data em que o primeiro navio de alemães chegou a São Leopoldo, iniciando a colonização germânica aqui no Rio Grande do Sul. Esse processo se deu um pouco depois no Vale do Taquari. O marco da fundação de Lajeado, em 1855, fica no bairro Carneiros, próximo ao Rio Taquari. Mas os primeiros lotes coloniais, que receberam as primeiras famílias de imigrantes alemães, foram vendidos no bairro Conventos, na década de 1860.

Naquela época, Antonio Fialho de Vargas era dono do atual território de Lajeado. A exemplo de outras empresas imobiliárias, iniciou a medição e venda de lotes para os imigrantes.

Na introdução do livro “Pioneiros de Conventos” (2018), o historiador

Lucildo Ahlert descreve que Fialho de Vargas vendeu primeiro os lotes mais longínquos para os colonos. Assim, cada família tinha necessidade de abrir estradas e vias de acesso à parte central de Lajeado, onde havia o rio, para que pudessem comercializar seus produtos e ter acesso a bens manufaturados.

Os travessões

Para delimitar os lotes, foram traçados grandes travessões no primitivo território de Lajeado. Eram estradas em linha reta que serviam de limite entre os lotes coloniais. Um deles iniciava na atual Avenida Amazonas, seguia reto pelas ruas João Goulart, Paulo Emílio Thiesen e continuava na Avenida Pedro Theobaldo Breidenbach, hoje, a principal via de Conventos.

Em 2004, os 180

anos da Imigração

Outro travessão era a atual Avenida Benjamin Constant. Um terceiro traçado ficava na rua Arnoldo Alfredo Scherer, também em Conventos. Entre os três travessões, foram divididos os lotes para os colonos, terras que formam os atuais bairros Conventos, Bom Pastor, Imigrante, Igrejinha, Centenário e Olarias (veja o mapa).

As páginas 6 e 7 do Jornal A Hora resgatam um pouco mais sobre a história desses pioneiros. Vale a leitura.

Algumas comemorações marcaram a data, vinte anos atrás. Teutônia, a capital nacional do canto coral, reuniu centenas de pessoas num único coro na “Ein Deutsch Brasilianisches Fest in Teutônia und Westfália”, a festa teuto-brasileira em Teutônia e Westfália.

Na ocasião, a bandeira da Alemanha, junto às dos municípios, foi hasteada pelo coralista mais idoso, Helmuth Osterkamp, de 79 anos, e pela mais nova, Mônica Silvestre da Luz, de 14 anos. Em paralelo, também ocorrem festas do colono e motorista pela região. O Esporte Clube Cruzeiro, de Santa Clara do Sul, organizava a 23ª Festa do Colono Alemão. Em Progresso e Marques de Souza também houve festejos, com desfiles e bailes.

Em Lajeado, uma solenidade marcou o hasteamento da bandeira da Alemanha junto à Prefeitura Municipal. Na época, a Rainha dos 180 anos da Imigração de Lajeado era Melina Wiebusch.

Hoje é

Dia da Imigração Alemã no Brasil

Dia do Colono

Dia do Motorista

Dia Mundial de Prevenção do Afogamento

Dia do Escritor

Santo do dia

São Cristóvão

FILIPE FALEIRO

Demandas regionais para a segunda fase do Pronampe

Diretores da cooperativa Sicredi Integração apresentaram ao Ministério Extraordinário da Reconstrução, em reunião na segunda-feira, algumas sugestões para facilitar a liberação de crédito às empresas atingidas pela inundação.

Presidência da cooperativa de crédito encaminhou ofício com sugestões para o governo federal

1 – Novo financiamento para empresas já atendidas

A demanda por recursos foi superior ao caixa destinado às cooperativas. Com isso, foi necessário limitar. Em vez do máximo de R$ 150 mil por negócios, os contratos teto foram de R$ 100 mil.

Alguns receberam menos e foi insuficiente para garantir a retomada produtiva. É compreensível que, com a magnitude dos danos, o financiamento inicial possa ter sido apenas um paliativo.

Solução:

A autorização de um segundo ou terceiro contrato, até o teto de R$ 150 mil por CNPJ para Meis, micro e pequenas empresas.

2 – Reavaliação da divisão de recurso por faturamento

Para as empresas do Simples Nacional, foi criada uma linha de corte dentro do recurso de R$ 2,5 bilhões como fundo garantidor. Cada instituição ficou com uma parcela disso. E para uso, precisava reservar 50% às Meis e micro (faturamento anual de até R$ 360 mil) e o restante para pequenas (até R$ 4,6 milhão/ano). Para a menor faixa, tem sobrado recurso e à outra falta.

Solução:

Reavaliar o rateio dos recursos, ou mesmo autorizar um equilíbrio de acordo com a demanda da instituição financeira dentro dos níveis de faturamento.

Botas, fuzis e capacetes

Soldados do batalhão de Santa Cruz do Sul na limpeza do Castelinho. O Estado demorou 80 dias para solicitar ajuda dos militares. Enquanto isso, um prédio histórico ficou do jeito que estava. Está certo, não vou ser tão crítico. Em alguns dias a direção e professores fizeram alguma limpeza. É isso. Sem mais. Gostaria de saber, o que fez a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) mudar de ideia? Pois a informação prévia era a contratação de uma empresa para recolher entulhos, limpar móveis, ver o que poderia ser aproveitado, além de tirar todo o barro (agora seco) de dentro das salas e do pátio. Diga-se de passagem, terrível a forma de se comunicar da Seduc. Também da Coordenadoria Regional de Educação. Desde o início do segundo governo de Leite, o contato ficou muito difícil. Entendo que as equipes têm muito trabalho, mas deixar as perguntas no vácuo, não abrir espaço para o diálogo, dá uma ideia de total falta de transparência.

ARTIGO

JENIFFER HARTH

psicóloga e presidente do Centauros

Os memes da vida real

Na semana passada as redes sociais foram inundadas de memes fazendo referência ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como o grande taxador de impostos do país. Taxad, como vem sendo chamado, teve sua cara estampada em diversas imagens de filmes com os títulos “O senhor dos impostos”, “De volta ao tributo”, “A fantástica fábrica de impostos”, “Taxando a vida adoidado”, “Meu imposto favorito”, entre muitos outros. Os aliados do governo e a grande mídia – financiada pelo governo – não gostaram muito da brincadeira, mas os memes renderam boas risadas. Já a realidade, bicho, essa não tem muita graça. Não à toa os memes foram o assunto do momento, amplamente compartilhados pela população. O motivo é muito simples, o brasileiro pode não ser expert em assuntos tributários, mas ele já sentiu no bolso o peso do aumento dos impostos executados por esse governo. E o que piora a situação é que o retorno de tantos impostos em serviços à população é pífio, é péssimo. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), comparando a carga tributária e qualidade de vida em 30 países com as maiores tributações do mundo, o Brasil é o último colocado, o pior em retorno de impostos à população. Não é surpresa para ninguém, é a percepção da realidade sendo confirmada com dados. Os fatos escancaram uma incoerência dramática nesse país: enquanto a União bate recorde de arrecadação mês a mês, o brasileiro vê seu carrinho no supermercado cada vez mais vazio.

Taxad, digo, Haddad, chegou a dizer que “não se criou nenhum imposto, não se aumentou nenhuma alíquota”. Então como explicar a reoneração de PIS/Cofins sobre gasolina e etanol? A criação do imposto sobre a exportação de petróleo bruto? A famosa “taxação das blusinhas”, com o fim da isenção de imposto sobre compras de até U$50? A criação do imposto sobre apostas online? O novo imposto sobre importação de placas solares? O aumento de imposto sobre munições e armas de fogo? O aumento de imposto sobre carros híbridos e elétricos? A nova tributação sobre fundos exclusivos e rendimentos no exterior? Esses são só alguns exemplos, fora o que ainda virá com a reforma tributária. O governo está, sim, taxando e muito para minimizar o rombo nominal de R$ 1,061 trilhão alcançado em maio desse ano. Boa parte da população, essa que compartilhou os memes, já entendeu a situação: se os gastos só aumentam, quem paga a conta somos nós. Há quem defenda que apesar do aumento na arrecadação, a carga tributária não aumentou, ela diminuiu de 33,1% em 2022 para 32,4% em 2023. Agora veja os detalhes. A carga tributária é calculada pela soma de todos os tributos, de todas as esferas governamentais, dividido pelo PIB e multiplicado por 100. Repare que nessa equação, se o PIB aumenta, a carga tributária diminui, obviamente. Foi isso que aconteceu, o PIB aumentou, muitos comemoraram, porém, não se engane. Um dos componentes de cálculo do PIB que mais teve aumento foram os gastos públicos! E um PIB baseado em gastos de governo é como um voo de galinha, é superficial, raso e não reflete uma melhora real na economia. Os investimentos privados diminuíram, os investimentos estrangeiros fugiram, milhões de empresas fecharam, a criação de novos empregos desacelerou e a perspectiva é que a inflação aumente. Anote aí, o cenário não é nada favorável para os próximos anos.

Reflita comigo, se os memes ganharam tamanha proporção nos últimos dias, a ponto de preocupar o governo com a insistente ideia de regular as redes sociais, ou seja, censurar a livre expressão e a crítica aos governantes, isso significa que temos uma legítima representação da vida real. Bem-vindos ao Brasil da taxação!

FOTOS FILIPE FALEIRO

Quinta-feira, 25 julho 2024

Fechamento da edição: 18h

Caminhões passam por lavagem externa, para prevenções de qualquer mínimo contato que possa ter ocorrido e evitar uma disseminação da doença

Doença de Newcastle está sob controle

Oito barreiras sanitárias devem permanecer por mais 11 dias

Brayan Bicca brayan@grupoahora.net.br

ANTA GORDA

Ogoverno do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), continua as atividades de vigilância e contenção de foco na região de Anta Gorda, onde houve um caso confirmado de doença de Newcastle em um aviário comercial. Até terça-feira, 23, o Serviço Veterinário Oficial do Estado vistoriou mais de 500 propriedades de 858 localizadas no raio de dez quilômetros a partir do foco, entre granjas comerciais e criações de subsistência. Nesta semana ocorreu uma reunião com prefeitos dos municípios que ficam no raio de dez quilômetros de Anta Gorda, área destinada como

Importante salientar que este procedimento somente é feito na propriedade positiva, nas demais localidades não há nenhuma ação sobre os animais”

“área de risco”. A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/ Seapi), Rosane Collares, ressalta que o objetivo do encontro foi nivelar com as prefeituras informações necessárias sobre a doença. “Explicamos o que é

a Newcastle, como se trabalha e quais são seus impactos. Vimos que seria de extrema importância conversar com todos os outros prefeitos ou representantes destes municípios”, destaca.

Conforme Rosane, a situação está sob controle, todos os procedimentos já estão predefinidos em um plano de ação e uma dessas iniciativas são as barreiras que estão parando os caminhões que entram e saem do município. Esses caminhões passam por uma lavagem externa, para prevenções de qualquer contato que possa ter ocorrido e evitar disseminação da doença. São oito barreiras instaladas que devem continuar em operação por mais 11 dias.

“Quando é detectado um foco de Newcastle, passamos por algumas etapas, como passar pela propriedade positiva e fazer a eliminação dos animais doentes. Importante salientar que este procedimento somente é feito na propriedade positiva, nas demais localidades não há nenhuma ação sobre os animais”, frisa a diretora.

Preocupação

Conforme Rosane, a secretaria possui compromisso com a situação sanitária dos animais no estado e com a avicultura não é diferente, pela importância que a produção tem, tanto para região, quanto para o Estado. “O trabalho que está ocorrendo em Anta Gorda e nos municípios em seu entorno é voltado para o reestabelecimento da condição de sanidade o mais rápido possível. Após o término das atividades e a

secretaria conseguir comprovar a ausência da doença, é estabelecido um prazo de 90 dias para reconhecimento internacional novamente”, explica.

Podutores

Segundo a diretora do DDA, o contato com os produtores tem sido positivo, por colocar em prática a responsabilidade compartilhada. “Nós estamos sendo muito bem recebidos, as pessoas estão muito colaborativas e com isso nos dá muita agilidade no trabalho”, contextualiza.

Newcastle no RS

O último caso detectado no Rio Grande do Sul ocorreu em 2006, em uma propriedade de subsistência, ao contrário das características deste aviário de Anta Gorda, onde foi encontrada a ave contaminada pelo vírus.

DIOGO FEDRIZZI

O vice de Jonas

Pelo atual cenário (17h, de ontem, quando fechei a coluna), a escolha do candidato a vice de Jonas Calvi (PSDB) é o que falta para desenhar a campanha eleitoral em Encantado.

Com Paulo Costi e Enoir Cardoso anunciados pelo PP e Luciano Moresco pelo PT, três possibilidades pautam as conversas entre os tucanos: coligar com o MDB (e nesse caso o advogado Gustavo Mezzomo, o Guto, é o indicado pelos emedebistas), se unir com o PL (o ex-vereador Gustavo Scatola, o Chiquita, é um dos especulados),

ou concorrer com chapa pura. Os três movimentos geram opiniões divergentes no PSDB, o que é natural nesse período de pré-convenções. Mas há forte apelo interno (e até de fora, acreditem!) que defende candidatura própria tucana, e o nome do empresário Rogério Conzatti, um dos filhos do exprefeito Adroaldo, ganha força.

Se o PSDB realmente for sozinho, PL e MDB garantem que estão prontos também para lançar candidatura solo. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que já esteve próximo de se unir com os progressistas, cogita o

engenheiro Gilmar Fachini para concorrer a prefeito. Do lado emedebista, o empresário Rudi Gonzatti aparece como possível parceiro de Guto. E nem citei o novato União Brasil, que vai apoiar Jonas, e o PDT, que anda mais cauteloso sobre o futuro. Difícil acreditar em cinco candidaturas, mas vai saber!

“Comendo poeira e cuspindo tijolo”

Se passa muito carro ou caminhão, como tem sido desde a enchente de maio, é buraqueira. Se chove, é barro. Se tem dias de sol, é poeira, como foi nesta semana. Essa tem sido a realidade da ERS 129, entre Roca Sales e Colinas. Aliás, a imagem mais lembra aquelas provas de rally, tipo Paris-Dacar ou dos Sertões. A extensão do pó cobre boa parte do entorno da rodovia e dificulta a visibilidade dos motoristas. Dentro das casas, dá até para brincar de “tela touch screen” e escrever com o dedo nos móveis, tamanhã quantidade de sujeira vinda de fora. Pobre comunidade de Linha Fazenda Lohman! Imagina você nesta condição, “comendo poeira e cuspindo tijolo”, como me escreveu um morador.

Neste sábado, 27, tem novo protesto. Mesmo que o governo do Estado tenha colocado a obra de pavimentação asfáltica entre as 30 prioridades e prometido iniciar os trabalhos ainda neste ano, os moradores insistem em ter acesso à licitação ou ao contrato assinado com a empresa que fará o serviço. Enquanto não forem atendidos, prometem não parar.

Podemos em Encantado

Dissidentes do PL, descontentes com os recentes movimentos do partido, se organizam para criar o Podemos. Um dos líderes do movimento é o advogado Felipe Giaretta. Embora não tenha prazo legal

para lançar candidatos neste ano, o grupo quer se envolver com a campanha. Já tem conta no Instagram e não esconde que a preferência é apoiar Jonas Calvi (PSDB).

Que impacto as eleições presidenciais nos Estados Unidos podem trazer para o pleito em Encantado? Aguardemos!

Buraqueira na 332, outra vez!

É compreensível que a demanda por obras de recuperação de nossas rodovias concentre os maiores esforços do governo do Estado, principalmente nos locais onde houve desmoronamentos e até mesmo na manutenção permanente da estrada de terra entre Roca Sales e Colinas, por exemplo. Aliás, merecem elogios as equipes que trabalham na reconstrução da ERS 332, na subida da Guabiroba, e na ERS 129, na Serra da 28, entre Muçum e Vespasiano, pelo avanço dos serviços. Porém, não podemos fechar os olhos para a necessidade de conservação dos demais trechos. É o caso da ERS-332, a Rota da Erva-Mate, que sofre mais uma vez com os enormes buracos e a fraca sinalização na pista asfaltada, que exigem manobras arriscadas dos motoristas (foto). Aliás, se essa tragédia de maio não serviu para comprovar aos nossos líderes políticos a importância (e dependência) da 129 e da 332 para a região alta, quando será? E lembrar que a 332 esteve fora do plano de concessão das rodovias estaduais.

Em Encantado, a estrutura da recém-criada sala de operações do Centro de Defesa e Resiliência Climática será apresentada à imprensa nesta quinta-feira, 25. O coordenador do setor é Júlio Ripoll, o Jota, conhecido comunicador da Rádio Encanto FM.

Em Nova Bréscia, a supreendente decisão do MDB de apoiar o PP fortalece a possibilidade de candidatura única, com Baixinho Barbieri e Leandro Dadalt de olho na reeleição pelos progressistas. A dúvida é se o PDT do exprefeito Kiko terá força de mobilização para tentar voltar ao comando do município.

Em Roca Sales, PP e PSDB confirmam parceria. O debate agora busca acordo para escolher quem encabeça a chapa que vai enfrentar Bayard Fischer (MDB). O nome escolhido pelos progressistas é Jones Wunsch, o popular Mazinho. Do lado tucano, o vereador Henrique Pivatto é um dos cotados.

Errei!

Na edição passada, errei ao escrever que o prefeito de Dois Lajeados, Tiago Grando (MDB), estaria fora da eleição de outubro por opção. Na verdade, ele já é prefeito reeleito e por isso não pode disputar o pleito.

Ainda na Cidade da Amizade, o novato Podemos já está estruturado com pré-candidatos a prefeito, vice e vereadores. Os nomes para a majoritária são o empresário Adovandro Luis Fraporti, o Dinho, e o vereador de segundo mandato, Nelson Vasconcelos Salvador. E o grupo está empolgado. A se confirmar as articulações dos partidos, teremos três postulantes à cadeira de prefeito em Roca Sales, igual em 2020.

Em Muçum, moradores organizam manifestação a favor da dragagem do Rio Taquari. A mobilização será sábado, 27, às 14h. A saída da caminhada é do Posto do Viaduto, próximo a entrada da cidade.

Microempreendedores aproveitaram para expor seus trabalhos no local

Festa de São João destina valores aos atingidos pelas cheias

4º Quintal Iris reuniu arte, música e gastronomia, em evento solidário no último sábado, 20

Matheus Giovanella Laste mateus@grupoahora.net.br

ENCANTADO

Aquarta edição do evento cultural teve a temática de São João e ocorreu em parceria com a Gauss Bier, que sediou a festividade no último sábado, 20. Essa edição beneficente destinará o valor arrecadado com a venda de ingressos para pessoas vítimas das enchentes.

“Cada edição se supera, mas esta foi absolutamente a mais especial. O Quintal Iris é muito mais do que um evento; é um encontro de almas, um espaço de conexões profundas e momentos que aquecem o coração”, afirmou a idealizadora do

projeto, Thais Agostini.

Além da solidariedade, o evento visou também apoiar os artistas locais que têm enfrentado dificuldades devido à escassez de eventos culturais na região. Uma rifa com 13 prêmios foi comercializada e os valores obtidos dela foram distribuídos entre os artistas presentes. Alguns microempreendedores aproveitaram e puderam expor o trabalho no local.

“Nossa gratidão é imensa a todos que estiveram presentes e transformaram o Dia do Amigo em uma celebração mágica e cheia de amor. Sentimos uma felicidade indescritível em fazer parte das suas vidas e em compartilhar tantos sorrisos, abraços e energias positivas”, enfatizou Thaís. A programação do Quintal Iris incluiu apresentações musicais com artistas regionais e uma variedade de barracas com comidas e bebidas tradicionais.

Recolhimento de tampinhas e experiências lúdicas

Projetos desenvolvidos por alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Quinze de Encantado e que impactam na vida da sociedade pautaram a conversa do quarto episódio de “O Segredo da Infância”, produção especial do Grupo A Hora, em parceria com o Espaço Flores. Ser, de Encantado. O programa apresentado na Rádio A Hora 102,9, no dia 18 de julho, teve a participação dos alunos do 3º ano, Micaela Graciola Boaro, 9, e Bernardo Vilarinho Poletto, 8, acompanhados da coordenadora pedagógica Maristela Cardoso Rizzi. A mediação da conversa foi da facilitadora de processos de inovação social, Ana Fausta Borghetti.

construído no pátio da escola para armazenar o material. “É uma iniciativa importante que colabora no sentido de construir a consciência nos alunos sobre os casos de abandono de animais”, explicou Maristela.

A aluna Micaela afirma que, por enquanto, são recolhidas apenas tampinhas de plástico.

Conforme Maristela, as aulas do 3º ano são coordenadas pela professora Lisiane Delazeri e, durante o ano, são realizados dois projetos, o “Ronronados e lambidinhas agradecem suas tampinhas” e “Experimentos geram conhecimentos”. Na primeira atividade, todas as turmas, do pré ao 5º ano, arrecadam tampinhas e doam para a Associação Encantadense de Defesa Animal (Aeda). A entidade, depois, comercializa as tampinhas e utiliza o dinheiro para o atendimento aos cães e gatos recolhidos da rua que aguardam para serem doados. Um espaço chamado de A Casa das Tampinhas foi

“A gente guarda as tampinhas na casinha. Toda vez que um aluno ou professor traz tampinhas a gente coloca lá. Quem tiver tampinhas pode levar para nossa escola. Eu me sinto feliz por poder ajudar. Eu tenho três gatos em casa”, acrescentou Micaela. “Eu me sinto feliz, porque a gente ajuda os animaizinhos abandonados. Às vezes a gente tem dó deles e quer adotar um. A gente não compra, a gente adota. Eu tenho um gato e um cachorro”, contou Bernardo.

O segundo projeto foca na realização de experiências, como forma de construir novos conhecimentos e despertar a

curiosidade e o gosto pelo aprendizado por meio de ações simples que podem ser reproduzidas em casa, com os amigos e familiares. “Não possuímos laboratório de ciências, mas isso não foi empecilho para que nossos professores desenvolvam essa importante atividade pedagógica. Usamos materiais do dia a dia, utensílios da cozinha, brinquedos”, afirmou Maristela. “É uma atividade que, pedagogicamente, leva a teoria para a prática”, falou Ana Fausta. Micaela e Bernardo destacaram as experiências do barquinho, do arco-íris, com o uso de chocolates M&Ms e pintura nas cores do arco-íris em papel toalha que absorve a água de dois copos, e do ‘cabelo do ovo’. “São atividades de iniciação científica que estão no currículo escolar. Como são crianças, a profe encontra uma forma lúdica e que se aproxime de uma linguagem do nível da idade deles para facilitar a compreensão”, observou Maristela.

Maristela, Ana Fausta, Diogo, Micaela e Bernardo, durante o programa no estúdio da Rádio A Hora
Os idealizadores do Quintal Iris, Thais Agostini e Aloisio Gianesini

Impacto das cheias coloca em xeque futuro das agroindústrias

Todos os 46 empreendimentos que fazem parte do APL foram afetados

Asituação de diversas agroindústrias na região não diferem consideravelmente de muitas empresas atingidas diretamente pela cheia de maio (ou de setembro e novembro de 2023). Seja no acesso aos locais

ou a falta de consumidores para manter um fluxo de caixa, esses empreendimentos lutam para conseguir se manter diante de consequências que antes das enchentes do ano passado nunca foram sequer cogitadas.

A professora e coordenadora do Arranjo Produtivo Local (APL) das Agroindústrias familiares do Vale do Taquari, Eliane Kolchinski, revela que a entidade possui 46 associados, com a maioria sendo agroindústrias familiares e alguns empreendimentos ligados ao turismo (hospedagem, café colonial e restaurantes).

Todos foram afetados direta ou indiretamente. O armazém APL, localizado junto ao parque

João Batista Marchese, não foi atingido, mas sentiu o impacto devido ao cancelamento do Trem dos Vales e excursões que estavam agendadas.

“A maioria teve perda de produção no campo, perda de estufas e produtos armazenados em virtude da falta de energia elétrica. Aliado a isso, dificuldades de comercialização em virtude da situação dos acessos, além do cancelamento de eventos. Um dos principais mercados das agroindústrias são as feiras que ocorrem ao longo do ano no Estado”, explica Eliane. Diante desse cenário, o resultado atual são agroindústrias com estoque de produção e sem geração de renda.

Casa Brandão

O estabelecimento que iniciou como um café colonial e se tornou restaurante já chegou a atender mais de cinco mil pessoas durante uma temporada do Trem dos Vales. Agora, a Casa Brandão, de Muçum, luta para conseguir reerguer o negócio após ser diretamente atingido pela enchente de maio e de setembro de 2023. Em fevereiro o empreendimento reabriu as portas e estavam em fase de teste de novo cardápio quando a água voltou a atingir o local. “Os danos foram muito maiores que a de setembro”, conta o proprietário Marciano Brandão.

O próprio acesso para a Casa Brandão se encontra dificultoso com uma grande quantidade de barro e máquinas trabalhando na limpeza. “É fundamental a questão do acesso, ao nosso entorno também. Isso resulta em muito trabalho para poder se reestruturar de novo. O turista que vem até nós quer ter segurança e um lugar bonito, harmônico. Eu tinha feito um financiamento depois de setembro para voltar com a casa renovada, mas agora não temos o espaço organizado para pagar esse financiamento. Por isso não temos data de retorno aos trabalhos”, revela Brandão.

Cutelaria Alma de Gato

Nesse empreendimento de Encantado, a história não se mostra diferente. Em relação a agricultura, artesanato e as feiras para exposição, tudo permanece bastante dificultoso. “O dinheiro que a gente contava para pagar as contas não existe, foram 24 dias sem luz em que ficamos sem produzir também, seja as minhas facas ou o artesanato em madeira. Mas logo esperamos que comece a retomada, algumas feiras estão retornando e depois vem a Expointer. Estamos contando com isso para conseguir deixar tudo em dia”, afirma o proprietário Dilamar Bombardelli.

Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
ARQUIVO PESSOAL

Casa Gollin Gastronomia

Por estar situado em Relvado, o empreendimento se encontra isolado de Encantado e Doutor Ricardo, e com a baixa circulação de pessoas na região, o turismo, principal produto da Casa Gollin, está sem movimento. “A entrega das pizzas se tornou inviável, o percurso que antes ficava em 40 quilômetros agora está em mais de 100. As estradas não tem condições mínimas e trazem danos aos automóveis, com o tempo de entrega em até três horas”, salienta o proprietário, Adriano Gollin.

A estrutura do local foi afetada severamente, as trilhas e sinalizações que havia no local não existem mais. “Sem esperanças de melhoras a curto prazo, imagino que vá levar uns cinco anos para ficar próximo ao que era antes. A nossa retomada foi no quesito de não desistir”, aponta Gollin. A dificuldade em conseguir crédito é o principal entrave no momento. “Tudo adverso ao divulgado, regras diferentes para o mesmo financiamento do governo federal em cada banco procurado, burocracia e atendimento sem qualidade das instituições financeiras, juros exorbitantes, prazos insuficientes e exigências impossíveis de se cumprir”, lamenta Adriano.

Na semana passada a Casa Gollin retornou com o atendimento para o público da região. “Foi muito bom, mas não temos ilusão, o município é pequeno e dependemos 90% de clientes de fora”, enfatiza o proprietário.

Ações de retomada

Segundo a coordenadora, o APL já desenvolve ações em busca de auxiliar as agroindústrias e empreendimentos afetados pela enchente. Algumas delas estão entre os movimentos gerados pela campanha Somos do Vale, organizada pela Amturvales:

Vendas online no site do APL: O site foi lançado em maio de 2024, coincidindo com o período da enchente. Ele possibilitou que pessoas de outras regiões adquirissem os produtos contribuindo para a geração de renda das propriedades. Consumo dos produtos locais: Um ponto salientado na campanha. Atualmente estão com a publicidade da cesta do Dia dos Pais, com os produtos das agroindústrias do APL.

Adote um empreendimento: Ação cujo o objetivo é possibilitar que empresas e pessoas adotem uma agroindústria ou empreendimento impactado pela enchente, seja com mão de obra para auxiliar na retomada, conhecimento técnico ou apoio financeiro. “Também tivemos vários casos de voluntários que auxiliaram nas limpezas da Casa Brandão, Estalagem Santa Rita, Sitio Colibri e que muitas vezes fazem o trabalho sem divulgar”, salienta Eliane.

Junto ao parque João Batista Marchese, funciona o Armazém APL. No local são comercializados os produtos de aproximadamente 30 agroindústrias. O local funciona nos sábados e domingos, atende a comunidade local e turistas. “Temos percebido o retorno de algumas excursões e turistas nos últimos finais de semana. Já estamos recebendo agendamentos para realizar degustações e compras dos produtos das agroindústrias no espaço”, comenta a coordenadora.

A campanha “Visite o Vale do Taquari, desfrute dos atrativos turísticos locais e acesse gratuitamente o Cristo Protetor de Encantado”, pela Associação Amigos de Cristo e Amturvales, também veio para incentivar as compras pelos visitantes e contribuir para a retomada e sustentabilidade dos empreendimentos que foram impactados, dentre eles o APL. “Muito importante a retomada sustentável do turismo na região. O turista visitando e comprando no Armazém APL contribui diretamente para a geração de renda de aproximadamente, 30 famílias. E indiretamente em toda a cadeia produtiva ligada a produção destas propriedades”, diz Eliane.

Agroindústria Slaifer

Foi uma das atingidas indiretamente. Segundo o proprietário Maciel Slaifer, o retorno do empreendimento vinha principalmente das feiras, e com a paralisação quase total nesses eventos, a situação atual é complicada. “Temos uma boa expectativa agora com a Expointer, vamos lançar dois produtos novos para dar uma atraída a mais. Temos que seguir em frente, estamos no processo final de organização dos licores, cachaças, mas é difícil. A questão dos acessos, as barreiras e tudo mais diminuiu bastante o movimento”, revela. Eles possuem um espaço para receber turistas e em breve planejam recomeçar com as jantas e eventos no local.

Estalagem Santa Rita

Segunda a proprietária Rosemeri Vian, toda estrutura da parte térrea foi destruída nas chuvas de maio. “Como somos um atrativo turístico rural tínhamos uma trilha que dava acesso a Cascata da Colmeia, mas ela também foi arrasada, deixando o local sem acesso. Todo nosso complexo, com seus espaços naturais, ficaram irreconhecíveis. As aves que criávamos também foram levadas”, revela. O acesso ao local é a principal demanda solicitada por Rosemeri. “A estrada está muito prejudicada e as máquinas estão impossibilitadas de alcançar o local para fazer as reparações. Por isso, ainda não temos nenhuma perspectiva de reabrir”, comenta Rosemeri.

ARQUIVO

ACI-E destaca representatividade regional em cargos de liderança na Fiergs/Ciergs

Dois conselheiros da associação integram a gestão 2024/207

AAssociação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E) enaltece a presença de três empresários do Vale do Taquari na nova diretoria da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs/Ciergs). Entre eles, estão dois conselheiros da ACI-E, Angelo César Fontana e Gilberto Antônio Piccinini. Fontana integra o quadro dos vice-presidentes regionais do Ciergs, enquanto Piccinini é um dos diretores, mesma função exercida por Aline Eggers Bagatini, CEO da Fruki Bebidas. Uma comitiva do Vale acompanhou a cerimônia de posse da gestão 2024/2027 que ocorreu no último dia 18, em Porto Alegre, e marcou também a ascensão do empresário Claudio Bier ao cargo de presidente da Fiergs/Ciergs.

A representatividade do Vale do Taquari em cargos de liderança em âmbito estadual cria a expectativa de que as demandas do setor produtivo regional ganhem mais visibilidade e possam ser atendidas, avalia a presidente da ACI-E, Raquel Cadore. "Enquanto região, temos situações específicas que necessitam de um olhar mais próximo. A presença dos nossos representantes também traz a perspectiva de um desenvolvimento industrial mais equilibrado e inclusivo, além

da integração com lideranças estaduais e o fortalecimento da coesão em diferentes áreas. Sem dúvida, vai estimular tanto a troca de experiência quanto o apoio às necessidades das indústrias locais nesse momento de retomada", comenta Raquel.

Angelo Fontana acredita que a presença do Vale do Taquari na diretoria da Fiergs/Ciergs preenche uma importante lacuna de trabalho no associativismo regional. "As nossas funções permitem que possamos atender e defender a principal base na geração de emprego e renda. A indústria faz a roda da economia girar, alimentando e movimentando os setores de comércio e serviços,

principalmente, neste momento de retomada após as três cheias que fomos vítimas", afirma Fontana.

Representar os produtores rurais e a agroindústria é o objetivo do presidente do Conselho de Administração da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini, como diretor da Fiergs/ Ciergs. “É uma importante instituição que defende as indústrias gaúchas. Estamos ao lado de diretores que representam diferentes setores e regiões do Estado. Trabalharemos juntos em alinhamento com o presidente Claudio Bier”, afirma. “Também teremos um grande desafio diante do cenário de catástrofe climática que enfrentamos. Este

Comitiva do Vale acompanhou a cerimônia de posse da diretoria da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs/Ciergs)

Saiba mais

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e o Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs) são entidades de representação sindical da indústria gaúcha. Elas atuam por políticas de fortalecimento do setor em âmbito estadual, nacional e internacional em busca de ambiente que contribua para a competitividade, a inovação tecnológica e o desenvolvimento. Também participam da interlocução com os poderes executivo, legislativo e judiciário na defesa do crescimento econômico e da expansão dos negócios, a fim de gerar valor, renda, emprego e qualidade de vida.

é um momento de reconstrução, e estamos todos empenhados em tornar novamente o Rio Grande do Sul um Estado pujante, como sempre foi”.

Aline Eggers Bagatini diz estar comprometida em representar as necessidades e prioridades das indústrias. "Ao lado dos demais

diretores, buscarei assegurar que as demandas da nossa região recebam a devida atenção e importância, promovendo um ambiente de crescimento e desenvolvimento sustentável. Juntos, trabalharemos para fortalecer a voz das nossas indústrias e impulsionar o progresso econômico e social do Vale do Taquari", salienta. Desde o início do ano, as três lideranças também fazem parte da diretoria da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), com Fontana na presidência, Piccinini como secretário e Aline na posição de diretora da Indústria.

DIVULGAÇÃO/ACI-E

Giuseppe Garibaldi apresenta projeto de dança em ensaio aberto

Integrantes da Invernada adulta se apresentam no “Dançando Nossas Origens III”

ENCANTADO

OCTG Giuseppe

Garibaldi realizará a segunda apresentação do ano do projeto “Dançando Nossas Origens III”. O evento inicia às 10h no próximo domingo, 28, na sede da entidade, que abrirá suas portas pela primeira vez para um ensaio aberto ao público conduzido pela invernada adulta.

O “ensaio aberto”, como é chamado pelos integrantes, deve durar três horas e terá almoço para o público que comparecer. O projeto “Dançando Nossas Origens” foi iniciado em 2022 e tem crescido a cada edição, buscando alcançar um público cada vez mais amplo. O objetivo é divulgar as danças tradicionalistas gaúchas e apresentar o trabalho desenvolvido pela entidade.

A iniciativa conta com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e é patrocinada por Baldo SA, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Goemil, Pretto Veículos e Supermercado AGF. A realização é do CTG Giuseppe Garibaldi e do Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

CRUZADAS

Sapo da Amazônia Urso, em espanhol Gala, para Dalí (?) André,

Laços do vaqueiro Parte em um rateio

social: Facebook ou Twitter Picadeiro

"(?) de Fidelidade", poema de Vinicius

ÁRIES: Agir em equipe será a melhor maneira de conseguir o que deseja, Áries, seja no trabalho ou na vida pessoal. 21/03 a 19/04

TOURO: O desejo de fazer só o que tem vontade pode crescer, mas aos poucos as coisas melhoram e você vai ter tempo de finalizar o serviço.

GÊMEOS: No trabalho, explore sua criatividade e faça o possível para manter o foco no que importa.

CÂNCER: Seu lado prático ajuda a encarar esses desafios e ainda vai sobrar pique para cuidar do serviço

LEÃO: Redobre o cuidado para não se distrair com tanta facilidade e confira duas vezes uma tarefa antes de partir para a próxima, evita problemas.

VIRGEM: O astral melhora aos poucos e você pode organizar o orçamento e até rever alguns compromissos financeiros que já assumiu.

seus objetivos!

ESCORPIÃO: Não deixe a desconfiança esfriar o romance, porque seu ciúme pode fazer hora extra e estremecer os laços com o mozão.

SAGITÁRIO: Seja paciente para lidar com as críticas e veja se você não está exagerando na hora de cobrar os colegas também.

CAPRICÓRNIO: Se tem planos para viajar não deixe nada ao acaso e tenha um plano B para driblar os imprevistos que podem surgir pelo caminho.

AQUÁRIO: AHá sinal de novidades na conquista e pode até se envolver com alguém de outra cidade.

PEIXES: Bom humor e animação ajudam a movimentar a paquera, mas a distância talvez vire um problema.

O ensaio aberto deve durar três horas e terá almoço para o público que comparecer

O charmoso interior de Santa Clara do Sul 365 VEZES NO VALE

Paisagens bucólicas, mirantes naturais e arquitetura imponente. Tudo isso encontramos numa trip de 14 quilômetros pelo interior de Santa Clara do Sul. A caminhada dominical foi organizada pela Kondor Turismo e comprova como o interior do Vale do Taquari é charmoso.

O principal cenário fotográfico foi o imponente Parque de Eventos Broenstrup, prédio da antiga fumageira que foi restaurado e hoje é palco das principais festas do município. As vistas naturais de Picada Santa Clara e Nova Santa Cruz também impressionaram os cerca de 30 participantes do passeio turístico.

A parada final foi o Recanto Três Arroios. Com foco na nostalgia, o ponto turístico oferece uma experiência “a moda antiga” com brinquedos como o carrinho de lomba, perna de pau e pula corda. Outro atrativo curioso é o passeio de carroça.

O nome Três Arroios vem dos córregos que cortam a propriedade rural. Uma trilha leva até a cascata. O destino conta ainda com belos ambientes para piquenique na sombra das árvores, fazendinha com animais e redes para descanso.

Interessados em participar de caminhadas com essa proposta podem acompanhar o Instagram da Kondor Turismo (@ kondorturismo). Oportunidade única para descobrir paisagens de beleza única pelo Vale do Taquari.

As marcas que apoiam o turismo do Vale do Taquari

Taigi Garden destaque da segunda rodada

Mais de 4 mil votos foram registrados na segunda rodada da competição organizada pelo 365 vezes no vale para definir qual a hospedagem mais famosa do Vale do Taquari. O destaque ficou para a vitória do Taigi Garden (Estrela) sobre a Cabana Rasga Diabo (Vespasiano Corrêa). O empreendimento estrelense conquistou 244 votos (68%) e teve a melhor votação do domingo.

Segunda rodada

Cabanha Sady Agostini (Boqueirão do Leão) 41% – 59% Chalés Valle di Pietre (Dois Lajeados)

Taiúva Cabanas (Encantado) 36% – 64% Sui Monti Glamping (Encantado) Casa Hobbit do Vale (Nova Bréscia) 71% - 29% Pousada Vó Lúcia (Arroio do Meio)

Cabana Zuckerhut (Colinas) 69% - 31% Vivenda Altos da Glória (Encantado)

Espaço Gariba (Encantado) 38% – 62% Cabana Ouro Verde (Marques de Souza)

Recanto dos Lagos (Sério) 52% - 48% Recanto Alto da Ventania (Arroio do Meio)

Lá-do-Morro (Arroio do Meio) 66% - 34% Villaggio dei Monti (Doutor Ricardo) Steinhaus (Imigrante) 64% - 36% Sítio Dona Neia (Sério)

Chalés Vista dei Monti (Dois Lajeados) 46% - 54% Cabana São Brás (Tabaí)

Recanto do Vento (Boqueirão do Leão) 34% – 70% Cabana da Vista (Arroio do Meio)

Recanto Dom Giovani (Ilópolis) 131 58% - 95 42% Bell Elevatto (Muçum)

Cabana Cascata Rasga Diabo (Vespasiano Corrêa) 116 32% – 244 68% Taigi Garden (Estrela)

O Chalé (Forquetinha) 219 89% - 28 11% Vale da Magia (Mato Leitão) Refúgio Galli (Encantado) 91 48% – 98 52% Colinas Haus (Colinas)

Cerca de 30 pessoas participaram da caminhada organizada pela Kondor Turismo no domingo, dia 21

O Daniel Marquez eternizou esse momento na Igreja Matriz São Sebastião Mártir, o cartão-postal de Venâncio Aires.

Use a #365_vezes_no_vale e compartilhe as belezas da região conosco!

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