A Hora – 05/09/24

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Educame provoca para mudança cultural

Jonas Calvi abre ampla vantagem na pesquisa Methodus

Atual prefeito de Encantado lidera com folga em todos os cenários. Diferença sobre o segundo colocado passa dos 20 pontos na estimulada.

Pesquisa Methodus mostra que o candidato a reeleição pelo PSDB tem cenário favorável na disputa por novo mandato. Baixo percentual de indecisos aumenta desafio de concorrentes do PP e PT na tentativa de reverterem votos. Saúde é prioridade máxima para mais de 70% dos eleitores entrevistados.

PÁGINAS | 6 e 7

OPINIÃO

RODRIGO MARTINI

Mais respeito às incertezas pregadas pela natureza

Masato Kobiyama define APP como “área de perigo permanente”.

OPINIÃO

FILIPE FALEIRO

Quem quer uma ferrovia em desuso e danificada? Concessão perto do fim faz com que parcerias improváveis surjam.

OPINIÃO

VINI BILHAR

Folhito completa 30 anos neste mês Empresa da família Lanius alia inovação às questões ambientais.

Livro e cartilha do projeto Educação Ambiental na Escola (Educame) foi lançado no encerramento do primeiro dia do Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes. Publicações detalham conceitos sobre impacto da humanidade na biosfera e ensina sobre características regionais diante dos riscos de catástrofes.
PENSAR O VALE PÁGINA | 3

Conhecimento: pilar da transformação

Diante do impacto devastador de catástrofes ambientais sem precedentes, a sociedade regional se vê obrigada a uma série de mudanças.. As três grandes inundações em um curto período – setembro a maio deste ano – deixaram marcas profundas e comprovaram que os erros do passado não podem ser repetidos.

O projeto de Educação Ambiental na Escola (Educame), idealizado pelo Grupo A Hora e apoiado pelas gestões municipais, busca transformar a forma como as novas gerações entendem e lidam com os riscos ambientais.

“A proposta do Educame vai além de ensinar sobre os impactos da humanidade na biosfera, também visa tornar as futuras gerações mais conhecedoras sobre os desafios climáticos.”

O lançamento do livro e da cartilha, durante o Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, marca um importante passo na conscientização e educação da comunidade sobre a prevenção de desastres naturais. A proposta do Educame vai além de ensinar sobre os impactos da humanidade na biosfera, também visa tornar as futuras gerações mais conhecedoras sobre os desafios climáticos. O Grupo A Hora entende que a educação é a única maneira de criar uma nova consciência ambiental. Trata-se da primeira entrega após a primeira edição da Carta do Vale do Taquari. Ao formar jovens conscientes e preparados para agir em momentos críticos, podese aproximar o conhecimento das famílias. Assim, talvez se tenha no longo prazo uma sociedade mais resiliente e preparada.

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“Para empreender é necessário coragem, dar o primeiro passo e seguir em frente”

Isabela Moresco, 20, é encantadense e proprietáriadaAmores Livraria e Cafeteria. Ajovemempresária é a coordenadora da AssociaçãodeJovens Empreendedoresdo Vale(Ajev),núcleoda AssociaçãoComerciale Industrial de Encantado. Isabela conta sobre os desa osdegerirseu empreendimentoe aconselhaosjovensque aspiramterseupróprio negócio.

ARQUIVOPESSOAL

Como surgiu a Amores?

A Amores surge de um exemplo e de um sonho familiar. Um exemplo, porque, com duas avós professoras e mãe leitora, os livros sempre fizeram parte da minha vida. E sonho porque, como leitoras ávidas, eu e minha mãe sempre tivemos o desejo de ter a nossa própria livraria! Em 2019, começamos a pensar sobre a possibilidade de abrirmos a Amores, mas não víamos viabilidade naquela época. Após a pandemia, com a construção e futuro que o Cristo Protetor projetava para a cidade, decidimos ir à frente com o nosso objetivo. O nome Amores representa essa história, primeiro o amor que sentimos por todas as histórias presentes dentro do nosso espaço; segundo, é uma abreviação do nosso sobrenome, trazendo todo o trabalho familiar por trás!

Quais os maiores desafios?

Na cafeteria, trabalhar todo o estoque, perdas, saídas e entradas, compras,

enfim. Equilibrar tudo isso é complicado, para toda empresa. Na livraria, o maior desafio é a concorrência com o mercado digital, trabalhar o marketing em nosso favor. Além disso, embora a Cris (mãe) seja experiente em relação à administração de uma empresa, eu ainda sou muito inexperiente. Mas o importante é o foco em estar sempre aprendendo e se desenvolvendo!

Qual a importância da livraria física?

A importância da livraria física não reside apenas no contato com o livro, que muitos leitores gostam de ter durante a compra. Mas, principalmente, no desenvolvimento da cultura na cidade. A gente sabe o quanto a leitura foi deixada de lado nos últimos anos, em meio ao mundo digital, contudo, dando às pessoas a oportunidade de comprar livros e histórias, se incentiva a busca pelo conhecimento, interpretação e pela cultura em si! O livro é empático, nos permite conhecer a história de outro, e assim, consequentemente, nos entendemos melhor.

Como a Ajev influência no seu crescimento?

Além das conexões, conhecidos que hoje são amigos, me desenvolvi muito nesses anos que participo. Desde crescimento pessoal, como melhora na oratória e na transmissão de opiniões, como profissional, no desenvolvimento de gestão de pessoas, gestão financeira, além de ajuda nas dores da minha empresa.

Que conselho daria aos jovens que buscam empreender?

Acredito que o essencial é ter conhecimento sobre a área que vai empreender. Somos jovens, iniciando algo novo, temos a oportunidade de aprender todos os dias. Além disso, ter confiança, persistência… para empreender é necessário coragem, dar o primeiro passo e seguir em frente todos os dias. Por fim, gostar daquilo que nos propomos a fazer é o mais importante, para não ser apenas trabalho, mas também realização.

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PÓS-ENCHENTES

Educame desperta para mudança cultural sobre prevenção a desastres

Primeiro dia do Seminário Pensar o Vale marca lançamento do livro e da cartilha voltados para elevar consciência da comunidade regional sobre características regionais e riscos de catástrofes ambientais

“Aeducação é tudo. As pessoas precisam entender que elas são as protagonistas da própria segurança”. Com essa afirmação, o doutor em Engenharia Ambiental, professor da Universidade Federal do RS (UFRGS), Masato Kobiyama, alerta para o principal aprendizado após catástrofes climáticas e encerra o primeiro painel do Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes.

Essa provocação está no centro do projeto Educação Ambiental na Escola (Educame), lançado ontem durante o encontro. O autor do livro e da cartilha do programa, Gilberto Soares, realça a necessidade de preparar os jovens para enfrentar os desafios ambientais do futuro.

Para ele, a mudança cultural necessária para prevenir desastres começa com a educação das futuras gerações. O lançamento do material foi antecedido por um teatro de alunos da escola Scalabriana São José. Na peça, contam a história de uma família que busca informações sobre parentes durante a enxurrada

de maio.

“Ver esse teatro e pensar na importância dos jovens me tocou muito. Roca Sales, destruída, é algo que ainda não consigo acreditar”. Deste modo, enfatiza a urgência de um projeto que promova a educação ambiental nas escolas do Vale do Taquari. “Temos o privilégio de viver em uma região rica, uma dádiva da natureza.”

Com mais de 30 anos de experiência em comunicação ambiental, Soares admite que, apesar de se falar muito sobre a natureza, há sempre algo novo a aprender. “Não conhecemos tudo, e devemos sempre procurar entender mais. O Vale do Taquari, com o Educame, inicia um processo transformador. Como abrir a primeira porta para reagirmos de maneira diferente aos problemas que nós mesmos criamos.”

O Educame é uma realização

do Grupo A Hora e conta com o apoio da Defesa Civil Nacional, das associações dos municípios do Vale do Taquari (Amvat) e do Alto Taquari (Amat).

“Resposta necessária”

O diretor editorial e de produtos do Grupo A Hora, Fernando Weiss, enfatiza a importância do Educame como ferramenta para a construção de uma nova consciência ambiental. “Um ano depois, lançamos o livro. É a resposta necessária. Tinha que ser hoje, pois apostar na educação não é apenas uma escolha, é a única razão que nos resta para criar uma nova consciência em relação ao ambiente natural.”

Weiss sublinha que a responsabilidade de cada cidadão em relação ao meio ambiente precisa ser reforçada por meio do conhecimento. “Criar a cultura e dotar o cidadão de informações é um trabalho longo.”

disso, agradece a participação dos gestores públicos dos municípios, financiadores do projeto. “As secretarias de Educação, os prefeitos, mesmo em ano eleitoral, viram a necessidade deste projeto.”

Ferramenta prática

Além do livro, Weiss destaca a importância da cartilha do Educame, que serve como um guia de “primeiros socorros” em situações de perigo iminente. “A cartilha oferece instruções didáticas e práticas sobre o que fazer quando o perigo está presente”, afirma.

Programação de hoje

8h: Credenciamento

8h30min: TED com o promotor Sérgio Diefenbach

8h40min: TED com Thalys Rian Stobbe, comandante da 2ª Companhia do 6⁰ Batalhão de Bombeiro Militar

8h50min: Painel

Eventos climáticos extremos – Como agir durante os fenômenos para salvar as pessoas e amparar quem precisa de apoio?Como agir durante eventos climáticos extremos.

10h30min: TED com o sócio-diretor da Profill, Sidnei Agra

10h40min: Painel

Plano diretor e habitação – Como (re) ocupar as cidades com resiliência? O que a tragédia nos ensinou e o que faremos daqui para frente?

13h30min: TED com o empresário Roberto Luchese. Tema: O que a reconstrução em duas semanas da ponte de ferro nos ensina?

13h40min: Painel

Obras estruturantes. Mobilidade, logística, desassoreamento, contenção: o que precisamos saber e conhecer para não investir errado?

15h15min: TED com o integrante da Associação Reconstrói Estrela, o empresário Nilto Scapin

15h25min: Painel

Para ele, talvez as gerações anteriores não tenham feito o suficiente para preparar os jovens para os desafios ambientais que enfrentam hoje. “Não podemos chegar nas próximas gerações com as mesmas lacunas que recebemos”, alerta.

O modelo teve como inspiração as iniciativas de Santa Catarina. “Encontramos trabalhos similares em escolas de Blumenau, que têm lidado com suas tragédias ambientais”, diz. O livro do Educame, com uma tiragem inicial de dez mil exemplares, voltado aos professores das redes municipais da região. Já a cartilha é destinada aos alunos.

“Este é um passo importante para que possamos falar sobre quem somos, sobre nossa bacia hidrográfica e sobre como podemos nos preparar para enfrentar os desafios que estão por vir”, finaliza Weiss. O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), o prefeito de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busatto, acredita que houve avanços na comunidade regional ao longo das três grandes

Financiamento e ações para estrutura. Como Vale se habilita para os fundos de financiamento e quais mecanismos existentes que precisamos conhecer para buscar ajuda externa?

17h15min: Elaboração e Apresentação da Carta do Vale

inundações de setembro passado até maio. “No passado, falávamos em reconstruir de qualquer jeito, mas agora, no terceiro evento, estamos buscando soluções mais pensadas, ideias do que fazer. Pensamos melhor e consideramos dar espaço ao rio, construir em locais mais adequados.”

Sobre o Educame, afirma:”elogio muito a iniciativa do A Hora por esse projeto, porque ele deve estar inserido na nossa educação. Estamos dando os primeiros passos para uma mudança cultural. Grandes mudanças vão acontecer devido à educação. Não podemos ficar de fora disso”, reforça.

VALE DO TAQUARI
Seminário retoma hoje programação no auditório do prédio 7 da Univates
Filipe Faleiro
filipe@grupoahora.net.br
Painel abordou o preparo para enfrentamento às catástrofes
FELIPE NEITZKE
Em cima

“Área de Perigo Permanente”

“Não podemos depender de obras estruturantes.” Foi com essa frase que o especialista Masato Kobiyama definiu, durante o primeiro dia do 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, a necessidade de trabalhar muito mais a educação, o treinamento e a organização das comunidades, com o suporte técnico da universidade. “Podem fazer dragagem, mas eu não vou morar na beira do rio”, afirmou. Ele reforça a necessidade de implantar uma cultura resiliente e capaz de entender os riscos dos fenômenos climáticos, e observou para a ineficiência de muitas obras estruturantes e intervenções humanas. Entre essas, a dragagem e o desassoreamento dos rios. “Para mim, APP não é Área de Preservação Permanente. É Área de Perigo Permanente”, finalizou. Em resumo, ele cobra mais respeito às incertezas pregadas pela natureza.

“O debate sobre mudanças climáticas está resolvido”

Presente à abertura do 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, o Ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta (PT), lembrou que diversos municípios da região alta do Vale do Taquari já foram abastecidas por meio fluvial, e hoje a navegação está inviabilizada pelo assoreamento do Rio Taquari. Além disso, relembrou os recursos repassados às empresas e pessoas físicas, e anunciou os serviços de batimetria e os sistemas de alerta em construção. E o agente da União também observou para a necessidade de debater, sem paixões e polarizações, os efeitos das mudanças climáticas. “A partir da pandemia, ninguém mais debate a necessidade do SUS. E agora, com a tragédia das enchentes, não podemos mais questionar as mudanças climáticas. É um debate resolvido.”

rodrigomartini@grupoahora.net.br

“A nova construção do Vale”

Durante a abertura do 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, a Reitora da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Evânia Schneider, foi responsável por um dos discursos mais certeiros do dia. Além de reforçar a importância da academia e da ciência nas ações de prevenção e enfrentamento dos fenômenos climáticos, cujos estudos e pesquisas já existem e não são devidamente aproveitados e respeitados por quem está no front, ela também acertou no termo que precisa ser utilizado pelos mais diversos atores desse delicado momento do Vale do Taquari. Não sei se foi com o propósito deste tópico. Mas ela foi certeira ao não utilizar o termo “reconstrução”. A Reitora falou em “nova construção”. E é isso. Não podemos fazer igual a antes. E quando ela fala em “nova construção”, de propósito ou não, ela provoca uma reflexão necessária a todos e deixa um recado claro: não podemos mais repetir e aceitar os erros do passado!

Disputa de terra às vésperas da eleição

Colegas de partido, os prefeitos de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busato (MDB), e de Estrela, Elmar Schneider (MDB), serão protagonistas de um inusitado processo judicial que prevê, por parte do primeiro município, a aquisição de quase 500 hectares que hoje pertencem a cidade vizinha. A área em questão fica entre a aldeia indígena e o Posto Laguinho, nas proximidades da BR-386. E além dos prováveis embates judiciais, resta saber o tamanho do impacto disto tudo nas urnas.

- Em Bom Retiro do Sul, e durante as sabatinas dos candidatos a prefeito no programa Frente e Verso, o candidato Celso Pazuch (PSB) prometeu um posto de saúde que já está em construção. Por sua vez, o adversário Mauro Hauschild (União Brasil), que morou cerca de 20 anos em outras cidades, precisa provar que, de fato, está vivendo na cidade. E isso tudo será avaliado pelo eleitor.

- Titular da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Lajeado, Günter Meyer está de férias até 11 de setembro. Até lá, a pasta será comandada pelo servidor Cassiano Jung. Ou seja, e isso é importante, o secretário de Obras de Lajeado, hoje, é Cassiano Jung. E ninguém mais, talkei?

- Colunista da Zero Hora, Rosane de Oliveira abordou na quartafeira sobre a proposta de um “Escritório” permanente do governo federal no Estado, tendo à frente o ex-prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT). Entretanto, e conforme a jornalista, a União não deve levar adiante a ideia.

- Alô, alô, EGR. A Rota do Sol está virada em buracos no trecho entre o Vale do Taquari e a Serra Gaúcha. É preciso olhar com muito mais atenção para a segurança dos usuários.

- Hoje à noite o Instituto Ipê Amarelo de Lajeado realiza a doação de uma viatura à Polícia Civil. O evento de entrega será às 19h, no condomínio Buena Vista.

Pesquisa em Encantado

A primeira pesquisa realizada pelo Instituto Methodus em Encantado aponta para uma ampla vantagem do atual prefeito, Jonas Calvi (PSDB), que assumiu a administração municipal após a morte do titular, Adroaldo Conzatti, já no início desta gestão. Calvi aparece com 38,5% das intenções de voto na menção espontânea e sobe para 49,2% na menção estimulada. E mais. O gestor possui menos rejeição do que os dois adversários, Paulo Costi (PP) e Luciano Moresco (PT). É um cenário muito cômodo para quem está com a máquina na mão. Mas é preciso confirmar nas urnas. E isso denota habilidade para não se acomodar e/ou desprezar a destreza dos adversários.

Encantado II

Se a pesquisa precisa ser celebrada pelo prefeito, o resultado cai como uma bomba nas pretensões de Paulo Costi (PP) e Luciano Moresco (PT). O primeiro está na segunda posição com 19,3% Na espontânea e 27,6% na estimulada, e o petista na terceira e última posição, com 3% e 6,3%. E são poucos indecisos na estimulada, com apenas 12% dos entrevistados. Ou seja, e de acordo com os resultados da pesquisa, Costi é o único com (pouca) condição de se aproximar de Jonas Calvi (PSDB). Para isso, porém, é preciso que um fato novo interceda. E não será uma enchente. Afinal, tudo indica que o atual prefeito conquistou mais eleitores do que perdeu diante do último evento.

PESQUISA METHODUS

Jonas Calvi larga na frente com vantagem expressiva

Atual prefeito alcança 49,2% das intenções de voto na estimulada, pouco mais de 20 pontos percentuais a mais do que Paulo Costi. Luciano Moresco tem maior rejeição. Percentual baixo de indecisos indica um grau maior de decisão tomada por eleitores

ENCANTADO

Primeira pesquisa de intenção de voto mostra ampla vantagem do atual prefeito sobre os adversários em Encantado. Com pouco mais de duas semanas de campanha eleitoral, Jonas Calvi (PSDB) está com mais de 20 pontos à frente do segundo colocado, Paulo Costi (PP), enquanto Luciano Moresco (PT) fica para trás.

O levantamento foi feito pelo Instituto Methodus, contratado pelo Grupo A Hora. A margem de erro dos resultados é de 5,6 pontos percentuais para mais ou para menos. Ao todo, foram

ESPONTÂNEA

entrevistadas 300 pessoas, entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro de 2024. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número: RS-06093/2024. Calvi, que tomou posse como prefeito em março de 2021, após o falecimento do então titular do cargo, Adroaldo Conzatti, soma 49,2% das intenções de voto no cenário estimulado, onde os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores. Costi, ex-prefeito por quatro mandatos, aparece com 27,6%. Moresco, ex-vereador e ex-secretário, tem 6,3%.

Neste cenário, o número de eleitores indecisos é relativamente baixo. Apenas 12% afirmaram ainda não saber em quem votar para prefeito da cidade no dia 6 de outubro. Já o total de brancos e nulos chega a 5%.

Esta é a quarta das 12 pesquisas que serão divulgadas com exclusividade pelo A Hora nesta campanha eleitoral, dentro do projeto Pensar Eleições 2024. Já foram divulgados número com os desempenhos dos candidatos a prefeito de Lajeado, Arroio do Meio e Teutônia.

Acima dos indecisos

Na menção espontânea, Calvi

Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para prefeito de sua cidade?

ESTIMULADA

E se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem você votaria para prefeito de sua cidade?

também lidera com folga. Soma 38,5% das intenções de voto, enquanto Costi tem 19,3%, e Moresco pontua com apenas 3%.

Chama atenção que o percentual de indecisos neste cenário fica

em 35,5%. Ou seja, abaixo do primeiro colocado na pesquisa.

“É a primeira vez nessas pesquisas no Vale do Taquari que encontramos um candidato com intenção de voto maior do que o

REJEIÇÃO MÚLTIPLA

E se as eleições fossem hoje e os candidatos fossem estes, em qual ou quais você não votaria de jeito nenhum para prefeito de sua cidade?

número de indecisos na menção espontânea. Isso mostra que o processo eleitoral efetivamente andou”, avalia o diretorpresidente do Instituto Methodus, José Carlos Sauer.

O crescimento de Calvi da espontânea para a estimulada em mais de 10% chama atenção. Indica, que os adversários precisam rever suas estratégias para terem chances de vitória e que “há muito voto para virar”.

“Com uma intenção de voto próxima dos 50%, o Jonas (Calvi) estabelece na disputa a necessidade dos oponentes apresentarem propostas e entrarem em embates com ele. Por essa pesquisa, se percebe que a eleição já tem um grau de decisão relevante por parte dos eleitores”.

Chama atenção também o fato de dois candidatos a vice-prefeito terem sido mencionados na espontânea, Baixinho Orsolin (MDB) – que já foi prefeito – e Enoir Cardoso (PP). Isso, para Sauer, mostra uma certa desatenção do eleitor ao pleito.

Rejeição

Ainda que nunca tenha administrado o município, Moresco desponta com a maior rejeição entre os três

Jonas Calvi (PSDB)
Paulo Costi (PP) Luciano Moresco (PT)
Jonas Calvi (PSDB) Paulo Costi (PP) Luciano Moresco (PT)
Nulo
Luciano Moresco (PT)
Paulo Costi (PP) Jonas Calvi (PSDB)
Branco/ Nulo Não sabe
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Para 58,8% dos entrevistados, enchente não vai in uenciar na decisão do voto

candidatos, com 32,9%. Para Sauer, o percentual está vinculado sobretudo a questão partidária. “Já percebemos isso em outras cidades também”.

Calvi tem a rejeição mais baixa (17,9%), enquanto Costi tem 21,3%. “Rejeição não é impeditivo de crescimento. O problema é que a campanha é curta. Ele (Costi), para ter chance de vitória, teria que entrar em uma disputa direta com o atual prefeito. Se não, o debate fica em uma conversa de amigos”.

Prioridades para o pleito

Ainda que tenha sido bastante atingida pelas enchentes do Rio Taquari - quase 46% dos entrevistados relataram terem sido afetados -, a catástrofe climática não deve ter influência sobre a decisão do voto de quase 59% das pessoas que participaram da pesquisa. “Foi uma cidade muito atingida, com bastante problemas e destruição. Apesar disso, não há uma maioria que deve ser influenciada pelas consequências da enchente. Talvez porque tenha

Per l do entrevistado

ENCHENTES

Durante as cheias de maio, você: Não foi atingido pelas cheias Foi atingido pelas cheias

Para os entrevistados que declaram terem sidos atingidos pelas cheias. Marque as opções de locais que você utilizava e que foram atingidos pelas cheias de maio. Resposta múltipla:

ocorrido um bom desempenho da administração”, observa Sauer. Em relação às áreas consideradas prioritárias para as eleições, a saúde desponta com o maior percentual, sendo mencionada por 70% dos entrevistados. Fica bem a frente, por exemplo, da reconstrução da cidade (34,6%) e da educação (30,9%).

Na sua avaliação, as cheias de maio e as consequências que elas trouxeram para sua vida, in uenciarão a sua decisão de voto na eleição deste ano para prefeito na sua cidade?

É a primeira vez nessas pesquisas no Vale do Taquari que encontramos um candidato com intenção de voto maior do que o número de indecisos na menção espontânea. Isso mostra que o processo eleitoral efetivamente andou"

PRIORIDADES

Pensando nesta eleição, quais devem ser, na sua opinião, as principais prioridades do próximo prefeito? Resposta múltipla:

1,3%

Não sabe 1,7%

FICHA TÉCNICA PARA DIVULGAÇÃO:

Período de realização da pesquisa: de 31 de agosto a 3 de setembro de 2024

Tamanho da amostra: 300 entrevistas

Margem de erro: 5,6 pontos percentuais, para mais ou para menos

Nível de confiança: o intervalo de con ança é de 95%

Contratante: Jornal A Hora Ltda

Empresa contratada: Instituto Methodus Análise de Mercado

Sociedade Simples Ltda.

Número do registro: RS-06093/2024

Data de publicação da pesquisa: 4 de setembro de 2024

vinibilhar@grupoahora.net.br

Folhito celebra 30 anos de crescimento

AFolhito começou o mês de setembro com festa. A empresa chegou ao dia 1º de setembro de 2024 celebrando 30 anos de fundação. A empresa da família Lanius alia empreendimento inovador às questões ambientais. E reuniu seus diretores e colaboradores para essa comemoração na noite de terça-feira, 3. No ápice das três décadas, a

empresa está desenvolvendo um novo adubo orgânico, o Ca+S+, que traz na sua fórmula mais cálcio e enxofre, atendendo os anseios dos clientes e produtores. Na vanguarda do setor, a empresa segue modernizando sua planta industrial e inovando o portfólio de produtos. Exemplo disso, é a produção de biogás para geração de energia, desde 2020. E também o aproveitamento do

Biometano na substituição de combustíveis fósseis, produzindo energia limpa. Os irmãos Rodolfo e Fernando Lanius são os diretores da empresa. Eles seguem os passos do pai, Ito Lanius, que em 1994 decidiu fornecer aos agricultores uma alternativa altamente eficiente de fertilizantes. E assim, há 30 anos, surgiu a Folhito. Parabéns a família Lanius e colaboradores.

Produtos da Nossa Terra. Grupo

Imec valoriza marcas locais

O Grupo Imec realiza hoje, dando continuidade às ações do movimento Produtos da Nossa Gente, uma rodada de negócios com fornecedores de todo o estado. A partir das 14 horas, o encontro terá como sede o Salão Panorâmico do Clube Tiro e Caça, em Lajeado.

Na oportunidade, os fornecedores inscritos poderão apresentar seus produtos para a área comercial com o intuito de fomentar possíveis negociações.

O Grupo Imec já vinha realizando rodadas de negócios nas cidades em que foram inauguradas lojas e, após as inundações de maio, ampliou o movimento para movimentar e fortalecer a economia local.

FRASE DO DIA

O preço que trabalhamos hoje com todos os combustíveis é menor do que o preço de 20 meses atrás. A população não percebe isso.”

Acontece hoje a noite em Teutônia o Prêmio Destaques 2024. O palco escolhido para a premiação será a Associação Pró Desenvolvimento de Languiru - Associação da Água. A promoção é da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e da Prefeitura de Teutônia e busca reconhecer quem investe, produz e gera empregos no município.

Critérios como retorno de impostos, geração de empregos e crescimento do negócio são usados para avaliar empreendimentos nos setores de Comércio, Serviços, Indústria e Setor Primário. Os nomes dos destaques são revelados nesta noite. O evento reúne líderes empresariais, autoridades políticas e dirigentes de cooperativas e demais organizações. Esse ano, 141 troféus serão entregues. O ano base dos resultados é 2022.

• Resíduos – A Expovale + Construmóbil 2024 terá novamente a gestão dos resíduos sólidos em parceria com a Recic. A empresa de Lajeado fará o direcionamento do lixo diretamente na fonte. Como já atuou na última edição da feira, neste ano estará novamente no controle da cadeia de resíduos do início ao fim do evento no Parque do Imigrante.

• Energia – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ontem, 4, que pode revisar a decisão de aplicar a bandeira tarifária no patamar “vermelha 2” nas contas de luz. A bandeira tarifária encarece a conta de luz, em períodos de pouca chuva e muito consumo de energia, para desestimular o desperdício. As ações são reflexo da emergência hídrica que vive o país.

MAGDA CHAMBRIARD, PRESIDENTE DA PETROBRAS
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Bom Retiro do Sul busca revisão de limite com Estrela

Solicitação foi encaminhada à Comarca de Estrela, que manifestou o indeferimento da ação de urgência. Espaço de quase 500 hectares fica localizado entre a ERS-128 e a Estrada São Luis. Município também pediu correção de valores de impostos gerados no local

Karine Pinheiro

karine@grupoahora.net.br

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br

Olimite entre os municípios de Bom Retiro do Sul e Estrela se tornou motivo de questionamento da administração bom-retirense. O Executivo municipal entrou com ação para recuperar áreas de terra atualmente ocupa-

das pela cidade vizinha. São quase 5 milhões de metros quadrados entre a ERS-128 e a estrada na comunidade de São Luís, equivalente a 482 hectares.

Na área em questão, estão instaladas empresas e propriedades rurais, com valor considerável de arrecadação. De acordo com o documento protocolado pelo município de Bom Retiro do Sul, também é solicitada a devolução de “valores recebidos indevidamente e anulação de registros no álbum imobiliário”.

Diante da solicitação de antecipação de tutela da área, a juíza Caren Letícia Castro Pereira, da 1ª Vara Cível da Comarca de Estrela, indeferiu o pedido. O argumento é que não houve contestação das administrações anteriores de Bom Retiro do Sul, o que, segundo a magistrada, afasta a alegada urgência. Além disso, a juíza destacou a falta de provas que confirmem a ocupação indevida e a arrecadação de tributos pelo município de Estrela. Com o indeferimento, a

parte ré será citada para contestar a ação, e o processo seguirá com a coleta de mais provas e a oitiva de testemunhas, antes de uma decisão definitiva.

Lei em avaliação

De acordo com o prefeito Edmilson Busatto, a Lei de emanci-

Espaço possui quase 500 hectares e está localizado entre ERS128 e Estrada São Luis

pação de Bom Retiro do Sul aponta o limite com Estrela nas proximidades da Estrada São Luis. Segundo ele, a situação foi apurada a partir da instalação de uma nova empresa na cidade. O anúncio foi feito em entrevista coletiva na manhã dessa quartafeira, 4.

“Quando a área precisou ser desapropriada, nos foi informado que era de Estrela, então fomos buscar essas informações junto à Assembleia Legislativa. Essa área é fundamental para o desenvolvimento do nosso município. Ninguém tirou nada de ninguém, é apenas uma interpretação da lei”, analisa Busatto. O pedido feito na ação judicial é que os registros vinculados a Estrela sejam transferidos para Bom Retiro do Sul e os impostos gerados pelas empresas instaladas nesta comunidade sejam depositados em uma conta pertencente ao município bom-retirense. Além disso, são solicitados valores retroativos dos últimos cinco anos, mesmo que a lei exista há 39 anos.

Não há um levantamento detalhado do número de habitantes que passariam a pertencer à cidade de Bom Retiro do Sul e nem a quantidade específica de empresas no local. O processo segue em tramitação. A administração municipal de Estrela não se manifestou sobre o assunto.

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VALE DO TAQUARI

Gláucia e Cé planejam retomar projeto de reestruturação da Júlio

Principal via comercial do Centro foi um dos temas abordados durante encontro com lojistas na manhã de ontem, na CDL. Formas de apoio ao setor também foram debatidas no evento

LAJEADO

Candidatos a prefeita e vice da coligação “Pra frente Lajeado”, Gláucia Schumacher (PP) e Guilherme Cé (Novo) abriram ontem, 4, a série de encontros promovidos pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com os postulantes ao governo municipal. Em pouco mais de uma hora, detalharam propostas e responderam perguntas de associados à entidade. No “Café com Candidatos”, Gláucia e Cé ouviram questionamentos de empreendedores e lojistas sobre ações para apoio ao comércio local. Uma delas diz respeito ao futuro da rua Júlio de Castilhos, considerada o “shopping a céu aberto” da cidade. A ideia, conforme a candidata do PP, é retomar o projeto de requalificação da via, elaborado durante a atual gestão.

Primeiro encontro com postulantes ao Executivo promovido pela entidade ocorreu ontem

“Tínhamos avançado bastante, mas travamos na questão da fiação subterrânea, que era um pedido de muitos comerciantes. Tentamos incluí-la na PPP (da iluminação pública) e não conseguimos. Depois, tivemos as enchentes. Agora, buscamos retomar o projeto e chegar a um consenso”, reforça Gláucia.

Apesar dos pedidos, ela admite ser “muito difícil” viabilizar a

substituição da fiação aérea, sobretudo após as cheias. Porém, acredita ser possível executar um bom projeto, que vai de acordo com o desejo de não abandonar o Centro Histórico.

Gláucia e Cé também garantiram que outras vias do Centro, com grande concentração de comerciantes, não serão deixadas de lado. Mas pediu envolvimento dos lojistas durante períodos como o Natal. “Temos que incentivá-lo a decorar sua vitrine. O ideal seria decorarmos todas as ruas, mas o custo seria muito alto”.

PRÓXIMAS REUNIÕES

11 de setembro

Carlos Ranzi (MDB) e Márcio Dal Cin (MDB) Coligação “Olhos no futuro, mãos à obra”

18 de setembro

Sérgio Kniphoff (PT) e Mateus Selke (PDT) Coligação “Lajeado pode mais”

Projetos “macro”

Durante parte da conversa, a dupla também abordou os chamados “macrocompromissos”da gestão, caso eleitos. Entre eles, os cuidados com a cidade. Gláucia diz “sentir falta” de um departamento específico para serviços urbanos, que tenha atuação mais resolutiva.

“Tivemos muitos acertos, mas há coisas a serem corrigidas. Queremos trazer esse cuidado para a cidade toda. Não é só plantar flores, é fazer um canteiro direito, ter uma rua pavimentada, ter placas de sinalização instaladas corretamente”.

Diálogo

Assunto debatido há anos na cidade, a presença de ambulantes nas ruas não passou batido na conversa. E este, segundo Gláucia, é um tema, no momento, “sem resposta ou solução” e pretende abrir diálogo com empresários, lojistas e entidades para encontrar uma saída. Cé observa que seria necessário amplo apoio da sociedade para retirá-los das vias. “Caso contrário, a ideia não vai prosperar”.

Situações como saída de empresas para cidades vizinhas, falta de mão de obra e gargalos do trânsito também foram abordados nos questionamentos aos candidatos.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
MATEUS

HABITAÇÃO

Santa Tereza recebe 24 casas definitivas até o fim do ano

As moradias vão beneficiar famílias atingidas pelas enchentes. O prazo de entrega é de 120 dias após o início das obras

Apartir dessa quarta-feira, 4, começaram a ser instalados os canteiros de obra para o início da construção de 24 casas definitivas destinadas a famílias que perderam suas moradias nas enchentes em Santa Tereza. O prazo de entrega das casas é de 120 dias após o início das obras. A ação faz parte do programa A Casa É Sua –Calamidade, com investimento de R$ 57,1 milhões para a edificação de 410 unidades habitacionais.

O titular da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), Carlos Gomes, comen-

Serviço de terraplenagem já feito pelo município em terreno que receberá as moradias

tou sobre o processo realizado até o início das construções. “O problema não é falta de casa. Temos mais de uma opção de método construtivo para as unidades, com períodos de entrega mais rápidos e estoque para atender além das casas que serão doadas. O gargalo está na preparação dos terrenos. Estamos com todas as equipes

fazendo todo esforço para acelerar essa etapa prévia de trabalho”, informou.

As casas definitivas terão 44 m² de área, divididas em dois dormitórios, sala e cozinha conjugadas, um banheiro e área de serviço externa. Elas serão construídas com painéis de parede de concreto pré-moldado.

O programa A Casa É Sua –Calamidade tem o objetivo de promover a política habitacional de emergência no Estado. Até segunda-feira feira, 9, também devem ser instalados os barracões de construção em Encantado, onde serão construídas 35 casas definitivas. Também vão receber casas definitivas, quando os terrenos estiverem prontos, os municípios de Arroio do Meio (5), Cruzeiro do Sul (40), Estrela (40), General Câmara (14), Lajeado (35), Muçum (80), Roca Sales (50), Santa Tereza (24), Venâncio Aires (72) e Putinga (15).

As ações fazem parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. A sociedade também está contemplada e participa do plano por meio do Conselho do Plano Rio Grande, que tem 182 representações do Poder Público e da sociedade civil, incluindo pessoas atingidas pelas enchentes.

MELITA PACHECO, 79, faleceu ontem, 4. O velório ocorre na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Ferraz, em Santa Cruz do Sul. O sepultamento ocorre hoje, 5, às 9h, no Cemitério Evangélico da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Ferraz.

ELAINE KLEIN BRANCO, 66, faleceu ontem, 4. Os atos fúnebres ocorreram no Crematório de Venâncio Aires.

ERNA RENNER TATSCH, 92, faleceu na terça-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico do Olarias, em Lajeado.

VENCELINO DOMINGOS

SCAPINI, 66, faleceu na terça-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico da Linha São João, em Relvado.

IRINEO PAULO ZATT VITALI, 62, faleceu na terçafeira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério São João Batista, em Arvorezinha.

DIVULGAÇÃO
SANTA TEREZA

OLIMPÍADA

E PARALIMPÍADA: DOIS LADOS

DA MESMA MEDALHA

Sem ser dada a devida importância pela grande maioria dos meios de comunicação, seguem ocorrendo em Paris os Jogos Paralímpicos. As disputas terminam dia 8 de setembro e, por isso, algumas das informações contidas aqui podem sofrer alterações.

Se a Olimpíada foi marcada por depoimentos frustrados da população em geral reclamando da escassez de medalhas, a Paralimpíada tem um cenário diferente: pouquíssimos comentários sobre o feito do Brasil, que acabou de conquistar sua 400° medalha na história e está em 4° lugar no quadro de medalhas, com 48 medalhas. Muitas modalidades em que o Brasil tem ótimos resultados em competições internacionais ainda estão em disputa, o que aponta para um aumento significativo nas nossas conquistas. Impossível não comparar os dois “Brasis”: Olímpico e Paralímpico. Enquanto um era superexposto e sofria críticas pela falta de medalhas, no outro sobram medalhas mas está escondido. Como explicar isso?

Quem não conhece a Rebeca Andrade? A ginasta é a celebridade do momento, ao se tornar a maior medalhista brasileira, com 6 medalhas (2 ouros, 3 pratas e 1 bronze). Mas poucos sabem quem é Daniel Dias, nadador paralímpico brasileiro que conquistou 27 medalhas (sendo 14 de ouro), ou André Brasil, também nadador, com suas 14 medalhas (7 ouros). Mesmas 14 medalhas de outro nadador, Clodoaldo Silva, que subiu 6 veze ao lugar mais alto do pódio. Entre as mulheres, Ádria Santos, com 13 medalhas (sendo 4 de ouro) é a maior de todas. No quadro de medalhas dos paralímpicos, Rebeca não figuraria no top 10 de atletas mais premiados.

Juro para vocês que fico meio confuso, e que a volatilidade das coisas estão mais rápidas que o meu poder de compreensão. Se não vencemos somos criticados. Se vencemos somos ignorados. O que precisa ser feito realmente para o esporte, seja olímpico quanto paralímpico, receba o carinho, a atenção, o significado, a valorização que realmente merece?

VAMOS LEVANTAR E APLAUDIR DE PÉ NOSSOS PARATLETAS. É O MÍNIMO QUE SE ESPERA DE UM PAÍS PARA AGRADECER A BELA REPRESENTATIVIDADE QUE ESTÃO FAZENDO.”

Vamos lá pessoal. Vamos levantar e aplaudir de pé nossos paratletas. É o mínimo que se espera de um país para agradecer a bela representatividade que estão fazendo. Repassem esse texto, postem e compartilhem em suas redes sociais. É um gesto mínimo de agradecimento e consideração ao esporte e aos que fazem dele orgulho do nosso país.

TORNEIO INTERNACIONAL

DESTAQUES DE EDIÇÕES PASSADAS PROMETEM

RETORNAR AO LAJEADO OPEN

Competição ocorre pelo terceiro ano seguido no Clube Tiro e Caça, com jogos entre os dias 27 de outubro e 3 de novembro

Os preparativos para mais uma edição do Lajeado Open seguem com força total. A competição retorna neste ano, projetando mais uma vez ser uma das principais do calendário dos tenistas e garantir um evento de alto nível no Clube Tiro e Caça. O torneio, ITF M25, será realizado pelo terceiro ano consecutivo, do dia 27 de outubro a 3 de novembro, e receberá atletas de todo o mundo, garantindo uma premiação total de 25 mil dólares, além de somar pontos para o ranking da Associação dos Tenistas Profissio-

nais (ATP).

Em recente conversa com organizadores do evento, alguns tenistas que já participaram do torneio expressaram o desejo de voltar neste ano para competir nas quadras do clube do Vale do Taquari. O gaúcho Eduardo Ribeiro, campeão de 2022, deve estar entre os participantes. “É sempre bom voltar para Lajeado, lugar onde sempre fomos bem recebidos e que nos oferece uma ótima estrutura para competir”, disse.

O paulista Pedro Sakamoto, que também esteve na cidade disputando a competição, campeão de 2023, deve retornar para a gira dos torneios ITF’s sul-americanos após participar do circuito Challenger na Europa.

Atletas internacionais como o cazaque Grigoriy Lomakin, também respondeu ao chamado e deverá estar presente no Lajeado Open deste ano. “Gostei muito de Lajeado. Espero que tudo melhore na cidade após a enchente e que os torneios voltem a ser em um ótimo

clima”. Lomakin esteve na edição de 2022 e garantiu que tentará retornar neste ano.

O número 1 do Uruguai, Franco Roncadelli, que esteve nas duas edições anteriores, também disse que pretende voltar. “Adorei o clube e a organização do torneio nos dois anos que estive lá. Ainda não defini se irei jogar o Challenger de Guayaquil, no Equador, ou o ITF de Lajeado. Farei o possível para estar aí”, garantiu.

O Lajeado Open 2024 faz parte do Circuito Banco BRB/ENGIE de Tênis Profissional e conta com o patrocínio das empresas Fasa/Darling Ingredients e Imec Supermercados, através da Lei Federal de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte do Governo Federal, além do Banco BRB, através da Confederação Brasileira de Tênis. A realização é do Clube Tiro e Caça, em parceria com a Associação Leopoldense de Esporte e Cultura – ALEC.

Presidente da Avates e professor de Educação Física na Univates
RODRIGO ROTHER
CLEON MEDEIROS/DIVULGAÇÃO
Campeão em 2022, o gaúcho Eduardo Ribeiro deve competir mais uma vez em Lajeado

GESTÃO DE MARKETING

AGÊNCIA DE LAJEADO FIRMA PARCERIA COM O AVENIDA

Colaboração entre GK Sports Marketing e Avenia visa a gestão do departamento de marketing e patrocínios do clube

Parceria com a GK Sports Marketing busca ampliar as oportunidades comerciais e fortalecer a marca Avenida no mercado esportivo

A GK Sports Marketing, agência de marketing esportivo localizada em Lajeado e com experiência consolidada no futebol brasileiro e em outros esportes, firmou parceria estratégica com o Esporte Clube Avenida, de Santa Cruz

BASQUETE 3X3

do Sul Esta colaboração visa a gestão do departamento de marketing e patrocínios do clube, com o objetivo de ampliar as oportunidades comerciais e fortalecer a marca Avenida no mercado esportivo.

A GK Sports Marketing será responsável por gerenciar as iniciativas de marketing e patrocínios do clube alviverde, focando na geração de novos negócios e na criação de estratégias para maximizar o potencial comercial do clube. “Estamos confiantes de que esta parceria será benéfica tanto para o Avenida quanto para nossos parceiros comerciais. Nossa meta é apoiar o clube em mostrar para as empresas que o esporte é sim uma ferramenta de marketing, que conecta a marca com o seu público alvo”, afirma Gabriel Klein, sócio diretor da GK

Sports Marketing. A colaboração entre a agência e o Avenida busca um avanço significativo na trajetória do clube, com estratégias que visam o crescimento econômico e a consolidação da marca no cenário esportivo.

SOBRE A GK SPORTS MARKETING

A GK Sports Marketing, sediada em Lajeado, é uma empresa especializada em marketing esportivo, com experiência no futebol brasileiro e em outros esportes. A empresa oferece soluções completas para a gestão de marcas e patrocínios, destacando-se pela criação de oportunidades e geração de resultados para seus clientes.

EQUIPE DE VENÂNCIO AIRES

CONQUISTA O TÍTULO ESTADUAL

Destaque em torneio gaúcho também credenciou o Saints Family à disputa do Campeonato Brasileiro

A cidade de Porto Alegre recebeu a seletiva estadual de basquete 3 x 3 no último domingo, 1º. O evento, que foi realizado no Dunk Park, com a organização da Federação Gaúcha de Basquete, contou com o título inédito da equipe venâncio-airense Saints Family na categoria Elite. A equipe ainda ficou com o vice-

campeonato na categoria sub-18 e em quarto (time B) e em quinto (time A) na categoria sub-23. O torneio reuniu 84 equipes provenientes das mais diversas cidades gaúchas. Um dos líderes da equipe, o jogador Paulo Rogério dos Santos, revela que o título inédito foi muito comemorado pela equipe e familiares. Com o resultado a equipe conquistou habilitação para a disputa da primeira etapa do Campeonato Brasileiro, nas categorias Elite e sub-18. A etapa regional será disputada com equipes, além do Rio Grande do Sul, também de Santa Catarina e Paraná. As duas melhores seguem para as finais que ocorrerão, pos-

sivelmente, no Rio de Janeiro. O complexo esportivo de basquete no bairro Navegantes, em Porto Alegre, recebeu o evento pela quarta vez. Em 2023, o Saints Family já havia conquistado os seus dois primeiros títulos inéditos na competição estadual, quando a equipe subiu no pódio a partir das categorias sub-18 e sub-23.

O Saints Family surgiu em 2022. Boa parte dos jogadores, que deram início ao time local, se conheceram no projeto Cestinha, em Santa Cruz do Sul. O basquete 3x3 foi disputado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, e é inspirado no movimento do esporte de rua e na informalidade.

DIVULGAÇÃO

Homenagens à Semana da Pátria

Várias cidades do Vale do Taquari promoviam atividades em comemoração ao Dia da Independência do Brasil. Em Fazenda Vilanova, mais de mil pessoas participaram de uma caminhada pelas principais ruas da cidade. Em Bom Retiro do Sul, escolas fizeram apresentações durante o desfile e a Brigada Militar de Montenegro fez uma partici-

pação especial com a banda marcial.

Já Santa Clara do Sul organizou atividades esportivas e cívicas para comemorar a Semana da Pátria. Em Cruzeiro do Sul, um desfile com o tema Meio Ambiente reuniu 1,5 mil pessoas, além dos milhares de espectadores. Participaram as 14 escolas da cidade, empresas, entidades e CTGs.

Iniciava o Projeto Vida no Santo André

O bairro Santo André de Lajeado recebia um novo projeto municipal, que promovia um trabalho de educação integral na comunidade. Chamado de Projeto Vida, atendia 72 alunos, de 6 a 14 anos, no turno oposto à escola. Naquela época, a atividade funcionava numa estrutura ao lado do ginásio da associação de moradores. Hoje, fica numa casa próxima à Igreja Santo André. Entre as atividades propostas pelo Projeto Vida, estavam oficinas de artesanato e pintura,

Escritório da Amvat

era em Lajeado

O escritório da Associação de Municípios do Vale do Taquari (Amvat) era oficialmente instalado na rua Borges de Medeiros, em Lajeado. O espaço estaria localizado em um prédio disponibilizado pelo município, em frente ao Salão de Esportes. A solenidade de inauguração

teve a presença do secretário do Desenvolvimento Regional e Obras Públicas, Jorge Englert. Na época, o presidente da Amvat era o prefeito de Encantado, Evaldo Zilio. Aquele seria o escritório técnico e regional da entidade e teria um engenheiro, um economista e um assistente social à serviço da Amvat.

as crianças tinham acompanhamento ao tema de casa, atividades de recreação, música, culinária e outros. Na época, os bairros Campestre, Planalto, Santo Antônio, Centro e Cohab de Moinhos também tinham o projeto. No total, mais de 640 crianças eram atendidas em Lajeado.

O presidente Zilio

é

- Dia da Amazônia

- Dia do Irmão

- Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística

- Dia do Oficial de Farmácia do Brasil

- Dia Internacional da Caridade Santo do dia: Santa Madre Teresa de Calcutá

Hoje

FILIPE FALEIRO

Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br

Sem dinheiro novo

OARTIGO

De pária para aliada

fundo social do Banco Nacional de Desenvolvimento

AEconômico e Social (BNDES), anunciado em R$ 15 bilhões pelo governo federal, tem mais problemas do que a mancha inundação e a falta de garantias nanceiras por parte de empresas atingidas pela catástrofe.

Há outra questão que só nesta semana as instituições financeiras deram conta. A temática é complexa, vou tentar ser claro para todos entenderem. Imaginem o seguinte: o banco faz a solicitação dinheiro ao BNDES para operação no semestre. Esse recurso alimenta os créditos de mercado, voltados para projetos do agro e das empresas. Para o segundo semestre de 2024, o pedido foi feito em abril. Antes da grande inundação. Digamos que o banco “Faleiro”

Rumo Logística, concessionária das ferrovias, esqueceu o Rio Grande do Sul. Foram anos de afastamento. Como argumento, apresentavam a falta de interesse das empresas em usar os trilhos para transporte de cargas. Pela operação não ser rentável, os investimentos minguaram, com reflexos sobre a conservação dos ramais.

Com a inundação de maio, o que era ruim ficou pior. Pelo relatório prévio do grupo técnico formado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Secretaria Nacional das Ferrovias e a própria empresa, são pelo menos 700 quilômetros destruídos, um prejuízo estimado de até R$ 4 bilhões.

recebeu R$ 2 bilhões em julho para firmar os contratos já inscritos. Quando a demanda por reconstrução, compra de máquinas e capital de giro da inundação chegou, não houve aporte subsequente. Com isso, o gerente do “meu” banco fez o pedido de mais foi: use o montante já depositado no semestre, daquele balde periódico e previsto em abril.

são do eixo-sul.

A concessão termina em 2027. Pelo contrato, a Rumo teria de entregar a ferrovia da forma com que assumiu. No entanto, ninguém contava com uma tragédia de proporções bíblicas. A Rumo já havia antecipado que não pretendia renovar a conces-

Olhar ao Pronampe

Pelas condições atuais, quem assumiria? Pergunta retórica, pois nenhuma empresa assumiria um risco deste tamanho. Agora, a tão criticada Rumo é a parceria que todos querem. Tanto que o governo federal pretende contribuir. Destinar recursos para repensar a malha ferroviária gaúcha. O futuro do modal, seja como

DIVULGAÇÃO/PALÁCIO PIRATINI

atração turística ou mesmo opção logística, é incerto.

Ao fim e ao cabo, o recurso às empresas e aos agricultores prejudicados pela tragédia foi negado, pois não houve entrada de dinheiro novo.

O que se sabe é que, sem uma intervenção efetiva e coordenada entre a concessionária, o governo federal e outras partes interessadas, o RS corre o risco de continuar no abandono, desperdiçando um modelo de transporte que poderia ser estratégico para o desenvolvimento econômico.

E o governo do

Oportunidade com o ministro

O setor da construção civil é um dos pilares da economia regional. Ele envolve mais de 90 segmentos produtivos. Vai da olaria, cerâmica, incorporadoras e tantas outras. O fato é que algumas dessas empresas

Estado…

têm sede (CNPJ registrado) fora da área de inundação. No entanto, parques de máquinas, pontos de trabalho e canteiros de obras estavam dentro da mancha.

Nas últimas semanas, tenho insistido com a equipe do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, para conceder uma entrevista ao Grupo A Hora. Pode ser para este escriba ou mesmo para a programação da rádio. Até agora, só negativas.

Com a presença do ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, durante o Seminário Pensar o Vale, o presidente do Sinduscom-VT, Jairo Valandro, e empresários do setor se reuniram a portas fechadas para pedir uma revisão na norma sobre acesso a créditos com subvenção de dinheiro público.

Ainda aguardo uma resposta. Pronampe seguirá a lógica da liberação dentro da mancha? Ou será como na primeira fase, pelo decreto de calamidade, indiferente sede da empresa ter sido atingiou não pela água? segunda fase do Pronampe, para empresas do Simples Nacional, começa a operar nos próximos dias. Esse modelo, ainda que com falhas, tem resultados melhores do que as linhas do Fundo Social do BNDES, em termos de capilaridade. Por ser para MEIs, micro e pequenos negócios, os recursos totais por CNPJ alcançam no máximo R$ 150 mil. O pulo do gato está na subvenção de 40%. Nos corredores do governo federal, esse formato é a “menina dos olhos” do presidente Lula.

As inundações de setembro, novembro e maio trouxeram novas exigências sobre prevenção, monitoramento, socorro e restabelecimento das comunidades. A região tem hoje, talvez pela primeira vez na história do país, refugiados climáticos.

Na mesma esteira estão transportadoras, pois há escritórios que não foram atingidos, mas caminhões que ficaram parados devido aos bloqueios nas estradas.

O ministro assumiu o compromisso de levar a demanda para a equipe federal e articular uma alternativa para as empresas da região.

O povo quer menos conversa e mais resultado

O assunto é macro, reconstrução da logística regional, de onde buscar parcerias e, acima de tudo, qual a perspectiva do plano de concessões. Gostaria mesmo de saber qual a ideia do Estado, tendo em vista que será muito complicado convencer o setor primário a assumir estradas tão degradadas e manter investimentos sempre à sombra de uma nova catástrofe.

A narrativa política

No Vale do Taquari, mais de dez mil pessoas foram atingidas. Pelo

menos cinco mil moradias foram destruídas. O processo de aprendizado, de melhoria e mudança cultural depende de ações estratégicas, de debate e participação coletiva.

Em conversa com amigos de São Paulo e de Minas Gerais, a impressão que tive é que o resto do Brasil considera que a reconstrução do RS está em vias de se consolidar. Ledo engano. Essa análise precipitada se deve à narrativa política. Da visão torpe de que todas as medidas possíveis foram adotadas pelo governo federal. As casas populares, os investimentos em infraestrutura, a assistência social, os créditos às empresas. Todas as políticas estão com pontas soltas. Há muito trabalho pela frente. Terminei a conversa com a seguinte frase: Não esqueçam do Rio Grande do Sul.

No Seminário Pensar o Vale Pós-Inundações, a primeira entrega, com o Educame, é um passo voltado à mudança cultural. De dotar a

sociedade de resiliência. Mas quem está nos abrigos têm pressa. Por mais que todo o processo de reestruturação dos bairros, das residências, seja feito da maneira mais rápida já vista no país, ainda é pouco para quem espera. Por isso, é compreensível que a cobrança das populações vulneráveis seja dotada de um senso de urgência.

ARTIGO

SCHAFFER

advogado

Educacional

O senhor das moscas

O prazer em transpor obstáculos

William Golding (1911-1993) foi um escritor inglês de obras importantes no contexto literário mundial. Em 1954 publicou a sensacional novela “O Senhor das Moscas”, na qual analisa a origem da maldade humana.

Nascemos vencendo obstáculos. Crescemos e nos tornamos adultos, e as adversidades continuam fazendo parte de nosso cotidiano. Muitos são fáceis de vencer, outros nem tanto. Mas também têm aqueles que num primeiro momento acreditamos ser impossíveis de transpor. Todas as vicissitudes, sem exceção, nos trazem lições e reforçam nossa musculatura em vencer desafios, nos deixando mais fortes. Várias vezes enfrentamos um revés e só entenderemos seu benefício mais tarde. Nós como pais, em um reflexo de proteção, cometemos o erro de querer desvencilhar nossos filhos de passar pelos infortúnios naturais da vida. Ao tomar essa decisão estamos cometendo um erro e fazendo um desfavor ao desenvolvimento dos nossos rebentos. Continuamos a viver num período onde observamos a cada ano um número maior de ‘bananas’ sendo educados, sem controle emocional e pouco preparo para enfrentar os problemas mais banais. O que precisamos são de pessoas com calma e equilíbrio, o talento vem em segundo plano, como diz Ryan Holiday em sua obra, onde aborda a questão.

A história se passa numa ilha deserta, num tempo e num lugar não especificado. Um avião transportando crianças entre 4 e 14 anos cai, todos os adultos morrem e só elas sobrevivem. Ali, sozinhas, sem pais, sem uma figura de autoridade, de hierarquia, sem exemplos resultantes da civilização, as crianças se transformam.

Três personagens se destacam: Half, um menino bonito, bem estruturado, é uma espécie de diplomata, bem-falante, convincente, democrático. Jack, porém, com a mesma compleição física é diferente. É colérico, um guerreiro, nada diplomático, um caçador, A terceira figura é “Piggy”, chamado porquinho porque é um menino gordinho, pequeno, que usa óculos do tipo fundo de garrafa, o mais intelectualizado deles. É um erudito, um estrategista, um moderado, e se torna o conselheiro de Half. Passeando pela praia Piggy encontra uma concha. Quando assoprada ela produz um som muito potente. Ao voltar entrega a concha a Half que a faz funcionar. Ouvindo o forte ruído no ar todas as crianças que estavam perdidas pela ilha se aproximam em torno dele, e ele se torna o líder do grupo. Como primeiras providências Half determina manter uma fogueira sempre acesa, para que se alguém visse o fogo viesse salvá-los e encontrar comida e um abrigo. Ele estabeleceu que os meninos não entrassem na floresta porque considerava isso perigoso. Já Jack formou um grupo contrário, que não aceitava as normas estabelecidas, se embrenhava na floresta para caçar, e se tornou agressivo, perseguidor dos que não o obedeciam. O conflito acabou sendo inevitável e mortal Jack acabou convencendo os meninos que o cara era ele, e a maioria o seguiu. E tornaram-se como que uns animais selvagens, sem nenhuma regra para contê-los. Não dá para contar tudo aqui nesse pequeno espaço, claro, mas esse grupo ficou tão violento que acabou matando Piggy, o conselheiro moderado, e perseguindo os meninos que se postaram do lado bom da força.

A humanidade precisa de pessoas abertas, que questionem para encontrar soluções, para ajudar outrem. Não dê tanta atenção para o que dizem os outros”

Na história, William Golding contesta a teoria de Rousseau, de que o ser humano nasce bom e que é a sociedade que o corrompe. Rousseau defendia a tese que os homens eram livres e felizes enquanto viveram no estado natural. Ele foi o filósofo que influenciou a Revolução Francesa (para mim de triste memória). Foi Rousseau o escritor de um livro sobre a educação que tem o título de “Emílio ou Da Educação”, inspirador de educadores no mundo inteiro até hoje. Foi Rousseau que casado com uma mulher que sempre tratou como se fosse sua empregada, com ela teve cinco filhos, e os colocou, todos, todos, repito, logo que nasceram, num orfanato. Esse é o educador que influenciou o mundo com suas ideias.

Devemos reunir toda nossa energia na solução de problemas e não na reação e na crítica, que nada acrescenta. Quando temos o ponto de vista correto sobre um fato, tem um jeito estranho de reduzir o tamanho dos obstáculos e das adversidades, acrescenta o autor acima referido. Na filosofia estóica, Epicteto que colocava a ética em primeiro lugar, já nos lembrava que quando estamos frente a um problema, nosso primeiro trabalho é distinguir e dividir os eventos em duas categorias: se é um evento externo, não podemos controlar. Se são escolhas que fizemos frente ao problema colocado, essas nós controlamos. Onde encontrei o que é bom e o que é ruim? Em mim, em minhas escolhas. E o que depende de nós são nossas emoções, opiniões, decisões, pontos de vista, criatividade, atitude, desejos e nossa determinação. Esse é nosso espaço no qual podemos jogar. Em nosso cotidiano nos deparamos com muitas cenas onde vemos pessoas, inclusive nós, discutindo, reclamando, desistir, o que são escolhas. E essas escolhas não nos auxiliam em nada para chegarmos na solução ou onde queremos chegar.

A conclusão que tirei da história é a de que a maldade humana é inata, e chega ao nível da barbárie quando o objetivo é exclusivamente a busca pelo poder. Que o homem tem, desde a infância, princípios substanciais de bondade, mas também de maldade, que o perverte, seja ele culto, educado ou não. Quem sabe seja essa a origem do nosso “pecado original”.

A obra é uma aula sobre a causa da maldade humana e deixa questionamentos. Entre outros: a cultura nos transforma? Seria a infância sinônimo de inocência? Será que o ser humano se transforma num animal quando a agressão de outro atinge o limite da segurança pessoal, da sua própria vida?

A humanidade precisa de pessoas abertas, que questionem para encontrar soluções, para ajudar outrem. Não dê tanta atenção para o que dizem os outros. Inclusive quem empreende, geralmente tem a capacidade de atuar e ver oportunidades, onde outros ainda não tinham visto nada de interessante. E nenhuma sensação é mais gratificante do que vencer uma dificuldade.

E quem é “O Senhor das Moscas”? É a assustadora cabeça de um porco que Jack e seus seguidores instalam num monte, com moscas em volta, que eles dizem ser um demônio que só eles controlam. Leiam a novela e tirem suas próprias conclusões. Vai valer a pena.

ARQUIVO AHORA
FILIPE FALEIRO

Quinta-feira, 5 setembro 2024

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 9º | MÁX: 17º

O dia começa com nebulosidade e ainda há possibilidade de ocorrer pancadas de chuva, principalmente na primeira metade do dia

TURISMO RELIGIOSO

Capela destaca arquitetura contemporânea e conexão com a natureza

Arquitetas responsáveis detalham as ideias criadas para a estrutura localizada no complexo do Cristo Protetor

ENCANTADO

Acapela, idealizada pela Associação Amigos de Cristo, surge como uma das edificações mais esperadas do complexo do Cristo Protetor de Encantado. Desde o início, havia o entendimento de que seria necessário um espaço dedicado à espiritualidade, meditação e oração, proporcionando uma conexão além da que o Cristo já proporciona.

Conforme a arquiteta, Daniela De Conto, a ideia era criar uma capela em meio à natureza, cuja arquitetura contemporânea faz referência à jovialidade do rosto da estátua, representando um jovem de 33 anos, e oferecendo um ambiente de modernidade que favorecesse o encontro interior e o fortalecimento da fé. “Esta

capela vem para complementar e enaltecer a imagem principal deste complexo. Assim se buscou fugir de uma capela tradicional”, relata.

Paredes na natureza

Como ter paredes sólidas com toda uma natureza exuberante no entorno? Usando esse pensamento, as profissionais decidiram priorizar o uso de materiais da própria natureza como o basalto retirado das rochas do próprio Cristo e a madeira dos bancos. Sendo o vidro responsável por trazer todo o verde e luz para o espaço.

“A sensação de paz de espírito que o som do vento nas folhas, do canto dos pássaros ou da própria chuva, nos traz, fez parte do conceito de estar em meio a mata, mas protegidos pela cobertura translúcida”, destaca Daniela.

Curiosidades

Originalmente, a estrutura da capela foi planejada em madeira natural, mas, por questões de manutenção e durabilidade, optou-se pelo uso de alumínio com efeito de madeira. O piso do local também ganha um destaque importantes, pela sua estrutura que afunila nas laterais em direção ao altar, conduzindo o olhar do fiel diretamente para a cruz.

Iluminação

A arquiteta Marina Frigeri, que contribuir com os detalhes da iluminação, explica sobre o conceito arquitetônico que cria um desta-

naturais como o basalto retirado das rochas do próprio Cristo e a

que ao local. “A iluminação não poderia ter elementos que interferissem visualmente no espaço e de maneira alguma provocar alguma forma de competição nesse conceito arquitetônico”, afirma.

A arquitetura contemporânea da capela faz referência à jovialidade do rosto da

Cruz iluminada

Marina também apresenta o conceito da cruz que fica logo atrás do altar estar aparentemente sempre iluminada. Ela explica que a iniciativa nasceu com o projeto da Arquitetura e Interiores, e destacou que o maior desafio da estrutura foi poder ter um efeito que funcionasse não só durante o uso noturno, mas principalmente diurno.

“O sol é a maior fonte de luz existente. Não tem como competirmos com ele, e qualquer fonte luminosa artificial acaba não se destacando com a mesma importância como vemos à noite. Sendo uma Capela totalmente envidraçada, o desafio foi deixar o efeito da cruz iluminada perceptível, de forma simbólica, no período diurno.

estátua
Materiais
madeira dos bancos
Retrato de Scalabrini, conhecido também como “Pai dos Migrantes”
Fragmento retirado da mão direita do Cristo Protetor, abençoado pelo Papa Francisco
Relicário vindo da Itália contento os restos mortais de São João Batista Scalabrini
FOTOS BRAYAN BICCA

“Deslizamento é muito problemático”

O2° Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, organizado pelo Grupo A Hora em parceria com entidades, traz autoridades e especialistas para falar sobre os temas prevenção, enfrentamento e reconstrução. Os painéis começaram ontem, 4, e seguem até hoje na Univates.

Durante as apresentações da tarde dessa quarta-feira reencontramos o professor Masato Kobiyama (foto), da UFRGS, autor da inesquecível e intrigante frase “Lugar bonito é lugar perigoso”, mencionada durante sua passagem por Muçum, antes da tragédia de maio, ao se referir às características da região e ao risco de deslizamentos.

Em sua nova visita ao Vale, deixou novos e provocativos alertas, sobretudo, a respeito do perigo de futuros episódios de movimentação de massa. “Deslizamento é mais perigoso que inundação”, definiu, ao mesmo tempo em que apontou a falta de técnicos especialistas no país capacitados a avaliar os movimentos de massa. O professor japonês também

reforçou o que já disse em outras oportunidades sobre tragédias climáticas, “Educação é tudo”. Nesse sentido, o projeto EDUCAME, lançado pelo A Hora em parceria com os municípios da região, é certeiro ao aproximar nossas escolas e famílias dessa nova realidade por meio de um

diogofedrizzi@grupoahora.net.br

livro e cartilha. Aliás, por falar em educação, o teatro Sintonia do Tempo, apresentado pelos alunos do Colégio São José, de Roca Sales, emocionou e fez o público presente no seminário reviver os momentos de tensão durante as históricas enchentes.

Debate Vespasiano Corrêa 1

A Rádio A Hora recebeu na segunda-feira, 2, no estúdio em Encantado, os dois candidatos a prefeito de Vespasiano Corrêa para o debate eleitoral. Durante uma hora, o atual presidente da

Câmara de Vereadores, Valmor Gasperini (PP), e o atual prefeito Tiago Michelon (PL) protagonizaram um confronto quente, com críticas e comparações entre administrações. Os principais

temas trataram de transparência dos recursos públicos, saúde, economia e educação. A íntegra do programa segue disponível no canal A Hora TV do YouTube ou na página do Facebook.

Debate Vespasiano Corrêa 2

A tensão e o nervosismo dos candidatos e assessores são comuns nos momentos de apresentação de ideias e contrapontos, como ocorre em debates ao vivo pelo rádio. E talvez por aí se justifica uma das frases do candidato Gasperini em resposta a Michelon. O assunto era a disponibilidade de medicamentos na farmácia municipal. O progressista alegou que pessoas lhe reclamam sobre a falta de remédios gratuitos e, nesse contexto, sugeriu como alternativa que a população busque os medicamentos em farmácias privadas e a prefeitura ressarça esses estabelecimentos. Michelon alegou que essa prática é ilegal. E Gasperini lascou: “É triste ver pessoas que precisam de medi-

camentos, não tem condições, e precisam comprar. Se é para ajudar alguém, eu prefiro ajudar fora da lei e ter o remédio para tomar.

“Estrada detonada”

Trafegar pela rodovia ERS 129, no trecho de estrada de terra entre Roca Sales e Colinas, está cada vez pior. Mesmo em dias de sol, a passagem dos veículos é prejudicada pelo excesso de buracos e pedras soltas. “A estrada está detonada e não aparece mais ninguém, não sabemos mais a quem recorrer”, me escreve um morador e usuário diário do percurso, morador de Linha Fazenda Lohman.

E nós vamos fazer”. Lógico, ao usar a expressão “ajudar fora da lei” deixou a bola quicando para o adversário.

Tradição de família

O falecido amigo Jorge Moreira deve ter ficado feliz com a iniciativa de seu neto, em promover um encontro de gaiteiros regionais em Encantado. O evento foi no sábado, 31, na casa do Jorge Moreira Neto, e reuniu 15 músicos. O homenageado foi o professor Pedro Amaral, experiente profissional e

reconhecido no meio por ensinar e formar novos gaiteiros. Jorge, o avô, até hoje é lembrado pelo seu envolvimento com a tradição gaúcha. Conselheiro Benemérito do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), deixou um legado cultural muito forte na região, com a publicação de livros e composições musicais.

Em Encantado, Baixinho Orsolin, candidato a vice-prefeito de Jonas Calvi, tem se ausentado dos primeiros compromissos de campanha. Ele está em tratamento de saúde. Aliás, a última vez que apareceram juntos, pelo menos em fotos, foi no período da convenção.

Qual jingle da campanha eleitoral de Encantado já virou “chiclete”?

FOTOS DIVULGAÇÃO
FELIPE NEITZKE

HABITAÇÃO

Grupo Front e Soprano doam 13 casas às vítimas da cheia

Solenidade ocorreu no aniversário de um ano da tragédia de setembro de 2023. As residências são permanentes

MUÇUM

No dia em que a tragédia climática de setembro completou um ano, empresários do Grupo Front e empresa Soprano estiveram presentes no bairro Jardim Cidade Alta II, onde anunciaram a doação de 13 casas solidárias para famílias que perderam tudo em Muçum. O

ato ocorreu no canteiro de obras que irá receber essas residências. O momento reuniu o vice-presidente da Soprano, Paulo Sachett, presidente do Grupo Front, Paulo Peres, vice Tiago Esmeraldino e autoridades do município.

As residências, com 44 metros quadrados cada, contarão com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. O material para a construção das primeiras casas já chegou ao município sendo que o material para os lares restantes está previsto para chegar nos próximos dias. A preparação do terreno, que incluiu a terraplanagem, foi concluída na última semana. Agora, as obras seguem com a medição e concretagem das fundações. Inicialmente, o projeto previa casas com 22 metros quadrados, mas a área foi ampliada

Representantes do Grupo Front e Soprano participaram de solenidade nessa quarta-feira, 4

para atender aos padrões dos programas habitacionais do governo federal e estadual.

A montagem dos três primeiros imóveis está programada para começar na próxima semana. A previsão é de que as obras, incluindo a jardinagem e o mobiliário, estejam finalizadas até fim de outubro. As primeiras unidades do Projeto Casa Solidária foram entregues pelo Grupo Front no final de julho para dez famílias de Arroio do Meio, onde está em andamento a construção de mais dez residências.

O presidente do Grupo Front, Paulo Peres, enfatizou que cada uma dessas casas é permanente.

“Nosso objetivo é servir, ser útil, fazer a diferença e contribuir com a sociedade. E nós estarmos aqui nessa data simbólica, emblemática para o nosso Estado, aquece nossos corações saber que tem coisas boas a serem comemoradas. Com as construções em Arroio do Meio e Estrela vamos alcançar 109 lares”, salientou.

As famílias contempladas com as residências serão selecionadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), em conjunto Ministério Público. No município também está em anda-

Loteamento que irá receber as 13 casas fica no bairro Jardim Cidade Alta II

mento obras de mais 50 casas que serão construídas no mesmo local através de uma nova iniciativa privada.

ACI-E celebra 85 anos com associativismo, arte e cultura

Evento ocorreu no Sicredi Região dos Vales e reuniu associados e membros da comunidade

Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br

ENCANTADO

Em um evento especial no Sicredi Região dos Vales, a Associação

Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E) comemorou o marco histórico de 85 anos de existência. Fundada em 2 de setembro de 1939, a entidade celebrou as mais de oito décadas de atuação com uma programação que iniciou na segunda-feira, 2 , no auditório da instituição. Embalado por apresentações da Orquestra Municipal, o evento reuniu associados e integrantes da comunidade.

Com o tema “Arte & Associativismo”, a noite contou com

Os presidentes que administraram a ACI-E na última década foram homenageados com uma placa

um coquetel de integração e foi pensada como um ato de celebração ao espírito associativista. As comemorações focaram na arte e desenvolvimento, com a presença da Soraia Schutel, cofundadora da Sonata Brasil (escola internacional voltada para o desenvolvimento de lideranças). Soraia, que também é doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e integrante do Conselho da Mulher Empreendedora da Federasul, trouxe insights sobre liderança, associativismo e a integração das artes, filosofia e autoconhecimento na gestão.

Durante sua apresentação, a doutora também utilizou como parte da palestra a teoria da “Jornada do Herói”, criada pelo escritor Joseph Campbell, um modelo narrativo que inspirou inúmeras histórias, desde filmes antigos até programas de televisão. Em resumo, o herói de qualquer história parte em uma jornada e retorna como uma pessoa mudada, transformada pelas adversidades

dedores realizaram na reconstrução do Vale pós-catástrofe.

presentes em sua trajetória. A estrutura composta por Campbell foi utilizada de exemplo aos movimentos que os próprios empreen-

A presidente da ACI-E, Raquel Cadore, destacou a importância desses 85 anos em sua fala de agradecimento. “A ACIE é um pilar essencial para o associativismo de Encantado. Graças a união e espírito colaborativo conseguimos superar muitas adversidades. Assumimos muitas lutas na busca pelo desenvolvimento e interesses em comum com os nossos 330 associados. Também participamos de diversas ações e movimentos no enfrentamento das cheias, e esse foi um dos momentos em que a associação esteve mais viva, nessa luta por ajudar a nossa comunidade”, reforçou.

Desde sua fundação, mais de 30 líderes ocuparam a presidência da ACI-E, que hoje tem entre seus associados empresas, empresários, profissionais liberais e empreendedores. A entidade, ao longo de sua história, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento econômico e social da região, sempre pautada pelo apoio mútuo e pelo fortalecimento do empreendedorismo local.

Sede atual da Associação Comercial e Industrial de Encantado
DIVULGAÇÃO
Soraia Schutel abordou a Jornada do Herói em sua palestra
BRAYAN BICCA

História

O primeiro a presidir a entidade foi David Pio De Nes e, desde 1939, mais de 30 nomes assumiram, voluntariamente, a posição de liderança. Em 2009, com a mudança do estatuto, a gestão da entidade passou a ser feita pelo Conselho Deliberativo (11 membros), Conselho Fiscal (4 integrantes) e Conselho de Núcleos. Em 2024 os conselheiros escolheram o presidente e a vice da diretoria executiva: Angelo Fontana e Raquel Cadore, respectivamente. Porém, com a transição de Fontana para o cargo de presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Raquel assumiu a liderança da ACI-E no final de abril.

Entre as principais conquistas e bandeiras da ACI-E estão a construção da sede própria, inaugurada em 2015; o projeto do videomonitoramento, com a instalação de câmeras de segurança na cidade; as iniciativas de auxílio aos associados durante a pandemia da Covid-19, que resultaram na criação do Programa de Desenvolvimento Econômico Local (Prodel); o forte posicionamento contrário ao modelo de concessão das rodovias estaduais e a defesa pela instalação do sistema de cobrança freeflow; o envolvimento da entidade em busca de incentivos por parte dos governos para as empresas atingidas pelas grandes enchentes; e o plano de prevenção às cheias proposto pelo Comitê da Bacia Taquari-Antas.

Futuro

Conforme a presidente Raquel, as prioridades para os próximos anos terá diversas frentes. “Nós estamos com muito planejamento, inclusive na sucessão da entidade, para os próximos presidentes e diretorias que assumirem. Queremos aumentar o quadro societário, e investir bastante em qualificação de mão de obra. Pensamos também em fazer um núcleo de líderes com vários níveis de lideranças empresariais”, revelou. A continuidade de todos os eventos e cursos estabelecidos também é uma das prioridades.

Raquel enfatiza também outras demandas. “Estamos pleiteando, junto ao governo municipal, o parque industrial, para as indústrias de todos os portes, pequenas, grandes e médias. Focando também nas moradias, nas residências, para manter e reter a mão de obra aqui. Enfim, o envolvimento é grande. Tem muito trabalho a ser feito e nós estamos bem otimistas. Esse é um momento de reconstrução, temos muita demanda e estamos abertos a ouvir o associado para construirmos resoluções em

Ex-presidente mais antigo

Os presidentes

David Pio De Nes (1939-1940)

Miguel Luiz Pretto (1941-1942)

João Batista Marchese (1942-1945)

Guido Bassano Cé (1946-1950)

Ernesto Lavratti Neto (1951-1956)

Telmo Moesch (1957-1960)

Bertoldo Dewes (julho de 1960)

João Alberto Schä er (1961-1967)

Alberto Franzoni (1968-1970)

Jorge Moreira (1971-1978)

Pedro Lima Nólibos (1979-1982)

Estevão Fioriolli (1983-1984)

Cesário Fontana (1985-1987)

Nei Di Domênico (1987-1989)

Cláudio José de Nes (1989-1991)

Paulo Costi (1991-1993)

Luiz Pedro Lahude (1993-1995)

Bernardo Katz (1995-1997)

Gilmar Fachini (1997-1999) (1999-2002) 2008-2010) (2010-2012) (2014-2016; 2018-2019)

Na minha ápoca a Aci-E não possuía uma renda mensal que suportasse a sustentação. Então foi uma luta bem árdua da minha gestão”

NEI DI DOMÊNICO

EX-PRESIDENTE DA ACI-E (1987-1989).

Nei Di Domênico presidiu a entidade de 1987 a 1989 e é, atualmente, o ex-presidente mais longevo entre os presentes. Durante o ato de celebração ele contou que o que mais lhe marcou durante sua gestão foi a luta com as operadoras de telefonia. “Na época era disponível o telex e depois o fax. Então, não tínhamos uma comunicação boa para quem exportava. Quem encampou a luta comigo na época foi o Arlindo Baldo e o Cesário Fontana. Foi uma luta árdua, até que colocaram antenas e foi melhorando”, revelou. Outro aspecto desafiador foi estimular os sócios a se fazerem presentes nos eventos e auxiliar com doações para a entidade conseguir se manter. “Na ápoca a Aci-E não possuía uma renda mensal que suportasse a sustentação. Então foi uma luta bem árdua da minha gestão”, apontou Domênico.

A presidente da entidade, Raquel Cadore, discursou no início do evento

(2021-2022) (2022-2024)

Estamos pleiteando, junto ao governo municipal, o parque industrial, para as indústrias de todos os portes, pequenas, grandes e médias. Focando também nas moradias, nas residências, para manter e reter a mão de obra aqui”

RAQUEL CADORE

PRESIDENTE DA ACI-E

ELIANE FACHINETTO
Sede antiga da Aci-E na rua Júlio de Castilhos
BRAYAN BICCA
BRAYAN BICCA

APÓS ENCHENTE

Empresários da Serra se reúnem em Roca Sales

Encontro explanou os objetivos e plano de ação da AARRS para a reconstrução do município

ROCA SALES

Sócios fundadores da Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales (AARRS) reuniram-se com um grupo de empresários da região da Serra, composto pelo diretor do Conselho de Administração da Tramontina, Clovis Tramontina, diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, gerente de vendas da Grendene, Claudio Chies, proprietário da HELP Assessoria Empresarial, Lari Audibert e a assistente administrativa da Tramontina, Angelita Morari Canal.

O encontro objetivou explanar aos empresários os objetivos e plano de ação da AARRS para a reconstrução do município de Roca Sales, que propõem estabelecer parcerias, além de viabilizar

TURISMO

o auxílio para que esta reconstrução se torne realidade.

O presidente da associação, Eduardo Alves Salgado, falou aos presentes sobre as principais necessidades do município e como a associação planeja auxiliar Roca Sales nesse processo de reconstrução.

O encontro contou com a presença do Prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana, e do Arquiteto Jonas Jacob Haefliger que, representando o Poder Público,

Investidores locais inauguram hotel em Guaporé

Monaro Hotel abre as portas no dia 20 de setembro com espaço para 106 quartos

Um grupo de investidores locais, conhecidos por sua atuação em diversos segmentos do mercado, decidiu apostar no setor hoteleiro de Guaporé. Juliano Pulita, Carlos Henrique Pulita, Eduardo Pulita, Vicente Pizutti, Ivanir Lazzaretti, Fabiano Lazzaretti, Neura Trevisol Gomes e Fernando Haag Roos são os nomes por trás do empreendimento, que pretende oferecer uma nova opção de hospedagem na região.

A construção do Monaro Hotel iniciou em 2017, em um terreno ao lado do Shopping Belas, na

explicou ao grupo os estudos e projetos que estão em andamento, buscando a expansão da área urbana do município e rotas de ligação de Roca Sales à Serra. Evento ocorreu na Konstanz Haus e, após, todos participaram do Café Colonial. 10% do valor arrecadado será repassado pela Konstanz Haus à AARRS.

hotel

Rodovia RS 129, KM 125, no bairro Planalto. A gestão do hotel ficará sob a responsabilidade da HotelCare, enquanto o projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo escritório Tramontini Arquitetura, com ambientação assinada pela Krug Postal Arquitetura.

Estrutura

O Monaro Hotel dispõe de 106 quartos, distribuídos em diferentes categorias: 78 Standard, 18 Superior, 4 Suítes Master, 1 Suíte

Exclusive e 5 quartos com acessibilidade (PNE). No térreo, o restaurante principal acomoda até 108 pessoas, enquanto o Bistrô, localizado na cobertura, oferece um ambiente mais intimista para 50 pessoas. Além disso, o hotel conta com um estacionamento gratuito com 80 vagas, salas de eventos com capacidade para até 300 pessoas e uma área de lazer na cobertura, que inclui piscina, solarium e academia.

Sócios fundadores da Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales (AARRS) e empresários da região da Serra
DIVULGAÇÃO
GUAPORÉ
DIVULGAÇÃO
Novo
de Guaporé ca localizado às margens da rodovia 129

TÍTULO INÉDITO

Clube de Encantado vence torneio de tênis

Atletas do Clube

Comercial foram campeões do Torneio Integração pela primeira vez

ENCANTADO

Otênis de Encantado fez história no final de semana com a conquista inédita do 39º Torneio Integração. As disputas ocorreram no sábado, 31, no Tênis Clube em Santa Cruz do Sul. A competição, realizada anualmente, mobiliza tenistas dos clubes de Encantado, Lajeado, Estrela e Santa Cruz do Sul. Os jogos envolveram oito duplas por time, divididas por idade. Os encantadenses venceram quatro confrontos com as duplas João Turatti e Augustinho Polido, Aluisio Preto e Luiz Gheno, Cesar Lorenzon e Rogério Fischer e Luiz Lahude e Sebastião Silveira. Completaram a equipe João Pozza e João Polido, Renato Cé e Felipe Lorenzi, Fernando Dalla Lasta e Rogério da Silva e José Renau e Pedro Tormena. Os técnicos foram Alexandre Fontana e Augusto Cé.

“É uma alegria

a cada ano”

Participante desde a primeira edição, Luiz Pedro Lahude, 66, lembra que o torneio surgiu no início dos anos 80, na praia

de Xangrilá, por iniciativa do empresário encantadense Cesário Fontana, já falecido. “A primeira edição tinha como regra que os atletas deveriam ter, no mínimo, 30 anos. Entre os amigos da época, o meu pai, Pedro Lahude, já participava. Como Encantado tinha poucos tenistas, eu, com 24 anos, fui convidado a jogar. E continuo até hoje”, lembra. “É uma alegria a cada ano que a gente se encontra, rever os amigos, relembrar os que já se foram e que tanto fizeram pelo torneio. Se Deus me permitir pretendo seguir por muito tempo participando dos jogos, incentivando esse pessoal mais novo”.

O empresário Cesar Lorenzon acrescenta que o torneio só parou nos meses de pandemia.

“É um dos mais antigos do Brasil realizados de forma continuada. O Cesário não está mais conosco, mas de onde ele está certamente

ficou contente, porque em 39 anos finalmente conseguimos o primeiro lugar”, comenta.

O grupo ainda recebeu uma camisa do Tênis Clube de Santa Cruz, autografada pelos tenistas que participaram do torneio. A iniciativa foi do professor santa-cruzense, Eleno Hausmann, que lembrou os dias em que auxiliou como voluntário na limpeza e recuperação do Clube Comercial de Encantado, afetado pelas enchentes.

Concessão do FMI a países em dificuldades financeiras

Conjunto de dois objetos

Paquerar

Residir

Combustível do fogão (fam.)

Hesitação entre duas ou mais possibilidades de ação

Ampère (símbolo) “A (?)”, série da TV Globo em que Dira Paes atuou

Quantidade informada na posologia da bula Associação Brasileira de Imprensa (sigla)

Casanova, para a posteridade

HORÓSCOPO

ÁRIES: Aproveite também para resolver con itos com a família, fazer consertos em casa e nalizar processos do passado.

TOURO: As comunicações de trabalho ganharão velocidade, a partir de hoje. Abra novas frentes e inicie parcerias.

GÊMEOS: Despesas com lhos, procedimentos estéticos ou com novos projetos poderão extrapolar o orçamento nesta fase.

CÂNCER: Harmonia familiar e conforto servirão de suporte para você dar voos mais altos e assumir desa os.

LEÃO: Inovações no trabalho trarão bons resultados nanceiros e promessa de maior estabilidade.

VIRGEM: Novas amizades chegarão com tudo a partir de hoje. Entre num grupo acolhedor e comece um novo ciclo de vida.

LIBRA: Não desanime diante de obstáculos iniciais, há algo a ser construído aos poucos no trabalho e no amor.

ESCORPIÃO: Reencontro carinhoso com uma amizade aliviará tensões e inspirará metas pro ssionais mais altas..

SAGITÁRIO: Se estiver em busca de um novo trabalho, espere por aprovação num processo de seleção.

CAPRICÓRNIO: Assuntos de saúde também entrarão no menu, reformule hábitos, pratique esporte e equilibre o humor.

AQUÁRIO: Comemore uma conquista e brilhe publicamente. Poder de in uência em alta!

PEIXES: Assuma maior protagonismo e liderança no trabalho e agilize resultados nanceiros. Paixão e prazer em alta!

Medida que visava a economia de energia elétrica, foi suspensa
Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br
Grupo de Encantado conquistou quatro vitórias nos jogos decisivos
Professor Eleno entregou a camisa do Tênis Clube Santa Cruz para João Turatti
FOTOS DIVULGAÇÃO

365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

Taigi Garden é campeão da Batalha das Hospedagens

Cabana de Estrela conquistou o título da competição organizada pelo 365 vezes no vale para definir qual a hospedagem mais famosa da região

Com mais de 1,3 mil votos e 59% da preferência, o Taigi Garden (Estrela) derrotou o Chalés Valle di Pietre (Dois Lajeados) na final da Batalha das Hospedagens e se tornou o campeão do concurso organizado pelo 365 vezes no vale para definir qual o empreendimento mais famoso da região.

A disputa final aconteceu no domingo nos stories do Instagram do @365_vezes_no_vale. Na caminhada até o título, o Taigi conquistou quase 5 mil votos. Foram oito vitórias e nenhuma derrota na campanha invicta.

O destino turístico está localizado na Linha São José, próximo aos trilhos do trem. Iniciou as atividades a partir de 2019 com eventos intimistas no charmoso jardim do casal Giovane Cossul e Tatiani Herrmann. A cabana foi inaugurada em 2022 no segundo andar do salão de festas.

Destaque para os ambientes cuidadosamente decorados com toque romântico ideal para casais. Outro detalhe especial é a banheira de imersão no estilo vitoriano no quarto de banho. Na área externa, o visitante pode aproveitar o fogo de chão, o lago e a bela Acácia centenária. Cenários que rendem ótimas fotografias.

Mais informações sobre o Taigi Garden podem ser obtidas na página oficial @taigigarden no Instagram ou pelo WhatsApp: 51 98180-9328.

Campanha invicta

Taigi Garden (Estrela) 66% x 34% Refúgio Galli (Encantado)

Taigi Garden (Estrela) 68% x 32% Cabana Cascata Rasga Diabo (Vespasiano Corrêa)

Taigi Garden (Estrela) 64% x 36% Sui Monti Glamping (Encantado)

Taigi Garden (Estrela) 64% x 36% Recanto Alto da Ventania (Arroio do Meio)

Taigi Garden (Estrela) 52% x 48% Chalés Valle di Pietre

Taigi Garden (Estrela) 58% x 42% O Chalé (Forquetinha)

Taigi Garden (Estrela) 55% x 45% Espaço Gariba (Encantado)

Taigi Garden (Estrela) 59% x 41% Chalés Valle di Pietre

Empreendimento é administrado

pelo casal Giovane Cossul e Tatiani

Sobre a Batalha das hospedagens

A competição organizada pelo 365 vezes no vale reuniu 28 cabanas, chalés e pousadas do Vale do Taquari. Ao total, foram realizadas 54 enquetes com quase 30 mil votos.

Muito além de descobrir qual a hospedagem mais famosa da região, o objetivo da competição foi divulgar a variedade de opções de pernoite do Vale do Taquari.

Essa ação e todos os trabalhos do 365 vezes no vale tem apoio da Cresol e Fernando Multimarcas.

A Karine Brizola (@karine.briizola) nos apresenta o belo cenário formado pela passagem do sol no Lago Verde de Ilópolis. O destino que se tornou cartão-postal da cidade está localizado a poucos quilômetros da área central.

A Jé Luana Schmitz (@je_schmitz) se aventurou nos pés da cascata da Gruta Nossa Senhora de Lourdes de Doutor Ricardo. A queda de água forma uma verdadeira cortina de prata no

FÁBIO KUHN
Marcas que ajudam a divulgar o turismo regional
Taigi Garden iniciou atividades com eventos intimistas e ampliou atendimento com cabana decorada nos mínimos detalhes
Herrmann
destino de fé.

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