A Hora – 1º e 02/02/2025

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Fim

ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

grupoahora.net.br

R$ 1,2 BILHÃO DE INVESTIMENTOS

Ampliações, novas fábricas, implementação de linhas de produtos e obras de infraestrutura estão entre os movimentos feitos por empresas já instaladas e outras que vão estreiar na região

Levantamento feito a partir de dados das empresas e recentes anúncios indicam investimentos superiores a R$ 1,2 bilhão no Vale do Taquari. O montante, no entanto, deve ser ainda maior pois não leva em conta projeções e empreendimentos sem valor definido. Ce-

nário expõe a retomada econômica nove meses após maior tragédia climática já enfrentada. Além da capacidade das marcas locais, há investidores de fora de olho no potencial da região, seja na área da indústria, serviço, comércio ou no turismo. PÁGINAS | 6 e 7

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI

Fala infeliz do presidente Lula

Citação indica que o balanço do ano passado só não foi positivo em função dos recursos destinados ao RS.

OPINIÃO | MATEUS SOUZA

Daer esclarece situação da Aleixo Rocha

Departamento promete reparos na ERS-436 e recorre à Procuradoria do Estado para suspender decisão judicial.

Nove meses se passaram desde a maior tragédia climática da história do RS, e o Vale do Taquari demonstra uma resiliência notável. Empresas de diversos setores, com visão de futuro e confiança no potencial da região, anunciam e concretizam investimentos que somam mais de R$ 1,2 bilhão. Esse montante, que pode ser ainda maior, representa um sinal claro de recuperação econômica e de crença no futuro da região.

O levantamento realizado pelo jornal A Hora, junto a municípios, empresários e por meio de reportagens, revela um cenário de reconstrução e crescimento. Empresas consolidadas, com longa tradição no Vale, como a Certel e a Fruki, planejam expansões e novas unidades, demonstram compromisso com a região e com a geração de empregos. Ao lado delas, investidores de fora, como a Rede Laghetto, apostam no potencial turístico do Vale, impulsionados pela conclusão do complexo do Cristo Protetor em Encantado.

Momentos de crise, como o vivenciado no Vale do Taquari, também podem abrir espaço para a diversificação e a inovação.”

A diversificação da economia local, voltada tanto para o mercado nacional quanto internacional, e a demanda crescente por mão de obra também contribuem para esse cenário positivo. A tragédia climática de maio, paradoxalmente, serviu de catalisador para novos investimentos. O otimismo e a crença na capacidade de superação da região são motores importantes para o crescimento econômico.

Momentos de crise, como o vivenciado no Vale do Taquari, também podem abrir espaço para a diversificação e a inovação. Novas oportunidades surgem e, para aproveitá-las, o investimento é fundamental. A região demonstra que, mesmo diante das maiores adversidades, é possível se reconstruir e trilhar um caminho de crescimento e desenvolvimento.

à

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“Participar da TTT pela primeira vez foi um sentimento indescritível”

Teroapoiodafamília foifundamentalparaa estudanteLauraThesing, 21,sedesa arnaprova de 8,3km daTravessia

Tramandaí-Torres (TTT 2025).Pelaprimeiravezna competição,ajovemconta que,alémdesuperaros seuslimites,aexperiência foiimportantepara fortalecer,aindamais,sua relaçãocomospais.“Tero apoiodafamíliaémuito importanteefoilindo”.

Jéssica Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br

Como a corrida entrou na tua vida? O que te incentivou a buscar esse esporte?

Eu sempre quis um esporte que me desafiasse e me fizesse buscar coisas que estão, muitas vezes, além do meu limite. Meu pai é ciclista e o tenho como referência, mas eu não me enxergava no ciclismo. Tenho uma amiga, a Juliane, que corre. Então comecei a me inspirar nela. Observei como ela corria, até o momento em que iniciei a assessoria com o Juliano, que é o pai dela. Foi através dela que tudo começou.

Em que momento você decidiu participar da TTT 2025 e como foram os preparativos?

Eu já conhecia a prova, mas nunca imaginei que estivesse preparada para participar. Conversei com meu treinador e disse “estou pensando em participar” e ele me deu total incentivo. A gente aumentou um pouco a intensidade dos treinos e a distância, porque antes eu treinava para correr 5km e a

TTT é um percurso de 8,3 km. É maior do que eu estava acostumada.

Qual o sentimento depois do desafio concluído?

Participar da TTT pela primeira vez foi um sentimento indescritível. Foi lindo. Eu larguei super bem e o meu pai me acompanhou de bicicleta. Eu tive o apoio dele em todo o percurso. Larguei bem, estava firme, mas na metade da prova começou um vento contra e isso me atrapalhou e abalou a minha segurança. Mas meu pai estava do lado e falava “Laura, para de tentar acelerar, só mantenha o ritmo que vai dar tudo certo”. Foi o que fiz, mantive o ritmo nos últimos 3km, até que chegaram os últimos 400 metros e meu pai falou que já estava vendo o pórtico. Quando

eu vi o relógio vermelho, que é o contador de horas da TTT, acelerei e corri com toda a força que eu tinha.

Qual foi a maior lição ou aprendizado dessa experiência?

A maior lição foi relacionada ao meu pai e minha mãe. Falei que estava pensando em correr para a TTT e eles falaram “pode ir”. Mas tinha receio por ser caro ir até o litoral, mas eles falaram para eu me inscrever e que iriam me falar. O meu pai e a minha mãe acordaram de madrugada, foram até lá me apoiar. A mãe me deixou na largada e me esperou na chegada, ela estava me filmando o tempo inteiro. Ter o apoio deles, nesse momento, foi o mais importante para mim.

Filiado
Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
ARQUIVO PESSOAL

Que frase infeliz, Lula!

HENRIQUE PEDERSINI

henrique@grupoahora.net.br interino

“Se não fosse o Rio Grande do Sul, teríamos feito superávit”. A fala é de Lula e indica que o balanço do ano passado só não foi positivo em função dos recursos destinados ao estado por conta das catástrofes climáticas.

Por mais que seja a frieza dos números traduzida em uma resposta, o discurso não pegou bem para o presidente, que também está em rota de colisão com o governo estadual sobre a

renegociação da dívida. Ao lado dele durante a fala estava o novo ministro da comunicação, um marqueteiro político.

A atribuição de “culpa” ao Rio Grande do Sul fere um setor importante dentro do cenário econômico nacional, o que produz!

Empresários ainda aguardam recursos prometidos para recuperação de indústrias atingidas diretamente pela enchente. Alguns tiveram acesso, é verdade. Muitos ouros não. Até agora, há pessoas longe de ter uma casa para morar.

No campo, os produtores ainda não sabem como pagar seus financiamentos. E por aí vai... Fundamental que o governo federal tenha olhado para o povo gaúcho em seu momento mais crítico nos últimos tempos. Os recursos enviados foram de grande ajuda, mas existe muita promessa a ser cumprida ao Rio Grande do Sul. Dê uma nova olhada na planilha de gastos, Lula. Não deve ser o R$ enviado pra cá que impediu a manchete do superávit financeiro.

Governador em Encantado

Eduardo Leite estará em Encantado na quarta-feira, 5. A partir das 15h, ele acompanha as obras para construção de moradias no bairro Lambari e depois conhece um espaço adquirido pelo município para construção de 65 casas no bairro Jardim da Fonte. A presença dele é importante para dar celeridade nos programas habitacionais. É provável que novos anúncios ocorram ao longo do roteiro do governador pelo Vale.

O momento é estratégico para esses deslocamentos pelo interior do estado, dentro de uma preparação ao processo eleitoral de 2026. O aumento no valor do combustível, a demora nos programas habitacionais do governo federal e a frase de Lula sobre o Rio Grande do Sul desgastaram ainda mais a imagem do presidente, líder do PT, adversário de Leite em uma disputa nacional ou ao Senado. Ah, e também do vice, Gabriel Souza, no pleito estadual.

TIRO

- A Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) tem novo presidente, o prefeito de Muçum Mateus Trojan e também tem sua sede agora. A sala fica no mesmo prédio que o Grupo A Hora, em Encantado, na Galeria Peretti, rua Júlio de Castilhos, no Centro.

- Após o vexame na aplicação da prova do concurso, o governo de Lajeado disponibilizou o link para a devolução dos valores aos candidatos. No cenário geral, este é o menor problema. A grande questão é saber quando ocorre a nova seleção, quais serão os cargos e se, desta vez, haverá seriedade por parte da empresa vencedora da licitação na aplicação da prova.

- Motoristas reclamam do aumento antecipado no preço da gasolina e do diesel em postos de combustíveis do Vale. O aumento foi anunciado nesta sexta-feira, 31, pela Petrobras. Porém estabelecimentos reajustaram o valor na metade da semana.

- Neste sábado,1, será eleito o novo presidente da câmara dos deputados. Entre os três candidatos está o gaúcho Marcel Van Hattem (Novo). O favoritismo é de Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio de 18 siglas e do atual presidente Arthur Lira (PP-AL).

Vale forte na bacia Taquari-Antas

O Vale do Taquari terá uma representatividade maior no Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari/Antas. Líderes das partes alta e baixa trabalharam em conjunto e conquistaram mais cadeiras na votação que ocorreu nesta sexta-feira, 31. Os movimentos feitos pelo comitê são fundamentais para a construção de um plano eficiente que diminua os impactos das cheias no Vale do Taquari. Até o fechamento desta edição não tínhamos a lista completa de eleitos, mas estão entre eles os vereadores: Humberto Canigia Rerig (Estrela), Everton Grafitti (Putinga), Fábio Martins (Bom Retiro do Sul), Marieli Castoli (Muçum), Daiani Maria

(Cruzeiro do Sul) e Jones Vavá (Lajeado).

Os eleitos serão empossados no dia 27 de fevereiro em nova reunião. A bacia Taquari-Antas abrange 37 cidades e uma área de 27 mil quilômetros quadrados.

Ariete Mocellin, Controller da Hassmann SA, apresentará o case de internacionalização da empresa na Conferência SelectUSA 2025, em Porto Alegre, promovida pelo consulado norte-americano. O convite para o evento que acontecerá na próxima terça-feira, dia 4, na FIERGS, é um marco dentro do processo bem-sucedido de ingresso da empresa no mercado global. Está confirmada a presença do Cônsul Geral dos EUA em Porto Alegre, Jason Green, e de representantes do Departamento de Comércio dos EUA.

A Hassmann S.A, de Imigrante, atua no mercado americano desde 2019, com um centro de distribuição na Flórida. Com presença em mais de 25 países, a empresa que completa 70 anos em 2025 é referência na produção de fixadores, incluindo parafusos e rebites.

A participação no evento visa compartilhar a experiência da empresa no mercado internacional e orientar empresários sobre os desafios e oportunidades de expandir as operações nos EUA, conforme destacou Ariete com exclusividade à coluna. A Randon também será painelista no encontro.

vinibilhar@grupoahora.net.br

Hassmann S.A apresenta case de internacionalização

Unimed VTRP é destaque nacional em plano de saúde

Pelo segundo ano consecutivo, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP) foi eleita o melhor plano de saúde do Brasil. O reconhecimento veio pelo Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) 2024, divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, a Unimed VTRP obteve pela quarta vez consecutiva o nível máximo de Acreditação da ANS, garantindo o Selo Ouro com pontuação em 167 dos 169 itens avaliados. O modelo de atendimento Cuida Bem também foi classificado como um dos melhores do país. O presidente da cooperativa, Neori Gusson, celebrou as conquistas. Ele enfatizou que os investimentos contínuos garantem agilidade e resolutividade no serviço prestado.

FRASE DO DIA

“A inflação tem sido persistente, o que faz com que as famílias acabem precisando usar uma parte maior do orçamento para despesas básicas, sobrando menos espaço para o consumo. Isso, somado ao aumento de juros, também impacta a capacidade de pagamento de dívidas”.

MERULA BORGES, ESPECIALISTA EM FINANÇAS DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE DIRIGENTES LOJISTAS, AO G1

• Correios - Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta, os Correios registraram o maior déficit entre as estatais federais. Do saldo negativo total de R$ 8,07 bilhões entre as 20 estatais contabilizadas, R$ 3,2 bilhões foram dos Correios.

• Emprego - A taxa de desocupação no país foi de 6,2% no trimestre encerrado em dezembro, segundo o IBGE. O índice é o segundo menor da série histórica iniciada em 2012. Em 2023, a taxa era de 7,4%. Em 2023, a taxa estava em 7,4%

Univates avança em planos diretores de sete cidades

Convênio com estado prevê análise estratégica em Arroio do Meio, Colinas, Cruzeiro do Sul, Estrela, Encantado, Muçum e Roca Sales. Audiências públicas iniciam até março

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br

Com a acomodação dos novos gestores municipais em janeiro, a perspectiva é por avanços significativos nos planos diretores de sete cidades do Vale do Taquari. A iniciativa é resultado de convênio entre a Univates, por meio da Fuvates, e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do estado (Sedur) em resposta as catástrofes climáticas que atingiram boa parte da área urbana e rural destas localidades.

A proposta contempla Arroio do Meio, Colinas, Cruzeiro do

Elaboração dos documentos envolve pro ssionais de diferentes áreas da Univates

Sul, Estrela, Encantado, Muçum e Roca Sales e estabelece diretrizes para o planejamento territorial, incluindo aspectos das habitações, instalação de indústrias, mobilidade urbana e, em especial, a análise sobre as chances de novas inundações destes espaços e a intensidade que a água pode avançar em cada área.

De acordo com arquiteto e urbanista e coordenador geral do projeto, Marcelo Arioli Heck, o primeiro movimento foi mapear as zonas de risco. Este material será entregue já nos próximos dias pelo governo do estado para os municípios. “Estamos nos colocando como parceiros técnicos. Tivemos reuniões desde

o ano passado. No período das eleições houve uma pausa, mas agora retomamos as conversas com a solicitação de documentos e entendendo a realidade de cada município”, especifica. Em relação ao planejamento das cidades, Heck analisa que não há possibilidade de descartar o aproveitamento de todos os locais afetados pela enchente. O arquiteto aponta ser necessária compreensão mútua dos gestores e da equipe responsável pelo estudo sobre as dimensões e realidades geográficas dessas áreas. “O zoneamento vai apresentar quatro manchas: Uma área que não tem risco, com baixa possibilidade, médio a alto risco. Não quer dizer que as cidades com 80% da área urbana atingidas terão estas estruturas desconsideradas. A reconstrução cidade é um processo”, resume.

Audiências públicas

Além das reuniões com prefeitos e responsáveis pelo planejamento dos sete municípios, uma

das próximas etapas envolve a realização de audiências públicas com a oportunidade de a comunidade expor suas percepções sobre o que está bom e o que pode melhorar nos municípios. “A ideia é no mínimo uma audiência pública na área urbana e outra na parte rural. É um momento colaborativo, com horário e local facilitado para uma boa participação, se estabelecendo como um lugar para discutir o futuro da cidade”, apresenta o arquiteto e urbanista. As entregas dos planos diretores estão previstas para ocorrer até o final de 2025. Os produtos complementares sobre mobilidade, habitação, parcelamento do solo e código de obras devem ser concluídos até a metade de 2026.

Sobre o convênio

O contrato está no quinto de 20 meses. A mobilização envolve mais de 40 profissionais com vasta experiência na área, incluindo arquitetos e urbanistas, engenheiros ambientais, advogados, geólogos, equipe de participação social e especialistas em outras áreas. O investimento pelo estado foi de R$ 3,1 milhões repassados à Fundação da Univates para elaboração dos documentos com a participação de profissionais, professores, alunos e ex-estudantes de vários cursos da instituição.

VALE DO TAQUARI
DIVULGAÇÃO

FORÇA ECONÔMICA

Investimentos anunciados e em execução passam de R$ 1,2 bi

Ampliações, novas fábricas, implementação de novas linhas de produtos e obras de infraestrutura estão entre os movimentos feitos por empresas já instaladas e outras que vão iniciar suas atividades na região

Passados nove meses da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, a região dá visíveis sinais de retomada econômica. Entre ampliações, novas plantas fabris e aumento na produção e em equipe, empresas dos mais diversos setores anunciam e executam investimentos que passam dos R$ 1,2 bilhão, no somatório.

O levantamento das empresas foi obtido por meio de contatos com municípios e também empresários, bem como a partir de reportagens publicadas pelo A Hora ao longo dos últimos meses. O montante, no entanto, não é definitivo, visto que há outros movimentos não identificados ou ainda não anunciados, apenas no campo das projeções.

Empresas já consolidadas no Vale e com longa tradição estão

“O otimismo é um dos principais motores do crescimento econômico, e o ambiente atual reforça essa tendência”, acrescenta.

Motivos estratégicos

entre as que planejam investimentos para os próximos anos. A Certel, que completa 70 anos de atuação em 2026, quer comemorar seu septuagésimo aniversário com a inauguração de uma nova sede em Lajeado, bem como avançar na construção de uma usina hidrelétrica entre Bom Retiro do Sul e Cruzeiro do Sul.

Na mesma linha, a Fruki já executa ampliação da fábrica de Paverama, inaugurada ano passado, para dobrar a capacidade de produção. Há também

projeção de investimentos para a unidade de Lajeado, também às margens da BR-386.

Há também investidores de fora, de olho no potencial da região. É o caso da Rede Laghetto, que projeta a construção de um hotel junto ao Boulevard Encantado. A construção está avaliada em R$ 30 milhões e se soma a uma série de investimentos previstos ao município, em paralelo a conclusão do complexo do Cristo Protetor, previsto para abril.

Projeções positivas

Para o economista e consultor

Eloni José Salvi, o movimento de investimentos em segmentos diversos no Vale do Taquari é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a recuperação econômica global e o crescimento do Brasil em 2024, com projeções positivas para 2025.

“A região tem uma economia diversificada, voltada tanto ao mercado nacional quanto ao internacional. O crescimento registrado nos últimos anos, aliado à demanda crescente por mão de obra, incentiva as empresas a tirarem projetos do papel. Além disso, muitas precisaram se reestruturar e aproveitaram o momento para corrigir deficiências e acelerar investimentos”, analisa.

Ele também reforça que o cenário desafiador vivido pelo Vale no último ano, em virtude da enchente histórica de maio, acabou por estimular novos investimentos.

Investimentos constantes, sobretudo em máquinas, equipamentos e novos sistemas para melhora da produtividade e resultados. São pontos considerados por empreendedores na hora de investir para manter o negócio continue viável e competitivo, na avaliação do empresário Rogério Wink.

Mesmo em cenários adversos, cita que os empreendedores seguem investindo no Vale e no RS por motivos estratégicos. “O Estado tem uma economia consolidada em setores estratégicos e um mercado consumidor robusto. A expertise na produção de bens e serviços de qualidade garante retorno sobre o investimento em longo prazo”, pontua.

Além disso, Wink lembra que momentos de crise não afetam todos os negócios da mesma forma e, em muitos casos, abrem espaço para diversificação de períodos e processos. “Normalmente, é em períodos desafiadores que surgem novas oportunidades. E, para aproveitá-las, o investimento é essencial”.

Local de oportunidades

Um local idealizado na década passada e que, agora, começa a despontar como um dos principais espaços para oportunidades da região. O 386 Business Park, às margens da BR-386, em Estrela, concentra alguns dos investi-

O crescimento registrado nos últimos anos, aliado à demanda crescente por mão de obra, incentiva as empresas a tirarem projetos do papel”

mentos em andamento na região. Conforme o CEO da Richter Gruppe – idealizadora do 386 Business Park – , Juca Richter, são diversas intervenções em

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Colaboração Diogo Fedrizzi e Vini Bilhar
ELONI SALVI ECONOMISTA
Maquete de futuro hotel junto ao Boulevard Encantado foi apresentada durante a Expovale
Posto de combustíveis é um dos investimentos em andamento no 386 Business Park
Lajeadense Vidros investe na construção de nova sede fora da área de inundação

FOTOS: DIVULGAÇÃO

São obras que estão acontecendo, mas tem muitas prospecções em andamento. O 386 Business Park está se tornando uma referência nacional”

Um ano após inaugurar fábrica, Fruki já amplia unidade em Paverama para dobrar produção

ROGÉRIO WINK EMPRESÁRIO

Normalmente, é em períodos desafiadores que surgem novas oportunidades. E, para aproveitá-las, o investimento é essencial”

andamento no espaço. Entre alguns exemplos, cita a ampliação da unidade da Medical San e a construção da nova sede da STW. “São obras que estão acontecen-

do, mas tem muitas prospecções em andamento. O 386 Business Park, com seu ecossistema, está se tornando uma referência nacional”, destaca.

OS INVESTIMENTOS

Centro Comercial Teutônia

R$ 50 milhões

Grupo Faros avança na construção de um complexo comercial em Teutônia.

Certaja

R$ 14,8 milhões

Expansão da rede de energia para os associados na região de cobertura, que abrange cidades como Taquari e Tabaí.

Certel

R$ 140 milhões

Construção de nova usina hidrelétrica entre Bom Retiro do Sul e Cruzeiro do Sul e ampliação das atividades em Lajeado, com uma nova sede operacional.

Chiamulera

Valor não informado

Ampliação das atividades em Lajeado, com a construção de um novo complexo, ao lado da atual planta industrial.

CTM Tabacos

R$ 40 milhões

Ampliação das atividades em Venâncio Aires. Investimento contempla três novos pavilhões, nova linha própria para beneficiamento do tabaco e dobrar o número de empregos.

Fontana

R$ 22,5 milhões

Aquisição e melhoria de maquinários na fábrica de Encantado e migração de parte da produção para Teutônia.

Fruki

R$ 113 milhões

Ampliação da planta de Paverama, inaugurada ano passado, e na de Lajeado. Também haverá investimento na renovação de maquinários.

Girando Sol

R$ 72 milhões

Ampliação das linhas de produção e modernização do parque fabril em Arroio do Meio, ampliando a estrutura atual em 15 mil metros quadrados.

Grupo Passarela

R$ 130 milhões

Instalação de um centro de distribuição e um frigorífico de desossa em Teutônia, além de um atacarejo em Lajeado.

Hotel Laghetto

R$ 30 milhões

Construção de um hotel junto ao Boulevard Encantado, com 135 apartamentos.

JBS

R$ 250 milhões

Melhorias nos frigoríficos para abate de frangos, em Westfália, e na unidade de suínos, em Poço das Antas.

Lajeadense Vidros

R$ 5,56 milhões

Construção de uma nova planta industrial no bairro Imigrante, em Lajeado, às margens da BR-386.

Medical San

R$ 18 milhões

Expansão de sua sede no 386 Business Park, em Estrela, dobrando o atual parque fabril.

Neugebauer

R$ 90 milhões

Investimento previsto na ampliação da unidade fabril instalada às margens da ERS-130, em Arroio do Meio.

Nutritec

R$ 30 milhões

Ampliação das atividades no Porto de Estrela após a troca de sede, saindo de Lajeado.

Pátio Strip Mall

R$ 6 milhões

Construção de um complexo comercial junto ao 386 Business Park, em Estrela.

Rede Polo

R$ 28 milhões

Construção de um atacarejo em Estrela, onde funcionava a antiga Estação Rodoviária. Área construída totaliza 5,8 mil metros quadrados.

Rodoil

R$ 6 milhões

Construção de um posto de combustíveis junto ao 386 Business Park, em Estrela.

RGE

R$ 40 milhões

Construção de uma nova subestação de energia, localizada em Cruzeiro do Sul, em área adquirida pela concessionária.

STW

R$ 20 milhões

Construção de uma nova planta fabril junto ao 386 Business Park, em Estrela.

Stok Center

Valor não informado

Construção de uma unidade atacarejo em Lajeado, às margens da BR-386.

Super Gluco

R$ 5 milhões

Construção de um supermercado junto ao Loteamento Jardim do Cedro, em Lajeado.

Univates

R$ 14 milhões

Lançamento de um novo hub, o TecnoSaúde, com objetivo de apoiar até 50 startups na área da saúde.

Vallér

R$ 15 milhões

Construção de um hotel turístico em Lajeado, próximo ao Parque do Imigrante.

Venax Eletrodomésticos

R$ 50 milhões

Construção de nova fábrica às margens da RSC-287, em Venâncio Aires.

Vinagres Prinz

R$ 30 milhões

Construção de uma nova sede em Estrela, na Linha Delfina.

RETOMADA DAS OBRAS

CCR ViaSul intensifica trabalhos

Ao longo do trecho entre Estrela e Marques de Souza, 15 frentes de trabalho atuam para entregar duplicações, novas pontes e faixas adicionais. Concessionária busca retomar cronograma inicial e reverter prejuízo causados pela catástrofe em maio

Maira Schneider maira@grupoahora.net.br

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Depois da enchente, atrasos e problemas envolvendo a construtora, a CCR ViaSul intensificou os trabalhos e projeta entregas significativas em 2025. Uma delas é a duplicação de 20 quilômetros entre Marques de Souza, Lajeado e a recuperação de trechos bastante afetados pela cheia e enxurrada de maio.

Durante a semana, o diretor da CCR Viasul, Fernando de Marchi, detalhou o plano de investimentos da concessionária e a intenção de projetos ao longo dos anos de concessão. Os números foram detalhados aos líderes empresariais e prefeitos das cidades lindeiras.

O encontro promovido pelo Grupo A Hora contou com a fala também do coordenador de Engenharia, Gabriel Cunha. Segundo ele, os trabalhos se intensificam com 15 frentes de trabalho, a maioria entre Lajeado e Estrela, incluindo o trabalho noturno para o içamento de vigas em pontes, viadutos, novas pavimentações e faixas laterais.

Até o momento, a CCR ViaSul já possui 14 quilômetros de pistas liberadas entre Lajeado e Marques de Souza. Em alguns trechos ainda será necessário a junção de pistas e sinalização. Entre o bairro Conventos e no acesso ao Montanha, estão previstos até julho a conclusão de viadutos e todas as faixas laterais.

Paralelo à duplicação, concessionária avança com obras de terceira faixa entre Lajeado e Estrela FOTOS:

Em cinco anos de concessão da CCR ViaSul no RS

20 km

DE DUPLICAÇÃO

O trabalho desde abril de 2024 é realizado pelo Consórcio Via Sul, formado pela antiga Odebrecht e a Power China. A obra é acompanhada e fiscalizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Prejuízo de R$ 300 milhões

Um dos maiores desafios da concessionária é reverter os prejuízos causados pela enchente de maio. Nas vias administradas pela concessionária, a BR-386, as enchentes e enxurradas foram registradas em maio de 2024. O trabalho de reconstrução segue com várias frentes de trabalho.

O ponto mais crítico considerado pela concessionária é o trecho entre Lajeado e Estrela, entre a ponte do rio

4 km DE FAIXA ADICIONAL

7,5 km DE MARGINAL

Taquari (km-349) e o viaduto do Superporto (km-350). Em maio, mais de 60 pontos foram afetados. Um levantamento feito pela concessionária apontou um prejuízo e a necessidade de investimento de R$ 300 milhões. Para conseguir os recursos necessários, foram acessados créditos do BNDES, no valor de R$ 125 milhões, e também recursos de seguradoras. Grande parte dos investimentos foi aplicada em reparos, recuperação de taludes, pavimentação, realização de terraplanagens em trechos que foram levados pela água. Outros valores foram investidos na recuperação de pontes e viadutos. Ao menos cinco estruturas foram atingidas: as pontes do rio

Taquari, arroio Boa Vista, ponte seca nas imediações da Havan e no Superporto em Estrela. FERNANDO

Quanto mais pessoas reivindicarem, melhor. E levar a demanda em grupo para a ANTT analisar e atender realmente a necessidade da região."

22 PASSARELAS

R$ 2,7 bi

INVESTIDOS

para entrega de 20 quilômetros

Acessos e regularização

Uma das complexidades encontradas na região com o avanço de obras é a regularização de acessos, que nem sempre é de responsabilidade da concessionária. Conforme a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, muitos proprietários estão com dificuldades e buscam ajuda dos municípios. “É uma novela mexicana, pois são muitas responsabi-

lidades. Para regularizar um acesso, o proprietário ou o ente público deve elaborar um projeto rodoviário, incluindo estudo de tráfego, e submeter à concessionária, que o analisará e, se estiver conforme as normas, o encaminhará à ANTT para aprovação. O processo é muitas vezes demorado devido às rígidas exigências das normas rodoviárias”, reforça.

Integração entre poderes

Para a prefeita de Estrela, Carine Schwingel, muitas questões precisam ainda de solução. “É necessário uma união entre os setores privados e públicos para trabalharem em conjunto”. A prefeita aponta que a construção de vias marginais, como

forma de centralizar os acessos e evitar entradas diretas nas rodovias, é uma das principais reivindicações da região. “O esforço conjunto, envolvendo todos os atores da comunidade, é essencial para garantir o sucesso das obras e a melhoria da infraestrutura local”.

Nós precisamos tratar disso, nós precisamos melhorar essa relação, não só na entrega rápida dos nossas obras, mas também de como a gente faz, ajumente, para dar conta da adequação dos acessos que tem ao longo do nossa rodovia."

BR-386 em 2024

17 mil obras e serviços

10 mil socorro mecânico

1,6 mil acidentes

38 mil ligações

76 mil atendimentos

As vias marginais é uma das principais reivindicações para a gente conseguir promover essa antecipação dessa obra. Mas eu acredito que o fundamental é a gente sentar o empresário e o poder público, porque um não vive e um não funciona sem o outro."

CINTIA AGOSTINI

À ESPERA NO VALE

MAIS DE 8 MIL PACIENTES aguardam cirurgias eletivas

Entre as especialidades, maior demanda está em áreas como oftalmologia, traumatologia e cirurgias gerais

Diagnosticada com endometriose, uma moradora de 49 de Fazenda Vila Nova é uma das mais de 8 mil pessoas que aguardam por cirurgia eletiva no Vale do Taquari. Entre as maiores demandas, estão especialidades como oftalmologia, traumatologia e cirurgias gerais. Na área de ginecologia, como é o caso da paciente, há 538 pessoas na lista de espera.

A moradora descobriu a endometriose em maio do ano passado, já quando parte do intestino também estava comprometido. Hoje, ela aguarda o procedimento para retirar parte do órgão, assim como o útero. A moradora consultou no posto de saúde de Fazenda Vilanova e foi encaminhada a Arroio do Meio.

“Eu estava com dor e ano passado fui fazer tomografia.

Eu estava com dor e daí ano passado fui fazer tomogra a. Me encaminharam para a ginecologista que me deu os papéis para a cirurgia”

PACIENTE DE FAZENDA VILA NOVA

Me encaminharam para a ginecologista que me deu os papéis para a cirurgia”, conta a moradora. Com atraso para inscreverem-na no sistema do estado, ela não sabe quando poderá fazer o procedimento.

A cirurgia deve ser feita no hospital de Canoas, já que envolve tanto a área ginecológica, quanto intestinal. Sem condições de pagar o tratamento de forma particular, aguarda por uma resposta do Sistema Único de Saúde (SUS).

O mutirão é para consultas com os especialistas e se nestas consultas gere um procedimento cirúrgico, é realizado no mutirão”

GIOVANNA LINHARES

SECRETÁRIA DE SAÚDE DE LAJEADO

Desafios na região

No Vale, dos 8.020 pacientes que esperam por cirurgias eletivas, 3.113 são para a área de oftalmologia, 1.761 para traumatologia, e 691 para cirurgia geral. Os dados são da 16º Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que abrange os municípios da região.

Outras especialidades com demandas por cirurgias, é a neurocirurgia, com 542 pacientes em espera, otorrinolaringologia, com 349, urologia, com 330

pacientes, entre outras áreas. Coordenador adjunto da 16ª CRS, Fabiano Mueller Lemos destaca o aumento da fila para algumas especialidades, como oftalmologia e traumatologia.

“No caso da traumatologia, a nossa referência era Canoas. Quando passou para os nossos hospitais, essa fila veio junto”. Ele ressalta como referências na especialidade, o Hospital Ouro Branco, de Teutônia, o Santa Terezinha, de Encantado, e o Hospital de Estrela.

Ainda, Lemos destaca os programas do governo federal e estadual que trabalham para diminuir as filas na saúde e afirma que a coordenadoria discute o assunto diariamente. “Sabemos das filas e estamos sempre tentando melhorar o serviço, tanto para procedimentos quanto consultas”.

Outro ponto destacado por ele é a falta de ajustes na tabela de pagamento do SUS. “Temos que buscar, junto ao Ministério da Saúde, a sensibilização para melhorar a tabela SUS. Isso também interfere nas filas, porque sabemos o custo de manutenção de um serviço hospitalar”, reforça.

Mutirões

Entre as estratégias para suprir essa demanda, estão mutirões nos municípios. Em Lajeado, a ação ocorre com frequência, e um valor é destinado pelo governo para os procedimentos. No momento, há um mutirão em andamento no Hospital Bruno Born (HBB).

Segundo a secretária de Saúde, Giovanna Linhares, o município recebe os encaminhamentos para as especialidades médicas. O paciente, então, consulta com o especialista e o profissional define se é necessário o tratamento cirúrgico. Se houver necessidade, o paciente fica em uma lista interna do hospital.

“O mutirão é para consultas com os especialistas e caso nestas consultas gere um procedimento cirúrgico, este é realizado no mutirão enquanto tivermos orçamento”, destaca Giovanna.

Segundo a secretária, a especialidade de maior demanda para procedimentos cirúrgicos no município é a ginecologia. Em termos de consultas, a maior demanda é na oftalmologia.

Demanda por traumatologia

No município de Teutônia, há 1.848 consultas em espera no sistema Gercon do Estado. Em especial, nas especialidades de traumatologia (360), cardiologia (48), reumatologia (14), dermatologia (159), oftalmologia (520), cirurgia geral (145), urologia (45), neurologia (61), oncologia (76), entre outras (360).

Em relação às cirurgias, há uma lista de 785 procedimentos no Hospital Ouro Branco. As especialidades com maiores demandas são traumatologia (349), cirurgia geral (327), entre outras (109).

No estado

O Ministério da Saúde realizou o maior número de cirurgias eletivas da história do SUS. No ano passado, foram 13.663.782 procedimentos, número 10,8% maior do que em 2023, quando chegou a 12.322.368 operações. Em comparação com 2022, a alta é ainda maior, chegando a 32%, quando foram feitas 10.314.385 cirurgias.

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Moradora de Fazenda Vilanova aguarda na la para fazer cirurgia no útero e intestino
BIBIANA FALEIRO

No Rio Grande do Sul, entre 2022 e 2023, o aumento foi de 9,6% no número de cirurgias, passando de 905.139 para 992.568 procedimentos. Até novembro de 2024, foram realizadas 979.584 operações no estado. Hoje, há uma fila de 670 mil pedidos de consultas pelo SUS.

A redução das filas do Sistema Único de Saúde é uma preocupação do Estado, que já investiu, desde 2023, R$ 31,1 milhões em recursos próprios no programa

“Cirurgia+”, voltado para cirurgias eletivas em traumatologia, cirurgia geral, cirurgia vascular, otorrinolaringologia, oftalmologia, ginecologia e urologia.

Foram 40,4 mil consultas e 22,7 mil cirurgias no Rio Grande do Sul desde então, além daquelas já contratualizadas com os hospitais, compensando o aumento da demanda causado pelo adiamento de cirurgias eletivas durante a pandemia de covid-19.

Foram investidos ainda outros

R$ 154 milhões em 2024 na aquisição de equipamentos, obras e reformas e ampliação de espaços, além da contratação de atendimentos e tratamento ou aquisição de medicamentos pelos hospitais do Estado, por meio de um convênio com o Tribunal de Justiça (TJ), que repassou os recursos. Outro convênio com o TJ possibilitou um aporte de R$ 94 milhões na rede de saúde para oferecer mais exames e procedimentos em oncologia.

No ano passado, o Ministério da Saúde realizou o maior número de cirurgias eletivas da história do SUS

Números no RS

- Em 2022, foram feitas 905.139 cirurgias eletivas no estado;

- Em 2023, foram 992.568 procedimentos;

- Até novembro de 2024, foram 979.584 operações.

- Hoje, o Rio Grande do Sul tem uma fila de 670 mil pedidos de consultas SUS.

Pacientes em lista de espera na região

Total: 8.021

Oftalmologia: 3.113

Traumatologia: 1.761

Cirurgia geral: 691

Neurocirurgia: 542

Ginecologia: 538

Otorrinolaringologia: 349

Urologia: 330

Oncologia: 298

Cirurgia Vascular: 199

Cardiologia - vascular: 118

Cardiologia - cirurgia

cardíaca: 43

Proctologia: 39

BIBIANA

SISTEMA SUSTENTÁVEL

Energia solar atende quase 25 mil unidades na região

Em cinco anos, número de instalações disparou de 1,4 mil para 19,1 mil. Região é a quinta no estado em potência instalada. Usuários destacam os benefícios da tecnologia para o dia a dia de suas residências e empreendimentos

Jéssica R Mallmann jessica@grupoahora.net.br

Cada vez mais presentes nas residências dos gaúchos, as placas solares conquistaram consumidores e o mercado de energia sustentável. No Vale do Taquari, essa tecnologia avançou de forma expressiva em cinco anos. Enquanto que em 2019 eram 1.418 sistemas registrados entre residências e empreendimentos, em 2024 o Painel de Geração Distribuída Fotovoltaica do RS registrou 19.159 instalações, que atendem 24,3 mil unidades consumidoras na região. Além da economia financeira, o uso de uma fonte limpa e renovável tem sido um dos principais atrativos para a adesão à tecnologia. O empresário Eduardo Massmann instalou os painéis solares em 2022 para atender tanto sua residência quanto o estabelecimento comercial, ambos localizados no bairro Montanha. O compartilhamento da energia é possível pelo sistema de consumo remoto ou geração compartilhada, que exige que as propriedades estejam registradas no nome do mesmo titular e conectadas à mesma concessionária de energia.

“Instalei as placas em ambos os lados do telhado e recomendo. O investimento será recuperado em cinco anos”, afirma Massmann. “Hoje, pago apenas a taxa mínima da conta de luz. Somente na loja que, dependendo do mês, há uma diferença, mas é muito pequena”.

O mesmo alívio no orçamento mensal, sente o produtor rural Carlos Prediger. Ele possui a propriedade na Linha São João,

Posso afirmar que o sistema cobre 95% do consumo de eletricidade. Mas já houve momentos em que a energia gerada sobrou”

em Travesseiro, onde instalou o sistema de energia fotovoltaica em 2021. Com 88 placas solares, a estrutura abastece tanto a residência quanto a produção leiteira, que conta com 150 animais.

“Devido ao aumento da minha demanda de trabalho, posso afirmar que o sistema cobre 95% do consumo de eletricidade. Mas já houve momentos em que a energia gerada sobrou”, conta o produtor.

O sistema está instalado no coração da propriedade, que possui 15 hectares. Segundo Prediger, a estrutura tem capacidade para adicionar mais 44 placas, mas, por enquanto, ele está satisfeito com a produção atual. “Antes, a conta de luz passava de R$ 1,5 mil por mês. Hoje, pago apenas a taxa da concessionária e, durante o inverno, um valor que não se compara ao que era antes.”

Alternativa sustentável

Uma das principais motivações de Massmann para instalar os painéis solares foi a questão ambiental, uma vez que a energia solar é limpa e evita o desmatamento. Pelo sistema que possui em sua residência, o empresário consegue monitorar a quantidade de crédito de carbono produzido, bem como saber o número de árvores preservadas, que seriam cortadas com a geração de usinas hidrelétricas.

Esse controle, futuramente, o auxiliará

na comercialização do crédito de carbono, um mercado ainda em desenvolvimento no Brasil, mas com grande potencial para movimentar a economia e fomentar iniciativas ambientais. Com o uso das placas, além do benefício econômico na conta de luz, será possível vender créditos de carbono para empresas que excederem os limites de emissão desse gás.

Instalei as placas em ambos os lados do telhado e recomendo”

Baterias armazenam energia produzida pelas placas

Expansão do mercado

Localizada em Arroio do Meio, a empresa Energia Própria trabalha com a instalação de sistemas fotovoltaicos. Segundo o

CARLOS PREDIGER XXXXXX
EDUARDO MASSMANN

sócio Guederson Maciel, o interesse pela tecnologia realmente cresceu no Vale do Taquari, impulsionado não apenas pela busca por soluções sustentáveis, mas também pela redução expressiva no custo das placas e equipamentos. “Isso contribuiu para a expansão em todo o estado”, destaca. Uma das novidades de mercado que promete alavancar ainda mais essa economia são as baterias para armazenamento de energia, conhecidas como Sistema Híbrido. Essa tecnologia permite captar energia por meio de painéis solares e armazená-la para reduzir a dependência da rede elétrica. Com isso,

é possível evitar taxas e impostos da concessionária, além de garantir uma fonte de energia alternativa em casos de interrupção no fornecimento.

“Ele consegue suprir toda a demanda de energia de uma casa básica ou uma empresa”, afirma Maciel. Entre as vantagens, o sistema de baterias entra em ação nos dias nublados e chuvosos, quando os painéis solares captam menos radiação para converter em energia.

“Com o Sistema Híbrido, a residência continua a utilizar a rede da concessionária de forma On-grid, ter créditos em kWh, e ao mesmo tempo pode guardar energia nas baterias de lithium e ter reserva para uma emergência, de forma Off-grid”, destaca.

Entre os sistemas híbridos já instalados no estado pela Energia Própria, Massmann destaca os projetos em Xangri-lá, no litoral gaúcho, e em Porto Alegre. Em breve, a tecnologia deve estar em várias residências do Vale.

Estrutura com 88 placas solares abastece toda a propriedade de Carlos Prediger

Com o Sistema Híbrido, a residência continua a utilizar a rede da concessionária de forma On-grid”

1 | Serra 349.097,62

2 | Vale dos Sinos 328.515,08

3 | Metropolitano Delta do Jacuí 247.734,34 kW

4 | Fronteira oeste 199.844,16 kW

5 | Vale do Taquari 188.197,56

Instalação no bairro Montanha, em Lajeado, abastece residência e empreendimento de Massmann

Educação transforma a história

A escola tornou-se uma extensão da família Gräbin, e o período vivido no colégio aprimorou as habilidades técnicas, além de fortalecer os laços entre primos e amigos, criando as bases para um futuro repleto de oportunidades

Colégio Evangélico Alberto Torres foi escola, lar e playground para 30 membros da família ampliada dos Gräbin: avós, filhos, primos, netos e, nas proximidades, os amigos. Durante a infância nos anos 1980 e 1990, o trajeto até a instituição era feito a pé. No momento de aprender, a amizade com os professores; no recreio, a formação de laços com os amigos. “O Ceat foi o prolongamento da minha casa”, destaca a professora Luciane Gräbin, que iniciou seus estudos na pré-escola do colégio. Em março de 2025, ela celebrará 40 anos dedicados à educação física na instituição. Com um cuidado imenso pelas crianças pequenas, Luciane entrega seu tempo e pedagogia a cada uma delas. “Fui muito feliz na escola como adolescente.

Depois, como professora”, afirma com gratidão. A trajetória da Família Gräbin no Alberto Torres iniciou com o pai de Luciane, Edmar Gräbin, um empreendedor empenhando na comunidade regional. Ex-presidente da Associação Comercial de Lajeado. Antes de galgar até cargos de diretoria, Gräbin foi estudante e professor do colégio. Nas aulas de contabilidade, ensinava conceitos para aplicação e economia de recursos. Gräbin faleceu aos 91 anos, deixando uma contribuição profunda para o colégio. O legado mais significativo foi o amor pelos estudos transmitido aos filhos. Luciane, filha e professora, domina a educação física e leva aos pequenos as mais recentes abordagens pedagógicas. “As crianças são expansivas. Com elas, aprendi a ser amorosa, dedicada e respeitosa”, compartilha. Esse respeito pela infância reflete-se na nova pedagogia adotada. No

”No colégio, tive ótimos professores em matemática, física e química”

Carlos Gräbin, engenheiro químico

Ceat, a aplicação da educação continuada em todas as fases da aprendizagem é um princípio fundamental.

Educação como pilar da sociedade

Luciane criou dois filhos, ex-estudantes do colégio. Laura mora na França e se tornou gestora na empresa

Em 2014, a professora Luciane Grabin em momentos especiais vividos na escola

Kibon. João Pedro, no Rio de Janeiro, oportunidades abertas pelo ensino de qualidade que encontraram no Ceat. Para ela, a atual educação induz crianças

a serem questionadoras, ativas e curiosas. “Muita coisa mudou nestes 40 anos de educação em que estou no colégio. Precisamos evoluir

com as novas pedagogias”. A educação forma a base para uma sociedade cidadã e preparada aos desafios.

Família Gräbin, entende que a educação abriu portas para as melhores oportunidades profissionais

profissional da família Grabin

Carreira em multinacional

O irmão mais velho de Luciane, Carlos Gräbin, de 62 anos, iniciou seus estudos no Ceat ainda no Jardim de Infância. Com grande aptidão para resolver equações matemáticas, formou-se engenheiro químico há 40 anos. “No colégio, tive excelentes professores de matemática, física e química”, afirma. A base técnica adquirida na instituição o levou à universidade federal e, com ela, abriu portas para uma oportunidade em uma empresa multinacional, onde atua há 23 anos, percorrendo o Rio Grande do Sul em seu trabalho técnico.

“Embora minha atuação seja na área metropolitana, trouxemos nossos filhos para estudar no Ceat”, acrescenta.

Os filhos já se formaram. Vicente, reside na Bahia, Henrique, em São Paulo. Eles herdaram a aptidão técnica

do pai e a prova está nas profissões. Vicente virou engenheiro aeronáutico.

Os dois irmãos, em algum momento da escola, inseriram o xadrez ativamente ao ritmo cotidiano. Se tornaram enxadristas de campeonato, percorrendo cidades a fim de vencer campeonatos.

A capacidade de foco da família de Carlos também se direcionou à corrida.

Pai, mãe Cláudia e os filhos cultivam a atividade física com compenetração matemática. Correr foi o jeito que a família encontrou para sentir a natureza, o mundo e a vida, sem o rigor dos cálculos. Ajuda também no fortalecimento de vínculos entre eles. “Viajamos para correr juntos”, enfatiza Carlos.

Maratonas

A mãe, Cláudia Maria Mallmann Gräbin, é a maratonista exemplar da família. Aos 59 anos, mantém o corpo em movimento e a mente ativa. Formada em Matemática, Cláudia também concluiu a faculdade de Direito, demonstrando seu amor pelo estudo tanto quanto pela corrida. Essas habilidades a conduzem a oportunidades diferenciadas. Atualmente, atua na primeira vara da Justiça do Trabalho, em Estrela. Estudou no Ceat, desde o Jardim

até a Quarta Série. Com pais professores, Cláudia absorveu a paixão pela aprendizagem, que moldou seu caráter resiliente e seu apego às maratonas, incluindo competições internacionais.

Na infância, o tempo no Ceat ajudou a cultivar um hábito que transformou sua vida. “Eu tocava flauta doce e fiz parte do conjunto musical do colégio. Quando saí da instituição, fui convidada a continuar no grupo.

Isso fez toda a

diferença”, recorda. Cláudia seguiu tocando e se apresentando com a flauta doce até o Ensino Médio, fazendo amizades, expandindo sua rede de relacionamentos e adquirindo novas experiências e conhecimentos. “Formávamos um grupo unido, e o colégio abriu muitas portas”, destaca. Foi em uma festa de garagem, com amigos do Ceat, que Cláudia conheceu Carlos. Juntos, formaram uma

família e direcionaram os filhos para estudar na mesma escola. Quando os filhos concluíram seus estudos, Cláudia sentiu o impacto. “Me senti vazia. Percebi que não participaria mais das apresentações nem das reuniões do colégio”, lembra. Após esse momento de reflexão, veio o reconhecimento: a escola foi, por décadas, uma extensão da família. A educação proporcionou oportunidades e levou os Gräbin a atuar no mundo.

Apresentado por
Além dos estudos, Família Gräbin se dedica às maratonas, cultivando corpo e mente saudável
Cláudia Gräbin : o amor aos estudos a levou a se tornar funcionária pública federal, mas também às corridas
Carlos Gräbin conquistou a aptidão matemática para se tornar engenheiro químico e atuar em multinacional
FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI
Luciane Gräbin é professora do Ceat e ressalta a importância da educação continuada

UMAS & OUTRAS

PÉ NA ESTRADA!

Meio que aos trancos e aos barrancos a sempre fundamental logística de transportes regional vem sendo recuperada e com várias novas obras relevantes quase em conclusão ou em vias de o ser. Muitas reivindicações legítimas e até então meio

latentes também surgiram no cenário dos debates regionais. Como diz o meu Cumpádi Belarmino: há males que vem para o bem e a realidade é daqui pra frente, sem espremer o limão além do que pode sair de suco. Nem tudo será plenamente equacionado e resolvido Aqui e Agora.

VISÕES DE FUTURO

ARTIGO

MARCOS

Ador e a delícia de ser pai

Foi vereador, deputado estadual e federal, senador, até vice-presidente e não foi adiante por problemas de saúde e tempo de vida. O apelido fazia referência à sua estrutura física: magrela, comprido e alto, feito mesmo o mapa do Chile.

Alguns (poucos e raros) de seus oposicionistas o classificavam como um ¨muçum¨, mais liso que sabonete molhado ou bunda de nenê, como diz o meu Cumpádi Belarmino. Talvez porque nunca conseguiram pegar o pé dele e

nem mesmo o dedo minguinho metido em qualquer tipo falcatrua ao longo de sua extensa e profícua vida pública.

Quando questionado na imprensa sobre alguma questão polêmica em voga, coçava o queixo e declarava: ¨as consequências virão...¨.

Na réplica dos entrevistadores: sim, mas quais consequências?

Saia com uma tréplica: ¨Podem ser mais ou menos boas, mais ou menos ruins, ou pode até não ter consequências nenhuma¨.

LIVRE PENSAR

É da vida e faz parte do jogo político: se é complicado contestar a mensagem, ataque o mensageiro, ou ¨desconstrua sua imagem¨ e crie uma ¨nova narrativa¨ no linguajar politicamente correto atual. E acredite quem quiser. Não resolve nada pretender crucificar um agora ex-presidente do BC, ou fabricar expectativas positivas em algum novo ocupante do cargo, que já integrava o Copom há anos.

Narrativas midiáticas são muito úteis para consumo imediato, mas não duram muito e não costumam resolver problemas reais e permanentes. Pro meu gosto só servem pra encher linguiça.

Quando a gente acerta ninguém se lembra, quando a gente erra ninguém esquece.

(Autoria incerta)

SAIDEIRA

O nôno encontra a carteira aberta da nona na mesa e vê que ela guarda uma foto dele, ficou empolgado:

- Com tanto tempo juntos tu ainda guarda uma foto minha na carteira!

- Me serve como motivação...

- Como assim?

- Cada vez que me surge um problema na vida eu prá me tranquilizar olho pra foto e penso: além disso o que de pior pode me acontecer...?

Apenas como exemplo, porque teria várias outras iniciativas para citar e destacar em diferentes pontos locais e cidades valedotaquarienses. Se não tivesse ocorrido loteamentos bem planejados e aprovados anteriormente, inclusive com uma baita e inusitada avenida à época, lá pelos idos de 1960 e uns quebrados. Se não tivesse a destinação prévia de uma área para instalação de um inovador parque de exposições, já bem próximo a então Rodovia da Produção. Se não tivesse ocorrido a articulação de implantação de um viaduto sobre a rodovia, ligando dois bairros importantes. Se não fosse aberto um trecho de mata para conectar diretamente uma então avenida sem saída com novos belos espaços urbanos emergindo. Se não fosse as saudáveis negociações para transformar uma então estradinha de terra pra virar numa outra baita avenida. Se não fosse a ¨traballheira¨ que deu pra retornar à soberania municipal uma extensa área nobre urbana, então ainda sob a jurisdição federal.

Não creio que o saudoso e respeitável Seu Alberto Müller tenha imaginado que um eixo urbano que o homenageia chegasse a ter a projeção atual que tem e a futura que ainda vai ter.

Mas os que vieram depois dele tiveram, de um jeito ou de outro. E não foram poucos, muitos tiveram méritos nessas empreitadas. Por isso mesmo não vou citar nenhum, até prá não correr o risco de ser injusto e deixar alguém de fora. Cada um sabe o que fez, bem como cada instituição e respectivas lideranças envolvidas ao longo do tempo. E não creio que façam questão de muitos e merecidos ¨confetes¨ por parte dessa modesta coluna. A história mais cedo ou mais tarde vai ser devidamente registrada, dando o devido mérito a quem fez por merecer.

H“Esconder-se é um prazer, mas, não ser encontrado é uma catástrofe.”

Donald Woods Winnicott

á quinze dias o universo me abençoou com o nascimento saudável da pequena Emma, ela veio se juntar aos manos Cecília e João Guilherme e me fez novamente refletir sobre o papel da paternidade.

A primeira missão de um pai acontece antes do filho nascer: nessa etapa a futura mamãe deve se sentir compreendida e acolhida em todas as modificações corporais que vai sofrer, bem como toda insegurança que surge sobre a capacidade de levar uma gestação até o fim, de ter um filho saudável e de ter um ambiente acolhedor.

A segunda missão começa ao nascimento: um homem deve aprender a amar aquele pequeno ser gerado fora do seu corpo, mas com partes suas. Deve ainda proteger o pequeno ser, bem como amparar a mãe naquelas primeiras semanas que ela mal dorme porquê fantasia que algo irá acontecer com o bebê se ela fechar os olhos.

Mais tarde um pai deverá ajustar a dose de autoridade para estabelecer limites, mas sem castrar. Deverá ainda fornecer a dose de amor e compreensão que permite florescer aquela voz interna que depois que surge nunca mais nos abandona, e que os psicólogos chamam de ego.

Com o passar do tempo, um pai preparado perceberá o surgimento da autocrítica (ou superego) daquele filho e perceberá aos poucos a introjeção dos valores da família e daquela sociedade.

A primeira missão de um pai acontece antes do lho nascer: nessa etapa a futura mamãe deve se sentir compreendida e acolhida...”

Ocorre que a vida não para por aí e logo depois os pais tem começar a preparação para o afastamento e depois para a separação: afastamento primeiro para o micro mundo dos amigos do mesmo sexo (lembrem que durante um período as meninas acham os meninos chatos e vice versa), depois para os primeiros amores, para as festas e a explosão dos hormônios. Finalmente temos de nos preparar para separação, a saída daquele filho amado, seja para estudar ou formar uma nova família. Hora de pai e mãe voltar a ser casal, novamente apenas dois, mas agora com parte do coração vivendo fora deles.

Se um pai conseguir fazer isso, terá sido um “pai suficientemente bom”, essa é a forma que o psicanalista britânico Winnicott chama aqueles pais que ajudam o bebê a se tornar um ser unitário e que cria junto com a mãe, um ambiente que ofereça cuidados amorosos, suporte emocional e segurança.

Claro que esse ambiente não vive só de amores e deve permitir inclusive que a criança se desiluda com os pais e o mundo sem, no entanto, destruir sua capacidade de aceitar a realidade.

Não é tarefa fácil, mas é uma alegria encará-la outra vez.

APRESENTA

APRESENTA APRESENTA

FAEducação e cultura para todos

Para requalificar e ressignificar Muçum

Cultural e Educacional foi o objetivo do projeto desenvolvido pela arquiteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso.

Arquiteta e Urbanista formada pela Univates em 2024/B (colação de grau será no dia 22 de março)

Orientadora: Jamile Weizenmann

com a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.

RSacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -

A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno. Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.

Parcerias

Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de

PATROCINADORES

PATROCINADORES

equalificação urbana do bairro Centro e da orla do Rio Taquari, em Muçum, foi a proposta do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) da arquiteta e urbanista Andreia Pires, que levou o nome “(Re)Existir”. Com orientação de Jamile Weizenmann, pelo curso na Univates, o trabalho levou em consideração a destruição da cidade de Muçum após as tragédias climáticas na região. Andreia já pensava em fazer o projeto voltado ao urbano, porque gosta de entender o funcionamento das cidades, compreender as mudanças e transformações urbanas e buscar soluções para um planejamento equilibrado. Junto a isso, o episódio das enchentes intensificou a ideia, já que Andreia também teve a casa atingida pelas águas. “Foi um momento inesperado, trazendo sentimentos de medo, tristeza e impotência. Mas com tudo isso veio a esperança. O meu amor pela cidade, junto com toda a dor vivenciada, foram fatores que contribuíram na escolha do local e, princi-

riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e fre quenta o prédio, como a co munidade em geral”.

Na parte externa, cores neu tras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora. o que garante mais conforto

escolas públicas. Além de pro porcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.

A ideia é que o espaço também sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.

“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.

palmente, escolha do tema”. Dessa forma, o trabalho é uma análise para a proposição de soluções dos problemas da cidade. O objetivo foi fortalecer a comunidade e requalificar o espaço urbano, por meio da construção de uma cidade resiliente, que ofereça um planejamento urbano para morar e resistir em meio às adversidades.

Materiais

utilizados

Detalhes do projeto

Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-

cada incidência solar, bem como a perfuração da laje superior para se ter o efeito chaminé, possibilitando a refrigeração dos ambientes e a entrada de luz natural.

intervenção, que consiste em um parque urbano e memorial em homenagem às vítimas da enchente de 2023. Por fim, a microescala traz duas ampliações, explicando de forma mais detalhada as soluções e materialidades aplicadas no local.

Além disso, na fachada, foram utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.

“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.

A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de argila expandida para uma melhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegetação para o resfriamento evaporativo.

Segundo Andreia, o projeto foi dividido em três escalas: macroescala, mesoescala e microescala. A macroescala foi limitada em uma área que compreende o bairro Centro e parte do Bairro São José, região de maior consolidação urbana e fortemente afetada em períodos de inundação.

12 | FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020

12 | Você. | FIM DE SEMANA, 12 E 13 FEVEREIRO 2022

12 | Você. | FIM DE SEMANA, 6 E 7 DE FEVEREIRO DE 2021

A mesoescala corresponde a um recorte dentro da área anterior, próximo ao cemitério municipal de Muçum, local que foi devastado pelas últimas cheias e abrange a área de

Na macroescala, Andreia afirma terem sido aplicadas ações que contemplam a cidade como um todo, voltadas para a vitalidade urbana, acessibilidade, mobilidade e valorização da história local.

Nesse contexto, foi sugerido o redesenho de vias com implantação de ciclovias; reuso adaptativo das edificações históricas; requalificação dos espaços de lazer e áreas verdes; proposição de novos pontos turísticos; intervenção de áreas destruídas pelas cheias e realocação das famílias para novas áreas, não alagáveis; criação de novos pontos de apoio à desastres naturais e aberturas de novas vias, com foco na criação de rotas de fuga, direcionando a população para locais seguros.

Ainda, foi proposto um parque urbano, com espaços flexíveis e inclusivos, promovendo esporte, cultura e lazer, além de um memorial em homenagem às vítimas da cheia de 2023. O memorial (Re)Existir apresenta cerca de 96 metros de extensão. Suas paredes em concreto aparente, pigmentado na cor

marrom, formam um corredor, o qual foi escavado com profundidade de 310 cm, em um dos locais mais destruídos pelas últimas cheias. O memorial direciona a uma passarela metálica que faz a conexão “cidade e rio”. No local, também foi proposto o mirante de contemplação da Prainha de Muçum.

ANDREIA PIRES
acústica e térmica.
IMAGENS JEANDRES ROSA
Bibiana

PLANETREE – NÍVEL OURO

HBB conquista certificação global pela qualidade no cuidado

Reconhecimento

coloca o hospital entre os três únicos do Brasil a obter o certificado, que valoriza a humanização e a experiência do paciente

Após mais de três anos de adequações, treinamentos e planejamento, o Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, pode orgulhar-se de contar com a Certificação Planetree – Nível Ouro, que o coloca em uma seletíssima lista que conta, ainda, com apenas outros dois hospitais brasileiros – os paulistas Albert Einstein e Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). A confirmação da conquista foi dada nesta-feira, 31, pelo Planetree Internacional.

O Planetree é uma metodologia de cuidado implantada há cerca de 40 anos e reconhecida mundialmente. Ela é centrada na pessoa e que tem o objetivo de melhorar a experiência do paciente através da implantação de processos de cuidado, do aprimoramento da cultura organizacional e de um cuidado mais humanizado e próximo.

Envolvimento total

O processo no HBB foi iniciado a partir de um convite do escritório de Excelência do Hospital

A avaliação presencial veri cava as experiências vivenciadas pelas pessoas no ambiente hospitalar

Albert Einstein, que entendeu que o HBB tinha condições de alcançar a certificação. Todos os setores do hospital foram envolvidos no processo, que promoveu uma mudança de cultura institucional com o objetivo de trabalhar o cuidado centrado na pessoa (paciente, familiar, funcionário e médico).

Melhorias internas

A certi cação traz junto o fortalecimento da cultura do cuidado centrado na pessoa, maior envolvimento com a comunidade e práticas de cuidado cada vez mais humanizadas”

A certificação consiste em padrões e requisitos pré-estabelecidos em cinco grandes áreas: 1 – Criação de estruturas organizacionais que promovam o engajamento; 2 – Conexão entre valores, estratégias e ações; 3 – Implantação de práticas que promovam parcerias; 4 – Conhecimento daquilo que realmente importa; 5 – Uso de evidências para impulsionar melhorias.

A avaliação baseia-se no preenchimento de requisitos que são validados em visitas do Instituto Internacional Planetree. Nestes encontros foram ouvidos 156 funcionários, médicos, gestores, pacientes e familiares. Os grupos focais foram conduzidos por duas avaliadoras – uma delas norteamericana. A avaliação presencial verificava as experiências vivenciadas pelas pessoas no ambiente hospitalar.

Com o andamento do processo e a implantação de melhorias, as pessoas – pacientes e familiares –passaram a ter mais autonomia no cuidado, tornando-se ativas nas decisões relacionadas a tratamento. Além disso, os vínculos entre todos os envolvidos nos cuidados foram fortalecidos – a “jornada do paciente” passou a ser mais acolhedora, e a comunicação mais transparente e empática.

O hospital também passou a respeitar as particularidades de cada família no que diz respeito às visitas, e suspendeu a limitação referente aos horários – exceto em situações cuja relevância do quadro do paciente recomendasse.

“A certificação traz junto o fortalecimento da cultura do cuidado centrado na pessoa, maior envolvimento com a comunidade e práticas de cuidado cada vez mais humanizadas”, diz Giseli Farinhas, gerente de RH da instituição. “Nosso objetivo é manter o compromisso no cuidado centrado das pessoas, respeitando desejos, crenças e hábitos que tornam a jornada

do paciente e do colaborador mais humanizada”, acrescenta Samanta Vanzin, coordenadora do Setor de Qualidade do HBB e coordenadora Planetree. Ambas fazem parte de um grupo de seis funcionários – além delas, Dayane Ferreira da Rosa, enfermeira; Gabriela Faller, enfermeira; Lidiane Stole de Moura, gerente assistencial; e Cleusa Marchi, gerente administrativa – que assumiram a função de treinar colaboradores e médicos, e criar ações que beneficiassem a comunidade. Entre as entidades que receberam projetos organizados pelo Bruno Born, nos últimos anos, estiveram a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), a Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan) e a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio Faciais e Reabilitação Auditiva (Fundef).

“Receber este reconhecimento nos mostra que estamos no caminho de um cuidado centrado cada vez mais no que é importante ao paciente. A aproximação deles com as equipes promove a criação de vínculos e fortalece o propósito da instituição – que é a busca constante na entrega de um cuidado que se adeque às suas expectativas, respeitando suas crenças, valores e preferências”, observa Samanta. “Um

dos maiores ganhos dessa trajetória é conseguir avaliar o que é possível de ser realizado para promover uma melhor jornada para todos enquanto estiverem no hospital. São momentos em que as pessoas estão extremamente fragilizadas, e ouvindo suas preocupações e dúvidas, podendo envolvê-los nas decisões de seus tratamentos, a situação torna-se mais leve.”

Cristiano Dickel, diretor executivo da instituição, ressalva que o Planetree é uma certificação importante por ser centrada no paciente, feita de coração para coração. “Ela coroa uma mudança de cultura, uma jornada extensa de aprendizado e adaptação. A cada dia o HBB trabalha para melhorar o serviço prestado e a atenção dada a pacientes e familiares, e nossa trajetória será, cada vez mais, neste sentido. É uma grande alegria esse reconhecimento.

O presidente do HBB, Marcos Frank, comemora. “A certificação Planetree é o maior reconhecimento mundial de que um hospital está realmente humanizando a assistência à saúde. No HBB acreditamos que a experiência do paciente em um ambiente acolhedor e de cura é fundamental. Após mais de três anos de muito trabalho e transformações em todo hospital, estamos imensamente felizes com esse reconhecimento”.

Todos os setores do hospital foram envolvidos no processo, que promoveu uma mudança de cultura institucional

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CULTURA

Cascata segue rumo aos 50 anos Com “bateria nota 10”,

O bloco carnavalesco foi criado em 5 de fevereiro de 1976 e se tornou uma escola de samba. Por anos, desfilou nas ruas de Lajeado e reuniu centenas de pessoas para festejar a alegria e o samba no pé. Rumo ao cinquentenário, o Cascata ainda preserva a paixão pelo batuque e reúne foliões todos os anos, um dos únicos grupos que se manteve mesmo entre os altos e baixos do Carnaval local

O batuque do Cascata

LAJEADO

Atradição do Carnaval lajeadense é antiga, passou por muitas fases, blocos, escolas e por várias gerações. Um dos únicos ainda em atividade, o hoje chamado bloco Cascata acompanhou muitos desses altos e baixos. Criado em 1976, vivenciou o auge do Carnaval da cidade nos 1980, quando desfilava como escola de samba na rua Júlio de Castilhos. Desde então, se adaptou às diferentes épocas e maneiras de celebrar a data e, hoje, ainda mantém viva a folia, sempre com a característica “bateria nota 10”.

Para Marco Aurélio Rozas Munhoz, 62, o Keko, um dos fundadores do bloco, a bateria sempre foi o coração do Cascata.

“O Carnaval de Lajeado se inspirava no modelo do Rio de Janeiro, era bem completo. Nos desfiles, o Cascata sempre sempre se destacou na bateria, todo ano era nota 10”, lembra.

O apreço pelo Carnaval está no sangue da família Munhoz.

O avô de Keko fundou um dos blocos mais antigos ainda em funcionamento no RS, na cidade de Lavras do Sul.

Lajeadense, Munhoz ainda lembra dos bailes da antiga escola de samba Maracangalha. Em 1975, o Carnaval de Lajeado

tínhamos umas 400 pessoas”.

parou de acontecer. Então, no verão de 1976, no dia 5 de fevereiro, um grupo de jovens de 13 e 14 anos se reuniu na esquina das ruas Tiradentes e João Abott para fundar uma nova escola de samba: o Cascata. “O nome veio de uma gíria da época, que mudava de conotação conforme o contexto. Dali surgiu a cor azul e o símbolo do peixe”.

Keko foi o primeiro presidente do bloco. Algum tempo depois, nasceu o principal rival do Cascata, a Sociedade Recreativa Batutas (Soreba). “Mas o Cascata sempre foi muito popular,

Da escola saíram outras, como a Explode Coração, Alegria de Viver e Deixa Sambar. A última, nos anos 1980, se tornou uma grande concorrente do Cascata. Conforme Keko, o bloco conquistou cinco títulos, os Carnavais de 1978, 80, 81, 85 e 86.

O Carnaval naquela época movimentava a cidade o ano inteiro. Em julho, ocorriam as olimpíadas entre as escolas de samba, no Parque do Imigrante. “A gente competia em vários esportes e depois tinha baile no Caixeiral”, lembra.

A folia sempre foi muito ligada ao Clube Tiro e Caça. Na época, a sede ainda era na rua João Batista de Mello e a festa acontecia dentro do salão, onde era anunciado o

vencedor do Carnaval. Naquele tempo, além de Lajeado, Estrela, Roca Sales e Taquari tinham desfiles.

Vinha muita gente de Porto Alegre acompanhar o desfile. Cada escola de Lajeado tinha um parceiro na capital, o do Cascata era a escola da Restinga. “Vinha passista da capital. Lajeado era um dos carnavais mais importantes do Estado, só ficava atrás de Porto Alegre e Uruguaiana. Isso acabou por inflacionar e os custos ficaram muito altos”, conta. O último desfile ocorreu em 1986. “Eu acredito que o Carnaval de Lajeado é cíclico, aquele foi o momento de encerrar”.

Nos anos 1990, um grupo de amigos reorganizou o Cascata e transformou a antiga escola de samba em um bloco. Em 2001, no entanto, o Cascata voltou a desfilar e ganhou a disputa daquele ano, assim como em 2003.

Tempos áureos

Entre os fundadores do Cascata também está Marcos Antônio Bald, o Markinhos. Pouco mais velho que Munhoz, Markinhos foi estudar em Pelotas logo depois da

Raica Franz Weiss
Nos anos 1980, vinha gente de toda a região acompanhar os des les na Júlio de Castilhos. O Cascata foi campeão cinco vezes
Markinhos foi um dos fundadores do Cascata e, hoje, o lho Pedro segue no bloco
ACERVO PESSOAL
RAICA FRANZ WEISS

fundação do bloco. “O samba de lá teve influência em mim e quando eu voltava para cá, trazia algumas referências. Aos poucos, fomos criando juntos o ritmo do Cascata, com novas batidas para a região”, lembra.

Naquela época, conta, em pleno verão, o grupo abria mão de ir para praia para ajustar instrumentos, ajudar nas preparações e conseguir patrocínio para o Carnaval. “Tínhamos figurinistas para fazer os desenhos das alegorias e fantasias, mas foram muitos dias em que, depois dos ensaios, o pessoal ficava e ajudava a construir os carros alegóricos e preparativos”, recorda.

O desfile era por volta das 20h e a pontuação se dava entre a quadra do Banco do Brasil e do Banrisul. “Lembro de estarmos trabalhando nos últimos ajustes, por volta das 16h, e víamos as pessoas chegando com as

cadeiras, já esperando o desfile e querendo guardar os melhores lugares”, cita. Entre as principais memórias da época, está a competição entre as escolas. “Meu irmão era de outra escola, a gente escondia as fantasias e os planos do Carnaval um do outro. O Cascata sempre foi bom de bateria e isso que ficou no fim, o samba no pé”, destaca. Para Markinhos, nunca se deixa de gostar de Carnaval. “Acredito que, dentro de uma escola de samba ou de um bloco, a gente cresce e evolui. No Cascata, aprendi sobre liderança, amizade, administração de recursos, pessoas. É preciso lidar com frustrações e tomar decisões. Acho que isso trouxe influência para muita gente. É um orgulho muito grande fazer parte da família Cascata.”

De pai para filho

Markinhos toca tarol na bateria do Cascata até hoje e não é o único da família envolvido com o Carnaval. Os filhos seguiram a

Participe do Enterro de Ossos

Quando – Sábado 8 de março, a partir das 22h Onde – Salão Social do Clube Tiro e Caça de Lajeado Ingressos – Somente na secretaria do CTC, a partir do dia 04/02 Camisetas – Limitadas e podem ser adquiridas na secretaria do CTC

tradição. Pedro Henrique Bald, 30, hoje integra a diretoria do Cascata e já foi presidente do bloco.

“Desde que eu nasci estou no meio disso. Já não tinha mais os desfiles de antigamente, mas em 2001 houve o retorno do Cascata. Eu era criança, mas lembro que participei da bateria, tocando chocalho”, conta Pedro.

Conforme ele, o Cascata sempre andou muito pelo bairro Florestal, então se criou uma proximidade com o Clube Lajeadense. Nos anos 2000, os instrumentos

Nos des les, o Cascata sempre sempre se destacou na bateria, todo ano era nota 10”

musicais do Cascata foram incorporados pela torcida do time de futebol. “Foi uma forma de manter o batuque vivo para além do Carnaval. O ritmo sobreviveu fora do bloco e manteve as pessoas unidas de alguma forma”, destaca.

O baile de Enterro de Ossos, realizado há cerca de 10 anos, retomou um pouco da tradição carnavalesca. “O baile sempre junta muita gente e acaba por ser um lugar de encontro de gerações. A essência do Cascata sempre foi reunir família e amigos através do samba”, destaca Pedro. Todo ano, no Enterro de Ossos, o Cascata apresenta dois enredos, os mesmo dos carnavais de 2001 e 2003, e ainda toca músicas atuais com samba enredo para animar. “O primeiro ensaio foi nessa semana agora. Antes do baile, tem uma galera da bateria que toca em bares. É muito legal. São cerca de 40 pessoas na bateria e todo

mundo é voluntário”, comenta. Em 2024, em torno de 1,3 mil pessoas participaram do baile. “Nosso grande objetivo é que o Cascata continue em atividade até os 50 anos, em 2026. Temos a ideia de descer a Júlio de Castilhos com a bateria, para movimentar o Carnaval como era uma vez. O Cascata é o único daquelas antigas escolas que continua ativo e queremos chegar aos 50 anos.” Presidente do Cascata atualmente, Rodrigo Compagnoni Villa, 41, participou do bloco pela primeira vez em 1998. “Apesar de ser um movimento cultural com viés de festa e diversão, é uma grande responsabilidade representar a história de uma entidade que consegue se manter em evidência por 50 anos”, destaca.

“Sinto-me grato por fazer parte do time que está à frente da organização. Em Lajeado, o Cascata talvez seja a única oportunidade que as pessoas têm para ver de perto uma bateria e sentir a emoção do que isso representa”, conclui.

O Enterro de Ossos 2024 reuniu cerca de 1,3 mil pessoas no CTC, a próxima festa está agendada para o dia 8 de março

MARCO AURÉLIO MUNHOZ (KEKO) FUNDADOR DO CASCATA
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HABITAÇÃO PÓS-CHEIAS

Leite vistoria obras de casas na próxima quarta-feira em Encantado

Governador deve anunciar novas etapas do plano habitacional. Visita ocorre após cobranças por agilidade

ENCANTADO

Ogovernador Eduardo Leite estará em Encantado na próxima quarta-feira, 5, às 15h, para vistoriar as obras habitacionais no bairro Lambari e anunciar novas etapas do plano habitacional. A visita ocorre após cobranças por agilidade na entrega das moradias destinadas às famílias atingidas pelas catástrofes climáticas de 2023 e 2024.

O prefeito Jonas Calvi, o vice-prefeito Baixinho Orsolin e a engenheira Luana Coppini participaram de uma reunião em Porto Alegre, na quinta-feira, 30, com secretários estaduais. No encontro, Calvi cobrou a entrega das 35 casas do programa “A Casa é Sua – Calamidades”, que deveriam ter sido finalizadas em 15 de dezembro. Atrasos levaram à troca da empresa responsável e à definição de um novo cronograma. A previsão agora é concluir as obras até 28 de abril.

Além da vistoria no bairro Lambari, Leite visitará um terreno de 32.709,74 m² no bairro Jardim do Trabalhador, adquirido pela prefeitura em dezembro por R$ 2,3 milhões, com recursos do Finisa – Reconstrução. No local, serão construídas 65 casas no modelo

Steel Frame. Na manhã dessa quarta-feira, 31, uma engenheira da nova empresa contratada esteve no canteiro de obras para avaliar o andamento dos trabalhos. O prefeito reforçou a necessidade de cumprimento dos prazos. “Nem o Estado nem o governo federal têm cumprido os prazos. Esperamos que esse novo cronograma seja respeitado”, afirmou.

Durante a visita à região, o governador também assinará a ordem de início do programa de desassoreamento do Estado, o Desassorear RS. A iniciativa contemplará intervenções nos arroios Jacaré, Argoleta e Lambari, em Encantado.

Nem o Estado nem o governo federal têm cumprido os prazos. Esperamos que esse novo cronograma seja respeitado”

Comitiva de Encantado se reuniu com secretários estaduais nesta semana
Leite confere as obras habitacionais no bairro Lambari e deve anunciar novas etapas do plano habitacional
JONAS CALVI PREFEITO DE ENCANTADO
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PROJETO VERÃO

Arte, dança e jogos movimentam o centro Pella Bethânia

Projeto Verão é desenvolvido no período de recesso das atividades pedagógicas

TAQUARI

Escultura, pintura, jogos, baile e cinema foram algumas das atividades que movimentaram os residentes do Centro de Convivência da Associação Beneficente Pella Bethânia, em Taquari. A programação do Projeto Verão cumpriu os objetivos de promover a integração, estimular a autonomia e a criatividade e divertir os participantes. A programação começou na segunda-feira e se encerrou sexta-feira, 31.

A professora Carla Oliveira e o educador físico Augusto Zimmermann coordenaram as atividades e contaram com o apoio dos demais colaboradores do centro. As ações ocorreram durante o turno da tarde e exploram diversas potencialidades. A programação começou no dia 27, ao ar livre, junto ao caramanchão, com jogos de mesa e bocha. Os mais idosos puderam ensinar e repassar técnicas do jogo de bocha ponto a ponto aos mais novos.

O tradicional Baile de Verão teve muita dança ao som de clássicos gauchescos, sertanejos e, também, de bailão. Quarta e quinta-feira foram os dias de exercitar a criatividade. Utilizando tinta guache, os residentes produziram verdadeiras obras

de arte em camisetas brancas, que foram colocadas junto à decoração do Projeto Verão e que, posteriormente, serão utilizadas no Carnaval. A argila serviu como base para fazer esculturas diversas, desde “bolinhas de brigadeiro” até figuras humanas. Para os jovens, houve o campeonato de videogame. O encerramento das atividades contou o momento cinema, com direito a pipoca e muitas risadas. Segundo a professora Carla Oliveira, a boa adesão ao projeto nas edições anteriores estimulou a reedição. “Percebemos que os residentes estavam ansiosos para a edição deste ano do Projeto Verão. Durante o ano, eles já participam das atividades pedagógicas e das demais oficinas e se manifestavam sobre o projeto. Por isso, no período do recesso, pensamos nestas atividades diferenciadas e tivemos novamente uma boa adesão”, observou.

Conforme o educador físico Augusto Zimmermann, são inúmeros os benefícios das atividades oferecidas. “São opções de lazer e diversão que também contribuem para o desenvolvimento cognitivo e social. Estimulamos a autonomia, a concentração, a expressão, a desenvoltura e a integração entre os residentes. Estamos muito felizes com os resultados alcançados”, pontuou.

ÉDSON LUÍS SCHAEFFER/PELLA BETHÂNIA

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

Gastronomia e piscinas: aproveite o verão em Mato Leitão 365 VEZES NO VALE

Localizado próximo de grandes centros urbanos do Vale do Taquari e Rio Pardo, Mato Leitão oferece bons destinos para quem quer se refrescar e curtir experiências gastronômicas no veraneio. O 365 vezes no vale apresenta três opções na cidade: o Paradouro Santa Inês, o Vale da Magia e o Balneário Fagundes.

BALNEÁRIO FAGUNDES

Com 14 anos de história, o Balneário Fagundes é um dos destinos mais tradicionais do Vale do Taquari. Localizado às margens da ERS-453, oferece estrutura completa em meio à natureza, incluindo quatro piscinas com profundidades variadas e quatro toboáguas para todas as idades. Além da área de banho, conta com cerca de 200 churrasqueiras, mesas e um bar com lanches e bebidas. Os visitantes podem levar alimentos e aproveitar o espaço para piqueniques. Há ainda área de jogos com bilhar e pebolim.

O custo para acessar o Balneário Fagundes é de R$ 20,00 na semana e R$ 25,00 nos fins de semana. Mais informações pelo 51 99829-9959 ou na página oficial do Instagram: @balneariofagundesoficial.

VALE DA MAGIA

O Vale da Magia, localizado na Vila Santo Antônio, oferece experiências únicas inspiradas na obra de Tolkien. O destaque é a Toca Hobbit, uma pousada subterrânea com dois quartos, sala e banheiro, remetendo ao universo dos famosos filmes. Há também hospedagem em uma pipa de vinho, ideal para casais, e uma cabana para grupos de até oito pessoas. No verão, a atração principal é a piscina, que atende crianças e adultos, funcionando diariamente das 9h às 18h, com entrada a R$ 20,00. O complexo conta ainda com restaurante temático que serve café colonial com churrasco aos fins de semana. Mais informações sobre o Vale da Magia podem ser obtidas no Facebook e Instagram oficial ou pelo WhatsApp 51 998216824.

PARADOURO SANTA INÊS

Com um dos cardápios mais vastos da região, o Paradouro Santa Inês é parada ideal às margens da RSC 453. Para o veraneio, a pedida são as saladas com oito tipos diferentes de frutas e os sucos naturais de laranja e uva feitos na hora. O empreendimento também oferece uma linha completa de doces e salgados, além dos cafés. Todas as delícias podem ser saboreadas no amplo e confortável espaço de 260 metros quadrados. Destaque para as cucas artesanais entre as melhores da região. O atendimento ocorre de segunda a sábado das 7h às 19h. Mais informações podem ser obtidas no Instagram @paradourosantaines ou no telefone/whatsapp 51 99999-3335.

CRUZADAS

Que não são capazes (fem.) Diz-se da pessoa ressentida

São a fonte do caviar O âmago

Assédio (?), agressão ao trabalhador A moda que evoca o passado

Época; período Canoa esportiva

Local de visitação turística, no verão Cenário do pecado original (Bíblia)

Invocação Dirime dúvidas do cliente

Locução denotativa de retificação

“Lucky”

“A (?) tem limite” (dito)

Diz-se do gesto espetaculoso (fig.)

Característica do óleo lubrificante

Festa praiana inspirada no Havaí

Aquele cujo nome foi incluído na pesquisa demográfica do IBGE

Erva seca que alimenta o gado

André (?), ex-tenista

Câmera usada na produção de vídeos

Especial (abrev.) Para, em inglês

Países opostos ao Eixo (2º Guerra)

Actínio (símbolo) Maior (síncope) 502, em romanos

Evento de artes marciais mistas (sigla)

O oficial de Israel é o hebraico

Ajuda, em inglês Pousada, em inglês

Única letra com cedilha Adiante

Transformado em cinzas (o cadáver)

Médio (abrev.) Louco, em inglês

Radiano (abrev.) Editor (abrev.)

HORÓSCOPO

ÁRIES: Novas amizades animarão o clima. Será bom momento para entrar num grupo seleto, ampliar conexões e expandir sua rede de influências.

TOURO: A semana termina agitada nas comunicações, contatos e compromissos sociais. Será ótimo momento para lançar um novo empreendimento.

GÊMEOS: Encontros de prestígio marcarão esta fase, que trará popularidade e aprovações. Júpiter em seu signo pedirá revisões nas escolhas.

CÂNCER: Fé, otimismo, atitude e determinação manterão o astral em alta nesta fase favorável a mudanças e a novos começos.

LEÃO: Defina mudanças, cultive a serenidade e planeje o futuro. Um mergulho nos sentimentos apontará caminhos a seguir.

VIRGEM: Aproveite para ampliar as comunicações de trabalho, organizar ideias e firmar parcerias. Casamento, associações e prestígio em alta!

RELIGIOSIDADE

Solução

LIBRA: Encontre prazer nas coisas simples, elimine tarefas e firme relações de trabalho. Pequenas conquistas darão grandes resultados na saúde.

ESCORPIÃO: Criatividade e inspiração não faltarão hoje. Enriqueça seus projetos, crie outros, fortaleça sua identidade e brilhe.

SAGITÁRIO: Reencontros carinhosos, troca de confidências com a família e lindas lembranças criarão um ambiente acolhedor.

CAPRICÓRNIO: Fique de olho nas oportunidades, você poderá firmar uma proposta de trabalho bem remunerada e aliviar pressões.

AQUÁRIO: Objetivos pessoais e caminhos de crescimento ficarão claros, comece um novo ciclo e estabilize as finanças.

PEIXES: Um longo ciclo chegará ao fim em breve. Apoie a família, resolva pendências do passado e siga confiante.

Comunidade prepara homenagens a Nossa Senhora dos Navegantes

Mesmo após enchentes, fiéis mantêm procissão e buscam revitalizar capela, tornando-a um memorial

Atradicional procissão em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes, que ocorre no bairro Navegantes, em Arroio do Meio, completa este ano sua 113ª edição.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela comunidade, moradores mantêm a programação para este domingo, dia 2. O bairro, que foi severamente atingido por três enchentes, em setembro e novembro de 2023 e em maio de 2024, seguirá com a celebração, mesmo com os danos ainda visíveis.

Este ano, em função dos estragos causados pelas enchentes, a celebração será adaptada. A procissão, com a imagem da padroeira, que normalmente

percorre diversas ruas do bairro, passará por áreas mais afetadas, para que os fiéis possam contemplar os locais atingidos e prestar homenagens à padroeira.

Segundo o pároco Afonso Antoni, o momento religioso será mantido, mas o almoço, que tradicionalmente é servido para os participantes, será realizado no formato drive-thru, garantindo a segurança e a preservação da celebração.

A procissão terá início na antiga capela do bairro Tiradentes, seguindo pelas ruas Tranquilo Alberton, Visconde do Rio Branco, Dr. João Carlos Machado, parte da rua Campos Sales, até o rio Taquari, onde ocorre a homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes. O ponto final da programação será na antiga Escola Construindo o Saber, e o almoço

será servido na área coberta do bairro.

“Foi uma forma de manter o respiro e a tradição no bairro, para aqueles que ainda moram aqui e para aqueles que, embora já não vivam mais na localidade, ainda se lembram da história e da importância desse lugar”, afirmou o pároco.

Com os recursos arrecadados na festa, a comunidade pretende realizar melhorias na igreja local, que também sofreu danos significativos durante as enchentes. Desde maio, as celebrações religiosas e ecumênicas não ocorrem mais no local, e a intenção é transformar a igreja em um espaço memorial, onde as pessoas possam visitar e conhecer um pouco da história do bairro, que foi um dos primeiros locais de colonização do município.

ARROIO DO MEIO
Comunidade busca revitalizar espaço religiosos para retomar celebrações

CIRCUITO DOS VALES/OMEGA CONSTRUTORA

SANTA CLARA DO SUL RECEBE ETAPA EM MARÇO

Maior evento de corridas de rua do interior do Rio Grande do Sul confirmou data da primeira etapa

Omaior evento de corridas de rua do interior do Rio Grande do Sul já tem data para dar a largada na temporada 2025. A primeira etapa do ano, a “Etapa Cidade das Flores”, está confirmada para o dia 23 de março, em Santa Clara do Sul. O Circuito dos Vales 2025 terá as modalidades de Corrida (3km, 5km e 10 km), Caminhada (3km e 5km) e Corrida Kids (1km e 500 metros e 100 metros). Mais uma vez, o Circuito repete uma programação com cinco etapas programadas para acontecer a partir de março de 2025. A cidade de Santa Clara do Sul será a estreiante deste ano.

Um dos maiores circuitos de corrida rua do sul do Brasil e o maior do interior do estado, o Circuito dos Vales espera superar

a média do ano passado, com 1.600 inscritos por etapa.

Em 2025, o Circuito mantém as duas opções de combo. Um deles, traz a camiseta gold como a única do kit, enquanto o outro inclui todas as camisetas das 5 etapas junto com a gold.

As inscrições podem ser feitas no site circuitodosvales.com.br.

SEGUNDA ETAPA TAMBÉM CONFIRMADA

Além da Etapa Cidade das Flores, já está confirmada também a segunda etapa, e com novidades. Venâncio Aires recebe a “Etapa Fenachim”, no dia 4 de maio. As demais provas ocorrem nos dias 20 de julho, 14 de setembro e 23 de novembro, em locais ainda não divulgados.

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Etapa das Flores, em Santa Clara do Sul, ocorre no dia 23 de março e tem inscrições abertas
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TIAGO VOLPI DEVE ESTREAR CONTRA O SÃO LUIZ

Experiente goleiro terá primeiro momento para convencer Gustavo Quinteros que pode ser o titular da meta tricolor

Ogoleiro Tiago Volpi deve ser a grande novidade do Grêmio na partida deste sábado, contra o São Luiz, às 16h30min, na Arena. O jogo deve marcar também o retorno dos titulares, depois do time ter escalação alternativa na vitória contra o Monsoon. A Rádio A Hora transmite o duelo. Volpi chegou do Toluca, do México, para ser o dono da meta tricolor. As boas atuações e o fato de não

ter sido vazado nos três primeiros jogos do Gauchão deram também prestígio a Gabriel Grando. Gustavo Quinteros, em entrevista coletiva após a vitória na quarta-feira, disse que não está descartado um rodízio de goleiros até ter uma resposta definitiva. Com isso, a tendência é que o mais experiente jogue diante do São Luiz.

Outra novidade deve ser o retorno de Rodrigo Ely. O zagueiro lajeadense se lesionou na estreia, contra o Brasil de Pelotas, e ficou fora das vitórias sobre Caxias e Monsoon. Ele treinou normalmente na semana e disputa vaga com Gustavo Martins ao lado de Jemerson.

Na lateral-esquerda, Viery é quem sai na frente na luta pela titularidade. Ele deve iniciar a partida, com Pedrinho no banco. O provável Grêmio que busca

a terceira vitória consecutiva deve ter: Tiago Volpi; João Pedro, Rodrigo Ely (Gustavo Martins), Jemerson e Viery; Cuéllar (Dodi), Villasanti e Cristaldo; Pavón, Aravena e Braithwaite.

SÃO LUIZ AINDA INVICTO

Com uma vitória e dois empates, o São Luiz ainda não perdeu neste Gauchão. O time precisa, no entanto, lugar contra um retrospecto negativo. A equipe de Ijuí não vence fora de casa pela competição desde 2021. O time de Alessandro Telles deve ter: Paulo Gianezini; Diego Gabriel, Ricardo Thalheimer, Bruno Jesus e Márcio Duarte; Tetê, Anderson Recife e Guilherme Garré, Tontini, Marlon Martins e Adaílson.

O Inter deve ter novamente força máxima na partida diante do Avenida, neste domingo, às 20h30min, no Estádio Beira-Rio.

O grande desafio de Roger Machado é melhorar a força ofensiva do time. A Rádio A Hora transmite o confronto.

Líder do Grupo B com 7 pontos e duas vitórias em três jogos, o Inter ainda não deslanchou na temporada. Contra Juventude e São José, mesmo que tenha vencido por 2 a 0, não criou grande volume ofensivo. Até por isso, os treinos da semana tiveram foco no melhor aproveitamento ofensivo.

Como joga novamente no Beira-Rio no meio de semana, antes do Gre-Nal, o Colorado deve ter força máxima, ou próximo disso, contra o Avenida, e preservações contra o Brasil de Pelotas.

O provável Inter para encarar o time de Santa Cruz do Sul tem: Anthoni; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Fernando (Ronaldo), Thiago Maia e Alan Patrick; Wanderson, Wesley e Borré.

CONHECIDOS DO VALE

O time do Vale do Rio Pardo ainda não venceu na temporada e estaria neste momento indo para o quadrangular da morte no Gauchão. Em campo, o técnico William Campos deve ter três atletas que passaram pelo Lajeadense: o goleiro Rodrigo Mamá e os zaguerios Micael e Dadalt.

Rafael Borré é um dos goleadores do Campeonato Gaúcho, com 2 gols marcados RICARDO
DISPUTA NA META
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Tiago Volpi chega ao Grêmio após três temporadas no Toluca, do México

FUTEBOL AMADOR

FIM DE SEMANA DE NOVIDADES NO VALE

Municipais de Arroio do Meio e Encantado, mais a Copa Serrana, iniciam neste sábado e domingo

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Oprimeiro fim de semana de fevereiro será marcado por estreias no Vale do Taquari. Três campeonatos começam neste sábado e domingo - os municipais de Arroio do Meio e Encantado, mais a Copa Serrana. Em Encantado a competição inicia no sábado com jogo único.

O Nacional recebe o Serrano, a partir das 15h. A competição neste ano terá a presença de oito times apenas na categoria titular. Além das equipes que estreiam neste fim de semana jogam o municipal Guarani, Cruzeiro, União Palmas, CAN, Juventude e União Barrense. Também no sábado, a Copa Serrana, competição que integra atletas de Venâncio Aires, Mato Leitão e Santa Clara do Sul, terá o jogo de abertura em Vila Santa Emília, casa do atual campeão São Luiz. O time recebe a Assespe a partir das 14h30min. Neste ano, os times foram divididos em duas chaves. Na A estão AERT, 25 de Julho, Avante, Deodoro e Santo Antônio. Na B jogam São Luiz, Assespe, Santa Tecla, River Plate, Monterey e Juventude VA. Eles jogam nas categorias aspirante e titular.

ARROIO DO MEIO

A competição inicia neste domingo com nove jogos. São três em cada categoria. Pela manhã ocorrem os confrontos veteranos. Pela tarde são mais seis, três no aspirante e três no titular. O destaque fica para o embate entre o atual campeão União, e o Rui Barbosa, tricampeão Regional. O confronto ocorre em Arroio Grande e conta com transmissão do Grupo A Hora no dial 102.9 FM e também na página do A Hora Esportes do Youtube.

DEMAIS CAMPEONATOS

Os jogos do municipal de Nova Bréscia ocorrem na comunidade

Atual campeão de Arroio do Meio, o União estreia em casa contra o Rui Barbosa. Jogo tem transmissão do Grupo A Hora

AGENDA

Sábado

Encantado - 1ª rodada

Nacional x Serrano

Copa Serrana - 1ª rodada

São Luiz x Assespe

Progresso - 4ª rodada

Gaúcho x Cruzeiro Alto Honorato

Achados e Perdidos x Flamengo B

Domingo

Arroio do Meio - 1ª rodada

de Pinheiros. Destaque para o encontro entre Atlético Caçadorense e Esperança. Ambos vem de vitória na rodada inaugural e quem vencer se isola na liderança. Em Progresso os confrontos ocorrem na sede do Gaúcho, no Bairro Centro. Já Boqueirão do Leão não terá rodada neste fim de semana. Os jogos retornam no próximo domingo, 9.

Aspirante/Titular

União x Rui Barbosa

Esperança x Cruzeiro

Palmense x Forquetense

Veterano

Racen x Forquetense

Só Kellas x Cruzeiro

Ki Momento x Meninos da Vila

Nova Bréscia

Aspirante/Titular

Botafogo x Imigrante

Esperança x Atlético Caçadorense

Porto Alegre recebia o Fórum Social Mundial

A 5ª edição do Fórum Social Mundial movimentava a capital gaúcha. O Vale do Taquari marcava presença no evento. Entre os presentes, estava o serigrafista Dirceu Segabinazzi, de Lajeado, e Josiane Delazeri Hilgert, também lajeadense, que vinha acompanhada de outros 15 jovens do Vale. Além disso, o curso de Gastronomia da Univates fazia um churrasco para várias autoridades da época.

O Fórum ocorreu pela primeira vez em 2001, em Porto Alegre também, e foi criado para ser um contraponto à realização do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que reúne anualmente empresários e governantes dos países mais ricos do mundo. As edições de 2002 e 2003 também foram na capital gaúcha. Em 2004, foi realizado em Mumbai, na Índia. O Fórum já foi realizado no Quênia, Tunísia, Canadá e em outras capitais do Brasil, como Belém e Salvador. A edição de 2025 ocorreu em Porto Alegre.

As piscinas abandonadas do Lajeadense

Vinte anos atrás, era notícia o estado das antigas piscinas do Clube Esportivo Lajeadense. O complexo, que ficava junto ao Estádio do Florestal (hoje já demolido), tinha um conjunto de três piscinas, onde a água parada se acumulava e preocupava pela proliferação de mosquitos. A construção das piscinas do clube começou em 1986 e o espaço fez muito sucesso nos anos seguintes. Em 2005, no entanto, o Lajeadense passava por sérias complicações financeiras e o local estava abandonado. Hoje, a antiga área do Estádio do Florestal está sendo transformada num complexo comercial, com supermercado e lojas.

Ministro dos Transportes

visitava o Vale

O general Dirceu Nogueira, então Ministro dos Transportes, acompanhado do engenheiro

Arno Markus, visitava o local onde seria construído o entroncamento hidro-rodo-ferroviário (o atual Porto de Estrela). O ministro veio de Rio Grande e desembarcou no

Aeroclube do Vale do Taquari, em Estrela. Depois da vistoria, o general seguiu a Bom Retiro do Sul, onde verificou o local onde seria erguida a Barragem Eclusa. Nogueira era natural de Santana do Livramento e foi nomeado ministro no governo de Ernesto Geisel.

Ocupou o cargo de 1974 a 1979. Uma das últimas obras concluídas durante sua administração foi a Ferrovia do Trigo. A construção da ferrovia, que liga Roca Sales a Passo Fundo, era meta prioritária, na época, devido a sua importância para a economia nacional.

Sábado é Domingo é
- Dia do Publicitário - Dia do Agente Fiscal - Dia Mundial das Zonas Úmidas
Santo do dia 1º Santa Brígida de Kildare
Santo do dia 2: Nossa Senhora dos Navegantes

MATEUS

SOUZA Jornalista

Daer esclarece situação da Aleixo Rocha

Alvo de ação do Ministério Público, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) procurou a reportagem para esclarecer a situação da ERS-436. A Rodovia Aleixo Rocha, principal acesso a Taquari, deve passar por novos reparos, ainda sem data definida.

Na nota, o departamento relembra as dificuldades impostas pela tragédia climática de maio de 2024, com danos severos na malha rodoviária gaúcha. Muitos desses trechos, sob responsabilidade estatal, tiveram interrupções parciais ou totais no pico da catástrofe e nos dias posteriores.

Por conta disso – e como o Vale do Taquari foi uma das regiões mais afetadas – o Daer afirma ter priorizado as estradas com bloqueios e danos estruturais gravíssimos. Caso da ERS-129, entre Colinas e Roca Sales, que se tornou um corredor alternativo importante no período em que a região seguia sem ligação por terra entre Lajeado e Arroio do Meio.

Estradas como a Aleixo Rocha, embora apresentassem trechos em más condições, não tiveram grandes prejuízos. Por isso, ficaram no fim da fila. Os primeiros reparos ocorreram somente em dezembro passado. “E está na programação para, em breve, passar por novas intervenções”, garante. Em tempo: a justificativa do Daer é compreensível. Afinal, o Estado inteiro enfrentou problemas por conta de deslizamentos de terra e inundações. Dito isso, e também é importante lembrar, as reclamações de usuários são anteriores às cheias. E motivaram o Ministério Público a abrir inquérito há quase três anos.

Aliás

Em relação a decisão que deu prazo de 60 dias para o Daer intervir na Aleixo Rocha, a autarquia informa que protocolou uma petição, junto à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para suspender o despacho, “haja vista que os alegados descaso e negligência não se configuram diante das ações realizadas na ERS-436”.

Alheia às questões judiciais, a comunidade taquariense torce para que os reparos prometidos sejam suficientes para amenizar os problemas na rodovia.

Duplicação: agora vai?

É visível a melhora na comunicação da CCR ViaSul com a região. Após muitas queixas de líderes regionais por falta de diálogo com a concessionária, a boa relação inicial começa a ser retomada. A vinda de representantes do grupo responsável pela BR-386 ao Vale, na quinta-feira, evidenciou esse “novo momento”.

Entre informações exclusivas e algumas não tão novas, o compromisso da CCR em concluir a duplicação da 386 até julho. As próximas etapas foram detalhadas durante a explanação e a expectativa é de que todos os 20,3 quilômetros entre Marques de Souza e Lajeado estejam liberados para a passagem de veículos no começo do segundo semestre.

A reaproximação da CCR com o Vale é importante para recuperar a confiança perdida nos últimos dois anos. Afinal, a obra, pelo cronograma original, deveria ter sido entregue em 2023. Será concluída com dois anos de atraso. Mas antes tarde do que nunca.

ARTIGO

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Desafios em oportunidades

OVale do Taquari atravessa um momento decisivo após enfrentar dificuldades recentes. Embora a região tenha mostrado resiliência, o cenário econômico atual, marcado por inflação, juros altos e uma política econômica desajustada, traz novos desafios. Esses fatores impactam diretamente o poder de compra das famílias e tornam o crédito mais raro e caro, dificultando investimentos. Para os empreendedores, será essencial adotar estratégias que priorizem a sustentabilidade financeira e a busca por novas oportunidades.

A região, contudo, também se depara com uma nova variável que promete transformar seu futuro: a implantação de um modelo de pedágio que, por um lado, melhora a a infraestrutura, mas, por outro, pode comprometer o diferencial competitivo do Vale caso as tarifas não sejam ajustadas a valores acessíveis. Tarifas elevadas podem aumentar significativamente os custos logísticos para empresas e famílias, dificultar a movimentação de mercadorias e encarecer os deslocamentos na região.

Apesar desses desafios, o Vale do Taquari conta com um perfil empreendedor e uma forte mobilização comunitária.

Após as enchentes recentes, muitos usaram suas economias para reconstruir seus negócios, enquanto os governos direcionaram recursos para recuperação em infraestrutura. A perspectiva de uma retomada mais robusta na infraestrutura, esperada a partir de 2025, traz um horizonte promissor. Contudo, é fundamental que a implantação do novo modelo de pedágio seja equilibrada. Tarifas justas são indispensáveis para que os ganhos em infraestrutura não sejam anulados por custos logísticos elevados. O Vale do Taquari tem como vantagem competitiva um mercado interno pujante e indicadores de renda acima da média, mas esses atributos podem ser comprometidos se a estrutura tarifária não favorecer o desenvolvimento econômico local. Tarifas mais competitivas preservam o equilíbrio econômico da região e dão retorno em volume de operações beneficiando a todos os envolvidos.

Embora a região tenha mostrado resiliência, o cenário econômico atual, marcado por in ação, juros altos e uma política econômica desajustada, traz novos desafios.”

Para os empreendedores do Vale um time focado, preparado e a implantação de tecnologias pode otimizar processos e reduzir custos. O relacionamento com fornecedores e clientes continuará sendo uma peça-chave para enfrentar desafios. Parcerias sólidas podem proporcionar condições comerciais mais vantajosas, enquanto um atendimento personalizado ajuda a fidelizar clientes.

O Vale do Taquari tem um potencial significativo para transformar desafios em oportunidades. A combinação de esforço coletivo, apoio governamental e o espírito empreendedor da região é uma base sólida para superar adversidades. No entanto, o sucesso dependerá de decisões estratégicas que garantam equilíbrio entre infraestrutura ampliada e custos logísticos acessíveis. Com soluções coordenadas e proativas, o Vale continuará crescendo, preservando seu diferencial competitivo.

Fim de semana, 1º e 2 fevereiro 2025

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 20º | MÁX: 33º O tempo no sábado fica firme e o sol aparece com nebulosidade variada na região.

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