02/10/2024

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PÓSCHEIAS

Mais de 39% das famílias estão inadimplentes

Pesquisa da Fecomércio mostra que tanto o endividamento quanto as contas em atraso aumentaram no RS. Quase 65% dos débitos são com o cartão de crédito. Análise econômica aponta que um dos motivos foi os prejuízos do pós-enchentes.

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AUXÍLIO EM RESGATES Reforço chega às forças de segurança

Caminhonete e embarcações contemplam Brigada Militar e Corpo de Bombeiros de Lajeado, Colinas e Imigrante. Doações foram repassadas pelo Instituto Floresta na tarde de ontem.

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Quarta-feira, 2 outubro 2024 | Ano 22 - Nº 3691 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)

MP cobra solução ao prédio do Castelinho

OPINIÃO | FILIPE FALEIRO

Bets, ilusões e a taxa Haddad

As apostas online lembram a febre das pirâmides das criptomoedas.

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

Na mesa do governador

Jornal A Hora entre as publicações de leitura diária de Eduardo Leite. grupoahora.net.br

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Sem atividades desde as enchentes de 2023, o futuro do prédio permanece incerto. Os quase 900 alunos frequentam as aulas na Univates há um ano. Contrato deve permanecer até dezembro

OPINIÃO | VINI BILHAR

Forla amplia atuação pelo país Com nova licença, outros laboratórios poderão utilizar sua bandeira e tecnologias.

Debate indica reta final acirrada

Os cinco candidatos ao Executivo de Teutônia confrontaram propostas pela segunda vez na Rádio A Hora. Temas como saúde, mobilidade urbana e infraestrutura permearam encontro.

Mais um efeito

Cinco meses depois da maior enchente da história gaúcha, outro impacto começa a aparecer: o aumento do endividamento das famílias. Pesquisa da Fecomércio-RS, revela que o percentual subiu para 92,9%, o terceiro aumento consecutivo desde o desastre de maio.

A tragédia obrigou muitas pessoas a gastar de maneira emergencial, como material de construção, móveis e eletrodomésticos, para reparar os danos. Mesmo com alguma ajuda governamental, muitos tiveram que arcar com despesas por conta própria. A cultura de compra parcelada no Brasil compromete a renda futura das famílias, criando uma espiral de dívidas, tanto que a inadimplência, que atingiu 39,1%. Em cima disso, há um efeito cascata sobre o consumo.

No curto prazo, o aumento do endividamento pode até ser compreensível, dado o contexto de uma catástrofe. Mas caso a situação se arraste, os efeitos podem ser danosos para toda a economia.”

No curto prazo, o aumento do endividamento pode até ser compreensível, dado o contexto de uma catástrofe. Mas caso a situação se arraste, os efeitos podem ser danosos para toda a economia. Enquanto isso, a parcela das famílias que não vê condições de quitar os débitos nos próximos 30 dias também cresceu. Isso é um termômetro de que a situação pode demorar a se resolver. É preciso encontrar soluções, seja por meio de renegociação de dívidas, maior acesso a crédito ou até medidas governamentais que possam aliviar a pressão financeira sobre quem já está no limite. A inadimplência e o endividamento andam de mãos dadas, e a conta chega com juros.

FAÇA SUA

“A fotografia representa tudo pra mim. Ela perpetua ideias e emoções”

Umdosfotógrafos pro ssionaismais tradicionais de Venâncio Aires é MiltonKlafke,de57 anos. Ele é natural da comunidade de Linha Marechal Floriano, no interior. Atua no ramo desde 1986.Aospoucos ganhouespaço ehojeéumadas referências,tanto nacidade,quanto no interior, além de atuar também comofotógrafo de eventos sociais emmunicípios damicrorregião. Foifotojornalista e bancário. Conta ainda com escritório e estúdio no centro.

Como surgiu a oportunidade de atuar de forma profissional com fotografia?

Minha paixão pela fotografia começou pelo acaso, mas desde então, tenho me dedicado a capturar momentos inesquecíveis para famílias e indivíduos. Tudo começou quando passei a atuar como fotojornalista. A fotografia é muito mais do registrar momentos, mas sim para perpetuar ideias, emoções e cenas memoráveis. A fotografia é mais do que técnica. É sobre contar histórias,

capturar emoções. Tanto é que a fotografia representa tudo pra mim. Ela perpetua ideias e emoções. Mas mais do que isso: tudo que conquistei foi por meio dela, desde amigos até os ganhos pessoais e profissionais. É uma profissão de fato, totalmente, diferenciada. Ela me permite, mais do conhecer pessoas, me tornar próximo delas o tempo todo.

Como foi a transição da fotografia analógica para a digital?

Talvez esse foi o maior desafio da profissão. Mudar equipamentos, saber evoluir do analógico para o digital e com isso passar a fazer todo o processo mesmo, desde a fazer a foto, edição e mesmo a impressão. Nesse processo fui pioneiro também em vários quesitos, dentre eles, por exemplo passar a oferecer a fotografia 3 x 4 pronta em dois minutos. Para a época foi um grande diferencial para a cidade. Atualmente a impressão de fotos diminuiu, mas as escolhidas são as especiais. Por mais que a fotografia digital tenha se popularizada em celulares, a presença do fotógrafo profissional em eventos familiares é fundamental. É dele a sacada dos posicionamentos e muitas vezes são nesses eventos que ocorrem as grandes fotos de famílias para ficarem eternizadas. Tanto é que apenas

neste ano fotografei 350 crismados. Com isso também consegui outra proeza, os meus dois filhos, apesarem de terem seguido outras profissões, é a partir deles que vem uma grande ajuda aos finais de semana quando muitos são os eventos simultâneos.

Como você define os seus trabalhos?

Em termos gerais, podemos pensar na fotografia como a ação de transformação da luz. A fotografia te ensina a observar. Fotografar é encher os olhos de sonhos. Posso fotografar um rosto ou apenas uma ideia. Eu me esforço para combinar o clássico com o moderno em meu trabalho. Portanto, não há como definir. Uma imagem pode informar, impactar, gerar conceitos, despertar desejos e apresentar soluções. Ser fotógrafo é ter a responsabilidade de capturar não apenas imagens, mas emoções e histórias. Cada evento que fotografo é uma oportunidade de eternizar momentos únicos. Com o tempo, cada foto se torna um portal para um momento passado, repleto de emoções e memórias. Entender o valor emocional das fotografias é essencial. Um fotografo nunca pode estar apenas a procura da luz perfeita ou o ângulo certo. É preciso sempre ir em busca da essência do momento, aquela conexão que faz cada foto única. E essa é a beleza da fotografia: transformar um instante passageiro em uma memória eterna.

O que são históricas que ficam por conta da profissão?

A fotografia tem o poder incrível de conectar momentos, pessoas e memórias. Cada foto é um capítulo na vida de alguém. Eternizar essas emoções e histórias é o que me apaixona pela fotografia. Essas conexões criadas através das fotos são eternas. Não importa se é um casamento, um aniversário ou um retrato de família. Já teve noivo que desmaiou na hora do sim e voltou a si apenas quase uma hora depois. Já teve noiva que precisou depois da celebração religiosa de atendimento hospitalar e as fotos no local da festa acabaram tendo apenas o noivo com os convidados, por exemplo. A fotografia de família não precisa ser formal, mas sim um momento de alegria e conexão. Cada imagem é um tesouro que merece ser guardado e celebrado.

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Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

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ACERVO PESSOAL

EDUCAÇÃO

Estado e MP tratam futuro do Castelinho. Local permanece fechado após cheias

Governo busca alternativas ao prédio desativado. Projetos incluem participação do município. Estudantes não devem voltar à Univates no próximo ano

Mais de um ano após a catástrofe climática de setembro de 2023, o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, Castelinho, continua de portas fechadas. O prédio foi atingido pelas águas, e os 888 alunos foram acolhidos pela Univates, por meio de uma parceria com a instituição. Para o próximo ano, o Estado deve encontrar uma alternativa.

A cedência do espaço era temporária. Com reforma do telhado e outras estruturas feitas no Castelinho, a ideia era retornar em agosto deste ano, mas as cheias de maio atingiram a escola mais uma vez. “Estávamos com tudo pronto para retornarmos e veio essa outra enchente. Acabou com a escola”, conta a diretora Jurema de Oliveira.

Desde então, o futuro do Castelinho é incerto. A direção

fez alguns reparos para garantir a segurança do prédio. Mas é preciso uma grande reforma. Enquanto isso, as aulas são adaptadas, assim como espaços como biblioteca ou aulas de Artes espalhados nos prédios da Univates.

Jurema garante que os estudantes recebem transporte, alimentação e educação de qualidade no local. Mas não

se sentem pertencentes à universidade. Outro ponto que preocupa a escola é a segurança e a evasão escolar, já que os estudantes ficam espalhados pelo campus.

“Entendemos que é um momento de espera, de ter paciência. Muitas escolas passam por situação semelhante à nossa no estado. Sabemos que pode demorar”, comenta Jurema.

Em busca de soluções

Hoje, tratativas entre Fundação Univates (Fuvates), Ministério Público e Secretaria de Educação do Estado, busca soluções para o destino da escola e dos alunos da instituição. Promotor de Justiça de Lajeado, Carlos Augusto Fiorioli afirma que a Fuvates fez contato com o Programa Mediar, do Ministério Público.

A universidade cedeu o espaço em um momento de emergência e acolhimento, mas afirma não ter condições de continuar o contrato para o próximo ano, já que precisa dos prédios para as aulas dos próprios cursos. O custo também foi um fator agravante.

“O conselho acordou e nos informou que, a partir de 2025, não consegue mais acolher esses estudantes. A partir disso, o Estado se comprometeu, junto com o município, em encontrar uma solução, seja retornar à sede ou realocar a escola para outro terreno”, afirma o promotor.

De acordo com Fiorioli, ainda não há um projeto concreto, mas ele acredita que uma resposta deva ser dada ainda neste mês. “Estamos na fase do diálogo. Mas a obrigação do Estado é agilizar essa obra”, defende.

Entendemos que é um momento de espera, de ter paciência. Muitas escolas passam por situação semelhante à nossa no estado. Sabemos que pode demorar”

Em um ano

- Castelinho permanece fechado desde as enchentes de setembro de 2023.

- A escola foi severamente danificada e seus 888 alunos foram temporariamente transferidos para a Univates, por meio de uma parceria emergencial.

- O plano era retomar as aulas no Castelinho em agosto de 2024, após reformas. No entanto, outra enchente em maio prejudicou o retorno.

- Para o próximo ano, o Estado deve encontrar outra alternativa, já que a Univates não terá mais condições de acolher os estudantes.

- As negociações estão em andamento entre a Fundação Univates (Fuvates), Ministério Público e Secretaria de Educação para encontrar uma solução.

Incertezas

O Castelinho pode ser utilizado como projeto-piloto de uma iniciativa que envolve o estado e a secretaria de Educação de Lajeado. O assunto foi debatido ainda em junho. A sugestão do Estado era concluir a reforma no prédio inundado pelas enchentes para oferecer uma iniciativa em conjunto com o município. O projeto, no entanto, não avançou. O Estado também não dá certezas sobre o futuro da escola.

LAJEADO
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
JUREMA DE OLIVEIRA DIRETORA
Escola permanece sem atividades desde a enchente de setembro de 2023
Governo do Estado avalia projetos de reforma ou realocação da escola
BIBIANA FALEIRO

Valorização do jornal impresso

impresso

Ontem, o governador Eduardo Leite gravou um vídeo para as redes sociais durante o café da manhã no Palácio Piratini. À mesa, sob o olhar do chefe do Executivo gaúcho, quatro jornais impressos: Zero Hora, Jornal do Comércio, Correio do Povo e o nosso Jornal A Hora. Além de reforçar o apreço pelas notícias e demandas do Vale do Taquari, Leite reergue – talvez de forma involuntária – a bandeira do jornal impresso. Um gesto simples do tucano, mas com um significado peculiar e estratégico à comunicação do Rio Grande do Sul. Ele registrou e ajudou a divulgar às centenas de milhares de seguidores o tradicional hábito de ler notícias no papel. E isso tem valor. Não é nada contra os meios virtuais. Pelo contrário. Ambos se complementam e as

TIRO

rodrigomartini@grupoahora.net.br

empresas que não se dedicarem a este caminho estão fadados à falência. Ou já faliram. Mas vamos combinar, Leite tem bom gosto: nada combina mais com um café do que os velhos – ou novos – jornais impressos.

Nosso peregrino de todas as sextas-feiras chegou mais cedo nesta semana e nos brinda com a singela imagem de um agricultor na Linha Deodoro, na área rural de Venâncio Aires. “Mostra as di culdades do homem do campo na locomoção diária. E a vida na cidade depende da vida no campo”, escreve Lucas.

Não existe

- Em Lajeado, o governo anuncia a prorrogação do período de designação do servidor Cassiano Jung para exercer o cargo de Secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, em substituição ao titular, Günther Meyer, e por motivo de “licença saúde” do titular.

- O governo de Lajeado ainda não contratou a empresa responsável pelo estudo de viabilidade técnica da nova ponte do Rio Taquari. Mas o prefeito Marcelo Caumo (PP) garante: o processo licitatório vai sair logo do papel. E reforça que o caminho para a obra passa pela Antt e CCR Viasul.

- A Construtora Giovanella foi contratada pelo poder público de Lajeado para pavimentar o trecho da Av. Alberto Pasqualini que leva à histórica Ponte de Ferro. Parte do pavimento foi destruído pela enchente e a reforma vai custar cerca de R$ 1 milhão. E o recurso é federal.

- Ainda em Lajeado, a oposição segue na expectativa por algum movimento do poder judiciário acerca da presença de um servidor público que foi flagrado atundo na pintura do comitê eleitoral do PP. A denúncia partiu do diretório do PT. Mas o MDB também está (bem) atento às movimentações.

- Também em Lajeado, ainda repercute nos bastidores a extinção do grupo de Whatsapp denominado “Chega”. A justiça acatou a denúncia de propagação de fakenews e mandou tirar do ar o espaço que era utilizado para atacar, sistematicamente, a candidata Gláucia Schumacher (PP).

- Atenção, Encantado. Amanhã o Grupo A Hora publica a segunda pesquisa de intenção de votos para prefeito da cidade. E será a primeira com a participação de Enoir Cardoso (PP) na disputa com Jonas Calvi (PSDB) e Luciano Moresco (PT). Aguardem!

churrasco grátis!

O Ministério Público ajuizou ação contra o candidato a vereador em Cachoeira do Sul, Luciano da Rosa Fortes (PSDB) por captação ilícita de sufrágio, que é o nome bonitinho para “compra de votos”. Segundo a denúncia, ele promoveu um jantar gratuito em troca de apoio a candidatura. Sobre isso, gostaria de sublinhar a fala do promotor Davi Lopes Rodrigues Júnior. “A legislação veda a captação ilícita de sufrágio para preservar a liberdade do voto e a livre escolha do eleitor. É importante o cidadão compreender que o voto não se destina à escolha de amigo, mas de um gestor da coisa pública, e que o lugar de buscar um amigo pode ser num jantar ou num CTG, mas o local apropriado para encontrar um gestor ético, probo e moral, deve ser nas urnas.”

Na edição de ontem, escrevi sobre a forma como o eleitor deveria tratar os líderes que orientam os correligionários a boicotarem pesquisas eleitorais. E muitos se sentiram representados pelas poucas

linhas que escrevi. E eu agradeço as menções. Entretanto, eu preciso deixar um alerta: cuidem bem para onde vocês apontam o dedo. Afinal, a prática não é exclusividade de partido A, B, C, D ou E...

PESQUISA NO RS

Endividamento aumenta depois das enchentes, diz Fecomércio

Pesquisa revela piora na condição financeira das famílias em agosto. Quase 65% das dívidas são com o cartão de crédito

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

APesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC) de agosto mostra o terceiro aumento consecutivo. O percentual atingiu 92,9%. Resultado mais de um ponto percentual acima da edição anterior do estudo.

Feito pela Fecomércio-RS, o diagnóstico considera as enchentes de maio como ponto de corte para a elevação nos indicadores, pois até o episódio climático extremo, havia queda tanto no endividamento quanto na inadimplência.

“O endividamento é algo comum nas famílias. É quando recorremos a uma instituição de crédito para antecipar algum tipo de investimento. Isso faz parte da vida. Mesmo assim, 92% é muito significativo. No RS, tivemos a catástrofe que elevou esses patamares. Algo atípico que exigiu um gasto adicional”, destaca a economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar.

O presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, afirma que esse resultado da PEIC era esperado. Para ele, a preocupação é quanto aos próximos meses, caso esses percentuais se repitam. “No curto prazo é natural uma deterioração da condição financeira das famílias depois de uma tragédia de proporção como a que vivemos. O grande problema é se esse quadro persistir.”

Pelo relatório, há uma piora na condição financeira das famílias. As pessoas que se dizem “muito endividadas” chegam a 29,6%.

Quanto a parcela da renda comprometida com o pagamento de dívidas alcança 28,1%.

FERNANDA SINDELAR

ECONOMISTA E PROFESSORA

Quase 40% de inadimplência

Sobre contas em atraso, 39,1% dos entrevistados afirmam estar inadimplentes. O tempo de pagamento das dívidas vencidas foi de 32,8 dias. Já o percentual de famílias que não terão condições de quitar nenhum dos atrasos nos próximos 30 dias teve a quarta alta consecutiva e atingiu 3,7%. “A inadimplência é muito mais preocupante do que o nível de endividamento. Pois se não posso pagar o que contratei no mês, quer dizer que daqui a 30 dias, terei duas parcelas em atraso. É dívida sobre dívida”, ressalta Fernanda Sindelar.

Cartão de crédito

A parcela mensal do cartão de crédito lidera as dívidas em atraso, com quase 65% dos entrevistados. “Temos uma condição cultural de comprar a prazo. Isso é diferente de outras regiões do mundo. O problema disso é que as pessoas comprometem a renda futura com o consumo. Não são itens de acréscimo de capital, como um carro ou o financiamento de um imóvel. São compras com lazer ou alimentação”, avalia o economista e consultor, Eloni Salvi. Esse comportamento, diz, faz com que a renda mensal das famílias seja cada vez menor. “Isso é duplamente perverso, pois a compra a prazo reduz o potencial de consumo para o próximo mês. Junto com isso, paga-se juros. É jogar dinheiro fora, pois o alcance da renda fica menor.”

Na análise do economista, é preciso também avaliar o contexto. O fato das inundações podem ter exigido um gasto maior. “As pessoas tiveram de comprar material de construção, trocar móveis e eletrodomésticos. Alguns tiveram ajuda governamental, mas a maioria foi por conta própria. Então é natural aumentar o endividamento.”

Conforme análise da Fecomércio, famílias buscaram crédito no mercado nanceiro para compras voltadas à recuperar perdas provocadas pela catástrofe climática de maio

NÚMEROS

NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO

MUITO 29,6%

MAIS OU MENOS 35,6%

POUCO 27,6%

NENHUMA DÍVIDA 7,1%

PRINCIPAIS TIPOS DE DÍVIDAS

• CARTÃO DE CRÉDITO 64,9%

• CONSIGNADO 10,5%

• CRÉDITO PESSOAL 9%

• CARNÊS 37,2%

• FINANCIAMENTO DO CARRO 9%

• FINANCIAMENTO DA CASA 10,4%

• OUTROS 0,9%

Segundo debate evidencia planos às áreas prioritárias

Cinco projetos para o futuro da cidade foram confrontados ontem.

Maior parte dos embates tiveram discursos moderados, mas houve espaço também para críticas e troca de farpas entre os candidatos

TEUTÔNIA

Com poucos dias de campanha pela frente, os cinco postulantes à prefeitura tiveram uma última oportunidade de confrontarem propostas nos microfones da Rádio A Hora.

Num cenário de busca acirrada pelo voto dos 25.505 teutonienses, adotaram diferentes estratégias para convencer o eleitorado.

Aline Kohl (PL), Dr. Renato Dreyer (PT), Jonatan Brönstrup (PSDB), Professor Forneck (PDT) e Renato Altmann (PSD) também puderam detalhar mais ideias de seus planos de governo e, ainda,

Como será composto o seu governo em relação a cargos, secretarias, espaço aos partidos coligados e qual limite de investimento terá com a folha salarial?

“Para resolver os problemas históricos da cidade, precisamos ter a liberdade de escolher as pessoas certas, e quando elas não entregam resultados, devemos ter a liberdade de trocá-las. Vamos criar uma lei de gestão e governança, para instituir metas claras e objetivas ao nosso grupo”.

PROFESSOR FORNECK (PDT)

“Minha gestão foi pautada pela responsabilidade. Prefeitura não pode ser um cabide de emprego, mas sim administrada de forma transparente e ética. O dinheiro que está lá não é meu, é de todos. Meus secretários terão de ter esse compromisso, esse olhar especial com a administração”.

JONATAN BRÖNSTRUP (PSDB)

“No meu governo, entregamos importantes obras, demonstrando que é possível realizar sonhos da população mesmo com equipe enxuta. Acreditamos que é possível fazer uma administração qualificada, com pessoas capacitadas e que saibam lidar com gente, em todas as áreas”.

Perguntas entre os candidatos

INVESTIMENTO

“Quando falo em fazer gestão, é fazer mais com os mesmos recursos. Nosso governo foi enxuto. Fizemos a estrada das Posses com recursos próprios. A Estrada Velha, que liga Canabarro ao Languiru, foi feito convênio onde pagamos 60% do valor e o restante veio a fundo perdido, pelo Estado. Podemos citar três ginásios de esportes, tudo com recursos próprios. Fazendo gestão e tendo uma máquina enxuta, é possível fazer”.

Renato Altmann, em resposta a Celso Forneck

FAMÍLIA E POLÍTICA

“Reconheço a importância de todos os prefeitos que ajudaram a construir a história de Teutônia. E tenho tranquilidade em dizer que também construir a minha, resolvendo problemas históricos, como a questão das rótulas na Via Láctea. Estou aqui para debater sobre como vamos resolver os gargalos que temos pela frente na cidade. Tive todas as contas aprovadas pelo TCE. É uma administração que entregou resultados”.

Jonatan Brönstrup, em resposta a Dr. Renato Dreyer

NOVA ESCOLA

“Esperamos que o recurso seja depositado para que possamos fazer a licitação. Após isso, iniciaremos essa escola no Canabarro, com 200 vagas. Originalmente seriam 177, mas pode ser ampliada para 200 e nós já vamos fazer isso, para que no início do ano que vem consigamos abrigar as crianças. O próprio gerente da Caixa nos colocou, para que a gente dê uma revisada no projeto pois logo teremos o recurso depositado”.

Professor Forneck, em resposta a Aline Kohl

destacaram de que forma pretendem tocar a administração pública caso sejam eleitos. No debate, dividido em cinco blocos, os candidatos responderam a perguntas de temas escolhidos pela reportagem, como saúde, educação, desenvolvimento econômico, infraestrutura e mobilidade urbana, e também fizeram questionamentos

entre si com tema livre. O segundo debate de Teutônia integra a série de encontros com candidatos aos executivos municipais, promovidos pelo A Hora até a última semana de campanha eleitoral. Ao todo, são mais de 40 debates previstos, conforme cronograma divulgado previamente pela emissora.

“Sempre primamos por uma administração equilibrada. Teremos sim uma equipe técnica, em harmonia com as questões políticas. Precisamos atender bem as demandas da população. Fazer gestão, muitas vezes, é fazer mais ações com os mesmos ou com menos recursos”.

“Vamos diminuir ao máximo os cargos em confiança. Temos como princípio aproveitar pessoas de carreira na área pública, que já estão com muita experiência, e destacar elas para CCs ou secretarias. O fato de não termos promessas de cargos facilita muito composição da nossa equipe”.

DESASSOREAMENTO

É uma questão absolutamente técnica. Não há como ter um projeto pronto para essa área. E reflete mais uma preocupação de tratar as consequências do que propriamente as causas. Desassorear um arroio é uma tarefa imensa. Para que exista alguma possibilidade de sucesso, deve ser feita avaliação técnica do que está no fundo ali. E, claro, em paralelo a isso, tratar de reconstruir matas ciliares, nas nascentes e fontes”.

Dr. Renato Dreyer, em resposta a Renato Altmann

ESPERA NAS CRECHES

“Eu não vou defender secretários, e sim a população. E reafirmo que o meu compromisso é com as mães, as crianças, com as mulheres fortes que gostariam de estar auxiliando suas famílias com renda e dignidade. E nós garantimos isso. Vamos construir duas escolas com recursos próprios, e não ficar esperando pelo governo federal. Nos comprometemos, eu e o Luís (candidato a vice), a zerar a fila de espera em Teutônia”.

Aline Kohl, em resposta a Jonatan Brönstrup

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
ALINE KOHL (PL)
RENATO ALTMANN (PSD)
DR. RENATO DREYER (PT)

Perguntas feitas pela reportagem

CIRURGIAS ELETIVAS

“Não vamos baixar a cabeça. Precisamos buscar recursos e emendas para resolver. Cada deputado tem cerca de R$ 20 milhões por ano, sendo que metade disso é obrigatório para a saúde. Assumimos o compromisso de zerar a fila de exames e consultas. Sabemos onde está o dinheiro e como fazer a gestão interna para atender as pessoas”.

Aline Kohl

VAGAS NAS CRECHES

“Em um município de nosso porte, é praticamente impossível resolver a questão das vagas na creches. É uma questão em aberto, de mensurar a quantidade de vagas necessárias em função das pessoas e empresas que estão vindo para cá. Tem uma creche em construção e vamos avaliar quantas mais se fazem necessárias para dar conta”.

Dr. Renato Dreyer

QUALIFICAÇÃO

"Criamos o projeto Jovem Empreendedor, que nos orgulha muito. São crianças do oitavo e nono ano, que estudam nas escolas municipais e agora nas estaduais, que tem a oportunidade de receberem uma formação específica. Temos certeza absoluta de que o empreendedorismo será importante para que esses jovens criem oportunidades".

Professor Forneck

PAVIMENTAÇÃO

"Pavimentação significa qualidade de vida, saúde. Temos andado muito pelo município e percebemos a necessidade de diversos loteamentos que aguardam por obras. Vamos alterar a legislação, reduzindo necessidade de adeptos para pavimentação comunitária, passando de 100% para 70%, garantindo a possibilidade de ampliar isso".

Jonatan Brönstrup

VIA LÁCTEA

"É o principal elo de ligação com a capital e a Serra. Mas o que que se vê hoje é a falta de investimentos. Quando falamos que está no nosso plano a busca do projeto Duplica Via Láctea, não é no sentido de que vamos duplicá-la no nosso governo, mas sim de marcar território e dizer que essa é uma necessidade do nosso município".

Renato Altmann

Próximos debates:

Hoje 10h – Estrela Carine Schwingel (União Brasil), Elmar Schneider (MDB), Jair Wermann (Novo), João Braun (PP) e Renato Horn –Bonitinho (PSB)

Amanhã 10h – Lajeado Carlos Ranzi (MDB), Dr. Sergio Kniphoff (PT) e Gláucia Schumacher (PP)

Justiça suspende divulgação de pesquisa sobre eleições em Teutônia

Pedido de impugnação feito pelo PL foi aceito pela Justiça após suspeita de aliciamento de uma eleitora chegar ao Ministério Público

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

TEUTÔNIA

O juiz eleitoral Luis Gustavo Negri Garcia deferiu na tarde desta terça-feira, 1º, a tutela de urgência para suspender a divulgação dos resultados da pesquisa eleitoral registrada sob o número

RS-04447/2024. A decisão foi tomada após indícios de possível violação ao processo eleitoral, relacionados a práticas de aliciamento de eleitores. A pesquisa feita pelo Instituto Methodus foi contratada pelo Grupo A Hora. Conforme o despacho, há suspeitas de que eleitores estariam sendo orientados a influenciar os resultados da pesquisa, prática

que pode ser configurada como abuso de poder econômico e capaz de comprometer a lisura do pleito. O magistrado destacou que, quando há indícios desse tipo de conduta, é dever do Poder Judiciário intervir. A representação foi feita pelo Partido Liberal (PL) de Teutônia.

Conforme o despacho do magistrado, o pedido “mostra-se razoável, haja vista a intenção de apurar fatos que possam violar o procedimento eleitoral e democrático local.”

Para o juiz, “qualquer prática

de aliciamento de pessoas para irem até o pesquisador, orientadas para dizerem em quem votar, pode ser caracterizada como abuso de poder econômico e é capaz de macular a vontade e a liberdade dos eleitores.”

Com a liminar, fica proibida a divulgação dos resultados da pesquisa eleitoral até os esclarecimentos por parte do Instituto Methodus. O Ministério Público Eleitoral foi notificado e terá o prazo de um dia para se manifestar. Hoje, 2, no programa A Hora Bom Dia, o Promotor André

Prediger fala da denúncia e dos encaminhamentos.

Segundo o diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss, a notícia publicada pelo A Hora no dia 30 de setembro, e invocada pelo denunciante, teve cunho pedagógico para evitar justamente a fraude. Algo que ficou verificado na sequência, “pois a partir da notícia do A Hora, não houve mais qualquer tentativa”, conforme relatou o próprio diretor do Methodus, José Sauer. “Acreditamos que reverteremos a decisão, ao passo que as provas chegarem ao juiz.”

vinibilhar@grupoahora.net.br

ETs Azedinhos da Florestal vão invadir o Halloween

AFlorestal, trouxe para este Halloween uma super novidade: as gomas ETs Azedinhos no sabor tutti-frutti. O produto vem para compor a linha, que já conta com mais de 20 itens. De 2023 para 2024, as gomas tiveram um crescimento de 20% no faturamento da empresa. Na exportação, a linha já corresponde a 23% do faturamento total do mercado externo.

As gomas Ets trazem a combinação de uma leve acidez e textura macia, entregando aos consumidores uma experiência única e divertida. O produto possui o formato de cabeça de ET, personagem que ganha cada vez mais espaço no mercado, com itens nesta temática.

As balas de goma fazem parte do portfólio da Florestal desde 2013. E especialmente esse ano, compõem o Halloween Eletrizante da empresa, junto com uma super campanha que está em todo o Brasil. Mais informações sobre a iniciativa, www.promocaoflorestal.com.br. Com essa linha especial, a Florestal promete agitar as brincadeiras de “doces ou travessuras” do mês de outubro.

Hidratante labial com gostinho de Neugebauer

A collab entre Neugebauer e Panvel Farmácias apresenta o hidratante labial com aroma

Napolitano, unindo o melhor dos sabores de chocolate meio amargo, chocolate branco e recheio de DIVULGAÇÃO

FRASE DO DIA

Os 10 dias é para a pessoa verificar se tem saldo e pedir a restituição. Caso contrário, nós já tiraríamos do ar imediatamente, mas não vamos fazê-lo para proteger a poupança do eventual apostador”

• Espaço Social - Estão abertas as inscrições para o Espaço Social da Expovale + Construmóbil 2024. Podem participar gratuitamente todas as instituições sem fins lucrativos com CNPJ, sejam conveniados ou não à Unidade Parceiros Voluntários (UPV) Lajeado. Contato pelo e-mail parceriosvoluntarios@ acilajeado.org.br.

• Energia - Desde ontem, a energia elétrica fica mais cara. O acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o estágio tarifário é o mais alto do sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a medida, o preço para cada 100 quilowatts-hora consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877.

• Lions Clube - A Expovale + Construmóbil também desempenha um papel social, sendo a parceria com o Lions Clube Lajeado Florestal uma das mais notórias. Assim como nas últimas edições, as feiras terão a entidade à frente das portarias, oferecendo em contrapartida um percentual do valor arrecadado na venda dos ingressos.

FORLA

morango.

O sabor Napolitano é desejado pelos consumidores, despertando memórias nostálgicas e o prazer de apreciar um clássico que combina três sabores amados. Disponível nas lojas Panvel do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, o produto chegou em setembro.

Em agosto, a colaboração trouxe uma coleção inspirada no famoso chocolate Stikadinho. O sucesso entre os clientes resultou em um aumento de 77,9% na comercialização do chocolate. Com mais de 130 anos de história, a Neugebauer, fundada em 1891, é a quarta marca mais consumida no Brasil.

O Laboratório Forla, que detém 15% do mercado estadual do ramo óptico, acaba de comemorar uma nova conquista: torna-se a pioneira, no Brasil, a licenciar uma empresa óptica no setor industrial. Com isso fica autorizado a trabalhar com outros laboratórios que queiram utilizar sua bandeira e suas tecnologias.

A empresa que atua em vários estados, cria oportunidades de nova expansão dentro do segmento. Dessa forma, ganha impulso para entrar em outros mercados pelo país. Todas as marcas que a Forla possui ou é parceira incluindo equipamentos, tecnologia, escola técnica e agência de comunicação estão envolvidas nesse processo.

Segundo Ricardo Garbin, Diretor Comercial da empresa, “ foi preciso estudar a fundo o mercado brasileiro, e também olhar detalhadamente nossa organização e nossa estrutura interna de processos, de custos, administrativa, fiscal e técnica.”

FERNANDO HADDAD MINISTRO DA FAZENDA
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A força por trás do crescimento da Calçados Beira Rio

Empreendedor do Ano no prêmio Top 100, Roberto Argenta transformou a empresa em uma potência do mercado calçadista nacional

Jéssica R Mallmann centraldejornalismo@grupoahora.net.br

De um pequeno negócio em um galpão em Igrejinha a uma das maiores fabricantes de calçados do país. A história da Calçados Beira Rio se conecta de forma intensa com a trajetória de seu criador, Roberto Argenta, cujo espírito empreendedor impulsionou a expansão da empresa em todo o país. Esse talento, aliado à determinação e dedicação com a comunidade, levou o empresário a conquistar o prêmio Top 100 na categoria

Empreendedor do Ano. Homenagem entregue na sexta-feira, 27, quando foi reconhecido por sua contribuição ao setor calçadista e ao Vale do Taquari. Nascido em Gramado, Argenta trabalhou na roça até os 11 anos, quando se mudou para Gravataí a fim de continuar os estudos. Após, foi para Porto Alegre onde iniciou sua jornada no mercado de trabalho. “Morava em uma pensão e tinha que pagá-la. Foi um período que não posso reclamar, pois foi um aprendizado maravilhoso. Trabalhei em algumas empresas lá, principalmente na área financeira, e fiz o curso de ciências contábeis na universi-

dade federal”, relembra. Motivado pelo empreendedorismo, se mudou para Igrejinha onde então deu início ao que se tornou uma das maiores fabricantes de calçados do Brasil. “A gente começou em um galpão de madeira, na beira do rio. Tínhamos uma máquina de costura emprestada”. Hoje, a empresa possui 11 fábricas, com uma governança que conta com quatro executivos responsáveis por toda a operação.

No Vale do Taquari, a Beira Rio emprega três mil pessoas em unidades situadas em Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Roca Sales e Teutônia, o que gera um impacto econômico expressivo na região. Além de empresário, Argenta também teve passagem pela política, sendo deputado federal e candidato a governador do Rio Grande do Sul. Ainda assim, ele afirma que sua principal missão é servir a sociedade por meio do empreendedorismo. “O maior orgulho que tenho é ser útil. Acredito que o melhor líder é aquele que sabe servir,” afirma. O bate-papo completo com Roberto Argenta pode ser conferido no QR Code desta página. O programa “O Meu Negócio” é transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio

Comece

pelo porquê - Simon Sinek

Neste livro, Simon Sinek responde porque algumas pessoas e organizações são mais inovadoras e lucrativas do que outras. Ao relatar histórias de Martin Luther King, Steve Jobs e os irmãos Wright, o autor mostra como o propósito move o mundo dos negócios. “Comece pelo porquê” revela ainda como pensam, agem e se comunicam os maiores líderes, e indica um modelo que pode inspirar organizações.

A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Black Contabilidade, Marcauten, Dale Carnegie e Sunday Village Care.

ENTREVISTA

“A vida prática é determinante”

Por que o segmento do calçado?

Era o momento em que a exportação de calçados estava muito forte e era uma oportunidade para isso. Para se ter uma ideia, eu trabalhava a semana toda, quem fazia a faxina da fábrica aos sábados era eu, quem levava o lixo era eu. Tinha um sócio, mas quem tocava era eu.

Qual calçado o senhor fazia na época?

Sempre feminino. Passou um tempo, conseguimos construir um prédio novo e a minha teoria é o que você falou. Eu morava em uma casa alugada na beira do rio e tinha um fusca, financiado em 24 vezes. Mas eu queria vencer na vida. E aí eu pensava em fazer uma fábrica nova, porque ela me daria condição de fazer uma casa. E o que quer dizer isso? É tu capitalizar a empresa. E os funcionários veem isso, o pessoal começa a te admirar assim como os clientes, assim a gente vem crescendo.

Para ser um bom empreendedor, você acredita que está no DNA ou tem como desenvolver?

Olha, 50% está no DNA e outros 50% é desenvolvido. Aliás, quem nasce com liderança se ele não se perder em vícios e na preguiça, ele tem a possibilidade de aprender, mas tem que trabalhar e estudar. Não viver à custa de dinheiro de papai. Tem que estudar, trabalhar e aos poucos vai crescendo. Vai trabalhar em um lugar, depois em outro e ele vai construindo e aprendendo a lidar com as pessoas. A melhor escola é a faculdade da vida. O estudo ajuda bastante, a faculdade ajuda, mas a vida prática é determinante.

Por que o nome Beira Rio?

Porque ela nasceu na beira do Rio Paranhana e é nossa primeira marca, depois criamos as outras. Mas é algo que ficou marcado e hoje a marca mais forte (em faturamento) é a marca Vizzano, e de quantidade de pares está entre a Moleca e a Beira Rio.

Como chegar a qualidade e padronização com todos os terceiros?

Temos uma equipe de qualidade. Em alguns casos eram supervisores que montaram suas empresas. São pessoas que já tem o conhecimento e a gente vai dando orientação técnica e comprando algumas máquinas para eles fazerem um bom produto.

A Beira Rio desenvolve marcas e produtos, como torná-los nomes de sucesso?

Temos uma equipe de criação que está em contato permanente no mercado e pontos de venda. E cada marca tem um público determinado. Então, em cima de cada público que se busca, temos as características da marca. Por exemplo, Vizzano é mais elegância, Beira Rio é mais produto do dia a dia, a Moleca é sapatilha e sandálias.

Quem nasce com liderança se ele não se perder em vícios e na preguiça, ele tem a possibilidade de aprender, mas tem que trabalhar e estudar.”

ROBERTO ARGENTA • Presidente da Calçados Beira Rio
Roberto Argenta participou do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 30
DEIVID TIRP

Instituto Floresta entrega veículos para forças de segurança do Vale do Taquari

Caminhonete e embarcações contemplam Brigada Militar e Corpo de Bombeiros de Lajeado, Colinas e Imigrante

OInstituto Cultural Floresta entregou, nessa terça-feira, 1, uma caminhonete e três embarcações aos órgãos de segurança pública da região do Vale do Taquari. A cerimônia ocorreu no Parque do Imigrante, em Lajeado. A ação beneficia batalhões da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros. O 22º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Lajeado, recebe uma pick-up e um barco. A caminhonete já foi utilizada pelo Instituto Cultural Floresta em ações de resgate, transporte de donativos e distribuição de materiais. O veículo foi configurado no padrão da Brigada Militar, com a blindagem parcial instalada no padrão das viaturas novas, com rádio, sistemas extras de iluminação e uma antena de Starlink doada pelo ICF, com serviço de internet em funcionamento.

Já o barco, com reboque, também foi usado pelo ICF nos resgates e se soma a outros equipamentos para

a região. Outros dois barcos serão doados aos bombeiros das cidades de Colinas e Imigrante. Para o presidente do Conselho do ICF, Claudio Goldsztein, a iniciativa é uma continuidade às ações que o Instituto vem realizando para auxiliar na reestruturação do Estado. “Esses batalhões foram os responsáveis pelo auxílio e resgate da população da região no momento mais crítico e, por isso, precisamos nos mobilizar para fortalecer essas estruturas. Já auxiliamos os servidores e entendemos que agora é preciso reestruturar as sedes”, ressalta.

Atuação do Instituto Cultural Floresta nas enchentes

Desde o início das enchentes no RS, o Instituto Cultural Floresta tem sido crucial na resposta humanitária e na reconstrução. O ICF forneceu mais de 3 mil trajes de neoprene, 780 pares de botas de chuva, 430 lanternas, 500 coletes salva-vidas e 20 boias aos servidores da segurança e voluntários. Disponibilizou também 30 geradores elétricos, três pick-ups e 330 antenas de internet via satélite

Uma camionete e três embarcações foram entregues na tarde dessa terça-feira, 1°

Starlink para apoiar operações de resgate e coordenação. Em junho, um comboio de dez caminhões levou cestas básicas, roupas, material de limpeza, botas de borracha e ferramentas ao Vale do Taquari, ajudando na reconstrução das moradias afetadas.

Também foram doados equipa-

mentos para auxiliar o trabalho da Brigada Militar, como drones com leitura térmica e rádios de comunicação. Cerca de 40 embarcações foram adquiridas pelo ICF e cedidas para os órgãos de segurança. Além de várias ações de entregas diretamente nas comunidades mais atingidas, o Instituto fez a doação de 500 kits com móveis e eletrodomésticos e 42 cozinhas e a destinação de mais de 2 mil toneladas de produtos por meio do Centro de Distribuição — incluindo cestas básicas, roupas, calçados, ferramentas, materiais de limpeza, cobertores, colchões para mais de 200 abrigos em 40 cidades gaúchas.

Sobre o Instituto Cultural Floresta

Fundado em 2016, o Instituto Cultural Floresta é uma organização sem fins lucrativos que visa mobilizar a sociedade civil para contribuir na melhoria da segurança e educação públicas no RS. Com quase oito anos de existência atuando no fortalecimento das forças de segurança por meio de doações, o ICF tem desempenhado um papel crucial na redução dos índices de violência no estado. Recentemente, o instituto se engajou ativamente no resgate e na reconstrução de áreas afetadas por enchentes, reafirmando seu compromisso com a comunidade.

Voluntários concluem reparo e liberam ponte

Com a elevação do Rio Forqueta na última semana, a ponte entre as duas cidades ficou submersa e bloqueada. A força das águas danificou o tablado de madeira

MARQUES DE SOUZA / TRAVESSEIRO

Voluntários concluíram nessa terça-feira, 1º, os reparos na ponte provisória de contêineres, entre Travesseiro e Marques de Souza. Na última semana, com a elevação do Rio Forqueta, a ponte ficou submersa e bloqueada. A força das águas danificou o tablado de madeira e impediu a travessia.

Desde então, municípios estavam sem ligação terrestre para veículos leves. A única alternativa para travessia direta era o uso

30, e foram concluídos ontem, 1º

de pinguela. Um mutirão para a reconstrução da estrutura começou na segunda-feira, 30, após redução do nível do rio.

Construída com contêineres e toras de eucalipto, a ponte teve custo de R$ 80 mil e foi bancada pela própria comunidade. A

travessia foi inaugurada em 5 de agosto, como solução paliativa depois que a enchente de maio levou a conexão principal, entre

as ruas Benjamim Dörr, em Marques de Souza, e XV de Novembro, em Travesseiro.

A Associação de Amigos, criada em junho, busca construir uma travessia mais robusta e definitiva, que possibilite também a passagem de caminhões. Conforme a presidente do grupo, Edna Kremer, o projeto já está concluído. A obra deve começar em outubro.

A nova ponte terá 120 metros de extensão e 4,5 metros de largura e será construída entre a travessia que ruiu na enchente de maio e a ligação feita com os contêineres, que, em uma das margens, sai do Camping do Írio. O projeto da nova ponte está orçado em R$ 2,6 milhões. Até o momento, a associação conta com R$ 1,3 milhão, adquirido através de campanhas e doações via Pix, uma delas da Cooperativa Sicredi Integração RS/MG, além de ações como rifas, venda de produtos e galeto solidário.

Os trabalhos de reconstrução iniciaram na segunda-feira,
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Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
GABRIEL SANTOS

PARCERIA COM O MUNICÍPIO

Nova clínica de saúde da Apae possibilita 480 atendimentos ao mês

Atendimentos serão para crianças e jovens com deficiência, residentes em Lajeado.

Capacidade do Espaço

A é de quase 500 consultas por mês

LAJEADO

Uma clínica especializada que permite avaliação diagnóstica e atendimentos a pessoas com deficiência intelectual, múltipla e transtorno do espectro autista (TEA) em Lajeado. Esse é o Espaço A, inaugurado ontem, 1º, por meio de parceria entre a prefeitura e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Estão previstos até 480 atendimentos por mês. Localizado no Condomínio Garden Open Mall, às margens da BR-386, o espaço “A”, com “a” de Apae, surgiu a partir de uma demanda do município, por meio da secretaria da saúde, combinada à experiência da instituição na avaliação e atendimento desse público.

A Casa Verde, também criada no município com esse objetivo, não estava mais comportando o número de atendimentos necessário. Uma vez atendidos na nova clínica, os pacientes são enca-

minhados aos serviços de saúde adequados, incluindo atendimentos na Apae.

No local, são atendidos pacientes de 4 a 18 anos, residentes em Lajeado. A administração do espaço é feita pela Apae, por meio de equipe profissional composta por um recepcionista, três neuropsicólogos, uma neuropsicopedagoga, uma psicopedagoga e uma assistente social. A equipe fará as avaliações e encaminhamentos por meio do convênio.

A atenção primária à saúde será a porta de entrada dos usuários que necessitam de atendimento e serão encaminhadas por meio da secretaria da saúde. O trabalho do Espaço “A” ocorre em paralelo aos demais atendimentos da Apae, que seguem de forma normal na sede da entidade, no bairro São Cristóvão, onde o atendimento a toda a região continua sendo feito regularmente.

“Estamos muito felizes por podermos fazer mais pela cidade e pelas pessoas de Lajeado”, destaca a diretora administrativa da Apae, Ana Paula Rech. Presidente da Apae lajeado e vice-presidente da Federação

Estadual das Apaes do Estado do RS, Marco Antônio Moresco, reforça a importância do momento por concretizar a inauguração da segunda unidades da Apae no município, depois de 53 anos de atuação. “Essa clínica foi fruto de um trabalho conjunto, com o objetivo de tentar reduzir o número de pessoas que não têm atendimento nessa área da saúde”, afirma.

Carbono (símbolo) Dois canídeos Sufixo de "rinite"

Essa clínica foi fruto de um trabalho conjunto, com o objetivo de tentar reduzir o número de pessoas que não têm atendimento nessa área da saúde”

MARCO ANTÔNIO MORESCO

VICE-PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO ESTADUAL DAS APAES DO RS

Mais acesso

O investimento do município para reforma e adequação do espaço foi de R$ 145 mil, e ainda será repassado à Apae o valor mensal de R$ 67,5 mil. Secretário de Saúde de Lajeado, Cláudio Klein destaca o trabalho da clínica para acelerar o diagnóstico e o consequente desenvolvimento das crianças.

“É uma estrutura fundamental nesse processo todo que é uma carência em todo o país. O Espaço A faz um papel importante e vai regular o acesso das crianças ao diagnóstico e as respectivas terapias”.

O primeiro show de um artista

Beneficiário do testamento Máquina da Revolução Industrial Odiosa

A mesa do rei Artur (Lit.) Povoado Editores (abrev.) Xerox

Estanho (símbolo) Machucar

Intenção dolosa Categoria da dança Babosa Açude cearense

o Cão (?)", desenho animado

El (?): combateu os mouros Análogo Passeio no Quênia Intenção criminosa LP ou CD Momento final da gravidez

industrial matogrossense A olho (?): à vista desarmada

Tecido de poliéster resistente à fricção

Atrativo da Polinésia para os brasileiros Tia (fam.) Não é? (pop.) 3/ars. 4/safe. 5/átila — suede. 12/rondonópolis.

Cauda Erva de saladas Fazem preces

Nesta ocasião Rodovia (abrev.)

Somei; acrescentei

O Flamengo, em 2018 (fut.) (?) de

cidade fluminense

O contágio do herpes simples

TOURO: O dia trará oportunidades no trabalho e mais organização. Você poderá começar uma atividade ou um tratamento de saúde.

GÊMEOS: As relações de trabalho estão aquecidas, conquiste mais estabilidade nanceira e consolide a carreira.

CÂNCER: Pesquise cursos e pense positivo. Será ótimo momento para investir no seu desenvolvimento, brilhar nas reuniões de trabalho.

LEÃO: Aprofunde vínculos especiais em sua vida. O dia trará reencontros, notícias de longe e perspectivas positivas na área nanceira.

VIRGEM: Conversas instigantes despertarão sonhos e novos focos de interesse. O dia trará emoções fortes, segurança nos relacionamentos e novidades.

Mesmo que o dia comece confuso, trará boas notícias na área nanceira e a concretização de um sonho.

ESCORPIÃO: Novidades de amigos e vida social agitada darão sabor ao dia. Circule, pesquise assuntos do seu interesse e descubra novidades.

SAGITÁRIO: Mude de ambiente ou de lifestyle e realize sonhos. Sentimentos elevados orientarão decisões de vida, encontre seu lugar e rme raízes.

CAPRICÓRNIO: Mudanças no projeto de vida renovarão os sentimentos. Conte com apoio de amizades especiais e do par.

AQUÁRIO: Assuma um novo desa o. Você poderá aprovar um projeto, ganhar aumento de salário ou receber uma proposta e subir na carreira.

PEIXES: . Conte com apoio da família e tome decisões com calma. Prestígio em alta!

"Vidas
obra de Graciliano Ramos Anísio Teixeira, educador baiano
Macacu,
Arte, em latim
Clínica é mantida pela prefeitura, com administração da Apae
BIBIANA FALEIRO
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Das 1.090 novas moradias previstas pelo governo, 612 serão erguidas em uma área próxima ao Loteamento Nova Morada DIVULGAÇÃO/PABLO REIS

Mais de mil famílias buscam novo lar

nentes”, explica.

O período para cadastro no programa “Meu Novo Lar” foi encerrado nesta segunda-feira, 30. O projeto prevê o encaminhamento de 1.090 moradias definitivas em Estrela. Os recursos para as residências vieram dos governos estadual e federal como forma de minimizar os impactos causados pelas recentes cheias, e são organizados pelo Governo de Estrela. O custo por unidade é de R$ 200 mil.

O cadastramento ocorreu em formato de mutirão por dez dias em uma estrutura montada no Parque Princesa do Vale. Ao todo, 1.017 famílias realizaram o cadastro.

Segundo o coordenador do programa, Rafael Maia, o Decreto 257, publicado no dia 16 de setembro, regulamentou a inscrição para o Programa “Meu Novo Lar”. “Nesta fase, recebemos a população para que realizasse a entrega dos documentos necessários para o cadastro ou fizesse o encaminhamento dos mesmos, além da solução de dúvidas perti-

Para Maia, a ação foi um sucesso. “Tendo em vista o grande número de pessoas e representantes de famílias, que nos procuraram. Neste sentido, é preciso destacar a nossa equipe que se empenhou, de forma ininterrupta praticamente, para possibilitar esse cadastro”, cita.

A próxima etapa é a análise dos documentos, comprovação da veracidade dos fatos informados e validação dos processos para o encaminhamento final. Conforme o coordenador, esse processo será feito por uma comissão especial, para que transcorra de maneira mais ágil.

Das 1.090 novas moradias, 612 serão erguidas em uma área próxima ao Loteamento Nova Morada, em espaço já batizado de Loteamento Renascer. As outras serão construídas em locais fora da zona de inundação.

Na área do Loteamento Renascer, também serão construídas duas novas escolas, de educação infantil e ensino fundamental, um posto de saúde e um Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Candidatos reagem à nova pesquisa e traçam planos para a reta final das eleições

Levantamento feito pelo Instituto Methodus consolida tendência de polarização em Arroio do Meio entre Eckert e Bruxel. André Vianini fica estagnado em terceiro, enquanto Paulo Grassi oscila para baixo

Jessica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br

Asegunda pesquisa de intenção de votos do município de Arroio do Meio foi divulgada nessa terça-feira, 1º. A menos de uma semana das eleições municipais, os resultados mostram que o atual gestor, Danilo Bruxel (PP) cresce e se aproxima do ex-prefeito, Sidney Eckert (MDB), que mantém a liderança. André Vianini (PL) fica estagnado em terceiro, enquanto Paulo Grassi (PT) oscila para baixo.

O levantamento foi feito pelo Instituto Methodus, que entrevistou 300 pessoas, entre os dias 28 e 30 de setembro. A margem de erro dos resultados é de 5,6 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número: RS-09164/2024.

Em entrevistas à Rádio A Hora na tarde dessa terça-feira, 1°, durante o programa Conexão Regional, os candidatos avaliaram os resultados e revelaram quais serão as ações nesta reta final de campanha. As eleições ocorrem no próximo domingo, 6.

O que dizem os candidatos

“A pesquisa é uma ferramenta. Então, o que quero dizer com isso: na sua maioria das vezes, ela não condiz com a realidade que está no município. Nós que caminhamos todos os dias, depois daquela outra pesquisa, largamos a campanha na rua, caminhamos pelos bairros, no interior e teve todos os debates. Todo mundo entendeu os projetos que André Vianini e Lúcia Horn tem para Arroio do Meio.”

“A nossa pesquisa é no dia 6 de outubro, depois da apuração. Para nós, é essa pesquisa que tem validade e que vai realmente mostrar a vontade do eleitor arroiomeense. Estamos encaminhando a nossa semana final com um trabalho coletivo mais intenso para dar mais visibilidade a campanha. Estamos tranquilos por ter feito nosso trabalho com simplicidade, amor e respeito aos nossos adversários.”

A pesquisa não nos surpreendeu, temos pesquisas internas também que são favoráveis e a gente está percebendo que vem crescendo. Sempre falo que, nesse momento em que o município está vivendo, hoje para ser oposição não tem coisa mais fácil, porque muita coisa, infelizmente, não foi concretizada. A gente sabe que muita coisa tem por fazer, muita coisa bem encaminhada, inclusive.”

Ainda faltam alguns dias para a eleição. Sabe-se que o movimento do eleitor, muitas vezes, nos últimos dias pode acontecer uma diferença, uma mudança. Isso já na primeira pesquisa, onde a gente também estava bem na frente, a gente sempre manteve o ritmo de trabalho, equipe mobilizada, candidatos a vereadores aos quais a gente agradece muito… toda equipe e apoiadores vem trabalhando com muita intensidade.”

ARROIO DO MEIO
ANDRÉ VIANINI (PL)
DANILO BRUXEL (PP)
PAULO GRASSI (PT)
SIDNEI ECKERT (MDB)

JUVENTUS RECEBE PRIMEIRAS ATLETAS DO MINAS CLUBE

Parceria entre equipe de Teutônia e potência do vôlei brasileiro visa a participação da equipe adulta no Estadual e na Superliga C

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

AJuventus Voleibol, de Teutônia, firmou parceria com o atual campeão brasileiro da Superliga

A e uma das principais potências do esporte no país – Minas Tênis Clube, de Minas Gerais. Na parceria, atletas de ponta da equipe mineira, com passagens pela Seleção Brasileira, integrarão o elenco da Juventus na participação no Estadual Adulto e na Superliga C. O trabalho da Juventus com a formação da equipe adulta é dar sequência para a base, que é a

essência do clube. A projeção nos primeiros anos da categoria é formar o elenco com atletas em fim de curso formativo, em seu último ano de Infanto.

As primeiras atletas chegaram à região na sexta-feira, dia 27, e já participaram dos primeiros treinamentos junto com as demais jogadores da Juventus. São elas a levantadora Betina Zarth, 18, as centrais Ana Clara Santos, 18, e Nayla Ferreira, 17, e as ponteiras Stephany Maria, 17, e Helena Destefani, 16.

A viabilidade do projeto e, posteriormente, a parceria com o Minas Tênis Clube, surge a partir da aprovação do programa Pró-Esporte do RS. O foco do projeto é a equipe adulta, que disputará as principais competições do país.

Neste sábado, 5, haverá o evento Lançamento de Projetos Juventus Voleibol 2024/2025, a partir das 10h, no salão de festas do Restaurante Paladas, em Teutônia. O clube comemora neste ano os 30 anos de inauguração e cada vez mais se consolida no cenário de voleibol do Rio Grande do Sul.

De Minas a Teutônia

Betina Zarth18 anos, levantadora Stephany Maria17 anos, ponteira Nayla Ferreira17 anos, central Ana Clara Santos18 anos, central Helena Destefani16 anos ponteira

ESTADUAL ADULTO

Também no sábado, a Juventus sedia a primeira etapa do Campeonato Estadual Adulto da Federação Gaúcha de Voleibol. O evento ocorre no ginásio da Associação da Água, a partir das 15h. A equipe teutoniense enfrenta a Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo e a Universidade Federal de Santa Maria. A entrada é franca para o público.

Primeiras atletas chegaram de Minas Gerais para treinar com a equipe de Teutônia
CARLA BECKMANN

Rafael Lovato lançava livro em Venâncio Aires

O procurador-geral de Venâncio Aires, Rafael Lovato, lançava seu primeiro livro, um romance policial, intitulado Anverso e Reverso de um Crime. A obra foi publicada em 2004 pela editora paulista Novo Século e integrava a coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira, que divulgava o trabalho de 20 escritores nacionais. Lovato era o único gaúcho entre os autores. O livro era um suspense

e contava a história de um delegado que, ao investigar um crime sem explicações racionais, se depara com situações inusitadas e sobrenaturais. Em 2002, Lovato teve sua monografia jurídica laureada entre as 12 melhores do Brasil. Nascido em Venâncio Aires, sempre teve grande interesse pela literatura. Entre seus escritores preferidos estava Friedrich Nietzsche, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Augusto dos Anjos.

Projeto de taekwondo em Encantado

O professor Fabiano Nardini organizava o projeto Taekwondo para Todos desde agosto de 2004. As aulas eram gratuitas e aconteciam uma vez na semana na Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves de Encantado. Na época, o objetivo do projeto era incentivar a prática esportiva e proporcionar um ambiente de autoconhecimento e autoestima para as crianças.

Hoje é

Dia Internacional da Não-Violência

Dia do Quadro Complementar de Oficiais

Santo do dia:

Anjo da Guarda

A Imprensa da época noticiava que já tinha iniciado a limpeza no local onde seria erguido o futuro Porto de Estrela. As obras do entroncamento hidro-rodo-ferroviário já estavam previstas há anos e, nesse meio tempo, diversas desapropriações foram feitas nas imediações para assegurar a empreitada. A terraplanagem da área já estava em andamento pela Construtora Suzin.

Novos coordenadores para a Fates

O presidente da Fundação Alto Taquari de Ensino Superior (Fates), hoje, Univates, Odilo Becker, indicava os novos coordenadores do Campus Universitário de Lajeado. Para administrar a Faculdade de Ciências Contábeis, foi nomeado o professor Adão Becker. Para a Faculdade de Letras, Ione Benz. E para a de Economia, Lauro Steyer, que também ficou como Coordenador Geral. A Secretaria Geral da Fates ficaria com Rafael Loch.

FILIPE

FALEIRO

Jornalista

colunafaleiro@grupoahora.net.br

Já fez sua aposta hoje?

A minha é que todo mundo vai perder

“Quer ganhar dinheiro de maneira fácil e, o melhor, sem precisar trabalhar. Está aqui, aposte na Bet Lascado, o melhor site de apostas do oeste, leste, norte e sul de Picos. Mas não esqueça, faça com responsabilidade!”

Em que pese a ironia acima, é mais ou menos assim o efeito das propagandas das casas de apostas online no imaginário coletivo. A ideia de dinheiro sem esforço sempre esteve presente nos indivíduos nesta sociedade de consumo.

O status está no poder de gastar, de ostentar nas redes sociais e ter uma vida divertida sem cobranças ou preocupações. Cada vez mais essa visão distorcida da realidade povoa a mente das pessoas.

Cabe o alerta: que tipo de sociedade queremos para o futuro? Se eu fosse fazer uma aposta (coisa que nunca fiz), diria que estamos cavando a nossa própria cova enquanto nação. O vício do jogo sempre existiu. Conheci histórias do passado em que pessoas perderam dinheiro, propriedades e máquinas agrícolas no carteado. O problema agora é a universalização do acesso ao jogo.

Além das bets, acrescente ainda o tal do “Tigrinho” e coisas do gênero. Reconheço minha ignorância,

não sei como funcionam, mas sei que as pessoas gastam bastante nestas plataformas. Em um primeiro momento, alguns apostadores até ganham. Doce ilusão. Em qualquer jogo de azar, no fim é sempre a banca que vence.

As pontes como referência

Os acessos às memórias se dão através de vários dispositivos que estimulam a rememoração. Acessar as lembranças, além de conferir um lugar social aos sujeitos lhes alcança qualidade de vida ao mesmo tempo que os reveste das responsabilidades e liberdades fundamentais a partir da consciência do que seja exercer o papel de cidadão na conjuntura que compõem. Neste sentido, do concreto ao metafórico, convém a referência às pontes. Além da conexão física entre dois espaços, as pontes também podem conectar tempos. E antes das pontes?

A mobilização que teve como alvo a ponte de ferro trouxe para o centro das preocupações regionais a logística. Paralelamente a isso, felizmente, estabeleceu-se um debate importante sobre a preservação de algumas características arquitetônicas das pontes como referência à história regional. Além da Ponte de Ferro, outras estruturas com as mesmas finalidades são disparadores de anamneses conectando as pessoas aos locais ao longo do tempo.

Essa farra das bets me lembra os golpes das pirâmides financeiras das criptomoedas. Assim como as apostas esportivas, as criptomoedas atraíram uma legião de pessoas em busca de lucros rápidos e fáceis.

A relação entre elas está na forma como exploram a vulne-

Explorar a vulnerabilidade e a ganância Que a

O funcionamento dessas bets no Brasil deve ter uns dois ou três anos. Agora parece que o cerco começou a fechar. É muito dinheiro envolvido. Tanto que esses sites de apostas se tornaram os grandes patrocinadores de clubes de futebol. Inclusive do próprio campeonato nacional.

Agora o governo federal inicia um movimento para tentar regular a operação dessas plataformas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inclusive anunciou que a Anatel irá bloquear cerca de 600

rabilidade e a ganância. No caso das apostas, a emoção do jogo e a possibilidade de um grande ganho rápido são os atrativos. Já nas pirâmides financeiras, é a promessa de um retorno elevado e “seguro”. No passado, as pirâmides duraram um certo tempo. Cha-

maram atenção das autoridades e o esquema foi desfeito. Isso serve de advertência para as bets. Todos os dados de quem aposta estão lá nas plataformas. Os algoritmos traçam o perfil do apostador. Logo, se alguém tornar aposta em profissão, o fisco vai descobrir.

O livro Arroio do Meio: entre rios e povos registra os desafios regionais muito antes das pontes. A obra informa que em 1° de abril de 1894 foi fundada a Companhia de Navegação Arroio do Meio. Em pouco tempo, cerca de dois anos mais tarde, esta Companhia já operava com dois vapores, cinco lanchas e diversas chatas (tipo de embarcação). Possuía um trapiche provido de maxambombas, em Arroio do Meio, fazendo o transporte de produtos desde Muçum até Porto Alegre. Trapiches e maxambombas são estruturas que desempenhavam papéis fundamentais na logística de outrora.

Preservar as características arquitetônicas das pontes é trazer também estes aspectos à tona. As maxambombas utilizadas para levar as mercadorias dos barcos até os armazéns precisavam de uma certa estrutura nas margens dos rios. É possível que uma prospecção criteriosa, desde o leito do Rio Taquari, neste cenário pós-cheias coloque em evidência as cicatrizes daqueles empreendimentos. O livro antes mencionado trabalhou com relatos de agentes sociais que testemunharam a operação de embarcações como forma de escoar a produção regional. O acervo do Museu Público Municipal de Arroio do MeioCasa do Museu tem em seu acervo borradores de casas comerciais que utilizavam o transporte pelo rio para surtirem-se dos itens que comercializavam. Também no acervo do Museu, um manuscrito de 1961, informa que em 1902, José Kasper construiu e lançou às águas o vapor (barco) a gasolina “Oskar II”. O fato empolgou outros empresários que também construíram barcos, usando-os como meio de transporte e comunicação entre a colônia e a capital do Estado.

endereços na internet. Inclusive os apostadores terão dez dias para retirar o saldo.

Junto com isso, está a taxação de 15% sobre os lucros das empresas de apostas e também dos apostadores. Espero que essa não seja a única medida. É preciso mais, como uma regulamentação sobre esse mercado, ações para coibir a lavagem de dinheiro e, acima de tudo, um maior controle sobre quem aposta, seja no campo da conscientização ou mesmo para combater a patologia do vício.

Tanto as referências escritas quanto aquilo que se preserva enquanto objeto tridimensional, como as pontes, a arquitetura e outros objetos, testemunham a forma como uma determinada sociedade se relacionou com os espaços ao longo do tempo. Tudo isso compõe o que se pode chamar de documento, neste caso, não como prova do passado, mas como a própria etimologia da palavra indica.

Segundo o historiador francês Jacques Le Goff “o termo latino documentum, derivado de docere, ‘ensinar’, evoluiu para o significado de ‘prova’ e é amplamente usado no vocabulário legislativo”. É também o historiador francês que chama a atenção para a necessidade de conceber-se documento como “produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de força que a detinham” (2003:526).

Então, as pontes concretas ou metafóricas são referências, tanto para a construção da logística necessária que garante a funcionalidade regional, quanto para a cultura a partir da qual a região se apresenta ao mundo.

COLUNA DO MUSEU
Por, Sérgio Nunes Lopes Kelly Lavall da Silva
IMAGEM GERADA POR INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Quarta-feira, 2 outubro 2024

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 15º | MÁX: 21º

Instabilidades permanecem sobre o território gaúcho. A nebulosidade predomina na região e resulta em chuva a qualquer hora do dia.

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